No início do mês, a Polícia Civil foi ao Jacarezinho e destruiu um monumento que lembrava os 28 mortos da operação mais letal da história do Rio. Dias depois, o governador Cláudio Castro visitou a favela e festejou o ato de truculência. Declarou que o memorial, erguido por ativistas de direitos humanos, fazia “apologia ao crime”.
Castro era vice de Wilson Witzel, um governador que fazia apologia da matança policial. O ex-juiz se elegeu na onda bolsonarista de 2018. A pretexto de combater o tráfico, lançou a doutrina do “tiro na cabecinha”.
O atual governador não se fantasia de Rambo, mas também confunde política de segurança com incentivo ao bangue-bangue. Seu chefe de polícia, Allan Turnowski, disse que gostaria de ocupar as favelas com tanques de guerra. O discurso tinha fins eleitoreiros: o delegado acaba de deixar o cargo para se candidatar a deputado pelo partido de Castro e Bolsonaro.
Ontem a necropolítica produziu outro banho de sangue no Rio. Uma operação liderada pelo Bope deixou ao menos 22 mortos na Vila Cruzeiro. A favela ficou tristemente famosa pela execução do jornalista Tim Lopes por traficantes, em 2002. Vinte anos depois, é palco de mais uma calamidade carioca.
Como costuma acontecer, a megaoperação aterrorizou a comunidade e deixou milhares de crianças sem aula. Ontem também matou ao menos uma inocente: a cabeleireira Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, atingida dentro de casa por uma bala perdida.
Antes de fechar a conta das vítimas, o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, buscou politizar a ação. Culpou o Supremo Tribunal Federal por uma suposta migração de bandidos para o Rio. A fala combina com a retórica de Bolsonaro, que transformou os ataques à Corte em arma eleitoral.
Castro assumiu a cadeira de Witzel em agosto de 2020. Em 21 meses, sua gestão já é responsável por duas das três maiores chacinas policiais registradas no Rio. Em campanha à reeleição, o bolsonarista parece buscar dividendos políticos no incentivo à violência fardada.
Saldo da gestão do bolsonarista, Claudio Castro, governador do Rio, na cidade que é base eleitoral de Bolsonaro, é de 178 mortes e 39 chacinas.
A chacina de ontem na Vila Cruzeiro foi uma das mais letais da história do Rio, provocada por operações policiais. A primeira, no Jacarezinho, um ano antes, também ocorreu na gestão do bolsonarista, Cláudio Castro, que acumula 178 mortes e 39 chacinas, segundo estudo feito pelo Instituto Fogo Cruzado e pela Universidade Federal Fluminense.
Ontem, na Vila Cruzeiro, a chacina, comemorada pelo presidente da República, deixou um saldo de 24 pessoas mortas, 7 pessoas feridas, 32 escolas fechadas. O clima de terror tomou conta da favela. Moradores com medo de ir trabalhar e do acontecerá amanhã.
Enquanto isso, Bolsonaro usa as redes sociais para deixar claro que Claudio Castro obedeceu a ordens superiores, pois ele julga que a chacina de negros e pobres na favela é uma potente aliada de sua campanha no Rio que, segundo pesquisas, tem Lula com 15 pontos de vantagem sobre Bolsonaro.
Não é preciso ser muito astuto para saber que o governador do Rio aceitou de bom grado a incumbência desse serviço sujo pelos mesmos motivos eleitoreiros que movem Bolsonaro. Afinal, Freixo, que tem apoio de Lula, está empatado com ele na disputa pelo governo do estado, com todas as chances de vitória, já que um segundo turno, Freixo teria apoio da esquerda carioca e somaria muito mais votos que Castro e venceria o pleito.
Não precisa ser um enxadrista para entender o motivo real da chacina do Rio. A classe média bolsonarista sonha em botar fogo na favela. Bolsonaro tenta, desesperadamente, segurar sua derrota pelo rabo.
O pano de fundo dessa tragédia, em nome do combate ao tráfico de drogas, é rigorosamente este, por isso Bolsonaro foi para as redes sociais comemorar o que ele julga ser uma tacada de mestre na disputa eleitoral de 2022.
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PEC de autoria de general bolsonarista é relatada por Kim Kataguiri, que também é favorável ao projeto.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/19, que determina que as universidades públicas deverão cobrar mensalidades dos alunos, será analisada na tarde desta terça-feira (24) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Entidades estudantis e deputados e senadores da oposição protestam contra a iniciativa.
De acordo com o texto, a gratuidade será mantida apenas para estudantes comprovadamente carentes, definidos por comissão de avaliação da própria universidade, com base em valores mínimo e máximo estabelecidos pelo Ministério da Educação.
A CCJ vai analisar a admissibilidade do texto a partir das 13h desta terça, horário agendado para a sessão da comissão. Caso a proposta seja aprovada, será criada uma comissão especial para debater e votar o mérito da proposta, que depois terá que passar pelo Plenário da Câmara.
O deputado bolsonarista General Peternelli (PSL-SP), autor da PEC, afirma que a gratuidade atual gera distorções graves na sociedade, pois privilegia os alunos de família de maior renda, que estudam em escolas particulares.
“O gasto público nessas universidades é desigual e favorece os mais ricos. Não seria correto que toda a sociedade financie o estudo de jovens de classes mais altas”, afirma.
Peternelli citou um estudo do Banco Mundial, divulgado em 2017, que recomendou a cobrança de mensalidade nas universidades públicas como forma de diminuir as desigualdades sociais no País.
O relator do texto é o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). Em seu relatório, o congressista votou pela admissibilidade da PEC: “O núcleo do direito fundamental social à educação é, portanto, a educação gratuita de ensino fundamental, porque é este tipo de educação que permite que a pessoa tenha sua formação básica e ascenda aos outros níveis de ensino. No ensino superior, o aluno já é adulto e muitas vezes pode conciliar trabalho e estudo.
“É verdade que há casos de alunos no ensino superior em condição de pobreza – e estes devem continuar a ter o benefício da gratuidade – mas permitir que o Estado cobre mensalidades em cursos superiores dos alunos abastados nem de longe altera o núcleo do direito fundamental social à educação”, finalizou o deputado no texto.
*Com Brasil de Fato
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Houve um tempo em que os militares mandavam no País e celebravam seus feitos com a música Eu Te Amo Meu Brasil. O velho hit dos Incríveis soou novamente em uma solenidade em Brasília, executado pela fanfarra do Regimento de Cavalaria de Guardas. Era dia 19 de maio. Os Institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista apresentaram o seu Projeto de Nação, O Brasil em 2035 em evento que contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão.
Sob a ideia de “entregar um Brasil melhor aos nossos filhos e netos”, os militares e civis envolvidos no trabalho desenvolveram um documento com 93 páginas. O projeto foi coordenado pelo general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Rocha Paiva disse que o estudo é “apartidário, aberto e flexível”. Ele traça um cenário no qual se projeta o domínio do bolsonarismo no Brasil até 2035.
O general diz que o estudo está à disposição de todos – Mourão e um representante do governo estiveram na solenidade e receberam um exemplar. “Mesmo que haja mudança de governo. Claro que se for de direita para esquerda, vai jogar fora.” O documento aborda 37 temas estratégicos. Trata de geopolítica, governança nacional, desenvolvimento, ciência, tecnologia, educação, saúde, defesa nacional e segurança. A Amazônia é citada dentro do tema Defesa Nacional, no capítulo Integração da Amazônia no Brasil.
O projeto diz que a Nação está ameaçada pelo “globalismo”. Diz o documento: “O chamado globalismo, movimento internacionalista cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar as relações entre as nações e entre os próprios cidadãos, por meio de posições, atitudes, intervenções e imposições de caráter autoritário, porém disfarçados como socialmente corretos e necessários. No centro desse movimento está a elite financeira mundial, ator não estatal constituído por megainvestidores, bancos, conglomerados transnacionais e outros representantes do ultracapitalismo, com extraordinários recursos financeiros e econômicos”.
Para Eduardo Villas Bôas, Mourão, Rocha Paiva e associados, o globalismo tem aliados poderosos no Brasil. Afirma o documento: “O globalismo tem outra face, mais sofisticada, que pode ser caracterizada como ‘o ativismo judicial político-partidário’, onde parcela do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública atuam sob um prisma exclusivamente ideológico, reinterpretando e agredindo o arcabouço legal vigente, a começar pela Constituição brasileira.” A ideologia da extrema direita está em outros trechos do projeto.
O documento prevê que a classe média deve pagar mensalidades nas universidades públicas e pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos.” Mourão e os seus amigos para sempre – outra música da cerimônia – pretendem acabar com a Saúde gratuita e universal num segundo mandato de Bolsonaro.
Na Educação, o grupo demonstra ainda o desejo de limitar o debate acadêmico e a liberdade de cátedra, garantidos pela Constituição, impondo sua visão de mundo a estudantes e professores. O projeto traça o seguinte cenário para 2035: “Os currículos foram ‘desideologizados’ e hoje são constituídos por avançados conteúdos teóricos e práticos, inclusive no campo social, reforçando valores morais, éticos e cívicos e contribuindo para o progressivo surgimento de lideranças positivas e transformadoras”.
Aos militares cabe nos contar o que é “desideologização”. O dono da melhor explicação ganhará um cargo vitalício no futuro Ministério da Verdade. O documento prossegue. Os generais acreditam que as salas de aula estão dominadas por esquerdistas. “Há tempos uma parcela de nossas crianças e adolescentes sofria com a ideologização do sistema educacional, com a doutrinação facciosa efetuada por professores militantes de correntes ideológicas utópicas e radicais, com prejuízo da qualidade do ensino”.
Ou se desconhece o que se passa nas escolas do Brasil ou o que se quer é impor a própria ideologia, controlar a história e a memória nacionais como normalmente fazem os regimes totalitários de direita ou de esquerda. O documento faz esse diagnóstico sobre o ensino superior: “Quanto à Educação Superior, o quadro não era muito diferente. Amplos setores das Instituições de Ensino Superior (IES) — principalmente as públicas — transformaram-se em centros de luta ideológica e de doutrinação político-partidária”.
Ele continua afirmando: “Em sala de aula, pouco era feito no sentido de transmitir os conteúdos, ensinar o aluno a pensar, orientar as pesquisas sobre as diversas correntes de pensamento e elucidar sobre como realizar as melhores análises, buscando as opções de vida mais favoráveis, segundo as crenças e convicções de cada aluno. Tudo era feito para que o aluno fosse obrigado a pensar exatamente como pensava o professor, caso contrário não conseguiria se formar e tampouco seria aceito pelo grupo”.
general Luiz Eduardo Rocha Paiva
Projeto de militares prevê manter poder até 2035 e fim da gratuidade no SUS em 2025
Documento do Instituto Villas Bôas teve apoio de Hamilton Mourão; ele prega combate ao ‘globalismo’ identificado com as finanças internacionais, cobrança de mensalidades nas universidades federais e ‘neutralização’ de ideologias no ensino.
O documento prevê que a classe média deve pagar mensalidades nas universidades públicas e pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos.” Mourão e os seus amigos para sempre – outra música da cerimônia – pretendem acabar com a Saúde gratuita e universal num segundo mandato de Bolsonaro.
Na Educação, o grupo demonstra ainda o desejo de limitar o debate acadêmico e a liberdade de cátedra, garantidos pela Constituição, impondo sua visão de mundo a estudantes e professores. O projeto traça o seguinte cenário para 2035: “Os currículos foram ‘desideologizados’ e hoje são constituídos por avançados conteúdos teóricos e práticos, inclusive no campo social, reforçando valores morais, éticos e cívicos e contribuindo para o progressivo surgimento de lideranças positivas e transformadoras”.
Aos militares cabe nos contar o que é “desideologização”. O dono da melhor explicação ganhará um cargo vitalício no futuro Ministério da Verdade. O documento prossegue. Os generais acreditam que as salas de aula estão dominadas por esquerdistas. “Há tempos uma parcela de nossas crianças e adolescentes sofria com a ideologização do sistema educacional, com a doutrinação facciosa efetuada por professores militantes de correntes ideológicas utópicas e radicais, com prejuízo da qualidade do ensino
Luiz Eduardo Rocha Paiva, coordenador do Projeto de Nação
Para Mourão e Villas Bôas, tudo estará mudado em 2035. Diz o documento: “No ensino universitário, inclusive no Superior Tecnológico, os debates políticos e ideológicos se tornaram equilibrados, com abertura para diferentes correntes de pensamento”. Como fazer isso sem violar a autonomia universitária, a liberdade de cátedra e a liberdade de pensamento é o que mais uma vez não se esclarece. E quem pedir explicações corre o risco de ser acusado de comunista ou de ofender as Forças Armadas.
Toda vez que confrontados com seus atos, os militares que embarcaram no governo de Jair Bolsonaro reagem se escondendo atrás do biombo das Forças Armadas. Tentam fazer com que o suposto agravo individual se torne ofensa coletiva. E, assim, deixam de prestar contas pelo que fazem como se agissem em nome de seus pares. Sem serem julgados, fazem avançar uma amnésia moral. Hannah Arendt tratou dessa falácia em Responsabilidade e Julgamento com a fórmula hoje clássica: “Quando todos são culpados, ninguém o é”.
É que a culpa é estritamente pessoal ao passo que a responsabilidade não. A primeira refere-se a um ato e não a intenções e potencialidades. Quem diz “somos todos culpados” declara solidariedade aos malfeitores ou pretende ser protegido, apesar de sua falha, por quem se sente responsável pelos atos de seu grupo, família ou Nação. Enfim, quem usa o biombo da instituição ou do governo quer mobilizar a responsabilidade coletiva, que só é afastada quando individualmente deixamos um grupo.
Mas em uma República são as pessoas que são julgadas e respondem por seus atos. Assim, o governo Bolsonaro é também responsável pelo projeto de Villas Bôas e de Rocha Paiva, mas só os seus autores podem ser culpados pelo barulho que o documento causar na campanha eleitoral do presidente. Afinal, será difícil explicar à classe média empobrecida pela inflação que ela terá de arcar com os custos do SUS e da universidade pública quando conseguir ser atendida por um médico ou seu filho obtiver uma vaga após muito estudar.
Hannah Arendt em seu apartamento, em Nova York, em 1972.
Será Mourão que terá de dizer ao mercado financeiro internacional o que significa tomá-lo como inimigo. Ou como pacificar a Nação quando o retrato do Brasil que se pretende criar é o de uma democracia sem alternância de poder, impondo um modelo de desenvolvimento à Amazônia que a trata segundo o conceito de ocupar e integrar, dos anos 1970 – o documento diz que se deve acabar com “restrições da legislação indígena e ambiental, que se conclua serem radicais nas áreas atrativas do agronegócio e da mineração”.
Rocha Paiva pensa que “vontade é poder”. Precisava ler Arendt para saber o quanto a liberdade depende da ação coletiva e não da vontade. Normalmente, só políticos autoritários acreditam na força da vontade. Falar em neutralizar – uma linguagem militar – ideologias para impor a própria, nomeada como “conservadora evolucionista”, faz lembrar a pergunta que o jornalista Rolf Kuntz lançou no Estadão sobre o governo: “Haverá alguma diferença entre seu suposto liberalismo econômico e um efetivo darwinismo social?”
Michel Temer teve o Ponte para o Futuro, o plano que o guiou no governo. Bolsonaro e seus militares têm agora – palavras do antropólogo Piero Leirner – o seu “Ponte para o Passado”. Tudo ao som de Eu Te Amo Meu Brasil.
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Antigo esquema da velha política ganhou força com Jair Bolsonaro, que via emendas de relator financia compras de veículos – muitas vezes superfaturado – em redutos de parlamentares do Centrão.
Um antigo esquema da velha política de utilização do serviço de limpeza urbana para compras superfaturadas foi retomado com força no governo Jair Bolsonaro (PL) por meio das chamadas emendas do relator, que abastecem o orçamento secreto.
Reportagem de André Shalders, Julia Affonso e Vinícius Valfré na edição deste domingo (22) do jornal O Estado de S.Paulo mostra que entre 2019 e 2022 o orçamento para compras de caminhões de lixo com recursos do governo federal aumentou 833%, passando de R$ 24 milhões para atuais R$ 200,2 milhões. O número de veículos comprados saltou de 85 para 453 – alta de 532%.
O esquema, que abastece pequenas cidades de redutos eleitorais de aliados do governo, funciona através de órgãos controlados pelo Centrão como a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e principalmente a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
Por meio de emendas do relator, o destino é remetido a apadrinhados políticos, que fazem licitações em muitos casos com preços inflados. A entrega do veículo geralmente é feita em atos políticos com a presença dos parlamentares, como fez Fernando Collor de Mello (PTB) em Minador do Negrão, no interior de Alagoas, em agosto de 2021.
“Em Minador do Negrão, na festa de 59 anos da cidade, anunciei a pavimentação asfáltica do centro da cidade até o Povoado Jequiri, um sonho antigo que finalmente sai do papel. Entreguei também um caminhão compactador de lixo, um tratador e anunciei mais de R$ 850 mil para a Saúde”, escreveu o senador junto com fotos em frente ao caminhão de lixo.
Segundo a reportagem, caminhões são destinados a pequenas cidades sem qualquer plano para construção de aterros sanitários, como determinado em lei. Em cidades, como Minador do Negrão, o caminhão é muito maior que a capacidade de produção de lixo. Com 15 metros cúbicos, o município leva dois dias para encher a caçamba do veículo, que custou R$ 361,9 mil.
Desde 2019, o governo já destinou R$ 381 milhões para essa finalidade. A reportagem identificou pagamentos inflados de R$ 109 milhões. A diferença dos preços de compra de modelos idênticos, em alguns casos, chegou a 30%.
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O lançamento da sua pré-candidatura voltou a difundir pelo país um clima de esperança e otimismo, quebrando um quase consenso de haveria um golpe no Brasil.
Lula surgiu para a vida política brasileira nas greves do ABC, que quebraram a política de arrocho salarial, eixo fundamental da Ditadura Militar. A partir dali, Lula foi se convencendo que não bastava a luta sindical. Era necessária dar a luta política e participou da fundação do PT, o primeiro partido dos trabalhados na história brasileira.
Foi candidato ao governo do Estado de São Paulo, como sua primeira participação eleitoral. Anos mais tarde foi deputado constituinte. Depois, foi, pela primeira vez, em 1989, candidato à Presidência do Brasil, chegando ao segundo turno e sendo vítima, de forma escancarada, da edição do debate do segundo turno, para que a direita pudesse eleger o Fernando Collor.
Lula voltou a ser candidato a Presidente do Brasil em 1994 e 1998, sendo derrotado. Em 2002, finalmente, o Lula conseguiu se eleger presidente pela primeira vez. Foi o primeiro trabalhador e líder sindical a chegar a ser presidente do país.
Fez os governos mais importantes da nossa história, tendo sido reeleito para um segundo mandato em 2006.
Privilegiando as políticas sociais, conseguiu diminuir as desigualdades sociais e regionais, criar mais de 22 milhões de empregos formais, elevar o salário mínimo 70% acima da inflação, além de ser o presidente que mais criou universidades públicas e escolas técnicas. A maioria das universidades no Nordeste, que passou a ter mais estudantes universitários que o sul do pais.
Lula saiu da Presidência do Brasil em 2010 com 87% de apoio, apesar de sofrer 80% de referencias negativas na mídia, que sempre exerceu dura oposição a seu governo. Lula elegeu sua sucessora, em 2010, e a ajudou a se reeleger, em 2014.
O novo golpe, de 2016, impediu que o Lula fosse candidato e fosse eleito de novo presidente do Brasil em 2018, quando, mesmo estando preso, era favorito para ser eleito no primeiro turno. O Brasil teria se livrado dos enormes sofrimentos que ainda vive, pela ação criminosa da mídia e do Judiciário, que prendeu e condenou o Lula sem nenhum fundamento, como tiveram que reconhecer mais tarde.
Libertado e tendo recuperado plenamente seus direitos políticos, Lula voltou a ser favorito para ser eleito de novo presidente do Brasil. Retomando as experiências de sucesso do seu governo, denunciando o descalabro que o governo atual representa para o Brasil e animando os brasileiros de que é possível resgatar o pais, Lula é favorito para se eleger presidente do Brasil, talvez até mesmo no primeiro turno.
Consciente de que as pesquisas reiteradamente dão vantagem a Lula, o atual presidente volta a ameaçar com algum tipo de golpe, para o qual contaria, segundo ele, com o apoio dos militares. Contando com o apoio do grande empresariado e de parte dos evangélicos, ele ainda consegue capitalizar o que sobrevive do antipetismo, insuficiente para triunfar, mas suficiente para dar-lhe o apoio de em torno de 30% das preferências nas pesquisas.
Quanto mais passa o tempo e cada vez mais setores amplos da população, assim como os formadores de opinião publica vão se definindo a seu favor, Lula está pronto para ganhar e resgatar o Brasil da pior crise da sua história.
Lula conta com sua experiência de governo, com enorme prestigio internacional, com apoio majoritário das mulheres, dos jovens, da população pobre do país, da grande maioria dos nordestinos, com o apoio de todos os amplos setores antibolsonaristas, para poder evitar qualquer aventura golpista, triunfar, tomar posse e voltar a presidir o Brasil.
O lançamento da sua pré-candidatura voltou a difundir pelo país um clima de esperança e otimismo, quebrando um quase consenso de haveria um golpe no Brasil.
O início da campanha eleitoral deve se transformar em um verdadeiro tsunami de apoios e de mobilizações populares, ao longo de todo o Brasil, conforme Lula retoma suas caravanas por todo o país. Lula deve ganhar as eleições e voltar a transformar o Brasil em um país menos desigual, menos injusto, em um país melhor para todos.
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Tentando ignorar o fato de que o país conta com um dos maiores números de mortes do mundo pela covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desembarcou neste fim de semana em Genebra para levar um discurso de que o governo de Jair Bolsonaro acertou no combate à pandemia, que a vacinação atinge taxas elevadas e que valoriza os serviços universais de saúde.
Num esforço para desfazer a imagem de negacionista, Queiroga participa da Assembleia Mundial da Saúde que começa neste domingo com o objetivo de apresentar o Brasil como uma espécie de exemplo em algumas das respostas à crise. A participação ocorre no mesmo momento em que, coincidindo com o início da campanha eleitoral, o governo Bolsonaro decreta o fim da emergência sanitária, algo que a OMS contesta.
Seu discurso está programado para ocorrer na manhã de segunda-feira. Segundo membros da própria pasta de Saúde, o ministro leva consigo um discurso que, pelo menos em uma primeira versão, beirava o ufanismo ao reforçar os resultados da taxa de vacinação e outras medidas adotadas pelo país.
De acordo com fontes que tiveram acesso ao documento, uma versão preliminar ignorava a demora no início da imunização, o comportamento do presidente Jair Bolsonaro de promover aglomerações, as críticas contra as recomendações da OMS, a compra milionária de remédios que comprovadamente não funcionavam e principalmente o fato de o Brasil ter um dos maiores números de mortes pela covid-19 no mundo —só é ultrapassado pelos Estados Unidos.
A partir deste fim de semana, ministros e chefes de governo de todo o mundo voltam a se reunir pela primeira vez de forma presencial na OMS (Organização Mundial da Saúde). Um dos objetivos é o de começar a construir a nova arquitetura da diplomacia da saúde e instrumentos novos para que uma nova pandemia não pegue o mundo desprevenido.
Procurado em duas ocasiões, o Ministério da Saúde não informou qual será a agenda de Queiroga na Suíça. O Itamaraty também manteve silêncio. A coluna apurou, porém, que ele terá reuniões bilaterais com alguns países, participará de eventos no domingo e segunda-feira e, depois, continua viagem ao Fórum Econômico de Davos.
Queiroga, porém, chegará com um discurso de valorização do SUS, enquanto o governo quer aproveitar que passou a ser doador de vacinas para insistir que o Brasil é também parte da solução.
Se Queiroga espera “normalizar” a relação do Brasil com o setor de saúde global, a ordem entre governos estrangeiros é a de tratar a atual administração brasileira com uma mistura de cautela e frieza. “Estamos dialogando com o Brasil, mas já olhando para o que poderá ser o fim de um governo”, admitiu uma negociadora de um importante país europeu. Em condição de anonimato, ela reconhece que existe um “alívio” generalizado diante do risco de que Bolsonaro não ganhe um segundo mandato.
Nos corredores da OMS, ainda ecoam os comentários críticos ao governo brasileiro que, no auge da crise da pandemia, optou por ignorar as recomendações da ciência.
Na cúpula da agência, o nome do presidente brasileiro era seguido pela palavra “louco”, enquanto técnicos não entendiam como um país com experiência em questões sanitárias, especialistas de alta qualidade e uma rede sólida de atendimento sucumbiu de uma forma tão profunda ao vírus. “Onde estão vocês?”, chegou a questionar um dos principais operadores da resposta da OMS, em meio às mortes que se acumulavam.
Steve Levitsky, professor da Universidade de Harvard e autor do best-seller “Como Morrem as Democracias”, destaca que Bolsonaro optou por copiar Donald Trump até mesmo em políticas que fracassaram. “Ainda não vencemos a pandemia”
O evento mundial começou neste domingo com um vídeo sobre a dor, sobre o fato de que os últimos dois anos “nos abriram os olhos” e que a saúde está ligada à prosperidade econômica.
Ao abrir o evento, o ministro da Saúde da Suíça, Alain Berset, deixou claro: “ainda não vencemos a pandemia”. Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, usou a conferência para dizer que dezenas de países pelo mundo “dependeram” das recomendações da OMS para lidar com a crise, uma postura que o governo Bolsonaro por meses se recusou a aceitar.
Ele ainda citou o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, que qualificou a pandemia como “o maior fracasso moral de nossa geração”. Segundo ele, mais de dois anos depois do início da crise, 1,8 bilhão de pessoas ainda não receberam nenhuma dose da vacina contra a covid-19.
*Jamil Chade/Uol
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Bancada Feminista do Psol entra na Justiça para que governo Ricardo Nunes abra mais vagas em abrigos para os sem-teto da capital.
Diante do frio intenso desde o início da semana na cidade de São Paulo, o mandato coletivo Bancada Feminista do Psol, na Câmara paulistana, ingressou nesta sexta-feira (20) com ação civil pública para que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) garanta vagas em casas de acolhimento e hotéis a toda a população em situação de rua na capital. A oferta atual é de no máximo metade, segundo a Rede Brasil Atual.
Com a chegada das baixas temperaturas, a prefeitura anunciou a abertura de mais 2 mil vagas em centros esportivos, albergues e hotéis para abrigar os sem-teto. Até o final de 2021, a cidade tinha 15.116 vagas para pernoite e 2.138 em hotéis. Mesmo assim, a oferta total é inferior ao tamanho da população em situação de rua, estimada em 31.884 pessoas, segundo o Censo da População em Situação de Rua realizado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) entre outubro e dezembro do ano passado.
Dia 19, a secretaria informou que apenas 285 pessoas foram encaminhadas para o serviço de acolhimento e que 220 cobertores foram distribuídos. O que, de acordo com as covereadoras do Psol, significa menos de 1% da população em situação de rua. Coordenadores de organizações que trabalham diretamente com essa população apontam que há subnotificação inclusive no dado sobre a quantidade de pessoas em situação de rua. A estimativa é há ao menos 40 mil pessoas nessas condições na capital paulista.
População ao relento
“O fato da própria prefeitura reconhecer que existem mais pessoas em situação de rua do que vagas em abrigos já demonstra sua omissão diante desta população”, denuncia a covereadora Silvia Ferraro, que assina a ação popular pedindo tutela de urgência diante das baixas temperaturas.
Na manhã de quarta (18), o sem-teto Isaías de Faria, de 66 anos, morreu em decorrência do frio no momento em que recebia o café oferecido pelo núcleo de convivência São Martinho – abrigo conveniado com a prefeitura de São Paulo e administrado pelo Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto.
Colegas de Isaías relataram dificuldades para conseguir vaga em abrigos da prefeitura. Naquela madrugada, a mais fria do ano, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), eles tinham apenas dois cobertores e nenhuma equipe da assistência social foi vista oferecendo acolhimento. Além disso, segundo informações do portal g1, a população sem-teto também vem relatando que os cobertores doados pelo governo Nunes são produzidos com material que não dá conta do frio intenso que atinge a cidade.
A também covereadora Carolina Iara avalia que “a situação está sendo amenizada pela solidariedade de pessoas e entidades”. Mas, de acordo com a parlamentar, “isso não tira a responsabilidade do poder público de acolher esta população”.
“É nítida a discriminação da Prefeitura com a população em situação de rua, mesmo após o aumento de pessoas em decorrência dos impactos sociais e econômicos da pandemia”, criticou Carolina Iara. A RBA questionou a prefeitura de São Paulo sobre o plano de ação mas, até o fechamento desta nota, não houve resposta do município.
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Imagina se a Amazônia fosse dos EUA e Biden resolvesse entregar a um brasileiro todo o monitoramento e controle da Amazônia. Só de pronunciar uma coisa dessas, cairia, se não fosse para a cadeia.
É claro que Bolsonaro está usando também esse encontro com Elon Musk para se promover, mas muito mais para não deixar que o saque da Eletrobras, que custará pesado aos brasileiros na tarifa de energia, vire o principal assunto no país.
Até o dia da entrega, ele vai continuar com a sua espetacularização para entregar de mãos beijadas o patrimônio brasileiros para meia dúzia de bilionários, mas tratará como algo residual, de pouca monta. Quando, na verdade, essa negociata que Bolsonaro está fazendo às escuras, vai render muito aos abutres, mas aos lacaios. Alguma dúvida?
Então, Bolsonaro junta mais um fato para usá-lo como cortina de fumaça, que é anunciar que um sujeito vem de fora do país para monitorar a Amazônica, o assunto virar manchete e a entrega da Eletrobras fique fora da pauta nas mídias e nas redes.
Lógico, se tivéssemos instituições fortes e ativas, essa rapinagem contra a Eletrobras não aconteceria, mas, como sabemos, as instituições parecem estar de costas para o Brasil ou totalmente inertes por interesses não confessáveis.
O fato é que, não satisfeito em devolver o país ao mapa da fome, produzir uma inflação totalmente sem controle, além do aumento semanal dos combustíveis, Bolsonaro mostra que, se for para destruir o país, ele tem muita bala na agulha.
Esses golpes têm que ser denunciados e não sua falácia contra as urnas eletrônicas.
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Bolsonaro tem plena consciência do estrago que está fazendo no país e ainda fará muito mais, quando os brasileiros receberem a conta de luz da Eletrobras privatizada, no maior roubo da história que deixará como legado do seu governo.
A instrução que Bolsonaro deu a seus súditos no governo, é não tocar no assunto privatização da Eletrobras, porque ele sabe que é um roubo gigantesco.
Não é sem motivos que o general Heleno, na última manifestação pró-Bolsonaro, explicou que os militares graduados estudam muito, são bem preparados e que o brasileiro tem uma ideia errada de que militares só servem para pintar árvores e meio-fio.
É isso mesmo que você leu, está no tik tok pra quem quiser rir um pouco no meio dessa tragédia, um general, que comanda o GSI, dando uma declaração como essa, explicando que eles têm alto nível de conhecimento.
De certa maneira isso explica por que esses camaradas se colocam como capachos de um capitão expulso das Forças Armadas por ameaça de terrorismo, motim e muita pilantragem.
Na verdade, um idiota desse serve ao idiota que está na cadeira da presidência e, provavelmente, todos os idiotas do primeiro escalão do governo, terão alguma participação nessa barbada que estão oferecendo a bilionários.
Como diz o ramerrão capitalista, não existe almoço de graça.
Pode perguntar para o mais fanático dos bolsonaristas se você quiser calá-lo, é só pedir para dizer qual o feito de Bolsonaro durante os três anos e meio que está na presidência. Ele estará muito bem ensaiado para defender o que Bolsonaro destrói, a matança que Bolsonaro incentiva, como fez com a covid e, agora, promovendo a venda de armas.
O fato é que não tem um índice qualquer nesse governo que não seja negativo, destrutivo e venenoso contra o país e a população. Não tem como apontar uma única exceção do que aqui foi escrito. Pior, com esse modelo cívico que temos, com as instituições totalmente inertes, o Brasil como um todo fica subordinado às desgraças diárias que Bolsonaro promove.
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