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Movimento Federação Partidária deve fortalecer Lula em 2022

O PT já busca consolidar uma grande federação de partidos para apoiar a candidatura de Lula, incluindo o PCdoB e o PSB.

Além das tradicionais regras eleitorais, o ano de 2022 contará com um mecanismo novo de apoio e organização de partidos em torno dos candidatos: a federação partidária. Com o mecanismo, o PT já busca consolidar uma grande federação de partidos para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, informa o GGN.

A federação partidária permitirá que partidos se agremiem em grandes alianças por um período maior de tempo do que a simples votação eleitoral, obtendo mais apoio em torno das mobilizações de campanhas, mas principalmente unindo forças de partidos em torno a bandeiras programáticas em comum.

As federações duram, pelo menos, 4 anos e valem para os mandatos, por exemplo, de deputado estadual, distrital e federal. Assim como os próprios partidos, as federações terão estatutos próprios, regras e punições.

No Congresso, as federações também são comparadas a partidos, então contabilizam na proporcionalidade partidária, fazendo com que partidos pequenos ganhem maior representatividade em comissões e bancadas.

Com base neste novo formato de consolidação partidária, que valerá já para o ano que vem, o ex-presidente Lula busca o apoio permanente de partidos não somente para coligações no momento eleitoral, ao votar, mas para formar essa aliança da federação partidária, reunida no nome de Lula.

Entre os partidos buscados, estão o PSB e o PCdoB. O primeiro já iniciou, inclusive, uma consulta a todos os diretórios estaduais da legenda para verificar se as lideranças regionais concordam com uma federação junto ao PT.

Do total de 23 presidentes regionais do PSB que participaram da reunião, iniciada nesta quarta (08), 18 disseram ser a favor da federação com partidos de esquerda, incluindo ainda o PCdoB, o PSOL e o PV. Já 4 estados não concordaram com uma federação junto ao PT.

Caso angarie apoio suficiente das outras siglas, como o PCdoB, a federação daria um peso político ainda maior ao candidato Lula.

O movimento das federações é novo e outros presidenciáveis, inicialmente contrários à ideia, como Ciro Gomes (PDT) começam também a discutir internamente a formação dessas alianças.

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PoderData: Bolsonaro é rejeitado por 60% da população

De acordo com o levantamento, 54% do eleitorado avaliam o desempenho de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo.

O governo Jair Bolsonaro é desaprovado por 60% dos brasileiros, aponta pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (9). No levantamento anterior, feito há 15 dias, este índice era de 56%. Ainda conforme o estudo, 31% do eleitorado aprova a atual gestão, uma ligeira queda em relação à pesquisa anterior, quando 33% disseram apoiar o governo.

O levantamento também destaca que 54% dos entrevistados avaliam o trabalho do chefe do Executivo como “ruim” ou “péssimo”, ante 57% do estudo anterior.

Ainda assim, o índice confirma que a avaliação negativa do governo segue em alta. Mais da metade da população não vê o presidente como um bom gestor e a percepção positiva sobre Bolsonaro ficou estagnada em 22%, repetindo os menores resultados registrados pela PoderData.

Os que disseram considerar o desempenho de Bolsonaro “regular” totalizam 20%, contra 16% na última pesquisa. Os que não souberam responder são 4%. Ainda de acordo com a pesquisa, a diferença entre os que acham Bolsonaro “ótimo” ou “bom” e “ruim” ou “péssimo” foi de 32 pontos percentuais, ante o recorde de 35 pontos apontado há 15 dias.

Os números dão fortes indícios de que as motivações da avaliação negativa de Bolsonaro estão relacionadas a questões econômicas. Em setembro do ano passado, quando o grupo que considerava seu governo bom ou ótimo era maior do que aquele que o considerava ruim ou péssimo, a maior parte dos brasileiros também apontava melhora na vida com o presidente. Naquele momento, 37% dizia ter sua vida alavancada por Bolsonaro, enquanto 28% indicava piora desde que o ex-capitão assumiu. Foi neste período parcela considerável da população recebeu o Auxílio Emergencial.

No gráfico, é possível ver que as curvas entre os dois grupos se invertem ainda antes de janeiro. É neste mesmo momento que Bolsonaro também passa a ter avaliação negativa superando a avaliação positiva pela primeira vez.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2021 por meio de 3 mil entrevistas em 489 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos.

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Vendo o fiasco da terceira via, mídia já faz campanha por boicote no 2º turno para enfraquecer uma possível vitória de Lula

Para não parecer imóvel e mostrar algum serviço aos Marinho, Merval tirou da própria caixola uma daquelas suas perebas jornalísticas dizendo que Lula está entre os três candidatos à presidência mais rejeitados, sendo que as pesquisas mostram o oposto.

Aliás, alguém saberia dizer quantas vezes Merval já anunciou o velório político de Lula? Perdeu-se a conta.

Merval tenta criar uma falsa paridade entre Lula, Moro e Bolsonaro, assim como a Folha solta um daqueles pombos ridículos de que existem grupos, na verdade, o MBL que, em termos de representatividade, é um boa porcaria, que já debatem voto nulo caso o segundo turno seja entre Lula e Bolsonaro.

Lembrando que o MBL foi um dos mais saltitantes grupos bolsonaristas que rezavam pela cartilha do lado mais fascista da campanha do genocida em 2018.

E não tenham dúvidas, se Lula não estivesse na frente, eles nem usariam o nome de Bolsonaro como boi de piranha nessa fuleira tentativa de reduzir danos com uma, cada vez mais possível, vitória de Lula em 2022.

Essa catimba que a Folha faz é parte de um sistema de mídia que criou no Brasil uma intolerância midiática em que se perfilam todos aqueles que servem ao mercado, ou seja, toda a chamada grande mídia, que tem, em última ojeriza a cheiro de povo.

E Lula sequer voltou e a agitação dos mesmos capatazes da Faria Lima já está com as manguinhas de fora, o que dá a dimensão da sujeira que os donos dos castelos estão preparando para causar embrulho no estômago de qualquer brasileiro, porque o argumento da direita no Brasil sempre foi extraído do esgoto, da escória da pior escumalha política do país.

 

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Vídeo: Premiada do Multishow sobe ao palco com camiseta “picanha cerveja & lula 2022”

De maneira não prevista, a grande estrela da festa do Prêmio Multishow na noite desta quarta-feira (8) foi Lula. Vencedora na categoria “Canção do Ano” com a música “Crash”, Juçara Marçal e sua empresária, Mariana Mansur, deram o recado. A empresária subiu no palco vestida toda de vermelho e, na camiseta, a mensagem: “Picanha & Cerveja & Lula 2022”. Mansur foi a produtora do disco “Delta Estácio Blues” da cantora fluminense, que também venceu como “Álbum do Ano” na categoria superjuri.

“Tô em uma turnê na Europa, por isso tô mandando esse vídeo pra agradecer a esse prêmio do superjurí”, disse Juçara em um vídeo projetado no telão do prêmio. Ao final, a cantora fez um “L” com os dedos, símbolo de Lula.

Não foi apenas isso. A compositora e cantora IZA (Isabela Cristina Correia de Lima Lima), uma das apresentadora da premiação, ainda fez questão de convidar Mariana Mansur pra que saísse de trás do púlpito e fosse ao centro do palco: “não dá pra te ver, vem mais pra cá”.

Confira:

*Com informações do 247

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Alckmin estuda suspender filiação ao PSB para facilitar aliança com Lula

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode se desfiliar do PSDB e ficar sem partido —adiando a decisão de entrar no PSB.

Alckmin está sendo aconselhado a seguir esse caminho para que sua candidatura a vice na chapa de Lula não fique atrelada a disputas regionais da legenda com o PT, informa Mônica Bergamo, na Folha.

Mesmo com Alckmin fora do PSDB, Lula sinalizaria de forma ainda mais clara que deseja ter o ex-governador como vice em sua chapa, independentemente da legenda à qual ele vai se filiar.

Definido que o ex-governador será o candidato a vice-presidente, no PSB ou fora dele, as negociações do PT com os socialistas não envolveriam mais o nome dele em tentativas de acertos regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Uma eventual filiação de Geraldo Alckmin à legenda não poderia mais, portanto, ser usada como trunfo por integrantes do PSB, ficando desvinculada das ambições de suas lideranças regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Parte dos socialistas —entre eles o próprio presidente da legenda, Carlos Siqueira— tenta condicionar a filiação de Alckmin ao compromisso do PT de, em troca, apoiar candidatos do PSB aos governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O estado de São Paulo é o mais difícil de equacionar, já que o PT não pretende abrir mão da candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar o ex-vice-governador Mário França, do PSB, que também pretende se candidatar ao governo.

Em outros estados, a aliança é mais provável —e vital. Em Pernambuco, por exemplo, o partido necessitaria do apoio do PT para garantir a permanência no poder. No Rio de Janeiro, o candidato ao governo Marcelo Freixo conta com um acordo com os petistas e Lula em seu palanque para ficar mais perto da vitória.

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Lava Jato foi um dos piores momentos do jornalismo, diz Mário Magalhães

O jornalista e escritor Mário Magalhães disse, em entrevista ao “Jornalistas e Etc”, que a cobertura da Operação Lava Jato foi um dos piores momentos da imprensa brasileira.

“Acho que foi feito pouco jornalismo e muita propaganda. Um dos piores momentos do jornalismo brasileiro, que veio sucedido de um grande momento, a cobertura da pandemia, contra um governo de comensais da morte [nome dado aos seguidores de Lord Voldemort, vilão da série Harry Potter]”, analisou

Para o jornalista, a imprensa brasileira deve se comportar mais uma vez como propagandista, agora em relação à possível candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro à Presidência em 2022: “Quanto mais propaganda se dispuser a fazer, pior para a sociedade, que precisa de informação para que possa, autonomamente, tomar seu próprio juízo.”

Filme de Marighella

Mário Magalhães é autor da biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo”, lançado em 2012. O escritor contou ao “Jornalistas e Etc” que ficou muito satisfeito com a adaptação do livro para os cinemas, dirigido por Wagner Moura, lançado no Brasil mês passado.

“Estou felicíssimo com o filme do Wagner. Ele teve a sapiência e sorte de contar com uma equipe de luxo; o elenco é assombroso”, elogiou o jornalista. Ele garantiu que não mudaria nada no longa-metragem.

Rodado em 2017, o filme sobre Marighella passou por uma série de imbróglios com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) – órgão ligado ao governo federal -, e estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019, sob fortes aplausos dos presentes na sessão.

*Com informações do Uol

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Anvisa falta reunião com governo e aguarda portaria sobre entrada de viajantes

Após não comparecer em uma reunião com membros do governo federal para definir regras da quarentena que será imposta para viajantes não vacinados na entrada do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (8/12), que aguarda a publicação da portaria para que atue conforme as regras decididas pelo governo federal. Ontem, o governo recusou a recomendação do órgão regulador de adotar a exigência de um comprovante de vacinação para entrada no país.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na terça-feira (7) que exigirá de turistas não vacinados uma quarentena de cinco dias, para que só possam circular no país após um teste de resultado negativo feito a partir do quinto dia.

Diante da negativa do governo em exigir o comprovante de vacinação, a agência faltou a reunião prevista para a manhã de hoje no Ministério da Saúde. “A elaboração da Portaria que trata das regras de fronteiras e entrada no país não está na competência da Anvisa. Esta atividade é do escopo da Casa Civil e dos ministérios da Saúde, da Justiça, e da Infraestrutura”, justificou a agência em nota.

Mais tarde, durante a 19ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada, o diretor-presidente, Antonio Barra Torres, disse que o órgão apenas aguarda a promulgação da portaria para que a Anvisa atue consoante ao que for decidido pelo governo.

“A Anvisa precisa aguardar a promulgação da portaria, que vem daqueles que tem autoridade para fazê-la, os ministros da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça. Aguardamos que venha a público através do Diário Oficial da União para que possamos nortear nossas ações nesse campo específico”, disse em pronunciamento oficial na reunião.

Ainda na fala, Barra Torres lembrou que a pandemia da covid-19 não acabou e declarou que a importância da vacina já é “inconteste” perante a população brasileira. “Voluntariamente, mais de 70% de nossa população buscou e recebeu a primeira dose e mais de 60% buscou e recebeu a segunda dose”, ressaltou.

*Com informações do Correio Braziliense

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Ministro do TCU reconhece irregularidades em licitação para promover governo Bolsonaro no exterior

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar abriu um procedimento para apurar indícios de irregularidades no edital de licitação para a escolha de uma assessoria de imprensa que promoveria o governo Jair Bolsonaro no exterior em ano eleitoral ao custo de R$ 60 milhões. O caso foi revelado pela equipe do blog em novembro e se tornou alvo de uma representação do subprocurador-geral do tribunal, Lucas Furtado, informa Malu Gaspar, de O Globo.

O objetivo principal da assessoria de imprensa a ser contratada no ano da eleição é apresentar uma imagem positiva da gestão Bolsonaro no exterior. É o que informa o edital divulgado pelo Ministério das Comunicações. O briefing diz que a missão da empresa escolhida será “apresentar ao mundo” o modelo de gestão de Bolsonaro, destacando “o zelo pela democracia e pela institucionalidade”.

Em despacho do final de novembro disponibilizado na noite de terça-feira no sistema do TCU, Alencar determinou que o tribunal ouvisse a Secretaria de Comunicação do governo federal responsáveis pela licitação e solicitasse informações para esclarecer uma série de problemas encontrados nas regras da concorrência pelo Ministério Público de Contas, em petição do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.

O prazo para a realização de oitivas já terminou, mas o prazo para Secom fornecer as informações pedidas ainda está aberto. Em sua decisão, o ministro afirma que a Secom não é obrigada a entregar os documentos, mas a verificação deve prosseguir mesmo que o governo não se pronuncie.

O procurador Lucas Furtado tinha pedido também a suspensão do edital, mas, como as propostas ainda não foram entregues, o ministro entendeu que não havia materialidade que consistisse em um risco grave ao erário.

O primeiro problema reconhecido pelo ministro Alencar é a falta de justificativa para o preço estimado para os serviços. Além de ser o maior contrato da história da Esplanada para assessoria de imprensa, – R$ 60 milhões só em 2022 –, seu valor é pelo menos o dobro do que foi pago nos anos anteriores pelo Ministério do Turismo (Embratur) e o da Cidadania, exemplos usados pelo próprio governo no estudo técnico preliminar que acompanha o edital.

Walton Alencar também concluiu que não há no edital fundamentação quanto os locais onde a empresa escolhida terá que montar escritórios de representação internacional. Washington, nos Estados Unidos; pela América do Sul, Bogotá, na Colômbia; na Europa, Londres, na Inglaterra e Paris, na França: no Oriente Médio e na África, Tel Aviv ou Jerusalém, em Israel; e pela Ásia e Oceania, Sidney ou Camberra, na Austrália. “Chama a atenção a preferência por Bogotá em vez de Buenos Aires e a exigência de duas cidades na Austrália e nenhuma na Ásia. Não há razões fundamentadas para essas escolhas”, escreveu o procurador Oliveira em sua decisão.

Além de apontar a falta de lastro técnico para a escolha dos locais, o MP de Contas também afirma que a “definição taxativa do rol de cidades” restringe a competitividade da licitação, “pois o pode direcionar para empresa que já possua escritórios nessas localidades em razão de contrato anterior com algum órgão ou entidade do governo, como, por exemplo, a Embratur, o que reduz seu custo em comparação com concorrentes que não tenham escritórios já estabelecidos nessas praças”.

Outra questão crucial sobre a qual a Secom terá que se justificar ao TCU é o conteúdo do briefing em que o governo federal descreve o conteúdo das informações a serem divulgadas ao público.

A entrega das propostas está prevista para a próxima segunda-feira. O edital foi publicado no início de setembro pelo Ministério das Comunicações, ao qual está subordinada a Secom. A estratégia faz parte de um escopo de ações coordenadas pelo governo federal para promover a gestão de Bolsonaro contra o que chamam de “desinformação na mídia” às vésperas do pleito de 2022. Ao todo, as campanhas somam R$ 510 milhões.

Com base na petição de Oliveira, Walton Alencar reconheceu inconsistências nas informações que seriam divulgadas pela empresa que vencer a licitação. Além do “zelo de Bolsonaro pela democracia”, a empresa contratada também deverá “apresentar ao mundo” uma suposta coordenação bem-sucedida do combate à pandemia pelo governo federal, e a queda dos índices de desmatamento e queimadas na Floresta Amazônica.

Tudo isso, claro, a despeito das diversas manifestações antidemocráticas convocadas pelo próprio presidente, o desastre sanitário vivido pelo país e as próprias estatísticas oficiais que apontam uma devastação recorde na Amazônia.

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro cancelou iniciativa similar, de R$ 30 milhões, sob a justificativa de que a licitação representaria “uma das muitas fontes de ações escusas” de grupos no poder. Desta vez, aposta em uma concorrência que custará o dobro aos cofres públicos no momento em que seu governo vive altos índices de rejeição no Brasil e no exterior.

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Kennedy: Lula ganha argumento jurídico forte contra Moro com decisão do MPF

O pedido de arquivamento do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá (SP) pelo MPF (Ministério Público Federal) leva em consideração as regras do direito brasileiro, analisou o colunista Kennedy Alencar, durante participação no UOL News.

O MPF usou como base para o pedido o argumento de que, em abril de 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) já havia anulado as condenações de Lula, além de citar a prescrição das ações denunciadas. Para o jornalista, do ponto de vista legal, Lula se livra de vez dessa acusação.

“Lula tem determinada idade, ele é beneficiado com uma contagem de prazo [de prescrição de crime] pela metade. O que aconteceu foi uma investigação mal feita e manipulada pelo Moro, que deixou que não houvesse um julgamento desse caso do tríplex na Justiça de São Paulo”, disse Kennedy.

O colunista afirmou que Moro “manipulou regras de competência” para atrair o caso do tríplex para o Paraná, o que fez o STF considerar a 13ª Vara de Curitiba sem competência para julgar Lula. A Corte também decidiu que o ex-juiz agiu com parcialidade no julgamento do ex-presidente por denúncias de corrupção.

“Isso dá a Lula um argumento jurídico forte contra o Moro porque além de o Supremo ter declarado que nesse caso o Moro não tinha competência e foi suspeito, o MP agora diz que em função da decisão do Supremo não tem o que fazer e Lula é beneficiado por uma regra do direito brasileiro, que beneficia todos os cidadãos”, completou.

Kennedy Alencar também avaliou que as críticas de Sergio Moro após o pedido do MPF fazem parte da “única bandeira política” que o pré-candidato à Presidência pelo Podemos tem: o discurso do combate à corrupção. Nas redes sociais, o ex-juiz afirmou que “manobras políticas enterraram de vez o caso do tríplex de Lula.”

“Moro fez uma condenação política de Lula, perdeu no STF e agora critica um sistema de Justiça. Mas ele corrompeu a lei processual penal. Corrupção não é só desviar dinheiro público, é também um juiz que não cumpre o papel dele de respeitar as leis para condenar as pessoas”, analisou o colunista. “Ele é um santo de pau oco, que se finge de moralista, mas não tem moral para dar lição sobre corrupção.”

*Publicado no Uol

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STF anula condenação de Cabral e abre brecha para derrubar outros processos

Segunda Turma entendeu que juiz Marcelo Bretas não tinha atribuição para julgar desvios na Saúde.

A decisão da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) desta terça-feira (7) de anular as decisões do juiz Marcelo Bretas no curso da Operação Fatura Exposta derrubou pela primeira vez uma condenação contra Sérgio Cabral e abriu brechas para a queda de outros casos envolvendo o ex-governador do Rio de Janeiro, informa a Folha.

A Fatura Exposta investigou desvios na Secretaria de Saúde de Rio de Janeiro. Os ministros entenderam que não havia conexão entre os desvios no setor com a corrupção apurada na Secretaria de Obras, alvo da Operação Calicute, primeira ação contra Cabral.

O STF decidiu anular todas as decisões de Bretas na Fatura Exposta, redistribuir o caso e determinou que o novo juiz analise a convalidação ou não dos atos da 7ª Vara Federal Criminal. Pelos termos publicados no Supremo, se tornaram inválidos até mesmo as cautelares de bloqueio de bens dos investigados e o recebimento da denúncia.

Advogados e investigadores viram na decisão uma brecha para derrubar outros casos, já que apenas algumas das 33 ações penais contra Cabral na 7ª Vara, de Bretas, têm relação direta com a Secretaria de Obras.

“A concessão da ordem transcende, entretanto, as operações de saúde, uma vez que, nos fundamentos, os ministros rechaçam as argumentações, até então trazidas pelo MPF e pelo juiz Marcelo Bretas para fixação da sua competência em operações que não envolvam empreiteiras, como o caso da Eletronuclear, Operação Saqueador e Operação Calicute”, afirmou a advogada Patrícia Proetti, que defende Cabral.

A condenação anulada na Fatura Exposta impunha uma pena de 14 anos e 7 meses ao ex-governador, que agora soma 399 anos e 11 meses de prisão em 21 condenações ainda válidas.

A decisão ainda não tem efeito sobre a manutenção da prisão de Cabral. Os cinco mandados de prisão preventiva contra ele permanecem válidos e exigem alterações mais profundas no entendimento de seu caso para cair.

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