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Um arruaceiro expulso do exército, por vingança, ridiculariza as Forças Armadas

É só olhar no twitter a quantidade de memes sobre o desfile circense que Bolsonaro impôs aos militares.

Se essa foi a maneira que encontrou para mostrar que as Forças Armadas estão com ele, a percepção da sociedade foi bem outra, foi a de uma demonstração de submissão humilhante dos militares que não tiveram qualquer grau de consciência da pandemia que segue matando uma média de mil brasileiros por dia e, ao lado de Bolsonaro, expuseram-se sem máscara, justamente no dia que um oficial das Forças Armadas, o tenente-coronel Helio Bruno depõe na CPI do genocídio que acabou se transformando na CPI da corrupção do ministério da Saúde, sob o comando do general da ativa, Eduardo Pazuello.

Não dá para entender como um ex-tenente, expulso das Forças Armadas por arruaça, consegue impor uma humilhação tão constrangedora à força militar para satisfazer a objetivos pessoais, familiares, porque é disso que se trata toda essa questão que envolve até a circulação de tanques blindados na Praça dos Três Poderes.

A blindagem de uma família de corruptos que não tem sequer como listar a quantidade de acusações de crimes praticados por ela a partir de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, rachadinha e do envolvimento direto desse clã com o submundo do crime, com direito a condecorações e defesas públicas do próprio presidente a milicianos.

Essa história do voto impresso é somente mais um embuste de quem precisa ocupar as manchetes de jornais para esconder o desespero de quem, na melhor das hipóteses, sofrerá uma derrota eleitoral histórica em 2022, sendo expurgado da vida pública pela própria sociedade.

É bom deixar claro que não há garantias, e cada vez fica patente, de que ele chegará a ser candidato, já que, na medida em que os dias correm, a possibilidade de um impeachment, ganha cores cada vez mais fortes, o que significa a condenação e prisão de todo o clã, apesar de Arthur Lira.

Caso isso aconteça, esse arruaceiro não terá mais em suas mãos o controle das instituições do Estado que hoje blinda a organização criminosa.

Por isso assistimos a mais um ato de desespero, desta vez, expondo de forma vexatória as Forças Armadas que só pode ter  acontecido por vingança contra uma instituição que, mesmo em plena ditadura, cuspiu essa figura repugnante cada vez mais odiada pelo povo brasileiro que, por culpa exclusiva dele, assiste à morte de praticamente 600 mil pessoas, além de 15 milhões de desempregados, 20 milhões devolvidos à absoluta miséria, uma inflação em total descontrole, os alimentos chegando à hiperinflação, o que agrava ainda mais a insegurança alimentar de metade da população brasileira.

Essa imagem de um tanque queimando óleo é apenas uma das que estão sendo usadas como chacota numa tempestade de memes ridicularizando esse teatro de horrores que se viu em Brasília hoje.

Não resta qualquer dúvida de que a maioria dos militares percebeu que, para tentar intimidar a sociedade brasileira, Bolsonaro não viu limites para ridicularizar as Forças Armadas.

Detalhe, não tinha ninguém assistindo à palhaçada.

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Assista ao depoimento do coronel Helcio Bruno, citado como intermediador da Davati

A CPI da Covid ouve hoje o tenente-coronel da reserva e presidente do Instituto Força Brasil, Hélcio Bruno de Almeida. O militar é apontado por representantes da Davati como intermediador de um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco.

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia concedeu a Hélcio o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si mesmo após a defesa dele entrar com pedido de habeas corpus no tribunal. No entanto, o militar não poderá silenciar sobre os demais questionamentos. A ministra negou pedido para que Hélcio pudesse faltar ao depoimento.

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Tenente-coronel Helcio Bruno, alvo da CPI, intermediou mais de US$ 33 milhões com Defesa

O tenente-coronel da reserva Hélcio Bruno de Almeida, que é ouvido hoje na CPI da Covid, já intermediou ao menos três negociações envolvendo milhões de dólares no Ministério da Defesa.

Especialista e “consultor de Defesa e Segurança”, segundo seu currículo Lattes atualizado até o dia 29 de junho de 2020, Hélcio se apresenta nas redes sociais como representante sênior da empresa Suntech Soluções de Inteligência, adquirida pela companhia israelense Verint Systems.

Nos contratos junto ao Exército, Hélcio Bruno teria atuado como facilitador da empresa junto à área militar. O lobby feito pelo militar da reserva teria rendido contratos milionários da Verint junto ao Ministério da Defesa nos últimos anos. O Exército, porém, nega que ele tenha atuado como lobista (leia mais abaixo).

Contratos

Em 8 de outubro de 2018 é publicado no Diário Oficial da União um “extrato de inexigibilidade de licitação” de um contrato no valor global de mais de US$ 11,9 milhões.

A quantia desembolsada serviria para que o Exército Brasileiro adquirisse uma solução integrada “para a ampliação e atualização de sistemas de hardware e software da plataforma Verint”. A manutenção contratada é feita pela mesma empresa por se tratar de tecnologia de ponta e com programas exclusivos da companhia.

O documento, assinado pelo então chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, Edson Pujol, e pelo então comandante da Força, Eduardo Villas Bôas, apresenta como justificativa a “necessidade de atualização do sistema e inviabilidade de competição entre fornecedores para a aquisição”. Posteriormente, Edson Pujol se tornou comandante do Exército.

Dois meses antes, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército havia feito um acordo de compensação com a Verint que contemplava “16 projetos de compensação” concordados no ano anterior. O valor desembolsado foi de US$ 10,5 milhões e o pagamento ocorreu por meio da CEBW (Comissão do Exército Brasileiro em Washington).

A soma de dois dos três contratos que basearam o acordo de compensação, contudo, totaliza US$ 8 milhões. A reportagem não teve acesso ao valor do último contrato citado.

Já em 2020, um outro aditivo também teria contado com a influência de Hélcio Bruno. Assinado pelo então comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica, Carlos Alberto Dahmer, três projetos de compensação firmados em 2019 custaram à União quase US$ 10,8 milhões.

Procurado, o Centro de Comunicação Social do Exército disse que Hélcio Bruno “não intermediou nem atuou de qualquer forma como representante das empresas citadas”.

“Cabe destacar que o Exército Brasileiro conduz os seus processos de compra cumprindo rigorosamente os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência”, afirmou em comunicado.

*Lucas Valença/Uol

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O cerco se fecha: TSE apresenta ao STF nova notícia-crime contra Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou no final da tarde desta segunda-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova notícia-crime contra Jair Bolsonaro, acusado de divulgar informações confidenciais do inquérito da Polícia Federal que investiga um ataque hacker sofrido pelo tribunal em 2018.

O pedido de investigação tem como alvos ainda o deputado federal Filipe Barros (PSL), relator da PEC do Voto Impresso, e o delegado responsável pelo inquérito.

“O crime que se busca apurar é o de divulgação de segredo, tipificado no Artigo 153, parágrafo 1º-A, cominado com o parágrafo 2º do Código Penal brasileiro”, diz a peça.

O documento, assinado pelo presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, e demais integrantes da Corte eleitoral lista “elementos comprobatórios da existência de informações sigilosas ou reservadas”. São eles:

  • (i) a menção, na portaria de instauração do inquérito, à existência de informações sigilosas do TSE,
  • (ii) a explícita anotação de sigilo no despacho do Juiz Auxiliar da Presidência deste TSE que encaminhou subsídios da apuração administrativa à Polícia Federal,
  • (iii) a advertência lançada pelo mesmo Juiz Auxiliar da Presidência deste TSE de que todas as comunicações com a Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal tinham caráter reservado;
  • (iv) a tarja de sigilo lançada em todas as páginas encaminhadas pelo Tribunal à Polícia Federal; e
  • (v) a autuação do inquérito policial perante a Justiça Federal da 1a Região sob segredo de justiça.

Segundo a notícia-crime, os dados sigilosos foram divulgados “após o levantamento do sigilo, aparentemente indevido, pelo delegado de Polícia Federal que preside as investigações” e posterior encaminhamento dos respectivos autos ao deputado Felipe Barros”.

*Com informações do 247

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Encurralado, a Bolsonaro só resta tumultuar, xingar

Jair Bolsonaro está encurralado e, a esta altura, só lhe resta tumultuar o ambiente. Já prevê, como disse hoje, a derrota na votação da PEC do voto impresso no plenário da Câmara. Mas não vai poder retaliar os deputados que votarem contra, já avisou o presidente da Casa, Arthur Lira – aquele que está sentado sobre uma centena de processos de impeachment.

No Judiciário, também bateu no muro. Em sua cruzada contra ministros do STF e do TSE, Bolsonaro está gerando diariamente novos elementos para alimentar os inquéritos abertos contra ele nas duas Cortes, onde está sendo investigados por propagar fake news contra a urna eletrônica e a eleição, caluniar autoridades, usar recursos da máquina governamental eleitoralmente, etc. Pode até não acreditar no prosseguimento dessas ações, já que tem costas quentes com o PGR Augusto Aras, mas está dando tiros diários no pés com sua atitude.

A poucos quilômetros acima da Praça dos Três Poderes, no QG do Exército, têm sido emitidos sinais discretos de que o Alto Comando das Forças Armadas não moverá um milímetro no rumo de um golpe para impedir as eleições de 2022 ou para desrespeitar seu resultado, ganhe quem ganhar. Por mais bolsonarista que seja o ministro da Defesa, isso já ficou claro.

Fora da ilha brasliense, o presidente da República também colheu péssimas notícias. As elites econômicas do país assinaram manifesto que começou com 200 assinaturas e está chegando a 20 mil repudiando suas ameaças às eleições. Tradução: o PIB, que já andava há tempos escabriado, desembarcou de vez de Bolsonaro.

A alternativa que resta ao capitão é tumultuar, xingar, chutar canelas, tentar botar os bolsominions nas ruas para aparentar uma força que, todo mundo sabe, ele não tem. Não se pode, é claro, subestimar a capacidade de um presidente arruaceiro. Pode fazer barulho, assustar, promover o conflito nas ruas e tentar chegar a uma convulsão social que supostamente justificasse uma intervenção das forças militares — a seu serviço.

Bolsonaro fará um primeiro teste de baderna no próximo sete de setembro, numa espécie de ensaio para a invasão tupiniquim do capitólio quando perder as eleições. É bom ficar de olho. Mas também é possível prestar atenção e não cair em armadilhas, adotando, desde já, uma estratégia contra provocações. A turma de Bolsonaro é barulhenta, mas é minoria — nas ruas e nas instituições.

*Helena Chagas/247

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Bolsonaro receberá um comboio de tanques para ameaçar a sociedade que paga a conta e os salários dos militares

É fácil entender as formas de opressão simbólica que Bolsonaro teve a infeliz ideia de protagonizar como modelo cívico de seu governo.

Amanhã, Bolsonaro receberá um comboio de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes emparelhados para afrontar mais do que a democracia brasileira, mas aos brasileiros que pagaram a tal compra dos tanques e, logicamente, os salários dos militares que vão, através de um ato simbólico, protagonizar uma intimidação a toda a sociedade brasileira.

Esse darwinismo às avessas que Bolsonaro promove, agrava-se e se adensa todas as vezes em que ele é derrotado e se sente mais encurralado.

Não é por acaso que essa desagregação ocorre no dia em que, tudo indica, o genocida sofrerá uma acachapante derrota na Câmara dos deputados contra a proposta do voto impresso.

Bolsonaro, para cada chaga que produz jogando o país na fila do osso, ele, vendo a reação crítica da sociedade, procura uma atitude belicista correspondente a essa situação para atacar direitos e a democracia brasileira.

O que parece é que essa produção de conflitos que já causou tantos furdunços na sociedade, a partir da posse de Bolsonaro, será sua tacada eleitoral mais recorrente até as eleições.

Não se pode folclorizar as atitudes do demente, que tem problemas mentais maiores do que se imagina, mas também não se pode aceitar isso como um processo político natural, porque até para uma democracia de mercado como a brasileira, ninguém, nem mesmo os super ricos estão aceitando o assassinato da democracia, a ideia de nação que Bolsonaro está produzindo.

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Indígenas denunciam Bolsonaro em Haia por genocídio e citam ex-Iugoslávia

Indígenas brasileiros apresentam hoje ao TPI (Tribunal Penal Internacional) uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por crimes contra a humanidade e genocídio. Marcando o Dia Internacional dos Povos Indígenas, o documento de quase 150 páginas aponta como, na avaliação dos autores da denúncia, o governo agiu de forma deliberada para “exterminar” etnias e povos e estabelecer um Brasil sem indígenas.

A denúncia foi preparada pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), que reúne entidades como a Apoinme (Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), Conselho do Povo Terena e Coordenação das Organizações Indígenas da Ama.

“Está em curso uma política de genocídio dos povos indígenas no Brasil, combinada com a prática de diferentes crimes contra a humanidade. São crimes que estão, neste momento, sendo praticados”, alerta o documento.

Esse é o terceiro caso que o TPI recebe contra Bolsonaro por conta da situação dos povos indígenas. Para que uma investigação formal seja aberta, a procuradoria da corte precisa concluir que tem o mandato para tal e que a denúncia é sólida o suficiente para justificar o inquérito.

A denúncia amplia a pressão internacional contra o governo brasileiro, com sua reputação minada por atitudes do presidente consideradas como inaceitáveis no campo do meio ambiente, na pandemia e em direitos humanos.

Os indígenas, desta vez, apresentaram ao TPI um documento que relata especificamente o papel do presidente na “destruição intencional, no todo ou em parte, de povos indígenas no Brasil, através da imposição de graves ofensas à integridade física e mental e sujeição intencional a condições de vida tais que acarretem sua destruição física ou biológica”.

“A política anti-indígena em curso no Brasil hoje é dolosa. São atos articulados, praticados de modo consistente durante os últimos dois anos, orientados pelo claro propósito da produção de uma nação brasileira sem indígenas, a ser atingida com a destruição desses povos, seja pela morte das pessoas por doença ou por homicídio, seja pela aniquilação de sua cultura, resultante de um processo de assimilação”, explica.

Bolsonaro também acusado de “extermínio e a perseguição a povos indígenas através de um ataque generalizado e sistemático contra os povos indígenas, bem como a imposição de outros atos inumanos, tipificados respectivamente como genocídio e crimes contra a humanidade pelo Estatuto de Roma”.

O documento traz o que, na avaliação dos indígenas, seria uma cronologia de atos e supostos crimes que formariam uma “política anti-indígena criada e implementada pelo presidente Jair Bolsonaro, diretamente ou com uso da máquina governamental, através inclusive de massiva e sistemática destruição do meio ambiente e dos elementos essenciais para a sobrevivência dos povos indígenas”.

Segundo eles, discursos, atos normativos, administrativos e omissões por parte do presidente fazem parte da política anti-indígena, realizada de forma “explícita, sistemática e intencional e encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, desde 1o de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial”.

“Esta política consiste em ataques sistemáticos aos povos indígenas, seja diretamente aos seus corpos, seja às suas terras, resultando no seu desaparecimento físico e no extermínio de modos de existência, com vistas, em casos específicos, a sua destruição”, denunciam.

A comunicação descreve como esta política anti-indígena incitou, facilitou e deixou de combater as invasões às terras indígenas, o garimpo ilegal, o desmatamento e a contaminação – por mercúrio, minérios ou Covid-19 -, afetando a vida, a saúde, a integridade e a própria existência dos povos indígenas no Brasil.

Sua política, portanto, seria marcada pelo “desmantelamento das estruturas públicas de proteção ambiental e aos povos indígenas”. “Os órgãos e as políticas públicas, antes voltadas ao respeito e proteção dos povos indígenas, foram transformadas em ferramentas de perseguição contra esses povos”, apontam.

Isso desencadeou invasões a terras indígenas, desmatamento e incêndios nos biomas brasileiros, aumento do garimpo e da mineração em terras indígenas.

“Os ataques às terras e aos povos indígenas estão evidenciados em múltiplos fatos, que perpassam desde a explícita recusa em demarcar novas terras, até projetos de lei, decretos e portarias que tentam legalizar as atividades invasoras, estimulando os conflitos”, apontam.

Um capítulo é ainda dedicado à pandemia da covid-19 que, segundo os indígenas “aparece como uma oportunidade para que o presidente continue com sua política anti-indígena”. “Ademais da intencionalidade do presidente Jair Bolsonaro na propagação do vírus pelo país, atos específicos atingiram especialmente os povos indígenas”, diz o documento, que ainda cita a recusa sistemática de realizar as barreiras sanitárias de proteção para evitar que a doença chegasse às aldeias.

Os números da morte

O documento ainda traz números concretos dessa destruição e morte. Até o dia 30 de junho de 2021, 56.174 indígenas foram infectados pela covid-19 e 1.126 morreram, sendo que o vírus já afetou 163 povos indígenas diferentes. O índice de letalidade entre os povos indígenas é de 9,6%, enquanto na população brasileira geral ele é de 5,6%. Ou seja, os dados apontam que a contaminação dos povos indígenas possui praticamente o dobro de letalidade se comparada com a população branca.

Já o desmatamento na Amazônia cresceu 70% na gestão Bolsonaro: entre 2009 e 2018, o INPE registrou uma média de desmatamento de 650.000 hectares por ano, ao passo que, durante o governo Bolsonaro, a média foi de 1.060.850 hectares por ano. “O cenário continua piorando, e muito. De acordo com o Boletim de Desmatamento da Amazônia Legal, desenvolvido pela Imazon, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 810 km2 de desmatamento na Amazônia Legal apenas no mês de março de 2021, um aumento de 216% em relação a março de 2020”, apontou.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), praticamente não havia desmatamento nessa terra indígena antes de 2016. A devastação foi de 2 km2 naquele ano para 13 km2 em 2017, 16 km2 em 2018 e explodiu em 2019, chegando a 119 km2.

Com base nos dados públicos oficiais, verificou-se, no primeiro ano do mandato do presidente um aumento, por exemplo, de 650% de invasões à Terra Indígena Ituna-Itatá, onde vivem índios isolados.

Segundo a Apib, os discursos do presidente Jair Bolsonaro contra os povos indígenas e a demarcação de suas terras tiveram consequências imediatas: de janeiro a setembro de 2019, o Conselho Indigenista contabilizou 160 ataques a terras indígenas, 51 a mais que em todo o ano de 2018.

Há ainda uma intensificação de registros na categoria “invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio”: de 109 casos registrados em 2018, saltou para 256 casos em 2019. Trata-se de um crescimento de 135%.

A denúncia ainda cita uma pesquisa realizada pelo Instituto Escolhas e concluída em fevereiro de 2021 revelou que, atualmente, mais de 6 milhões de hectares dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação estão ameaçados pela mineração. Até abril de 2020, o país já tinha 6,2 milhões de hectares ameaçados pela busca pelo ouro em áreas protegidas da Amazônia Legal, o que equivale a dois países do tamanho da Bélgica. Desses, 6,2 milhões de hectares ameaçados apenas pela busca pelo ouro, 3,8 milhões estão em Unidades de Conservação e 2,4 milhões estão em Terras Indígenas. O estudo mostra também que, desde 2018, houve um progressivo aumento de pedidos de mineração em terras indígencom um recorde de 31 pedidos em 2020.

Segundo os alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 72% de todo o garimpo realizado na Amazônia entre janeiro e abril de 2020 ocorreu dentro de áreas que deveriam ser “protegidas” – terras indígenas e as unidades de conservação. Nos quatro primeiros meses de 2020, a área de desmatamento para garimpo aumentou 13,44% dentro das terras indígenas da Amazônia brasileira em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 383,3, em 2019, para 434,9 hectares em 2020.

*Jamil Chade/Uol

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Gado ficou com aftosa depois que Bolsonaro jogou a toalha sobre o voto impresso

Ilude-se quem acha que o gado bolsonarista engole todas as mentiras de Bolsonaro. Ao contrário disso, o gado sabe que é mentira e, por isso mesmo, tem na figura do maior vigarista do país a imagem de um mito.

O gado acordou enfezado, ou seja, literalmente entupido de fezes e, tomado de raiva, foi no twitter de Roger, do Ultraje a Rigor, atropelar a ainda acanhada terceira via. Irritado com o ex-ídolo dos fascistas que, segundo o gado, atrofiou a mente e virou um anão choco por defender a vacinação.

Sim, o gado é temperamental e, na verdade, está irritado com o próprio Bolsonaro por ter se apequenado antecipando sua derrota para lá de sabida na Câmara dos deputados sobre a farsa do voto impresso.

O gado se alimenta de mentiras, gosta de espalhá-las, mesmo sabendo que são mentiras. É a sua cachaça, é assim que ele afoga suas mágoas e frustrações, bancando o bêbado social que viu na política a possibilidade de transformar as suas amarguras pessoais em vingança coletiva.

Seja como for, a tendência é Bolsonaro apostar cada vez mais na mentira e, junto, copiar Lula como faz hoje tentando emplacar a missão quase impossível de dobrar o valor do Bolsa Família que ele, durante os governos do PT, chamava de bolsa esmola, bolsa vagabundo.

A proposta de Bolsonaro para tentar sair do atoleiro diante de Lula, é dobrar a aposta no que Lula fez, mas o mercado que domina o Congresso não gostou nem um pouco dessa brincadeira de mau gosto. Se não conseguir emplacar o valor de R$300 ou R$ 400, o enganador dissimulado vai dar aquela explicação fajuta de um embusteiro que é.

E sem problema nenhum, o charlatão genuíno vai fingir espanto, dizer que tentou, mas que o Congresso e o mercado fecharam-lhe as portas.

No dia seguinte, o mentiroso criará uma nova farsa. É vida que segue.

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Depois de pautar a mídia com mais embustes, Bolsonaro diz que será derrotado na Câmara sobre o voto impresso

Bolsonaro, o embusteiro, que nunca teve e nem terá qualquer projeto para o país, nem precisava dizer logo na manhã desta segunda, que a proposta de voto impresso será rejeitada na Câmara dos deputados.

O pra lá de previsível gabinete do ódio já havia tirado da pauta do twitter essa agenda, antecipando que esse embuste já estava na prateleira junto com a farsa da facada de Adélio e a das fezes entupidas.

Bolsonaro podia poupar os ouvintes de uma rádio na Bahia, pois todos já sabiam que tal proposta seria derrotada. Ele, claro, colocou a culpa em Barroso dizendo que ele apavorou parlamentares em reuniões com lideranças para barrar sua proposta de voto impresso, este mesmo voto impresso que ele afirma ter ajudado Biden a fraudar as eleições americanas contra Trump.

A palavra de Bolsonaro vale tanto quanto o resultado de seu governo na saúde, na economia, na educação, no meio ambiente ou em qualquer pasta. E justamente por seu governo representar uma síntese de terra arrasada é que ele vai até 2022, semana após semana, dia após dia, hora após hora, fabricar factoides para servir como capim seco para seu gado que engole suas malandragens porque, na verdade, é tão ou mais malandro do que ele.

A única esperança que se tem, já que a grande mídia censurou a presença de Lula em seus programas, é que ela pare de bancar a leva e traz de Bolsonaro em cada mentira ou ameaça furada que seu governo corrupto e absolutamente inepto produz. Aliás, mentiras é a única coisa que esse governo produziu desde que Bolsonaro chegou ao poder.

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Política

Bolsonaro se cercou de idiotas e agora se vê cercado por eles

A elite brasileira sempre escolheu segregar pobres, negros e índios. Ou seja, pelo menos 80% da população, até porque a maioria dos pobres do Brasil é formada por negros, resultado de cinco séculos do país dos quais, quatro foram de escravidão.

Assim a elite vai sempre preferir um sujeito como Bolsonaro que cansou de avisar que, mesmo depois de sete mandatos como deputado federal, não sabia nada de coisa nenhuma. Mais que isso, sentia orgulho por não saber, pior, fez disso marketing político dando a isso o nome de “nova política”.

Bolsonaro viu e acertou que bastaria vomitar preconceitos contra pobres, negros, índios, mulheres, gays que estava garantida sem nenhuma dúvida a segregação da imensa maior parte do povo brasileiro, assim como preconiza a cartilha da nossa inacreditável classe dominante.

Agora, Eliane Cantanhêde, uma das mais proeminentes representantes do senso comum de Higienópolis, sintetiza o sentimento dessa elite que vê o país ser centrifugado pela estupidez de Bolsonaro e fez a seguinte anotação em seu twitter:

O único assunto nacional é voto impresso?! Informo que morreram mais de 560 mil brasileiros de Covid, há 15 milhões de desempregos (fora os desalentados), milhões estão morando na rua e com fome. Ah! E tem uma tal Amazônia virando cinzas.

Ou seja, a eterna madrinha dos limpinhos e cheirosos resolveu lembrar, pior, reivindicar um grau de consciência minimamente civilizado da própria mídia em nome de uma suposta pluralidade de assuntos para não deixar que Bolsonaro paute as manchetes, como vem fazendo com suas farsas.

Todo um processo de discriminação nas falas e comportamento de Bolsonaro durante a eleição, sequer foi questionado pela mesma Cantanhêde e congêneres, assim como também pela classe dominante.

Agora, Bolsonaro se vê cercado pelos mesmos com os quais se cercou para, dentro dessa chamada democracia à brasileira, deixar que o mercado feito por algumas empresas e ou pessoas desse destino aos recursos públicos, às políticas de governo.

Nesse sentido, todos os chamados serviços sociais deveriam ser classificados, como foram, de gastos que não trazem qualquer perspectiva de futuro ao país.

O resultado foi a desintegração total do que poderia formar um ciclo econômico de prosperidade, mínimo que fosse e, ao contrário, o país se vê literalmente na fila do osso, mostrando hoje pouca diferença nas perdas concretas entre o cidadão médio que empobreceu e o pobre que foi devolvido à miséria.

Esse é o nosso país que Bolsonaro utiliza com diversionismos múltiplos, para não dizer farsas, na tentativa de produzir as manchetes que ele próprio pauta, assim como foi há poucas semanas com a farsa das fezes entupidas para que as questões que envolvem o país como um todo se agravem e ninguém as discuta com profundidade.

Com isso, ninguém sabe como estará a situação do Brasil num futuro próximo sequer como perspectiva, o que faz aquela cordialidade com que as classes dominantes trataram o tóxico Bolsonaro se transformar em crítica ácida na tentativa de impedir que destrua o que ainda resta e arraste com ele boa parte dos endinheirados.

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