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Acredite, Zelensky pede apoio ao Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou seu “plano de paz” durante uma reunião com líderes europeus, rejeitando qualquer tipo de concessão à Rússia. Ele também solicitou o apoio do Brasil, que tem defendido consistentemente a inclusão de ambas as partes em qualquer processo de negociação para resolver o conflito.

Em postagem na plataforma X neste sábado (15), Zelensky pediu um contingente de soldados estrangeiros na Ucrânia como uma “garantia de segurança”, proposta que enfrenta resistência de muitos países aliados do regime de Kiev.

“O contingente deve ser estacionado em solo ucraniano. Esta é uma garantia de segurança para a Ucrânia e uma garantia de segurança para a Europa. Se Putin quer trazer algum contingente estrangeiro para o território da Rússia, isso é problema dele. Mas não é problema dele decidir nada sobre a segurança da Ucrânia e da Europa”, escreveu.

Ele também citou o Brasil e a China como países que podem contribuir para o seu plano e acusou a Rússia de violar um “acordo” que ainda não foi firmado, enquanto vê a situação no campo de batalha se deteriorar.

“Precisamos unir não apenas a Europa e o G7, mas também todos os outros países ao redor do mundo em prol da paz. Muitos de vocês têm conexões ao redor do globo – na América Latina, Ásia, África, região do Pacífico. Queremos acabar com esta guerra de uma forma justa e final. Mobilizamos a diplomacia ao máximo para conseguir isso. O mundo deve entender que a Rússia é o único obstáculo que impede a paz”, disse.

“Peço que você fale com todos – do Brasil à China, das nações africanas aos países asiáticos – sobre o fato de que a paz real é necessária. Paz através da força. Paz através de forçar a Rússia a tomar todas as medidas necessárias em prol da paz”, acrescentou.

Por fim, rejeitou qualquer concessão a Moscou. “A paz é possível. É possível quando todos nós trabalhamos juntos – pela paz, por garantias de segurança, para garantir que o agressor não ganhe nada com esta guerra”, disse.

Na terça-feira (11), uma reunião entre as delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia ocorreu em Jeddah, na Arábia Saudita. O gabinete de Zelensky publicou um comunicado conjunto após as negociações, no qual Kiev se declarou pronta para aceitar a proposta dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, com possibilidade de extensão mediante acordo mútuo.

O documento também afirmou que os Estados Unidos retomariam imediatamente a ajuda à Ucrânia e suspenderiam a pausa no compartilhamento de inteligência.

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A emenda anônima e a corrupção premeditada

Chama atenção a obsessão de deputados e senadores em esconder a identidade dos autores e autoras das emendas parlamentares ao Orçamento da União.

Esta conduta é ainda mais chamativa porque é da natureza do parlamentar divulgar, muitas vezes com enorme estardalhaço, os recursos que conquista para suas paróquias e clientelas eleitorais.

É estranhíssimo, portanto, parlamentar fazer de tudo para ficar oculto, para não ver seu nome associado a uma obra, a um equipamento ou a alguma verba que destina à sua base eleitoral.

Mas é exatamente isso que acontece no caso das emendas ao orçamento, em que deputados e senadores optam pelo anonimato, ela pela clandestinidade das emendas anônimas – o chamado orçamento secreto.

Isso seria só estranho não fosse, porém, muito suspeito. Tamanha resistência em dar a devida publicidade e transparência pode significar um ato de corrupção premeditada; alguma maracutaia.

Se suas excelências não estivessem mal intencionadas, por que então impediriam o rastreamento do itinerário percorrido pelo dinheiro público depois que sai do cofre da União?

Os escândalos de corrupção e desvios com as verbas do orçamento liberadas por parlamentares já se tornaram uma epidemia nacional.

A Polícia Federal instaurou mais de 40 inquéritos em Brasília e nos estados. E no último dia 11 o STF tornou réus três deputados do PL, partido do Bolsonaro, que vendiam emendas parlamentares.

O “mercado” das emendas é um negócio bilionário manejado por 513 deputados e 81 senadores.

Entre 2020 e 2024, eles distribuíram 149 bilhões de reais. E, para o orçamento de 2025, se garantiram o montante de 50,4 bilhões de reais, valor equiparável ao total de investimentos do PAC.

Serão R$ 24,6 bilhões em emendas individuais, que garantem R$ 41,5 milhões para cada parlamentar, mais R$ 14,8 bilhões em emendas das bancadas estaduais e outros R$ 11,5 bilhões através de emendas de comissão.

Não há no mundo, nem mesmo em países com sistema parlamentarista, tamanha interferência parlamentar na destinação de verbas orçamentárias como acontece no Brasil, com o Congresso usurpando uma competência primordial do Poder Executivo.

Este enorme absurdo é superado, no entanto, pelo absurdo ainda maior da opacidade e falta de transparência, publicidade e rastreabilidade de bilhões de dinheiro público. O orçamento secreto representa a institucionalização da corrupção.

*Do blog de Jeferson Miola

*Ilustração: Nando Motta

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China está furiosa com os ataques recebidos pelo G7

Comentando a declaração conjunta da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G7 e a Declaração sobre Segurança Marítima e Prosperidade, o porta-voz da Embaixada da China no Canadá rebateu que tais documentos estão repletos de arrogância, preconceito e intenções maliciosas de atacar e suprimir a China.

A China expressa profundo descontentamento e oposição a essas declarações e apresentou uma representação formal ao governo canadense, afirmou o porta-voz da embaixada em um comunicado publicado no site oficial na sexta-feira, horário local. Segundo a nota, “essas declarações repetem a mesma retórica ultrapassada, ignoram os fatos e a posição solene da China, interferem grosseiramente nos assuntos internos chineses e difamam abertamente o país”.

De acordo com o comunicado da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G7 em Charlevoix, Quebec, divulgado pelo Global Affairs Canada na sexta-feira, os membros do G7 fizeram várias acusações contra a China em temas que incluem a guerra na Ucrânia, a segurança e a resiliência da chamada região “Indo-Pacífico”.

Essas declarações conjuntas dos ministros do G7 claramente carregam a intenção de fortalecer a unidade interna do bloco por meio da amplificação das chamadas “ameaças da China”. Isso demonstra mais uma vez que o G7 não passa de um pequeno grupo que promove divisão, confronto e caos mundial, em vez de atuar como um agente de estabilidade global, como afirma, disseram analistas chineses.

Na declaração conjunta, o G7 também reiterou seu apoio à participação “significativa” de Taiwan em organizações internacionais apropriadas, ao mesmo tempo em que expressou “preocupação com as situações no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China” e afirmou que se opõe fortemente a “tentativas unilaterais de mudar o status quo, especialmente por meio da força e coerção”.

A China defende firmemente sua soberania territorial e seus direitos e interesses marítimos, e se opõe veementemente às ações do G7 que prejudicam sua soberania, afirmou o porta-voz da embaixada no comunicado.

Taiwan é parte inalienável do território chinês. A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China e não admite interferência externa. A chave para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan está no respeito ao princípio de uma só China e na oposição firme ao separatismo da “independência de Taiwan”. A participação da região de Taiwan em atividades de organizações internacionais deve ser tratada exclusivamente de acordo com esse princípio, destacou o comunicado.

Atualmente, a situação no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China é amplamente estável. O Mar do Sul da China é uma das rotas marítimas mais seguras e livres do mundo. “Quero enfatizar que a região Ásia-Pacífico é uma terra promissora de paz e desenvolvimento, não um tabuleiro de xadrez para rivalidades geopolíticas. O G7 deve respeitar os esforços dos países regionais pela paz e estabilidade, abandonar a mentalidade da Guerra Fria e parar de criar confrontos de blocos e alimentar tensões na região”, instou o porta-voz.

Os membros do G7 também acusaram a China, sem provas, de fornecer armas e componentes de uso duplo à Rússia, chamando-a de um “facilitador decisivo da guerra da Rússia e da recomposição das Forças Armadas russas”.

“Quero reiterar que a China não é criadora nem parte da crise na Ucrânia e nunca forneceu armas a qualquer parte do conflito”, refutou o porta-voz da embaixada chinesa. “Pelo contrário, são os membros do G7 que continuam alimentando o fogo do conflito, portanto, não estão em posição de culpar a China.”

A China rejeita as acusações infundadas do G7. Enquanto o G7 abandonou os princípios básicos de manutenção da estabilidade estratégica global e minou o regime internacional de desarmamento e não proliferação nuclear, escolheu atacar e desacreditar as políticas nucleares de outros países. Essa postura apenas intensificará os confrontos e criará obstáculos para o progresso global no desarmamento nuclear, afirmou o porta-voz.

Criticando as alegações do G7 de que “a China não deveria conduzir ou apoiar atividades que comprometam a segurança de nossas comunidades e a integridade de nossas instituições democráticas”, o porta-voz enfatizou que a China nunca interferiu nos assuntos internos de outros países e não tem interesse em fazê-lo. “O rótulo de ‘interferência em assuntos internos’ jamais deve ser atribuído à China”, afirmou.

Atualmente, as discussões do G7 não estão mais restritas a questões econômicas. Originalmente criado para tratar de assuntos financeiros, o grupo agora direciona seu foco para crises internacionais e grandes questões políticas, como o Mar do Sul da China, Taiwan e o conflito Rússia-Ucrânia. Isso demonstra que o G7 se tornou um bloco que sustenta sua existência – e até fortalece seu papel – por meio da fabricação de ameaças externas. Tal abordagem é, sem dúvida, uma bomba-relógio para a segurança e prosperidade globais, ou, em outras palavras, um fator de desestabilização, afirmou Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, ao Global Times no sábado.

Ao mesmo tempo, é importante notar que as acusações do G7 contra a China refletem a visão de certas elites ou facções dentro da política ocidental. No entanto, em alguns países ocidentais, como os EUA e a Itália, forças políticas anti-establishment vêm ganhando influência. Isso sugere que o G7 está enfrentando divisões internas profundas, apontou Li.

Essa fragmentação foi deliberadamente ocultada na recente reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 por meio da amplificação de ameaças externas, observou ele. “Não importa o quanto o G7 exagere ameaças externas para fortalecer sua própria existência e função, ele não pode esconder o aprofundamento de suas divisões internas nem a resistência global a sua tentativa de impedir a prosperidade mundial e gerar desordem internacional”, afirmou.

A China enfatiza ao G7 que uma mentira, mesmo repetida milhares de vezes, não se tornará um fato. O mundo não será enganado por tentativas de difamação contra a China. Suprimir e atacar a China não é uma “solução milagrosa” para resolver as divisões internas do G7. Instamos mais uma vez o G7 a abandonar a mentalidade da Guerra Fria e os preconceitos ideológicos, parar de ir contra a tendência mundial e os tempos atuais, cessar as declarações infundadas e arrogantes e a interferência grosseira nos assuntos de outros países, para evitar criar confrontos e divisões na comunidade internacional, concluiu o porta-voz da embaixada chinesa, segundo o Cafezinho.

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Após PGR denunciar Bolsonaro, Carluxo chora e diz que “não vive em uma democracia”

PGR apresentou a denúncia contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro, fez uma declaração em meio a lágrimas nesta sexta-feira (21), dizendo que o Brasil não vive mais uma democracia. A fala ocorreu dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o pai do vereador, o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.

“Vivemos um momento delicado no país. Eu acredito que a gente não vive mais numa democracia, e a gente tem que se adaptar aos novos tempos. Mas jamais nos calar”, afirmou Carlos durante evento do Partido Liberal. Na ocasião, o vereador precisou interromper o discurso por estar chorando.

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África do Sul após embaixador ser expulso dos EUA: ‘Lamentável’

Diplomata Ebrahim Rasool foi considerado persona non grata e terá que deixar país.

Horas após o embaixador sul-africano Ebrahim Rasool se tornar persona non grata nos Estado Unidos e, consequentemente, ser expulso do país, o governo da África do Sul reagiu por meio de nota. “A presidência tomou nota da lamentável expulsão do embaixador da África do Sul nos Estados Unidos, o senhor Ebrahim Rasool”, afirma o texto, divulgado neste sábado (15).

A expulsão do embaixador foi comunicada nesta sexta-feira (14) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que chegou a acusar que Rasool de “odiar” os Estados Unidos e o presidente Donald Trump.

Este é mais um capítulo das ofensivas estadunidenses contra o país africano. No início de fevereiro, Trump anunciou corte de assistência financeira à África do Sul, afirmando ser uma reação ao anúncio de uma política de desapropriação de terras aprovada pelo presidente Cyril Ramaphosa em janeiro deste ano.

Trump também citou a ação movida pela África do Sul no Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel por conta do massacre promovido pelo país na Faixa de Gaza.

A denúncia sul-africana aconteceu em dezembro do ano passado, argumentando que a guerra na Palestina viola a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948, acusação que Israel nega.

Na última semana, a África do Sul reforçou a denúncia. O Ministério de Relações Exteriores da África do Sul acusou Israel de utilizar “a fome como arma de guerra” em Gaza, em um comunicado emitido sobre o bloqueio à ajuda humanitária imposto pelo exército israelense no início de março.

“Impedir a entrada de alimentos em Gaza é a continuação do uso da fome como arma de guerra por Israel”, afirmou a chancelaria sul-africana.

Recentemente, o presidente Ramaphosa esteve em um encontro com membros da União Europeia quando foram anunciados acordos entre as nações envolvidas.

Membra do Brics, a África do Sul assume, desde dezembro passado e até novembro de 2025, a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

*BdF

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Em ofensiva contra Moraes Eduardo Bolsonaro faz quarta viagem do ano aos EUA

Aliados defendem que ele fique nos Estados Unidos e não retorne ao Brasil, sob pena de perder o passaporte.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) retornou a Washington pela quarta vez no ano para encontros com integrantes do governo americano como parte de uma ofensiva contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O parlamentar foi com a família para a Flórida e, nesta semana, passou pela capital dos EUA. Em um vídeo com o influenciador de direita Paulo Figueiredo, ele relata ter tido conversas com integrantes do governo na Casa Branca, sem detalhar quem são as autoridades.

Até a sexta-feira (14), Eduardo ainda não tinha data para voltar e aliados defendem que ele fique no país e não retorne ao Brasil, sob pena de perder o passaporte.

O PT acionou o STF pedindo a apreensão do passaporte do deputado, alegando crimes contra a soberania cometidos pelo parlamentar no périplo pelos EUA. A solicitação foi feita em 27 de fevereiro, quando Eduardo chegou ao país.

A medida repercutiu nas redes sociais, sendo criticada por bolsonaristas, que alegam perseguição política ao deputado, com o objetivo de dificultar sua ascensão à Comissão das Relações Exteriores.

O PL indicou o parlamentar para comandar o colegiado. Parlamentares do PT reagiram e falam em possíveis ruídos com o Supremo e nas relações diplomáticas do Brasil para tentar evitar a escolha, como mostrou a Folha de S.Paulo.

Figueiredo, também alvo das ações de Moraes, defende que Eduardo permaneça nos EUA. O parlamentar não respondeu a pergunta da reportagem sobre o tema.

Enquanto isso, o deputado mantém a ofensiva nos EUA, junto com o youtuber, para convencer autoridades americanas a aplicarem sanções a Moraes, que vão desde a perda do visto para entrar no país ao bloqueio de contas no exterior.

Moraes

Moraes é o relator
O ministro do STF é o relator da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a trama golpista de 2022, na qual Bolsonaro e Figueiredo estão incluídos.

“O que estamos fazendo aqui nos Estados Unidos não é nenhum absurdo. Só estamos levando ao conhecimento de várias autoridades o que está acontecendo no Brasil”, afirmou Eduardo numa live.

“Chutaram o Rumble [tiraram a rede do ar], o cara está pedindo mandado de prisão contra brasileira que está em solo americano [Moraes pediu a prisão de uma brasileira com dupla cidadania, naturalizada americana, por participar no 8 de janeiro]”, disse.

Bolsonaro ainda disse na live que os ministros estavam fazendo piadas com a possibilidade de perderem o passaporte e agora levam a sério.

Eduardo tratou do pedido de cassação do seu passaporte e alegou novamente haver uma perseguição.

“Vir aos Estados Unidos com muita frequência é um crime?”, ironizou. “Qual é o crime ao articular reações ao STF no exterior? O STF é ‘incriticável’, você não pode criticar medidas de ministros do STF”, disse.

A investida ocorre às vésperas do julgamento da Primeira Turma que pode tornar Jair Bolsonaro réu. Na quinta (13), o ministro Cristiano Zanin, marcou para os dias 25 e 26 de março a análise do recebimento da denúncia contra o ex-presidente e aliados pela trama golpista em 2022. A expectativa de bolsonaristas é que uma sanção a Moraes possa pressionar os demais ministros do STF a recuar nos processos.

Uma das apostas de quem faz parte da ofensiva é que Moraes possa ser sancionado com base na chamada Lei Magnitski -em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitski. A legislação, aprovada no governo Barack Obama, impõe restrições a vistos, congela contas e ativos dos alvos no exterior e impõe restrições financeiras a empresas.

Bolsonaristas dizem que a sanção pode levar instituições financeiras a encerrarem as contas dos alvos, sob pena de os bancos serem impedidos de participar do sistema financeiro internacional. Isso poderia significar o encerramento das contas de Moraes no próprio Brasil, afirmou Figueiredo numa live.

Essa sanção é aplicada pelo Executivo. O deputado republicano Rich McCormick afirmou nas redes sociais que pediria a Trump a aplicação das sanções Magnistsky contra o ministro.

A outra frente é busca pela aprovação da proposta “No Censors on our Shores Act” (Sem censores em nosso território), que estabelece a deportação e o veto de entrada nos EUA. Esse projeto foi aprovado no colegiado análogo à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara americana e ainda não tem data para ir a plenário.

O texto tem apoio de republicanos, mas também de democratas, por se tratar de uma proteção da liberdade de expressão, cara aos americanos e prevista na Constituição.

A expectativa de bolsonaristas é que alguma sanção seja aplicada nos próximos meses.

Da última vez que esteve nos EUA, no final de fevereiro, Eduardo esteve com integrantes do Departamento de Estado, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores.

Dias depois, o órgão publicou mensagem com referência implícita a Moraes e disse que punir empresas americanas por se recusarem a praticar censura vai contra os valores democráticos. Daquela vez, Eduardo também participou da Cpac, maior conferência conservadora do mundo, em que discursou, criticou Moraes e defendeu seu pai.

Na semana anterior, esteve no país porque tinha encontros marcados com deputados e senadores e autoridades. Antes, viajou para participar da posse de Donald Trump em 20 de janeiro.

Eduardo disse à Folha de S.Paulo antes que as viagens foram pagas por ele pela conferência. Desta vez, o parlamentar não respondeu à reportagem. Aliados dizem que ele pagou por conta própria a ida aos EUA.

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STF nega recurso e forma maioria para manter Braga Netto preso

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a prisão do ex-ministro Walter Braga Netto (PL), detido desde dezembro de 2023 sob suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Os ministros estão analisando um recurso da defesa do bolsonarista contra a prisão, mas quatro dos cinco integrantes do colegiado votaram para rejeitá-lo. O julgamento, realizado no plenário virtual, deve ser encerrado nesta sexta-feira (14).

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela manutenção da prisão, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Falta apenas o voto do ministro Luiz Fux para concluir a análise. Braga Netto está preso sob a acusação de tentar descobrir informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid e de supostamente financiar militares que teriam participado de um plano para sequestrar o ministro Moraes, de acordo com o DCM.

A defesa do ex-ministro argumentou que os atos atribuídos a ele “todos pretéritos, remontando a 2022 e 2023, não havendo qualquer fato novo ou contemporâneo que justifique a manutenção da prisão preventiva”. Além disso, afirmou que não há “qualquer elemento concreto que demonstre interferência ou embaraço” de Braga Netto na investigação.

No entanto, em seu voto, Moraes destacou que “os desdobramentos da investigação, notadamente a realização da denominada operação ‘Contragolpe’, assim como os novos depoimentos do colaborador Mauro César Barbosa Cid, revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados”.

Braga Netto está entre os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pela tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF deve analisar, no próximo dia 25, se aceita a denúncia contra ele e outras sete pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que seriam considerados o núcleo principal da suposta organização golpista.

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Lula: “Queremos salvar o povo trabalhador de pagar Imposto de Renda”

Segundo o presidente, quem paga IR no Brasil “é quem tem desconto na fonte”, enquanto “muita gente rica sonega”.

Durante a cerimônia de entrega de ambulâncias do SAMU em Sorocaba (SP), nesta sexta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu compromisso com a justiça fiscal e anunciou que, a partir do dia 18, trabalhadores que ganham até R$ 5 mil não pagarão mais Imposto de Renda. O presidente também criticou a sonegação de impostos por parte dos mais ricos e destacou a importância da educação para o futuro do Brasil.

“A verdade é que quem paga Imposto de Renda neste país é quem tem desconto na fonte, porque não tem como sonegar. É descontado na folha de pagamento dele. Mas quem ganha muito às vezes nem paga, e inventa sempre uma mutreta para não pagar”, afirmou Lula, reforçando sua crítica ao sistema tributário brasileiro, que penaliza a classe trabalhadora enquanto parte da elite econômica do país se beneficia de brechas fiscais.

O presidente defendeu a necessidade de o Estado atuar na redução das desigualdades, garantindo investimentos nas camadas mais vulneráveis da população. “O que queremos é salvar o povo trabalhador de pagar Imposto de Renda, enquanto muita gente rica sonega. Tem gente que fica muito nervosa com esse tal de Lula, que só quer cuidar de pobre. Eu quero cuidar. Sabe por quê? Porque quem precisa do Estado são as pessoas mais humildes. As pessoas mais ricas não precisam do Estado”, disse.

Lula também enfatizou que o governo está investindo mais de R$ 300 bilhões em programas sociais voltados às camadas mais pobres, impactando diretamente cerca de 80% da população. Segundo ele, esses investimentos visam garantir melhores condições de vida e criar oportunidades de desenvolvimento.

“Quando a gente melhora a qualidade de vida do povo, ele cresce como ser humano, como cidadão e cidadã. Vai ter vontade de estudar, de aprender uma profissão. O futuro deste país só será um futuro brilhante quando a gente tiver a capacidade de exportar inteligência, conhecimento, e não apenas soja e minério de ferro”, declarou.

Para reforçar seu compromisso com a educação, Lula destacou a expansão da rede de institutos federais de ensino técnico e tecnológico. “Por isso criamos tantas universidades, por isso que peguei 140 institutos federais e vou entregar 782, porque eu quero a juventude preparada para o futuro. E o futuro só se consegue com educação”, concluiu o presidente.

O anúncio da isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil deve ser oficializado pelo governo na próxima terça-feira (18). A medida é parte do compromisso da gestão Lula com a reforma tributária e o alívio fiscal para a classe trabalhadora, que historicamente arca com a maior carga tributária do país. Com 247.

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Enquanto a ratazana aguarda o transporte para a cadeia, os camundongos como Gayer entram em desespero

O ataque de Gustavo Gayer a Gleisi, Lindbergh e Alcolumbre, não foi sem motivos.

O desespero é a bagagem que, por ora, fica de fora da cadeia como um espelho espatifado de Bolsonaro.

Gayer tem motivos de sobre para tanto.

Bolsonaro, sendo carta fora do baralho, os diabos menores, os camundongos da toca ficam pilhados por saberem que morrerão de inanição politica, isso se também não forem para a prisão.

Um boi puxa o outro e vão todos para o matadouro.

O tic-tac que tilinta na cabeça de Bolsonaro virou um inferno tanto para ele quanto para todos do seu bando.

Estão todos sobressaltados pelo fim da linha que já avistam sem ter como frear o bonde que vai levar Bolsonaro para o chilindró.

A azeda má digestão de Gayer, que o fez arrotar contra Gleisi, Lindbergh e Alcolumbre, deve lhe custar a cabeça.

Certamente muito mais coisas pesarão sobre seus ombros que, possivelmente, farão dele um potencial encarcerado.

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Relator de projeto sobre emendas é alvo da PF por desvios das próprias

Resolução aprovada para dar mais transparência tem Eduardo Gomes (PL-TO) como relator e deixou brechas para ocultar autores.

O Congresso Nacional aprovou na tarde desta quinta-feira (13/3) a resolução para dar mais transparência e rastreabilidade às emendas parlamentares. A falta de transparência têm sido alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) desde meados de 2024.

Embora tenha como finalidade dar mais transparência aos repasses, o texto aprovado deixou uma série de brechas para ocultar autores de emendas.

O relator da proposta é o senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO) que, recentemente, entrou na mira da Polícia Federal (PF), segundo o Metrópoles, por supostos desvios em obras custeadas, justamente, por emendas.

Como mostrou a coluna, a PF pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares de Eduardo Gomes.

O pedido de investigação se deu no inquérito da Operação Emendário, que resultou na denúncia por corrupção contra três deputados do PL.

A PF encontrou em celulares dos investigados mensagens em que um suposto ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), um dos denunciados na operação Emendário.

A conversa é de fevereiro de 2022 e mostra Carlos Lopes falando com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra.

Segundo a PF, a cobrança seria de um “saldo devedor” de R$1,3 milhão, dos quais Lizoel pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.

Na época, a assessoria do senador disse que Lizoel trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador, e não é funcionário do gabinete no senado. Afirmou, ainda, que a única emenda individual que o senador destinou para outro estado que não seja o Tocantins foi durante a calamidade que assolou o Rio Grande do Sul.