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Política

Pela vitória de Lula no 1º turno: este é o manifesto coletivo que foi lançado hoje por artistas, juristas, empresários e intelectuais

O presente clima no país é de urgência, mas o sentimento é de que Bolsonaro não merece um único voto.

A naturalização do racismo, o preconceito e a discriminação nos últimos dias com fatos que horrorizaram os brasileiros, a partir de uma campanha de discriminação deflagrada por Bolsonaro, principalmente contra os negros, está presente num processo de repúdio crescente da sociedade.

A situação se tornou insustentável, seja cumulativa ou estrutural chegando a um nível em que a condenação das atitudes de Bolsonaro se agravou pesadamente.

Por isso, somado a outros fatores como o desmonte da economia, artistas, juristas, empresários e intelectuais, diante da confusão estabelecida pelo governo Bolsonaro, resolveram apertar o passo e querem a vitória de Lula já no primeiro turno para que o país volte a respirar ares distantes do tóxico Bolsonaro o mais rápido possível.

Leia o manifesto na íntegra:

Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva.

Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.

É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.

Movimento Pelo Brasil

Alder Teixeira – escritor e Professor (Universidade Estadual do Ceará)

Antônio Carlos de Almeida Castro – KAKAY – advogado

Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública

Arnaldo Santos – jornalista e cientista político

Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará.

Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB

Bernardo Ricupero – professor da USP

Boris Fausto – Historiador

Carol Proner – professora de Direitos Humanos

Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública

Chico Buarque – compositor e escritor

Christian Lynch, – professor e cientista político

Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)

Cristovam Buarque

Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena.

Evandro Pertence – advogado

Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB

Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri – Ceará

Gabriela Gastal

Guto Gomes – Ativista Socioambiental

Hélio Doyle – jornalista

Helio Jose – ex-senador

Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard

Iara Pietricovsky – Antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs – Abong

Isaac Roitman – Professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência

Lia Zanotta, – antropóloga , professora da UnB

Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará

Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor

José Eli da Veiga – professor da USP

Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia

Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA

Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte

Marcos Woortmann – cientista político

Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas

Maurício Rands – advogado e professor de direito

Mauro Dutra – empresário

Milton Seligman – ex-ministro da Justiça

Moises Balestro – professor da UnB

Nathaly Beghin – economista

Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva

Pedro Ivo Batista – Ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul

Philip Yang, – urbanista, fundador do URBEM

Randolfe Rodrigues

Ricardo Abramovay – professor da USP

Ricardo Patah, – advogado, administrador de empresas, presidente do sindicato dos comerciarios de São Paulo e da UGT Nacional

Roberto de Figueiredo Caldas – advogado

Romi Bencke, – Pastora de orientação luterana.

Rosangela Lyra, presidente e fundadora do Política Viva

Sepúlveda Pertence – jurista

Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú, Ceará

Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará

Wellington Almeida – cientista político

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Agenda oculta: viagem de Bolsonaro à Rússia pode envolver fraude às eleições de 2022?

Jornalistas revelam que cibersegurança está na pauta e lembram que Rússia tem histórico de acusação de interferência na eleição dos EUA.

A viagem de Jair Bolsonaro à Rússia passou a chamar atenção e gerar preocupação nesta segunda (14) não apenas pelo contexto em que acontece – momento de forte tensão entre Rússia e Ucrânia, como não se via desde a Guerra Fria – mas também por outro motivo: uma possível agenda oculta de Bolsonaro.

Oficialmente, Bolsonaro diz que a viagem já estava marcada e que o assunto principal é o fornecimento de fertilizantes russos para abastecer o agronegócio brasileiro.

Porém, a grande mídia começa a semear informações que dão conta de um possível interesse do governo Bolsonaro em discutir “cibersegurança” aplicada às eleições.

A jornalista Natuza Nery levantou a bola no começo da tarde desta segunda (14) ao lembrar, na GloboNews, que a Rússia tem histórico de acusações por suposta interferência nas eleições nos Estados Unidos.

A CIA e o FBI produziram relatórios que acusam a Rússia de ter hackeado informações em época de eleição para ajudar na vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton.

O assunto “fraude eleitoral” não sai da boca do clã Bolsonaro e virou pauta também dos militares que integram o governo, sobretudo do ministro da Defesa Walter Souza Braga Netto, que embarcou com Bolsonaro rumo ao Kremilin.

O jornalista Igor Gadelha, que está na Rússia como correspondente do Metrópoles, confirmou que “cibersegurança” estará, sim, na pauta do governo Bolsonaro no País de Putin. E acrescentou que o interesse tem a ver com o “ano eleitoral”.

Para Luis Nassif, Braga Netto está no centro das conspirações contra as eleições de 2022 está no Ministério da Defesa de Bolsonaro.

*Com informações do GGN

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Jogo baixo: Braga Netto, por ordem de Bolsonaro, fará novos ataques ao TSE

Se Bolsonaro não tem repertório dos feitos de seu governo, porque é um vagabundo e não trabalhou, ele tem gente que, em troca dos cargos mais altos da República, está disposta a fazer tudo que seu mestre mandar.

Bolsonaro tem martelado que, no fim de 2021, as Forças Armadas teriam encontrado vulnerabilidade no processo eleitoral.

Detalhe: tanto o exército quanto o TSE negam esse questionamento.

Agora há um combinado entre Braga Netto e Bolsonaro para colocar em prática mais um daqueles planos mirabolantes de Carluxo.

Não tem nada de novo no “grande plano” do Maquiavel do Vivendas da Barra.
O jogo é embezerrar aos quatro cantos que as urnas eletrônicas são fraudáveis.

As informações são do blog de Andreia Sadi, no G1, que afirma que a confusão, provocada propositalmente por Bolsonaro, faz parte da estratégia de eleição do governo. Braga Netto está em campanha para ser vice na chapa de Bolsonaro – por isso, executa o plano de misturar a imagem dos militares que não estão no governo como se estivessem apoiando Bolsonaro.

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Quem está mais desesperado com a provável vitória de Lula, Carluxo, Merval ou Bolsonaro?

O que leva uma pessoa ao desespero? No caso de Bolsonaro, Carluxo e Merval, a resposta tem quatro letras, LULA.

Carluxo hoje se superou. O Maquiavel do Vivendas da Barra, aquele condomínio aonde também morava Ronnie Lessa, o assassino de Marielle, é puro desespero. O balão que ele soltou hoje, tentando ligar o PT à farsa da facada que, segundo Bebianno, aquele morrido do coração por alguém, foi armada por Carluxo quando assumiu a frente da campanha de Bolsonaro em Juiz de Fora.

Pois bem, esse mesmo Carluxo, que está mergulhado na mesma lama que o pai, não esconde o estado emocional de extrema apreensão, ansiedade e medo com o baixo desempenho de Bolsonaro na campanha e, por outro lado, Lula assumindo uma dianteira cada vez mais ampla com tudo para crescer ainda mais.

Lógico, Bolsonaro já sentiu o estado de profundo desânimo de sua campanha. Daí o desespero de Carluxo tentando buscar qualquer ação que tire os bolsonaristas desse estado de letargia típica dos desalentados.

Sua história de hoje é das mais quixotescas, mesmo se comparado ao uso recorrente do embuste para tirar o pai de situações embaraçosas, como foi com as últimas internações em que Bolsonaro se dizia entupido de cocô em função da facada de Adélio. Aquela facada sem faca e sem sangue que já virou piada nacional.

O fato é que o desespero de Carluxo e de Bolsonaro está incontrolável, é daquele desespero que não vê saída para fugir da derrota e, consequentemente da cadeia.

Agora, segundo o twitter de um anônimo, Adélio prestou um novo depoimento gravado pela PF, em que tira a culpa do Psol e diz que a facada foi encomendada pela campanha de Haddad.

Quando Hidelgard Angel antecipou essa paspalhice de Carluxo, dizendo que esse era o tal “algo novo” que salvaria o Brasil, pensei, acho que ela exagerou. A imbecilidade desses dementes não chegaria a tanto. Mas parece que eles realmente estão se confessando derrotados para colocar uma comédia dessa na praça. Eles já não conseguem raciocinar sequer como loucos, tal o grau de desespero em que se encontram com a iminente derrota de Bolsonaro em 2022.

Já Merval, que deve ter pesadelos com Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto, esta noite caiu da cama, bateu com a cabeça na bigorna e esculhambou com a justiça brasileira, dizendo que, se Moro é um bagunça, ele não é um ponto fora da curva dessa esculhambação que é a justiça brasileira, porque ninguém no mundo dos togados é imparcial.

Ou seja, segundo o inacreditável Merval, não poderia ser este o motivo da anulação da condenação de Lula.

Segundo fontes do hospício Últimos Horizontes, essa piada contada por Merval, foi oferecida para Carluxo que refutou dizendo, aí não, já é humilhação, vão acabar dizendo que sou maluco de pedra.

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André Mendonça, indicado por Bolsonaro decide continuar à frente de processo contra o presidente

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que deixasse a relatoria de um processo que tem como alvo o presidente Jair Bolsonaro. Assim, ele, que foi nomeado pelo presidente para integrar a Corte, vai continuar à frente do caso. Em dezembro do ano passado, Randolfe solicitou que Bolsonaro fosse investigado pelos crimes de prevaricação e advocacia administrativa em razão de declarações que deu sobre demissões no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), informa O Globo.

Na Corte, é comum que um ministro continue julgando processos que tenham relação com o presidente da República que o nomeou. Também já houve casos em que ocorreu o contrário, com o integrante da Corte se declarando suspeito e, assim, deixando de analisar um processo de quem o indicou para o STF.

Após ser indicado por Bolsonaro e ter seu nome aprovado pelo Senado, Mendonça tomou posse como ministro do STF em dezembro do ano passado. Por meio do sorteio eletrônico do tribunal, foi escolhido relator do processo que tem o presidente como alvo. Randolfe pediu então a suspeição de Mendonça, ou seja, a saída dele da relatoria. Entre outras coisas, o senador afirmou que Mendonça é amigo íntimo de Bolsonaro, além de já ter sido seu advogado-geral da União. “É sabida a estreita relação existente entre o Ministro relator e o Presidente da República, alvo desta ação, razão por que deve se declarar suspeito”, diz trecho do pedido de Randolfe.

Agora, Mendonça deu um curto despacho em que discordou do senador: “Quanto à alegação de suspeição deste Ministro, veiculada por meio da peça de nº 5, não reconheço a presença, no caso concreto, de quaisquer de suas hipóteses legais.”

O ministro do STF destacou ainda que o caminho para pedir sua suspeição seria outro, por meio de uma ação própria, e não por um pedido dentro do próprio processo contra Bolsonaro. Caso Randolfe resolva apresentar essa solicitação à parte, ela deverá ser analisada pelo presidente da Corte, Luiz Fux, e não pelo próprio Mendonça.

O ministro determinou ainda que três pedidos de investigação feitos contra Bolsonaro no caso do Iphan sejam enviados para análise da Procuradoria-Geral da República. Além do que foi apresentado por Randolfe, também há um da deputada Natália Bonavides (PT-RN), e outro feito em conjunto pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Somente se houver aval da PGR é que a investigação poderá prosseguir no STF.

No pedido de investigação de Bolsonaro feito ano passado, Randolfe pediu a apuração de demissões no Iphan depois de o próprio Bolsonaro ter admitido que determinou essa medida após o órgão federal ter interditado a obra de construção de uma unidade das lojas Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang. O senador também queria que Mendonça voluntariamente se declarasse suspeito para relatar a ação ou, alternativamente, enviasse o caso para o plenário ou o presidente da Corte deliberar a respeito.

O senador citou trechos de uma lei segundo a qual deve “haver suspeição quando o Juiz for amigo íntimo de qualquer das partes – tal qual é o Ministro André Mendonça em relação ao Presidente da República, como se pode perceber das manifestações publicamente conhecidas de ambos – ou quando for interessado no julgamento em favor ou desfavor de qualquer das partes – como, novamente, é o caso, na medida em que o Ministro poderá não ter interesse no devido processamento do feito, já que a temática eventualmente tivera seu aval no passado”.

Randolfe destacou que um dos períodos de Mendonça à frente da AGU foi entre janeiro de 2019 e abril de 2020. Entre outras coisas, cabe à AGU representar a União judicial e extrajudicialmente, inclusive com atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

“A troca da diretoria do Iphan ocorreu em dezembro de 2019, de modo que se percebe que o Ministro foi Advogado-Geral da União durante o período em que o Presidente da República promoveu a mudança da cúpula do órgão administrativo, tornando-se temerária sua atuação neste processo por sua vinculação direta aos fatos ocorridos”, diz trecho do documento de Randolfe.

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Isolado e sob pressão de olavistas, Bolsonaro faz viagem de alto risco

Sem destino e sem ser recebido pelos principais líderes do mundo democrático, o presidente Jair Bolsonaro se lança em uma viagem internacional de alto risco. O trajeto e a agenda, porém, foram em parte resultados de uma forte pressão por parte da ala olavista dentro do governo e cumpre uma lógica eleitoral.

Nesta segunda-feira, contra as recomendações do próprio Gabinete de Segurança Institucional e alertado por governos estrangeiros, Bolsonaro embarca para Moscou, onde se reúne com Vladimir Putin.

O presidente é visto como um pária internacional, criticado entre delegações estrangeiras e evitado por líderes democráticos. Mesmo dentro do Itamaraty, uma ala ciente da hesitação internacional que vive o país tenta evitar pedir reuniões bilaterais com chefes-de-estado estrangeiros em reuniões de cúpula, como no G20.

Em três anos de governo Bolsonaro, não foram poucas as ocasiões de falas constrangedoras do presidente em conversas com líderes estrangeiros. Uma delas, com o ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, beirou ao machismo e indiscrição. Quem acompanhou o encontro afirma que o japonês, depois de uns segundos de silêncio, gargalhou. Mas o incidente levantou o alerta no protocolo sobre a necessidade de adotar uma política de contenção de danos.

Já em novembro de 2021, em Roma, a agenda de Bolsonaro sem encontros com os demais líderes do G20 escancarou o isolamento.

Putin, que já elogiou a masculinidade de Bolsonaro, seria uma saída para tentar desfazer a imagem de pária. Tanto em termos de negócios, no campo militar e na aliança de valores ultraconservadores.

O russo, há uma década, também saiu ao resgate do ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, acusado em um escândalo sexual, contratação de prostitutas e até uma menor de idade. Na época, ele afirmou que o italiano não seria acusado se fosse gay, que Berlusconi tinha uma “atitude especial com o sexo bonito” e que os ataques ocorriam por “inveja”.

Mas Bolsonaro desembarca num momento de elevado risco. Fontes em Moscou revelaram à coluna que o foco do Kremlin nesta semana não é Bolsonaro. Um dia antes do encontro entre os dois líderes, Putin receberá a visita de Olaf Scholz, o novo chanceler alemão e que tentará convencer o russo a negociar uma saída pacífica para a crise envolvendo a Ucrânia.

Bolsonaro já foi orientado pelo Itamaraty e seus assessores mais próximos a ser apenas “superficial” ao debater eventualmente a crise ucraniana. O foco da viagem será o de dar sinais claros à sua base, em meio à campanha eleitoral, que o presidente não está isolado no mundo.

Nos últimos meses, longe dos holofotes, russos e brasileiros têm agido com muita sintonia em votações e debates na ONU relacionados com o papel das mulheres, LGBT e questões culturais e de gênero.

O governo também espera fechar um abastecimento de fertilizantes com os russos. De acordo com a FAO, há uma escassez do produto no mercado internacional e que pode acabar afetando a agricultura brasileira. De olho em costurar o apoio do agronegócio para a eleição no segundo semestre, Bolsonaro usará a viagem para deixar Moscou com vantagens concretas para o setor.

Dentro do Itamaraty, o temor de parte da diplomacia é que Bolsonaro amplie seu isolamento internacional com a viagem. O problema não seria visitar Moscou, um parceiro importante em governos anteriores. A dúvida é sobre a mensagem que a viagem mandaria, neste momento.

Militares que defendem uma aproximação maior do país à Otan também manifestaram preocupação, o que levou o governo a proliferar mensagens de apoio às autoridades ucranianas nos últimos dias.

Há também o temor de que Putin, sob pressão do Ocidente, transforme Bolsonaro em um instrumento de sua propaganda. Sem experiência internacional, o brasileiro poderia acabar servindo o Kremlin.

Olavistas pressionam por parada em Budapeste

Depois de Moscou, Bolsonaro chega no dia 17 à capital húngara, Budapeste. Até 2019, nenhum chanceler tinha sequer feito uma visita oficial aos húngaros, um país insignificante nas relações diplomáticas brasileiras. O comércio é também mínimo, enquanto os investimentos sequer fazem parte da agenda bilateral.

Desde a posse de Bolsonaro, porém, Budapeste se transformou em um destino privilegiado da ala radical do governo, incluindo o ex-chanceler Ernesto Araújo, a ministra Damares Alves e o deputado Eduardo Bolsonaro.

Agora, a parada do mais alto escalão do governo em Budapeste é resultado da pressão direta da ala olavista dentro do Executivo. O primeiro-ministro Viktor Orban representa o símbolo de um projeto da extrema-direita que vingou. Em uma década no poder, ele controlou a imprensa, o Judiciário, o Parlamento, as universidades, rescreveu a história do país, limitou as ações das ongs, atacou minorias e minou a democracia.

Fontes no Itamaraty indicam que a parada no aliado de extrema-direita foi um pedido liderado por Filipe Martins, assessor da Presidência e alvo de polêmicas por suas referências ao movimento extremista.

Bolsonaristas fervorosos e discípulos radicais de Olavo de Carvalho no governo também poderão acompanhar o presidente. Vários deles receberam autorização para afastamento de suas funções entre 13 a 23 de fevereiro, já publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro Gilson Machado, do Turismo.

Um grupo ligado ao setor do audiovisual e fomento à cultura também fará parte da viagem.

No mesmo dia em que Bolsonaro estará em Budapeste, entidades locais realizam, um encontro sobre propostas para modificar a educação das crianças, com alguns dos principais nomes internacionais do pensamento reacionária.

Na pauta da conferência estão temas como “Feminismo x Mulheres”, um questionamento sobre o papel das escolas em temas de gênero e orientação sexual e o papel da educação formando a identidade nacional. Outro tema é ainda um ataque contra o multiculturalismo, apontando como o modelo francês de integração levou a uma crise na sociedade.

Não falta nem mesmo um debate sobre os valores que o seriado “Sex and the City” trazem à sociedade.

Entre diplomatas brasileiros, porém, a aproximação de Bolsonaro a Orban também representa riscos ao país. O húngaro enfrenta uma eleição em abril e, pela primeira vez, corre o sério risco de ser derrotado. O endosso de Bolsonaro ao líder húngaro, portanto, é visto na Europa como um “enorme erro de cálculo”.

Jamil Chade/Uol

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Luis Nassif: Quem mandou matar Marielle?

Fato: a não descoberta do mandante do assassinato de Marielle só tem uma explicação: sua enorme influência política.

A partir daí, duas hipóteses: ou alguém ligado aos Bolsonaro ou às forças de intervenção, chefiadas por Braga Neto. Não há outra hipótese de poder político

O próprio Ministro da Justiça da época, Raul Jungmann, falou em personagens influentes. Não estava se referindo obviamente a nenhum chefe de milícia.

Pergunto: qualquer país que se pretenda civilizado pode conviver com esse nível de desinformação?

O assassino era contrabandista de armas e vizinho do presidente da República. E os filhos do presidente eram ligados ao chefe do escritório do crime. Como pode a ex-7a potência do mundo normalizar esse nível de suspeição em relação ao seu presidente? Bater no Monark é fácil.

Braga netto disse que poderia apontar culpados, mas não queria “protagonismo”. Como assim? Ele era o interventor do Rio.

Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto diz que a solução está próxima. Depois se cala e se torna o superpoderoso Ministro de Bolsonaro. Não há nada de estranho nisso?

Há duas hipóteses terríveis. Espero que nenhuma se confirme. A primeira, de envolvimento da intervenção com a morte de Marielle (menos provável). A segunda, a de um general que, dispondo de informações, chantageou o presidente da República, livrando-o da suspeita de um crime abjeto.

*Do GGN

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