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Barroso mudou indulto de Temer excluindo presos por corrupção, fará o mesmo com Bolsonaro e a milícia?

Como ficará o acordo de cavalheiros na Lava Jato entre Barroso e Moro?

Moro, hoje, é o ministro da justiça de um governo que acaba de dar indulto de natal a policiais criminosos.

Barroso, em 2018, impediu indulto de natal dado por Temer a presos por corrupção.

Não só isso.

O Ministro do STF contrariou Temer e mandou aplicar benefício apenas a detentos que tenham cumprido um terço da pena; decreto presidencial previa um quinto.

O decreto de Temer, que estendia o indulto a quem tivesse cumprido apenas um quinto da pena, foi suspenso pela ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, durante o recesso do Judiciário e confirmado por Barroso.

Agora é aguardar o STF, mas sobretudo Barroso, para ver como o indulto de natal a criminosos fardados dado por Bolsonaro será encarado pelo Eminente Ministro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar Mendes: delação de Palocci são informações que estão no Google

Gilmar Mendes: delação de Palocci são informações que estão no Google

Muita coisa de “ouvi dizer”.

Foi assim que Gilmar Mendes definiu as delações premiadas, o que pra ele é entusiasmo juvenil dizendo que todas as delações feitas pela PF tem que ser reavaliadas.

Leia a entrevista de Gilmar ao Valor Econômico.

Valor: Algumas delações foram rejeitadas pelo MPF e aceitas pela PF, depois que o Supremo decidiu pela legitimidade de ambos para firmar acordos de delação.

Gilmar: Essa é uma questão que terá de ser talvez reavaliada. À época dessa decisão, sopesou muito a ideia de que era preciso ter um certo equilíbrio entre o MP e a PF. Já havia a decisão anterior do tribunal sobre o poder de investigação do MP, que acabou tendo efeitos extravagantes. Mas estamos com dois casos que são casos de escola. Um é o caso Palocci. São informações que estão no Google, muita coisa de “ouvi dizer”. Outra é o caso do Cabral. Mas isso tudo não invalida a experiência. Sabemos todos que a corrupção exige de fato meios mais enfáticos de combate, mas é preciso também ter o devido controle. Até porque os órgãos de combate à corrupção também se corrompem.

Valor: Pode dar exemplos?

Gilmar: Os exemplos brasileiros são suficientes. Todos os episódios que estão aí O que ocorreu com o Marcello Miller [ex-procurador acusado de aconselhar a JBS quando ainda era membro do MP], essa fundação de Curitiba, esses episódios envolvendo procuradores, delegados, pessoal da Receita. O chefe de programação da Lava-Jato no Rio, da Operação Calicute, está preso. Era o homem da Receita.

Valor: O senhor é muito criticado pelo número de habeas corpus que concede. É uma maneira de modular essas decisões da Lava-Jato?

Gilmar: Não. Se você olhar, segundo estatísticas do gabinete, na Segunda Turma eu sou o ministro que mais concede, mas logo depois vem o ministro Edson Fachin [relator da Lava-Jato], e em número muito próximo. Todos os casos em que eu concedi estão confirmados na turma. A prisão provisória tem pressupostos. Não pode ser feita para que o sujeito seja convencido a delatar. Isso não está escrito em lugar nenhum. A prisão diz respeito a fatos atuais? Tem risco de fuga? Houve destruição de prova ou ameaça de testemunha? Se não, não se justifica.

Valor: O senhor também é um crítico contumaz do MPF. A partir de que momento viu que, na sua avaliação, o órgão cometia abusos?

Gilmar: Há várias falas minhas dizendo que temos encontro marcado com as prisões alongadas de Curitiba. Sempre apontei que havia exageros nessa sistemática. Advogados vinham aqui e relatavam que o MP indicava as pessoas que deveriam ser delatadas, caso contrário os benefícios não seriam concedidos. Isso não é bom para o sistema. Eu desconfiava do que foi publicado pelo “The Intercept Brasil”. Eu tinha as informações – e a gente também sabe ler estrelas, fazer conexões. Nesse sentido, não me surpreendeu, mas claro que determinadas práticas chocam. Quando um procurador conversa com um auditor fiscal, um superintendente da Receita, e diz para ele olhar determinada conta sem deixar digitais, esse sujeito o faz e depois vira chefe do Coaf aí você botou a raposa pra cuidar do galinheiro. Nos trópicos ou fora deles, isso é crime.

 

 

*Do Valor Econômico

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Bonner, o que dizia que Lula tinha que ensinar pobre a pescar, gasta 5 segundos para anunciar o novo Bolsa Banqueiro

Num país em que o cinismo virou padrão, a Rede Globo de televisão, nunca erra a mão.

E Bonner, no Jornal Nacional, não decepcionou os patrões da Globo, falou de an passan sobre a barbada que os banqueiros vão levar nas costas do contribuinte, ou seja, do suor do povo.

A técnica jornalística é sempre a mesma, a notícia é mal explicada para ser mal compreendida. Assim, o picareta dá a notícia de forma protocolar para ninguém reclamar que não noticiaram o roubo na cara do povo, sem este perceber que está sendo roubado pelos banqueiros e com a ordem de Bolsonaro.

Lógico que me veio à memória o mesmo Bonner que criticava o Bolsa Família dizendo que o governo Lula deveria ensinar a pescar.

Lula, como sempre, sapecou uma de suas ótimas sacadas e disse a Bonner na bancada do Jornal Nacional: já vi que você não entende nada de pescaria.

O fato é que a Globo não quis saber de difundir que Bolsonaro vai usar dinheiro do contribuinte para salvar banqueiros que cobram da população 400% de juros no cartão de crédito, e 500% no cheque especial.

Bonner, muito menos quis dizer que os bancos estão quebrados porque a Globo não para de falar a mentira diuturnamente que a economia brasileira está se recuperando.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro decreta indulto a policiais que cometeram crimes

Bolsonaro troca promessa de campanha por promessa a contingente fardado, que terá pena extinta.

Mais uma de tantas promessas não cumpridas.

Em 2018, já eleito, Bolsonaro afirmou que acabaria com indulto de Natal, mas preferiu jogar para sua torcida e para quem sustentou sua trajetória como deputado na base do corporativismo policial e militar.

O cara dará indulto a agentes de segurança pública que cometeram crimes, sinalizando que a impunidade para os seus comparsas será sempre a marca de sua noção de justiça.

Isso ocorre no mesmo dia em que o New York Times denunciou ao mundo que Bolsonaro reeditou o esquadrão da morte que agia na ditadura.

 

*Da redação

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Bolsonaro recria o “Bolsa Banqueiro” de FHC enquanto o Brasil volta ao mapa da fome

O PROER está de volta!

O Bolsa Banqueiro voltou pra salvar a agiotagem vagabunda!

Quando eu digo que Bolsonaro é o focinho de FHC, é disso que falo.

Está aí o Proer, o Bolsa Banqueiro de volta inspirado no neoliberalismo de FHC que, em oito anos, quebrou o Brasil três vezes, também por conta disso.

Bolsonaro encaminhou nesta segunda-feira (23), na calada da noite, um projeto ao Congresso que prevê o uso de recursos públicos pra socorro aos agiotas em dificuldade, dando um bico na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O que é ilegal, além de imoral.

É o uso de dinheiro do Tesouro Nacional, ou seja, dos contribuintes, para socorrer agiotagem, o que é proibido desde 2000, com a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Bolsonaro tenta enganar a sociedade dizendo no projeto que o dinheiro público só seria usado depois de esgotadas as demais fontes para o reequilíbrio dos cofres da banqueirada que cobra os juros mais imorais do planeta da mesma população que, agora, Bolsonaro quer que salve essa milícia financeira.

Cadê o slogan dos capitalistas de que “quem não tem competência não se estabelece”?

Cadê a meritocracia que o setor privado alardeia para desqualificar o setor público?

Bolsonaro fez aquele salseiro todo dizendo que abriria a caixa preta do BNDES dos governos Lula e Dilma que deixaram o banco público mais saudável como nunca, e teve que dobrar a língua e mandar seus seguidores mais idiotas pararem de repetir o fake news, porque não houve uma única operação irregular e o BNDES jamais ficou quebrado com Lula e Dilma, ao contrário, foi recuperado pelos governos do PT, principalmente o governo Lula que recebeu de herança de FHC, um BNDES triturado e moído em farrapos.

Agora Bolsonaro decalca o Bolsa Banqueiro criado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para injetar bilhões no sistema financeiro para salvar bancos, enquanto o Brasil volta ao mapa da fome.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Um ano de governo e Bolsonaro não se dirigiu uma única vez aos pobres

Um país de maioria pobre, Bolsonaro só fala para os ricos.

Foi assim na sua coletiva para a Globo. Mandou um recado aos endinheirados, sobretudo aos banqueiros: Não sou eu quem me navega quem me navega é a agiotagem e o rentismo com o timoneiro Paulo Guedes.

O mesmo que disse que não tem compromisso nenhum com a questão da gigantesca desigualdade no país.

Lógico que, para a Globo, mais dependente dos bancos do que nunca, o recado foi a senha para que Flávio saísse do noticiário dos Marinho e, assim, nem no Fantástico seu nome foi lembrado na semana em que estourou o escândalo do cartel da família.

E que família!

É gente que não acaba mais. Vai da mulher do presidente às ex-mulheres, passando pela parentada toda ligada a elas e, lógico, os filhos e os parentes dos filhos. Sem falar nos milicianos e parentes de milicianos.

Tudo isso foi desconsiderado pela Globo depois que Bolsonaro fez um pacto de sangue com os banqueiros que, por sua vez, têm pacto de sangue com a Globo.

Ficou estabelecido que Paulo Guedes é quem manda. Assim os banqueiros se acalmaram e a Globo pôde mostrar aos patrões que o serviço da milícia midiática funciona bem contra Bolsonaro.

Por isso também, nessa democracia de mercado em que o Brasil se encontra, não há escrúpulos dos banqueiros que se associam a assassinos para lucrar cada vez mais e, muito menos, discurso direcionado aos pobres, só se for para avisar que eles vão morrer sem empregos, sem saúde e sem comida. Quem teimar em viver, o esquadrão da morte dá um jeito no insurgente.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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As ligações de Bolsonaro com a indústria da morte do Rio de Janeiro

Um thread (sequência de mensagens no Twitter) do jornalista Marlos Áypus disseca as ligações de Bolsonaro com a indústria da morte.

Acompanhe:

A overdose de informações no noticiário, contudo, faz com que a compreensão do ocorrido soe confusa até mesmo aos profissionais que trabalharam na cobertura.

Essa thread é, antes de qualquer coisa, uma homenagem a esses profissionais, que já não levavam uma vida fácil, mas tudo ficou ainda mais complicado com o autoritarismo dos que chegaram recentemente ao poder.

Cada informação aqui compartilhada traz um link para a fonte que a apurou. Alguns links, no entanto, surgem mais de uma vez, já que comportam mais de uma informação útil à cronologia dos fatos.

Cronologia que, como se perceberá, começa no estado de São Paulo.

O caso Lamarca
Era 8 de maio de 1970. Em Eldorado, Carlos Lamarca e sete guerrilheiros trocam tiros com policiais e fogem. O Exército mobilizaria centenas de homens à região, chamando a atenção do jovem Jair Bolsonaro, então com 15 anos.

https://t.co/ZjQTWRhIsb?amp=1

Com relatos conflituosos, o próprio parlamentar narraria que ajudou os militares nas buscas pela mata.

Bolsonaro é o ‘moleque sabido’ que ajudou na captura de Lamarca?

Candidato repete que participou de busca a líder esquerdista, mas se aproveita de mito da caserna para avolumar – enganosamente – a própria biografia.

Lamarca, contudo, só seria encontrado e morto a tiros no município de Ipupiara, na Bahia, no 17 de setembro de 1971 Segundo os militares, o tiro fatal partiu do então major Nilton Cerqueira.
O caso Acari

Vinte e quatro anos depois, no Rio de Janeiro, Bolsonaro sai de casa por volta das 8h da manhã de 4 de julho de 1995. No caminho, é assaltado por dois bandidos armados, que levam a moto e a glock que o deputado federal trazia na jaqueta.

https://t.co/tgM2Jxg02r?amp=1

Assalto sofrido por Bolsonaro em 1995 culminou com a morte misteriosa de um bandido e de sua família

O fato aproximou o deputado do general linha-dura Nilton de Albuquerque Cerqueira, que comandou o DOI-Codi – órgão de repressão política da ditadura – no início da década de 1970.

No mesmo dia, a Secretaria de Segurança Pública designa cinquenta policiais na busca pelos objetos roubados. Um grupo foi à favela do Jacarezinho, onde Bolsonaro imaginava que os bandidos estivessem. Mas nada encontrou.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio estava aos cuidados de Nilton Cerqueira, o major que matou Lamarca. Linha dura, ele seria responsabilizado pelo Ministério Público em 2014 por participar do planejamento do atentado à bomba no Riocentro, em 1981.

De volta a 1995, três depois após o assalto, a moto de Bolsonaro é encontrada na favela de Acari. Na mesma semana, o secretário de Segurança organiza uma operação contra o narcotráfico nas favelas da Zona Norte.

Mas o líder do tráfico em Acari só foi encontrado em 4 de março de 1996. Assim como Lamarca, estava na Bahia. Foi preso às 23h e, de avião, transferido para a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

No dia seguinte, o líder do tráfico amanhece enforcado com um nó de marinheiro. Os peritos disseram ser suicídio.

O próprio governador referiu-se ao caso como “suposto suicídio”. Mas a polícia ventilou que o suicida seria fuzileiro naval e, portanto, conhecia o nó.

No enterro, contudo, a mãe e a esposa do traficante disseram que o líder do tráfico nunca fora militar, e que não saberia fazer aquele nó.

Um mês depois, ambas apareceram mortas a tiros às margens da Presidente Dutra.

Em 30 de julho de 2018, quando da participação no Roda Viva, Bolsonaro relembraria o episódio:

“Nós recuperamos a arma e a motocicleta e, por coincidência, o dono da favela lá de Acari apareceu morto, um tempo depois. Não matei ninguém, mas aconteceu.”

Guarnição do mal

Foi também em 1996 que Adriano da Nóbrega entrou para a PM fluminense, onde ficaria amigo de Fabrício Queiroz, amigo de Jair Bolsonaro havia 12 anos.

https://t.co/1Q6ZerZNiJ?amp=1

Em 12 de agosto de 2003, já no quarto mandato como deputado federal, Bolsonaro discursou na Câmara em defesa dos esquadrões da morte: “Esses grupos de extermínio são muito bem-vindos. E se não tiver espaço na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro.”

https://t.co/7frwZfvn6I?amp=1

Em 24 de outubro daquele ano, Flávio Bolsonaro usa a ALERJ para homenagear Adriano da Nóbrega, primeiro-tenente do BOPE, “pelos inúmeros serviços prestados à sociedade”.

https://t.co/M47fpjyfF9?amp=1

Apenas quatro dias depois, juntamente com oito policiais que integravam o grupo conhecido como “Guarnição do Mal”, Adriano sequestrou, torturou e extorquiu Wilton Arjona da Silva.

https://t.co/ugYKMEwO5T?amp=1

Uma semana depois, ainda sem o caso se tornar público, os integrantes do grupo receberam “moções de louvor” de Flávio Bolsonaro na ALERJ.

https://t.co/ugYKMEwO5T?amp=1

Os membros da Guarnição do Mal repetiram o crime em 11 de novembro de 2003, desta vez com Anderson Luiz Moura como vítima.

https://t.co/ugYKMEwO5T?amp=1

Dez dias depois, em 21 de novembro de 2003, foi a vez de Leandro dos Santos Silva, de 24 anos, passar por sequestro e tortura.

Após três dias, Leandro prestou queixa à corregedoria interna da Polícia Militar.

Às 6h30 da manhã seguinte, Leandro foi assassinado na porta de casa com três tiros.

Em agosto de 2005, novamente por indicação de Flávio, Adriano da Nóbrega recebe a medalha de Tiradentes, principal honraria da ALERJ.

https://t.co/M47fpjyfF9?amp=1

Nessa mesma época, o já ex-membro do Bope começou a atuar como segurança para familiares do falecido bicheiro Valdomiro Paes Garcia, o Maninho.

https://t.co/1Q6ZerZNiJ?amp=1

Quase dois anos após o crime, em 24 de outubro de 2005, Adriano da Nóbrega e os demais policiais acusados pela morte de Leandro foram finalmente condenados.

https://t.co/ugYKMEwO5T?amp=1

Passados três dias, Jair Bolsonaro usou os microfones da Câmara Federal para defender o comandante da Guarnição do Mal, tratado por ele como “um brilhante oficial”.

No discurso, o registro de que o deputado federal acompanhara o julgamento in loco, e prometia atuar para reparar o que entendia ser uma injustiça.

https://t.co/ugYKMEwO5T?amp=1

Disse Bolsonaro:

“Pela primeira vez compareci a um tribunal do júri. Estava sendo julgado um tenente da Polícia Militar de nome Adriano”.

https://t.co/ONXS5JhwBT?amp=1

Disse ainda:

“Não sei como podemos colaborar. O advogado vai recorrer da sentença, mas os outros coronéis mais modernos não podem depor, senão vão para a geladeira, vão ser perseguidos. E o tenente, coitado, um jovem de vinte e poucos anos, foi condenado”.

Ao fim, falando na primeira pessoa do plural, o deputado federal disse querer se “assessorar” com Denise Frossard, magistrada.

“Quero me assessorar com a Deputada Juíza Denise Frossard e com outros juízes para saber como podemos proceder no futuro.”

O júri que condenou os policiais da Guarnição do Mal findaria anulado, com absolvição para todos os condenados em primeira instância.

https://t.co/ONXS5JhwBT?amp=1

De acordo com investigação interna da PM, Adriano participaria de ao menos oito homicídios entre 2006 e 2009, a mando do genro do bicheiro Maninho.

 

 

*Marlos Áypus/GGN

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Bolsonaro extingue 27,6 mil cargos da saúde e coloca em prática plano de acabar com o SUS pra privatizar a saúde pública

Esta frase de Paulo Guedes, “Não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social”, precisa ser entendida dentro das principais questões que balizam esse governo, o preconceito, o racismo e a discriminação. Com isso, o governo Bolsonaro mostra que já escolheu as formas de tratar as pessoas em função da classe social a que pertence. Por isso, em apenas um ano de governo, os ricos ficaram bem mais ricos e os pobres bem mais pobres.

E o que Bolsonaro e Guedes querem garantir com esse ato é o fim da cidadania e, num estado exceção, garantir que a realidade dos pobres no Brasil seja bem pior que esse modelo residual deixado por Temer para que o modelo econômico ditado pelo mercado agrave ainda mais o regime autoritário e a própria democracia brasileira, culminando na privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) com o lema, quem pode pagar, tem saúde, quem não pode, que morra.

E é com essas e outras artimanhas que o Brasil produzirá a grande vítima do governo de milicianos, a camada mais pobre da população.

O corte brutal na saúde é o fermento principal para dar início à privatização da sobrevivência, da saúde, respaldado na ideia de que quem não pode pagar por sua saúde e sobrevivência, não merece viver num país cada vez mais rendido ao ultraliberalismo.

Bolsonaro editou um decreto que extinguirá até 27,5 mil cargos na saúde. Essa é a segunda vez que o governo corta postos este ano. Além disso, concursos para as vagas estão suspensos.

O órgão mais impactado pela medida será o Ministério da Saúde. Na pasta ocorrerá a redução de 22.476 cargos, o que representa cerca de 81% do total de cargos extintos. Apenas no cargo de Agente de Saúde Pública, serão extintos 10.661 cargos.

Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP), do total de cargos que serão extintos, 14,2 mil já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Ainda existem 13.384 cargos ocupados. Ao todo, 13 órgãos serão afetados.

De acordo com o decreto, os cargos deverão ser exauridos até fevereiro de 2020. Em abril de 2019, o governo realizou outro movimento de adequação da força de trabalho e publicou o Decreto nº 9.754, que promoveu a extinção de outros 13 mil cargos.

Entre os cargos extintos estão os de auxiliar de laboratório, cartógrafo, desenhista, guarda de endemias, laboratorista, microscopista e técnico em cartografia.

Já aqueles que não estão vagos, serão extintos postos de auxiliar de higiene dental, técnico de laboratório, auxiliar institucional, técnico federal de finanças e controle, fotógrafo, assistente de laboratório e assistente social.

 

*Da redação

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Raposa no comando do galinheiro: Banco Central na mão do mercado e concentração bancária impedem desenvolvimento do país

Economista Paulo Nogueira Batista Jr. critica atuação do setor financeiro e diz que modelo de gestão do BC é praticamente uma forma de corrupção.

O Banco Central atualmente está nas mãos daqueles que ele deveria regular, defende o economista Paulo Nogueira Batista Jr., que foi vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, estabelecido pelos BRICS em Xangai, e diretor-executivo no Fundo Monetário Internacional (FMI). “Eu me refiro ao comando do BC. Então, enquanto nós não rompermos com isso, acho pouco provável que o sistema financeiro fique realmente arejado e competitivo, e facilite o desenvolvimento da economia”, afirma.

“O que eu vejo historicamente no Brasil é que o comando do BC tem sido marcado pelo que nos Estados Unidos se chama de porta giratória, ou seja, a entrada no comando do BC de pessoas oriundas do mercado financeiro, que vão para o BC e voltam para o mercado. São posições de destaque, com altas remunerações – e é uma forma de corrupção, porque o sujeito só consegue transitar por essa porta giratória se ele dançar conforme a música, enquanto for autoridade monetária”, avalia o economista, em entrevista ao jornalista Rodolpho Gamberini, do canal O Planeta Azul.

A análise feita por Batista Jr. celebra a velha imagem do galinheiro dominado pelas raposas, uma imagem gasta, mas que no caso do BC se renova a cada governo, uma hora porque se fala em “autonomia” do BC, outra em “independência” – dois eufemismos para assegurar que a instituição monetária se mantém a serviço do setor financeiro.

Na entrevista, outro grande problema colocado por Batista Jr. sobre a atuação do setor financeiro no país é a concentração bancária, que segue em expansão, e prejudica o desenvolvimento da economia. “Nós temos uma concentração bancária muito elevada na comparação com a concentração média mundial. São cinco bancos que dominam o mercado. E a concorrência fica prejudicada pela concentração. A concorrência é limitada. E isso faz com que você tenha spreads, diferença entre as taxas do setor bancário, fora do normal”, avalia.

Paulo Nogueira Batista Jr.: “Nós temos uma concentração bancária muito elevada na comparação com a concentração média mundial”

Ao olhar para a concentração bancária e a questão de juros, o economista diz que “a taxa básica caiu, finalmente, mas não chega na mesma medida na ponta (para o consumidor). E aí você tem taxas de juros altas. E mesmo com esse tabelamento do cheque especial, em um nível estratosférico”, diz.

“E você tem claros indícios de que a concentração prejudica a economia”, defende ainda. Ele diz que para atuar contra a concentração do sistema bancário, seria preciso ter pulso firme pelos órgãos reguladores, notadamente pelo BC que, contudo, é guiado pelos interesses do mercado financeiro.
‘Apartado da política’

A capacidade técnica do BC, alardeada pelos representantes do mercado financeiro, não é nada mais do que pura ideologia também. “Em relação ao Coaf, o BC é o órgão mais apartado da política”, afirmou na quinta-feira (19) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto), segundo reportou a Agência Estado, ao acompanhar sua fala sobre mudanças do mercado de câmbio no país.

Campos Neto se referia à transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central (BC), aprovada pelo plenário do Senado na terça (17), em sua última sessão do ano, ao apreciar a a Medida Provisória (MP) 893/19.

Com a expressão “apartado da política”, o economista supõe que a gestão do BC é correta e justa, isenta, mas quem acompanha a política sem criminalizá-la sabe que não existe ato, individual ou coletivo, que não tenha teor político. Já a aprovação da MP consolida um processo que começou em dezembro de 2018, quando o Conselho, que reúne dados sobre movimentações financeiras, forneceu informações para uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a prática de rachadinha do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, durante mandato como deputado estadual pelo Rio.

Desde então, Bolsonaro tentou transferir o conselho para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, conduzido pelo ex-juiz Sergio Moro, mas a mudança ficou restrita ao período de janeiro a maio, quando o Congresso decidiu que o conselho deveria voltar para a pasta de Economia.

Agora, com a manifestação do Senado, o intento do governo se confirma. Mas não deixa de ser estranho que um conselho que tem poder para monitorar operações financeiras e aplicar penas administrativas sobre instituições financeiras esteja sob o guarda-chuvas de uma instituição, o BC, que notadamente desde o governo de Fernando Henrique Cardoso se empenha em assegurar as condições para o crescimento da concentração bancária no país.

 

 

*Paulo Nogueira Batista Jr./Rede Brasil Atual

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Moro e a volta do Esquadrão da Morte

Reportagem do jornal New York Times, o maior e mais influente do mundo, diz que o Brasil hoje, as milícias policiais “operam nas sombras da repressão do governo brasileiro” e que os assassinatos são estimulados pelo presidente e claro, no mínimo pela omissão do ministro da justiça e segurança pública Sergio Moro.

Mas Moro como é cínico, comemora essa imagem do Brasil no exterior dizendo que reduziu o numero de crimes e assassinatos no país.

É fato que, mesmo num gigantesco desemprego, inflação começando a sair de controle, faltando até a carne bovina na mesa dos brasileiros, gasolina chegando a 6 reais em muitos postos, e o recorde de fuga de capitais do país Paulo Guedes comemora sua política econômica, afinal os ricos estão ganhando na Bolsa.

Mas no caso do Esquadrão da Morte, Moro está diretamente envolvido nessa nova imagem que o Brasil está vendendo ao mundo aonde o jornal americano denuncia ao planeta que “Alguns membros de milícia são abertos sobre suas motivações criminosas, cobrando altas somas ao estilo da máfia”, para fornecer suposta segurança ou para conceder permissão para “atuar no comércio local”

Lógico que Bolsonaro faz apaixonada defesa da ação de um esquadrão da morte que vem aterrorizando o país para matar jovens negros da periferia, assim como faz com a máfia do garimpo para assassinar índios e tocar fogo na Amazônia, mas Moro é o ministro diretamente responsável pela pasta da justiça e segurança e não dá um pio sobre o problema, sublinhando o juiz que foi e como atuou nas sombras da Lava Jato.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas