Categorias
Economia

FMI melhora projeção para economia do Brasil em 2025: crescimento de 2,4% do PIB

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção de crescimento da economia do Brasil para este ano, superando até as estimativas do governo do presidente Lula, mostrou relatório do órgão desta terça-feira (14), divulgado em reportagem da agência Reuters.

A projeção do FMI para a economia brasileira este ano é ligeiramente melhor do que a do governo, que prevê uma expansão de 2,3%. Para 2026, o Ministério da Fazenda também está otimista, com uma estimativa de crescimento de 2,4%, recorda a publicação.

O relatório Perspectiva Econômica Global mostrou que o FMI prevê agora expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) em 2025, 0,1 ponto percentual a mais do que na projeção anterior, feita em julho. Para 2026, a conta foi reduzida em 0,2 pontos percentuais, a 1,9%.

Contudo, o FMI passou a ver uma desaceleração em 2026, citando o impacto das tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apontando sinais de moderação da atividade econômica. “No Brasil, sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas”, ressaltou o FMI.

Um fator não mencionado é a aproximação entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos EUA, Donald Trump, que pode aliviar as tarifas contra o Brasil.

Fator Selic
De acordo com Leonardo OSbreira, 247, o relatório aponta que vem pesando sobre a atividade econômica brasileira a taxa básica de juros em um nível restritivo, de 15%. O Banco Central disse que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

Nesse sentido, o FMI calculou uma inflação média anual no Brasil de 5,2% este ano e de 4,0% — o centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Principais apontamentos do relatório
“Condições externas estão se tornando mais desafiadoras e, em alguns casos, o ímpeto doméstico está desacelerando”.
“Tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos estão reduzindo a demanda externa, com profundas implicações para várias grandes economias orientadas para a exportação, enquanto a incerteza na política comercial está afetando o apetite das empresas por investimentos”.

“Ao mesmo tempo, o espaço fiscal restrito está reduzindo a capacidade do governo de estimular a demanda doméstica onde necessário”.

Nações emergentes e América Latina
O FMI ajustou a perspectiva de crescimento para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, dos quais o Brasil faz parte, passando a ver crescimento de 4,2% este ano, contra 4,1% antes, e mantendo a perspectiva para 2026 em 4,0%.

No caso do Brasil, um agravante, segundo o FMI: está entre os países que devem apresentar um aumento “significativo” da dívida como proporção do PIB em 2025, ao lado de China, França e Estados Unidos, considerando os resultados dos saldos primários projetados para o ano para essas economias.

O fundo ponderou que a atividade nesse grupo, excluindo a China, foi mais forte do que o esperado no primeiro semestre deste ano, graças em parte a uma produção agrícola recorde no Brasil, forte expansão do setor de serviços na Índia e demanda doméstica resiliente na Turquia.

Na América Latina e Caribe, o FMI vê crescimento de 2,4% em 2025 e de 2,3% em 2026, ajustes respectivamente de 0,2 ponto percentual para cima e de 0,1 ponto para baixo em relação a julho.


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Brasil

Veneno tipo exportação: venda de agrotóxicos banidos em países europeus explode e Brasil é o maior consumidor

De 2018 a 2024, volume de exportação desses produtos aumentou mais de 50%, segundo relatório da ONG Public Eye

Enquanto criam regras restritivas e promovem o banimento de diversos produtos químicos de uso agrícola, países europeus seguem produzindo e exportando agrotóxicos considerados por eles mesmos altamente nocivos à saúde pública e ao meio ambiente. A revelação foi feita por um relatório produzido pela ONG Public Eye e pelo Unearthed, um projeto de jornalismo investigativo financiado pela Greenpeace do Reino Unido.

Em 2024, os estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram a exportação de quase 122 mil toneladas de agrotóxicos cujo uso é proibido em suas próprias fazendas. Isso representou um aumento de 50% na comparação com as 81 mil toneladas notificadas em 2018.

Em números de produtos, 75 agrotóxicos proibidos para proteger a saúde humana e o meio ambiente nos países europeus foram notificados para exportação da UE em 2024. Isso é quase o dobro dos 41 produtos exportados em 2018.

No total, as exportações de agrotóxicos proibidos pela UE foram destinadas a 93 países diferentes no ano passado; 75% deles eram países de baixa e média renda, onde as regulamentações são mais frágeis. Os Estados Unidos são o maior importador, seguido pelo Brasil, o maior mercado mundial de agrotóxicos.

“Como a gente diz no Brasil, dois pesos e duas medidas, que é isso: ‘o que para mim é proibido, mas eu exporto para vocês’. Então, é claramente esse ‘dois pesos e duas medidas’ que a Europa tem adotado”, afirma a pesquisadora Larissa Bombardi, autora do livro Agrotóxicos e o colonialismo químico. Ela atribui o aumento significativo da exportação desses produtos a um forte lobby exercido pela indústria química nos países do bloco.

“A França foi o primeiro país a tomar a decisão de proibir a produção, a estocagem e a exportação de substâncias proibidas aqui na Europa. E, no fim, na prática, isso continua acontecendo. Mas o lobby das indústrias foi enorme. Na França, durante o processo de decisão, as indústrias foram massivamente contra esse projeto de lei. O argumento principal é a justificativa econômica da Europa perder sua importância no cenário econômico mundial. Então as indústrias fazem um lobby enorme”, relata Bombardi.

“Cada ano que eu acompanho, na verdade, a proporção de agrotóxicos proibidos na União Europeia na lista dos dez mais vendidos no Brasil, só aumenta”, segue a pesquisadora. “E isso me choca, porque antes eram três, quando eu comecei a lidar com esses dados, cinco e agora sete dos dez mais vendidos, são proibidos na União Europeia”, pontua.

Apenas promessas
Em outubro de 2020, a Comissão Europeia prometeu “dar o exemplo” e pôr fim à exportação de agrotóxicos proibidos na União Europeia (UE), como parte de uma nova estratégia para produtos químicos apresentada como um pilar do “Pacto Verde Europeu”.

Alan Tygel, integrante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, embora a Europa tenha sido uma espécie de “horizonte civilizatório”, ao impor restrições a substâncias químicas nocivas, nos últimos anos, sobretudo pelo avanço da direita e extrema direita em vários países, o perfil colonial dos países europeus tem predominado.

“Esse aumento na exportação de agrotóxicos banidos da União Europeia para o Brasil, e para outros países do Sul Global não provoca um grande espanto, porque a gente que acompanha o dia a dia da política, vem percebendo o avanço da direita, o avanço da extrema direita, e a Europa mostrando a sua verdadeira face, que é a face da pilhagem do lucro a qualquer custo, em cima das vidas e dos territórios do Sul Global e, em especial, do Brasil”, destaca.

Tygel lembra que, historicamente, o registro de agrotóxicos no Brasil obedecia a uma análise tripartite, que envolvia o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No entanto, mudanças legislativas foram enfraquecendo o papel das agências reguladores e dando poderes a mais ao Mapa, dominado pelo lobby do agronegócio. Essa situação tem resultado em um aumento gradativo da liberação dessas substâncias, ainda que um setor do governo defenda abertamente o banimento dos banidos.

“Se a gente olha os dados de 20 anos atrás, só aumenta o uso de agrotóxicos, aumenta a área plantada com agrotóxicos, aumenta o faturamento da indústria de agrotóxicos, que é um faturamento pornográfico. Não há nada na economia brasileira que cresça 8% ao ano nos últimos 20 anos constantemente. Nada, nem inflação, nem PIB, nem lucro de banco, nada. É só o mercado de agrotóxico que cresce nessa taxa”, ressalta.

Mediocridade colonial
Segundo Diego Moreira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a posição dos países europeus revela uma postura “medíocre” dos países centrais e a submissão dos países em desenvolvimento a essa lógica neocolonial.

“Nós estamos envenenando o nosso solo, envenenando a nossa água, envenenando a nossa população. A custo do quê? A custo de lucros que vão atender alguns egos e engordar algumas contas de algumas pessoas por aí”, disse o dirigente.

“Além dessa postura medíocre dos países centrais, dos países neocolonialistas”, seguiu Moreira. “Tem uma postura muito mais medíocre da elite, da burguesia brasileira que se presta a esse papel em relação à sua soberania e ao seu povo. Então, é muito importante que nós possamos continuar fazendo essa conscientização do povo brasileiro e que nós possamos virar as costas para isso o mais breve possível. Não aceitar mais o papel de ser a espécie de aterro sanitário, de ser uma espécie de lixão dos países coloniais aqui no Brasil”, completou.

Colonialismo químico
Estudiosa do tema, Larissa Bombardi lembra que o pensamento colonial tem raízes históricas que relacionam o Brasil e a Europa.

“A gente ocupa um lugar historicamente subordinado que tem a ver com a nossa formação socioterritorial, e que é uma história do colonialismo. Quer dizer, a gente não entende essa atitude colonialista da Europa de continuar exportando essas substâncias se a gente não entender justamente porque a gente continua aceitando. E a gente continua aceitando porque justamente a colonialidade continua marcando a nossa formação socioterritorial”, destaca.

Para Bombardi, há uma tríade perniciosa que explica parte da história econômica do Brasil, e que segue vigente, guardadas as devidas proporções.

“A colonialidade é essa característica dos países da América Latina de terem se desenvolvido e se constituído enquanto países por meio da escravização de seres humanos e por meio do controle absoluto da terra, do genocídio, da expulsão dos povos originários. Então, eu diria que essa tríade aí: a escravização dos seres humanos, o controle absoluto da terra por uma elite branca e o genocídio, é a marca da nossa formação e não, ela não tá no nosso passado”, afirma a pesquisadora.

E o Lula com isso?
Em setembro de 2024, durante reunião com os chefes dos Três Poderes para discutir a emergência devido aos incêndios que se alastraram pelo país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o “banimento dos banidos”.

“Não é possível que 80% dos agrotóxicos proibidos na Alemanha possam ser vendidos aqui no Brasil, como se a gente fosse uma republiqueta de bananas”, disse o presidente.

*BdF


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Política

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Caro leitor,
O blog Antropofagista continuará sempre com acesso livre e gratuito, sem qualquer exigência de assinatura. Nosso compromisso é oferecer um espaço de reflexão progressista e independente, mas, para isso, contamos com o apoio essencial de vocês, leitores. A manutenção deste espaço depende exclusivamente das suas contribuições, já que não temos patrocinadores, sejam públicos ou privados. Qualquer valor faz uma diferença enorme! Se puder colaborar, faça sua doação via PIX: 45013993768.

Juntos, podemos manter o Antropofagista vivo e pulsante!

Agradecemos imensamente

Categorias
Mundo

Cessar-fogo, o Conto da Carochinha: Israel mata mais nove palestinos

Enquanto ataques aéreos matam civis em Gaza, forças israelenses invadem escola em Belém e colonos destroem oliveiras no Vale do Jordão

Vários civis palestinos foram mortos pelas forças israelenses (IDF) nesta terça-feira (14/10), apesar de o acordo de cessar-fogo estar em vigor pelo quinto dia consecutivo. Segundo fontes médicas, pelo menos sete pessoas morreram quando drones sionistas dispararam contra moradores que inspecionavam suas casas no bairro de Shuja’iyya, a leste da Cidade de Gaza.

Dois palestinos sucumbiram aos ferimentos em outro ataque de drones na região de Khan Yunis, ao sul, de acordo com o correspondente da WAFA. Judy Jamil Fayyad não resistiu aos ferimentos sofridos em um bombardeio anterior, enquanto Abdul Latif Adnan Abu Ta’ima também faleceu devido aos ferimentos causados por outro ataque que teve como alvo o leste de Khan Yunis.

A região de Shakoush também foi alvo das forças israelenses, que abriram fogo, enquanto outras aeronaves não tripuladas voavam em altitudes muito baixas sobre a área de Al-Mawasi, no norte de Rafah.

Fontes locais informaram à WAFA que seis pessoas foram transferidas para o Hospital Al-Maqdadi e três para o Hospital Nasser, enquanto nenhuma vítima foi registrada nos hospitais Al-Shifa, Al-Aqsa e Al-Awda.

Milhares de vítimas permanecem sob os escombros ou nas ruas, enquanto ambulâncias e equipes de defesa civil enfrentam dificuldades para alcançá-las devido à enorme destruição. Fontes médicas na Faixa de Gaza anunciaram que o número de mortos pela ofensiva israelense no território subiu para 67.869 palestinos e 170.105 feridos desde 7 de outubro de 2023.

Violações continuam
A Escola Kisan, a leste de Belém, foi invadida pela IDF nesta terça-feira (14/10), segundo fontes de segurança. As tropas ameaçaram os professores para que não discutissem a questão dos prisioneiros palestinos, alertando-os de que qualquer menção ao tema levaria a um novo ataque.

Na noite de segunda-feira (13/10), colonos destruíram dezenas de oliveiras frutíferas na vila de Bardala, no norte do Vale do Jordão. Fontes locais disseram à WAFA que aproximadamente 150 oliveiras frutíferas de propriedade do sultão Rashid Mubaslat, na planície de Qa’un, perto da vila, também foram destruídas. A área testemunhou recentemente uma escalada de ataques de colonos armados.

*Opera Mundi


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Política

STF inicia julgamento dos criminosos do núcleo 4 da teia golpista

O que está em jogo?

Nesta terça-feira (14 de outubro de 2025), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar o julgamento do chamado “núcleo 4” da tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.

Lembrando que se desse certo, Lula, Alckmin e Moraes estariam mortos.

E Bolsonaro teve a cara dura de pedir a um de seus alvos de morte, Alexandre de Moraes, a revogação de sua prisão, uma mariola e um selinho. Claro, recebeu um NÃO!

Esse grupo, conhecido como o “núcleo criminoso da desinformação”, é formado por sete réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, promover ataques virtuais a autoridades e instituições, e pressionar as Forças Armadas a aderir ao plano golpista.

A PGR, em suas alegações finais, pediu a condenação de todos por cinco crimes graves, que somados podem resultar em penas superiores a 40 anos de prisão cada.

O cronograma inclui sessões nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro, com foco inicial em preliminares processuais (como nulidades alegadas pelas defesas) e, em seguida, no mérito das acusações.

Se rejeitadas as preliminares, os ministros avaliarão indícios de autoria e materialidade para condenação.

  • Todos respondem pelos mesmos cinco crimes:
  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
  • Tentativa de golpe de Estado..
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União.
  • Deterioração de patrimônio tombado

Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Mundo

Trump acabou com o genocídio em Gaza tanto quanto o sargento Garcia prendeu o Zorro

O boquirroto Trump, com todo o seu show de “paz histórica” e planos mirabolantes para transformar Gaza na “Riviera do Oriente Médio” (incluindo ideias malucas de realocar palestinos para a Líbia ou Somália, que foram duramente rejeitadas por todo mundo), não acabou com o genocídio em Gaza.

Na verdade, ele ajudou a prolongá-lo.

Vamos aos fatos
Em fevereiro de 2025, Trump propôs que os EUA tomassem controle de Gaza e deslocassem a população palestina, o que a Human Rights Watch chamou de escalada de limpeza étnica.

Durante meses, ele forneceu armas ilimitadas a Netanyahu.
Ele mesmo admitiu isso em discursos recentes, dizendo que Bibi ligava pedindo armas que eu nem conhecia e que usaram muito bem.

O conflito, que já havia matado mais de 66 mil palestinos até setembro, continuou com ofensivas israelenses em Gaza City, fome declarada pela ONU e uma comissão da ONU concluindo em setembro que Israel cometeu genocídio intencional contra os palestinos.

Trump?

Ele financiou e incentivou isso tudo, enquanto posava de mediador.
Só em 29 de setembro de 2025, com pressão de aliados árabes e um plano de 20 pontos (que inclui desarmar o Hamas e um “governo tecnocrático” supervisionado por ele mesmo), veio um cessar-fogo parcial libertando reféns em troca de prisioneiros, com Israel recuando de partes de Gaza.

Mas isso é fase 1 de um acordo frágil, com o futuro da governança de Gaza ainda incerto, reconstrução pendente e milhares de mortos no currículo.

Acabar com o genocídio?

Se Trump quisesse de verdade parar a carnificina, teria condicionado as armas à um cessar-fogo real desde o dia 1, em vez de bancar o fã-clube de Netanyahu.

Israel não acabou com sua ocupação dos territórios palestinos. Pelo contrário, apesar de um cessar-fogo parcial em Gaza implementado como parte do plano de paz de 20 pontos de Trump (que incluiu a liberação de reféns israelenses, prisioneiros palestinos e uma retirada limitada de tropas israelenses de partes da Faixa de Gaza), o controle efetivo israelense persiste em áreas chave, como fronteiras, espaço aéreo e marítimo.

Além disso, Gaza continua sob bloqueio, e a reconstrução e governança futura permanecem sob influência israelense, com propostas de “governo tecnocrático” supervisionado por potências externas, incluindo os EUA.

Na Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental), a ocupação militar israelense se intensificou em 2025, com expansão de assentamentos ilegais

43 novos em 2025, somando mais de 330 existentes, confisco de terras, cerca de 2.400 hectares declarados terra estatal israelense e operações militares que resultaram em centenas de mortes palestinas.

Em resumo, o cessar-fogo em Gaza é um passo frágil, mas não altera o status quo de ocupação, que dura desde 1967 e se agravou em 2025.
Para uma solução de dois Estados, precisaria de negociações reais, desmantelamento de assentamentos e reconhecimento mútuo, algo distante sob o atual governo Netanyahu.


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Mundo

Trump afina e muda o rumo da prosa com a China

É a velha máxima: Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Trump meteu um “assim sim, mas assim não” depois de roncar grosso com a China e levar um troco arrumado na fuça.

China não está para brincadeira e deixa os dentes bem à mostra quando assunto é guerra comercial com os EUA.

É bola pro mato que o jogo é de campeonato.

Por isso Trump calibrou seu palavrório contra os chineses, ajustando sua abordagem agressiva após uma escalada de tensões e sapecou um “isso não vale pra gente”

Trump como é de costume sobre a China recuou da agressividade, afirmando que “os EUA não querem prejudicar a China”

O Ministério do Comércio de Pequim reiterou que não quer uma guerra tarifária, mas não tem medo dela,

Essa dinâmica reflete o Trump 2.0: transacional e imprevisível, priorizando acordos bilaterais sobre multilateralismo.

A China tem bola para jogar em qualquer tipo de gramado ou campo de terra batida.

Nos EUA, Bessent diz que ‘tarifa de 100% não precisa acontecer’ e ainda prevê encontro entre Xi e Trump.

Bom garoto, pensou Xi Jinping.


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Mundo

Os EUA são a principal lavanderia do narcotráfico global

Embora pressionem governos de países como China, Brasil e Venezuela, dados mostram que de 20% a 30% dos fluxos ilícitos globais são lavados nos EUA

Os Estados Unidos são o epicentro das atividades de lavagem de dinheiro do narcotráfico, como demonstram diversos documentos oficiais de governos, inclusive o norte-americano.

Em primeiro lugar, os relatórios intitulados “Avaliação Nacional do Risco de Lavagem de Dinheiro de 2024”, “Avaliação Nacional do Risco de Financiamento do Terrorismo de 2024” e “Avaliação Nacional do Risco de Financiamento da Proliferação de 2024”, divulgados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, admitem vulnerabilidades na prevenção da lavagem de dinheiro vinculada ao narcotráfico no país.

Em segundo lugar, o “Relatório Anual 2023-2024 da Fintrac (Financial Transactions and Reports Analysis Centre of Canada)”, vinculado ao governo canadense, aborda elementos centrais sobre as atividades de lavagem e legitimação de capitais do crime e do terrorismo, descrevendo métodos e estratégias dessas práticas nos Estados Unidos.

Em terceiro lugar, o documento “Avaliação Nacional da Ameaça das Drogas 2025”, publicado pela Administração para o Controle de Drogas (DEA, na sigla em inglês), vinculada ao governo norte-americano, descreve em detalhes a existência de um ecossistema financeiro ilegal que se sobrepõe ao sistema financeiro formal do país, facilitando a legitimação de capitais provenientes do tráfico de drogas.

Por fim, o “Relatório Mundial sobre Drogas de 2024”, publicado pela Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC), complementa esse panorama — com dados adicionais retirados do relatório correspondente ao ano de 2011.

Dados sobre o volume anual das atividades de lavagem de dinheiro
A lavagem de capitais derivados do narcotráfico é um dos pilares da economia dos Estados Unidos. Segundo estimativas da ONUDC, o comércio global de drogas ilícitas gera entre 426 e 652 bilhões de dólares por ano em lucros ilícitos.

Cerca de 20% a 30% dos fluxos ilícitos globais são lavados nos Estados Unidos e estão diretamente associados ao narcotráfico. Esse dado indica que o país é o principal beneficiário mundial da lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

O Departamento do Tesouro estima que aproximadamente 300 bilhões de dólares sejam lavados anualmente — incluindo todas as atividades criminosas —, com o narcotráfico contribuindo de forma desproporcional para esse total.

O aumento da lavagem de dinheiro nos Estados Unidos está ligado ao boom do fentanil, droga vendida no varejo por meio de complexas redes de distribuição dentro do próprio território americano.

Esses fundos não apenas perpetuam a violência e a corrupção, mas também financiam outras atividades criminosas, como o tráfico de pessoas e o terrorismo. O montante de dinheiro lavado equivale a cerca de 2,7% do PIB dos EUA, valor correspondente a metade do orçamento nacional destinado à educação.

De acordo com a ONUDC, cerca de 100 bilhões de dólares provenientes da cocaína são lavados anualmente nos Estados Unidos. A agência também estima que 60 bilhões de dólares ao ano sejam legitimados através da rede de lucros gerada apenas pelo fentanil e outras drogas sintéticas e opioides.

O mercado de maconha legal e ilegal no país movimenta mais de 40 bilhões de dólares por ano. Parte significativa dos capitais gerados pela maconha ilegal se infiltra no sistema financeiro da mesma forma que o produto ilícito se mistura com o legal. Assim, cerca de 15 bilhões de dólares gerados pela maconha ilegal podem circular legitimamente na economia americana.

Dados sobre o volume anual das atividades de lavagem de dinheiro
A lavagem de capitais derivados do narcotráfico é um dos pilares da economia dos Estados Unidos. Segundo estimativas da ONUDC, o comércio global de drogas ilícitas gera entre 426 e 652 bilhões de dólares por ano em lucros ilícitos.

Cerca de 20% a 30% dos fluxos ilícitos globais são lavados nos Estados Unidos e estão diretamente associados ao narcotráfico. Esse dado indica que o país é o principal beneficiário mundial da lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

O Departamento do Tesouro estima que aproximadamente 300 bilhões de dólares sejam lavados anualmente — incluindo todas as atividades criminosas —, com o narcotráfico contribuindo de forma desproporcional para esse total.

Leia também – Projeto de lei pró-Trump sobre terrorismo usa PCC e CV para facilitar intervenção dos EUA
O aumento da lavagem de dinheiro nos Estados Unidos está ligado ao boom do fentanil, droga vendida no varejo por meio de complexas redes de distribuição dentro do próprio território americano.

Esses fundos não apenas perpetuam a violência e a corrupção, mas também financiam outras atividades criminosas, como o tráfico de pessoas e o terrorismo. O montante de dinheiro lavado equivale a cerca de 2,7% do PIB dos EUA, valor correspondente a metade do orçamento nacional destinado à educação.

De acordo com a ONUDC, cerca de 100 bilhões de dólares provenientes da cocaína são lavados anualmente nos Estados Unidos. A agência também estima que 60 bilhões de dólares ao ano sejam legitimados através da rede de lucros gerada apenas pelo fentanil e outras drogas sintéticas e opioides.

O mercado de maconha legal e ilegal no país movimenta mais de 40 bilhões de dólares por ano. Parte significativa dos capitais gerados pela maconha ilegal se infiltra no sistema financeiro da mesma forma que o produto ilícito se mistura com o legal. Assim, cerca de 15 bilhões de dólares gerados pela maconha ilegal podem circular legitimamente na economia americana.

*Opera Mundi


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/K8Zc6XOHkN258pOahSE1L1mode=ems_copy_c

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Política

Bolsonaro, via Eduardo, confessa que Dilma sofreu um golpe, armado por Temer e Centrão

Vamos começar pelo começo?

Primeiro, não existe Eduardo sem Bolsonaro. Para ser bem claro, Eduardo, nos EUA, foi e é apenas um pombo correio de Jair Bolsonaro na Casa Branca.

Não fosse isso, por que Bolsonaro mandaria R$ 2 milhões para Eduardo nos EUA?

A direita é que está numa guerra fratricida, onde um está comendo as minhocas da cabeça do outro, só não fala que foi Bolsonaro e não Eduardo quem fez uma merda do tamanho de um cometa, porque Bolsonaro tem o maior espólio político da direita.

Eduardo é apenas um aspirante de Jair, ele não tem cacife para além da função que seu pai lhe reservou nos EUA.

E se Eduardo compartilhou no X tal confissão sobre o golpe em Dilma, armado por Temer e Centrão, é porque na relação íntima que tem com o filho, foi o próprio Bolsonaro quem mandou explodir Temer e Centrão.

Na verdade, sabendo que Lula vai passar o cerol geral em 2026, ele acha melhor ser, mesmo em cana, o único político capaz ao menos “rivalizar” com Lula e não quer perder essa miragem que habita na cabeça oca dos bolsonaristas.

Portanto, paisagismo por paisagismo, é melhor detonar a direita que dividir seu prato de merda pra manter o gado cativo do seu cercadinho.

Por isso, Bolsonaro achou indispensável abrir o bico via outro língua grande, entregar a rapadura pra esquerda do que ter que sacrificar, sua cada vez mais mixa, militância digital pra cavar sua anistia.


Queridos leitores,
Nosso blog é um espaço dedicado a compartilhar conhecimento, ideias e histórias que inspiram. Para continuarmos criando conteúdo de qualidade e mantendo este projeto vivo, contamos com o seu apoio! Se você gosta do que fazemos, considere contribuir com uma pequena doação. Cada gesto faz a diferença e nos ajuda a crescer. Pix: 45013993768. Agradecemos de coração o seu apoio.


Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/K8Zc6XOHkN258pOahSE1L1mode=ems_copy_c

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Z

Categorias
Política

O Antropofagista precisa do apoio de seus leitores, apoie

O Antropofagista, além de debater política, defende causas progressistas, como cultura, educação e saúde públicas, direitos humanos, desmilitarização policial, lutas feministas, comunidade LGBTQI+, temas socioambientais, indígenas, reforma agrária e temas internacionais, com foco na América Latina e no anti-imperialismo.

Não temos patrocinadores e, portanto, para seguirmos com o nosso trabalho, dependemos do apoio dos nossos leitores.


Apoie nosso trabalho com qualquer valor através do
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente