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Política

Lula vai trocar o comando da Caixa, mas não o entregará ao Centrão

Segundo ministros, Lula pretende manter presidência da Caixa com alguém de sua confiança; Miriam Belchior é cotada para assumir o banco.

O presidente Lula está decidido a trocar o comando da Caixa Econômica Federal, mas não pretende entregar o controle do banco público ao Centrão, como desejam lideranças do grupo.

Segundo ministros do núcleo duro do governo, Lula quer manter a presidência da Caixa com alguém de sua confiança, assim como no caso do Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que cuida do Bolsa Família.

Nesse cenário, uma das possibilidades avaliadas pelo presidente da República seria nomear para o comando do banco público a petista Miriam Belchior, atual secretária-executiva da Casa Civil.

Miriam já ocupou diversos cargos relevantes em governos petistas. Entre eles, o de presidente da própria Caixa e o de ministra do Planejamento. Ambos durante o governo Dilma Rousseff.

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Opinião

Depois do “fora, Bolsonaro”, chegou a vez do “fora, Augusto Aras”

Três vezes governador de Pernambuco, Miguel Arraes, um dos ícones da esquerda entre os anos 60 e 80 do século passado, ensinava: “A gente só se elege com o voto dos outros”. Não disse, mas pensava: “A gente só governa com o voto dos outros”.

Por outros, no seu caso, queria dizer eleitores de direita que por qualquer razão votavam nele. A principal razão era a aliança que Arraes sempre fez com partidos e líderes da direita. Entre uma baforada e outra no seu inseparável charuto, justificava:

“Uma vez eleito, quem manda no governo sou eu”.

Mandava, fazia concessões para governar, refazia alianças, e as rompia, quando necessário. É da vida. É da arte de governar. Traía e era traído. Nunca teve, porém, a frieza de Agamenon Magalhães, que governou Pernambuco no início dos anos 50.

Uma vez, Agamenon fez um acordo com Cid Sampaio, líder da oposição ao seu governo, para eleger a direção da Assembleia Legislativa do Estado. Mas, em cima da hora, passou a perna em Cid e elegeu quem bem quis. Cid procurou-o indignado.

Agamenon sequer o recebeu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, onde morava e despachava. A um dos seus assessores que perguntou, aflito, “O que digo a doutor Cid?”, Agamenon respondeu sem alterar a voz:

“Diga que o traí”.

*Blog do Noblat

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Economia

Balança comercial soma US$ 45 bi, impulsiona a economia e caminha para superávit recorde

No primeiro semestre, saldo salta 31,5%. Com vendas turbinadas por grãos e petróleo, país deve fechar o ano exportando mais do que compra do exterior, segundo O Globo.

As contas externas, fonte frequente de problemas para países emergentes, mudaram de lado no Brasil e, nos últimos tempos, vêm impulsionando a economia do país. Com a pujança do agronegócio e a produção de petróleo nas reservas do pré-sal, a balança comercial brasileira teve saldo de US$ 45 bilhões na primeira metade deste ano, um salto de 31,5% ante igual período de 2022.

O Boletim Focus, do Banco Central (BC), que capta as projeções de analistas do mercado financeiro, começou este mês projetando US$ 64 bilhões em 2023. Anteontem, a previsão subiu para US$ 65 bilhões. Se isso se confirmar, será o terceiro ano seguido de superávit recorde, com o país exportando mais que compra do exterior.

Nos últimos anos, a melhora nos números do comércio exterior foi puxada pelo aumento do volume exportado e não dos preços. As cotações dos produtos mais vendidos pelo país, como soja e milho, vinham em queda este ano, mas a produção está em alta.

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Política

Dono do Habib’s diz se arrepender do voto em Bolsonaro: “Não apoiaria de novo”

Dono do Habib’s diz que está contente com o governo e afirma que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “é nota 10”. A avaliação dele é que o petista tem inteligência, é bem-intencionado, luta pelo país e ouve todos os setores. Questionado se Lula seria um homem de ‘sorte’, ele disse que sim, mas ressaltou que “tem competência também”.

O empresário Alberto Saraiva, dono das redes de restaurantes Habib’s, Ragazzo e Tendal Grill, e um dos aliados de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos, disse que está contente com o País governado por Lula (PT) e elogiou a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Saraiva afirmou ainda que não voltaria a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não. Não apoiaria, tem 500 coisas para justificar isso”, respondeu, sem, na verdade, esclarecer os motivos que o levaram a abandonar o ex-capitão.

Questionado sobre o presidente Lula (PT), o empresário disse que o petista tem sorte e competência. “Teve um período meio complicado, mas quando assumiu agora está tendo sorte, as coisas estão favoráveis. E [tem] competência também”, disse.

Em abril de 2021, durante a pandemia, Saraiva participou de um jantar promovido por Bolsonaro junto a empresários. Durante a agenda, o ex-presidente promoveu ataques contra governadores e foi ovacionado pelos presentes.

A lista de convidados daquele evento incluiu outros nomes da indústria e do comércio, como Rubens Ometto, da Cosan, um dos principais doadores individuais de Bolsonaro naquela eleição, além de Flavio Rocha, da Riachuelo, do presidente da Fiesp Paulo Skaf e de Tutinha, dono da rede Jovem Pan.

“O empresariado está em total apoio a ele”, disse, em entrevista ao UOL. Saraiva ainda elogiou a atuação de Haddad, disse que o petista tem inteligência, é bem-intencionado, luta pelo país e ouve todos os setores. “De zero a 10, é 10”, acrescentou.

Na conversa, ele também afirmou estar “extremamente otimista” com a economia, momento em que citou a intenção da queda nos juros e na inflação.

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Política

CGU identifica distorção de 16 bilhões no balanço financeiro do Ministério da Saúde em 2022

As contas do Ministério da Saúde apresentaram uma distorção de quase R$ 16 bilhões em 2022. Os problemas comprometem a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa da pasta nas demonstrações contábeis. A informação é do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

As distorções no balanço financeiro, no total de R$ 15,9 bilhões, foram apontadas em auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU). Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde foi comandado pelo cardiologista Marcelo Queiroga.

A CGU identificou que as distorções se concentram nas transferências fundo a fundo, controle de estoques de medicamentos, patrimônio imobilizado e outras áreas, como a dívida ativa da Agência Nacional de Saúde (ANS).

As inconformidades também se referem ao pagamento de despesas, lançamentos contábeis em contas de estoques e controles patrimoniais.

Ao final do relatório, a CGU relaciona uma série de 21 recomendações ao Ministério da Saúde, Funasa e ANS. Entres elas, o órgão aponta a necessidade de realizar ajustes nos lançamentos nas contas de estoques e no controle de perdas.

“Considerando as distorções e as inconformidades apontadas, conclui-se que as demonstrações contábeis do Ministério da Saúde não refletem, em todos os aspectos relevantes, a real situação patrimonial, financeira e econômica da organização e que parte das transações subjacentes apresenta inconformidade com as normas aplicáveis”, anotou a CGU.

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Justiça

PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa de família que atacou Moraes

As diligências foram deferidas pela ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Polícia Federal cumpre, na tarde desta terça-feira, mandados de busca e apreensão em dois endereços do empresário Roberto Mantovani Filho, de sua mulher, Andréia Munarão, e do genro do casal, Alex Zanatta, na cidade de Santa Bárbara do Oeste, no interior paulista. O grupo é investigado pelos crimes de injúria, perseguição e desacato supostamente praticados contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto internacional de Roma. As diligências foram deferidas pela ministra Rosa Weber, presidente da Corte e chefe do plantão durante o recesso dos magistrados, estando responsável pela análise dos pedidos de urgência.

Mais cedo, Mantovani Filho negou, em depoimento à Polícia Federal, ter agredido o filho do ministro. Segundo a defesa dele, o empresário admitiu ter agido para “afastá-lo” de sua esposa, Andréia Munarão, mas que agiu assim para defendê-la de “ofensas pesadas”.

— Ele nega ter havido empurrão, ele disse que, em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa. Ele sequer sabia quem era, mas era uma pessoa que fazia ofensas bastante pesadas e desrespeitosas à sua mulher — afirmou o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representa o casal.

Como antecipado pela coluna da jornalista Malu Gaspar, em representação à PF para apuração do episódio, Moraes relatou que estava na área de embarque do aeroporto por volta das 19h quando Andreia Munarão se aproximou e deu início aos xingamentos. Em seguida, Roberto Mantovani Filho, “passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada”.

Também na representação, o ministro disse que, momentos depois, “a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas”. Moraes não estava acompanhado de escolta policial no momento da abordagem, quando voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito.

À PF, Moraes contou ainda que foi falar com o grupo para pedir que parassem com as agressões. “Alertei que seriam fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão.” As fotos foram incluas na representação. Depois disso, o ministro e sua família entraram na sala VIP e os agressores ficaram do lado de fora.

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Justiça

CNJ abre processo disciplinar para apurar se Gabriela Hardt sabia das supostas ilegalidades cometidas por Sergio Moro na Lava Jato

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar para apurar a conduta da juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.
A decisão foi assinada na segunda-feira (17) pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. O processo vai apurar se a magistrada deixou de tomar providências após ser alertada de supostas ilegalidades que teriam sido cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e ex-procuradores da República.

Na primeira fase do processo, Gabriela Hardt terá prazo de 15 dias enviar ao CNJ sua manifestação sobre as acusações, que foram feitas pelo empresário Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia. Atualmente, a juíza atua na 3ª Turma Recursal do Paraná.

Em entrevistas à imprensa, Garcia afirmou que foi usado como “agente infiltrado” pelo então juiz Moro e procuradores da Lava Jato para gravar investigados nos processos e “perseguir o PT”.

Garcia é ex-deputado estadual no Paraná e assinou um acordo de colaboração premiada após ter sido investigado no caso Banestado por crimes contra a ordem tributária. O acordo foi celebrado em 2004 por Moro, magistrado que atuou no caso.

Anos depois, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão do acordo por “suposta omissão” de Garcia, e a reativação do processo.

Segundo a defesa do empresário, em março de 2021, Tony Garcia foi ouvido pela juíza Gabriela Hardt, então substituta de Moro, e relatou o “cometimento de crimes” pelo então juiz na condução do processo. Contudo, em novembro de 2022, a juíza declarou a rescisão do acordo de colaboração conforme pedido do MPF.

De acordo com os advogados, a denúncia feita por Garcia foi levada adiante apenas após o juiz Eduardo Appio, que foi afastado da 13ª Vara, tomar providências e enviar o caso ao Supremo.

Por meio da assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba, Gabriela Hardt declarou que vai prestar as informações solicitadas pelo CNJ.

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Política

Spoofing: procuradores, delegados e mídia contra os “dissidentes”

Luis Nassif*

Com a comprovação da existência do grampo, todos eles, mais os procuradores Januário Paludo e Daniel Coimbra estarão sujeitos a inquéritos.

Um dos episódios mais ilustrativos da organização criminosa que juntou procuradores e delegados da Lava Jato foi na perseguição aos dissidentes da Polícia Federal. Passaram a ser tratados como dissidentes todos os policiais que insistiam em se comportar dentro dos parâmetros legais.

Foi o caso dos delegados o delegado Mario Renato Castanheira Fanton e o agente de Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang. Dalmey foi incumbido de investigar a suspeita de escuta ilegal colocado por delegados na cela de prisioneiros. Produziu um relatório técnico, isento, comprovando a ilegalidade.

Entre outras irregularidades, ambos levaram ao conhecimento da Corregedoria do DPF e do Ministério Público Federal do Paraná – ao qual cabe o controle externo da polícia Federal – informações novas sobre a sindicância 04/2014, presidida pelo delegado Maurício Moscardi. A sindicância visava investigar o grampo ambiental encontrado pelo doleiro Alberto Youssef em sua cela.

Imediatamente, ambos foram alvos de uma campanha difamatória e de uma perseguição infernal por parte de procuradores e delegados da cúpula da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Paraná (SR/DPF/PR):

  • Rosalvo Ferreira Franco (superintendente),
  • Igor Romário de Paula (diretor da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado – DRCOR),
  • Maurício Moscardi Grillo (então chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes),
  • Daniele Gossenheimer Rodrigues (chefe do Núcleo de Inteligência Policial – NIP),
  • Érika Mialik Marena (então chefe da Delegacia de Combate ao Crime Financeiro – Delefin) e e
  • Márcio Adriano Anselmo (da Delegacia de Combate ao Crime Fazendário – Delefaz) – que, em agosto de 2015, representaram ao Ministério Público Federal (MPF) dizendo-se caluniados pelos dois colegas.
  • No diálogo abaixo, captado pela Operação Spoofing, há a comprovação da cumplicidade entre procuradores e policiais da Lava Jato.8 Mar 17
    19:13:44 Deltan, boa noite. Tentei falar com Dr Januário mas ainda não consegui contato.

    19:14:28 Amanhã terá um procedimento de acareação realizado pela Coain aqui em Curitiba

    19:15:05 O Delegado fará acareação entre eu e Dalmey e Zanotto.

    19:16:19 Muitas coisas vem acontecendo no âmbito da COGER que me fizeram perder completamente a segurança da isenção deles na condução das investigações

    19:17:38 Gostaria muito do apoio de vcs no sentido de pedir para alguém do MPF controle externo acompanhar esta acareação

    19:18:32 Isso traria segurança para nós e não permitiria que abusos e ameaças …

Deltan cumpriu, pois o procurador Januário Paludo produziu um parecer pedindo arquivamento e interrompeu o Inquérito 001/17 presidido pelo delegado Magno Xavier. O juiz Nivaldo Brunoni acatou o parecer de Paludo. Mas, antes, o delegado Magno produziu um despacho manifestando descontentamento com a ousadia do MPF e comprovando que há policiais dignos na PF…

Agora, com a comprovação da existência do grampo, todos eles, mais os procuradores Januário Paludo e Daniel Coimbra estarão sujeitos a inquéritos.

*GGN

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Reuniões de Lula e Dilma com ex-presidente equatoriano foram espionadas para a CIA

Compromissos de Rafael Correa com Cristina Kirchner, José Mujica e outras autoridades também foram alvo de companhia de segurança ibérica que trabalhava para a CIA.

O dono da empresa de segurança espanhola UC Global, SL, David Morales, supostamente espionou para a CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos, reuniões que o ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017) teve em 2018 com uma série de antigos mandatários e autoridades da região — entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff. As informações vieram à tona após uma análise do computador de Correa, investigado pela Justiça do seu país.

*Com O Globo

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Política

MP não vê crime em post de Michelle que ligava Lula e candomblé às “trevas”

Procurador repreende atitude da ex-primeira-dama, mas aponta risco de a Justiça ser usada para manobrar interesses políticos.

A Procuradoria da República no Distrito Federal mandou para o arquivo representação criminal que pedia punição para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por compartilhar, na campanha do ano passado, um vídeo contra Lula que ligava o então candidato petista e religiões afro-brasileiras às “trevas”.

O vídeo foi compartilhado por Michelle nos stories do Instagram, em setembro de 2022. Publicado originalmente por uma vereadora bolsonarista de São Paulo, continha imagens de encontros de Lula com lideranças de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda, e de uma visita à sede do bloco Ilê Ayê, em Salvador.

“Lula já entregou sua alma para vencer essa eleição. Não lutamos contra a carne nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas”, dizia a legenda original. Ao compartilhar o vídeo em seu perfil na rede social, Michelle acrescentou: “Isso pode né! Eu falar de Deus, não!”.

Discriminação religiosa
À época, o Ministério Público Federal foi acionado em várias partes do país para investigar a postagem da então primeira-dama, sob a alegação de que ela teria cometido o crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. Todos os procedimentos foram reunidos em um só, que tramitou em Brasília.

O procurador responsável pelo caso, Frederico Paiva, decidiu arquivar o caso recentemente. Paiva fez ressalvas à postura de Michelle — segundo ele, “preconceituosa, intolerante, pedante e prepotente” –, mas entendeu que não haveria como puni-la porque ela estaria resguardada pelos princípios da legislação brasileira que protegem a liberdade de expressão.

A conduta da então primeira-dama, na leitura do procurador, também estaria protegida pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que entende como liberdade religiosa não apenas o direito de escolha de qual religião seguir, mas também o de fazer proselitismo.

Problema dos dois lados
Antes de determinar o arquivamento do procedimento, no qual Michelle era tratada como investigada, Frederico Paiva teceu considerações sobre a “tormentosa” questão da liberdade de expressão em tempos de polarização acirrada para dizer que os dois lados da cena política brasileira têm explorado o discurso de ódio contra opositores.

Ao ilustrar que os excessos não se limitam a apenas um dos grupos, o procurador reproduziu postagens, no Twitter, de uma militante de esquerda que assinava uma das representações pedindo punição para Michelle. Na prática, ela estava incorrendo no mesmo erro da então primeira-dama.

Nos posts, a militante tecia críticas aos evangélicos, em textos que, observa o procurador na peça, “não condizem com alguém que milita pelo apaziguamento e respeito mútuo entre as vertentes religiosas”.

Ao arquivar o caso, o procurador diz que “as vias da Justiça foram e estão sendo usadas a todo momento como palco para entraves políticos que não solucionam” o problema de fundo.

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