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Justiça

Integrantes do poder Judiciário temem conteúdo de celulares de Wassef

Juliana Dal Piva*

A PF (Polícia Federal) finalizou no início desta semana a extração de dados dos quatro celulares de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Ao mesmo tempo, desde que a apreensão ocorreu, a coluna ouviu relatos de que, além dos Bolsonaro, integrantes do Poder Judiciário em Brasília e em São Paulo estão apreensivos com o conteúdo dos aparelhos do advogado.

Segundo esses relatos, Wassef costumava se apresentar como alguém que podia resolver qualquer questão levando temas a Bolsonaro. A coluna ouviu que a preocupação, por ora, refere-se a como o advogado se referiu a juízes e magistrados reservadamente.

Quando Bolsonaro era presidente da República, Wassef participou da escolha de ministros do STF impulsionando nomes como o do ministro Kassio Nunes Marques e, no ano passado, ele era defensor da nomeação do desembargador Ney Bello, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) para uma das vagas dos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça). O desembargador, porém, acabou preterido por Bolsonaro.

A PF apreendeu quatro celulares de Wassef há cerca de duas semanas e ainda um carregador de pistola com munição. Ele foi alvo de busca e apreensão quando estava na churrascaria Barbacoa, no Morumbi, em São Paulo.

Dois telefones estavam em posse do advogado e dois estavam no carro. A coluna apurou que ele estava com um carro sem placas e parado numa vaga para deficientes. Um dos celulares era usado exclusivamente para falar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ação da PF aconteceu um dia após Wassef confirmar que comprou, nos Estados Unidos, o Rolex que foi dado de presente ao ex-presidente e vendido pelo seu então ajudante de ordens Mauro Cesar Cid.

Frederick Wassef é investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em um esquema de venda de joias presenteadas ao antigo governo brasileiro. Ele também vai prestar depoimento na quinta-feira (31).

A PF constatou que o relógio, que integrava o kit de joias sauditas recebidas por Bolsonaro em uma viagem oficial em 2019, foi vendido nos Estados Unidos e recomprado por um preço mais alto após o TCU (Tribunal de Contas da União) ordenar a devolução dos presentes que o ex-presidente ganhou.

Juliana Dal Piva*

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Justiça

Depoimentos de Cid revelam detalhes sobre tentativa de golpe e preocupam cúpula militar do governo Bolsonaro

Os depoimentos que o tenente-coronel Mauro Cid prestou à Polícia Federal (PF) acenderam a luz de alerta entre militares de alto escalão que integraram o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, Cid está colaborando com a PF, fornecendo detalhes cruciais sobre reuniões e conversas que faziam parte de um plano para efetivar um golpe de estado visando manter Bolsonaro no poder mesmo após ele ter sido derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito presidencial do ano passado. Os depoimentos também abrangem outros temas, incluindo o escândalo das joias sauditas que o ex-mandatário tentou se apropriar.

De acordo com a reportagem, pessoas próximas a Cid dizem que ele não está acusando ninguém, mas vem detalhando os participantes das tratativas, incluindo militares, ex-ministros e funcionários do governo Bolsonaro.

“Agora, à PF, ele deve detalhar quem são os militares e outros ex-ministros e funcionários do governo Bolsonaro que participaram das tratativas que se deram, entre outras localidades, no Palácio da Alvorada em dezembro passado”, destaca a jornalista. Entre os nomes listados por Cid estariam os dos generais Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional – GSI) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

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Mundo

Vídeos: A impressionante devastação do Furacão Idalia na Flórida

O furacão Idalia atingiu, por volta das 9h [horário de Brasília] nesta quarta-feira (30), a costa perto de Keaton Beach, em Big Bend, na Flórida, inicialmente como uma tempestade de categoria 3, com ventos máximos sustentados de 190 km/h e rajadas ainda mais altas, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). É a tempestade mais forte a atingir a região em mais de 125 anos.

Ao avançar pelo território, a tempestade perdeu força, sendo considerado, por volta das 10h [horário de Brasília], um furacão de categoria 2.

Cedar Key, na costa do Golfo da Flórida, recebeu alertas de elevação do mar de 2,5 a 2,7 metros, com as águas ainda subindo rapidamente.

https://twitter.com/Cristia22959356/status/1696903410476372035?s=20

https://twitter.com/juliovschneider/status/1696906961533505612?s=20

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Política

O caminho que os militares vêem para se distanciar da crise Mauro Cid

Membros da cúpula das Forças Armadas classificam Mauro Cid como o maior problema que enfrentam hoje. Militares da ativa e da reserva avaliam que o caminho que mais ajudaria a descolar a imagem da instituição da crise gerada pelo tenente-coronel seria sua ida para a reserva, segundo Bela Megale, O Globo.

Mesmo sem ter tempo suficiente de serviço militar para tomar esse caminho, existe uma brecha que seria a chamada cota compulsória. Ela é aberta por interesse da administração da Força, quando pouca gente passa para a reserva e é preciso ter maior rotatividade e fluxo da carreira, com um percentual de tempo mínimo estabelecido para cada posto. Como Cid é tenente-coronel, o tempo mínimo é de 25 anos e já foi cumprido por ele, pois a conta inclui o período de formação.

Para isso, porém, seria necessário ter a concordância do próprio Cid, que até agora não manifesta interesse em deixar a ativa.

Fontes do Exército e do Superior Tribunal Militar (STM) afirmam que o tenente-coronel não teria benefícios em seu julgamento criminal, se for para a reserva. O artigo 99 do Código Penal Militar prevê que o oficial condenado a mais de dois anos de reclusão responda a um novo processo no STM. Na maioria dos casos, a corte decide pela expulsão.

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Política

Veja os documentos que detalham os pagamentos milionários de Ricardo Nunes à Folha

Intercept Brasil – O ombudsman disse que nossa reportagem sobre as publis difarçadas de Ricardo Nunes na Folha não apresentava nada de concreto. Resolvemos mostrar para ele.

DESDE A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, dia 25, os publieditoriais da prefeitura de São Paulo na Folha de S.Paulo estão diferentes. As propagandas disfarçadas agora vêm com um aviso no final, alertando o leitor que elas “não têm relação com o conteúdo jornalístico” do veículo.

A mudança veio dois dias depois de o Intercept publicar uma reportagem que abriu a caixa-preta dos pagamentos da prefeitura de Ricardo Nunes ao jornal – o maior do Brasil e o principal a cobrir o estado e a cidade de São Paulo. Mostramos que, desde o ano passado, foram quase R$ 3 milhões despejados pela prefeitura de Ricardo Nunes na Folha por meio de um contrato com a agência de publicidade Propeg. Como resultado, só nos últimos dois meses, 61 artigos elogiosos à prefeitura foram publicados no jornal, inclusive com tuítes patrocinados.

O ombudsman do veículo, José Henrique Mariante, reconheceu o conflito em sua coluna de sábado. Ele afirmou que, um mês atrás, um leitor já havia avisado que não era possível distinguir o conteúdo pago pela prefeitura das demais reportagens do jornal. “Alertei a Redação de que não havia indicação clara sobre ser um produto patrocinado”, afirmou Mariante. A reportagem do Intercept fez a discussão voltar à tona.

Mas, segundo o ombudsman, a nossa matéria “faz inferências, mas não apresenta nada de concreto além, é claro, da falta de um marcador mais explícito de conteúdo não editorial”.

Só que não existe inferência nenhuma no nosso texto. Nossa afirmação foi baseada em documentos públicos – que, aliás, deveriam estar públicos há muito mais tempo, e só vieram à tona por causa da insistência do repórter Paulo Motoryn diante de sucessivas recusas da administração municipal em divulgá-los. Já que o ombudsman escreveu que “não há nada concreto”, nós publicamos os documentos na íntegra. Assim, qualquer um, inclusive ele, pode checar os detalhes dos pagamentos da prefeitura de Ricardo Nunes ao jornal.

Gastos-da-prefeitura-de-Ricardo-Nunes-com-a-Folha-de-S.Paulo_ (1)

Como se vê, foram 13 pagamentos à empresa Folha da Manhã S/A. Seis deles realizados no ano passado, totalizando R$ 448.064,44, e o restante neste ano, pré-eleitoral, com uma soma de R$ 2.275.858,21. Eles dizem respeito a serviços como “produção de conteúdo”, “inserção de projeto especial”, “matérias diárias no digital” e “página no impresso”.

Difícil ser mais concreto do que isso. É um jornal sendo pago por uma administração municipal para produzir textos elogiosos, disfarçados, em um ano pré-eleitoral. Não tem inferência.

Pagamentos-MWorks

E tem mais. Nesta terça-feira, o repórter Paulo Motoryn recebeu outro documento com detalhes sobre os pagamentos feitos por outra agência, a MWorks. Lá constam mais pagamentos à Folha: R$ 146.722,22 em “projeto especial”, “inserção de banners”, “branded pages” e “mídias de divulgação” em 2022. Neste ano, a MWorks ainda intermediou o pagamento de um anúncio relacionado à Virada Cultural no valor de R$ 213.750,00.

Como se vê, foram 13 pagamentos à empresa Folha da Manhã S/A. Seis deles realizados no ano passado, totalizando R$ 448.064,44, e o restante neste ano, pré-eleitoral, com uma soma de R$ 2.275.858,21. Eles dizem respeito a serviços como “produção de conteúdo”, “inserção de projeto especial”, “matérias diárias no digital” e “página no impresso”.

Difícil ser mais concreto do que isso. É um jornal sendo pago por uma administração municipal para produzir textos elogiosos, disfarçados, em um ano pré-eleitoral. Não tem inferência.

E tem mais. Nesta terça-feira, o repórter Paulo Motoryn recebeu outro documento com detalhes sobre os pagamentos feitos por outra agência, a MWorks. Lá constam mais pagamentos à Folha: R$ 146.722,22 em “projeto especial”, “inserção de banners”, “branded pages” e “mídias de divulgação” em 2022. Neste ano, a MWorks ainda intermediou o pagamento de um anúncio relacionado à Virada Cultural no valor de R$ 213.750,00.

Pagamentos-MWorks (1)

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Política

Vídeo: Delegado Saraiva fala sobre a organização criminosa de Ricardo Salles

Laranjal edipiano Ou propriedades em nome da mãe laranja. Um método da extrema direita brasileira. Lembre-se da empresa de venda de pássaros raros de Anderson Torres, escute o que conta o delegado Saraiva sobre Ricardo Salles.

Confira:

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Política

Mauro Cid deu detalhes incriminatórios de sua atuação à PF

O militar passou mais de 16 horas no prédio da PF nos últimos dias; versões apresentadas estão sendo conferidas pelos investigadores.

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid mudou de postura recentemente e explicou aos investigadores da Polícia Federal (PF) detalhes incriminatórios de sua atuação no governo, segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles.

A espécie de confissão, feita na sexta-feira (25/8) e na segunda (28/8), ao longo de quase 16 horas de permanência dele na sede da PF, engloba sua participação no chamado caso das joias e também a relação de Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti, investigado por um suposto plano golpista que envolveria desacreditar a eleição e um grampo no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fontes afirmaram que o valor das declarações de Cid será dado dentro dos critérios definidos pela legislação, que incluem a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da suposta organização criminosa.

Provas
Eventuais acordos de delação ou a promessa de benefícios por uma confissão não serão decididos imediatamente. Hoje, a postura da PF é ouvir o investigado – e, antes de promessas de benesses penais, conferir as declarações com provas já arrecadadas ou futuramente produzidas.

Neste caso, há farto material em posse dos investigadores, como os celulares, as localizações registradas por antenas de telefonia ou de GPS de aplicativos de celular. Há e-mails e informações fiscais e bancárias de todos os investigados.

Hoje, ao jornal O Globo, o advogado do militar, Cézar Bittencourt, afirmou que sua equipe está “verificando um monte de material”. Na quinta (31/8), o tenente-coronel será ouvido novamente, pela terceira vez nesta rodada de depoimentos. Na mesma data, a PF ouve outros nomes relacionados com o caso, como o próprio ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A informação original de que Cid poderia confessar foi publicada pela revista Veja, em 18 de agosto. De lá para cá, a defesa do tenente-coronel apresentou versões divergentes sobre tal anúncio, inclusive negando a confissão. Ao longo desta semana, a imprensa começou a repercutir que Cid teria começado a colaborar. Hoje, veículos do Grupo Globo confirmaram a informação ao longo do dia, segundo reportagens.

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Opinião

O que têm a contar os celulares de Wassef, advogado de Bolsonaro

São mais de mil gigabytes de informações, parte delas conversas com o ex-presidente.

Se arrependimento matasse, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordem de Bolsonaro, já estaria morto. A perda por descuido ou de propósito do seu celular talvez bastasse para salvar a sua e a honra da família Lourena Cid, aí incluídos o pai, um general de quatro estrelas, e a mulher, mãe dos seus filhos.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, foi mais esperto – ou descuidado. Às vésperas do golpe de 8 de janeiro, viajou aos Estados Unidos onde estava Bolsonaro. E voltou de lá sem o celular. Perdeu-o, foi o que simplesmente disse.

Nos celulares de Mauro Cid foram encontradas mensagens que o comprometem, e à sua mulher, Gabriela Santiago, com a falsificação de certificados de vacina contra a Covid-19 e a tentativa fracassada de golpe para anular os resultados das eleições vencidas por Lula em 2022 e perdidas por Bolsonaro.

Gabriela já foi ouvida pela Polícia Federal que guarda em segredo o que ela contou. Mauro Cid já foi ouvido mais de uma vez – somente ontem, durante 10 horas. Ninguém passa tanto tempo calado só ouvindo perguntas. É verdade que pode passar tanto tempo mentindo, mas quanto mais mentir, pior para ele.

Será inevitável que o general Mauro Lourena Cid acabe sendo chamado a depor. Vai ter que explicar por que uma das joias roubadas por Bolsonaro foi parar em suas mãos. Há fotos dele com ela. E porque parte do dinheiro apurado com a venda de outras joias foi depositada por ele, general, na conta de Bolsonaro.

Pai e filho envergonharam a farda que ainda vestem, e seus colegas de caserna. O que os colegas dirão à tropa? Que pai e filho, supostos discípulos de Caxias, o patrono do Exército, não souberam ou não quiseram dizer não às vontades de um ex-capitão, órfão da ditadura, que só pensava em ficar rico, e ficou?

No momento, o que parece interessar à Polícia Federal é o conteúdo dos quatro celulares tomados de Frederick Wassef, conhecido como Wasséfalo, um dos advogados de Bolsonaro. São mais de mil gigabytes de informações. Wasséfalo diz ter recomprado com seu dinheiro o Rolex que Bolsonaro roubou.

Recomprou para quê? Para devolvê-lo ao Estado brasileiro, dono das joias roubadas, apagando assim o crime cometido – mas isso Wasséfalo não diz. Dirá uma mentira qualquer para salvar a própria face, e a do seu patrão. Por ora, a Polícia Federal não tem pressa em interrogá-lo. Ouvirá primeiro os quatro celulares.

É o que Bolsonaro mais teme. Wasséfalo sempre foi um boquirroto, exibicionista e franco atirador. Faz o que lhe dá na cabeça. Mas é improvável que tenha resgatado o Rolex por sua própria conta e risco, e gastando do seu bolso. Cumprida a missão, ele entregou o relógio a Mauro Cid, que agora chora pelo pai,

Wassef pode ser mais Wasséfalo do que Wassef, mas não é de rasgar dinheiro. Pelo menos o dele, não. Só acumula. E é grato ao seu cliente preferencial. Bolsonaro é que é ingrato com todo mundo que o ajuda. Uma hora vai pagar por isso.

*Blog do Noblat

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Política

Lula fala sobre transplante de Faustão e brinca: “Coração corinthiano”

No Twitter, o presidente Lula (PT), desejou melhoras a Faustão, citou o SUS e brincou com o time do coração do apresentador.

O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usou as redes sociais na manhã desta terça-feira (29/8) para se manifestar sobre o transplante de coração realizado por Faustão no último domingo (27/8).

No Twitter, Lula desejou melhoras ao apresentador, além de brincar e dizer que torce para que o novo coração de Faustão seja de um torcedor do Corinthians, time do presidente. Vale destacar que Fausto Silva sempre se declarou santista.

“Eu vi que o Faustão recebeu um transplante de coração. Quem cuida disso é o SUS. Eu desejo ao Faustão que viva mais 100 anos e, quem sabe, talvez esse coração seja Corinthiano. Que Deus te abençoe e você se recupere logo”, escreveu Lula.

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Política

Vídeo: Sâmia Bomfim chama Salles de “réulator” e lista denúncias contra o ex-ministro de Bolsonaro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve início nesta terça-feira (29/8) com bate-boca entre a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e o relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP). A parlamentar chamou Salles de “réulator”, em referência à decisão da Justiça Federal do Pará, proferida na noite de segunda-feira (28/8), diz o Metrópoles.

O tribunal aceitou uma denúncia contra o deputado federal, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de facilitar regras para exploração de madeira quando ainda era ministro do Meio Ambiente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Foi escolhido por essa comissão um ‘relator’, e, desde o ínicio [da CPI], a escolha deste relator tinha muito questionamento. Tendo em visto, seus interesses diretos em desmobilizar a reforma agrária neste país. Mas, os últimos acontecimentos tornam ainda mais grave a presença deste sujeito [Ricardo Salles] na relatoria desta CPI porque ele não é mais um relator, é um réulator”, disse a deputada psolista (veja vídeo no final da matéria).

Em seguida, Sâmia levantou plaquinhas com os supostos crimes de Ricardo Salles. Entre eles: corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, facilitação de contrabando, desacato, obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do poder público.

A acusação de Salles foi apresentada no âmbito da investigação da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto esquema de exportação ilegal de madeira da Amazônia. Além do ex-ministro, o ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Eduardo Bim e outros servidores foram denunciados pelo MPF.

Segundo o Ministério Público, as investigações indicaram a existência de “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”. O órgão destacou uma série de apreensões de madeira de origem brasileira nos Estados Unidos que estavam sem a documentação adequada para exportação.

Em meio às apreensões, um conjunto de empresas do setor madeireiro buscou apoio de servidores do Ibama para liberar a carga. De acordo com o MPF, os funcionários do órgão ambiental teriam emitido certidões e um ofício sem valor jurídico com o intuito de liberar a madeira apreendida.

A denúncia do MPF ressalta ainda um encontro de Ricardo Salles e representantes de empresas envolvidas no suposto esquema em fevereiro de 2020. Depois da reunião, a investigação aponta que o ex-ministro atendeu de forma integral e “quase que imediato” o pedido das companheiras, com parecer técnico “legalizando, inclusive com efeito retroativo, milhares de cargas expedidas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020”.

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