Categorias
Política

Governo Bolsonaro tentou importar vacina indiana com data próxima do vencimento, apontam documentos

Segundo matéria de Leandro Prazeres e Paula Ferreira, publicada no Globo, o contrato de R$ 1,6 bilhão com Covaxin é investigado pelo MPF; iniciativa é do fim de março mas imunizantes venceriam entre abril e maio, levantando suspeitas sobre capacidade de distribuição e aplicação das doses antes de expirarem.

O Ministério da Saúde tentou importar três lotes da vacina indiana Covaxin que seriam usadas no programa de imunização contra a Covid-19 com prazo de validade perto do fim. A informação está em documentos obtidos pelo GLOBO sobre o processo de importação do imunizante. Em fevereiro, ainda sob o comando do general Eduardo Pazuello, a pasta firmou um contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses da vacina.

O contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos (representante no país do laboratório indiano Bharat Biotech) para a compra das vacinas da Bharat Biotech é alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF). Os investigadores querem apurar detalhes do contrato e se a empresa terá condições de fornecer os produtos conforme o prometido. As negociações sobre a aquisição de vacinas também será um dos principais alvos da CPI da Covid.

A importação da vacina indiana está paralisada desde 31 de março, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o pedido feito pelo Ministério da Saúde. O contrato feito entre a pasta e a Precisa previa o envio de cinco lotes de 4 milhões de vacinas de forma escalonada. As entregas começariam em março e terminariam em meados de junho. Por esse contrato, o Ministério da Saúde seria o responsável pelo processo de importação junto às autoridades alfandegárias e sanitárias brasileiras.

Antes da negativa da Anvisa, no dia 23 de março, o Ministério da Saúde iniciou o processo de importação da vacina. A pasta enviou informações detalhadas à agência sobre os lotes que seriam importados. Ao analisar a documentação, técnicos da Anvisa constataram que, considerando a data de fabricação dos lotes, as vacinas iriam vencer entre abril e maio, o que levantou suspeitas quanto à capacidade do governo de distribuir as doses e dos estados e municípios de aplicá-las antes do prazo de validade expirar.

Anvisa questionou uso

Ao identificar o risco de que as vacinas poderiam não ser usadas a tempo, a Anvisa enviou, naquele mesmo dia, um ofício ao Ministério da Saúde pedindo esclarecimentos.

“O prazo de validade aprovado pela autoridade indiana para a vacina Covaxin é de 6 meses, se conservada em 2-8 °C. De acordo com as datas de fabricação dos lotes a serem importados, observa-se que o prazo de validade irá expirar nos meses de abril e maio/2021. Solicita-se esclarecer se é possível a utilização de todo o quantitativo previamente à data de expiração dos lotes”, diz o ofício.

Dois dias depois, no dia 25 de março, a Precisa respondeu ao ofício confirmando que, segundo as autoridades indianas, a validade da vacina era de seis meses, se mantida entre temperaturas de 2º a 8º C. O documento também informa que novos estudos teriam indicado que o produto poderia ser armazenado por mais tempo. O ofício, no entanto, não especificou que estudos seriam esses.

Na comunicação enviada ao Ministério da Saúde e à Anvisa, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, argumenta ainda que a empresa se comprometia a assinar um termo de compromisso para que nenhuma vacina chegasse ao Brasil com mais de 30% do seu prazo de validade transcorrido.

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Assim como aconteceu na grande mídia, Mainardi também sepulta Sergio Moro

A fila anda e Moro já foi completamente descartado pela mídia tradicional e blogueiros que vieram da mesma mídia e pegaram carona no ex-cometa da Lava Jato, Sergio Moro.

Ou seja, do ponto de vista político, Moro caiu em desgraça, saiu do anonimato e voltou para o nada, como bem sentenciou Gilmar Mendes. Agora ele está naquele já conhecido lugar nenhum reservado às celebridades instantâneas que, em pouco tempo, são colocadas no limo por não atenderem mais aos interesses das classes dominantes.

Moro foi até longe demais. O refluxo que enfrenta agora é fruto, por ora, de uma contaminação que deve ser evitada, assim como faz Mainardi, que se colocava como sócio de sua candidatura à presidência em 2022 e, agora, simplesmente deletou o seu nome dos posts do Antagonista.

A direita é assim mesmo, pragmática. Ela não quer perder vela com defunto ruim, sobretudo quando o assunto é a suposta terceira via que está sendo disputada entre pangarés eleitorais para ver quem pode dar um caldo qualquer para se chegar em 2022 com um nome que ao menos possa negociar com Bolsonaro, se este for mesmo candidato e a CPI da Covid não terminar em impeachment.

O fato é que os ventos mudaram completamente depois que o STF codificou o que já era consenso da sociedade.

Moro agiu contra Lula como um gangster jurídico, utilizando as formas mais vis para dar conta de seu objetivo, o de tirar Lula do combate em 2018, assim como também fez com Dilma, em que a Lava Jato foi decisiva na parceria com Aécio para promover o golpe e colocar Temer no poder.

O que impressiona é a velocidade com que se cria uma divindade midiática nesse país, e mais impressionante ainda é como ela desaba da noite para o dia quando esta perde qualquer valor institucional.

Uma mentira tem muito poder até ser desmascarada.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

O cerco se fecha: CPI da Covid vai pedir acesso a gravações das reuniões da Anvisa

A presidência e relatoria da CPI da Covid no Congresso Nacional vão investigar, além dos contratos assinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as gravações dos vídeos das reuniões da diretoria da agência. Segundo parlamentares ouvidos pelo UOL, os senadores vão pedir acesso ao material “o mais rapidamente possível”. O objetivo é analisar se a diretoria agiu com posicionamentos ideológicos ao decidir sobre assuntos relacionados a pandemia do novo coronavírus.

“Esses vídeos parecem fundamentais”, disse um dos senadores do colegiado.

A relatoria e a presidência da CPI estão conversando para apreciação rápida da pauta e adiantar esse pedido dos vídeos, assim como fizeram com os requerimentos de informações. Para sustentar o pedido, eles vão se valer de um protocolo da Anvisa que obriga a gravação em vídeo de todas as reuniões da diretoria.

A ideia é que os parlamentares já tenham acesso aos vídeos na quinta-feira (6), quando o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, prestará depoimento à CPI.

353 pedidos apresentados por parlamentares aguardam que o relator os acate para levar para votação pela comissão. Já foram apreciados 342 requerimentos pela comissão.

Os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich irão comparecer à CPI na terça-feira. No dia seguinte será a vez de Eduardo Pazuello, antecessor do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga – que, por sua vez, dará depoimento na quinta feira, mesmo dia do presidente da Anvisa.

*Na foto em destaque, diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres participa de manifestação com Bolsonaro.

*Com informações do Uol

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Planalto faz treinamento com Pazuello para a CPI da Covid

Ex-ministro da Saúde, que prestará depoimento na próxima quarta-feira, passou o sábado em reunião com assessores palacianos.

Às vésperas de prestar depoimento na CPI da Covid, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, participou neste final de semana de uma reunião reservada dentro do Palácio do Planalto com assessores do governo federal. Fora da agenda pública, o encontro ocorreu no sábado e tinha como objetivo treinar o militar para participar na próxima quarta-feira da comissão parlamentar de inquérito no Senado. Essa preparação faz parte de uma estratégia do governo para defender suas ações na pandemia e blindar o presidente Jair Bolsonaro.

No Planalto, há uma preocupação sobre o desempenho do ex-ministro da Saúde na CPI. Assessores palacianos estão preparando Pazuello para que consiga ser preciso nas respostas, evite o embate com senadores da oposição e não se atrapalhe diante da pressão de parlamentares experientes. Além de ser treinado para falar em público, o general tem recebido um vasto material que será utilizado para defender a sua gestão na crise da pandemia e provar que não foi omisso.

Após deixar o ministério da Saúde, Pazuello passou a ser tutelado pelo governo, foi transferido para um cargo administrativo em Brasília e está cotado para assumir um posto na Secretaria-Geral da Presidência. Recentemente, o militar realizou duas viagens ao lado de Bolsonaro e passou a despachar com frequência no Planalto. Sob pressão, o general está na mira da CPI e já foi alvo de uma ação por improbidade administrativa do Ministério Público Federal pelo colapso de oxigênio em hospitais de Manaus. Também é investigado pela Polícia Federal por possíveis crimes nesse caso de Manaus.

A operação para preparar Pazuello para enfrentar a CPI da Covid é coordenada pela Casa Civil, sob o comando do general da reserva Luiz Eduardo Ramos. Foi instaurado um comitê com integrantes de diferentes ministérios para levantar documentos e trocar informações estratégicas. Esse grupo de trabalho conta com a ajuda do coronel Élcio Franco, ex-secretário executivo do ministério da Saúde e nomeado no dia 23 de abril como assessor especial da Casa Civil. Segundo auxiliares palacianos, o militar está dedicado a compilar dados e preparar respostas para abastecer representantes do governo convocados pela comissão parlamentar.

Durante o trabalho desse comitê, no dia 21 de abril, a Casa Civil enviou um e-mail a 13 ministérios com um documento em que listava 23 “acusações” esperadas pelo governo na CPI da Covid. O intuito era solicitar subsídios para rebater os questionamentos de senadores da comissão parlamentar, apresentando relatórios das ações do governo no combate à pandemia. Mas o vazamento dessa investida, revelada pelo portal UOL e confirmada pelo O GLOBO, expôs o Planalto — e ajudou a municiar parlamentares da oposição.

Pazuello foi procurado neste domingo para comentar, mas não respondeu aos contatos feitos pela reportagem.

*Com informações de O Globo

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: O fundamental pronunciamento de Lula no 1º de maio

Quem vê os “austeros” políticos de direita defenderem o teto de gastos, como fazem para defender a cereja do bolo da responsabilidade fiscal, se não for muito atento, imagina que os governos de direita no Brasil foram páginas de um romance econômico, quando, na realidade, todos os governos de direita figuram, como é do conhecimento de todos, entre os mais frágeis no quesito economia para o conjunto da sociedade e dos próprios cofres públicos. Ou seja, foram verdadeiros enredos de um filme de terror.

Peguemos o resultado final dos 21 anos de ditadura de direita com João Figueiredo que fez tanto a inflação quanto a dívida pública explodirem, entregando a Sarney um país aos cacos que, por sua vez, passou o país agonizante a Collor que, de esperança de desentortar a economia, cassou a poupança de todos e ampliou as tragédias econômicas de Figueiredo e Sarney com uma hiperinflação apoteótica.

Depois, veio Fernando Henrique Cardoso, com o seu “clube da cifra” que buscou na Argentina o já fracassado plano do governo Carlos Menem conduzido pelo famoso Domingo Cavallo, de dolarizar a nossa economia na base de um câmbio artificial.

Todos esses governos neoliberais aqui citados, cada um com seu plano mirabolante, jogaram a economia brasileira no caos.

É certo que FHC ainda conseguiu, no primeiro mandato, manter uma euforia idêntica à de Sarney quando por um ano congelou a economia com seu Plano Cruzado, mas assim como ocorreu no governo Sarney, todo aquele universo místico de controle da economia ruiu, só que por dentro. E o Brasil, com FHC, simplesmente parou. Ele sumiu da mídia e o país sofreu quatro anos de apagão em tudo, da energia à economia, a ponto de ampliar a dívida com o FMI, iniciada pelos militares, mesmo depois de entregar na bacia das almas aos colegas do governo grande parte das estatais brasileiras.

Na verdade, seja terminando ou não o mandato, todos esses governos que antecederam Lula, tiveram seus governantes saídos de alguma forma dos seus mandatos de maneira melancólica e pela porta dos fundos do Palácio do Planalto, porque tinham plena consciência que entregavam aos brasileiros um país pior do que receberam.

Por isso, até os dias que correm, são pessimamente avaliados pela população.

Vem o governo Lula, o Brasil sai da 14ª posição das maiores economias do mundo e chega à 6ª. Detalhe, sem nenhum solavanco com planos econômicos milagrosos, ao mesmo tempo em que o país inicia um processo social absolutamente revolucionário que encanta o planeta, pois tira mais de 40 milhões de brasileiros da mais absoluta miséria. Programas esses que tiveram continuação e aprofundamento com Dilma que, até as manifestações de 2013, comandadas pela grande mídia e outros interesses sem rosto por trás daquela histeria coletiva, Dilma mantinha uma aprovação até maior do que a do governo Lula.

O Brasil vivia o pleno emprego, a valorização do salário, com um poder de compra nunca visto na história.

Mas 2013 deu a receita de como poderia se construir uma farsa popular que “pressionasse” o Congresso para se tirar a qualquer custo e sob qualquer pretexto, Dilma do seu segundo mandato, juntando o que existia de mais podre na sociedade para formar uma corrente que pudesse, através de um golpe, devolver o país a alguém como Temer que devolveria a cabeça dos brasileiros à forca, usando a bíblia neoliberal que detonou todos os governos de direita.

Com Temer, não foi diferente. Encomenda feita, encomenda entregue.

Temer, hoje, como é normal na mídia, nem é mais lembrado pelos articulistas da grande mídia que diziam que ele fazia um grande trabalho, está aí essa excrescência neoliberal chamada teto de gastos.

A economia do país foi sendo devolvida ao mesmo patamar da era FHC que Guedes, aprofundando a lambança de Temer, apenas empurrou a bola para dentro do gol, mas não do adversário, mas para o nosso gol, numa goleada às avessas que os neoliberais sempre impuseram ao povo brasileiro.

Só que no caso de Bolsonaro, temos dois agravantes, o coronavírus em parceria com ele, que produziram até aqui mais de 400 mil mortes e uma economia que não dá o menor sinal de vida, aprofundando ano após ano, mês após mês, uma crise econômica que ainda não se sabe o tamanho do buraco e suas reais consequências.

Dito isso, porque é o que interessa, o resultado de uma receita, podemos afirmar sem pestanejar, é que a direita sempre blefou quando o assunto é economia com um dicionário bíblico de palavrórios sobre o tema que terminam inevitavelmente num bolo solado que, aí sim, é dividido com a sociedade.

Por isso a importância do discurso que Lula fez neste 1º de maio, porque ele é o único que tem condição, de fato, de mudar como mudou, depois de pegar a economia estraçalhada de FHC e, agora, repetir a receita e mudar os índices econômicos trágicos que vive o Brasil e deixar claro de uma vez por todas que todos os governos neoliberais desde o golpe de 1964, promoveram verdadeiras hecatombes na economia e, por isso, não têm qualquer autoridade para abrir um debate sobre o tema.

Já Lula sobra caixa e realidade com números expressos na nossa memória. Ele ele pode e vai tirar o país de mais um atoleiro que a direita nos mergulhou.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

CPI da Covid tem gravações explosivas

Há uma sede por parte da imprensa de derrubar a gente. Eu poderia acabar com a pandemia hoje. É só eu juntar os meus ministros, pegar a Caixa Econômica, o BNDES, Banco do Brasil e voltar a pagar à imprensa como se pagava no passado. (Bolsonaro)

De acordo com matéria de Ricardo Noblat, publicada no Metrópoles, está à disposição da CPI da Covid no Senado uma fita explosiva contendo pouco mais de oito horas de gravações do presidente Jair Bolsonaro recomendando remédios ineficazes contra o vírus e criticando medidas adotadas por governadores e prefeitos que poderiam ter reduzido o número de mortos pela pandemia.

A voz debochada e arrogante de Bolsonaro ecoa numa sucessão de vídeos e áudios que mostram um claro desrespeito e desumanidade com os doentes, além do confronto permanente do chefe do governo com os fatos, a ciência e o bom senso, conforme apurou a jornalista Vanda Célia, colaboradora deste blog.

Assessores da CPI temem invasão dos arquivos da comissão para roubo do material, tamanho o impacto que os áudios poderão vir a ter nas eleições do ano que vem. O material está guardado em um cofre, e a senha só é conhecida pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e o relator Renan Calheiros (MDB-AL).

*Com informações do Metrópoles

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Dois caciques do bolsonarismo carioca caíram, o último está nas mãos de Arthur Lira

Nas voltas que o mundo dá, o que ainda ontem era glória, hoje é só treva. Sim, a rotação da terra produz a noite, e a noite produz a treva, o sobrenatural.

Toda essa gente de natureza dupla está se diluindo em névoa, evaporando. O primeiro filho das sombras do mundo bolsonarista a cair, foi Crivella, anunciando pela boca da aurora que o segundo grande espetáculo a cair em desgraça seria Witzel que, em pleno processo de CPI da covid, recolhe-se e desaparece da vida brasileira.

Mas falta um para que a fauna inteira dos pesadelos nacionais vá para o esgoto, para tanto, basta que Lira afrouxe um pouco a mão para que Bolsonaro caia e sua canoa vire, pelo menos, em última análise, foi isso que Ciro Nogueira deixou claro no encontro que teve com banqueiros e empresários, que o horizonte de Bolsonaro estava tão escuro na CPI quanto os processos que derrubaram Crivella e Witzel.

Depende de um assovio de Lira para que Bolsonaro tenha o mesmo destino dos outros dois trevosos que aparecem com ele na foto em destaque e que pegaram carona na calda do cometa bolsonarista.

Podemos citar também outro que já foi para o vinagre que, assim como os que foram desembarcados da política, foi eleito no embalo da histeria bolsonarista no Rio, o deputado Daniel Silveira, que segue o mesmo caminho do matadouro que já engoliu Crivella e, agora, Witzel, mas que falta pouco para que este que protagonizou a barbárie com a placa de Marielle tenha o mesmo destino, porque preso e, agora réu, não terá a menor chance de seguir com a sua curta carreira de deputado federal, o que enfraquece e amedronta ainda mais Bolsonaro, fortalecendo e aumentando o apetite de Lira no balcão das negociatas políticas.

A pergunta é, Bolsonaro tem cacife para bancar sua própria cabeça diante de um Lira com prato e garfo na mão para devorar o governo de seu protegido?

Como disse o senador Ciro Nogueira, a CPI não vai dar em nada, mesmo que provem que o governo Bolsonaro cometeu as maiores barbaridades que resultaram em mais de 400 mil mortes por covid, Lira não permitirá que o impeachment entre em votação, só não disse quanto isso vai custar a Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: Bolsonaro foi escrachado com protestos em SP no leilão da Cedae: “recua, genocida”

O presidente, junto com deputados governistas, esteve no local para participar do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e foi alvo de protestos do MTST.

O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de uma comitiva com deputados governistas, como Hélio Negão (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP), foi alvo de um escracho promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na tarde desta sexta-feira (30), em São Paulo (SP).

O presidente esteve no prédio da Bolsa de Valores para participar do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Ao sair do carro para entrar no prédio da Bolsa, Bolsonaro foi recebido com gritos de “recua, genocida”.

Os manifestantes carregavam faixas e cartazes com frases como “não aguento mais” e “fora, Bolsonaro”, e chegaram a atirar um ovo contra a comitiva presidencial. A ‘ovada’, por pouco, não atingiu o grupo bolsonarista.

“Se por um lado, Bolsonaro segue ignorando a letalidade da doença, incentivando o não uso de medidas de proteção como a máscara e tentando atrapalhar como pode a CPI da Covid-19, por outro, está lado a lado com os magnatas do mercado a fim de passar toda a boiada de privatizações, destruição completa das leis trabalhistas e da previdência social. Em paralelo a isso o povo brasileiro enfrenta a falta de vacinas, as novas cepas do vírus, o desemprego e a fome. Não há outra palavra para descrever Bolsonaro que não seja genocida”, diz nota do MTST sobre o protesto.

Confira:

https://twitter.com/jnascim/status/1388231267850891266?s=20

*Com informações da Forum

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

A reconstrução dos EUA com Joe Biden é um nó na cabeça dos “liberais à brasileira

Os Estados Unidos sempre viram no Estado o papel de indutor do desenvolvimento de longo prazo. Não se trata da visão nacional-desenvolvimentista da América Latina. Tem contextos, texturas, estruturas e história próprios.

Muito se tem falado e escrito no Brasil, com lentes brasileiras, sobre o Governo Biden e seus planos. Contudo, e isso não é novidade, tais lentes distorcem e deturpam ao fazerem ver um país que não existe e jamais existiu. Conta-se, por exemplo, uma história no Brasil de que o desenvolvimento dos Estados Unidos se deu pelo papel preponderante da iniciativa privada. Não há ideia mais errada do que essa para quem conhece a história deste país em que vivo há mais tempo do que no Brasil e no qual finquei as bases da minha carreira como economista, a qual passa hoje por uma espécie de transição. Os EUA sempre viram no Estado o papel de indutor do desenvolvimento de longo prazo. Não se trata da visão nacional-desenvolvimentista da América Latina, tampouco pode ser compreendida com lentes sulistas. O desenvolvimento norte-americano e a atuação do Estado têm contextos, texturas, estruturas e história próprios.

Pode ser uma história pouco contada no Brasil aquela segundo a qual os EUA se industrializaram por meio de políticas de substituição de importações e muitas práticas protecionistas inspiradas na obra de 1791 do primeiro secretário do Tesouro norte-americano, Alexander Hamilton. Em seu Report on the subject of manufactures, Hamilton delineou os conceitos de indústria nascente e apoio estatal, que, mais tarde, influenciariam não apenas a industrialização de seu país, mas a da Alemanha, a do Japão, a da França, chegando à América Latina nos anos 1930, quarenta e cinquenta.

A obra de Raúl Prebisch e o que ficou conhecido como pensamento Cepalino cita Hamilton recorrentemente, e não é por acaso. O Estado indutor norte-americano seria revisto e reinventado ao longo de toda a história, passando pela corrida espacial da Guerra Fria, o surgimento da Internet, o desenvolvimento do setor de tecnologia, sobretudo o de bioteconologia, que tanta relevância tem tido na atual pandemia. Para que as vacinas gênicas, as mais sofisticadas contra covid-19, saíssem dos laboratórios para os nossos braços, o Governo de Donald Trump fez a enorme Operação Warp Speed. Logo, no mundo real se deu o contrário do que sustenta o ministro da Economia brasileiro, e não haveria Moderna ou Pfizer sem a atuação vultosa do Estado.

Então entra em cena o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Muitos no Brasil têm interpretado os planos de Biden como uma ruptura em relação ao passado, seja o passado recente, seja o longínquo. Também entendo que há ruptura; mas penso não ser a que imaginam. A ruptura que se deu nas eleições de 2020 foi a passagem de um país liderado por uma pessoa despreparada para o cargo e com instintos nitidamente autoritários para outra com largo, orgulhosamente reclamado histórico político e um democrata, não somente pelo nome do partido ao qual pertence. Quanto ao resto, não há rompimento: os planos de Biden, vulgarmente apelidados de “Bidenomics”, são profundamente marcados pela tradição norte-americana do Estado indutor. Há, sim, diferenças marcantes, que reanimam essa tradição.

Os planos de Biden, literalmente trilionários, compreendem o American Rescue Plan, o American Jobs Plan e o American Families Plan. Todos eles aparecem em destaque no site da Casa Branca, em que são apresentados de forma clara e resumida, com acesso à integra do documento e convite a compartilhar como a política econômica lhe pode ajudar. Para entender melhor essa política, tomemos o American Families Plan, o seu segundo. Trata-se, como disse a Casa Branca, de um plano de “infraestrutura humana”, isto é, de uma agenda que parte do foco nas pessoas, em particular, das famílias, para dar forma a um Estado de Bem-Estar Social. Lembro aqui que, entre as economias maduras, os EUA são o único país que não têm as redes de proteção social robustas, como seus pares europeus. O nome do plano toma as famílias como elo de articulação das políticas de redistribuição de renda. A escolha reflete a percepção compartilhada de que a família é a unidade de cuidado por definição na sociedade norte-americana, como também é, por sinal, no Brasil.

O que salta a olhos de “liberais à brasileira” como excessivo é o entendimento de que, quando as desigualdades são demasiadas, políticas incrementais de proteção social não resolvem os problemas econômicos, sociais, e políticos. Primeiro, para equacioná-los pode ser importante ter um horizonte de igualdade, a qual é inalcançável, mas nem por isso precisa deixar de ser buscada. Sua busca pode criar condições que tornam a liberdade possível.

Segundo, políticas incrementais dificilmente têm o condão de reconstituir um senso de união nacional, de identidade comum, em sociedades extremamente fragmentadas e polarizadas. Quando Biden falava em unificação durante a campanha, a necessidade da ousadia estava explícita. Não viu quem não quis, ou quem não soube interpretar por desconhecimento. É realmente muito difícil entender os Estados Unidos e suas contradições quando não se vive no país: a máxima de Tom Jobim sobre os principiantes e seus olhares não vale apenas para o Brasil.

Tenho visto gente no Brasil dizer com grande confiança que a agenda de Biden está fadada ao fracasso no Congresso. A afirmação se baseia no fato de que os democratas têm uma maioria muito estreita no Congresso, sobretudo no Senado. Mas, novamente, essa é uma visão equivocada sobre as transformações que acometeram os partidos políticos daqui, especialmente o partido Republicano. Sob Trump, o partido Republicano deixou de ser aquele que defendia a “responsabilidade fiscal” na representação de déficits e dívida baixos. As reduções tributárias de Trump e os aumentos de despesas em 2017 levaram os EUA ao maior déficit em décadas, e esse cenário se produziu com o aval dos Republicanos no geral e, em particular, dos Republicanos mais tradicionais, como os Senadores Mitch McConnell e Lindsey Graham. Tivesse Trump sido um político mais dedicado, teria conseguido emplacar seu próprio plano de infraestrutura, no valor de 1,5 trilhão de dólares, alardeado por Steve Bannon durante a campanha de 2016 e tantas vezes mencionado nos anos trumpistas. É curioso que algumas pessoas tenham escolhido apagar isso de suas memórias.

O partido Republicano, hoje, tem dificuldades de enfrentar agendas que preveem grandes despesas, sobretudo se essas despesas forem facilmente sentidas e compreendidas pelas pessoas, pelas famílias. A aprovação de Trump subiu no início da pandemia quando seu pacote de assistência passou no Congresso, assim como a de Biden aumentou desde o início de seu Governo, mesmo o país estando muito dividido.

Aqui nos Estados Unidos há eleições a cada dois anos: no ano que vem haverá eleições legislativas. O custo para os Republicanos poderá ser alto caso eles rejeitem por completo a agenda de Biden ―e o partido sabe disso. É claro que os Republicanos haverão de se opor aos aumentos de tributação sobre corporações, os mais ricos, os ganhos de capitais, que devem financiar parcialmente os ambiciosos planos. Porém, apostar no fracasso da agenda Biden é nada entender do que aconteceu com os Republicanos e com os Democratas nos últimos quatro anos. Enquanto Republicanos buscam novos caminhos e narrativas políticas, Democratas se reinventaram a partir de algumas noções básicas de justiça social. Sim, básicas, pois os democratas mais à esquerda estão muito longe daquilo que brasileiros consideram ser “de esquerda”.

Com Biden, os Estados Unidos estão fazendo aquilo que sempre fizeram de melhor: se reimaginando e reiventando. Por certo, há lições aí para o Brasil. Mas elas estão longe de ser o que tantos regurgitam nos jornais ou na TV.

*Monica de Bolle/El País

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Ciro Nogueira comemora pizza na CPI e diz que Arthur Lira não colocará impeachment em votação

Mônica Bergamo: CPI não vai dar em nada para Bolsonaro, diz senador Ciro Nogueira (PP-PI) em encontro reservado com banqueiros.

Pelo que diz a matéria de Mônica Bergamo, publicada na Folha, Ciro Nogueira faz essa afirmação com um desprezo nojento às 400 mil mortes de brasileiros por covid, sem defender a inocência de Bolsonaro. Ao contrário, ele tem certeza da culpa dele por essa situação trágica porque passa o Brasil, mas também tem certeza da impunidade, porque, segundo ele, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, não encaminhará o pedido de impeachment, porque tanto Nogueira quanto Lira são cúmplices da política genocida promovida pelo governo Bolsonaro.

Certamente, a afirmação de Ciro Nogueira de que Arthur Lira é o garante de Bolsonaro e que nada passará sem seu crivo, está no fato de que se absteve por completo de qualquer sentimento humano com as 400 mil vidas perdidas, sem falar de um número sem fim de sequelados pela covid e seu sofrimento somado aos de familiares e amigos.

A festa que Ciro está fazendo pela pizza, que ele afirma que Lira vai garantir, certamente está no número de benefícios pessoais que os defensores da política genocida que os apoiadores terão com a lealdade com quem produziu esse morticínio.

De acordo com Bergamo, Ciro Nogueira foi didático: “ainda que o relatório de Renan Calheiros seja aprovado, nada acontecerá, muito menos o impeachment. Por motivo simples: o presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira, não deixará nenhum pedido de afastamento de Bolsonaro ser discutido”, funcionando como uma sólida barreira.

Ou seja, o senador não teve qualquer preocupação de defender um governo indefensável, o que ele deixou claro é que Arthur Lira vai garantir a impunidade, mesmo que a CPI revele e prove uma lista sem tamanho de crimes cometidos contra a vida do povo brasileiro que já deixou um rastro que coloca o Brasil na trágica marca de segunda maior nação de vítimas fatais por covid.

Isso é um escracho com o parlamento, mas acima de tudo, com a sociedade brasileira.

Não se sabe qual foi a reação dos banqueiros e empresários presentes no encontro reservado com Ciro Nogueira, porque, se não ficaram indignados com essa declaração canalha, são iguais ou piores que essa escumalha bolsonarista.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição