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STF aciona corregedoria do MPF para esclarecer ligações da Lava Jato com os EUA

O ministro Ricardo Lewandowski rejeitou recurso da defesa do ex-presidente Lula, mas cobrou o MPF por informações que não foram prestadas.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), reforçou a determinação de que a 13ª Vara Federal de Curitiba – onde atuava o ex-juiz federal Sérgio Moro – deve abrir para a defesa do ex-presidente Lula documentos do acordo de leniência da Odebrecht. Além disso, ele acionou a Corregedoria do Ministério Público para informar se há registros de elos da Força-Tarefa da Lava Jato com instituições estrangeiras.

“Esta Suprema Corte emitiu uma determinação clara e direta para que o Juízo de origem assegurasse ao reclamante amplo, incondicional — e não fragmentado e seletivo — acesso a todos os dados e informes constantes dos autos e seus anexos ou apensos, salvo aqueles envolvendo diligências em andamento, as quais, convém sublinhar, já não mais existem”, diz o ministro.

Na decisão, Lewandoski negou embargos declaratórios da defesa de Lula, mas destacou que a 13ª Vara não enviou os documentos na íntegra, como determinado, e entregou apenas fragmentos à defesa.

Em seguida, o ministro fez diversas críticas ao Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba, apontando contradições em esclarecimentos prestados pelo órgão.

Entre os pontos destacados está a ausência de informações sobre a colaboração do MPF com autoridades dos Estados Unidos e da Suíça – um dos pontos solicitados pela defesa. Os procuradores alegam que “não foi produzida nenhuma documentação relativa a comunicações com autoridades estrangeiras para tratar do acordo de leniência”.

“Essa assertiva, salta à vista, não se afigura verossímil, sobretudo porque os Estados Unidos da América e a Suíça são países que constam, expressamente, como aderentes do referido ajuste, conforme sua cláusula 7ª, na qual se lê o seguinte: ‘Este Acordo é parte de um acordo global coordenado pelas autoridades competentes das jurisdições brasileira, estadunidense e suíça […]’ (grifei). Os mencionados países, inclusive foram representados, respectivamente, pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (Department of Justice – DoJ) e pela Procuradoria-Geral da Suíça (Office of the Attorney General of Switzerland), conforme documento eletrônico 38, fl. 11″, destacou o ministro.

Por conta disso, Lewandoski aciona a Corregedora-Geral do Ministério Público Federal para informar no prazo de 60 (sessenta dias), se “de fato, inexistem – ou se foram suprimidos – os registros das tratativas realizadas pelo MPF de Curitiba com autoridades e instituições estrangeiras, bem assim os concernentes aos demais dados requeridos pela defesa”.

 

*Com informações da Forum

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Segunda turma vai contra decisão de Fux e não enviará ao plenário casos em andamento

Turma do STF é preventa para julgar recursos já iniciados, decide 2ª Turma.

Um caso que começou a ser discutido em órgão fracionário do Supremo Tribunal Federal deve ter seu embargo julgado por ele e não necessariamente ser remetido ao Plenário. O entendimento foi firmado pela 2ª Turma do STF, nesta terça-feira (24/11), ao analisar questão de ordem do ministro Gilmar Mendes.

O tema foi apresentado na sessão da semana passada, quando Gilmar defendeu que cabe à Turma a análise do embargo, sob pena de ofensa ao juiz natural. Nesta terça, os ministros Ricardo Lewandowski e Nunes Marques seguiram seu voto.

O colegiado decidiu conceder efeito suspensivo aos embargos de declaração para suspender a condenação e afastar a inelegibilidade do ex-deputado federal Washington Reis (PMDB-RJ), até o julgamento do mérito do recurso.

Nesta terça, Gilmar reforçou seu entendimento de que o relator do caso não pode mudar sozinho o órgão julgador (de Turma para o Plenário), após iniciado o julgamento do recurso, sem aval dos outros ministros. “Abrir tal possibilidade equivaleria a dotar qualquer relator do poder de unilateralmente mudar de colegiado ao seu alvedrio, o que abriria margem para manipulações processuais baseadas em prognósticos dos julgamentos”, afirmou.

Histórico do caso
O caso levado por Gilmar trata de um embargo de declaração pendente de análise há mais de dois anos. Vale explicar do início: em 2016, a 2ª Turma do condenou o deputado federal Washington Reis por loteamento irregular e crimes ambientais.

De acordo com a denúncia, os crimes foram cometidos entre 2003 e 2006, quando Reis foi deputado estadual e depois prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Reis renunciou ao mandato de deputado para assumir como prefeito em 2017.

Naquele ano de 2017, ele interpôs embargos e depois pediu para suspender o recurso e afastar a inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa, porque pretendia concorrer ao pleito municipal. O parlamentar argumentou que havia um fato novo: o corréu no processo, que não tinha foro, foi absolvido pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti (RJ) dos crimes ambientais. As imputações e o contexto fático foram os mesmos de seu processo, alegou o deputado.

Três anos depois, os embargos ainda não tinham sido analisados. Em agosto de 2020, o relator, ministro Dias Toffoli, declarou suspeição por foro íntimo. Com isso, os autos foram redistribuídos e acabaram sob relatoria do ministro Luiz Edson Fachin.

“Essa circunstância, por si só, já denota que a mora do tribunal em apreciar os embargos de declaração precipitou situação que torna o deslinde prejudicial em relação à questão jurídica controvertida na ação de registro de candidatura em trâmite na Justiça Eleitoral”, considerou Gilmar.

Ao assumir o caso, Fachin negou o pedido de suspensão dos embargos de declaração por entender que não havia plausibilidade jurídica ou perigo na demora. Mais tarde, o relator encaminhou os autos para inclusão na pauta do Plenário da corte. E é neste ponto que Gilmar discorda.

Para o ministro, para que seja cumprido o despacho de Fachin ao Plenário, é preciso que a 2ª Turma delibere se a continuidade do julgamento dos embargos deve ocorrer ali ou no Plenário. A garantia do juiz natural, disse o ministro, “impede que alterações posteriores de norma de competência sejam aplicadas de forma retroativa a inquéritos ou ações penais já em curso e com recursos interpostos”.

Citando precedentes, o ministro ponderou que tanto a jurisprudência da corte, quanto a do Superior Tribunal de Justiça, admitem a prorrogação excepcional de competências constitucionais “justamente nos casos em que seja necessária para preservar a efetividade e racionalidade da prestação jurisdicional”.

O deslocamento deste caso para o Plenário, conforme análise do ministro, possibilitaria o julgamento “por ministros que não participaram da leitura do relatório, das sustentações orais e nem dos debates, o que prejudicaria a defesa”.

“A pendência do julgamento nos embargos afetava a pretensão eleitoral na medida em que o acórdão condenatório prolatado pela 2ª Turma atrairia em relação ao embargante a causa de inelegibilidade”, afirmou o ministro, votando para atender ao pedido e suspender os efeitos de condenação.

Vencido, Fachin votou pelo não conhecimento até da questão de ordem porque foi apresentada pela presidência da Turma. Segundo o ministro, a medida usurparia sua competência como relator. Para ele, a competência para julgamento do caso deve, sim, ficar com o Plenário, conforme decidido recentemente sem qualquer ressalva sobre as ações penais envolvendo réus com foro.

Não participou do julgamento a ministra Cármen Lúcia.

 

*Do Conjur

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Vídeo: Moro usa Roberto Carlos para se promover como candidato à presidência

Moro, através do empresário de Roberto Carlos, usa o cantor para promover a sua candidatura à presidência da República. Moro sempre trabalhou com a ideia de que, sem marketing e jogadas, não chegaria aonde chegou. Ele deixa claro que entende mais de marketing do que de justiça.

Assista:

*Da redação

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Livro da Vaza Jato mostra assessoria de Vladimir Netto para Dallagnol e intimidade do procurador com dono da Globo

O livro do Intercept sobre a Lava Jato, de Letícia Duarte, traz duas reportagens inéditas: uma sobre as relações dos procuradores com a Globo, outra sobre o dia da condução coercitiva de Lula.

Quem aparece muito nos diálogos do Telegram é o repórter Vladimir Netto, do Jornal Nacional, responsável por vários “furos” que lhe foram passados pela República de Curitiba.

Além dele, surge um dos donos da emissora, João Roberto Marinho.

Reproduzo nesta resenha alguns dos colóquios retirados da obra.

O chefe da força tarefa já privilegiava a Globo em relação ao resto da mídia e queria vender suas dez medidas contra a corrupção com vistas, entre outras coisas, a uma carreira política.

Em novembro de 2015, Deltan se encontrou com João Roberto, presidente do Conselho Editorial.

Ele menciona no aplicativo um “encontro mais reservado”, “bem restrito”, com o chefão da imprensa em evento da FGV. Pede ao grupo para manter “sigilo”.

Requer também à equipe: “Queria falar com Merval Pereira”. O almoço marcado com João Roberto tem como objetivo conseguir o “apoio da Globo”.

Eles se reúnem no dia 25 de novembro na casa de Joaquim Falcão, professor da FGV e amigo da família.

Segundo DD, João Roberto prometeu “abrir espaço de publicidade na Globo gratuitamente”. Um editorial apoiando a Lava Jato seria publicado logo depois.

Dallagnol e João Roberto Marinho criaram uma proximidade daí em diante. Numa demonstração de poder e influência, DD passa a Janot o telefone de JRM.

“O arquivo da Vaza Jato mostra que a forca tarefa antecipava informações para jornalistas da emissora e dava dicas sobre como achar detalhes quentes nas denúncias”, lê-se.

Dallagnol pedia dicas aos profissionais globais.

Incomodado com as críticas à condução coercitiva de Lula em março de 2016, recorreu a Vladimir.

O filho de Míriam Leitão é autor de uma hagiografia de Moro, que abrilhantou o lançamento com sua presença na capital do Paraná.

“Lava Jato – O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil” vendeu mais de 200 mil exemplares.

Serviu de base para a série “O Mecanismo”, de José Padilha, nossa Leni Riefenstahl, a cineasta do nazismo.

Vladimir escreve que Moro exibe “rigor e coragem”, conduz tudo “com maestria”, “trabalha com afinco em busca de resultados”, é “um excelente pai”, “trocava fraldas, acordava à noite quando a bebê chorava e cuidava do umbigo da menina.”

Os papos entre Dallagnol e Vladimir vão de 2014 a 2019 e enchem “35 páginas de livro”.

Vladimir sugeriu-lhes não emitissem nota sobre a coercitiva de Lula. “Não vejo o que vocês poderiam ganhar com isso”, escreveu no Telegram.

O comunicado acabou sendo produzido — com a consultoria de Vladimir. Dallagnol afirma que “ficou boa parte do começo, mas com base em seu olhar tiram 2 itens inteiros”.

“Fico feliz em ajudar”, diz o jornalista. “Já soltaram a nota? Ainda dá tempo de sair no JN”.

Dallagnol também arrumou para Janot uma reportagem no Fantástico para mitigar o efeito da prisão de um procurador.

“Seria bem positiva uma entrevista sua. Fica para você avaliar”, diz ao então PGR.

Vladimir Netto foi ouvido pelos autores sobre seu relacionamento com Deltan Dallagnol. Negou tudo.

“Não reconheço esses diálogos. Eles não aconteceram, não são verdadeiros”, declara. “Não mantenho relação de amizade e nem tenho ‘intimidade’ com nenhuma fonte”.

Seu patrão, no entanto, admite que se encontrou com Dallagnol, mas nega que a Globo tenha sido “privilegiada”.

 

 

 

 

*Com informações do DCM

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A política que militares negam fazer

Se não voltarem logo para os quartéis, ao final só lhes restará queimar suas fardas em nossas tantas queimadas.

Há erros que desencadeiam consequências muitos anos depois, há os irreparáveis, há os que são ratificados.

O erro do Exército ao lançar mão do jeitinho brasileiro para tirar da corporação a erva daninha chamada Bolsonaro se enquadra nas três categorias acima.

Ao apoiar seu governo e permitir que oficiais da ativa dele participem, a farda que, com muito esforço, para os distraídos, desavisados e desmemoriados, começava a se limpar do sangue das vítimas da Ditadura, volta a se sujar no convívio com o tenente a quem deram de presente uma promoção a capitão – que o povo paga.

Sua eleição criou uma situação esdrúxula ao fazer com que generais sejam obrigados a bater continência para uma patente inferior. Mas, como é o Chefe Supremo das Forças Armadas, para trabalhar em seu governo chama quem quer e vai quem tem que obedecer.

Assim, segundo o site Poder 360, em junho deste ano 2.930 militares da ativa ocupavam cargos nos Três Poderes. Destes, 2.713 integram o Executivo. Isto não aconteceu sequer durante a ditadura militar, já que os da ativa precisavam, ativamente, cuidar de seus porões.

A afirmação de que em quartel não entra política, rotineiramente feita pelos militares que da política, de forma inconstitucional, se ocupam, não passa de me engana que eu gosto. Nela atuam e muito, apenas fora dos quartéis, o que em nada altera o fato de que se dedicam à política ao invés de se aterem ao que determina a Constituição. Ou seja, militares da ativa, fugindo à sua missão constitucional, fazem política onde ela é feita: nos Três Poderes, aí incluindo o Judiciário onde não deveria jamais entrar.

Em abril de 2018, quando ainda na ativa, o General Villas Bôas, um dia antes do julgamento, pelo STF, do habeas corpus ao Presidente Lula, disse em seu Twitter: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?” E completou: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. Foi claro, direto e objetivo, abrindo caminho para a eleição do tenente descerebrado. Militares não fazem política?

Tendo ocupado o cargo de porta-voz da Presidência de janeiro de 2019 a outubro de 2020, o General Rêgo Barros foi jogado para escanteio quando o tenente optou por lançar perdigotos diretamente na cara de seus seguidores ao falar com os mesmos na porta do Alvorada. Foi para a reserva enquanto servia ao tenente. Antes disso foi chefe do Centro de Comunicação Social do Exército e principal assessor do então Comandante do mesmo, o já citado General Villas Bôas, o que dispensa comentários.

O Ministro da Saúde, General Pazuello, protagonizou uma cena que ficará gravada em nossa vergonha nacional. Sentado, com expressão sorridentemente bovina, sem máscara e com Covid, ao lado do tenente que exibia seu costumeiro esgar, acabava de ter sido desautorizado pelo último a comprar a vacina chinesa contra o Covid-19. Bateu continência para baixo: “É simples assim. Um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu?” Não, não entendi. Me explica, Ernesto?

A política econômica que traz uma crescente miséria, não parece envergonhá-los. Nem mesmo o extermínio dos indígenas através das práticas genocidas do tenente e seus sequazes é suficiente para que voltem para as casernas. Não percebem que a presença a seu lado os tornam, não apenas aliados, mas cúmplices em tudo o que está acontecendo no país.

Me pergunto se eles se perguntam o que fazer. Ou se vão simplesmente deixar fazer sem perceberem que suas fardas se sujam agora também com o estigma da venda de nossas riquezas, de nossa soberania e de mortes que poderiam ter sido evitadas. Se não voltarem logo para os quartéis, ao final só lhes restará queimá-las em nossas tantas queimadas.

 

* Lygia Jobim/Carta Maior

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Não é Segunda onda, é o descaso e a irresponsabilidade do governo Bolsonaro

Os números de ocupação das UTIs e o aumento da média móvel de mortes confirmam. Segunda onda ou não, a pandemia recrudesceu. A lógica, repetida incansavelmente pelos infectologistas, seria retomar o isolamento, fechar estabelecimentos, proibir eventos e se preparar para o pior – como estão fazendo países europeus e cidades americanas. Como na primeira onda, o governo federal mantém-se na irresponsabilidade absoluta e nada faz. Agora, a situação pode ser ainda pior: estados e municípios, que naquele momento tomaram a frente das medidas, caíram na inércia política e eleitoral. Bolsonaro tinha razão?

Grandes festas aglomerando jovens sem máscara no Rio e em São Paulo, clandestinas e autorizadas, provavelmente vão aumentar o número de infectados esta semana. Prefeitos candidatos, como Bruno Covas e Marcelo Crivella, relutam em admitir que a Covid voltou com força total. Seus adversários pisam em ovos, cuidadosos, e não propõem medidas mais drásticas de isolamento por medo de perder apoios. Por incrível que pareça, a segunda onda está chegando num cenário de despreparo e negligência muito semelhante – ou até pior – do que o da primeira. Ninguém aprendeu nada.

VACINAS

Como de onde se espera é que não sai nada mesmo, a inépcia federal não espanta mais ninguém. Mas nunca é demais lembrar: nessa fase final de testes de várias vacinas, o Brasil está preparado para uma grande campanha de imunização? Vai haver seringas para todo mundo, locais de armazenamento, doses disponíveis? Quem vai aplicar a vacina, e onde? Não ouvimos falar quase nada sobre esse assunto. O que ouvimos, com assustadora frequência, é o presidente da República minimizando a necessidade da vacinação. E o Ministério da Saúde obedecendo suas ordens.

Não será surpresa se, no ano que vem, enquanto outros países avançam na imunização de suas populações, ainda estejamos aqui a enterrar nossos mortos.

 

*Helena Chagas/Jornalistas pela Democracia

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Vídeo: Ver Mainardi humilhado depois de ser chutado pela Globo, não tem preço

Um passo a mais foi dado no sentido de amenizar o fascismo no Brasil. o Manhattan Connection fez neste domingo o seu último programa na Globonews, agora, o programa vai para o ninho tucano, o seu ninho na TV Cultura e, de lá, continuará a destilar o seu ódio contra a esquerda, tendo como protagonista, Mainardi, o ex-bolsonarista, agora, morista.

*Da redação

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Covas recebe apoio de evangélicos por manter igrejas abertas durante a pandemia

Em busca da reeleição para a Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) dedicou o domingo a compromissos em igrejas evangélicas. Ele esteve no altar da Assembleia de Deus e da Igreja Mundial do Poder de Deus e, em ambas ouviu agradecimentos por ter mantido os templos abertos durante a pandemia.

O Datafolha de quinta-feira mostra que Covas está a frente nas intenções de votos junto ao eleitorado evangélico. Ele tem 52% e Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 29%. A agenda de campanha de hoje busca consolidar esta vantagem, mas o prefeito não falou enquanto esteve no altar das duas igrejas porque a legislação eleitoral proíbe.

Mas os pastores falaram e as manifestações de apoio foram explícitas. Líder da Igreja Mundial, o pastor Valdemiro Santiago citou a liberação do alvará da igreja como prova de compromisso do trabalho de Covas pelas evangélicos.

“Quando este homem entrou lá uma das prioridades dele foi conceder o alvará desta obra, desta igreja. Então muito obrigado prefeito, que Deus te abençoe cada vez mais.”

Covas negou que houve favorecimento em troca de apoio político. Acrescentou que a legislação que legalizou os templos também beneficiou centenas de milhares de imóveis.

“Não há nenhum tipo de compra de apoio. A lei de Anistia de edificações regularizou mais de 200 mil imóveis na cidade de São Paulo. Templos e não templos. Lugares de comércio, residências.”.

Na Igreja Mundial do Reino de Deus o discurso do pastor teve caráter mais político que na Assembleia de Deus. O pastor Valdemiro Santiago disse que ouviu uma entrevista de uma pessoa que desejava a liberação das drogas. Ele não citou nomes, mas era uma ilação a Boulos. Na sequência, o religioso disse que outra entrevista acalmou seu coração.

“Então eu vi uma outra entrevista de uma pessoa que diz o seguinte. Que foi colocado numa saia justa, foi obrigado, constrangido a fazer uma escolha. Fechar ou liberar as igrejas para funcionar [durante a pandemia]. E ele diz: optei por liberar porque a igreja é o hospital da alma. E isso me ajudou a esquecer o que o outro falou sobre drogas.

O pastor afirmou que não tem partido político ou está fazendo campanha, mas na sequência chamou se aproximou de Covas, que estava no altar, e pediu a bênção a ele. “Eu estou falando de uma pessoa que eu tenho carinho muito grande, uma admiração. Eu não sou de nenhum partido, também não estou fazendo campanha para ninguém. Eu queria pedir a bênção para esta pessoa que confessou que a igreja é o hospital da alma. Eu quero pedir para Bruno Covas a oração.”

Valdemiro Santiago tem histórico de apoios políticos e em 2018 pediu votos para o presidente Jair Bolsonaro.

Encontro com jovens e lideranças da Assembleia de Deus

O primeiro evento com evangélicos do domingo foi participação na Reunião de Jovens da Assembleia de Deus. Covas estava no altar quando o pastor Adauto Silva, dizendo falar em nome da igreja, agradeceu pela decisão de manter os templos abertos durante a pandemia.

O religioso não citou o câncer enfrentado pelo prefeito, mas disse que ele atravessou o vale das sombras. Era uma referência ao salmo 23, que começa com a frase “o senhor é meu pastor e nada me faltará”.

O trecho citado pelo pastor diz: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra, não temerei mal algum porque Tu estás comigo”. O salmo é bastante importante para religiosos porque expressa a confiança do fiel em Deus.

Na sequência, o prefeito participou de um evento de líderes da Assembleia de Deus, mas a imprensa não foi autorizada a acompanhar.

 

*Com informações do Uol

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Entre Boulos e Covas, Estadão novamente abraça o BolsoDória

Esse filme já vimos antes, a mídia tucana apoiando o tucanobolsonarismo que elegeu Dória e Bruno Covas e deu a Bolsonaro uma votação recorde em São Paulo, a mesma aonde Bolsonaro e Dória têm rejeição recorde.

Isso não é nada diferente do restante da mídia e, muito menos, aquela que hoje se diz antitucana, mas bolsonarista como a Jovem Pan.

Mainardi, do Antagonista e Crusoé, que está a plenos pulmões na campanha de Moro para 2022, também fechou com o complexo bolsonarista.

Cantanhêde, na Globonews, chega a virar os olhinhos quando fala de Bruno Covas, afinal, ele é limpinho e cheiroso como Dória, que se uniu a Bolsonaro para vencer a eleição de 2018.

Em outras palavras, não só o Estadão, mas toda a mídia industrial no Brasil, entre Boulos e o BolsoDória, representado por Covas, vão todos de BolsoDória, mostrando como e porque Bolsonaro chegou ao cargo máximo do país.

Na mídia, não existe nada de antipetismo, mas sim de antipovo.

O que tem de mais cretino em tudo isso, é que o mesmo Estadão, que durante a disputa entre Haddad e Bolsonaro, escreveu pela pena de Vera Magalhães um artigo intitulado “Uma escolha Difícil”, agora, consegue se superar no preconceito de classe e, consequentemente de raça, com o título “Não é hora de aventura”, logicamente, classificando o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, como aventureiro, porque mergulhou de cabeça na luta por moradia minimamente digna a brasileiros jogados ao relento, principalmente na cidade mais rica do país.

Isso não deixa de ser revelador do porquê São Paulo tem o maior número de brasileiros segregados diante da elite mais opulenta e de uma mídia que não tem aonde ser mais lacaia dos barões contemporâneos.

Como se diz por aí, os entendidos, entenderão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Como todo racista, Bolsonaro nega o racismo no Brasil e deixa o G20 em choque

Talvez, numa didática exercida nas Forças Armadas, Bolsonaro tenha repetido o discurso de Mourão ao dizer ao G20 que o Brasil tem questões profundas de desigualdade, mas não tem racismo, com aquela destreza típica do cavalão.

Parece que há mesmo uma instrução superior nas Forças Armadas em que a palavra cidadania é abolida, até porque o Estado de exceção é praticamente uma tara histórica dentro do ambiente militar.

Para os militares, a escravidão não alterou nada, não definiu territórios, não marcou espíritos e não marca até hoje as relações sociais.

Talvez, pela piora na vida dos negros brasileiros, quando aquele modelo econômico imposto pelo regime autoritário dos anos de chumbo, que agravou muito as nossas diferenças sociais, tenha criado uma espécie de anestesia que é utilizada como cálculo econômico em que os negros viram minguar o acesso a oportunidades produzindo uma situação estrutural cumulativa de racismo.

Negar o racismo para quem nega até hoje que Duque de Caxias comandou as Forças Militares para atacar o quilombo de Manuel Congo, em Vassouras, estado do Rio, prendendo-o e levando-o ao enforcamento, negar o racismo no Brasil, naturalizando o preconceito, é um caminho absolutamente natural. Ninguém espera nada diferente vindo da boca de quem tem em sua cabeceira um livro de Brilhante Ustra.

A questão é que, quando Bolsonaro vomitou seus preconceitos negando o racismo, ele chocou a todos os que participavam do encontro do G20, afastando ainda mais o Brasil do mundo civilizado.

Não foi por acaso que, durante a campanha de 2018, inventaram aquela facada mandrake, sem sangue e sem face, para que um idiota como esse não fosse ao debate e estragasse o serviço sujo de Moro, de condenar e prender Lula, para que os dois, Bolsonaro e Moro, assumissem seus lugares no poder.

Todas as vezes em que o ogro abre a boca, consegue ser mais estúpido que ele próprio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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