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IRÔNICO: A Globo que usava o JN para acusar Lula de crimes sem provas, agora, justifica os crimes de Moro.

Quem diria que a Globo, que durante anos a fio, deu asas de ganso a Moro e garras de abutre a Lula, passasse o dia “explicando” os crimes de Moro.

É o que sempre digo, o mundo dá voltas, mas com a chegada da internet, as voltas que mundo dá se tornaram muito mais velozes e mais perigosas para os vigaristas.

Como disse Dilma, era só pegar o nome de um dos seus detratores e jogar no google para saber que tipo de moral dos imorais o sujeito explicitava em sua folha corrida.

No caso concreto entre Moro e Lula, a própria cobertura da Globo dizendo que Moro é um bandido do bem, ou seja, sua retrospectiva traz boas e más ações, melhor dizendo, ações de mocinho e de criminoso, já implode a estátua de terracota que a Globo cozinhou em sua lenha não só do general da banda, mas do exército de picaretas da república de Curitiba que, agora, vivem numa sofreguidão de empurrar processos com a barriga para que os mesmos prescrevam.

Não era essa a justificativa do ilustre Dallagnol, assim como Moro na sua cruzada heroica contra a corrupção exigindo a prisão de condenados em segunda instância?

E não é o mesmo Dallagnol que já está na 41ª empurrada com a barriga do seu julgamento no CNMP?

A coisa está tão feia que Gabeira, em plena Globonews, teve que usar um termo mimoso para lembrar o fato mais escancarado que sublinha que a Força-tarefa de Curitiba é uma organização criminosa, que foi a tentativa de, em nome de uma suposta fundação privada de combate à corrupção, os picaretas filhos de Januário iam, com a bênção de Moro, sequestrar simplesmente R$ 2,5 bilhões que chegaram até a conta de Dallagnol quando Raquel Dodge, depois da gritaria da sociedade, teve que abortar a malandragem que eles estavam aplicando contra o erário através da Petrobras.

Gabeira chamou carinhosamente esse roubo de “tropeço”. Mas convenhamos, só de admitir, em plena Globonews, que essa tentativa de tungagem de R$ 2,5 bi, é um tropeço, já pode ser considerado uma revolução na história da TV brasileira, afinal, Gabeira, mesmo cheio de dedos e contorcionismos linguísticos, estava denunciando a tentativa frustrada de roubo dessa montanha de dinheiro público que não se consegue calcular quantas malas como a de Rocha Loures são necessárias para transportar o montante.

Na verdade, mesmo cauteloso na sua colocação, Gabeira colocou Moro nu, assim como Dallagnol e a escumalha curitibana. Lógico que a coisa criou um mal-estar tão grande que Cristiana Lobo e Camarotti, os maiores lavajatistas da Globonews, engoliram seco o assunto e não quiseram sequer mexer na afinação do soneto cantado por Gabeira.

O fato é que, para quem viu aquela apoteose com Polícia Federal, entrevistas coletivas sendo mostradas ao vivo pela Globo, a Lava Jato já está sendo pressionada pela própria emissora para tirar o time de campo antes que o talhado não seja aproveitável pra mais nada, a não para o lixão da história.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O Instituto Innovare, da Globo, foi fundado pelos Marinho em 2004 para controlar o judiciário durante o governo Lula

O que é e para que serve isso?

Segundo os Marinho, “o INSTITUTO INNOVARE é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivos principais e permanentes a identificação, premiação e divulgação de práticas do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e de advogados que estejam contribuindo para a modernização, a democratização do acesso, a efetividade e a racionalização do Sistema Judicial Brasileiro. Para atendimento de seus objetivos, o Instituto Innovare realiza anualmente o Prêmio Innovare, promove palestras e eventos gratuitos, publica livros e artigos, produz documentários e realiza pesquisas sobre temas da Justiça.”

Para ser curto e grosso: um ano após a criação desse instituto de fachada, da Globo, foi criada a farsa do mensalão, uma espécie de programa de auditório misturado com um BBB jurídico.

Na verdade, foi uma introdução da farsa maior criada pela Globo, chamada Lava Jato, que já dura seis anos. O que era uma operação policial, transformou-se, pela manipulação dos Marinho não só uma instituição, mas na maior instituição de justiça do país que ninguém em instância alguma se atreveria a discordar ou seria linchado no JN por Bonner.

Ou seja, o Instituto criado pela Globo em pleno governo Lula para manipular o sistema de justiça, tem Ayres Britto, que foi um dos presidentes do STF durante a farsa do mensalão, como presidente do conselho desse embuste criado pelos Marinho para ser usado na manipulação do aparelho judiciário do Estado brasileiro, e conta também com Dias Toffoli, atual presidente do STF, como conselheiro, junto com Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo.

O absurdo não para aí.

Na comissão julgadora do tal Prêmio Innovare, estão figuras da papa-fina do judiciário como Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Roberto Barroso, João Otavio de Noronha, presidente do STJ, Ives Granda Filho, Tribunal do Trabalho, André Mendonça, atual Ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Augusto Aras – PGR, entre outros medalhões.

Afinal, por que o grupo de mídia mais poderoso do país quer “melhorar a Justiça brasileira.”?

Isso basta para dizer que a Globo criou esse Instituto embuste para controlar todos os passos do sistema judiciário do Estado Brasileiro.

Isso é uma aberração! Não existe nada parecido na história da república. Esse arranjo deixa claro porque chegamos a este estado de coisas com um golpe de Estado em Dilma, a condenação e prisão de Lula para os Marinho colocarem na presidência da República um fascista genocida, que já matou mais de 110 mil brasileiros por Covid-19.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro traiu a direita e mercado está histérico

Bolsonaro, vendo que a esquerda acabou plantando um cavalo de troia em seu governo com o auxílio emergencial de R$ 600, deu as costas para todo o discurso contra o que ele mais repudiava, o Bolsa Família e foi ser feliz com quem lhe deu um grão de esperança de se manter na cadeira da presidência pela aprovação de seu governo.

Em compensação, Bolsonaro deixou o mercado de cabelo em pé, pois este percebeu que seu governo mudou o espírito da coisa e que Guedes deixou de ser o Posto Ipiranga para ser um borracheiro que não tem material suficiente para tirar o governo do atoleiro com os quatro pneus da economia arriados.

Entre salvar o mandato se abraçando com o velho fisiologismo do baixo clero, leia-se, Centrão, que pode segurar o repuxo de um impeachment contra ele, Bolsonaro se delicia com o mais recente resultado do Datafolha e não quer saber que existe a segunda-feira e que a conta vai chegar e ele não terá como enfrentar o dado mais perigoso que a pesquisa também revelou, os 70% de brasileiros que querem que o auxílio de R$ 600 se transforme em política de Estado.

Este é o pior dos cenários que o mercado gostaria de enfrentar. Bolsonaro, por sua vez, já jogou nas costas dos rentistas e banqueiros a pecha de antipatriotas e, consequentemente jogou Guedes aos leões.

A subida forte do dólar e a forte queda da bolsa refletem que as últimas declarações de Bolsonaro “pró-social” foi uma calça arriada nos investidores que andam aterrorizados com a possibilidade cada vez maior de Bolsonaro chutar o pau da barraca e pegar o gesto da arminha e apontar para o teto de gastos. E é exatamente o que ele já está fazendo.

Não adianta Merval Pereira espernear dizendo que Bolsonaro não é liberal e menos ainda que combate a corrupção. Se o comentário de Merval é vigarista por ser oportunista, já que sempre soube disso e, ainda assim, pelo antipetismo, apoiou a besta fera na eleição, Bolsonaro é infinitamente mais vigarista que Merval para dar de ombros a qualquer julgamento da direita para salvar o mandato e a pele da família.

Enquanto isso, a horda de fascistas preenche o espaço com pautas políticas medievais no velho diversionismo bolsonarista que o mantém na cadeira.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Damares Alves e Sara Winter: vem aí o fascismo 2.0 – 2022

Isso que rolou com Sara Winter contra uma criança de 10 anos, nã é um mero acaso, trata-se de um projeto.

Sara Winter foi estagiária no gabinete de Magno Malta quando Damares era assessora jurídica na Câmara.

A suspeita que corre nas redes sociais é a de que a ministra Damares Alves está por trás da ação criminosa de Sara Winter de divulgar o nome da menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio (desde os seis anos de idade) e o endereço do hospital aonde seria feito o procedimento de aborto da criança que engravidou em consequência do estupro.

Certa vez, uma amiga me disse que tinha muito medo do avanço do fundamentalismo dos religiosos hipócritas. Eu disse a ela que isso não aconteceria no Brasil. Errei, explico: o fundamentalismo religioso que forma Estados teocratas não é fruto de um consenso dentro da sociedade, é uma imposição, uma força bruta que leva ao extremo sua posição na busca pelo poder, utilizando para tal, justificativas supostamente religiosas para, aí sim, ter apoio de fanáticos que são hipócritas num nível perigoso, porque trata a tentativa de esconder a própria onça que carregam dentro de si, remexendo “escrituras sagradas” da época da inquisição ou coisa que o valha.

Soma-se a isso o idiotismo corrente que parece cavalar nos tempos sombrios de Bolsonaro em que as bestas rosnam para qualquer pensamento científico ou libertário.

O fato é que ficou sublinhada na atitude de Sara Winter que existe público para esse tipo de canalhice neofascista.

Não é ficção como eu imaginava, nem um pensamento restrito de amotinados. Está mais do que na cara que há um projeto pensado e delineado para se produzir aquilo a que assistimos ontem, jovens mascarados pela hipocrisia religiosa, tratando uma criança de 10 anos como assassina por ter o direito, por lei, de interromper uma gravidez fruto de um estupro.

E quem sabe daí não surge uma referência para rebocar cavalgaduras a um projeto ambicioso de Damares e Sara na disputa pela cadeira presidencial em 2022.

Interesse externo para o Brasil se transformar numa pátria evangélica, é o que não falta.

Como disse Glenn Greenwald, no Roda Viva, depois que Bolsonaro ganhou a eleição, qualquer um pode ser presidente da República no Brasil.

Deem uma olhada neste vídeo e tirem as suas conclusões:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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CASO PALOCCI E A DELAÇÃO COMPRADA: TSE errou em não deixar Lula ser candidato em 2018.

Hoje, o jornalista Reinaldo Azevedo estampou em sua coluna, no UOL, a informação de que própria Polícia Federal desmontou a farsa da delação premiada do ex-ministro do governo Lula, Palocci. O esquema que envolveu o banco BTG-Pactual, o mesmo ao qual o ministro da economia bolsonarista, Paulo Guedes, é sócio, teria mantido uma conta falsa em favor de Lula, de forma secreta, mas, que serviria para esquentar a delação do ex-ministro, na Lava Jato e incriminar o ex-presidente. Obviamente, nada saiu de graça e Palocci teria recebido R$ 30 milhões na jogada.

O fato desmontado pela própria PF, ironicamente, foi arquivado por ela mesma, por que, segundo o delegado do caso, não há provas suficientes para oferecer um pedido junto à justiça. Ou seja, o delegado jamais iria contra a própria polícia a que faz parte, para fazer o que é justo. Sem contar as implicações legais contra a Lava Jato e, provavelmente, o comprometimento do próprio delegado.

Porém, o pior de tudo está por conta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou de forma inédita a candidatura do ex-presidente Lula, que pediu uma liminar alegando que seu processo ainda não teria terminado e por isso, cabendo recursos, deveria ser tratado como inocente, como garante a constituição.

O resultado da negativa do TSE, que no mesmo pleito, chegou a autorizar candidatos à Câmara dos Deputados, que concorresse mesmo preso, causou um prejuízo irreversível ao réu. Note, que Lula pode ser considerado inocente diante das provas e dos questionamentos da própria operação e da suspeição do juiz, o que coloca o judiciário diante de um dos maiores erros, o de não aceitar a candidatura de Lula e ter eleito alguém ao qual o povo não queria, já que o ex-presidente seria eleito em primeiro turno, mesmo preso.

O habeas-corpus, no momento da eleição, contra a Lei da Ficha Limpa, serve justamente para que um réu não tenha um prejuízo irreversível, já que uma eleição ocorre no tempo e não pode se repetir ou ser adiada. Ora, uma eleição perdida por uma decisão judicial sem condenação definitiva configura um dano irreversível a um inocente, caso a pessoa seja absolvida nas instâncias superiores, ou se seu processo seja considerado ilegal. Ao que parece, Lula se enquadraria nesses casos.

O resultado de um “erro” ou má fé dos juízes ou ministros está aí. Bolsonaro presidente, o ex-presidente Lula com um prejuízo irreversível e tuda a construção da Lava Jato sendo questionado, principalmente a figura do juiz justiceiro que virou ministro da pessoa que mais foi beneficiada com o resultudo da perseguição política.

A Lava Jato desmorona e não sairá barato para o judiciário brasileiro, em especial para os ministros justiceiros do STF, como Luiz Fux, Barroso e outros que assumiram o discurso lavajatista.

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Globo, Moro, Dallagnol e PSDB, arquitetos da prisão de Lula, já estão no cadafalso

Como se diz por aí, todos sabem como começa um golpe, mas não sabem como termina.

Imaginar que o Brasil teria um presidente comemorando o fato de que “só” 130 milhões de brasileiros acham que ele é um genocida, é algo fora de qualquer manual da bizarrice universal.

Precisou uma agência russa corrigir a Folha, colocar os pingos no lugar e dizer o que tinha que ser dito: a maioria dos brasileiros considera Bolsonaro responsável pelas dezenas de milhares de mortes por covid-19.

A Folha preferiu azeitar a vida de Bolsonaro destacando que 47% isentam o genocida de responsabilidade, ao interpretar os dados do Datafolha.

Mas certamente a pergunta de como um animal como esse chegou à presidência da República, catapultado por todo tipo de imundície brejeira, é um fato que levará séculos para uma análise acurada do esgoto em que se transformaram as instituições do país.

O fato é que o vento virou para os golpistas.

Agora somos nós da esquerda que esperamos de camarote o Jornal Nacional colocar no ar o vídeo de Dario Messer, o doleiro dos doleiros, delatando os Marinho. Afinal, filme com delação virou especialidade da casa nos últimos 6 anos. Colocará?

Como disse Leandro Demori, do Intercept: “A regra do JN ao longo de seis anos foi levar ao ar vazamentos de delação. Mas é a primeira vez que vejo um taxativo “não há provas”. Em muitas outras também não havia, mas o tom era acusatório e definitivo.”

Dallagnol, aquele procurador da Lava Jato que reza e faz jejum para que seus inimigos morram, está na marca do pênalti e pode ter o pescoço abraçado por uma forca esta semana por uma série de picaretagens jurídicas que armou com seu chefe, Sergio Moro, outro que caiu do cavalo alado e está totalmente sem rumo vendo, no STF, se agigantar a sua suspeição na perseguição política a Lula, em parceria com a Globo.

O finado PSDB, literalmente virou cachorro morto, a tirar pelos decompostos Aécio, Serra e Alckmin que, agora, são alvo primeiro da Lava Jato que eles ajudaram a virar coqueluche.

O curioso é que a Lava Jato de Moro demorou cinco anos para descobrir, da noite pro dia, que os tucanos são corruptos, sublinhando com caneta piloto vermelha o que todo ser minimamente pensante denunciava: a Lava Jato é parcial, chega a ser parte do próprio PSDB.

Mas agora que a Lava Jato está tão ou mais desmoralizada que o PSDB, os lavajatistas resolveram fazer dos caciques, tucano a molho pardo.

Grosso modo o que se pode afirmar é que o tiro de canhão que essa gente deu para acertar o PT, Lula e Dilma, saiu pela culatra e se transformou numa bomba como a do Rio Centro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Apesar do Datafolha, Bolsonaro está moribundo a dois passos da extrema-unção

Empresários ultraliberais já falam em abandonar Bolsonaro e prisão de Queiroz ganha tempero mais ardido

“Se Bolsonaro acha que vai tirar o lado liberal e continuar com o mesmo apoio dos empresários, está enganado”, diz presidente do Instituto Mises.

Parece que o chão do Palácio do Planalto está minado e a cada passo que  Bolsonaro dá para tentar se segurar na cadeira presidencial, a coisa piora.

Para azedar ainda mais, o ministro do STJ, Félix Fischer, ao decretar a prisão de Queiroz, diz que ele atuou ‘arduamente’ para adulterar provas.

Ou seja, o lado Queiroz de Bolsonaro está do inferno para baixo.

Soma-se a isso os cheques de Queiroz na conta de Michelle e as revelações do Jornal Nacional sobre as ameaças de morte por enforcamento feita por Flávio à ex-dona da loja de chocolate, que hoje pertence ao 01 de Bolsonaro.

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Globonews fez uma matéria mostrando que Carlos Bolsonaro é investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por suspeita de ter empregado funcionários fantasmas em seu gabinete ainda no primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio, iniciado em 2001, o que configuraria crime de peculato.

Junte isso à tentativa de Bolsonaro de acender velas para todos os lados, como quer, atrelando a discussão do Renda Brasil, o programa pensado para substituir o Bolsa Família, à proposta para antecipar medidas de ajuste como forma de cumprir o teto de gastos, tendo que atacar o funcionalismo público para financiar o auxílio emergencial até dezembro e manter sua popularidade ao menos estável debaixo de tantas denúncias envolvendo seu clã e a culpa que terá que carregar pelos mais de 105 mil brasileiros mortos pela Covid-19 em função da sua política da morte durante a pandemia.

Azedando um pouco mais a situação, Bolsonaro solta uma pérola típica de um náufrago em pleno afogamento: “O mercado tem que dar um tempinho também. Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles”.

E mercado lá quer saber de patriotismo!

A declaração bateu como gongo nos ouvidos dos abutres do grande capital.

Agora é espiar de camarote o que vai dar essa geleia geral de um governo moribundo que está a dois passos da extrema-unção.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Datafolha mostra apenas que Bolsonaro pega carona, em pelo, na garupa de Lula.

Pra começo de conversa, a única coisa que dá aprovação a Bolsonaro é um projeto ao qual ele foi contra.

A caricatura do Brasil começa a ser revelada quando se abre um jornal e se depara com suas veredas afastadas da realidade aonde os pés nunca estão no chão.

Anos atrás, o jornalista Luis Nassif fez uma previsão que se mostra cada vez mais acertada. Na época, depois de implantadas as políticas sociais de Lula, sobretudo o Bolsa Família, Nassif disse que o país nunca mais seria o mesmo e a direita não teria como se livrar da marca Lula.

Dito e feito. A pesquisa de agora mostra que, em cada três brasileiros, dois acham Bolsonaro mentiroso, imagina isso. O auxílio emergencial, que termina em setembro, foi uma conquista especialmente da esquerda, Psol, PCdoB e PT, na qual Bolsonaro está surfando, mas seu maior apoio ainda vem do empresariado que está com ele em todas as medidas neoliberais que sacrificam os trabalhadores para aumentar os lucros dos patrões.

Essa é a mesma turma que sempre odiou o Bolsa Família. Bolsonaro está diante de um impasse que não é pequeno. Se acabar ou mesmo reduzir muito o valor do auxílio emergencial, verá que seu chão some de vez, porque, mesmo com o apoio 58 % dos empresários, essa parcela da sociedade é ínfima perto de uma multidão de pobres que hoje sustenta sua popularidade em função do auxílio emergencial.

Bolsonaro propôs R$ 200 de auxilio emergencial, o Congresso foi lá e aprovou R$ 600 que Bolsonaro assumiu o bônus como se fosse dele. Normal, sua aprovação subir não diz nada além disso, ou melhor, diz, a população quer algo concreto, mesmo que não seja ele o pai do auxílio, ela teve algum benefício. Não há o que reclamar nem desanimar. Foi uma vitória política da esquerda, mesmo que pareça ser da direita.

Depois disso, o que acontecerá com a aprovação de Bolsonaro se cortar o auxilio como quer a direita que o apoia?

Após 18 meses de mandato, a avaliação de Bolsonaro em pesquisa publicada pelo Datafolha só é um pouco menos pior que a de Collor.

Não se pode esquecer que o silêncio de Bolsonaro sobre a tempestade de cheques de Queiroz que caiu na conta da primeira-dama não pode durar muito tempo, o mesmo já acontece com Flávio com denúncias de compra de imóveis com dinheiro vivo, assim como a ex-mulher de Bolsonaro, quando casada com ele e, para piorar, o Jornal Nacional desta quinta-feira, mostrou uma reportagem em que Flávio manda seu laranja ameaçar a dona da loja de chocolate, por ter denunciado aos donos da franquia da Kopenhagen que ele colocava os preços abaixo da tabela, mas com nota no valor integral, para lavar dinheiro.

Soma-se a isso a decisão de Félix Fischer, do STJ, de mandar novamente Queiroz para a cadeia e, desta vez, junto com a mulher, o que pode sim produzir uma delação contra o clã Bolsonaro.

Por isso, a mídia de direita, que comemora a vitória de pirro de Bolsonaro, está fazendo guerrinha de nervos com a esquerda, porque, na verdade sabe que a pesquisa publicada é algo de momento promovido por uma vitória da esquerda no Congresso contra Bolsonaro, que lhe trouxe somente benefícios de imagem, mas não políticos.

Na realidade, isso só aumenta sua encrenca interna, já que a autofagia que ocorre hoje dentro do governo se dá justamente pela redução ou ampliação dos gastos públicos, sem falar na trágica política de morte que Bolsonaro vem implantando durante a pandemia, o que ainda vai lhe custar um preço muito alto.

O certo é que, como disse Luis Nassif, nunca mais essa direita brasileira vai conseguir se livrar da marca “Lula”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Só um país ridículo pode taxar livros e isentar barcos, iates e jatinhos.

Desde o mito criado por Sérgio Buarque de Holanda, de um Brasil cordial e hospitaleiro, a ideia de que temos um elite “gente-fina” se misturou a uma classe média sempre idiotizada, que em geral se enxerga como rica e não como pobre, que construímos a mentira de um país pacato e manso. Essa ideia é um equívoco cabal e a prova está no poder, Bolsonaro é o exemplo do que temos de pior enquanto civilização.

Se antes os idiotas tinham vergonha, o fenômeno digital expôs o pus de uma infecção de sub-intelectualização que contamina diversas classes, mas, em especial, da classe média para cima. Não foi o preconceito que entrou na moda, nem o ódio que se formou, mas, o assunto das rodinhas de imbecis endinheirados que ganhou a praça pública. Será que ninguém ouvia, nos 90, as pessoas que diziam, nas conversas privadas, que preferiam o Maluf, por que rouba, mas, faz? Ou a preferida dos “intelectuais de buteco”, “bandido bom, é bandido morto”? A estupidez não é uma invenção desse século, mas, a perda da vergonha da própria ignorância, sim.

Não por acaso, no Brasil, a classe média, essa que se acha rica, paga IPVA, em muitos casos superior a R$ 1.500,00 por ano, para ter seu carro popular na garagem, enquanto os ricos de verdade não pagam um centavo de imposto para ter barcos, jatinhos e iates. Achou ruim, é!? Pode piorar! Só um país ridículo é capaz de parir um Paulo Guedes, que quer taxar livros, com a justificativa de se tratar de bens da elite. E os iates, jatinhos, fortunas, lucros e dividendos, barcos, heranças e outros?

Paulo Guedes insulta a civilização humana ao taxar livros, tal como insultaria se taxasse alimentos.

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Governo Bolsonaro entra em guerra interna, diante do naufrágio.

Segundo Monica Bergamo, “as duas alas que se digladiam em torno dos rumos da economia acusam uma a outra de trabalhar para afundar o governo de Jair Bolsonaro.

O grupo desenvolvimentista, liderado pelo general Walter Braga Netto (Casa Civil), acredita que, na prática, Paulo Guedes, da Economia, se alia aos projetos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, visto como adversário do governo.”

Mas o desenho da encrenca parece ter se ampliado nas últimas 24 horas e a mídia de banco já fez aqueles desenhos infantis em prol da “educação financeira”.

Junto a isso, Mourão já deu no seu pique no lugar aparecendo de chapéu e espingarda na mão em defesa da austeridade fiscal para ganhar um holofote no editorial do Globo.

O problema é que estamos diante de mentirosos, em plena crise que envolve as picaretagens da família Bolsonaro, quando pipocam escândalos de compra de imóveis caros e com volumes de dinheiro vivo cada vez maiores, como é comum nas organizações criminosas. Isso, sem falar dos cheques de Queiroz que caíram de paraquedas na conta de Michelle sobre os quais o Planalto se mantém em infinito silêncio.

Diante dessa fragilidade política, Bolsonaro tenta buscar ar no aumento de gastos para tirá-lo do centro do engenho criminoso que o clã montou para ter alguma chance de sobrevivência.

Mas o governo está caquético. E se antes já estava assim, a besta do balão promete tocar fogo nos cofres públicos e ligar o deixa arder, desdenhando as posições do santeiro Paulo Guedes.

O fato é que os dois lados têm seus tutores, mas ninguém apresenta uma paisagem mínima que dê ao ambiente nacional qualquer caminho.

A mídia, lógico, moldada pelos bancos, entrou na briga para defender a “aurora promissora” com a aceleração das reformas, junto com Maia e Alcolumbre, dizendo que Bolsonaro nunca foi liberal e, muito menos, quer saber de combate à corrupção.

E é a mesma mídia quem, agora, descobriu esse lado de Bolsonaro, que se acha capaz de dar conselhos econômicos.

Os “entendidos” de economia estão assombrados com o próprio fantasma que criaram e, com isso, retomam o discurso antipetista e voltam a atacar Dilma com a mesma lenga-lenga contra o “tamanho de Estado”.

Trocando em miúdos, o governo Bolsonaro está com aquele cheiro de naftalina do segundo mandato de FHC que se arrastou pelos escombros do país criados por ele pelos mesmos motivos que hoje arrasam a economia brasileira e, consequentemente, o governo Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: Agência Brasil