Categorias
Política

Militares contrariam fala de Bolsonaro de usar exército

As coisas vão de mal a pior, o cerco se fecha e as Forças Armadas batem de frente com o genocida.

Ideia é vista como esdrúxula no Supremo; políticos apontam repetição de padrão do presidente.

De acordo com matéria de Igor Gielow, publicada na Folha, menos de um mês após a maior crise militar desde 1977 no país, Jair Bolsonaro voltou a incomodar altos oficiais das Forças Armadas com o que consideram uma bravata: o uso do Exército contra medidas de restrição para combater a Covid-19.

Durante sua visita a Manaus na sexta (23), o presidente disse à TV A Crítica que “nossas Forças Armadas podem ir para rua um dia sim (…) para fazer cumprir o artigo 5º [da Constituição]: o direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa”.

Para membros da cúpula militar ouvidos nesta manhã de sábado (24) pela Folha, Bolsonaro confunde conceitos e usa sua posição de comandante-em-chefe da Forças Armadas de forma política, para pressionar adversários como os governadores João Doria (PSDB-SP) e Rui Costa (PT-BA).

O presidente, que já causara contrariedade anteriormente entre oficiais-generais ao insinuar que “o meu Exército” iria combater as restrições, desta vez foi mais detalhista ao desenhar o que pretende fazer.

“Nosso Exército, as nossas Forças Armadas, se precisar iremos para a rua não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição. E se eu decretar isso, vai ser cumprido”, num trecho observado por um almirante como tentativa de asseverar autoridade.

Juridicamente, a ideia do presidente é uma salada que foi vista como esdrúxula por integrantes do Supremo Tribunal Federal, onde qualquer ação mais radical de Bolsonaro invariavelmente iria acabar.

Na entrevista, ele disse que direitos fundamentais de ir e vir e de associação são tolhidos pelo toque de recolher. Como instrumento para sacar a carta militar, usou o surrado artigo 142 da Constituição, que dispõe sobre o emprego das Forças Armadas.

No texto, os Poderes podem requisitar o uso de força para manter a ordem pública. Aí entra o truque retórico de Bolsonaro, que na entrevista afirma que tem um plano discutido no governo para “o que fazer se um caos generalizado se implantar no Brasil pela fome”.

No discurso presidencial, medidas que visam coibir a circulação do novo coronavírus, que de resto nunca chegaram perto de um lockdown com exceções pontuais, são as responsáveis por desemprego e miséria.

Como é usual, ele culpou o Supremo por “lamentavelmente” ter dado poderes aos governadores e prefeitos, o que é uma leitura torta: a decisão da corte visava suprir justamente a ausência de ações de governo no começo da pandemia.

O fato de Bolsonaro ter demorado quatro meses para restabelecer um auxílio emergencial quando a pandemia recrudescia naturalmente não entra na fala.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), inclusive está discutindo a recriação de mecanismos do chamado Orçamento de Guerra, para aumentar o poder de fogo reduzido da ajuda neste ano.

O orçamento, aliás, em 2020 foi aceito pelo governo a partir de uma proposta que envolveu Congresso, Supremo e Tribunal de Contas da União, sem iniciativa por parte do Planalto.

A questão é que, na prática, o caos que há no país é sanitário, com as quase 400 mil mortes da pandemia. Na visão de oficiais, não há nada que demande ação militar, no sentido de violência ou saques sistemáticos de supermercados, por exemplo.

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

New York Times: Assolado pela Covid, o Brasil enfrenta uma epidemia de fome

Dezenas de milhões de brasileiros enfrentam fome ou insegurança alimentar à medida que a crise Covid-19 do país se arrasta, matando milhares de pessoas todos os dias.

Adolescentes magros como uma vara seguram cartazes em pontos de trânsito com a palavra fome – fome – em letras grandes. As crianças, muitas das quais estão fora da escola há mais de um ano, mendigam por comida em supermercados e restaurantes. Famílias inteiras se amontoam em acampamentos frágeis nas calçadas, pedindo leite em pó para bebês, biscoitos, qualquer coisa.

Um ano após o início da pandemia, milhões de brasileiros estão passando fome.

As cenas, que proliferaram nos últimos meses nas ruas do Brasil, são uma prova cabal de que a aposta do presidente Jair Bolsonaro de que poderia proteger a economia do país resistindo às políticas de saúde pública destinadas a conter o vírus falhou.

Desde o início do surto, o presidente do Brasil se mostrou cético quanto ao impacto da doença e desprezou a orientação de especialistas em saúde, argumentando que os danos econômicos causados ​​pelos bloqueios, fechamentos de empresas e restrições de mobilidade por eles recomendados seriam uma ameaça maior do que a pandemia para a fraca economia do país.

Essa troca levou a um dos maiores índices de mortalidade do mundo, mas também fracassou em seu objetivo – manter o país à tona.

O vírus está se espalhando pelo tecido social, batendo recordes dolorosos, enquanto o agravamento da crise de saúde leva as empresas à falência, matando empregos e prejudicando ainda mais uma economia que cresceu pouco ou nada por mais de seis anos.

No ano passado, os pagamentos emergenciais em dinheiro do governo ajudaram a colocar comida na mesa para milhões de brasileiros – mas quando o dinheiro foi reduzido drasticamente neste ano, com uma crise da dívida se aproximando, muitas despensas ficaram vazias.

Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome no ano passado – quase o dobro dos 10 milhões que passaram em 2018, o ano mais recente para o qual havia dados disponíveis, de acordo com o governo brasileiro e um estudo de privação durante a pandemia por uma rede de Pesquisadores brasileiros focaram no assunto.

E cerca de 117 milhões de pessoas, ou cerca de 55% da população do país, enfrentaram insegurança alimentar, com acesso incerto a nutrição suficiente, em 2020 – um salto em relação aos 85 milhões que o fizeram dois anos antes, mostrou o estudo.

“A forma como o governo lidou com o vírus aumentou a pobreza e a desigualdade”, disse Douglas Belchior, fundador da UNEafro Brasil, uma das várias organizações que se uniram para arrecadar dinheiro para levar cestas básicas a comunidades vulneráveis. “A fome é um problema sério e intratável no Brasil.”

Luana de Souza, 32, foi uma das várias mães que fizeram fila do lado de fora de uma despensa improvisada em uma tarde recente na esperança de ganhar um saco com feijão, arroz e óleo de cozinha. Seu marido havia trabalhado para uma empresa que organizava eventos, mas perdeu o emprego no ano passado – uma das oito milhões de pessoas que se juntaram à lista de desempregados do Brasil durante a pandemia, elevando a taxa acima de 14%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

No início, a família conseguiu gastar a ajuda do governo com cuidado, disse ela, mas este ano, uma vez que os pagamentos foram cortados, eles tiveram dificuldades.

“Não há trabalho”, disse ela. “E as contas continuam chegando.”

A economia do Brasil entrou em recessão em 2014 e não havia se recuperado quando a pandemia o atingiu. Bolsonaro costumava invocar a realidade de famílias como a de Souza, que não podem se dar ao luxo de ficar em casa sem trabalhar.

No ano passado, quando governadores e prefeitos de todo o Brasil assinaram decretos fechando negócios não essenciais e restringindo a mobilidade, Bolsonaro chamou essas medidas de “extremas” e alertou que elas resultariam em desnutrição.

O presidente também descartou a ameaça do vírus, semeou dúvidas sobre as vacinas, que seu governo demorou a obter, e muitas vezes incentivou multidões de apoiadores em eventos políticos.

Uma segunda onda de casos este ano levou ao colapso do sistema de saúde em várias cidades, as autoridades locais novamente impuseram uma série de medidas rígidas – e se viram em guerra com Bolsonaro.

“As pessoas têm que ter liberdade, o direito ao trabalho”, disse ele no mês passado, chamando as novas medidas de quarentena impostas pelos governos locais equivalentes a viver em uma “ditadura”.

No início deste mês, como o número de mortes diárias causadas pelo vírus às vezes ultrapassava 4.000, Bolsonaro reconheceu a gravidade da crise humanitária que seu país enfrenta. Mas ele não assumiu nenhuma responsabilidade e, em vez disso, culpou as autoridades locais.

“O Brasil está no limite”, disse ele, argumentando que a culpa é de “quem fechou tudo”.

Mas os economistas disseram que o argumento de que as restrições destinadas a controlar o vírus agravariam a crise econômica do Brasil era “um falso dilema”.

Em carta aberta dirigida às autoridades brasileiras no final de março, mais de 1.500 economistas e empresários pediram ao governo a imposição de medidas mais rígidas, incluindo lockdown.

“Não é razoável esperar que a atividade econômica se recupere de uma epidemia descontrolada”, escreveram os especialistas.

A economista Laura Carvalho publicou um estudo mostrando que as restrições podem ter um impacto negativo de curto prazo na saúde financeira de um país, mas que, no longo prazo, teria sido uma estratégia melhor.

“Se o Bolsonaro tivesse implementado medidas de bloqueio, teríamos saído mais cedo da crise econômica”, disse Carvalho, professora da Universidade de São Paulo.

A abordagem de Bolsonaro teve um efeito amplamente desestabilizador, disse Thomas Conti, professor do Insper, uma escola de negócios.

“O real brasileiro foi a moeda mais desvalorizada entre todos os países em desenvolvimento”, disse Conti. “Estamos em um nível alarmante de desemprego, não há previsibilidade para o futuro do país, regras orçamentárias estão sendo violadas e a inflação cresce sem parar”.

*New York Times

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

O que Mainardi fará da vida depois de decretada a morte política de Moro?

Se o antigo ditado diz “que para nascer um político tem que morrer um sábio”, o que se vê agora, é que, com a morte de um burro, morreu também o político, pior, morreu quem tinha ambição de ser seu braço direito na colônia curitibana.

O fato é que Mainardi está olhos saudosos no velho e caquético herói da capa preta curitibana. Não sobrou um cotoco de espada do Zorro do califado lavajatista.

E aí dá pra pensar, pra quem esse imbecil cita frases do filme O Poderoso Chefão como um soberbo espetáculo de burrice a céu aberto. Sim, porque Moro sempre foi um burro com orgulho de sê-lo.

Ele tem lá seus motivos, pois Mainardi viu nele uma sumidade. Mainardi, podem rir, que era apresentado pela revista Veja como colunista de cultura, viu em Sergio Moro a mistura do herói com o gênio, sobretudo o gênio que representava seu fígado amargo e sua bílis contra Lula. Foi tudo para o lixo.

De Moro, não sobrou um fio de cabelo para Mainardi tentar se agarrar.

Na verdade, Moro ainda dá um belíssimo abraço de afogado no fascista do blog O Antagonista depois de tomar um caixote no STF e desaparecer.

Já Dallagnol continua, como todo molecote abobado, explicando a goleada que tomou do STF.

Moro assumiu de vez a condição de tatu, entrou na toca e de lá não sai mais, não dá um pio, assumindo que, no duelo de morte com Lula, foi Moro quem morreu, porque é trouxa, é pato, é boboca, provinciano e inculto. Ele não teve condição de se medir diante do tamanho que Lula tem no mundo.

Mainardi, possivelmente, vai tentar cavar um espaço no bonde de Dória, porque certamente fará uma figuração durante meia dúzia de dias e, depois, esquecerá por completo que um dia foi o maior baba-ovo de Sergio Moro, o ex-herói dos tolos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Marco Aurélio de Carvalho: “Se Moro se mudar para os EUA, pediremos sua extradição”

Coordenador do Grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio de Carvalho afirmou que poderá ser feito um pedido de extradição de Sérgio Moro, caso o ex-juiz vá morar nos Estados Unidos, após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal por causa de sua parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um colega do ex-magistrado foi quem disse que Moro estuda novamente se mudar para os EUA.

“Se isso acontecer, vamos ter de pedir a extradição no Brasil pelos crimes que ele cometeu contra a democracia e contra o sistema de justiça brasileiro”, afirmou Carvalho. “Ele precisa responder pela violação do nosso Sistema de Justiça e pelos crimes que cometeu contra a soberania nacional”.

Em julgamento nesta quinta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição de Moro nos processos contra Lula.

O Supremo também decidiu que os processos contra o ex-presidente devem tramitar no Judiciário de Brasília (DF) e não no de Curitiba (PR).

A Corte já havia anulado, no dia 15 deste mês, as condenações de Lula, que teve seus direitos políticos devolvidos e está apto para, eventualmente, disputar a eleição presidencial de 2022.

*Com informações do 247

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Grampos sugerem que comparsas do miliciano Adriano da Nóbrega recorreram a Bolsonaro “o cara da casa de vidro”

Íntegra da matéria do Intercept

Diálogos transcritos de grampos telefônicos sugerem que o presidente Jair Bolsonaro foi contactado por integrantes da rede de proteção do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime. As conversas fazem parte de um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Polícia Civil do Rio elaborado a partir das quebras de sigilo telefônico e telemático de suspeitos de ajudar o miliciano nos 383 dias em que circulou foragido pelo país.

Logo após a morte do miliciano, cúmplices de Adriano da Nóbrega fizeram contato com “Jair”, “HNI (PRESIDENTE)” e “cara da casa de vidro”. Para fontes do Ministério Público do Rio de Janeiro ouvidos na condição de anonimato, o conjunto de circunstâncias permite concluir que os nomes são referências ao presidente Jair Bolsonaro. “O cara da casa de vidro” seria uma referência aos palácios do Planalto, sede do Executivo federal, e da Alvorada, a residência oficial do presidente, ambos com fachada inteiramente de vidro.

Após as citações, o Ministério Público Estadual pediu que a justiça encerrasse as escutas dos envolvidos nas conversas, apesar de eles seguirem trocando informações sobre as atividades ilegais de Adriano da Nóbrega. A interrupção reforça a ideia de que trata-se do mesmo Jair que hoje ocupa o Planalto. O MP estadual não pode investigar o presidente da República. Em casos deste tipo, tem a obrigação constitucional de encerrar a investigação e encaminhar o processo à Procuradoria Geral da República, que tem esse poder. Questionada pela reportagem, a PGR não informou se recebeu ou não a investigação do MP do Rio até a publicação desta reportagem.

O Intercept já havia reportado sobre as escutas em fevereiro, quando mostramos como Adriano dizia que “se fodia” por ser amigo do presidente da República, e em março, quando detalhamos a briga pelo espólio deixado pelo ex-caveira. As referências a “Jair” e “cara da casa de vidro” constam em novos documentos recebidos pela reportagem, que, em conjunto com as escutas anteriores, permitem entender a amplitude das relações do miliciano e da rede que lhe deu apoio no período em que passou foragido.

Adriano da Nóbrega fugia da justiça desde janeiro de 2019, quando o Ministério Público do Rio pediu a sua prisão, acusando-o de chefiar a milícia Escritório do Crime, especializada em assassinatos por encomenda. Ex-integrante da elite do batalhão de elite da Polícia Militar do Rio, ele foi expulso da corporação em 2014 por relações com a máfia do jogo do bicho.

As conversas de apoiadores do miliciano com supostas referências ao presidente começaram a aparecer nos grampos a partir do dia da morte de Adriano, em 9 de fevereiro de 2020, e continuaram por mais 11 dias. No dia 9 pela manhã, o miliciano foi cercado por policiais do Rio e da Bahia, quando se escondia no sítio do vereador Gilson Batista Lima Neto, o Gilsinho de Dedé, do PSL, em Esplanada, cidade a 170 quilômetros de Salvador. Segundo os agentes, o miliciano reagiu a tiros a ordem de se render. Os policiais reagiram e mataram Adriano com dois tiros.

‘Cara da casa de vidro’

De acordo com as transcrições, a primeira ligação supostamente feita ao presidente aparece no dia 9 de fevereiro de 2020 à noite, horas depois que Adriano foi morto. Ronaldo Cesar, o Grande, identificado pela investigação como um dos elos entre os negócios legais e ilegais do miliciano, diz a uma mulher não identificada (MNI, no jargão policial) que ligaria para o “cara da casa de vidro”. No telefonema, demonstra preocupação com pendências financeiras e diz que alertou Adriano que “iria acontecer algo ruim”. Ele fala ainda que quer saber “como vai ser o mês que vem” e que a “parte do cara tem que ir”.

Identificado pela polícia como ele entre os negócios legais e ilegais do miliciano, Grande diz que vai “ligar para o cara da Casa de Vidro”.

CasaVidro-Print3r4

Quatro dias após a morte de Adriano, em 13 de fevereiro de 2020, Grande fala com um homem supostamente não identificado (HNI), que tem ao lado, entre parênteses, a descrição “PRESIDENTE” em letras maiúsculas, e relata problemas com a família de Adriano devido à divisão de bens. O interlocutor se coloca à disposição caso ele venha a ter algum problema futuro. Apenas duas frases do diálogo de 5 minutos e 25 segundos foram transcritas.

CasaVidro-Print3r5

No mesmo dia 13, o nome “Jair” aparece em conversas de outros comparsas de Adriano – o pecuarista Leandro Abreu Guimarães e sua mulher, Ana Gabriela Nunes. O casal, segundo as investigações, escondeu Adriano da Nóbrega numa fazenda da família nos arredores de Esplanada após ele ter conseguido escapar ao cerco policial a uma luxuosa casa de praia na Costa do Sauípe, no litoral baiano, em 31 de janeiro de 2020.

Num dos diálogos, de pouco mais de cinco minutos, Ana Gabriela relata a uma interlocutora identificada apenas como “Nina” que “a polícia retornou com o promotor” a sua casa e que não pretende voltar para lá por causa dos jornalistas. Na sequência, diz: “Leandro está querendo falar com Jair”.

CasaVidro-PrintNina

Após a morte do miliciano, Ana Gabriela diz a uma interlocutora identificada apenas como Nina que o esposo, Leandro Guimarães, quer falar com Jair, numa possível referência ao presidente. Imagem: Reprodução/MPRJ.

Leandro Guimarães é descrito pelos policiais como um vaqueiro premiado, que ganha a vida organizando e participando de rodeios. Foi num desses eventos que o ex-capitão comprou 22 cavalos de raça mesmo estando foragido da justiça.

Minutos depois, Ana Gabriela faz outra ligação. O telefonema iniciou às 8h50 e terminou às 8h51. No campo de comentários, o documento sugere que o diálogo aconteceu entre Gabriela e Jair. A conversa, contudo, não é transcrita na íntegra. Os analistas apenas reproduzem a mesma frase destacada anteriormente: “Gabriela diz que Leandro quer falar com Jair”.

CasaVidro-PrintNinaJair

Logo após os episódios, o analista da Polícia Civil sugere que não sejam renovados os grampos do casal. O mesmo acontece com Grande, que, pelo teor dos telefonemas, segue tratando dos negócios de Adriano da Nóbrega e chega a ser chamado de “chefe” em uma das interceptações. O Ministério Público Estadual do Rio, que não tem atribuição para investigar suspeitas sobre o presidente da República, aceitou a recomendação. O mesmo procedimento já havia sido adotado depois que Orelha e a irmã de Adriano citaram Bolsonaro em seus telefonemas, como mostramos em fevereiro no Intercept.

Questionamos o Ministério Público Estadual sobre o porquê das escutas dos suspeitas terem sido encerradas após as menções ao “homem da casa de vidro”, a “Jair” e “HNI (PRESIDENTE)” e, sobretudo, se a instituição remeteu à Procuradoria-Geral da República as suspeitas da ligação dos suspeitos
com o presidente Jair Bolsonaro. Não recebemos nenhum retorno até a publicação desta reportagem.

‘Muito fiscalizado’

O nome do presidente já havia sido citado anteriormente em diálogos da irmã de Adriano, Tatiana da Nóbrega, e do sargento da PM Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, um dos homens de confiança do miliciano, como revelou o Intercept em março. Ao dizer a um interlocutor não identificado que “Adriano falava que se fodia por ser amigo do presidente da República”, Orelha acendeu a luz amarela entre policiais e promotores envolvidos na perseguição ao ex-capitão. “Essa luz passou a piscar vermelha no decorrer da análise das escutas e transcrição das conversas dos suspeitos de proteger o miliciano foragido enquanto o cerco se fechava”, me disse um dos envolvidos na investigação sob a condição de anonimato.

Para os investigadores, o conteúdo das novas transcrições sugere que a amizade entre o miliciano e o presidente não seria mera bravata entre os seus comparsas. Os Bolsonaro têm uma relação antiga com o ex-caveira. Em 2005, enquanto estava preso preventivamente pelo assassinato de um guardador de carros, Adriano foi condecorado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj. Uma semana após a morte do miliciano, em 15 de fevereiro de 2020, o presidente Bolsonaro o chamou de “herói” e afirmou que recomendou pessoalmente que o filho desse a medalha ao então policial. Flávio ainda empregou a mãe e a ex-mulher de Adriano em seu gabinete na Alerj, situação hoje investigada no inquérito das Rachadinhas.

Embora o ex-capitão usasse uma identidade falsa em nome de Marco Antônio Cano Negreiros, trechos das transcrições das quebras de sigilo mostram que todos os suspeitos ligados à rede de proteção de Adriano da Nóbrega sabiam que ele era foragido.

Em um diálogo captado em 7 de fevereiro, dois dias antes da operação que resultou na morte do ex-capitão, Ana Gabriela diz à mãe que não pode dar maiores explicações por telefone. A mãe então pergunta: “o rapaz está aí com você?” Ela reage com nervosismo e desconversa: “Não adianta que não vou dizer onde o rapaz está. Ele está em Esplanada com o Leandro”. A mãe insiste e acrescenta: “Graças a Deus que vocês não estavam na Costa do Sauípe. Esse rapaz não poderia estar por aqui. Ele está sendo muito fiscalizado”, concluiu.

CasaVidro-Print2

Trecho de uma conversa entre Ana Gabriela e a mãe em que ela diz que o “rapaz”, que a polícia entende ser Adriano, está em Esplanada (BA) com o marido. Imagem: Reprodução/MPRJ

Antes de se refugiar no sítio do vereador Gilsinho de Dedé, em que acabou sendo morto, e na fazenda do casal Leandro e Gabriela, o ex-oficial do Bope contou ainda com a ajuda de uma prima e de outro fazendeiro da região. As escutas dão a entender que a veterinária Juliana Magalhães da Rocha, que trabalhava como tratadora dos cavalos e das cabeças de gado do miliciano, chegou a alugar um carro que foi usado na fuga do ex-capitão do litoral baiano para o interior do estado. Já o fazendeiro Eduardo Serafim, proprietário de um rancho em Itabaianinha, na divisa de Sergipe com a Bahia, abrigou parte dos animais do chefe do Escritório do Crime.

CasaVidro-Print3

É na fazenda de Serafim que ficavam os 22 cavalos de raça comprados por Adriano. Nas transcrições, a polícia sugere que Adriano ou a atual esposa Julia Lotufo visitaram o local. Imagem: Reprodução/MPRJ

Mesmo com provas robustas de que ajudaram Adriano na fuga, nem o casal Leandro e Gabriela, nem o vereador Gilsinho, a veterinária Juliana ou o fazendeiro Serafim foram denunciados à justiça pelo MP do Rio. Procurada pela reportagem, a instituição não explicou porque preferiu deixá-los de fora da denúncia.

Uma investigação pegando poeira

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do MP do Rio, levou 406 dias para denunciar parte da rede de apoio ao miliciano. A operação Gárgula foi posta em prática após o Intercept ter revelado a disputa em torno dos bens do miliciano, em 19 de fevereiro deste ano. No mesmo dia da publicação da reportagem, o MP denunciou à 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça nove dos 32 suspeitos.

Apesar das evidências de que a mãe de Adriano, suas irmãs Tatiana e a sua ex-mulher também se beneficiaram do dinheiro ilegal acumulado pelo miliciano, o MP optou por levar à justiça apenas a então companheira do miliciano, Júlia Lotufo, e os policiais militares Rodrigo Bittencourt Rego e Orelha. Os três tiveram as prisões decretadas a pedido dos promotores.

No dia seguinte ao pedido de prisão, Orelha sofreu uma emboscada em frente de sua casa, em Realengo, na zona oeste do Rio e foi morto a tiros de fuzil. Dois dias depois, o coordenador do Gaeco, promotor Bruno Gangoni, aventou a possibilidade de o crime ter sido queima de arquivo, mas sem dar maiores esclarecimentos. Um dos principais aliados de Adriano, o PM poderia ter informações fundamentais para o desenrolar de investigações relacionadas às Rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro e à morte de Marielle, em que há fortes suspeitas do envolvimento do Escritório do Crime.

O Intercept questionou o MP sobre quem seriam os beneficiados com a morte do policial-miliciano e o motivo da denúncia não ter incluído os nomes dos integrantes da família de Adriano e seus aliados na Bahia. Mais uma vez, não obteve resposta até a publicação desta reportagem. A Presidência da República também não nos respondeu se o presidente entrou ou não em contato com comparsas do miliciano logo após a sua morte.

*Colaboraram com a reportagem Paula Bianchi e Guilherme Mazieiro.

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

O Globo já admite que Lula será presidente em 2022 e recuperar a imagem do Brasil no mundo

Um dos principais porta-vozes de O Globo, Ascânio Seleme, já dá como certa a vitória de Lula em 2022 rumo ao terceiro mandato.

Segundo o articulista e porta-voz dos Marinho, Lula terá ainda a missão de limpar a imagem do Brasil no mundo, imagem esta que, segundo ele, foi aniquilada após o desastre do governo militar de Bolsonaro.

Se de um lado, Ascânio diz que Lula está reabilitado política e moralmente depois da decisão do STF, que carimbou na testa de Moro o título de juiz parcial e todas as interpretações mais nefastas que o termo carrega, o articulista simplesmente deleta Moro da vida nacional, sob qualquer aspecto, o que não deixa de ser uma confissão de derrota vexatória de todo o contexto que envolve a republiqueta de Curitiba que teve como principal avalista justamente o império Globo.

E esse assunto ainda será muito debatido do ponto de vista da justiça, mas também da imprensa nacional, porque Ascânio Seleme está sendo econômico quando diz que a imagem do Brasil no mundo foi destruída por Bolsonaro, quando, na verdade, a imagem do judiciário brasileiro perante a comunidade jurídica internacional virou um trapo, o que é admitido, sobretudo por ministros do STF que participam de encontros internacionais de juristas.

O mesmo pode-se dizer da imprensa brasileira que, em artigos, é poupada em pela imprensa internacional, não fazendo uma crítica direta ao baronato midiático que elevou Moro à condição de herói nacional e Bolsonaro a presidente viável, contanto que o PT não voltasse ao poder, sob qualquer hipótese.

Mas sabe-se lá fora que o discurso feroz contra o próprio Lula colocando todas as luzes de celebridade sobre Moro e Bolsonaro, seguiu rigorosamente as instruções dos empresários de mídia no Brasil.

Diante do pesadelo ou dos pesadelos provocados por esse caldo que misturou duas milícias, a de Curitiba e a de Rio das Pedras, com Moro e Bolsonaro e o preço que isso custou ao país, e vendo que Lula é, sem dúvida, um dos quadros políticos mais importantes na geopolítica global, o jornal dos Marinho, através de Ascânio Seleme, de forma sábia, rende-se à realidade e dá a Lula a vitória e a missão de salvar o Brasil do inferno que a imprensa brasileira, sobretudo a Globo, ajudou a mergulhar os brasileiros.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

MP pede que TCU determine afastamento de Salles e manutenção do orçamento do Meio Ambiente

De acordo com matéria de Guilherme Amado na Revista Época, o Ministério Público junto ao TCU pediu nesta sexta-feira que o tribunal determine, em decisão cautelar, que o governo afaste Ricardo Salles do cargo de ministro do Meio Ambiente e mantenha o orçamento da pasta.

Na solicitação, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado menciona uma série de acusações contra a gestão do governo em relação ao Meio Ambiente e diz que caberia a Salles a implementação da política ambiental no Brasil.

“Considerando que o referido ministro insiste em atuar de forma contrária ao nosso texto constitucional, entendo que não há como mantê-lo no cargo”, diz o subprocurador-geral.

Furtado também pede que o TCU apure se são viáveis as promessas feitas por Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima, em que o presidente anunciou metas como neutralizar até 2050 a emissão de gases de efeito estufa e dobrar o orçamento de órgãos de fiscalização ambiental.

O subprocurador afirma que, pouco depois do discurso no presidente no evento, o governo federal cortou em R$ 240 milhões o orçamento do ministério, o que caracterizaria como “estapafúrdia” a diferença entre o discurso e a ação do governo.

“Questiono como pode em um dia o governo defender que irá reduzir o desmatamento ilegal e as emissões de gases poluentes; e no outro dia, cortar o orçamento do meio ambiente. Estamos vivendo de aparência?”, pergunta.

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: O que diferencia um gênio político como Lula de um juiz medíocre como Moro

Um dos grandes problemas da Lava Jato foi a república de Curitiba criar um enredo horrivelmente medíocre, independente de bordar uma legenda indecente nas imagens que construía na mídia, a brutalidade da narrativa que dependia mais da máscara exótica do que da explicação, criou um modo inconfundível de contar porcamente uma mentira.

Essa mentira deveria virar uma espécie de esperanto na mídia.

Com o tempo, essas fartas provas que engrossaram a corrente da fraude judicial, absolutamente pobre de imaginação, enfrentaram uma saraivada de críticas contra o teatralismo pitoresco que definiria como fenômeno de mídia uma operação policial.

Com isso, a Lava Jato por si só transformou-se no único tribunal supremo, ela investigava, inventava o enredo, julgava, condenava e, sobretudo, publicizava como símbolo grandiloquente do combate à corrupção.

Estávamos diante de um juiz milagreiro que, agora, transformou-se numa fúnebre caricatura do que sonhava ser.

Do outro lado, estava Lula, a principal vítima de toda a trama que tinha origem na própria mídia em harmonia com a república de Curitiba, para mexer com os sentimentos da população e transformar Lula num eterno bandido.

O problema que começa a transformar o terreno de Moro em um campo alagadiço já se dá na própria estética oficial que aparece no interrogatório de Moro a Lula.

O temperamento de Lula deu unidade irretocável aos seus valores, enquanto do outro lado, um juiz inseguro, como é comum aos que têm vocação à mediocridade, viu-se sem rumo, ficando perceptível que quem estava da defensiva não era o acusado, mas o próprio juiz.

Não era de se estranhar, simplesmente porque Lula sabia quem ele era e Moro também sabia perfeitamente bem quem ele era, que dependia de um figurino de herói pintado pela mídia para sustentar toda a podridão que produziu para brincar de polícia e ladrão com quem não deu vírgula de brecha aos que o interrogaram.

Lógico que Lula, além de ser absolutamente inocente, estava fortalecido naquilo que interessa, sua consciência. Do outro lado, acontecia justamente o oposto. E é aí que entra a genialidade política de Lula e a mediocridade de Moro e dos procuradores.

A precisão das respostas, a inclinação do corpo, o tempo e a inversão do protagonismo mostraram claramente o abismo que separa um gênio político de um juiz miseravelmente medíocre.

Essa é apenas uma fração de um extenso exemplo do que ocorreu durante todo o processo da Lava Jato. E aqui se fala de um juiz que teve todos os holofotes e torcida da mídia e, do outro lado, toda uma campanha de execração pública contra Lula, mas que ainda assim, como já mostrava na campanha de 2018, Lula teria dado um baile político com os pés nas costas do minúsculo Moro.

O que o STF fez foi somente ratificar a gigantesca diferença entre um anão moral que se fantasiou de juiz e o maior gênio da política brasileira que se transformou numa das mais importantes, senão a maior liderança política da atualidade no planeta.

É isso que, inapelavelmente, a história contará.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Ver Merval e Vera Magalhães de ressaca depois da extraordinária vitória de Lula no STF, não tem preço

Ver Merval Pereira e Vera Magalhães de ressaca depois de se embriagarem de ódio contra Lula, não tem mesmo preço.

Ontem, no Jornal das 10, na GloboNews, deu pena de Merval.

O coitado estava murcho, varado, parecia que o Saci tinha lhe sugado todo o sangue.

O sujeito era um bode só.

Merval, em seu comentário, não falou, assoviou, gaguejou, tropeçou e empapou.

O imortal da Academia Brasileira de Letras, estava morto. Aprisionado em seu próprio mundinho, viu-se só com seus demônios e parecia ter visto um fantasma na rotação que a terra deu lhe trazendo a noite e as trevas.

Já Vera Magalhães, na tentativa de fugir dos pesadelos que teve com a vitória de Lula no STF, sim, aqui é bom abrir um parêntese, tanto Merval quanto Vera não ficaram chateados com a derrota massacrante e definitiva de Moro, que viu a Lava Jato receber o último prego do caixão da república de Curitiba, a ressaca moral de ambos está na vitória de Lula que provocou um profundo desconsolo nos dois.

A poça em que se encontram Vera e Merval está relacionada à vitória de Lula, por isso os dois, depois de tanto suar, ficaram murchos e com a caixola lenta e vazia.

Vera Magalhães não quer nem falar do assunto. Para ela, essa tragédia tirou qualquer possibilidade de justificar alguma coisa. O tranco foi forte e o repuxo, impactante tanto em Vera quanto em Merval, que não fizeram mais do que todo o tipo de molecagem jornalística para pintar Lula como o pior dos seres humanos e atazanar a vida do ex-presidente o máximo que podiam.

Depois do julgamento histórico, os dois nem se remexem no ninho tucano, tal a ressaca de ódio em que se encontram.

Trocando em miúdos, o efeito colateral que o triunfo de Lula no STF provocou em Vera e Merval, foi brutal, daqueles em que os ressaqueados não sabem nem se vale a pena viver.

Como Lula gosta de dizer: chupa que a cana é doce.

Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

STF: O corrupto era o juiz

Uma frase brilhante de Gilmar Mendes marcou o dia de hoje, quando ele decreta a derrota de Barroso: “Vossa Excelência perdeu!”

Isso, diante de um Barroso totalmente descontrolado que, a essa altura do campeonato, já havia perdido o prumo e estalado o verniz.

Seja como for, esse contraste, depois de tantas chatices proferidas pelo relator Fachin, revelou com precisão o sentimento da sociedade diante da charanga moralistoide de um Barroso, que muitos sabem, votou com o coração sem a menor cerimônia.

Sua corneta da guarda anticorrupção já havia sofrido, na mesma sessão, um banho de justiça vindo de Lewandowski que acabou fechando a boca de Barroso com algodão.

Não, não era ele que estava na berlinda, apenas quis manter a condição de fiador da farsa dentro de uma concepção totalmente corrompida que se organizou na ilegalidade aonde o grandioso Moro fez com que muita gente fechasse os olhos para a corrupção do próprio juiz, enquanto fazia labaredas acrobáticas como herói da Globo.

A ridícula defesa de Barroso não leva em conta o vazamento criminoso de Moro contra a presidência da República, muito menos o vazamento das conversas de Mariza Letícia com os filhos, menos ainda se posicionou sobre uma sentença dada ao juiz que não possuía uma única prova contra a sua vítima.

Barroso sequer falou da enorme vergonha de Moro tirar Lula da disputa eleitoral para Bolsonaro ser eleito e, consequentemente, ele ser ministro, que fará lembrar que é o próprio Moro que afirmou nunca ter dito que havia uma combinação entre Lula e a OAS para que o ex-presidente beneficiasse a empreiteira de Leo Pinheiro em troca de um triplex.

Ou seja, Barroso parece que quis disputar com Moro quem tem mais vergonha na cara, quem é mais vigarista, quem ajeitou a constituição para flechar seu inimigo político.

Por isso, não é somente Moro que sai totalmente queimado do julgamento de hoje pelo STF, sendo considerado suspeito, vigarista, mau-caráter e corrupto, mas quem deu a ele sustentação, como é o caso de Barroso, Fachin e Fux, mas sobretudo a Globo que tratou como herói o juiz mais corrupto da história do Brasil e considerado pela imprensa internacional o mais corrupto do mundo na atualidade, criando uma farsa judicial nunca vista na história.

Foi tudo isso que o STF viu para condenar Moro e dizer em alto e bom som que Lula é absolutamente inocente. Ponto.

*Carlos Henrique Machado Freitas

Antropofagista interação – Siga-nos no Watsapp: https://chat.whatsapp.com/C3vFPKeGR4JGwnGrwc6O5F

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição