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Não são somente R$ 30 milhões: os casos de corrupção do clã Bolsonaro

Da adulteração de notas de combustível às joias árabes, passando por rachadinhas, Wal do Açaí, entre outros, família Bolsonaro acumula escândalos

Em dezembro de 2020, prestes a completar dois anos de governo, Jair Bolsonaro reagiu às críticas da imprensa com um desafio provocativo: “Me chama de corrupto, porra!”.

A frase reforçava a narrativa que o ex-presidente sempre buscou sustentar: a de que poderiam acusá-lo de qualquer coisa, menos de corrupção.

De lá para cá, porém, multiplicaram-se os casos que levantam suspeitas de corrupção envolvendo Bolsonaro e seu núcleo familiar mais próximo.

Réu por tentativa de golpe de Estado, o episódio mais recente que o coloca sob suspeita é a movimentação de R$ 30,5 milhões em suas contas bancárias em apenas um ano. O caso, tratado como possível lavagem de dinheiro, foi apontado em relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo por obstrução de Justiça.

um raio-x dos principais casos de corrupção e suspeitas de lavagem que marcam a trajetória da família Bolsonaro:

Jair Bolsonaro
R$ 30,5 milhões sob suspeita (2023–2024)
Entre março de 2023 e fevereiro de 2024, Bolsonaro recebeu R$ 30,5 milhões em suas contas, valor incompatível com sua renda declarada. Segundo a PF, parte desse dinheiro veio de vaquinhas virtuais e doações de apoiadores, mas teria sido “lavado” por meio de transferências em cadeia e PIX a familiares e assessores. O caso, revelado em agosto de 2025, ainda está em investigação.

Joias sauditas (2019–2023)
O escândalo eclodiu em março de 2023, quando se descobriu que Bolsonaro e auxiliares se apropriaram de conjuntos de joias de diamantes avaliadas em até R$ 16 milhões, presentes do governo da Arábia Saudita em 2019 e 2021. O ex-presidente ainda teria tentado vender nos Estados Unidos estes e outros presentes caros dados ao Estado brasileiro. Em agosto de 2023, a PF indiciou Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O caso tramita no STF.

Fraude do cartão de vacinação (2021–2024)
Em maio de 2023, a PF apreendeu o celular de Bolsonaro em operação que investigava adulterações no sistema do SUS. Descobriu-se que, em 2021, seus dados foram manipulados para indicar uma vacinação contra Covid-19 que nunca ocorreu. Em março de 2024, ele foi indiciado por associação criminosa, inserção de dados falsos e uso de documento falso.

“Wal do Açaí” (2003–2018)
Caso clássico de funcionário fantasma. Walderice Santos, lotada no gabinete do então deputado Bolsonaro na Câmara desde 2003, admitiu ao MPF em 2018 que nunca trabalhou em Brasília. Mantinha, em Angra dos Reis, uma loja de açaí. O MPF ajuizou ação de improbidade, que segue em tramitação no TRF-1.

Notas frias de combustível (anos 2000–2010)
Reportagens da época mostraram que Bolsonaro usava notas fiscais adulteradas de postos de gasolina para justificar gastos da cota parlamentar. Apesar das evidências de irregularidade, o caso não gerou denúncia criminal.

Possível rachadinha no Gabinete “Valle” (2001–2018)
Parentes de Ana Cristina Valle, segunda ex-esposa de Bolsonaro, foram nomeados em seus gabinetes. Investigações do MPRJ apontam que até 99% dos salários eram sacados por eles. A prática é considerada típica de esquemas de rachadinha.

Nathália Queiroz (2016–2018)
Filha de Fabrício Queiroz, Nathália foi nomeada assessora em Brasília, mas trabalhava como personal trainer no Rio. A Câmara constatou que terceiros assinavam seu ponto. Caso tratado como “funcionária fantasma”.

Flávio Bolsonaro (01)
Rachadinha na Alerj (2007–2018)
Estourou em 2018 após relatórios do Coaf. Fabrício Queiroz recolhia parte dos salários de assessores e fazia depósitos fracionados na conta de Flávio. O MPRJ o denunciou por peculato, lavagem e organização criminosa, citando até a loja de chocolates Kopenhagen como fachada. Em 2021, decisões judiciais anularam provas, mas o caso ainda não foi encerrado.

Laços com a milícia (2007–2018)
A mãe e a ex-mulher de Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras, foram empregadas no gabinete de Flávio. O MP-RJ identificou que parte dos recursos das rachadinhas financiava empreendimentos ligados ao grupo. Flávio sempre negou envolvimento.

Imóveis em dinheiro vivo (1990–2022)
A família Bolsonaro adquiriu 51 imóveis em espécie ao longo de três décadas. Flávio é o principal protagonista dessas transações, com valores subfaturados em cartórios e diferença milionária entre preço declarado e valor de mercado.

Mansão de Brasília (2021)
Em março de 2021, Flávio Bolsonaro comprou uma mansão de R$ 6 milhões no Lago Sul, bairro nobre da capital, com financiamento do Banco de Brasília (BRB). O caso levantou suspeitas por três motivos: o valor era incompatível com seus rendimentos declarados como senador; a operação envolveu condições facilitadas pelo BRB, banco controlado pelo governo do DF, então aliado de Jair Bolsonaro. Embora não tenha resultado em denúncia formal, a mansão tornou-se símbolo do enriquecimento súbito e suspeito de Flávio.

Carlos Bolsonaro (02)
Rachadinha na Câmara do Rio (2001–2019)
Em 2024, o MPRJ denunciou sete ex-assessores por peculato, acusados de devolver parte dos salários recebidos. Carlos não foi denunciado, mas a Justiça pediu que explicasse sua participação política no esquema.

Eduardo Bolsonaro (03)
Possível manipulação financeira
Em petição apresentada em julho ao Supremo, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu que seja investigada uma possível utilização de informação privilegiada (insider trading) para lucrar com a alta do dólar registrada pouco antes do anúncio tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, às exportações brasileiras. O pedido foi anexado ao inquérito que já apura a atuação de Eduardo Bolsonaro em articulações para pressionar e coagir autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF.

Segundo a petição, há uma ligação entre a tentativa de desestabilizar a economia brasileira para pressionar o STF e a realização de movimentações financeiras que geram lucro com este tipo de crise.

“A AGU enfatiza que o inquérito, instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República para apurar a conduta delitiva do Deputado Federal licenciado, Eduardo Nantes Bolsonaro, decorre do uso de instrumentos comerciais internacionais como mecanismo de coação premeditada contra a Justiça brasileira”, diz o órgão.

Jair Renan Bolsonaro (04)
Operação Nexum (2022–2024)
O filho mais novo de Bolsonaro foi indiciado em fevereiro de 2024 por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Ele inflou o faturamento de sua empresa para obter empréstimos bancários que não foram pagos. Em março de 2024, o MPDFT ofereceu denúncia, aceita pela Justiça. Jair Renan é réu.

Outros casos
Cheques para Michelle Bolsonaro (2011–2016)
Entre 2011 e 2016, Fabrício Queiroz e sua esposa depositaram 27 cheques somando R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro. Jair Bolsonaro alegou empréstimo pessoal, mas a explicação nunca foi comprovada documentalmente.

Patrimônio imobiliário (1990–2022)
Entre 1990 e 2022, a família Bolsonaro negociou 107 imóveis, avaliados em R$ 25 a R$ 30 milhões. Em pelo menos 51 operações, os pagamentos foram feitos em espécie, prática comum em esquemas de lavagem de dinheiro.

*Ivan Longo/Forum


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Economia

Bolsa dispara e dólar desaba

Hoje, 22 de agosto de 2025, o mercado financeiro brasileiro apresentou forte movimentação, impulsionado por fatores globais e domésticos.
Ibovespa: O principal índice da B3 subiu 2,34%, fechando aos 137.656 pontos, conforme dados de 13h39.

A alta foi impulsionada pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que sinalizou um possível corte de juros nos EUA em setembro, animando bolsas globais, incluindo a brasileira. Ações de bancos como Banco do Brasil (+3,4%) e Itaú (+2,39%) lideraram os ganhos, recuperando perdas recentes ligadas a tensões com a Lei Magnitsky.

Dólar: A moeda americana caiu 0,95%, cotada a R$ 5,425 no mercado comercial às 13h53, e o dólar turismo recuou 0,89%, a R$ 5,622. A desvalorização reflete a expectativa de juros mais baixos nos EUA, reduzindo a atratividade de ativos americanos e fortalecendo moedas emergentes como o real.

O otimismo também foi alimentado por dados econômicos recentes, como a inflação controlada no Brasil e nos EUA, além da recuperação parcial de bancos após incertezas jurídicas.

No entanto, o mercado segue atento a desdobramentos da Lei Magnitsky e a questões fiscais internas.
impacto de cortes de juros


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Política

Jones Manoel é ameaçado de morte por grupo neonazista internacional: ‘Não me intimido’

Mensagens foram assinadas pela Brigada Hitlerista Brasileira (Atomwaffen Brasil), uma organização neonazista e terrorista internacional fundada em 2015

O historiador e youtuber de esquerda Jones Manoel denunciou, em suas redes sociais, ataques e ameaças que recebeu, por e-mail, de uma organização neonazista internacional, na quarta-feira (20). O caso ocorreu semanas após os perfis dele no Instagram e Facebook serem excluídos temporariamente pela Meta, dona das redes sociais.

O e-mail, de acordo com publicação do youtuber, continha ataques racistas, ameaças de morte, demanda por pagamentos em dinheiro para não morrer, além da exposição de dados e imagens de viagens feitas por Jones nos últimos anos. As mensagens foram assinadas pela Brigada Hitlerista Brasileira (Atomwaffen Brasil), uma organização neonazista e terrorista internacional fundada em 2015.

Segundo Jones, as ameaças se diferenciavam de algumas que já recebeu anteriormente por conter dados pessoais dele. Na visão do youtuber, isso pode representar o vazamento de dados de algum órgão público ou, até mesmo, o envolvimento de algum servidor público.

“Tinha dado meus que não são públicos. O e-mail começa com o emblema nazista e depois vem uma compilação de dados de várias páginas. Dados públicos da minha pessoa jurídica, nome, CPF, endereços que eu morei nos últimos anos e também dados sobre várias coisas da minha vida. Isso significa que, basicamente, ou algum órgão público foi hackeado ou tem alguns funcionários públicos envolvidos. E é isso que demanda uma preocupação maior”, disse Jones ao ICL Notícias.

Diante da gravidade das ameaças, Jones tomou medidas para reforçar sua segurança pessoal. O youtuber, porém, não vai alterar sua agenda de atividades públicas. “Tomei algumas medidas de segurança que prefiro não revelar se não perdem a eficácia”. Neste sábado (23), Jones vai participar do III Encontro da Rede de Educação Popular da Baixada Fluminense, no Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), localizado no bairro Vila Operária, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

“Alterar as agendas públicas significa dar o que eles querem. Historicamente, o fascimo e o nazismo buscam intimidar as organizações da classe trabalhadora para fazer com que a gente suma do debate público. Isso não vai acontecer de jeito nenhum”.

Os advogados de Jones acionaram o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. O youtuber e historiador também trabalha em uma articulação política, junto à Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Também serão acionados o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério da Justiça, do governo federal.

“A gente tem dúvidas se estamos falando de um órgão público que foi hackeado ou um funcionário público que usou de má fé do cargo. Se for a segunda hipótese, acho que trata-se de uma pessoa que calculou os riscos e pode ser que tenha cobertura política de gente importante”, disse Jones.

“Diante da gravidade da ameaça contra a integridade física de Jones Manoel, tornamos pública a preocupação quanto à sua segurança e pedimos a solidariedade da sociedade civil e a atenção das autoridades competentes”, dizem os advogados do historiador, em nota.

Em post no X, Jones Manoel disse:

Camaradas, hoje chegou uma ameaça gravíssima de uma organização nazista. Ataque racista, ameaça de morte, demanda por pagamento em dinheiro para não morrer, exposição de dados meus e várias viagens que fiz nos últimos anos (para criar medo e dizer que estão me vigiando).

Imagem

‘Não me intimido’, diz Jones Manoel
Em entrevista ao ICL Notícias, Jones Manoel afirmou não se sentir intimidado, mesmo diante das graves ameaças de morte. “Intimidado eu não me sinto nunca. Não quero pagar de um valentão, mas eu sou militante comunista. A gente conhece a história da luta pela revolução na América Latina. A gente sabe o que aconteceu com vários e vários”.

“Eu fiquei cauteloso porque ao mesmo tempo que eu não me intimido, eu também não brinco com a minha segurança. Sou muito cuidadoso, adoto faz mais de três anos alguns protocolos básicos de segurança nas atividades que eu faço pelo Brasil. Fiquei cauteloso no sentido de mobilizar tanto a frente jurídica quanto uma frente política para ter respostas o mais rápido possível e prender os responsáveis por isso”, completou Jones Manoel.

*ICL


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Política

Esse aí

Depois de tudo que já se sabe sobre o delinquente fascista Jair Bolsonaro, choca ouvir as mensagens de seu universo familiar adicionado com a fala, agora pública, do charlatão grotesco Silas Malafaia.

Impressiona observar que a revista Veja optou pela delícia do silêncio em sua chamada de capa. Só platitudes funestas para não destacar o que o país inteiro não para de comentar. o destino selado de Bolsonaro, que é a condenação e prisão que pode até ocorrer antes mesmo do julgamento pelos motivos óbvios que todos nós ouvimos.

Bolsonaro, em conversa com Malafaia, não deixa pó de dúvida que é ele o timoneiro das tarifas de Trump contra o Brasil.

Lógico que o pedófilo americano, vendo o império abrindo crateras debaixo de seus pés, deixando-o sem chão, não vacila em culpar o mundo pela decadência dos EUA. O Brasil, mesmo em desvantagem na balança comercial com os norte-americanos, acaba tendo o mesmo destino de todo o resto do mundo.

Mas é Bolsonaro, que exerce a função principal de traidor da pátria para o próprio pimpão ser, e somente ele, anistiado para não enfrentar o rigor da lei.

Eduardo só cumpre as ordens do pai, a quem chamou de ingrato do C…!

Em suma, é Bolsonaro que usa o ar, a água e o fogo contra todo o povo brasileiro na sua fórmula miliciana para o Brasil sofrer sanções dos EUA em seu próprio gozo.



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Política

A imagem apagada que apavora Eduardo Bolsonaro: “Torce pra Inteligência dos EUA não levar ao Trump”

PF afirma que deputado tentou enganar o governo dos EUA e obteve mensagens enviadas ao seu pai em que ele revela temor que o governo Trump descubra

A Polícia Federal (PF) concluiu que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tentou enganar autoridades dos Estados Unidos como parte da articulação golpista que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relatório que indiciou pai e filho revela que os dois coordenaram discursos e mensagens com o objetivo de induzir o governo de Donald Trump ao erro, pressionando para que fossem impostas sanções contra o Brasil e contra integrantes do judiciário e do governo.

De acordo com Ivan Longo, Forum, em mensagens obtidas pelos investigadores no celular apreendido de Jair Bolsonaro, Eduardo demonstra temor de que a estratégia fosse descoberta pelo presidente Donald Trump. Em uma mensagem enviada ao seu pai, o deputado escreveu:

“Torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do Trump”.

A mensagem trazia uma imagem, que foi apagada não pôde ser recuperada pela perícia.

Mensagens revelam pavor de Eduardo
De acordo com a PF, essa não foi a única comunicação que revela a tentativa de manipular autoridades estrangeiras. Em outro trecho, Eduardo alerta o pai sobre os riscos de comentários que poderiam comprometer a pressão feita em Washington: “Aqui é tudo muito melindroso, qualquer coisinha afeta. Na situação de hoje, você nem precisa se preocupar com cadeia, você não será preso, mas tenho receio que por aqui as coisas mudem”.

O relatório da Polícia Federal descreve de forma categórica a conduta dos dois:

“Os investigados atuaram com consciência e vontade no intuito de convencer autoridades governamentais estrangeiras, induzindo-as em erro, para aplicar sanções contra o Estado brasileiro e autoridades nacionais constituídas, de forma a satisfazer interesses pessoais ilícitos, qual seja, garantir a impunidade decorrente de uma eventual condenação criminal dos acusados de constituir e integrar uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

Além da atuação internacional, o documento também aponta que os investigados coordenaram publicações e narrativas nas redes sociais para pressionar e coagir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes cobra explicações de Jair Bolsonaro
O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou que Jair Bolsonaro preste esclarecimentos até esta sexta-feira (22) sobre a coação ao STF, o descumprimento de medidas cautelares e a tentativa de fuga para a Argentina. A PF afirma ter encontrado no celular do ex-presidente um pedido de asilo político endereçado a Javier Milei, no qual alegava perseguição no Brasil.

Agora, caberá à Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre o indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro em até 48 horas.

Há a possibilidade de, após analisar a manifestação da defesa de Jair Bolsonaro, Moraes determinar a prisão do ex-presidente.


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Política

PF já preparou a cela para receber Bolsonaro

Segundo informações da ‘CNN Brasil’, PF preparou um espaço no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, localizada no Setor Policial de Brasília

A Polícia Federal (PF) já tem uma cela especial temporária pronta para o caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre recolhimento domiciliar. A informação foi dada pela jornalistas Débora Bergamasco e Elijonas Maia, da “CNN Brasil”.

Segundo informações das jornalistas, a PF preparou um espaço no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, localizada no Setor Policial de Brasília. O local é uma sala improvisada, com banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão.

O ex-presidente Fernando Collor de Mello ficou temporariamente preso em uma sala especial, como cela preparada para Bolsonaro, em Maceió (AL) – a sala do diretor do presídio estadual.

A “cela de Bolsonaro”, como vem sendo chamada por policiais no DF, é para custódia individual e pode ser ocupada por outras autoridades. O espaço foi montado há mais de três meses para ser usado para qualquer autoridade presa.

Segundo a “CNN”, delegados avaliam possibilidades, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a medida de prisão fechada. Com isso, haveria alternativas de prisão militar, já que Bolsonaro é do Exército; em batalhão da Polícia Militar do DF, como foi no caso do ex-ministro Anderson Torres; ou a própria Superintendência da PF.

Se essa terceira possibilidade for concretizada, a cela especial está pronta para cumprimento do mandado.

Cela preparada para Bolsonaro
A sala foi montada e reestruturada após a cúpula da PF e a Vara de Execuções Penais do DF consultarem a Superintendência para checar se haveria um lugar específico para custodiar o ex-presidente – e esta foi a cela destacada para ele. Na sede da PF não há espaço para acomodação.

Bolsonaro foi indiciado em mais um inquérito nesta quarta-feira (20) pela PF por coação no curso de processo e Abolição do Estado Democrático de Direito. A PF entende que ele e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuaram juntos para que os Estados Unidos sancionaram o Brasil e a Justiça brasileira para interromper o processo e julgamento de plano de golpe de Estado, onde Bolsonaro é réu.

*CNN/ICL


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Pesquisa

Quaest: Lula lidera isolado em todos os cenários de 1º e 2º turno para 2026

Reeleição à vista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a abrir vantagem sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em simulações de segundo turno para 2026. O resultado consta de levantamento Genial/Quaest divulgado pelo g1 nesta quinta-feira (21), que também o coloca na frente de outros oito adversários em cenários diretos.

A nova rodada da pesquisa indica um descolamento de Lula em relação a todos os nomes testados no 2º turno. Em julho, o presidente e Tarcísio apareciam tecnicamente empatados; agora, Lula tem 43% contra 35% do governador paulista, com queda dos indecisos e leve aumento de brancos e nulos em comparação à medição anterior.

Nos cenários gerais de segundo turno, as diferenças a favor de Lula são: Tarcísio (8 pontos), Ratinho Júnior (10), Jair Bolsonaro (12), Michelle Bolsonaro (13), Romeu Zema (14), Eduardo Bolsonaro (15), Eduardo Leite (16), Ronaldo Caiado (16) e, estreante nos testes, Flávio Bolsonaro (16) — 48% a 32%. O presidente sobe ou mantém desempenho em praticamente todas as combinações, consolidando vantagem numérica sobre os principais quadros da direita.

Primeiro turno: Lula lidera
A pesquisa estimulada para 1º turno testou cinco arranjos e, em todos, Lula aparece na dianteira. Eis os recortes principais:

Cenário 1 (com Jair Bolsonaro): Lula 34%, Bolsonaro 28%, Ciro Gomes 8%, Ratinho Júnior 7%; indecisos 4% e brancos/nulos/não votam 13%
Cenário 2 (com Michelle Bolsonaro): Lula 35%, Michelle 21%, Ciro 9%, Ratinho 8%; indecisos 5% e brancos/nulos/não votam 14%
Cenário 3 (com Tarcísio de Freitas): Lula 35%, Tarcísio 17%, Ciro 11%; indecisos 6% e brancos/nulos/não votam 21%
Cenário 4 (com Eduardo Bolsonaro): Lula 34%, Eduardo 15%, Ciro 10%, Ratinho 10%; indecisos 6% e brancos/nulos/não votam 16%
Cenário 5 (com Flávio Bolsonaro): Lula 35%, Flávio 14%, Ciro 10%, Ratinho 9%; indecisos 5% e brancos/nulos/não votam 16%
Segundo turno: nove disputas, nove lideranças
Em nove simulações de 2º turno, Lula vence em todas. Veja os percentuais centrais e a evolução em relação às rodadas anteriores mencionadas pela reportagem:

  • Lula x Jair Bolsonaro: 47% x 35% (eram 43% x 37% em julho)
  • Lula x Tarcísio de Freitas: 43% x 35% (eram 41% x 37%)
  • Lula x Michelle Bolsonaro: 47% x 34% (eram 43% x 36%)
  • Lula x Ratinho Júnior: 44% x 34% (eram 41% x 36%)
  • Lula x Eduardo Leite: 46% x 30% (eram 41% x 36%)
  • Lula x Eduardo Bolsonaro: 47% x 32% (eram 43% x 33%)
  • Lula x Romeu Zema: 46% x 32% (eram 42% x 33%)
  • Lula x Ronaldo Caiado: 47% x 31% (eram 42% x 33%)
  • Lula x Flávio Bolsonaro: 48% x 32% (primeiro teste com o senador)

Reeleição de Lula e futuro de Bolsonaro dividem o eleitorado
O levantamento também investigou percepções sobre as candidaturas em 2026. Para 58% dos entrevistados, Lula não deveria disputar a reeleição — mesmo índice de julho, mas abaixo dos 66% registrados em junho. Já 65% avaliam que Jair Bolsonaro deveria abrir mão de concorrer e apoiar um outro nome, alta de três pontos em relação à pesquisa anterior.

Quando perguntados “do que mais têm medo”, há empate técnico entre os que temem a volta de Bolsonaro (47%) e os que temem a continuidade de Lula (39%). Entre os eleitores sem posicionamento declarado, a fatia que diz ter mais medo de Bolsonaro subiria de 38% para 46%, enquanto o receio de Lula cairia para 25%, ambos no limite da margem de erro.

Quem herda a direita se Bolsonaro não concorrer
Se Bolsonaro não for candidato, Michelle Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparecem empatados dentro da margem de erro como as principais opções do campo conservador. O governador Ratinho Júnior (PSD) empata com Pablo Marçal (PRTB), mas atrás de Michelle e Tarcísio. Também são citados Eduardo Leite (PSDB), Eduardo Bolsonaro (PL), Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Flávio Bolsonaro (PL), além de “outros” e “nenhum”, diz Guilherme Levorato, 247.


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Política

PF afirma que Bolsonaro recebeu R$ 30 milhões em um ano

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 30 milhões em suas contas bancárias entre março de 2023 e fevereiro de 2024, aponta uma análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista.

A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) nas movimentações financeiras do ex-presidente.

O Coaf diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e do seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“O ex-presidente Jair Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf”, diz a análise da PF.

“As operações financeiras com suspeitas de serem ocorrências de lavagem de dinheiro e outros ilícitos identificadas nas contas de titularidade de Jair Bolsonaro ocorreram entre 01/03/2023 e 05/06/2025.”

O documento levanta que “no período de 01/03/2023 a 07/02/2024, foram movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos”, segundo a Folha.

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro sob suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal).

O relatório final da investigação afirma haver indícios de que os dois cometeram crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, e levanta suspeitas de descumprimentos de medidas cautelares.

O pastor Silas Malafaia, apoiador de Bolsonaro, também foi alvo de operação da PF. Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.

Houve, ainda, o cancelamento dos passaportes do pastor, que não pode manter contato com Jair e Eduardo Bolsonaro, mesmo por intermédio de outras pessoas.

Após a divulgação do relatório, a defesa de Bolsonaro disse, em nota assinada pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser, que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta”.

Acrescentaram que farão esclarecimentos dentro do prazo fixado pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.

Também após o relatório, Eduardo afirmou em nota que a atuação dele nos EUA não tem objetivo de interferir no processo em curso no Brasil e chamou de “crime absolutamente delirante” os apontamentos da Polícia Federal que resultaram em seu indiciamento e no de seu pai.


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Mensagens revelam orientação de Bolsonaro para poupar Gilmar Mendes

Relatório da PF descreve manobra para tentar fazer André Mendonça relatar caso da AP 2668

O relatório final da Polícia Federal traz uma narrativa extensa sobre a estratégia de Jair Bolsonaro e de seus aliados em torno da Ação Penal 2668. O documento mostra como política e direito se entrelaçaram em um esforço para tentar influenciar diretamente a dinâmica interna do Supremo Tribunal Federal.

Em mensagens interceptadas, atribuídas a Eduardo Bolsonaro, surge a expressão de que haveria uma “oportunidade de mudar a relatoria” e de que o ministro André Mendonça poderia “ficar prevento” em um caso de grande interesse do grupo. A expressão “ficar prevento” é usada no jargão jurídico quando um ministro já atua em processos relacionados ao mesmo tema e, por isso, passa a ser designado para os casos seguintes, o que pode garantir previsibilidade e, para os réus, um terreno mais confortável.

Segundo a PF, a tentativa de atrelar o caso a Mendonça não aconteceu no vazio. A defesa de Filipe Martins, assessor próximo de Bolsonaro, ingressou com um mandado de segurança que acabou sendo distribuído justamente para o gabinete do ministro. O pedido, segundo o relatório, tinha um objetivo claro: criar brechas para tumultuar o andamento da ação. Em meio às mensagens sobre a manobra, Jair Bolsonaro encerra a conversa com uma ordem curta e reveladora — “Me ligue” — deixando evidente que a articulação não deveria permanecer apenas no ambiente digital, mas evoluir para tratativas diretas.

A peça transcrita pela PF lista detalhadamente o que o mandado de segurança solicitava. Entre os pedidos estavam: suspender audiências de um dos núcleos da AP 2668, incluir Eduardo e Carlos Bolsonaro como testemunhas de defesa e até mesmo avaliar documentos que o Ministério Público considera falsos.

Esse conjunto de requerimentos, na visão dos investigadores, tinha um propósito central: criar obstáculos no processo e gerar confusão processual, uma prática que a PF descreve como “causar tumulto processual”. O relatório sublinha, no entanto, que não há elementos que indiquem que o próprio ministro André Mendonça tivesse conhecimento dessa tentativa de direcionamento, mas a intenção dos réus de forçar a prevenção já expõe o cálculo político e jurídico envolvido.

O relatório também abre espaço para outro tipo de manobra: a política. Em outra troca de mensagens, Jair Bolsonaro orienta Eduardo a “esquecer qualquer crítica ao Gilmar”, referindo-se ao ministro Gilmar Mendes, e emenda que vinha mantendo conversas com alguns integrantes do Supremo. Bolsonaro relata que “todos ou quase todos” os ministros demonstravam preocupação diante da possibilidade de sanções internacionais contra o Brasil, em razão das ações políticas e judiciais que orbitavam o caso. Esse trecho revela uma estratégia de duplo movimento: de um lado, os ataques ao STF como instituição, de outro, o recuo tático em relação a um dos ministros mais influentes da Corte, visando abrir espaço para uma aproximação.

Bolsonaro

André Mendonça foi indicado por Bolsonaro
Ao colocar lado a lado a tentativa de atrelar Mendonça à relatoria e a orientação para poupar Gilmar Mendes, o relatório evidencia como a defesa buscava se mover em duas frentes. Em termos jurídicos, a expectativa era ter um ministro que pudesse oferecer um ambiente mais previsível ou simpático à tese da defesa. Em termos políticos, a preservação de Gilmar Mendes servia para evitar atritos desnecessários com um magistrado conhecido por seu peso nas negociações e nas articulações internas do Supremo. Para a PF, esse jogo duplo não foi casual: fazia parte de um mesmo roteiro, no qual a pressão, a sedução e o tumulto processual se misturavam.

Esse episódio revela não apenas a preocupação dos investigados em encontrar brechas jurídicas, mas também o reconhecimento de que, dentro da Corte, existiam diferentes perfis de ministros. André Mendonça, por ser ex-advogado-geral da União e indicado pelo próprio Bolsonaro, era visto como mais próximo do grupo. Já Gilmar Mendes, conhecido por sua habilidade política e por influenciar decisões colegiadas, aparecia como alguém que não deveria ser confrontado naquele momento. O resultado é um retrato de como o cálculo dos réus combinava pragmatismo e oportunismo: pressionar onde fosse possível e recuar onde houvesse risco de perda de capital político e jurídico.

Assim, o relatório final da PF não apenas descreve os movimentos concretos da defesa de Filipe Martins e de Jair Bolsonaro, mas também sugere que, por trás de cada medida, havia uma estratégia mais ampla. A ideia de que os réus se sentiriam mais confortáveis com Mendonça como relator e de que Gilmar deveria ser preservado expõe uma tentativa de moldar o ambiente do julgamento no Supremo. O caso vai além da simples disputa processual: mostra uma leitura clara dos atores políticos sobre a composição da Corte e a busca incessante por vantagens em meio a um processo que ameaça diretamente a sobrevivência política do ex-presidente e de seu círculo mais próximo.

*Cleber Lourenço/ICL


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Áudio: Relatório final com indiciamento de Jair Bolsonaro e do filho Eduardo expôs conversas obtidas em celulares apreendidos do ex-presidente

O relatório da Polícia Federal, que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), levou à tona tensões na relação entre pai, filho e aliados. Mensagens expostas no documento, obtidas por meio de perícia em telefones apreendidos do ex-chefe do Executivo, mostram ofensas e preocupações com uma possível perda de apoio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Uma das trocas de mensagem entre Jair Bolsonaro e Eduardo que mais chamou a atenção ocorreu na tarde do dia 15 de julho, após entrevista do ex-presidente ao Poder360. Na ocasião, citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como aliado e, ao falar do filho, disse: “Ele (Eduardo Bolsonaro), apesar de ter feito 40 anos de idade agora, né… ele não é tão maduro assim, vamos assim dizer, talhado para a política… tá bem. Ele acerta 90% das vezes, 9% quando meio e 1% está errando”.

As declarações irritaram Eduardo, que reagiu de forma explosiva em mensagens de WhatsApp: “Eu ia deixar de lado o histórico do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360, estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. Vtnc seu ingrato do c******”.

O deputado prosseguiu com as reclamações: “Me f****** aqui. Você ainda ajuda a se f**** aí!” e “Se o imaturo do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, porque você me joga para baixo, quem vai se f*** é você e vai decretar o resto da minha vida nesta p**** aqui. Tenha responsabilidade!”

Pai e filho também discutiram ações levando em conta o apoio do governo estadunidense, com o qual Eduardo se tornou interlocutor, ao lado do blogueiro Paulo Figueiredo. Nas mensagens, o parlamentar sugere manifestações ao ex-presidente, visando agradar a gestão de Trump

No dia 10 de julho, por exemplo, Eduardo critica o pai por não ter publicado um “tweet vaselina”, ou seja, um gesto de agradecimento a Trump. “Uma guerra de cada vez. O cara mais poderoso do mundo está a seu favor. Fizemos a nossa parte. Se o maior beneficiado não consegue fazer um tweet vaselina, aí realmente ferrou. Você tem sido o meu maior empecilho para poder te ajudar”, afirma o deputado.

Após a repercussão do relatório, Eduardo tratou de amenizar a discussão com o pai. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar se pronunciou sobre o indiciamento e disse que os xingamentos a Jair Bolsonaro, conforme mostrou a PF, são ‘conversas normais entre pai e filho’.

“É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político”, escreveu o deputado.

Relatório da PF mostra troca de mensagens entre Eduardo e Bolsonaro

Silas Malafaia dispara contra Eduardo Bolsonaro

Outras mensagens obtidas pela PF nos aparelhos apreendidos de Bolsonaro mostram conversas com o pastor Silas Malafaia, dono da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec). No conteúdo, o líder religioso faz duras críticas a Eduardo, a quem classificou como inexperiente e prejudicial à estratégia do grupo.

“Esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente que está dando a Lula e a esquerda o discurso nacionalista e ao mesmo tempo te ferrando. Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço vídeo e arrebento com ele por consideração a você. Não sei se vou ter paciência de ficar calado se esse idiota falar mais alguma asneira”, escreveu em uma das mensagens enviadas a Bolsonaro no dia 11 de julho de 2025, às 17h55.

As críticas de Malafaia contra Eduardo continuaram em novos áudios enviados ao ex-presidente. Ao elogiar a postura do senador Flávio Bolsonaro em entrevista à GloboNews, voltou a atacar o deputado. “E vem o teu filho babaca falar merda! Dando discurso nacionalista, que eu sei que você não é a favor disso. Dei-lhe um esporro, cara… mandei um áudio pra ele de arrombar. E disse pra ele, a próxima que tu fizer eu gravo um vídeo e te arrebento! Falei pro EDUARDO. (…)”, declarou.

Além de remeter o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou o cumprimento de mandado de busca e apreensão e aplicou medidas cautelares ao pastor, como a proibição de deixar o país e manter contato com outros investigados.

*Terra

Áudio entre Bolsonaro e Malafaia:


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