Categorias
Cotidiano

Vídeo: Em versão truncada, Joice Hasselmann denuncia forte agressão sem saber explicar como e o motivo

A deputada não sabe dizer ao certo como os ferimentos ocorreram; ela desconfia ter sofrido um atentado dentro de sua casa.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso, está com diversas fraturas e hematomas espalhados pelo corpo e não sabe dizer ao certo como os ferimentos ocorreram. Joice diz ter acordado no último domingo, 18, no chão do seu apartamento funcional, em Brasília, no meio de uma poça de sangue, com frio e muitas dores pelo corpo.

“Eu cheguei a pensar que tivesse tido um pequeno AVC (acidente vascular cerebral) ou algo assim”, afirmou a deputada ao Estadão/Broadcast Político. Do chão, ela conseguiu chamar o marido – o neurocirurgião Daniel França, que estava no apartamento, mas tinha dormido em outro quarto – para socorrê-la e prestar os primeiros socorros.

Nesta terça-feira, 20, Joice foi ao hospital fazer exames e descobriu diversos traumas pelo corpo – joelho, costela, ombro e nuca –, incluindo cinco fraturas na face e uma na coluna. Os médicos, segundo ela, descartaram a possibilidade de uma queda acidental. Joice acredita ter levado uma paulada na cabeça. “O galo na minha cabeça está muito grande”, contou.

A deputada desconfia ter sofrido um atentado dentro de sua casa e, por isso, acionou o Departamento de Polícia Legislativa (Depol) para abrir investigação sobre o caso. As imagens das câmeras de segurança do prédio devem ser analisadas.

Pelas redes sociais, a parlamentar disse que “o pior já passou” e compartilhou um vídeo que mostra o inchaço no rosto, marcas roxas espalhadas pela face, cortes no queixo (profundo, segundo ela) e boca e um dente quebrado. “A hora que desinchar, eu vou ter que ir arrumar isso aqui”, disse ela sobre o dente. “Meu joelho também está trincado, eu estou toda ferrada”, disse a deputada sobre a situação.

Segundo Joice relatou em entrevista ao SBT Brasil, ela não é a única a ter acesso ao apartamento funcional em que mora. “Esse é um local público”, disse. “Essa chave de apartamento funcional não é uma chave que fica só comigo. Outras pessoas em departamentos da própria Câmara têm. Pessoas já passaram pela minha casa, já trabalharam aqui, já tiveram cópia da chave”, afirmou.

Segundo ela, no dia do ocorrido, havia — “oficialmente” — um deputado e seu filho no prédio, que está “praticamente vazio” por conta do recesso parlamentar. “A gente não sabe se tem alguém escondido”, apontou. Joice ainda descartou a possibilidade de roubo, já que, segundo ela, “não sumiu nem uma agulha”.

Apoio

Joice está tomando remédio para dores e recebeu o apoio da bancada feminina da Câmara. “Não podemos admitir que quaisquer atos de violência continuem sendo praticados contra as mulheres. Esta gravíssima violência sofrida pela Deputada Joice Hasselmann não pode ficar sem a devida apuração e punição dos responsáveis”, diz a nota.

Pelo Twitter, parlamentares cobraram celeridade na investigação do caso. “É fundamental que seja esclarecida a autoria das graves agressões físicas a deputada Joice Hasselmann, ocorridas dentro do seu apartamento funcional”, escreveu o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

*Com informações do Estadão

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Cresce movimento evangélico contra Bolsonaro: “Permitiu a morte de mais de 500 mil irmãos”

Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro afirma que o “bolsonarismo cria uma religiosidade mentirosa”.

Evangélicos de todo o Brasil lançaram nesta quinta feira (22) um manifesto contra a “política de morte” do presidente Jair Bolsonaro. O documento é assinado por 37 entidades religiosas.

Compõem o movimento, grupos que resistem ao retrocesso que o país atravessa desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016 – como a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito – e outros, que vêm aderindo à Coalizão Evangélica contra Bolsonaro, na medida em que evolui a crise, sanitária, social, política e econômica do país.

“Bolsonaro não tem ideia do que seu negacionismo causou na base da fé cristã, dos protestantes, o que deve ter acontecido com católicos e espíritas”, diz o pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente.

A realidade associada à tragédia que se aproxima de levar cerca de 540 mil brasileiros à morte é impossível de ser negada. O combate de Bolsonaro a medidas simples, mas fundamentais, como uso de álcool em gel, máscaras de proteção, distanciamento social, e até mesmo às vacinas, foi seguido por milhões de evangélicos, e o resultado catastrófico se abateu sobre eles.

“A proporção de evangélicos [entre 25% e 30% da população brasileira] que morreram é muito grande. Muitos pastores cooperaram com o negacionismo de Bolsonaro. As pessoas o apoiaram na prática, foram a movimentos, cultos, encontros. Mas então começaram a ser assaltadas pela realidade”, diz Ramos. “O tio, a avó, o avô, parentes começaram a morrer.”

Mas não apenas isso. Houve um templo, conta o religioso, que perdeu seus cinco pastores para a covid-19 de uma única vez. “As pessoas dormiram com cinco pastores liderando uma grande comunidade e acordaram com os cinco mortos. Isso causa um impacto emocional que não se mede por estatísticas, (isso) criou marcas profundas.”

Segundo avaliação de Ramos, presbítero da Comunidade Cristã Reformada em São Paulo, após a explosão da pandemia e “a debacle nacional” – desemprego, crescimento da fome etc. – , os evangélicos começaram a abandonar o barco bolsonarista. “Começou no povo, e foi chegando aos pastores. A adesão de pastores (ao “Fora Bolsonaro”) é cada vez maior.”

Crise de fé

Os efeitos perversos causados por Bolsonaro com seu negacionismo transcendem a própria realidade concreta (e perversa). A aliança entre pastores e o presidente, a pregação de que as pessoas podiam desprezar máscaras e demais cuidados, porque “não vai acontecer nada”, provocou uma crise de fé.

Graças ao negacionismo, as mortes se alastraram entre as comunidades evangélicas, e as pessoas começaram a se perguntar? “’Por que aconteceu comigo, com o pastor, com meu tio? Nós não tivemos fé?’ Então precisamos dizer às pessoas que não tem nada a ver com fé, tem a ver com descuido, irresponsabilidade, pandemia, contaminação”, diz o pastor.

Por tudo isso, na opinião de Ariovaldo Ramos, a credibilidade de Bolsonaro entre os cristãos, e não apenas os evangélicos, não tem como ser recuperada. As informações de que ele não só não comprou a vacina, como trabalhou para disseminar o vírus e pela homicida tese da imunização de rebanho se tornaram reais pelos fatos em si, indesmentíveis.

Estatisticamente, cada família brasileira tem alguém próximo, senão dos círculos próximos, que veio a falecer, ou foi infectado gravemente, teve sequela etc. Esse impacto, por motivos óbvios, vem sendo devastador entre os religiosos que seguiram as “recomendações” do chefe de governo. “Duvido que Bolsonaro consiga convencer as pessoas do contrário do que já está claro. Um ou outro pode ser assaltado pela dúvida, mas um refluxo não vai acontecer”, prossegue o religioso.

No Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro, os evangélicos afirmam que o “bolsonarismo cria uma religiosidade mentirosa que nada tem a ver com o verdadeiro Evangelho, causando perversão e idolatria cega, além de uma ignorância negacionista, tanto da ciência como dos ensinamentos libertadores e verdadeiros de Jesus Cristo”.

“Enquanto, nos Evangelhos do Novo Testamento, encontra-se a valorização da vida e da dignidade humana, a cura de enfermos e a multiplicação dos pães e peixes, no governo de Jair Bolsonaro há “um agir maligno, que já permitiu a morte desnecessária de mais de meio milhão de irmãos e irmãs”, diz o documento.

Esse comportamento se materializa na rejeição de dezenas de e-mails da Pfizer, na negação do auxílio emergencial de R$ 600 e, ao mesmo tempo, na concessão de bilhões de reais a políticos via emendas parlamentares. “A nossa fé não combina com um governo que, como disse Jesus, se assemelha à face do mal – que veio para matar, roubar e destruir (João 10:10)”, diz a coalizão evangélica.

Leia a íntegra do Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro neste link.

Assinam o documento:

Aliança de Batistas do Brasil – ABB @aliancadebatistas
Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil (ANNEB)
Coletivo de Mulheres das Organizações Religiosas do Distrito Federal (COMOR-DF)
Coletivo Esperançar @esperancar
Cristão contra fascismo @cristaoscontraofascismo
Cuxi Coletivo Negro Evangélico @cuxicoletivonegroevangelico
Evangélicas Pela Igualdade de Gênero @mulhereseig
Evangelicxs pela Diversidade @evangelicxs_
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito @frentedeevangelicos
Frente Evangélica Pela Democracia no Maranhão
Frente Evangélica pela Legalização do Aborto @evangelicaspelalegalizacao
Frente Evangélica Socialista
Movimento Negro Evangélico @mnebrasil
Movimento Pela Bancada Evangélica Popular – @bancadaevangelicapopular
MOSMEB – Movimento social de Mulheres Evangélicas do Brasil @mosmebrasil
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT @evangelicosptoficial
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT AM
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT BA @nept.ba
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT DF @NEPTDF
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT MA
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT MG @NePTMG
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT PB
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT PR @neptpr
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT RN
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT SC @evangelicxdoPTSC
Paz e Esperança Brasil @pazesperancabr
Plataforma Intersecções @interseccoes
Rede Fale @redefale
Revista Zelota @revistazelota
Rede de Mulheres Negras Evangélicas @redenegrasevangelicas
Igreja Batista do Caminho @ibcaminho
Comunidade Cristã na Zona Leste @cczl_oficial
Igreja Cristã Redenção Baixada @icredencao
Nossa Igreja Brasileira @nossaigrejabrasileira
Refugo – @refugobrasil
Comunidade Batista do Caminho – Campina Grande/PB comunidadedocaminhocg
Igreja Evangélica Maravilhosa Graça / MA

*Com informações do Brasil de Fato

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Acabou, Bolsonaro não governa mais

Se restava alguma dúvida, agora não resta mais. Bolsonaro entregou os anéis e os dedos para o centrão, em troca de continuar como um fantoche na cadeira da presidência. Não apita mais nada, mas conseguiu a concessão de continuar com o título de presidente da República, como se realmente tivesse exercido esse cargo algum dia, assim como nunca exerceu de fato os seus sete mandatos de deputado federal, durante 28 anos em que não sequer um projeto aprovado.

Assista:

*Da redação

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Gilmar Mendes responde a Braga Netto: “Não há espaço para coações autoritárias armadas”

O ministro do STF afirmou que os representantes das Forças Armadas devem “respeitar o debate sobre a urna eletrônica”.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou nesta quinta-feira (22/7) as supostas ameaças feitas pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, sobre a não realização de eleições em 2022, caso não haja voto impresso. “Na nossa democracia, não há espaço para coações autoritárias armadas”, escreveu nas redes sociais.

Sem citar diretamente o general, Gilmar Mendes afirmou que “os representantes das Forças Armadas devem respeitar os meios institucionais do debate sobre a urna eletrônica”.

“Política é feita com argumentos, contraposição de ideias e, sobretudo, respeito à Constituição”, disse o ministro do Supremo.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Braga Netto teria enviado um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no último dia 8, por meio de um interlocutor, condicionando as eleições de 2022 ao “voto impresso e auditável”.

*Com informações do Metrópoles

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Não há um único comandante militar de alta patente que não enxergue Braga Netto como um pulha metido em coturnos

É fundamental a leitura do artigo abaixo de Luis Costa Pinto publicado no Plataforma Brasília

Vicejam em Brasília, nesse breve interstício legislativo de duas semanas, as flores do recesso. Esquisitas, cônicas, de coloração arroxeada, constituídas por camadas rugosas que se sobrepõem, são flores de bananeira. Nada surpreendente. Afinal, estamos a viver a recidiva do câncer institucional que é a presença dos toscos, rudes e despreparados militares brasileiros na vida política nacional. Eles agem, como sempre, para não nos deixar esquecer: o Brasil é uma República de Bananas.

Um cacho frondoso e promissor do bananal brasiliense surgiu na palmeira do Senado e projeta sua sombra na direção da Praça dos Três Poderes com o bico – ou “umbigo de banana” – apontando para o Palácio do Planalto. A nomeação do senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP, constitui-se num ardil de inteligência política do qual a balbúrdia que é o governo Jair Bolsonaro já não parecia capaz de executar. Nogueira é um dos mais hábeis parlamentares em atividade, mestre na arte de ouvir a todos e só falar o estritamente necessário – e, sempre, alinhando o tema com seus interesses pragmáticos.

De quando em vez, a consistência gelatinosa da conversa de Ciro Nogueira irrita quem vê a política como a arte de defender ideias e lutar por um projeto de País. Contudo, não se pode negar que ela seja eficaz para aqueles que usam os frutos já passados para mexê-los em tachos de cobre sobre fogo brando a pingar o limão das ameaças de retrocesso e misturar o açúcar das verbas orçamentárias manipuladas com escassa transparência e dali produzir uma geleia destinada a conservar por mais tempo a ilusão de que no pote há frutas.

Instalado na Casa Civil, o senador piauiense seguirá dando a Bolsonaro a ilusão de que há um governo dele no Palácio do Planalto. Mitômano, dado a crer nas mentiras e boçalidades que cria em escala industrial, o cretino patológico instalado no Palácio do Planalto acreditará nisso até o momento em que lhe for confortável dizer-se tragado e derrotado pela “velha política”. Quando isso acontecer – e não é uma questão de “se”, mas de “quando”, como diria o idiotizante rebento presidencial apelidado de 03 – Bolsonaro cumprirá sua sina de Jânio Quadro redivivo e alegará que forças ocultas o levam à renúncia.

Posto que a História tende a se repetir como farsa depois da tragédia, e porque o calendário já estará avançado, a renúncia poderá ser limitada ao anúncio da decisão de não concorrer à reeleição e negociar com o trade institucional – Congresso, Judiciário, o novo governo que virá – punições brandas para o rol de crimes que cometeu com a cumplicidade coatora dos filhos e dos comparsas fardados. Evidentemente, tendo chegado a tal ponto o cenário, só haverá uma biografia capaz de restaurar o eixo que conectam o Brasil às engrenagens funcionais de um Estado-Nação: a do ex-presidente Lula.

Tendo considerado, já, o petista como “o melhor presidente da História”, como registra gravação de 2017 feita ao jornal Meio Norte, de Teresina; e sendo considerado por ele “um grande amigo”; eis que emergirá o papel reservado pelo acaso a Ciro Nogueira: o de fiador de alguma tranquilidade institucional na transição do desastre da aventura bolsonarista para a única saída que honrosa que a Democracia e a esperança brasileiras têm hoje – o terceiro mandato de Lula, desta feita convertido no construtor da pacificação e da reconciliação nacionais.

Mas, se a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil é flor promissora do recesso no bananal da Capital da República, a inacreditável revelação pelo jornal O Estado de S Paulo das ameaças golpistas feitas pelo ministro da Defesa Braga Netto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, assemelha-se àquelas pencas de frutos que apodrecem no cacho. E fedem. Chamei de inacreditável a reportagem publicada pelas repórteres Vera Rosa e Andreza Matais porque todo o enredo é pouco crível e isso não tem nada a ver com elas. Há, nesse caso, orelha de porco, rabo de porco, nariz de porco. Ou seja, foi uma operação porca. No comando da pocilga que só completa a paisagem do bananal brasileiro, dois porcos: o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o general-de-pijama Braga Netto.

A “Operação Porcaria” usou a larga reputação, experiência e correção profissional das jornalistas do Estadão para disseminar um roteiro falso. Uma “fonte confiável” procura uma dupla de profissionais ilibada e conta em off um arreganho antidemocrático de um leitão bochechudo que se crê javali: o ministro da Defesa teria mandado um recado ao presidente da Câmara advertindo-o que a ausência de voto impresso (e manipulável, corruptível, comprável, como acontecia no Brasil antes das urnas eletrônicas) inviabilizaria a eleição em 2022. Não há um único comandante militar de alta patente que não enxergue Braga Netto como um pulha metido em coturnos. Logo, ele não tem força para tal ameaça.

fações com o suposto chefe do ministro da Defesa, o boçal Bolsonaro, e contra advertir de que o Parlamento não toleraria uma ameaça daquele calibre à Democracia e ao instituto sagrado das eleições.

O figurino de defensor da Democracia e das instituições não combina com o perfil tosco, grosseiro, arrivista e voluntarioso de Arthur Lira – e é dessa forma que ele exerce o poder, manipulando o Orçamento da União e os cargos de livre provimento da administração pública, a partir da cadeira de presidente da Câmara.

Por outra, se há um grupelho golpista nas Forças Armadas liderado pelo ministro da Defesa que teria tido a ousadia de passar o recado acanalhado a Lira, de acordo com a versão plantada em O Estado de S Paulo, haveria uma ala “democrática” entre as lideranças militares para conter Braga Netto. Criar essa impressão – a de que há democratas dentre os comandantes militares que servem a Bolsonaro – e objetivo secundário, mas, não acessório, do semeador de flores de recesso na Esplanada dos Ministérios.

As jornalistas, posto serem profissionais decentes e corretas, confirmaram as ameaças com alguns dos emissários e receptores da advertência despropositada de Braga Netto e publicaram a história que tinham. Publicado na madrugada desta quinta-feira, 22 de julho, o veneno saiu do controle dos alquimistas tresloucados que urdiram a “Operação Porcaria” e não houve saída a não ser assistir aos patéticos desmentidos de Lira, Braga Netto, Bolsonaro… e à confirmação da autoridade democrática e republicana do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, para quem, acoelhados e acadelados, o ministro da Defesa e o presidente da Câmara apressaram-se em telefonar logo cedo a fim de desmentir a história que criaram, disseminaram e criam ser capaz de dar a eles maior amplitude e espectro de poder. Foram humilhados.

Se bananeira que deu cacho – mesmo podre – não serve mais para nada, que seja extirpada do bananal. É esse o fim que deve ser dado a Braga Netto a seus roncos rotos na pocilga do Planalto. Já a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil ainda é flor do recesso a ser observada com cautela. De suas bananas podem fazem marmelada.

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Braga Netto faz pronunciamento negando golpismo

A repercussão negativa provocada pela matéria do Estadão em que Braga Netto ameaça não ter eleições em 2022 se não tiver voto impresso e auditável, resultou numa explosão de críticas e reações indignadas nas redes sociais, assim como na mídia em geral e também em todo o meio político.

Hoje, não cabe na cabeça de nenhum brasileiro com o mínimo de consciência política qualquer coisa que não seja democracia.

O fato é que, logo cedo, o ambiente político azedou com esse debate amesquinhado sobre as urnas eletrônicas e a questão central foi, segundo o Estadão, a declaração golpista de Braga Netto.

Seja como for, o governo cada vez mais carente de apoio político, seja da população, seja do Congresso, uma fala autoritária só agravaria perigosamente a situação do próprio Bolsonaro, que já tem na estrutura do seu governo uma colcha de retalhos de um presidente que luta para não cair e não ter que responder por cada um dos processos que certamente virão sem a máquina nas mãos.

O Brasil, hoje, percebe que precisa se organizar dentro das regras da democracia para se criar um ordem nacional que ponha novamente o país de pé para, finalmente, sequer imaginar um discurso que não seja o respeito às instituições e que o povo brasileiro exerça o papel central de escolher seus governantes.

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Centrão dá golpe nos generais, assume governo e decidirá destino do “Mito”

Reinaldo Azevedo – Jair Bolsonaro arrendou o governo para o PP na esperança de continuar ao menos como síndico incompetente do edifício. Em vez de apostar no “esquema militar” de Braga Netto, vociferando ameaças golpistas, preferiu o esquema de Arthur Lira e Ciro Nogueira, numa costura feita por Fábio Faria, o crescentemente ambicioso ministro das Comunicações. Bolsonaro está de olho na reeleição? O presidente, por ora, fez um seguro para não cair. O governo acabou. Começou a gestão Ciro Nogueira-Arthur Lira. Ah, sim: como se nota, não vai mesmo ter golpe. Diria até que o centrão golpeou os generais…

A trapalhada do Fundo Eleitoral ameaçou trincar o condomínio. O governo participou de cada etapa da negociação que resultou nos estimados R$ 5,7 bilhões, logo tomados como escândalo por setores consideráveis da opinião pública. E, ora vejam!, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) saiu atirando para fazer embaixadinha para seus fanáticos. O próprio presidente veio em seguida, colocando na mira o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara, que reagiu com dureza.

Bolsonaro tonitruou: “Vou vetar”. E vai. Para negociar depois, quando o assunto der uma esfriada. Mas muita gente passou a se ver como bucha de canhão de um governo hoje moribundo. Na Presidência da Câmara, Lira mata no peito os pedidos de impeachment. O prêmio ainda compensa o desgaste. Até porque é o senhor do orçamento secreto. Mas é preciso ter mais a distribuir para uma base que tem de sustentar um governo impopular.

E então Faria — que está se mudando de mala, cuia e grandes ambições para o PP — costurou a união com o partido. Silvio Santos, seu sogro, tinha um quadro em seu programa dominical chamado “Em Nome do Amor”. O ponto alto se dava quando o apresentador perguntava aos casais que se formavam ao longo da atração: “É namoro ou amizade?”. No caso do PP, estamos assistindo a um casamento. Que será eterno enquanto durar.

Ao assumir a Casa Civil — com o general Luiz Eduardo Ramos sendo escanteado para a Secretaria-Geral —, o senador Ciro Nogueira (PI), que preside a sigla, leva bem mais do que a chave do cofre e uma lista imensa de cargos. Há uma boa possibilidade de o próprio Bolsonaro migrar para legenda. Ainda que não aconteça, é certo que o partido se torna o principal polo de negociação da candidatura à reeleição. Até porque Faria cuida hoje da sua postulação ao posto de vice na chapa. Bolsonaro até pode escolher uma outra sigla para facilitar composições, mas é certo que a agremiação comandada por Nogueira e Lira se torna o eixo do governo e do projeto reeleitoral.

VAI DAR CERTO?
Quem sabe, nas suas noites insones, decida o presidente passear pela biblioteca do Alvorada. Levado pelo acaso, topa com um volume de poemas de Fernando Pessoa. Abrindo-o ao acaso, dá de cara com o poema “O das Quinas”. E lê então: “Os deuses vendem quando dão/ Compra-se a glória com desgraça”. Matutando um pouco, acaba por concluir: “O centrão é como os deuses disso daí: vende quando dá”. E um desassossego inútil vai lhe tomar a alma porque não há o que fazer. Afinal, nada assegura que terá a glória. Quanto ao resto…

Por óbvio, nunca caí na conversa de um Bolsonaro liberal, reformador, moralizador ou qualquer outra característica que possa, sob certo ponto de vista, ser considerada virtuosa. Mas muita gente acreditou. Mesmo os fanáticos que ficariam a seu lado ainda que o vissem roubando pirulito de criança — e se fez um pouco mais do que isso no Ministério da Saúde — apelam à estridência moral para arrotar a superioridade do governo que apoiam.

O ataque ao centrão e à tal velha política foi um dos motes da campanha bolsonarista. Como esquecer o general Augusto Heleno a cantar na convenção do PSL: “Se gritar pega centrão, não fica um…” Pois é. Ele e outros generais passam agora a dividir o governo com aqueles que tanto demonizavam. O bolsonarismo mais extremado — aquelas parcelas que se deixam seduzir pelas milícias digitais — arrumará, é certo, uma desculpa. Mas Bolsonaro perde a aura de líder alheio aos arranjos de Brasília. Sempre foi uma bobagem. Mas o discurso mobilizava uma parcela considerável da opinião pública.

O centrão vende apoio, não dá. E Bolsonaro terá de pagar. O PP passa a ter o controle político do governo. Nogueira é uma pessoal hábil, com trânsito no Parlamento. Há pouco mais de três anos, dizia que Bolsonaro era um fascista desocupado e sem projeto. E Lula, então, era, a seu juízo, o maior presidente da história. Agora, terá de comandar, em parceria com Lira e Faria, a nau da insensatez e de tentar tornar viável o projeto da reeleição. E se não ser? Bem, lembrem-se de que ele achava Lula etc…

Sobrando um tantinho de bom senso a Bolsonaro, ele diminui a exposição, para de criar crispações inúteis, põe fim aos discursos golpistas, abandona o negacionismo ensandecido e se fixa na aposta de que a retomada da economia será percebida pelos mais pobres não apenas na forma de inflação de alimentos, como acontece hoje. Há ainda a reformulação do Bolsa Família. Os atuais R$ 35 bilhões se transformarão em R$ 53 bilhões no ano que vem. Há quem aposte que isso muda o humor de parte do eleitorado. A ver.

De todo modo, há algo a saudar, não é? Como sabem, eu nunca temi a possibilidade de um golpe — temo a degeneração permanente, esta sim. Creio que, agora, os receios se dissipem de vez. Já imaginaram uma quartelada para garantir o poder ao centrão? Em certa medida, é preciso admitir, o centrão é que deu um golpe nos generais.

Vai cantar o quê, agora, general Heleno?

PS – E que se note: o centrão é um aglomerado. Há particularidades por ali. O PP terá todos os instrumentos para sossegar a turma. Mas dará trabalho.

*Reinaldo Azevedo/Uol

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Vídeo revela que a capitã cloroquina enviou perguntas para senadores governistas fazerem a ela

‘Eles jogam para eu fazer o gol’, disse a servidora em conversa para se preparar para depoimento.

A secretária da Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou ter enviado a senadores governistas da CPI da Covid perguntas para que eles fizessem a ela durante o depoimento que prestou à comissão.

“Eles jogam para eu fazer o gol”, resumiu a servidora, conhecida como “capitã cloroquina”, em uma conversa em que ela se preparava para o depoimento, dado em 25 de maio.

Vídeo com a conversa foi obtido pela CPI na quebra de sigilo da servidora. O link para a conversa estava em sua caixa de email.

“A gente tem um grupo [na CPI] que nos apoia, que acredita no nosso trabalho. Esse grupo tem que fazer perguntas, no direito que eles têm de interrogar o depoente, que nos ajudem no nosso discurso.”

“Então, que perguntas eu posso dar para esses senadores fazerem a mim? Entendeu? Eles jogam para eu fazer o gol. Eles chutam para eu fazer o gol”, disse Mayra a um epidemiologista que participou da conversa.

Ela afirmou ainda que já havia enviado dez perguntas aos senadores governistas. Entre outras, afirma ter pedido para que eles fizessem perguntas sobre sua formação, as atividades que desempenhou no Ministério da Saúde e os esforços da sua secretaria no enfrentamento à Covid-19.

“São cinco senadores que vão jogar com a gente. Eu preciso dar perguntas a eles para eles interrogarem, cuja resposta seja a oportunidade de eu falar. Certo? Faz o que o senhor achar que pode. A gente tem cinco senadores, cada um tem 15 minutos para me perguntar o que eles quiserem. Então a gente tem 15 minutos vezes 5.”

O link da gravação aparece em um email encaminhado a Mayra, dias antes do depoimento dela, pelo epidemiologista Regis Bruni Andriolo, que defende o chamado tratamento precoce, descartado pela comunidade científica.

No vídeo aparecem Mayra Pinheiro, o epidemiologista e Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Confira:

https://twitter.com/SenadorRogerio/status/1418017404999938053?s=20

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Centrão fez barba, cabelo e bigode no governo Bolsonaro e esvaziou o já murcho poder do mito

O centrão não perderia a oportunidade de montar no cavalão selado passando na sua frente.

Como bem disse Luis Nassif, Bolsonaro entregou os anéis e os dedos e teve que atropelar o segundo general de seu governo praticamente na mesma semana. O primeiro foi Mourão que cumpriu o papel de office boy de Edir Macedo em sua ida à Angola e, agora, o general Ramos.

Com isso, as Forças Armadas, mesmo negando participar do governo, perdeu uma pasta considerada a mais estratégica, a Casa Civil.

Mas Bolsonaro sabe que hoje, para sua cabeça ficar em cima do pescoço, depende muito mais do bloco de centrão do que dos militares e desancou o general para colocar no lugar o presidente do PP que, pra quem sabe ler, o pingo é letra, o que está escancarado nas quatro linhas da política, quem dá as cartas não é quem tem o controle das armas, mas do Congresso.

O centrão não quer governar, mas promover seus quadros a partir das generosas verbas destinadas a seus quadros, e Bolsonaro é que se vire para colocar nos trilhos o trem descarrilado e sem ladeira abaixo.

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: Milton Santos – Por uma outra globalização

O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte.

O cineasta conheceu Milton Santos em 1995, e desde então tinha planos para filmar o geógrafo. Os anos foram passando e, somente em 2001, Tendler realizou o que seria a última entrevista de Milton (que viria a morrer cinco meses depois). Baseado nesse primeiro ponto de partida o documentário procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal Globalização da qual tanto ouvimos falar.

É fundamental assistir:

*Da redação

Siga-nos no facebook: https://www.facebook.com/Antropofagista-Jornalismo-109522954746371/

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição