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Sede, fome extrema e tortura: palestino denuncia como é ser prisioneiro político em Israel

Cerca de 10 mil palestinos estão hoje isolados em prisões sem perspectivas de sair

O mundo olha nesta terça-feira (7 de outubro) para a marca trágica de dois anos de genocídio na Faixa de Gaza. Violências de todo o tipo, ao lado de ações que inviabilizam a vida no território palestino como a fome e a sede induzidas, os corpos quebrados e fraturados que não têm assistência médica de pessoas condenadas ao confinamento, em um local onde a morte pode acontecer a qualquer segundo, se tornaram a rotina diária para a impotente comunidade internacional que não conseguiu brecar Israel.

Mas todos os elementos usados pelos militares israelenses em Gaza já vinham sendo empregados pelas forças de segurança de Israel nos porões do sistema prisional do país, onde são enviados palestinos considerados resistência à ocupação que é considerada ilegal pela ONU. Tortura física e psicológica, médicos torturadores, dieta de matar de fome, falta de água ou disponível apenas em privadas, para humilhar, ausência de luz solar, informação do mundo exterior e impossibilidade de direito a defesa são alguns dos elementos disponibilizados pelos israelenses para os palestinos presos.

O Brasil de Fato ouviu um deles, identificado pelo nome fictício de Hassan para proteger a identidade do jovem que passou cinco anos nos porões da Al-Moskobiya, prisão famosa pelos maus-tratos a palestinos, incluindo crianças. Abaixo, um raro vislumbre da realidade vivida por cerca de 10 mil conterrâneos de Hassan, que classifica a experiência como “a definição real do inferno”:

Brasil de Fato: O que pode nos contar sobre o tempo em que esteve preso?

Hassan: Fui preso duas vezes. Uma em 2017 e outra em 2019. Eu cumpri quase 5 anos de prisão. A última vez foi de 2019 a 2023. Fui solto em meados de 2023. E eu me mudei. Estive detido em muitas prisões. A principal é a Al-Moskobiya, que é o centro de interrogatório. Fica em Jerusalém. Então, é bom e ruim. É ruim porque é um centro de interrogatório que fica no subsolo, sem sol. As celas são como túmulos e sempre há tortura, tortura física e psicológica. Mas a parte boa desse lugar é que você está perto de Jerusalém, da cidade velha.

Nós, como palestinos, não temos acesso. Nós não temos o direito, ou melhor, não é que não tenhamos o direito. Nós temos o direito, mas não temos acesso ou permissão para visitar Jerusalém. Então, pelo menos nós visitamos enquanto estamos algemados e vendados. Pelo menos é algo, significa algo para nós.

Você sofreu alguma tortura?

Eu fui submetido à tortura e a interrogatórios por mais de três meses. E sim, fui torturado fisicamente pelo Shin bet, a inteligência israelense. Durante esse tempo, fui interrogado. Terminei o interrogatório, fui para a prisão e fui sentenciado em um tribunal militar que, do nosso ponto de vista como palestinos, é um tribunal ilegal, porque não há um parlamento que lhes dê leis para operar.

Este tribunal militar faz parte da ocupação. O juiz não usa um terno preto, ele usa um colete militar. A taxa de condenações neste tribunal militar é de 99,7%. Então, você é culpado antes de ir para o tribunal. Fui condenado por muitas acusações, principalmente pelo meu papel de oposição e organização contra a ocupação, e fui sentenciado a quatro anos de prisão.

Durante esse tempo, conheci milhares de prisioneiros políticos palestinos que buscam lutar contra o sistema prisional e também sobreviver. Muitas pessoas lá tentam se exercitar, praticar esportes e coisas do tipo. Muitos prisioneiros políticos agora são escritores e têm um sistema educacional de autoaprendizagem.

Com o tempo, após greves de fome e anos de luta contra o sistema prisional, os prisioneiros conseguiram conquistar alguns direitos. Um deles é TV, rádio, o direito de receber visitas da família e o direito a uma melhor qualidade e quantidade de comida.

Com o tempo, os prisioneiros políticos conseguiram transformar a prisão de um lugar que poderia te suprimir para um lugar que poderia te motivar e lhe tornar mais forte e bem-educado. Tornou-se uma escola política revolucionária. Então, eu acho que o que torna o movimento dos prisioneiros políticos palestinos incrível é a conexão forte que eles têm uns com os outros, a solidariedade e a relação militante que eles têm para sobreviver àquele tempo.

Infelizmente, depois de 7 de outubro, tudo que mencionei, como os direitos que os prisioneiros conquistaram através da luta, de greves de fome e de muitos mártires que foram mortos nesse processo, todos esses direitos desapareceram ou se esvaíram. Agora, cada prisioneiro recebe 500 calorias de comida por dia. Apenas isso.

Apenas 500 calorias por dia? A recomendação da OMS é de 2,4 mil…

Sim. Se você vir as fotos deles, como eles entram e como saem, é como a definição real do inferno. Se você quiser imaginar o inferno como um ser humano, apenas olhe para as prisões israelenses. Se você quiser imaginar o sofrimento de qualquer ser humano, apenas olhe para os prisioneiros palestinos.

Agora, muitos dos prisioneiros estão sendo torturados diariamente sem motivo. Não é parte do interrogatório. É apenas parte do desejo deles de quebrar as pessoas. Eles querem quebrar suas almas e sua vontade para que não se oponham à ocupação de forma alguma. Muitos deles têm as costelas quebradas, o nariz quebrado, as mãos quebradas. Muitos, muitos prisioneiros.

Então, depois deste 7 de outubro, essa ideia de organização dos prisioneiros…

Todos os líderes dos prisioneiros políticos das facções são torturados e enviados para o confinamento solitário. Eles não veem nenhum ser humano por anos, estão apenas sozinhos em suas celas sendo torturados todos os dias. E há uma ameaça existencial em suas vidas por causa da forma como os guardas prisionais os tratam diariamente.

Eles os espancam todos os dias. Não lhes fornecem comida nem cuidados de saúde. Há muitos testemunhos do Mascobia, que é o centro de interrogatório em Jerusalém, de que os prisioneiros foram forçados a beber água do vaso sanitário. Eles estão tentando nos humilhar de todas as formas e por todos os meios.

Há prisioneiros que foram ao tribunal e você pode ver pelos seus lábios que eles estão com sede há dias, que não beberam água porque são forçados a beber água do vaso sanitário. Isso mostra o quão sádico é o sistema judicial prisional de Israel.

Esses prisioneiros, eles sabem sobre essas trocas entre o Hamas e o governo de Israel?

Não, eles não sabem das notícias, prisioneiros que foram libertados não sabiam que seriam libertados. Os guardas prisionais disseram a eles que os transfeririam da prisão B para a prisão A; não disseram que os libertariam e os mantiveram na incerteza até o último segundo.

Os prisioneiros não têm defesa, os advogados não podem visitá-los, com algumas exceções aqui e ali. A Cruz Vermelha não pode visitá-los. Suas famílias não podem visitá-los; a última vez que viram seus filhos foi anos atrás, não há rádio ou TV. A única maneira de receber notícias é através dos guardas. Essa é a única maneira, é terrível.

Há prisioneiros lá desde 1998 e um deles me disse algo como: ‘Eu estava na prisão antes da queda do Muro de Berlim, ou antes do colapso da União Soviética e ainda estou na prisão. Olhe o que aconteceu no mundo.’ Há prisioneiros políticos com sentenças altas, como prisão perpétua ou 25, 30 anos. A maioria deles está na prisão há no mínimo 20 anos. Alguns há 25, outros 30, 35 anos.

Como é a vida deles depois de serem libertados?

Dos 600 que foram libertados, 300 foram soltos na Cisjordânia e estão basicamente vivendo em uma situação onde qualquer coisa que façam, mesmo algo social, pode levá-los a uma nova prisão. Alguns que cumpriram 25 anos de prisão foram libertos por dois ou três meses e depois foram presos novamente.

Na Cisjordânia?

Sim, na Cisjordânia. E alguns foram massacrados, bombardeados e mortos pelo regime israelense [após sair da prisão]. Outros foram exilados para fora da Palestina. Eles foram primeiro para o Egito.

Eles estão no exílio por ordem de Israel ou por vontade própria? Eles escolheram partir?

Não, Israel decidiu. Não foram eles. Eles não escolheram o exílio. Todos eles queriam ficar onde viviam com suas famílias, porque agora eles estão no Egito e os sionistas israelenses não permitiram que suas famílias deixassem a Cisjordânia para encontrá-los. Então, eles estão vivendo sozinhos no Egito agora.

No Egito, eles estão vivendo em um hotel fornecido pela inteligência egípcia, sob a justificativa de que a inteligência quer proteger os prisioneiros políticos de qualquer ameaça. Então, eles vivem em um hotel, basicamente em uma prisão a céu aberto, porque não podem sair do hotel exceto talvez por 1 hora por semana.

Só com autorização da ordem egípcia?

Eles precisam de permissão para sair. Dos 300, aproximadamente 150 deixaram o Egito para diferentes países, como 50 para a Turquia, 30 para a Argélia, 20 para a Espanha. E sim, eles estão vivendo no Egito agora em condições muito difíceis. Não podem sair do hotel e não podem continuar suas vidas e se reunir com suas famílias. Depois de 25 anos de prisão, eles ainda têm que sofrer mais e mais vivendo em uma prisão.


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Vídeo: Ativistas da Flotilha para Gaza denunciam “fomos tratados como animais”

Ativistas internacionais da flotilha Global Sumud, que partiu de Barcelona em setembro de 2025 com o objetivo de entregar ajuda humanitária a Gaza — um território palestino que enfrenta fome extrema segundo a ONU —, foram interceptados por forças militares israelenses em águas internacionais, a cerca de 88 km da costa de Gaza.

A operação resultou na detenção de mais de 400 pessoas de dezenas de países, incluindo políticos, jornalistas e ativistas como a sueca Greta Thunberg e a brasileira deputada do PT, Luizianne Lins.

Após a interceptação, os ativistas relataram terem sido submetidos a violência física e psicológica durante a detenção. O político italiano Paolo Romano, conselheiro regional da Lombardia, descreveu que os barcos foram abordados por embarcações militares israelenses, forçando os ocupantes a se ajoelharem com as mãos algemadas por zip-ties por horas, sofrendo agressões se se movessem, insultos, ameaças com armas e negação de água e medicamentos.

“Fomos tratados como animais”, afirmou Romano ao chegar ao aeroporto de Istambul, para onde 137 detidos (incluindo 36 turcos) foram deportados em um voo fretado pela Turkish Airlines no dia 4 de outubro.

A ativista malaia Iylia Balais, de 28 anos, chamou a experiência de “a pior da vida”, relatando algemas que impediam a caminhada, obrigações de deitar de bruços no chão e recusa de necessidades básicas. Outros depoimentos incluem humilhações, como a suposta separação de Thunberg para fotos com a bandeira israelense, e condições precárias em prisões, com denúncias de falta de acesso a advogados e tratamento médico.

Israel confirmou as deportações em postagens no X (antigo Twitter), referindo-se aos ativistas como “provocadores da flotilha Hamas-Sumud” e negando violações de direitos, afirmando que ofereceu deportação voluntária e que os direitos legais foram respeitados.

O governo turco classificou a ação como “ato de terrorismo”, elogiou os ativistas por darem “voz à consciência humana” e iniciou uma investigação. Críticas internacionais vieram de países como Turquia, Colômbia, Paquistão e Grécia, com protestos em várias cidades europeias.

Até o momento, dezenas de ativistas permanecem detidos em Israel, com mais deportações em andamento.


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Brasil Mundo

Lula sendo Lula

Trump disse, “Tive uma ótima conversa com o presidente Lula do Brasil. Gostei da conversa e EUA e Brasil se darão bem juntos. Vamos nos encontrar em breve!”

Esse post foi compartilhado por volta do meio-dia (horário de Washington) e destaca o tom positivo da ligação de cerca de 30 minutos.

Trump enfatizou a “boa química” entre os dois líderes, ecoando comentários que ele já havia feito após o encontro breve na ONU em setembro.

Reconciliação diplomática
Lula conseguiu estabelecer um canal direto com Trump, algo que ele havia descartado publicamente em agosto de 2025, quando disse que “não ligaria para Trump” porque “ele não quer conversar”.

A troca de números de telefone e o tom “amigável” da ligação mostram uma reaproximação após meses de tensões devido às tarifas de 40% e 50% impostas pelos EUA e às sanções contra autoridades brasileiras (como Alexandre de Moraes).

O fato de Trump ter postado no Truth Social que “gostou da conversa” e que “EUA e Brasil se darão bem juntos” reforça a percepção de que Lula conseguiu suavizar as relações, algo que parecia improvável semanas atrás.

Avanço em pautas sensíveis
Lula pediu a remoção das tarifas comerciais impostas pelos EUA em retaliação à perseguição judicial contra Jair Bolsonaro. Embora não haja confirmação imediata de que Trump cedeu, o tom positivo da conversa e o compromisso de uma reunião presencial (possivelmente na cúpula da ASEAN na Malásia) sugerem que negociações estão em curso.

Isso pode ser visto como um passo diplomático importante para Lula, que enfrenta pressão doméstica para proteger a economia brasileira.

A discussão sobre sanções contra figuras como Moraes também coloca Lula em uma posição de mediador, o que pode fortalecer sua imagem como líder global capaz de dialogar até com adversários ideológicos.

O telefonema pode ser considerado uma vitória política para Lula, especialmente por estabelecer diálogo direto com Trump, suavizar tensões e abrir caminho para negociações sobre tarifas e sanções.

A percepção pública no Brasil e a narrativa do governo reforçam essa visão, com o Planalto destacando a ligação como “construtiva”.


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Por que o genocídio em Gaza não tem nada a ver com o ataque do Hamas

Israel impõe restrições à pesca em Gaza por meio de um bloqueio naval desde 2007, limitando a zona permitida (que varia de 3 a 15 milhas náuticas ou até proibição total em 2025).

Há relatos de incidentes em que a marinha israelense atira em pescadores que ultrapassam esses limites, resultando em mortes e ferimentos.

Relatos consistentes de organizações como a ONU, Human Rights Watch e grupos locais documentam incidentes em que a marinha israelense dispara contra pescadores que ultrapassam os limites ou se aproximam deles, resultando em mortes, ferimentos e danos a embarcações.

Por exemplo, relatórios de 2020-2024 indicam casos de pescadores mortos ou feridos, com embarcações confiscadas ou destruídas.
Em 2025, a situação permanece tensa, com restrições agravadas em períodos de limpeza étnica.

Não há dados precisos de 2025 nos resultados disponíveis, mas o padrão histórico sugere continuidade desses assassinatos de Israel a sangue frio.

O sofrimento humano gerado pela monstruosidade dessas ações sionistas é inegável e injustificável para qualquer ser minimamente decente.


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Explode a pressão da opinião pública internacional contra as ações criminosas de Israel

Sim, a pressão da opinião pública internacional contra as ações de Israel, especialmente após a interceptação da Flotilha Global Sumud em 1º de outubro de 2025, tem crescido de forma exponencial nos últimos dias.

Relatos de maus-tratos a ativistas, como os envolvendo Greta Thunberg, e o contexto mais amplo do bloqueio a Gaza (que agravou a fome e o sofrimento de milhões de palestinos) estão mobilizando protestos globais, greves e mudanças em pesquisas de opinião.

O que se sabe até aqui, 5 de outubro de 2025, com base em fontes recentes, focando em como isso se traduz em pressão concreta contra o governo israelense revelam um engajamento gigantesco que berra aos quatro cantos da terra contra os assassinos sionistas.

Protestos e mobilizações em massa se agigantaram depois da interceptação de mais de 40 embarcações e a detenção de cerca de 450 ativistas (incluindo Thunberg, o neto de Nelson Mandela e parlamentares de vários países) gerou uma onda de indignação.

Itália

O epicentro da resistência. Sindicatos como a CGIL convocaram uma greve geral nacional em 3 de outubro, paralisando o país, centenas de trens cancelados, voos atrasados e escolas fechadas.

Mais de 2 milhões de pessoas saíram às ruas em Roma, Milão e outras cidades, com slogans como “Pare o genocídio” e “Liberdade para a Flotilha”.

Uma pesquisa de setembro mostrou que 73% dos italianos acreditam que Israel comete genocídio em Gaza, pressionando o governo de Giorgia Meloni a reconsiderar sua posição pró-Israel.

Espanha

Em Barcelona (ponto de partida da flotilha), 15 mil manifestantes marcharam no dia 3, gritando “Gaza, você não está sozinha” e “Boicote a Israel”.

A prisão da ex-prefeita Ada Colau e a deputada do PT, Luizianne Lins, ambas detidas na ação, amplificou as denúncias de violações.

Outros países

Protestos eclodiram em mais de 20 cidades globais, incluindo Atenas (Grécia), Bruxelas (Bélgica), Ancara (Turquia), Buenos Aires (Argentina), Cidade do México (México), Karachi (Paquistão) e Nova York (EUA).

Na Turquia, o presidente Erdogan condenou a “agressão israelense” em discurso oficial, chamando-a de “bandidagem”.

Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro rompeu o acordo de livre comércio com Israel e exigiu a libertação de dois ativistas colombianos.
No Brasil, há mobilizações em solidariedade, com posts no X (antigo Twitter) denunciando “sequestro” e “tortura” aos ativistas, incluindo os 10 brasileiros detidos.

Pesquisas recentes mostram uma reversão drástica no apoio a Israel, especialmente nos EUA e Europa.

Nos EUA, 60% dos eleitores querem fim da campanha militar israelense em Gaza, mesmo sem libertação de reféns; 40% acreditam que Israel mata civis intencionalmente (dobrou desde 2023). Maioria opõe-se a mais ajuda militar/econômica.

Na Europa como um todo, crescente apoio a boicotes e sanções; protestos pela flotilha amplificam críticas ao bloqueio como “ilegal”.

Essa mudança é atribuída à visibilidade da flotilha: vídeos de Thunberg detida e relatos de “humilhação” (como forçá-la a segurar e beijar a bandeira israelense) viralizaram, transformando o incidente em símbolo de impunidade israelense.

Condenações oficiais

Turquia, África do Sul, Brasil (via ONU) e Colômbia chamaram a interceptação de violação ao direito internacional.

A Anistia Internacional acusou Israel de desprezo às ordens da CIJ (Corte Internacional de Justiça), que exige fim do bloqueio humanitário.

Pressão diplomática

A ONU e a UE pedem investigações independentes sobre os maus-tratos; a relatora especial Francesca Albanese criticou a abandono do governo italiano aos ativistas.

Resposta de um criminoso israelense

O ministro Itamar Ben-Gvir chamou os ativistas de “apoiadores do terrorismo” e elogiou as “condições covardes” nas prisões, o que só aumentou a backlash.

Israel como sempre nega torturas, alegando que os barcos eram “vazios de ajuda real” e cheios de “propaganda do Hamas”.

No X, hashtags como #IsraelTerroristState e #FreeTheFlotilla estão trending em português e inglês.

Se isso continuar, pode isolar Israel diplomaticamente.

Imagine se mais países seguirem a Colômbia no boicote.


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O Plano de Trump para Gaza

Cabe aos palestinos responder se aceitam ou não o plano de Trump.

Mas não vejo como aplaudir a proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos no dia 29 de setembro.

Leia a proposta:

1. Gaza será una zona desradicalizada, libre de terrorismo, que no representará ninguna amenaza para sus vecinos.

2. Gaza será reurbanizada en interés de la población de Gaza, que ya ha sufrido lo suficiente.

3. Si ambas partes aceptan esta propuesta, la guerra terminará inmediatamente. Las fuerzas israelíes se retirarán hasta la línea acordada para preparar la liberación de los rehenes. Mientras tanto, se suspenderán todas las operaciones militares, incluidos los bombardeos aéreos y de artillería, y las líneas del frente permanecerán congeladas hasta que se den las condiciones necesarias para una retirada completa por etapas.

4. En las 72 horas siguientes a la aceptación pública de este acuerdo por parte de Israel, todos los rehenes, vivos o muertos, serán devueltos.

5. Una vez liberados todos los rehenes, Israel liberará a 250 presos condenados a cadena perpetua, así como a 1.700 gazaíes detenidos desde el 7 de octubre de 2023, incluidas todas las mujeres y todos los niños detenidos en este contexto. Por cada rehén israelí cuyos restos sean devueltos, Israel devolverá los restos de 15 gazaíes fallecidos.

6. Una vez liberados todos los rehenes, los miembros de Hamás que se comprometan a coexistir pacíficamente y a entregar sus armas se beneficiarán de una amnistía. A los miembros de Hamás que deseen abandonar Gaza se les ofrecerá un paso seguro a países de acogida.

7. Tan pronto como se acepte este acuerdo, se enviará inmediatamente la ayuda completa a la Franja de Gaza. Las cantidades de ayuda serán, como mínimo, las previstas en el acuerdo del 19 de enero de 2025 sobre ayuda humanitaria, incluida la rehabilitación de infraestructuras (agua, electricidad, alcantarillado), la rehabilitación de hospitales y panaderías, y la entrada del equipo necesario para retirar los escombros y abrir las carreteras.

8. La distribución y la ayuda en la Franja de Gaza se llevarán a cabo sin interferencia de ninguna de las dos partes, a través de las Naciones Unidas y sus agencias, la Media Luna Roja y otras instituciones internacionales que no estén asociadas de ninguna manera con ninguna de las dos partes. La apertura del paso de Rafah en ambos sentidos se someterá al mismo mecanismo que el aplicado en el marco del acuerdo del 19 de enero de 2025.

9. Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones.

Comentário

Deixarei de lado o estilo, a pegada de incorporador imobiliário, o passar o pano nos crimes cometidos pelo Estado de Israel e o desequilíbrio geral.

Deixarei de lado, também, o estilo ultimatum.

E, principalmente, deixarei de lado a pegada chantagem de gangster (“tenho uma pistola na tua nuca, se você não concordar, atirarei”).

Vou me focar só numa questão de princípio: a soberania.

O que Trump está propondo é estabelecer um protetorado sob sua gestão pessoal.

Leiam: “Gaza será gobernada en el marco de una gobernanza transitoria temporal por un comité palestino tecnocrático y apolítico, encargado de garantizar el funcionamiento diario de los servicios públicos y los municipios para la población de Gaza. Este comité estará compuesto por palestinos cualificados y expertos internacionales, bajo la supervisión y el control de un nuevo órgano internacional de transición, el «Consejo de Paz», dirigido y presidido por el presidente Donald J. Trump, con otros miembros y jefes de Estado que se anunciarán más adelante, entre ellos el ex primer ministro Tony Blair. Este organismo establecerá el marco y gestionará la financiación de la reconstrucción de Gaza hasta que la Autoridad Palestina haya completado su programa de reformas —tal y como se describe en diversas propuestas, entre ellas el plan de paz del presidente Trump de 2020 y la propuesta franco-saudí— y pueda retomar el control de Gaza de forma segura y eficaz. Este organismo aplicará las mejores normas internacionales para crear una gobernanza moderna y eficaz, al servicio de la población de Gaza y capaz de atraer inversiones”.

O controle sobre Gaza não será da população palestina, não será da Autoridade Palestina.

Será de um “Conselho de Paz”, dirigido e presidido por Trump.

Um “novo órgão internacional de transição”, constituído a la carte, que controlará as coisas até que a Autoridade Palestina tenha feito o dever de casa e possa “retomar o controle de Gaza de forma segura e eficaz”.

Trata-se de um protetorado.

Ou seja, é uma espécie de regresso ao princípio da história.

Aliás, ter o “poodle” Tony Blair à cabeça da coisa só reforça a lembrança do protetorado britânico sobre a Palestina.

Que o ministro Mauro Vieira tenha dito que o Brasil “aplaude” este plano e que ele estaria “alinhado com posições históricas do Brasil” só demonstra como são diferentes os critérios adotados para avaliar o que é soberania nacional.

Cabe aos palestinos, que estão na linha de fogo, decidir o que fazer.

Mas não há como não dizer que a proposta de Trump perpetua a causa de fundo da situação: a ocupação colonial.

PS. a interceptação da flotilha que rumava em direção a Gaza, feita em águas internacionais, é mais um dos inúmeros crimes cometidos pelo Estado terrorista de Israel, a maior “amenaza para sus vecinos” que existe na região.

*Por Valter Pomar, em seu blog


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A tragédia argentina chamada Javier Milei

O “Espetáculo Econômico” de Milei Verdades e Números

É, o governo de Javier Milei continua entregando um show à parte na economia argentina, daqueles que misturam drama, imprevisibilidade e altas doses de ironia.

O dólar “disparando”, ou melhor, o peso despencando, dependendo do ângulo, e a Bolsa de Buenos Aires, o MERVAL, como estrela principal do pior desempenho global em 2025.

Vamos aos fatos concretos, com base nos dados mais recentes, de 3 de outubro de 2025, para contextualizar esse circo do descabelado.

O Dólar, Inflação, Desvalorização e o “Blue” em Alta. O “dólar blue” o informal, que é o que realmente importa paea o dia a dia dos argentinos, fechou nesta quinta (02) em torno de 1.450 pesos, um salto de cerca de 1% só no dia anterior e uma escalada de mais de 20% desde janeiro de 2025.

Isso reflete a pressão contínua sobre o peso, com a taxa oficial, controlada pelo BCRA, por volta de 1.000-1.100 ARS/USD, mas ninguém liga pra ela – o blue é o rei.

Por quê? Milei prometeu estabilizar a inflação com cortes radicais de gastos, mas o ajuste fiscal ainda não domou o monstro. A inflação anualizada está na casa dos 200-250%, apesar de ter caído de picos de 300% em 2024.

O FMI elogia o superávit primário, mas o mercado sente o tranco da desvalorização controlada.

Resultado, argentinos correm para o blue para se protegerem, e o dólar dispara como foguete.

Aqui vai o creme do bolo? o índice MERVAL, em dólares, realmente está fazendo história, c,laro pra pior.

De janeiro a outubro de 2025, ele acumulou uma queda de mais de 50% em USD, partindo de um pico de cerca de 2.450 pontos em dezembro de 2024 para os atuais 1.800 em abril, com continuação da sangria até agora.

Em pesos, o índice subiu um pouquinho (tipo 1-2% no ano), mas ajustado pela desvalorização do peso? Desastre total.

E o título de pior do planeta? Confirmado.

Num ranking global de bolsas em 2025, via MSCI e Morningstar, o MERVAL lidera, ou melhor, fecha a lanterna entre emergentes e desenvolvidos, batendo até bolsas em crise como a Turquia ou o Egito.

Enquanto Europa, Grécia +25%, Polônia +18% e Ásia, Coreia do Sul +15%, surfam na alta, Buenos Aires afunda com energia, bancos e utilities, setores que Milei “reformou” à la motosserra.

Mas o eleitorado sente o osso. Desemprego em 8-10%, recessão técnica e protestos nas ruas.

Se o FMI soltar mais grana, e há negociações em curso, pode estabilizar; senão, 2026 pode ser o bis desse espetáculo.

Ironia suprema. Enquanto o MERVAL sangra, cripto e ouro explodem na Argentina como hedge.


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Brasil Mundo

Ministro israelense defende prisão ‘por meses’ para ativistas da Flotilha humanitária

Itamar Ben-Gvir diz que deportação é ‘erro’ e pede detenção a longo prazo; Itamaraty visitará brasileiros sequestrados em Israel

O ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultradireitista Itamar Ben-Gvir, afirmou nesta sexta-feira (03/10) que deportar os ativistas da Flotilha Global Sumud (GSF) — que se dirigia a Gaza para romper o cerco ilegal e levar ajuda humanitária — é um erro, defendendo que deveriam ser presos por vários meses.

“Acho que eles devem ficar aqui por alguns meses em uma prisão israelense, para que se acostumem com o cheiro da ala terrorista”, declarou Ben-Gvir em uma publicação no X. Ele argumentou que, ao simplesmente repatriá-los, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estaria incentivando os ativistas a “voltarem repetidamente”.

Nesta sexta (03), foi confirmada a interceptação do último navio que tentava romper o bloqueio, o Marinette. Pouco antes de os soldados israelenses assumirem ilegalmente o controle, integrantes da tripulação do barco de ajuda humanitária gritavam palavras de apoio a Gaza. “Do mar a Gaza, não nos esqueceremos de vocês”, foram as frases registradas em vídeo compartilhado pelo Middle East Eye.

Mais de 40 embarcações da GSF foram interceptadas pelo exército israelense na quarta-feira (02/10) e levadas para a prisão de Ktziot, antes da deportação. Localizada no deserto de Negev, no sul de Israel, a prisão tem uma longa reputação por maus-tratos.

 

Em um relatório de 2025 intitulado “Bem-vindo ao Inferno”, o grupo israelense de direitos humanos B’Tselem documentou casos de 12 palestinos detidos no local, citando falta de comida e água, espancamentos severos e incidentes de abuso sexual entre os crimes sofridos pelos presos.

O status de dois membros da delegação brasileira, João Aguiar e Miguel de Castro, anteriormente desaparecidos, foi atualizado para “interceptados por Israel”. Aguiar estava a bordo do Mikeno, navio que conseguiu romper o cerco e alcançar as águas de Gaza, mas foi interceptado antes de atingir a costa do território.

Também foi confirmada a detenção de outros doze integrantes da delegação brasileira: Thiago Ávila, no Alma; Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, a vereadora Mariana Conti e Nicolas Calabrese, no Sirius; Ariadne Telles e Mansur Peixoto, no Adara; Gabriele Tolotti (presidente do PSOL-RS) e Mohamad El Kadri, no The Spectre; Lucas Gusmão, no Yulara; e a .deputada federal Luizianne Lins, no Grand Blue.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou nesta quinta-feira (02/10) que uma equipe da embaixada do Brasil em Israel visitará os brasileiros detidos pelo governo israelense, que estavam nos barcos da Flotilha Global Sumud (GSF) rumo à Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo chanceler durante reunião com parlamentares, em Brasília.

A visita está prevista para sexta-feira (03/10), um dia após o feriado judaico de Yom Kippur, que paralisa o atendimento consular. De acordo com o Itamaraty, seus representantes verificarão as condições de segurança dos brasileiros detidos, prestarão assistência médica e jurídica e acompanharão os procedimentos legais.

*Opera Mundi


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Mundo

Nos EUA, os ventos mudaram a favor da Palestina

Segundo o NYT, pesquisas nos EUA revelam erosão rápida do apoio dos norte-americanos a Israel no genocídio em Gaza.

Várias pesquisas de 2025 destacam essa transformação, com a desaprovação das ações de Israel agora superando a aprovação por grandes margens.

O apoio despencou entre democratas, independentes, jovens e até alguns republicanos, refletindo frustração com as baixas civis, a ajuda financiada pelos EUA e a percepção de excesso por parte de Israel.
Essas tendências não são isoladas.

Uma análise da Brookings observa uma “mudança paradigmática” entre jovens americanos (especialmente democratas e independentes), que veem o “horror” de Gaza como reflexo do caráter de Israel.

Até democratas mais velhos estão se tornando críticos, isolando republicanos mais velhos como a base principal de apoio a Israel nos EUA.

O Papel das Mídias Sociais
Imagens Cruas vs. Narrativas ControladasAs redes sociais democratizaram a narrativa de Gaza, inundando os feeds americanos com vídeos não filtrados de ataques aéreos, crianças famintas procurando comida e famílias vasculhando escombros — conteúdos muitas vezes ausentes dos meios de comunicação tradicionais.

Plataformas como TikTok, Instagram e X (antigo Twitter) são populares entre os menores de 35 anos, onde a oposição a Israel é mais alta (por exemplo, 76% dos jovens americanos nas pesquisas da Pew veem Israel desfavoravelmente).

Amplificando Vozes Palestinianas
Jornalistas e influenciadores de Gaza, como Motaz Azaiza (mais de 10 milhões de seguidores no Instagram), compartilharam imagens em primeira mão, humanizando a crise e acumulando bilhões de visualizações.

Hashtags como #FreePalestine e #GazaUnderAttack têm sido tendência global, fomentando solidariedade e ativismo.

Um relatório do CSIS destaca como essa “guerra de representação” influenciou jovens americanos, com as redes sociais permitindo compartilhamento em tempo real que contorna os vieses da mídia tradicional (por exemplo, meios ocidentais mencionam visões israelenses 3 vezes mais que palestinas).

Esforços de Contrapropaganda de Israel: Israel também usou as redes sociais como “ferramenta” para influenciar a opinião dos EUA, admitindo em 2025 o uso de influenciadores pagos, conteúdo gerado por IA e bots.

O governo de Netanyahu financiou campanhas secretas visando democratas, mas estas tiveram efeito contrário em meio a acusações de desinformação.

Apesar de restrições a postagens palestinas (por exemplo, limitações do Meta em contas de Gaza), o volume de conteúdo bruto de Gaza superou as narrativas pró-Israel.

Essa batalha digital acelerou a mudança de opinião.

Pesquisas pós-7 de outubro mostravam 47% de simpatia dos EUA por israelenses contra 20% por palestinos; em meados de 2025, isso se inverteu.

Especialistas como Shibley Telhami (Universidade de Maryland) argumentam que as redes sociais “consolidaram um paradigma geracional”, tornando a política dos EUA — que ainda fornece mais de US$ 3,8 bilhões em ajuda anual — politicamente insustentável a longo prazo.

Implicações Mais Amplas: Política, Política Interna e um Acerto GeracionalO backlash ameaça fraturar a política dos EUA.

Democratas estão cada vez mais vocais: quase metade do caucus apoiou a suspensão de envios de armas no verão de 2025, e figuras como a deputada Summer Lee exigem um cessar-fogo.

À direita, isolacionistas do MAGA (por exemplo, Tucker Carlson, Matt Gaetz) condenam a hipocrisia do “America First”, enquanto até republicanos pró-Israel como Lindsey Graham alertam sobre a erosão do apoio.

Evangélicos, antes aliados firmes, veem defecção entre jovens
Globalmente, isso reflete tendências.

Reino Unido e França avançaram para reconhecer a Palestina, e 78% dos americanos (incluindo 75% dos republicanos) agora querem um cessar-fogo imediato.

Para Israel, a perda do “amor incondicional” dos EUA pode significar redução de ajuda e isolamento; para os palestinos, sinaliza uma possível alavanca para a criação de um Estado.

No entanto, como observa a Al Jazeera, a política de Washington está atrasada em relação à vontade pública — o apoio inabalável persiste apesar das pesquisas.

Em resumo, a lente crua das redes sociais expôs a devastação de Gaza, catalisando um despertar nos EUA. Isso não é passageiro: à medida que eleitores mais jovens ganham influência, o velho consenso desmorona, forçando uma reavaliação do papel dos EUA em um conflito há muito definido por assimetria e impunidade.


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Mundo

Mais de mil imigrantes desaparecem de centro de detenção na Flórida, EUA

Mais de mil imigrantes detidos no centro de detenção conhecido como “Alcatraz dos Jacarés” (ou “Alligator Alcatraz”), localizado nos Everglades, na Flórida, desapareceram dos registros oficiais do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).

De acordo com investigações jornalísticas, cerca de dois terços dos aproximadamente 1.800 detidos que passaram pelo local em julho de 2025 não aparecem mais no banco de dados online do ICE, deixando famílias e advogados sem informações sobre seu paradeiro. Cerca de 800 foram completamente removidos do sistema, enquanto outros 450 aparecem apenas com a instrução “Ligue para o ICE para detalhes”, o que indica possível processamento, transferência ou deportação iminente, mas sem transparência.

O centro, construído às pressas em uma pista de pouso militar desativada em uma área pantanosa infestada de jacarés, cobras e crocodilos, foi inaugurado em julho de 2025 pelo governo do presidente Donald Trump e do governador Ron DeSantis, como parte de uma política de deportações em massa.

Projetado para abrigar até 5 mil pessoas, o local foi criticado por violações de direitos humanos, condições precárias (como jaulas em tendas expostas ao clima, falta de higiene e pressão para deportações voluntárias) e falta de acesso a advogados.

Organizações como a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) o descreveram como um “buraco negro” no sistema de imigração, operando como um “local extrajudicial” fora das normas federais, já que é gerido pelo estado da Flórida e não atualiza os registros do ICE adequadamente.

Em agosto de 2025, uma juíza federal ordenou o desmantelamento do centro por violações ambientais e falta de avaliação de impacto, suspendendo novas internações e exigindo a transferência dos detidos.

No entanto, um tribunal de apelações suspendeu temporariamente a ordem, e o governo estadual anunciou a abertura de um segundo centro, apelidado de “Depósito de Deportação”, em uma antiga prisão estadual. Autoridades federais e estaduais afirmam que os detidos foram transferidos para outros centros do ICE ou deportados, e que o número flutua devido a esses processos, garantindo acesso a advogados e familiares.

Críticos, incluindo a Anistia Internacional e a Coalizão de Imigrantes da Flórida, denunciam “desaparecimentos administrativos” e abusos, como negligência médica e violações de direitos constitucionais, agravados pela opacidade do sistema estadual.

Advogados relatam casos de deportações acidentais ou forçadas, e famílias enfrentam pânico ao não localizar entes queridos, com o ICE frequentemente se recusando a fornecer detalhes atualizados. Protestos e vigílias continuam, com chamadas para investigações independentes sobre o destino dos desaparecidos e o fechamento definitivo de tais instalações. O Departamento de Segurança Interna (DHS) nega irregularidades, mas não responde a questionamentos específicos sobre os casos.


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