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Editorial da Folha provou que “a grande mídia formou um público tão vil como ela mesma”, como afirmou Joseph Pulitzer.

O editorial da Folha, “Jair Roussef”, prova a frase de Joseph Pulitzer: ‘Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma’.

Certamente, não foi um ato impensado aquele lixo de editorial cravejado de mentira da Folha.

Não é do feitio da mídia de frete fazer isso.

Tudo nessa gente cheira a golpe. Tudo é missa encomendada e isso pode ser um bom sinal, o de que acreditam piamente que o projeto da direita se encerra com fracasso econômico de Guedes e, consequentemente, transforma-se em fracasso de Bolsonaro.

Pior, a mídia não tem peça de reposição já que o PSDB, hoje, é apenas um nome fantasia. Uma sigla de um negócio político quebrado à procura de alguém que assuma sua massa falida na bacia das almas.

O despropósito do ataque vem justamente no momento em que a justiça, com a absolvição de Genuíno e Delúbio, diz aquilo que sempre dissemos sobre o “mensalão”, uma farsa combinada entre mídia e STF para derrubar o governo Lula na largada, do contrário, ele teria como teve uma aprovação de mais de 90% de oito anos de administração petista que impulsionou a vitória de Dilma duas vezes.

Que a Folha sempre apoiou os golpes no Brasil, nunca foi novidade pra ninguém. A Internet tem prestado esse serviço à história. É como já disse Dilma, “é só dar um google em seus detratores para escancarar a moral dos sem moral que estão sempre por trás dos ataques baixos aos principais quadros do PT”.

Certamente, com a reação que provocou em Dilma e no próprio PT, a Folha virá com a lógica de que tomate podre é que é tomate bom.

Explico:

Se ela hoje é atacada e perseguida até na justiça pelos cínicos e corruptos bolsonaristas que ela ajudou a criar e, depois, colocar Bolsonaro no poder e, por outro lado, é atacada pela militância petista, é, segundo ela, porque faz um jornalismo isento, de boa qualidade.

Nesse raciocínio corrente da cínica imprensa de banco, se todos falam que o tomate é ruim porque é podre, então, ele está ótimo para ser comprado e consumido.

O fato é que, na verdade, a mídia, que trabalha diuturnamente para direita, não leva fé, e com razão, nas administrações de direita.

Então, mais do que defender um embuste sabendo que é um embuste, mente sobre a oposição com ataques preventivos para defender a manutenção do poder nas mãos das classes dominantes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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VAZOU: Obra de transposição do São Francisco, inaugurada por Bolsonaro, vaza e 2.000 pessoas são evacuadas

Barragem Jati faz parte de trecho da integração do rio São Francisco inaugurado em junho pelo presidente Jair Bolsonaro.

Cerca de 2.000 pessoas tiveram de ser evacuadas na madrugada deste sábado (22) nas proximidades da Barragem Jati, que fica no município de Jati, na região sul do Ceará (cerca de 530 km de Fortaleza). Na sexta-feira (21), uma tubulação se rompeu e gerou um vazamento na obra, que faz parte do Eixo Norte do Projeto de Integração do rio São Francisco, inaugurado no último dia 26 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Mais cedo, o MDR havia divulgado nota informando que o vazamento estava contido. “A situação no local está estabilizada após o fechamento da comporta”, dizia o texto. “Equipes técnicas da pasta mantêm os trabalhos em campo para verificar danos à estrutura e avaliar necessidades de reparos.”

Contudo, durante a noite os habitantes cujas casas ficam num raio de 2 km da barragem começaram a ser avisados da evacuação por meio de carros de som. Alguns também foram procurados diretamente em casa por profissionais da Defesa Civil e da operadora do reservatório.

Os moradores estão sendo levados para hotéis, pousadas e alojamentos na região. Outros, preferiram ir para casas de parentes e amigos que moram mais distante da barragem.

De acordo com o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), a medida é preventiva e segue o Plano de Ação Emergencial do empreendimento. “A prioridade é garantir a segurança da população”, diz o órgão. “Apesar de o vazamento já ter sido contido, existe a dificuldade de avaliação técnica da estrutura, por conta da falta de iluminação neste momento”

Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará, a Barragem Jati atingiu nesta semana 27.293 milhões de metros cúbicos (98,5 % da capacidade total).

Na última quinta-feira (20), foi feito o acionamento das comportas do reservatório para que ele começasse a abastecer o Cinturão das Águas, que levará as águas do rio São Francisco até o Açude Castanhão, que abastece Fortaleza e outras cidades próximas. A operação ainda estava em teste.

Pelas redes sociais, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) afirmou que mobilizou as equipes da pasta e da Defesa Civil “para as medidas de avaliação de riscos e assistência às famílias”.

“Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, desde os primeiros momentos, estamos em contato permanente com o governador, Camilo Santana, e a prefeita de Jati, Neta de Toim, oferecendo o apoio e cooperação para a superação deste incidente”, disse Marinho.

O ministro também informou que voltou a Jati neste sábado para acompanhar a situação. Na quinta (20), Marinho esteve no local inaugurando a obra.

 

*Com informações da Folha

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Farra verde-oliva: Bolsonaro disponibilizará R$ 107,9 bilhões para os militares em detrimento da educação

Com 113 mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro gastou menos de 8% ( R$ 22 bilhões) dos recursos destinados ao combate direto à doença, diz TCU.

Mas para a pasta militar a farra será grande.

Plano orçamentário para 2021 aumenta drasticamente os recursos para o Ministério da Defesa, em detrimento de pastas cruciais para o desenvolvimento do país.

Dos R$ 107 bilhões de reais previstos, quase R$ 90 bilhões de reais serão destinados ao pagamento de funcionários. Outros R$ 6,6 bilhões de reais serão gastos com “benefícios ao servidor”.

Para se chegar a esse montante para a farra verde-oliva, os militares de Bolsonaro vão abocanhar R$ 55 milhões de reais diretamente da área de Educação a título de pagamento dos oficiais que atuarão no programa de consolidação das escolas militares no Brasil.

 

*Da redação

 

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Bolsonaro fará evento no Planalto para “comemorar” o que chama de vitória contra a covid-19, com 113 mil mortos.

Presidência não forneceu mais informações sobre o que acontecerá no encontro, que está previsto para ocorrer na segunda-feira.

O primeiro compromisso do presidente Jair Bolsonaro na próxima segunda-feira será participar do “Encontro Brasil vencendo a Covid-19“, no Palácio do Planalto. O evento consta na agenda oficial divulgada na noite desta sexta, dia em o número de mortos pela doença no país superou a marca de 113 mil. O Brasil já registrou mais de 3,5 milhões de casos confirmados do novo coronavírus.

Até o momento, a Presidência não forneceu mais informações sobre o que acontecerá no encontro, que está previsto para ocorrer das 11h ao meio-dia, será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pela TV Brasil.

Em seguida, de acordo com a agenda, Bolsonaro receberá o médico Roberto Kalil, a quem o presidente parabenizou durante pronunciamento em abril por ter revelado que foi medicado com a hidroxicloroquina após ser diagnosticado com a Covid-19. O medicamento, que não tem a eficácia cientificamente comprovada, é defendido pelo presidente no tratamento da doença.

Apesar de tratar da pandemia, o evento não deve contar com a presença do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. A pasta informou nesta sexta que, no mesmo horário, ele estará participando de cerimônia de início das operações da unidade de apoio ao diagnóstico da Covid-19 na Fiocruz Ceará.

 

*Com informações de O Globo

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Fachin dá 72 horas para CNMP explicar adiamento de julgamento de Deltan da Lava Jato

Ministro do Supremo Tribunal Federal quer informações sobre pedido de providências apresentado por Lula contra o coordenador da força-tarefa em Curitiba que não foi julgado desde 2016.

O ministro Edson Fachin abriu prazo de 72 horas para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) apresentar manifestação, por meio da Advocacia-Geral da União, sobre os sucessivos adiamentos de julgamento contra o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O despacho foi proferido em ação apresentada nesta sexta, 21, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que quer obrigar o ‘Conselhão’ a julgar Deltan na próxima terça, 25, pela apresentação de power point contra o petista, em 2016. Segundo a defesa do ex-presidente, o pedido de providências apresentado ao conselho teve a análise adiada 42 vezes nos últimos quatro anos.

Lula acusa Deltan de utilizar a estrutura da Procuradoria para posicionamentos políticos e jurídicos durante a coletiva de imprensa em que, ao denunciar Lula no caso do triplex do Guarujá, utilizou um power point para promover ‘reprovável julgamento paralelo e antecipado, com afirmações caluniosas e difamatórias’.

“Em vista das alegações trazidas pelo requerente (Lula), solicitem-se informações da requerida (AGU), no prazo de 72 horas (setenta e duas horas), contadas em dias corridos”, determinou Fachin.

O pedido de providências contra Deltan foi pautado na última sessão do CNMP, na terça, 18, com pedido de preferência. Mesmo assim, o processo não foi julgado e foi adiado para a sessão seguinte. A defesa de Lula questiona os adiamentos sucessivos, alegando que eles aumentam a ‘impunidade’ de Deltan. O petista pediu ao Supremo que defira liminar para garantir a análise do processo na sessão da próxima terça, 25.

Além do pedido de providências de Lula, Deltan responde a outros dois processos no Conselhão por sua atuação na Lava Jato e que pedem sua saída da operação. Ambos foram suspensos na segunda, 17, por ordem do ministro Celso de Mello, do Supremo.

Os casos miravam a conduta do procurador nas redes sociais, ao criticar a condução da eleição para a presidência do Senado no ano passado, e supostas atitudes de promoção pessoal, como, por exemplo, a tentativa de criar uma fundação com recursos obtidos pela Lava Jato.

Celso de Mello apontou em decisão que a remoção de um membro do Ministério Público ‘deve estar amparada em elementos probatórios substanciais’ e em processo com ‘o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa’.

Na mesma segunda, o ministro Luiz Fux decidiu que uma advertência aplicada contra Deltan não deveria ser considerada no julgamento dos processos no Conselhão. Na prática, a liminar ‘limpa’ a ficha do procurador da Lava Jato, dando uma espécie de garantia de ‘bons antecedentes’. O CNMP leva em consideração punições passadas aplicadas aos procuradores e promotores que respondem a processos no órgão.

Deltan recebeu a advertência em novembro de 2019 por oito votos a três. O procurador foi punido pelo Conselhão por afirmar em entrevista de rádio que três ministros do Supremo Tribunal Federal formam uma ‘panelinha’ e passam para a sociedade uma mensagem de ‘leniência com a corrupção’.

 

*Do Estadão

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Avião da FAB é usado para levar garimpeiros ilegais do PA para reunião com ministro Salles em Brasília, diz MPF

Aeronave foi enviada ao sudoeste do estado para operação de combate a crimes ambientais, que acabou não ocorrendo. Segundo o órgão, uso pode configurar “desvio de finalidade”.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga o uso de um avião da Força Área Brasileira (FAB) para transportar garimpeiros ilegais de Jacareacanga, sudoeste do Pará, para uma reunião com o Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, no DF. A aeronave foi enviada, inicialmente, para ser utilizada em operação de combate a crimes ambientais, que acabou não ocorrendo, segundo o órgão.

O MPF afirma que a situação pode configurar improbidade administrativa por desvio de finalidade. Os garimpeiros, ainda segundo a investigação, foram indicados como lideranças indígenas. O G1 solicitou nota da FAB e do MMA e aguarda retorno.

De acordo com o MPF, no início de agosto, a FAB enviou aeronaves para Jacareacanga por solicitação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O transporte foi solicitado para apoiar uma operação de combate a crimes ambientais, sobretudo garimpo ilegal, dentro das terras indígenas Munduruku e Sai Cinza.

A investigação, aberta em Itaituba, sudoeste do Pará, se baseia em documento da FAB que, em resposta a ofício do MPF, confirmou que cedeu, no dia 6 de agosto de 2020, um avião para transportar pessoas indicadas como lideranças indígenas até Brasília.

O transporte teria sido cedido para uma reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que no dia anterior foi até Jacareacanga e se encontrado com garimpeiros alvos da operação do Ibama. À época, o ministro foi cercado por um protesto de garimpeiros.

Em carta enviada ao MPF, lideranças Munduruku negaram que as pessoas transportadas no avião da FAB representassem o povo indígena.

Ainda segundo a carta, o “grupo levado para Brasília era, na verdade, formado por sete moradores defensores dos interesses de garimpeiros” e que atuam na exploração ilegal de minérios no interior da Terra Indígena Munduruku.

Em resposta ao MPF, a FAB informou que a determinação para ceder uma aeronave foi acompanhada de ordem para suspender temporariamente a Operação Verde Brasil 2 na região de Jacareacanga. A FAB disse ainda que apesar de ter sido posteriormente retomada, a operação já não tinha capacidade para combater crimes ambientais, já que os criminosos tiveram tempo para esconder o maquinário pesado que utilizam para devastar a floresta. A FAB concluiu dizendo que a paralisação da operação, assim como o transporte de garimpeiros até Brasília, prejudicaram a efetividade da fiscalização.

Segundo o MPF, o transporte de criminosos pode ter configurado desvio de finalidade, visto que a presença da FAB na região tinha como objetivo apoiar a operação contra crimes ambientais.

 

*Com informações do G1

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BOLSONARO E TRUMP, IRMÃOS SIAMESES: Libertação de Bennon prova que o fascismo não será fácil de ser vencido.

O que a mídia como um todo, incluindo a brasileira, não compreende é que o fascismo, uma vez iniciado, não é de fácil solução, já que seu surgimento se dá sempre em tempos d forte crise e, não por acaso, dificulta ainda mais a solução. Na medida que a crise econômica gera a crise social e o empobrecimento da classe média, a solução pelo ódio sempre parece o mais apropriado, surge disso, as medidas nacionalistas e logo após, as medidas sectárias dentro das próprias nações. A lógica, no final, é apontar o dedo para as minorias institucionais como culpados da situação.

Nos EUA, como bem colocou o candidato democrata Joe Biden, a tempestade perfeita de trêz fortes crises ameaçam a democracia, não só por lá, mas no ocidente como um todo. Trump, assim como Bolsonaro, são fruto desse mesmo ódio gerado por um longo período de crise, por aqui, “bombada” pela Lava Jato e a mídia, que embarcou nessa aventura.

O grande catalizador e fomentador desse ódio foi o estrategista informacional Steve Bennon. Foi dele que saiu a ideia do uso indiscriminado de Fake News e uma extensa rede de difamação contra opositores e o próprio sistema eleitoral. Nesse sentido, Trump e Bolsonaro são irmão siameses.

Bennon, preso por fraude, pagou uma fiança de US$ 5 milhões, o que é “merreca” para os grupos que financiam esse ódio que hoje estão no poder. Em sua saída, disse:

“Eu não vou recuar. Isso foi um ataque político”, disse Bannon em seu podcast, prometendo contra-atacar. “Todo mundo sabe que eu adoro uma briga.”

É óbvio que Bennon vai reagir e sua fala mostra que não haverá luta fácil contra o neo-nazismo ou neo-fascismo mundial, até por que, essa guerra se dá em um campo minado de crise sanitária, econômica, política e institucional (nos EUA).

A queda do fascismo se dará, fundamentalmente, se Trump não se reeleger. Caso Biden seja eleiro, certamente, Bolsonaro também reduzirá sua força e será obrigado a mudar o discurso, reduzindo o ódio e adotando medidas populistas, como forma de reeleger em 2022. Nada será fácil.

Mas, vale uma ressalva. O crise faz renascer o ódio e esse mesmo ódio realimenta a crise, caso esse círculo vicioso não for combatido, a espiral tem grande potencial de levar o planeta a conflitos muito mais sérios que as bravatas de Trump contra China, por exemplo. Vide o nazismo e a Segunda Guerra Mundial.

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Matéria Saúde

Bolsonaro impede entrada de Médicos Sem Fronteiras em áreas indígenas com Covid-19

Organização humanitária tenta atuar em 11 comunidades do Mato Grosso do Sul.

O governo federal impediu que a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) prestasse assistência para prevenir e detectar casos suspeitos de Covid-19 em sete aldeias da tribo indígena Terena, no Mato Grosso do Sul.

A organização apresentou um plano de trabalho para atuar em comunidades indígenas da região de Aquidauana e Anastácio, em Mato Grosso do Sul, com atendimento a cerca de 5 mil pessoas.

O Ministério da Saúde, no entanto, autorizou a ação apenas na aldeia de Aldeinha, não listada pela entidade, com cerca de 400 indígenas, informou a organização na última quinta-feira 20.

De acordo com os indígenas, o veto partiu da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), vinculada ao Ministério da Saúde, que é presidida por Robson Santos da Silva, um coronel da reserva do Exército. Pela legislação brasileira, ações de saúde em terras indígenas precisam ser autorizadas pela União.

Em suas redes sociais, a coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara, afirmou que 93% das mortes de índios provocadas pelo coronavírus em Mato Grosso do Sul se concentram na etnia Terena.

Em menos de um mês, o aumento de mortes foi de 580%, segundo Guajajara. “A proibição da Sesai sobre o trabalho da MSF pode agravar os casos de contaminação na região”, declarou.

Diante à negativa inicial, a MSF apresentou uma nova proposta de trabalho para atuar em apoio aos indígenas. A organização afirma que incluiu a aldeia de Aldeinha, conforme autorização do Ministério, e incluiu mais três, além das sete anteriores, totalizando onze aldeias, e ampliando a capacidade de atendimento para cerca de 6 mil pessoas.

“A nova proposta prevê a realização de ações coordenadas com o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) de MS, contemplando visitas a comunidades com profissionais de saúde, com foco na prevenção e detecção de casos suspeitos de Covid-19, encaminhamento dos doentes para tratamento e apoio em saúde mental para comunidades e trabalhadores de saúde locais”, afirma a organização em nota publicada em seu site oficial.

“A proposta de MSF é atuar de forma flexível e coordenada com as autoridades locais. Vale também assinalar que a organização tem plena consciência da necessidade de evitar a expansão do contágio em territórios indígenas. MSF possui rigorosos protocolos de prevenção e controle de infecções que vem aplicando com êxito durante seu trabalho de combate à COVID-19 em todo o mundo”, acrescentou a MSF.

Ao portal UOL, o assessor jurídico da APIB, Eloy Terena, disse que o pedido de ajuda partiu dos próprios caciques porque “a Sesai não está tendo condições de atender a demanda”.

Com o impasse, os profissionais de saúde de MSF estão parados na região, aguardando uma solução.

A MSF faz um apelo em sua nota. “Esperamos que as autoridades ouçam os pedidos das comunidades atingidas e autorizem imediatamente o ingresso de nossas equipes nos territórios. Nossa experiência com a doença nos impele a pedir urgência na emissão da autorização e superação de obstáculos administrativos para que mais vidas possam ser salvas”.

Segundo a prefeitura de Aquidauana, são 648 casos de infecção pelo novo coronavírus nas comunidades indígenas, com 18 óbitos. Mesma quantidade entre moradores não índios.

 

*Com informações da Carta Capital

 

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Russia poderá exportar vacina contra Covid-19 a partir de março.

Segundo ministro da Indústria e do Comércio da Rússia, a vacina contra Covid-19, produzida no país, poderá ser exportada a partir de março de 2021.

Na semana passada, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra Covid-19, batizada de Sputnik V. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e atualmente está passando pela terceira fase dos testes.

A exportação da vacina russa contra o coronavírus pode começar em março de 2021, depois que sua produção na Rússia se estabilizar, disse aos jornalistas nesta sexta-feira (21) o ministro da Indústria e do Comércio, Denis Manturov.

“Com toda certeza, provavelmente será na primavera [a partir de março no hemisfério Norte] do próximo ano, se falamos de exportação. Será quando já alcançaremos um volume suficiente de produção em nosso país”, disse Manturov.

*Sputnik

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A justiça vai cobrar explicações de Dallagnol por R$ 2,5 bilhões da Petrobras?

Nesta quinta-feira, acordamos com a notícia de que Steve Bannon, por ter desviado dinheiro de doação privada para a construção do tal muro entre México e EUA, foi preso. Mais tarde, chega a notícia de que ele pagou fiança no valor de US$ 5 milhões, ou seja, referente a aproximadamente R$ 25 milhões e responderá em liberdade por seu crime.

Já passa de um ano e meio que, assim do nada, caiu na conta de Deltan Dallagnol a bagatela de R$ 2,5 bilhões da Petrobras e até hoje ele sequer foi acionado pela justiça para dar explicações desse milagre que faz, como em um magnífico sonho, aparecer em sua conta, através de caminhos subterrâneos, essa montanha de dinheiro público que se transformaria em uma suposta fundação privada a ser gerida pelos procuradores da Lava Jato para, segundo eles, combater a corrupção, com o aplauso de Moro, já ministro da Justiça e Segurança Pública.

Para se ter ideia da gravidade do fato, é só imaginar o carnaval que a Globo faria se descobrisse que, ao arrepio da lei, R$ 2,5 bilhões desapareceriam dos cofres da Petrobras e, de forma esplendorosa, apareceriam na conta de Lula ou de Dilma. Imagina você adormecer e, quando acordar, dar de cara com esse montante em sua conta corrente em nome de um idealismo absoluto de combate à corrupção.

O que faria a fauna inteira do jornalismo de banco se um fantasma qualquer saísse das névoas assoviando e, por molecagem, colocasse essa grana toda na conta de Lula para ele criar um instituto?

Pois bem, Raquel Dodge, PGR na época, por pressão da sociedade, abortou a picaretagem e o STF, tomando ciência da malandragem, sequestrou os R$ 2,5 bi que repousavam na conta de Dallagnol à espera da melhor oferta de rendimento dos bancos.

Mas, e depois disso, o que aconteceu? Ficou elas por elas e não se fala mais no assunto, deixando os brasileiros boquiabertos com o corporativismo que, simplesmente, aboliu essa história tenebrosa que até hoje cheira a chulé nos anais da justiça paratatá.

Então, é assim? Esse absurdo de dinheiro público vai parar na conta de um procurador como uma azeitona na empada e a justiça ignora o fato, porque o procurador dos procuradores “equivocou-se” do caminho da legalidade dando uma rosca nos tentáculos do próprio Ministério Público para esse dinheiro azeitar a sua conta?

Quando já se ouviu falar numa história como essa em que um procurador federal se locupleta desse monumento de recursos públicos e sequer é incomodado pela justiça de seu país? Que belo tipo de justiça nós temos! Com que higiene moral a nossa bíblica justiça nos brinda com esses direitos particulares que os procuradores gozam nesse país?

Se isso não é um anacronismo “padrão supremo” do próprio sistema de justiça brasileiro a partir da graça do malfeitor, eu não sei o que é. A única coisa que sei é que essa história mofa, cheirando a podre dentro do STF e da própria PGR, sem que a sociedade seja devidamente informada no que deu essa belezura de picaretagem, foi devidamente encerrada.

Uma coisa é certa, Dallagnol não teve que pagar qualquer fiança como Steve Bannon para responder pelo crime em liberdade, porque, pelo jeito, a coisa foi amarrada de tal forma que esse absurdo que provocou azia na sociedade, sequer fosse considerado crime pela Corte da justiça nativa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas