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Política

Governo Bolsonaro, como na ditadura, tem relatório sobre 81 jornalistas e influenciadores

Uma empresa de comunicação contratada pelo governo federal orienta como o órgão deveria lidar com um grupo de 81 jornalistas e “outros formadores de opinião” considerados influenciadores em redes sociais. A medida a ser tomada varia: “o monitoramento preventivo das publicações da influenciadora”, o “envio de esclarecimentos para eventuais equívocos que ele publicar” ou mesmo “propor parceria para divulgar ações da Pasta”.

O acompanhamento do que é publicado sobre determinado órgão ou autoridade é, em si, uma prática corriqueira, mas o relatório revela e leva ao governo as impressões sobre esses profissionais. O levantamento intitulado “Mapa de influenciadores”, que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, foi produzido pela BR+ Comunicação. Ela tem um contrato com o MCTIC (Ciência e Tecnologia) que é aproveitado pelo ME por meio de um Termo de Execução Descentralizada de junho de 2020, no valor total de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação.

Feito em arquivo Excell, o relatório separou os 81 “influenciadores” em três grupos: os “detratores” do governo Bolsonaro, do ME e/ou do ministro Paulo Guedes (não fica claro quem dos três, no entender do relatório, o profissional estaria “detratando”), os “neutros informativos” e os “favoráveis”.

O primeiro grupo é o mais numeroso, com 51 nomes. Os “favoráveis” da lista são 23. E os “neutros informativos”, oito. A conta fecha em 82, e não 81, porque há um nome repetido em dois campos. Do total, 44 são jornalistas. Cada nome é acompanhado de um comentário sobre o que a pessoa tem escrito nas redes sociais a respeito do governo e em especial de Paulo Guedes. Em oito casos, há o telefone celular do jornalista.

O UOL procurou na sexta-feira (27) tanto o MCTIC quanto a empresa BR+ Comunicação. No sábado (28), o MCTIC respondeu o seguinte: “Os esclarecimentos sobre esse assunto podem ser fornecidos pelo Ministério da Economia”.

Procurado, o ME respondeu que os “produtos de comunicação” são definidos no contrato pela Secom, a secretaria de comunicação da Presidência, “assim como é definido para todos os órgãos da administração direta”.

“Esclarecemos, portanto, que os órgãos não têm coordenação sobre essa entrega (Mapa de Influenciadores) mas, assim como monitoramentos de redes sociais e clipping de imprensa, ela é importante para o envio de releases, convocações para coletivas de imprensa, participações em eventos, fotos e vídeos. Os contatos são feitos por e-mail. Não se faz uso de informações pessoais. O produto também não traz informações de profissionais de governos, apenas jornalistas e influenciadores de redes sociais e/ou formadores de opinião – definidos com base no número de seguidores”, informou o ME.

A BR+ Comunicação não havia se manifestado até o fechamento deste texto.

Os integrantes dos três “grupos”, segundo o relatório em poder da Economia

Entre os supostos “detratores” estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Carol Pires, Claudio Dantas, Luis Nassif, Brunno Melo, Igor Natusch, George Marques, Palmério Dória, Flávio V. M. Costa (editor do UOL), Márcia Denser, Rachel Sheherazade, Luís Augusto Simon (o Menon, colunista do UOL), além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Claudio Ferraz, Sabrina Fernandes, Marco Antonio Villa, Conrado Hubner, Rodrigo Zeidan, entre outros.

O autor desta coluna também aparece no campo do “detratores”, após ter publicado um post no Twitter que questionava uma declaração do ministro Paulo Guedes que citou a pandemia como “uma benção”.

Diz o levantamento:”[Rubens Valente] Utiliza as redes de maneira informativa na maioria das vezes. Já criticou o ministro da economia em mais de uma ocasião. ‘Paulo Guedes sobre a pandemia: O que era uma maldição acabou virando uma bênção’. Porque supostamente as exportações do país aumentaram. Uma bênção. Vinte e nove mil mortos’.”

O estudo recomenda a seguinte ação: “Envio de matérias e projetos do ME”. O autor nunca foi procurado pelo ME sobre isso.

Ainda no campo dos supostos “detratores” aparecem youtubers e influenciadores como Felipe Neto, Nathália Rodrigues e Jones Manoel. Os oito “neutros informativos” citados são Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Monica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes.

Para “favoráveis”, relatório sugere “posts em conjunto” e lives

No grupo dos “favoráveis” estão Roger Rocha Moreira, Milton Neves (colunista do UOL), Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Winston Ling, Camila Abdo, Tomé Abduch, entre outros.

No campo dos “favoráveis”, o relatório cita que o apresentador de rádio e TV Milton Neves, que tem 2,1 milhões de seguidores no Twitter, é “simpatizante do governo Bolsonaro, fez elogios ao ministro Paulo Guedes por conseguir injetar R$ 500 bilhões no Tesouro por meio de operação estruturada no câmbio. Em declaração, enfatizou desejo de que o ministro Paulo Guedes ficasse ao menos 15 anos trabalhando para o governo federal por seu conhecimento em economia”. O relatório sugere “envio de matéria e projetos do ME; propor parceria para divulgar ações da Pasta”.

Guilherme Fiuza, que tem 634 mil seguidores no Twitter, é assim descrito: “Jornalista favorável ao governo, fez publicações de defesa ao governo e já se referiu ao ministro Paulo Guedes como ‘economista respeitado mundialmente e líder da agenda de reformas'”. O relatório aconselha várias medidas para aproveitar esse apoio de Fiuza: “Post em conjunto com o ME, live para tratar de temas da pasta (como novos números) e proposta de matérias sobre a pasta”.

O comentarista Rodrigo Constantino é citado nesses termos: “Descreve o ministro Paulo Guedes como ‘economista liberal brilhante e patriota’. Liberal, o jornalista costuma destacar medidas de cunho positivo relacionadas ao ME. Na pandemia, defende que o governo e o ME estão trabalhando para a retomada econômica”. O relatório sugere “post em conjunto; live para tratar de temas atuais como a economia na pandemia e perspectivas posteriores; proposta de matéria sobre a Pasta”.

 

*Rubens Valente/Uol

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Desembargadora que ofendeu Marielle Franco é eleita para o Órgão Especial do TJ-RJ

Marília Castro Neves, a desembargadora do TJ do Rio de Janeiro que se tornou conhecida nacionalmente por proferir nas redes sociais ofensas a Marielle Franco, dias depois da vereadora ser assassinada, acaba de ser eleita integrante do Órgão Especial do TJ.

O Órgão Especial é a corte que julga, por exemplo, ações contra o governador. É composta por 25 desembargadores. É uma espécie de promoção da magistrada.

Marília concorreu, como candidata única, na vaga do MP ao colegiado. Pôde concorrer e foi eleita mesmo tendo uma condenação recente numa ação de danos morais e mesmo tendo o CNJ aberto na semana passada um processo administrativo contra ela.

Em 30 de outubro deste ano, a 21ª Vara Cível do Rio de Janeiro condenou Marília a pagar uma indenização por danos morais à família de Marielle. Em posts nas redes sociais logo após a morte de Marielle, Marília escreveu que a ex-vereadora tinha “engajamento com bandidos”. Pior: que ela “sido eleita pelo tráfico”.

*Lauro Jardim/O Globo

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Política

Vídeo: Glauber Braga diz, ‘Eu não estou nada impressionado com as novas tarefas de Moro’

Moro está trabalhando com uma empresa ligada a Odebrecht.

É um absurdo isso considerando a forma como ele julgou os casos da Lava Jato.

E mostra mais conflitos de interesses além da relação dele próxima aos procuradores da Força-Tarefa.

O deputado Glauber Braga, que o chamou de “juiz ladrão”, escreveu o seguinte no Twitter:

“Todo mundo impressionado com as novas tarefas de Moro? Eu não estou não.”

Assista e relembre o deputado Glauber Braga (Psol) escrachando Moro:

*Com informações do DCM

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Confirmado pelo Ministério da Justiça: acordo com procuradores dos EUA para condenar Lula foi ilegal

Anúncio é uma vitória para a defesa do ex-presidente, que já apontava ilegalidades no acordo de cooperação firmado entre a Lava Jato e autoridades dos EUA no caso do triplex do Guarujá, que resultou na prisão de Lula.

O Ministério da Justiça confirmou à defesa do ex-presidente Lula que não há nenhum documento nas dependências da pasta que formalize a cooperação entre procuradores norte-americanos e brasileiros no processo do triplex do Guarujá, que levou o ex-presidente Lula a ser condenado e preso.

Em 2017, em um evento público (vídeo abaixo), o procurador americano Kenneth Blanco disse que procuradores americanos cooperaram com os brasileiros na acusação do tríplex contra Lula. Com a informação de que não houve formalização da parceria, fica comprovado que a cooperação foi feita fora dos parâmetros de acordo de investigação entre os dois países.

O acordo sobre cooperação entre Brasil e Estados Unidos foi assinado no governo Fernando Henrique Cardoso e exige que ela passe pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A confirmação do Ministério da Justiça é uma vitória da defesa de Lula, que já apontava ilegalidades nas relações da Lava Jato com os EUA.

Confira o vídeo com a fala do procurador Kenneth Blanco e, abaixo, reportagem do Conjur sobre o pedido da defesa de Lula para anular o processo do triplex com base na parceria ilegal entre o MPF e o FBI.

*Com informações do 247

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Vídeo: Ver a Globo se agarrando nos cabelos do Centrão, não tem preço

A Globo, num ato de desespero, comemora a “Vitória” do Centrão e a “derrota” do PT que, na realidade, ela sabe que não é verdade, assim como sabe muito bem que o Centrão é formado por caraminguás. A Globo tem uma opinião comprada por interesses econômicos.

Assista:

*Da redação

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Saúde

OMS chama atenção do Brasil sobre a Covid-19: “Situação é preocupante”

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Gebreyesus, qualificou como “muito preocupante” o salto no número de novas infecções da covid-19 e mortes no Brasil. Em sua coletiva de imprensa em Genebra, ele ainda disse que o país terá de ser “muito sério” diante da nova situação e destacou como os novos casos dobraram em menos de um mês.

Abandonando uma postura que se transformou em sua marca de evitar falar de países diretamente, Tedros fez questão de lançar seu alerta sobre a situação brasileira.

Tedros lembrou como, em seu momento mais crítico, o Brasil registrou 319 mil novos casos por semana. O número, segundo ele, foi um recorde. “A boa notícia é que o número estava em queda até a semana de 2 de novembro, quando 114 mil casos foram registrados no Brasil”, disse. “Foi um terço do que foi registrado quando atingiu o seu climax”, destacou.

Mas, segundo ele, os números voltaram a crescer de forma importante e, na semana de 26 de novembro, a taxa chegou a 218 mil casos por semana. “Os números mais uma vez dobraram”, alertou, insistindo que o período de expansão representou menos de um mês.

Ele também deixa claro sua preocupação em relação ao número de mortes. De acordo com ele, foram 2.538 mortes na semana do dia 2 de novembro. Agora, chega a 3.876 na semana do dia 26 de novembro. “Esse é um aumento significativo”, disse.

“O Brasil terá de ser muito, muito sério”, insistiu. Ele admite que existem diferentes regionais e que a transmissão local precisa ser considerada. “Mas, de forma agregada, é muito preocupante”, completou.

Instantes depois, ao responder uma pergunta sobre a situação mexicana e o fato de o presidente local não usar máscaras, Tedros voltou a lançar um alerta a todos os líderes que adotam tal postura. “Queremos que líderes sejam modelos”, pediu.

Agir rapidamente

Um dia depois das eleições municipais, a cidade de São Paulo vai passar para a fase amarela do Plano SP, reduzindo os horários de funcionamento do comércio e de serviços.

Mike Ryan, diretor de operações da OMS, também alertou que o momento para países como o Brasil era de “agir rapidamente” para frear a nova expansão. Segundo ele, a atenção deve ser concentrada em regiões e que cada local deve ser avaliado de uma forma diferenciada.

Ryan diz ser irrelevante como governos irão qualificar esse período e não entra o debate se o Brasil e outros vivem uma segunda onda ou apenas um novo salto de casos. “Se chama segunda onda ou aumento, o fato é que o número cresce”, alertou.

Para ele, as autoridades devem agir para apoiar o sistema de saúde. Na sexta-feira, ele já tinha alertado sobre o risco de um segundo golpe contra a saúde pública no Brasil e insistiu que governos estaduais e o Palácio do Planalto precisariam agir de forma coordenada desta vez.

 

*Jamil Chade/Uol

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Pela milionésima vez a “consultoria da Globo” anuncia o funeral político do PT e de Lula

Desde que Lula foi preso pela ditadura, apoiada por Roberto Marinho, a Globo anuncia sua morte política.

Com Collor, que também perdeu apoio do patriarca da Rede Globo, o lero lero da emissora foi o mesmo, anunciar o funeral político de Lula e do PT.

Quando FHC venceu por duas vezes no primeiro turno a eleição para a presidência, a Globo festejou como nunca os restos mortais que ela anunciava tanto de Lula quanto do PT para, na eleição seguinte, Lula e PT tratorarem o PSDB com Globo, com tudo e seguir vencendo essa frente reacionária durante quatro eleições presidenciais seguidas, mesmo a Globo anunciando o fim do governo Lula durante a farsa do mensalão.

Por isso, quando Dilma emplacou a quarta derrota da Globo, colocando os Marinho de joelhos, a Globo partiu para o comando de guerra que golpearia a primeira mulher presidenta do Brasil, numa campanha tão fascista com os ingredientes de misoginia, racismo e preconceito de toda ordem que faz da campanha de Bolsonaro em 2018 uma coisa até boboca.

Bolsonaro, não esqueçamos, foi apoiado pela mesma Globo contra Haddad.

Isso se dá depois que Moro e a Lava Jato, criações genuínas da Globo, condenaram e prenderam Lula que venceria a eleição no primeiro turno, segundo todas as pesquisas, se seu nome não fosse retirado da urna, porque depois de sua prisão, numa clara reação da população contra Moro, Lula teve um crescimento de 17% com toda a propaganda negativa para criminalizar e destruir a imagem a sua imagem no Jornal Nacional.

Isso significa que a Globo é, sem dúvida, uma histórica freguesa por goleada que Lula e o PT lhe impuseram.

Assim, a Globo volta a dar destaques a uma suposta derrota política do PT nessas eleições, mesmo sabendo que já está ocorrendo com Bolsonaro o mesmo que ocorreu com FHC que, após a segunda vitória sobre Lula no primeiro turno, a economia brasileira entrou em derrocada num nocaute que fez de FHC um morto vivo que não governava mais o país, sumindo da mídia e visto esporadicamente vagando na erraticidade política, arrastando uma bola de ferro amarrada aos pés dez vezes maior que seu peso.

A Globo sabe o que está vindo por aí. Na verdade, quem tem um mínimo de discernimento sabe da tragédia que já se avista na economia, produzida por um governo e suas reformas que tiveram total apoio dos Marinho.

Agora, mais uma vez, depois do entusiasmo neoliberal, eles se veem diante da mesma fotografia que detonou o Brasil no governo neoliberal de FHC.

Ora, isso seria fatal. Foi para isso mesmo que os Marinho ajudaram a eleger o fascista miliciano e, agora, diante do caos já instalado pela cartilha de FHC rezada por Guedes, a Globo, tenta construir um dique contra o PT, porque sabe que Lula, que colocou a economia brasileira entre as cinco maiores do planeta, vai engolir a direita, pedaço por pedaço, com o apoio da população que lhe deu 87% de aprovação, justamente porque Lula fez história em seu governo não só no Brasil como também no mundo, tirando 40 milhões de brasileiros da miséria absoluta, miséria promovida por governos anteriores que sempre tiveram apoio entusiasmado da família Marinho.

Mas como, nesse momento de desespero, eles não têm nada para tirar da cartola para salvar a hecatombe neoliberal na qual o Brasil foi jogado, vão fazendo contas de troco miúdo para ver se criam manchetes antipetistas na base do músculo de papelão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro vira sócio de americanos que ajudam empresas investigadas. Entenderam?

Reinaldo Azevedo – A notícia mais, como posso dizer, especiosa desta segunda, em razão de fatos ocorridos no domingo, nada tem a ver com as eleições municipais. Ou tem, mas pelo avesso. A Alvarez & Marsal, uma consultoria americana especializada em gestão de empresas, anunciou, em pleno vuco-vuco eleitoral, a contratação de ninguém menos do que Sergio Moro, que o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, considera um verdadeiro herói da Lava Jato. Ele vai atuar na área de “Disputas e Investigações” da A&M em escala global. Ah, agora sim!

Em entrevista recente para Pedro Bial, na Globo, Rosangela Moro, a única conja do Brasil, anunciou que o casal, pobrezinho, precisa pagar boletos. Todos os problemas acabaram!

Notem. Na página da A&M, encontra-se esta informação:
“O Grupo Odebrecht entrou em Recuperação Judicial no dia 17/06/2019 (processo no. 1057756-77.2019.8.26.0100) e está em processamento perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tendo a Alvarez & Marsal sido nomeada administradora judicial do processo”.

Sim, vocês entenderam direito: Moro, o ex-juiz da Lava Jato, cujo trabalho provocou os sortilégios que provocou nas empresas, na economia e na política é agora sócio-diretor da empresa encarregada de cuidar da recuperação judicial da empreiteira que a força-tarefa ajudou a quebrar. Mais: ele vai trabalhar justamente na área de “Disputas e Investigações”.

A A&M, convenham, está na sua, né? Imaginem quantos segredos das empresas brasileiras Moro conhece… Os arquivos da Lava Jato de Curitiba — aqueles que os bravos rapazes não querem compartilhar nem com seu braço na Procuradoria Geral da República — estão na mente divinal deste homem impoluto, deste herói vocacionado para o serviço público, deste cavaleiro valente que nada vê à sua frente a não ser o interesse público.

Quem melhor do que Moro para ser um sócio-diretor no Brasil? Você é dono de alguma empresa que caiu nas teias do Ministério Público Federal em razão daquele incansável serviço de combate à corrupção da Lava Jato, que, segundo o ministro Luiz Fux, há de durar para sempre, já que a corrupção é coisa tão feia como o Holocausto? Bem, então você sabe o caminho. É a A&M. Moro é o mal e também é a cura.

Em seu comunicado oficial, a A&M é, a seu modo, transparente. Informa:
“Consultoria global de gestão de empresas, a Alvarez & Marsal (A&M) anuncia a chegada de Sérgio Fernando Moro como sócio-diretor, com sede em São Paulo, para atuar na área de Disputas e Investigações. A contratação de Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M em desenvolver soluções para as complexas questões de disputas e investigações, oferecendo aos clientes da consultoria e seus próprios consultores a expertise de um ex-funcionário do governo brasileiro.”

E o comunicado segue:
“Moro é especialista em liderar investigações anticorrupção complexas e de alto perfil, crimes de colarinho branco, lavagem de dinheiro e crime organizado, bem como aconselhar clientes sobre estratégia e conformidade regulatória proativa. Sua contratação reforça o time da A&M formado por ex-funcionários de governos”.

Epa! Ninguém sabia que ele já era especialista em “aconselhar clientes”… Quais clientes? A empresa lista nomes de profissionais que integram seus quadros e que já pertenceram a divisões governamentais dos EUA ou do Reino Unido:

“Steve Spiegelhalter (ex-promotor do Departamento de Justiça dos EUA), Bill Waldie (agente especial aposentado do FBI), Anita Alvarez (ex-procuradora do estado de Cook County, Chicago) e Robert DeCicco (ex-funcionário civil da Agência de Segurança Nacional), Paul Sharma (ex-vice-chefe da Autoridade de Regulação Prudencial do Reino Unido) e Suzanne Maughan (ex-líder investigativo da Divisão de Execução e Crime Financeiro da Autoridade de Conduta Financeira e investigador destacado para o Escritório de Fraudes).”

Nenhum deles, é evidente, virou herói nacional, ministro da Justiça e pré-candidato a chefe de Estado e de governo.

Na página da A&M, afirma-se sobre Moro:

“como Ministro da Justiça e Segurança Pública desenvolveu programas especiais para reduzir crimes violentos e proteger as fronteiras do Brasil, além de ser responsável pela elaboração e promulgação de leis federais sobre apreensão e expropriação de bens relacionados ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas graves”.

É mesmo? Qual é o programa especial contra crime violento? Ninguém sabia que ministro da Justiça, no Brasil, tem o poder de promulgar leis.

Sustenta-se ainda que “tanto como ministro quanto como juiz federal, Moro colaborou com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado”.

Na condição de titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, tínhamos por aqui um verdadeiro agente de uma espécie de Internacional do Combate à Corrupção, é isso? Passava, então, por cima dos Três Poderes da República?

A A&M joga o jogo. Vamos ver até quando os bananas, no Brasil, continuarão a fazer a fortuna, também a crítica, de heróis dessa espécie. Se depender de Luiz Fux, a empresa ainda terá uma penca para contratar. Steve Spiegelhalter, sócio-diretor da A&M e líder da área de Investigações da América do Norte, saudou assim a contratação de Moro:

“A experiência de Sergio como ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, somada à sua extensa bagagem em anticorrupção, crime do colarinho branco e lavagem de dinheiro, contribuirá para solucionar os problemas dos clientes.”

Spiegelhalter sabe o que diz. Depois de provocar o estrago que provocou no Brasil, Moro está pronto para lotar a A&M de clientes e oferecer a cura.

Mas, claro!, os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia não veem suspeição nenhuma na atuação daquele juiz que agora assume as vestes de empresário global.

Enquanto houver forças-tarefa nos moldes em que temos e enquanto o Ministério Público for o Poder dos Poderes, sem prestar contas a ninguém, o Brasil será um farto fornecedor de sócios-diretores de empresas dessa natureza. Afinal, esses patriotas conhecem o antídoto do veneno que administraram. O país vai à breca, mas eles passarão muito bem, não é mesmo, ministro Fux, Cármen Lúcia e Edson Fachin?

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Cai a máscara do cínico: Moro será sócio de consultoria que administra a quebra da Odebrecht e da OAS

A consultoria Alvarez & Marsal (A&M), com sede nos Estados Unidos e que administra a recuperação judicial da Odebrecht e OAS, anunciou na noite deste domingo (29) um novo sócio no Brasil: o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

“A contratação de Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M em desenvolver soluções para as complexas questões de disputas e investigações, oferecendo aos clientes da consultoria e seus próprios consultores a expertise de um ex-funcionário do governo brasileiro”, diz a nota da consultoria, após ressaltar que Moro será “sócio-diretor, com sede em São Paulo, para atuar na área de Disputas e Investigações”.

“Durante seu mandato, foi juiz presidente em processos criminais complexos, tanto nacionais como internacionais, incluindo a Operação Lava Jato, maior iniciativa de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. A Lava Jato gerou uma onda anticorrupção não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Tanto como ministro quanto como juiz federal, Moro colaborou com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado”, diz ainda a nota.

 

*Com informações do 247

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Política

A vitória de pirro da direita

Lógico que foi uma vitória de pirro da direita, tanto que a manchete da Veja, a mais lacaia representante da elite mais cafona e provinciana do planeta, sapecou: “Esquerda acumula derrotas e PT fica sem prefeitos em capitais”.

Isso é característico de uma redação que carrega com ela complexo de inferioridade em relação ao povo e, por isso precisa exaltar uma vitória que sabe que não teve.

A esquerda é a grande vitoriosa, primeiro porque Boulos, um líder do MTST, que teve uma votação absolutamente expressiva, 40,55 %, mostrando uma cidade rachada e que a política do terrorismo editorial contra esse movimento social terá fim.

Boulos foi de uma habilidade e sagacidade geniais, expondo com uma didática serena e pragmática que essa elite paulistana, opulenta que frequenta as festas na mansão de Dória, produziu 25 mil moradores de rua, ou seja, a riqueza de meia dúzia de endinheirados de São Paulo é feita na base do sofrimento de milhares de brasileiros expostos ao relento e à segregação pela ambição de uma gente que comanda São Paulo há décadas que nunca teve qualquer grandeza social.

E foi num pulo do gato desses que Boulos soube tirar o manto de bom moço de Covas quando este veio com um discurso da classe dominante paulista através de Dória, soprada a Covas, exaltando a responsabilidade fiscal. Boulos, de prima, devolveu com uma resposta definitiva e histórica, dizendo que não pode haver responsabilidade fiscal sem responsabilidade social.

Isso é o que vai ficar. Covas conseguiu ser blindado pela grande mídia paulista que rasteja aos pés dos barões da Fiesp e da Febraban, mesmo Covas tendo um padrinho como Dória, rejeitado por mais de 70% dos paulistanos, e um vice que disputa cabeça a cabeça com Dória o título de mais rejeitado.

Mas a coisa não para aí, Boulos escancarou que o problema da direita paulista nunca foi o PT ou Lula, mas sim os pobres, o povo, essa gente de quem a elite paulistana não consegue esconder o nojo.

Para piorar, o Estadão ainda publica um editorial em apoio a Covas, intitulado “Não é hora de aventuras”, isso na cidade mais rica do país que não para de produzir miseráveis, sublinhando o que é a imprensa paulista.

Isso independe de quem seja o líder da esquerda, o repúdio que essas famílias imperiais de São Paulo têm dos pobres que elas próprias produzem com sua indústria de fabricar miseráveis, é secular, vide poema centenário de Mário de Andrade, na Semana de Arte Moderna de 1922, no seu livro Pauliceia Desvairada “Ode ao Burguês”, mais atual do que nunca. A maior autoridade da cultura brasileira expõe os burgueses paulistanos com uma precisão cirúrgica.

Há um conjunto de outros processos laterais que, olhando de forma fria, é bastante interessante e revelador como a de votos por Covas através de cestas básicas com o silêncio obsequioso do TSE de Barroso.

No Rio, Eduardo Paes, por exemplo, foi eleito por dois motivos, pela desastrosa administração de Crivella, mas sobretudo porque há na memória dos cariocas os feitos, as obras, os grandes eventos internacionais que Paes realizou sob a orientação e investimento do governo federal com Lula e Dilma.

A má notícia é que o Brasil de hoje é outro, é o Brasil de Bolsonaro, internacionalmente defenestrado, economicamente arruinado e, consequentemente, isso refletirá na administração de Eduardo Paes que, certamente não conseguirá realizar 10% do que realizou no período dos governos do PT.

Mas há muito mais coisas a serem colocadas na mesa, como a  vitória do PP que mais se expandiu em número de prefeituras. O PP foi o partido que mais teve políticos denunciados pela Lava Jato, o que derruba de vez a farsa de que foi esta a maior operação de combate à corrupção no país, transformando em piada o bordão de que se ela acabar, volta a corrupção. Mas isso é papo para uma outras análises que faremos aqui nos próximos dias.

Por ora fica entendido que a direita sabe da derrota política que teve, mesmo com algumas vitórias eleitorais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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CPF: 450.139.937-68
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