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Enquanto a ratazana aguarda o transporte para a cadeia, os camundongos como Gayer entram em desespero

O ataque de Gustavo Gayer a Gleisi, Lindbergh e Alcolumbre, não foi sem motivos.

O desespero é a bagagem que, por ora, fica de fora da cadeia como um espelho espatifado de Bolsonaro.

Gayer tem motivos de sobre para tanto.

Bolsonaro, sendo carta fora do baralho, os diabos menores, os camundongos da toca ficam pilhados por saberem que morrerão de inanição politica, isso se também não forem para a prisão.

Um boi puxa o outro e vão todos para o matadouro.

O tic-tac que tilinta na cabeça de Bolsonaro virou um inferno tanto para ele quanto para todos do seu bando.

Estão todos sobressaltados pelo fim da linha que já avistam sem ter como frear o bonde que vai levar Bolsonaro para o chilindró.

A azeda má digestão de Gayer, que o fez arrotar contra Gleisi, Lindbergh e Alcolumbre, deve lhe custar a cabeça.

Certamente muito mais coisas pesarão sobre seus ombros que, possivelmente, farão dele um potencial encarcerado.

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Relator de projeto sobre emendas é alvo da PF por desvios das próprias

Resolução aprovada para dar mais transparência tem Eduardo Gomes (PL-TO) como relator e deixou brechas para ocultar autores.

O Congresso Nacional aprovou na tarde desta quinta-feira (13/3) a resolução para dar mais transparência e rastreabilidade às emendas parlamentares. A falta de transparência têm sido alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) desde meados de 2024.

Embora tenha como finalidade dar mais transparência aos repasses, o texto aprovado deixou uma série de brechas para ocultar autores de emendas.

O relator da proposta é o senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO) que, recentemente, entrou na mira da Polícia Federal (PF), segundo o Metrópoles, por supostos desvios em obras custeadas, justamente, por emendas.

Como mostrou a coluna, a PF pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares de Eduardo Gomes.

O pedido de investigação se deu no inquérito da Operação Emendário, que resultou na denúncia por corrupção contra três deputados do PL.

A PF encontrou em celulares dos investigados mensagens em que um suposto ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), um dos denunciados na operação Emendário.

A conversa é de fevereiro de 2022 e mostra Carlos Lopes falando com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra.

Segundo a PF, a cobrança seria de um “saldo devedor” de R$1,3 milhão, dos quais Lizoel pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.

Na época, a assessoria do senador disse que Lizoel trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador, e não é funcionário do gabinete no senado. Afirmou, ainda, que a única emenda individual que o senador destinou para outro estado que não seja o Tocantins foi durante a calamidade que assolou o Rio Grande do Sul.

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Tic-tac: Bolsonaro ataca o judicário brasileiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com críticas à marcação da data do julgamento pelo STF da denúncia contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, em que ele é considerado o chefe da organização criminosa. A reclamação foi direcionada à celeridade que a Justiça brasileira imprimiu ao caso.

“Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz”, escreveu o ghost writer do ex-presidente, em postagem no X.

Segundo ele, o Brasil tem um dos sistemas judiciários mais lentos do mundo. “Mas nesse Brasil de índices que impressionam negativamente, um inquérito repleto de problemas e irregularidades contra mim e outras 33 pessoas está indo a julgamento em apenas 1 ano e 1 mês(de 8 de fevereiro de 2024 a 25 de março de 2025). É impressionante!”, diz a postagem.

Bolsonaro alega que essa rapidez da Justiça acontece “só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República”, referindo-se a si próprio — a informação, como se sabe, é falsa, diz o ICL.

Na postagem, Bolsonaro marcou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para quem, dias atrás, pediu uma intervenção no Brasil contra suposta entrega de patrimônio brasileiro à China por parte do governo brasileiro.

Ou seja: acusado de tentativa de golpe, Bolsonaro está tentando golpe novamente.

Que a Justiça seja feita

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Congresso aprova projeto que dribla STF e mantém sigilo a autores de emendas

Texto permite que parlamentares façam indicações por meio de suas bancadas partidárias, constando apenas a assinatura do líder da sigla.

Durante a sessão, parlamentares contrários à iniciativa, como os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Adriana Ventura (Novo-SP), também reclamaram que o texto foi protocolado oficialmente menos de 24 horas antes do início da votação.

Presidente do Senado e do Congresso Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), decidiu manter a deliberação, mesmo assim.

Os partidos solicitaram que a proposta fosse alterada para explicitar o autor das emendas indicadas pelas bancadas, o que não foi acatado pelo relator Eduardo Gomes (PL-TO).

Também tentaram apresentar um destaque para que esse trecho fosse retirado da resolução, mas Alcolumbre argumentou que a medida não tinha amparo no regimento comum do Congresso e a rejeitou sem votação.

A minuta inicial continha um dispositivo que, como mostrou o UOL, esvaziava a competência da consultoria técnica do Congresso. O trecho foi retirado do texto após protesto de deputados.

Emendas parlamentares e transparência
As iniciativas de Dino sobre as emendas parlamentares tiveram seu ponto alto no final do ano passado, quando o ministro fez exigências de transparência para a aplicação dos recursos, suspendeu pagamentos e acionou a Polícia Federal para investigar possíveis irregularidades.

As medidas abriram uma crise com o Congresso, em especial com o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

As emendas de comissão foram turbinadas por Lira após a derrubada, pelo próprio STF em 2022, das verbas de relator, que não tinham mecanismos de transparência.

Os parlamentares, então, passaram a usar os recursos das comissões temáticas do Congresso para direcionar dinheiro a seus redutos eleitorais, sem a identificação de seus padrinhos.

Dino então exigiu mais transparência e que as indicações fossem votadas pelos colegiados. Ele criticou o mecanismo por transformar emendas de comissão em “emendas de líderes partidários”, já que estes eram os únicos nomes que apareciam nos registros oficiais.

Lira manobrou e driblou a determinação para que não houvesse votação e para que as indicações fossem assinadas em conjunto pelos líderes da Câmara, mais uma vez escondendo os autores originais.

A resolução aprovada nesta quinta, que deveria adequar os ritos das emendas para dar mais transparência, manteve vivo o mecanismo de indicação pelo líder partidário.

Em um primeiro momento, o texto exige a identificação, em cada emenda, dos parlamentares que compõem as comissões temáticas.

Mais adiante, no entanto, ele permite que sejam feitas indicações às comissões por meio das bancadas de cada sigla, exigindo apenas a assinatura “pelos líderes partidários”, acompanhadas de um formulário.

Neste formulário, que consta em um anexo, são exigidas informações como município e CNPJ do favorecido, valor, beneficiário final, código da emenda e código da ação orçamentária à qual ela representa. Não se exige, portanto, que o parlamentar autor da indicação seja registrado no documento.

Nas decisões e nos acordos firmados até aqui na disputa entre Dino e o Congresso, não constava o conceito de uma ata partidária para as indicações, mas sim a exigência de que fosse dada transparência ao autor da emenda.

O relator Eduardo Gomes chegou a afirmar que havia atendido a solicitação para explicitar os autores das indicações das emendas.

No texto apresentado por ele, porém, apenas foi criada a possibilidade que qualquer parlamentar possa indicar emendas às comissões, se quiser, sem precisar passar pelos líderes.

Deputados do PSOL e do Novo então solicitaram que fosse alterado o formulário para explicitar claramente o padrinho da destinação dos recursos, mas Gomes se negou a fazer essa mudança –na prática, portanto, mantendo a brecha para que esses nomes permaneçam escondidos.

Já nas emendas de bancada estadual, também há uma brecha semelhante. Inicialmente o texto pede a apresentação de um formulário que indica a autoria do autor da emenda, mas em um segundo momento a resolução faz referência a um documento diferente, no qual não é exigida esse nome. Com ICL.

 

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Julgamento de Bolsonaro no inquérito sobre o golpe é marcado por Zanin para o dia 25 de março

O ministro é o presidente da 1ª Turma do Supremo. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os outros denunciados se tornam réus.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin marcou para o dia 25 de março o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas no inquérito do plano golpista.

O magistrado é o presidente da 1ª Turma do STF. Antes de Zanin marcar o julgamento, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator da investigação na Corte, havia liberado a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise do Supremo.

Além de Zanin e Moraes, formam a 1ª Turma do STF os ministros Luiz Fux, Flávio Dino e Carmen Lúcia. Os ministros avaliarão se aceitam ou não as acusações. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os outros denunciados passarão a ser réus.

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Após ofensa de Gustavo Gayer a Gleisi, Alcolumbre aciona Conselho de Ética contra o deputado

PT também irá ao Conselho de Ética da Câmara para que Gayer tenha o mandato de deputado cassado.

As ofensas publicadas nas redes sociais pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) contra a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foram encaminhadas ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Alcolumbre também pedirá responsabilização criminal.

O mesmo movimento será feito pelo PT, partido político de Gleisi. A sigla também irá ao Conselho de Ética da Câmara para que Gayer tenha o mandato de deputado cassado. Além disso, fará uma denúncia criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após o presidente Lula afirmar que nomeou “uma mulher bonita” para assumir a pasta e melhorar a relação com o Congresso Nacional, o parlamentar se manifestou sobre o assunto.

“Me veio a imagem da Gleisi, Lindbergh e o Favi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!”, escreveu Gayer em postagem no X. “Vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP?? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe e vc vai ficar calado?”.

Mais reações à fala de Gayer sobre Gleisi
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), que anunciou a posição da sigla, reagiu à fala de Gayer. “Esse deputado é um canalha, assassino. Pode olhar a história dele”, disse, em referência a um acidente provocado pelo goiano em 2000, quando dirigia bêbado. Uma pessoa morreu na ocasião. O deputado chegou a ser denunciado, em 2015, pelo Ministério Público de Goiás.

“Aqui nessa Casa [Câmara] a gente tem que ter o mínimo de respeito. […] Nós estamos no mês das mulheres e tivemos uma agressão violenta, de baixo nível, de uma figura desqualificada, como essa que a gente viu. Esse é o tipo de coisa que não dá para aceitar. É com esse tipo de gente que a gente está disputando, infelizmente. É com o esgoto”, completou o líder do PT.

Segundo Lindbergh, a revolta após a fala de Gayer não ficou restrita ao PT. “Causou revolta em toda a Casa a forma absurda, violenta que esse canalha se dirigiu”, completou.

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Pirâmide e ação predatória: o que relatório bombástico da Grizzly diz sobre a XP

Casa de análise norte-americana questionou as operações da instituição financeira brasileira. XP reagiu dizendo que vai processar.

A casa de análises norte-americana Grizzly Research LLC divulgou relatório com acusações graves contra a XP. O texto afirma que lucros da instituição financeira brasileira dependem de um esquema de pirâmide e que a XP “empurra agressivamente” para seus clientes “produtos de investimento predatórios”.

A Grizzly é especializada em procurar problemas nas empresas para apostar na queda das ações. O relatório acusa a XP de fraude ao operar um “esquema Ponzi massivo facilitado por certas vendas de derivativos para clientes de varejo”.

A fraude ocorreria a partir dos fundos Gladius e Coliseu, em uma estrutura baseada na venda de Certificados de Operações Estruturadas (COEs). “Sem o Gladius e o Coliseu, a XP não seria lucrativa“, apontou o relatório.

O principal deles seria o Gladius, que teria retornado mais de 2.419% nos últimos 5 anos, com baixa volatilidade.“COEs são produtos de investimento predatórios que a XP empurra agressivamente para seus clientes de varejo brasileiros”, diz o relatório da Grizzly.

Os fundos seriam responsáveis, segundo o relatório, por dar liquidez a operações com derivativos feitas por clientes. Os fundos estariam pagando prêmio indevidos da venda de COEs para a XP, contabilizando as entradas de caixa desses produtos como lucros, segundo Gabriela Furquim, Met´ropoles.

Ou seja, a XP “empurraria” os produtos para os clientes e esses produtos renderiam à financeira valores que estruturam as demais operações da XP. Ainda segundo o texto, a atividade irregular pode “levar a profundas consequências para a estabilidade financeira e reputação da XP”.

O que diz a XP
A XP afirmou que “tomou conhecimento de informações falsas, incorretas e imprecisas divulgadas recentemente pela Grizzly Research”. “A companhia cumpre com a lei e segue todas as normas estabelecidas por órgãos reguladores, como CVM, SEC, Banco Central, dentre outros, e tem suas operações auditadas regularmente por instituições independentes”, destaca o texto.

A XP também afirmou que “serão tomadas todas as medidas legais cabíveis contra a Grizzly Research” e reiterou “seu compromisso com a integridade e a confiança de seus clientes, parceiros e acionistas, e continuará a operar com os mais altos padrões de ética e transparência no mercado financeiro”.

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Cultura

Obra ‘Vale dos Tambores’ completa 20 anos

Sul Fluminense – O Teatro Gacemss II recebe na sexta-feira (14), às 19h, a estreia do documentário ‘Vale dos Tambores’. Dirigido pela documentarista e produtora Ana Paula Antunes, o filme resgata a pesquisa histórica e musical conduzida pelo compositor e bandolinista Carlos Henrique Machado Freitas, que em 2005 lançou o álbum de mesmo nome, acompanhado de um livro de partituras intitulado ‘Choro Brasileiro’. A entrada é franca.

A exibição contará com legendas e comunicação inclusiva com intérprete de libras.

De acordo com Ana Paula Antunes, em ‘Vale dos Tambores’ a música brota da terra e do tempo. É fruto da convivência com folias de reis, calangos, jongos, caxambus, congadas, catiras, moçambiques, serestas, rodas de samba, choro e viola – manifestações que atravessam gerações, que se reinventam e resistem nas vozes e gestos de quem as mantém vivas.

Ana Paula ressalta que o trabalho de Carlos Henrique Machado Freitas é um mergulho profundo nas manifestações culturais da Bacia do Rio Paraíba.

“O Vale do Paraíba é um dos territórios mais musicais do Brasil. Produzir esse documentário foi descobrir e reconhecer que o choro se entrelaça com as tradições populares, tendo em sua origem expressões africanas e indígenas”, disse a documentarista e produtora que ainda provoca a reflexão a respeito do nome do álbum de Carlos Henrique com uma das falas do mesmo.

“O nome ‘Vale dos Tambores’ se contrapõe ao imaginário do Vale dos Barões, revelando que a verdadeira herança musical da região não se forjou nos salões da burguesia, mas na criação viva e espontânea dos povos que vivem ali naqueles territórios”, disse a produtora.

O álbum que inspirou o documentário foi amplamente reconhecido, alcançando destaque internacional ao figurar na seleta lista dos Top 10 no Japão como o único disco brasileiro entre os melhores do ano de 2005. ‘Vale dos Tambores’ pode ser ouvido no Spotify, no YouTube e nas principais plataformas digitais.

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Inquérito do golpe: após analisar defesa dos acusados, PGR defende tornar réus Bolsonaro e aliados

A Procuradoria-geral da República (PGR) se manifestou, nesta quinta-feira (13), a favor do recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de tramar um golpe de Estado no país.

Ou seja, entendeu que os argumentos das defesas não são suficientes para derrubar a denúncia, e que as investigações reúnem elementos suficientes para tornar réus os denunciados por envolvimento na trama golpista.

A decisão se refere ao chamado núcleo “crucial” do golpe que inclui:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin;
  • Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
  • Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
  • Segurança Pública do Distrito Federal;
  • General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança
  • Institucional da Presidência;
  • Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

A manifestação faz parte do procedimento protocolar. Após o recebimento da denúncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) abre um período para que os denunciados apresentem suas defesas. Em seguida, envia os argumentos para análise da PGR.

Em linhas gerais, os advogados dos acusados negaram a participação dos investigados no planejamento e atos preparatórios de um golpe de Estado. As defesas ainda apresentaram questões processuais para pedir a rejeição da denúncia da PGR como:

  • alegação de que STF não é o foro competente para julgar o caso;
  • argumentaram que o relator do caso tomou medidas por iniciativa própria, extrapolando papel de magistrado;
  • afirmaram também que não tiveram acesso a todas as provas;
  • disseram que a PGR não apontou provas que comprovem os crimes imputados.
  • Na manifestação desta quinta, a PGR apontou que todas as alegações dos advogados são improcedentes.

Segundo a procuradoria, a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, é válida e ocorreu de forma voluntária.

“Nos referidos autos, a Procuradoria-Geral da República se manifestou, em mais de uma oportunidade, pela manutenção do acordo de colaboração premiada, o que foi acolhido judicialmente. Não há fato novo que justifique a alteração desse entendimento”, informa o documento.

Além disso, os procuradores entendem que a investigação ocorreu dentro dos processos legais.

“Os elementos informativos relacionados aos denunciados foram sempre obtidos após requerimento da Polícia Federal e com manifestação da Procuradoria-Geral da República, sem que houvesse violação ao princípio acusatório”.

“No ponto, a Procuradoria-Geral da República reconheceu a validade das novas diligências realizadas pela Polícia Federal”, e as utilizou para formalizar a denúncia.

Os advogados dos acusados também alegaram que não tiveram acesso aos documentos do processo, o que teria prejudicado o exercício da defesa. A PGR, no entanto, não reconhece que isso tenha ocorrido.

“O volume dos documentos disponibilizados às defesas corresponde à complexidade da acusação e com ela os dados guardam estrita pertinência”, afirma.

“A pertinência temática e probatória dos elementos informativos apresentados está demonstrada ao longo de toda a peça acusatória, que indicou os fatos considerados penalmente relevantes, as evidências que os embasaram e os autos onde estas poderiam ser/consultadas, justamente a fim de garantir o pleno exercício da defesa dos denunciados”, prossegue.

Próximos passos
Após essa fase da nova manifestação da PGR, Moraes deve começar a preparar seu voto sobre cada um dos denunciados.

Em seguida, ele deve levar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, que vai decidir se a acusação será arquivada ou se os denunciados viram réus e passam a responder pelos crimes.

A primeira turma é presidida pelo ministro Cristiano Zanin, além dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino.

*G1

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“atos genocidas” de Israel por impedir nascimento de palestinos, reconhece ONU

Comissão da ONU aponta destruição de centros de fertilidades e o bloqueio da entrada de medicamentos necessários parto e cuidados neonatais.

As Nações Unidas concluíram, por meio de uma investigação, que Israel cometeu “atos genocidas” na Faixa de Gaza com a destruição de instalações de saúde sexual e reprodutiva no território, informa O Globo. Segundo a Comissão de Investigação da ONU, Israel “atacou e destruiu de maneira intencional” o principal centro de fertilidade do território palestino e bloqueou a entrada de medicação necessária para gravidez, parto e cuidados neonatais.

A comissão acusa Israel pela “destruição parcial da capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza como grupo através da destruição sistemática do sistema de saúde sexual e reprodutiva”. Os investigadores apontam que a prática se enquadra em duas das cinco categorias definidas pela Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio: a “submissão intencional do grupo a condições de existência que acarretem sua destruição física, total ou parcial” e a imposição de “medidas destinadas a impedir nascimentos no grupo”.

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O documento afirma que os hospitais e departamentos de maternidade em Gaza foram sistematicamente destruídos, assim como a principal clínica de fertilização in vitro do território, bombardeada em dezembro de 2023. A comissão acredita que o ataque foi intencional e não encontrou nenhuma evidência confiável de uso militar da clínica, que armazenava 4.000 embriões.

O documento também expõe o uso de violência sexual, reprodutiva e de gênero por parte das forças israelenses desde o início da guerra em outubro de 2023. Durante audiências públicas realizadas em Genebra, a comissão ouviu relatos de vítimas e testemunhas de violência sexual, e concluiu que mulheres e meninas palestinas foram alvo de ataques direcionados, incluindo assassinatos, complicações relacionadas à gravidez e partos, além de abusos sexuais sistemáticos. A comissão destacou que tais ações constituem crimes de guerra e contra a humanidade.

A missão diplomática israelense em Gaza afirmou que o país “rejeita categoricamente as alegações infundadas”. Os israelenses acusam os investigadores de trabalhar “com uma agenda política tendenciosa e pré-determinada (…) em uma tentativa sem vergonha de incriminar as Forças de Defesa de Israel”.