O narcocapitalista de araque, virou um pobre animal de abate nas mãos de Trump.
A cena foi constrangedora.
Um quadro dantesco que mostra a arrogância de Trump e a imagem de um Milei suado e abatido, parecendo ouvir tal proposta de dentro de uma toca de tatu, enquanto Trump lhe oferecia literalmente a total obediência em troca da boia salva-vidas.
A Argentina afundada no inferno econômico de Milei, teve que se submeter a morcegos e corujas pra conseguir um qualquer pra empurrar a crise econômica com a barriga.
Para azedar ainda mais a sopa, Trump diz que Milei’ é um grande líder’, mas avisa que a ajuda dos EUA à Argentina dependerá das eleições.
Se Milei perder, e vai perder, está morto.
Não sai centavo do bolso de Trump.
Se Milei não vencer, estamos fora, cravou o bufão imperialista.
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O apoio a Lula nas redes sociais está realmente em alta, com a hashtag #VivaLula aparecendo em diversos posts virais, especialmente após o anúncio de remédios gratuitos contra câncer de mama no SUS.
O tema domina as conversas no Brasil, impulsionado por posts virais que celebram a medida como um avanço na saúde pública.
A combinação de emoção (relatos de pacientes), política (contraste com gestões passadas) e timing (Outubro Rosa) explica a viralização.
Apesar de críticas pontuais da oposição, o sentimento predominante é de celebração, com posts emocionais e memes dominando as timelines.
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Reportagem de Aguirre Talento no Estadão [13/10] mostra como os militares prepararam o terreno do golpe. Literalmente!
Com máquinas do Exército –retroescavadeira e caminhões–, militares realizaram obras de terraplenagem na área destinada ao acampamento de golpistas na sede do Comando do Exército Brasileiro, em Brasília – o Forte Apache.
A preparação do terreno foi realizada em novembro de 2022, logo após o 2º turno da eleição, quando bolsonaristas e integrantes da “família militar” inconformados com a derrota eleitoral iniciaram os acampamentos em áreas de quartéis do Exército em todo país.
A reportagem ilustra com informações, imagens e vídeos o que já se sabia: foi institucional o envolvimento das cúpulas fardadas com o empreendimento golpista que culminou no 8 de janeiro de 2023.
A participação de militares no golpe é evidente e irrefutável. Dos 32 réus da ação penal da trama golpista, 24 deles são oficiais das Forças Armadas, quase todos das mais altas patentes militares – tenente-coronel, coronel, almirante, general.
É impossível, portanto, que os comandos das três Forças desconhecessem a trama golpista que se desenrolava nas instalações militares em conexão com o Palácio do Planalto, onde generais ocupavam postos-chave do núcleo de governo.
A terraplenagem no Forte Apache para criar condições propícias ao acampamento golpista foi consentida pelo Alto Comando do Exército, como também foi consentida a Bolsonaro a oportunidade de lançar sua candidatura presidencial para a eleição de 2018 no pátio da AMAN, em 29 de novembro de 2014, quando o general Tomás Paiva, atual comandante do Exército, comandava aquela importante unidade militar.
Alguém seria ingênuo a ponto de acreditar que o Comando do Exército desconhecia a rotina golpista e os propósitos antidemocráticos e inconstitucionais do acampamento no Quartel-General do Exército, onde eram ostentadas faixas pedindo “intervenção militar com Bolsonaro no poder” e conclamando que “Supremo é o povo”, e onde militares da ativa e da reserva, além de esposas de militares, como Dona Cida Villas Bôas, faziam proselitismo político?
Os comandantes das três Forças expressaram irrestrito consentimento ao acampamento no comunicado às instituições e ao povo brasileiro, de 11 de novembro de 2022, no qual defenderam os acampamentos nos quartéis e estimularam o ambiente de caos e violência no país.
O comunicado das cúpulas militares encorajou o golpismo. No dia seguinte, em 12 de novembro, o general Braga Netto reuniu comparsas das Forças Especiais do Exército na sua residência para planejar os assassinatos do presidente e do vice eleitos, Lula e Alckmin, e do ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, na operação “Punhal Verde e Amarelo”.
Alguns dias depois, em 18 de novembro, Braga Netto tranquilizou bolsonaristas presentes no Palácio da Alvorada com uma declaração enigmática e que, à luz das descobertas posteriores da PF, pode ser interpretada como uma sinalização da continuidade do plano para a tomada de poder: “Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”.
Aquele comunicado dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica de 11 de novembro serviu como senha, também, para outros acontecimentos dramáticos protagonizados por golpistas acampados, como as depredações em Brasília e ataques à sede da PF na data de diplomação de Lula e Alckmin [12/12/2022], e o fracassado atentado terrorista no aeroporto da capital federal, em 24/12/2022. Além, óbvio, dos atos do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
O julgamento e a condenação dos implicados na trama golpista é um acontecimento histórico e inédito em toda história brasileira. É muito significativo que coronéis, generais e ex-comandantes militares estejam sendo julgados em tribunais civis.
É preciso reconhecer, contudo, que este processo deixa pontas soltas, como o envolvimento central das cúpulas fardadas e da instituição militar no processo golpista.
Como descreveu o historiador Carlos Fico no livro Utopia autoritária brasileira – como os militares ameaçam a democracia brasileira desde o nascimento da República até hoje, “todas as grandes rupturas da legalidade constitucional tiveram origem no intervencionismo militar”.
Não foi diferente neste último golpe tentado e fracassado, que desta vez só não prosperou porque a administração Biden “desautorizou” os militares a perpetrá-lo.
Fosse Donald Trump o presidente dos EUA em 2022, os militares teriam dado o golpe e hoje o Brasil estaria mergulhado numa ditadura provavelmente mais sanguinária e cruel que a de 1964/1985.
*Por Jeferson Miola em seu blog
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Para Ualid Rabah, reconstrução de Gaza e bloqueio à ajuda humanitária revelam continuidade do genocídio
O presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, afirmou que o cessar-fogo em Gaza é “pré-fabricado” e serve para prolongar o genocídio do povo palestino. Em entrevista ao Brasil de Fato, ele denunciou que “os Estados Unidos e Israel não estão agindo de boa fé e querem continuar o genocídio”.
“Gerir o genocídio significa gerir a fome, não impor a fome como arma de guerra. Nesse caso, o precedente da fome como arma de guerra está sendo reeditado, impedindo a entrada de ajuda humanitária”, disse Rafah, ao comentar o bloqueio israelense à ajuda em Rafah após a entrega de restos mortais de prisioneiros israelenses nesta terça-feira (14).
Nesta segunda-feira (13), seis palestinos foram mortos no norte de Gaza, segundo o próprio Exército israelense, após se aproximarem das forças de ocupação. O episódio, para Rabah, tende a se repetir com o fim do cessar-fogo.
Segundo ele, Israel utiliza justificativas prévias para romper acordos e manter o controle sobre Gaza. “Estamos falando de um território devastado, que produziu a maior quantidade de mortos sob escombros proporcionalmente da história humana”, afirmou. O presidente da Fepal estima que entre 11 mil e 20 mil palestinos permanecem desaparecidos.
Rabah também alertou para a tentativa de Israel impor zonas de “segurança” que, na prática, confiscariam partes do território palestino. “[Forças israelenses] ocupam 53% do território. Seguramente, vão impor áreas de segurança e impedirão os palestinos de circularem no seu próprio território”, explicou.
Ao analisar o papel dos Estados Unidos e de outros países ocidentais na reconstrução de Gaza, ele acusou esses governos de buscarem apagar provas do genocídio. “Remover a totalidade dos escombros e não permitir que investigadores internacionais ingressem no território significa normalizar o genocídio”, afirmou.
Rabah acrescentou que o envolvimento de potências e empresários ligados ao presidente Donald Trump pode transformar o sangue palestino “em um grande negócio”. “O verdadeiro dono desse genocídio são os Estados Unidos. Há uma reserva gasífera estimada em até US$ 900 bilhões. O sangue palestino virará um grande negócio”, criticou.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção de crescimento da economia do Brasil para este ano, superando até as estimativas do governo do presidente Lula, mostrou relatório do órgão desta terça-feira (14), divulgado em reportagem da agência Reuters.
A projeção do FMI para a economia brasileira este ano é ligeiramente melhor do que a do governo, que prevê uma expansão de 2,3%. Para 2026, o Ministério da Fazenda também está otimista, com uma estimativa de crescimento de 2,4%, recorda a publicação.
O relatório Perspectiva Econômica Global mostrou que o FMI prevê agora expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) em 2025, 0,1 ponto percentual a mais do que na projeção anterior, feita em julho. Para 2026, a conta foi reduzida em 0,2 pontos percentuais, a 1,9%.
Contudo, o FMI passou a ver uma desaceleração em 2026, citando o impacto das tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apontando sinais de moderação da atividade econômica. “No Brasil, sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas”, ressaltou o FMI.
Um fator não mencionado é a aproximação entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos EUA, Donald Trump, que pode aliviar as tarifas contra o Brasil.
Fator Selic De acordo com Leonardo OSbreira, 247, o relatório aponta que vem pesando sobre a atividade econômica brasileira a taxa básica de juros em um nível restritivo, de 15%. O Banco Central disse que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.
Nesse sentido, o FMI calculou uma inflação média anual no Brasil de 5,2% este ano e de 4,0% — o centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Principais apontamentos do relatório “Condições externas estão se tornando mais desafiadoras e, em alguns casos, o ímpeto doméstico está desacelerando”. “Tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos estão reduzindo a demanda externa, com profundas implicações para várias grandes economias orientadas para a exportação, enquanto a incerteza na política comercial está afetando o apetite das empresas por investimentos”.
“Ao mesmo tempo, o espaço fiscal restrito está reduzindo a capacidade do governo de estimular a demanda doméstica onde necessário”.
Nações emergentes e América Latina O FMI ajustou a perspectiva de crescimento para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, dos quais o Brasil faz parte, passando a ver crescimento de 4,2% este ano, contra 4,1% antes, e mantendo a perspectiva para 2026 em 4,0%.
No caso do Brasil, um agravante, segundo o FMI: está entre os países que devem apresentar um aumento “significativo” da dívida como proporção do PIB em 2025, ao lado de China, França e Estados Unidos, considerando os resultados dos saldos primários projetados para o ano para essas economias.
O fundo ponderou que a atividade nesse grupo, excluindo a China, foi mais forte do que o esperado no primeiro semestre deste ano, graças em parte a uma produção agrícola recorde no Brasil, forte expansão do setor de serviços na Índia e demanda doméstica resiliente na Turquia.
Na América Latina e Caribe, o FMI vê crescimento de 2,4% em 2025 e de 2,3% em 2026, ajustes respectivamente de 0,2 ponto percentual para cima e de 0,1 ponto para baixo em relação a julho.
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Senado enterra o PL da Dosimetria. Uma boa derrota para os Bolsonaristas
A coluna de Lauro Jardim, no O Globo, publicada hoje (14 de outubro de 2025), confirma o que já se especulava nos bastidores.
O Senado Federal, sob o comando de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), travou de vez as esperanças de avanço do PL da Dosimetria
O projeto que, disfarçado de “recalibragem de penas”, visava reduzir as condenações impostas pelo STF aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, incluindo uma possível atenuação para Bolsonaro.
A morcegada faminta do Centrão, agora, vai chutar o cão leproso Jair Bolsonaro.
Essa notícia ecoa o slogan que mencionamos antes (“Nem Anistia Nem Dosimetria”), simbolizando um “corte nas asas” de Bolsonaro, e reforça a polarização no Congresso, onde o Centrão tenta se equilibrar entre pressões da extrema-direita e a opinião pública contrária a qualquer leniência.
O resultado é que Bolsonaro será tostado pelo próprio Centrão num churrasco autofágico da direita.
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De 2018 a 2024, volume de exportação desses produtos aumentou mais de 50%, segundo relatório da ONG Public Eye
Enquanto criam regras restritivas e promovem o banimento de diversos produtos químicos de uso agrícola, países europeus seguem produzindo e exportando agrotóxicos considerados por eles mesmos altamente nocivos à saúde pública e ao meio ambiente. A revelação foi feita por um relatório produzido pela ONG Public Eye e pelo Unearthed, um projeto de jornalismo investigativo financiado pela Greenpeace do Reino Unido.
Em 2024, os estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram a exportação de quase 122 mil toneladas de agrotóxicos cujo uso é proibido em suas próprias fazendas. Isso representou um aumento de 50% na comparação com as 81 mil toneladas notificadas em 2018.
Em números de produtos, 75 agrotóxicos proibidos para proteger a saúde humana e o meio ambiente nos países europeus foram notificados para exportação da UE em 2024. Isso é quase o dobro dos 41 produtos exportados em 2018.
No total, as exportações de agrotóxicos proibidos pela UE foram destinadas a 93 países diferentes no ano passado; 75% deles eram países de baixa e média renda, onde as regulamentações são mais frágeis. Os Estados Unidos são o maior importador, seguido pelo Brasil, o maior mercado mundial de agrotóxicos.
“Como a gente diz no Brasil, dois pesos e duas medidas, que é isso: ‘o que para mim é proibido, mas eu exporto para vocês’. Então, é claramente esse ‘dois pesos e duas medidas’ que a Europa tem adotado”, afirma a pesquisadora Larissa Bombardi, autora do livro Agrotóxicos e o colonialismo químico. Ela atribui o aumento significativo da exportação desses produtos a um forte lobby exercido pela indústria química nos países do bloco.
“A França foi o primeiro país a tomar a decisão de proibir a produção, a estocagem e a exportação de substâncias proibidas aqui na Europa. E, no fim, na prática, isso continua acontecendo. Mas o lobby das indústrias foi enorme. Na França, durante o processo de decisão, as indústrias foram massivamente contra esse projeto de lei. O argumento principal é a justificativa econômica da Europa perder sua importância no cenário econômico mundial. Então as indústrias fazem um lobby enorme”, relata Bombardi.
“Cada ano que eu acompanho, na verdade, a proporção de agrotóxicos proibidos na União Europeia na lista dos dez mais vendidos no Brasil, só aumenta”, segue a pesquisadora. “E isso me choca, porque antes eram três, quando eu comecei a lidar com esses dados, cinco e agora sete dos dez mais vendidos, são proibidos na União Europeia”, pontua.
Apenas promessas Em outubro de 2020, a Comissão Europeia prometeu “dar o exemplo” e pôr fim à exportação de agrotóxicos proibidos na União Europeia (UE), como parte de uma nova estratégia para produtos químicos apresentada como um pilar do “Pacto Verde Europeu”.
Alan Tygel, integrante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, embora a Europa tenha sido uma espécie de “horizonte civilizatório”, ao impor restrições a substâncias químicas nocivas, nos últimos anos, sobretudo pelo avanço da direita e extrema direita em vários países, o perfil colonial dos países europeus tem predominado.
“Esse aumento na exportação de agrotóxicos banidos da União Europeia para o Brasil, e para outros países do Sul Global não provoca um grande espanto, porque a gente que acompanha o dia a dia da política, vem percebendo o avanço da direita, o avanço da extrema direita, e a Europa mostrando a sua verdadeira face, que é a face da pilhagem do lucro a qualquer custo, em cima das vidas e dos territórios do Sul Global e, em especial, do Brasil”, destaca.
Tygel lembra que, historicamente, o registro de agrotóxicos no Brasil obedecia a uma análise tripartite, que envolvia o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No entanto, mudanças legislativas foram enfraquecendo o papel das agências reguladores e dando poderes a mais ao Mapa, dominado pelo lobby do agronegócio. Essa situação tem resultado em um aumento gradativo da liberação dessas substâncias, ainda que um setor do governo defenda abertamente o banimento dos banidos.
“Se a gente olha os dados de 20 anos atrás, só aumenta o uso de agrotóxicos, aumenta a área plantada com agrotóxicos, aumenta o faturamento da indústria de agrotóxicos, que é um faturamento pornográfico. Não há nada na economia brasileira que cresça 8% ao ano nos últimos 20 anos constantemente. Nada, nem inflação, nem PIB, nem lucro de banco, nada. É só o mercado de agrotóxico que cresce nessa taxa”, ressalta.
Mediocridade colonial Segundo Diego Moreira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a posição dos países europeus revela uma postura “medíocre” dos países centrais e a submissão dos países em desenvolvimento a essa lógica neocolonial.
“Nós estamos envenenando o nosso solo, envenenando a nossa água, envenenando a nossa população. A custo do quê? A custo de lucros que vão atender alguns egos e engordar algumas contas de algumas pessoas por aí”, disse o dirigente.
“Além dessa postura medíocre dos países centrais, dos países neocolonialistas”, seguiu Moreira. “Tem uma postura muito mais medíocre da elite, da burguesia brasileira que se presta a esse papel em relação à sua soberania e ao seu povo. Então, é muito importante que nós possamos continuar fazendo essa conscientização do povo brasileiro e que nós possamos virar as costas para isso o mais breve possível. Não aceitar mais o papel de ser a espécie de aterro sanitário, de ser uma espécie de lixão dos países coloniais aqui no Brasil”, completou.
Colonialismo químico Estudiosa do tema, Larissa Bombardi lembra que o pensamento colonial tem raízes históricas que relacionam o Brasil e a Europa.
“A gente ocupa um lugar historicamente subordinado que tem a ver com a nossa formação socioterritorial, e que é uma história do colonialismo. Quer dizer, a gente não entende essa atitude colonialista da Europa de continuar exportando essas substâncias se a gente não entender justamente porque a gente continua aceitando. E a gente continua aceitando porque justamente a colonialidade continua marcando a nossa formação socioterritorial”, destaca.
Para Bombardi, há uma tríade perniciosa que explica parte da história econômica do Brasil, e que segue vigente, guardadas as devidas proporções.
“A colonialidade é essa característica dos países da América Latina de terem se desenvolvido e se constituído enquanto países por meio da escravização de seres humanos e por meio do controle absoluto da terra, do genocídio, da expulsão dos povos originários. Então, eu diria que essa tríade aí: a escravização dos seres humanos, o controle absoluto da terra por uma elite branca e o genocídio, é a marca da nossa formação e não, ela não tá no nosso passado”, afirma a pesquisadora.
E o Lula com isso? Em setembro de 2024, durante reunião com os chefes dos Três Poderes para discutir a emergência devido aos incêndios que se alastraram pelo país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o “banimento dos banidos”.
“Não é possível que 80% dos agrotóxicos proibidos na Alemanha possam ser vendidos aqui no Brasil, como se a gente fosse uma republiqueta de bananas”, disse o presidente.
*BdF
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Violações do cessar-fogo: Drones israelenses matam palestinos em Gaza
A existência de Israel e a carnificina diuturna de crianças palestinas é condição Sine Qua Non!
Jamais vai parar seu genocídio enquanto existir um único bebê vivo em Gaza.
É uma tara dos sionistas daquele inferno chamado Israel.
Se vivo fosse, Hitler não teria o menor problema em condecorar a cúpula governamental do Estado sionista.
Sangue de crianças palestinas para essa gente, é ouro.
Gaza segue sendo o palco macabro que Israel escolheu para dar seus monstruosos shows contra qualquer sopro de vida palestina.
Incluindo os fetos nos ventres de suas mães, como os soldados gostam de usar camisetas com os dizeres e imagens de mulheres palestinas grávidas vistas por uma alça de mira: um tiro, duas mortes.
Matar crianças palestinas em Israel é praticamente uma religião, é essencial, indispensável, diria mais, é obrigatório.
Essa é a verdadeira cultura do Estado terrorista de Israel.
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Enquanto ataques aéreos matam civis em Gaza, forças israelenses invadem escola em Belém e colonos destroem oliveiras no Vale do Jordão
Vários civis palestinos foram mortos pelas forças israelenses (IDF) nesta terça-feira (14/10), apesar de o acordo de cessar-fogo estar em vigor pelo quinto dia consecutivo. Segundo fontes médicas, pelo menos sete pessoas morreram quando drones sionistas dispararam contra moradores que inspecionavam suas casas no bairro de Shuja’iyya, a leste da Cidade de Gaza.
Dois palestinos sucumbiram aos ferimentos em outro ataque de drones na região de Khan Yunis, ao sul, de acordo com o correspondente da WAFA. Judy Jamil Fayyad não resistiu aos ferimentos sofridos em um bombardeio anterior, enquanto Abdul Latif Adnan Abu Ta’ima também faleceu devido aos ferimentos causados por outro ataque que teve como alvo o leste de Khan Yunis.
A região de Shakoush também foi alvo das forças israelenses, que abriram fogo, enquanto outras aeronaves não tripuladas voavam em altitudes muito baixas sobre a área de Al-Mawasi, no norte de Rafah.
Fontes locais informaram à WAFA que seis pessoas foram transferidas para o Hospital Al-Maqdadi e três para o Hospital Nasser, enquanto nenhuma vítima foi registrada nos hospitais Al-Shifa, Al-Aqsa e Al-Awda.
Milhares de vítimas permanecem sob os escombros ou nas ruas, enquanto ambulâncias e equipes de defesa civil enfrentam dificuldades para alcançá-las devido à enorme destruição. Fontes médicas na Faixa de Gaza anunciaram que o número de mortos pela ofensiva israelense no território subiu para 67.869 palestinos e 170.105 feridos desde 7 de outubro de 2023.
Violações continuam A Escola Kisan, a leste de Belém, foi invadida pela IDF nesta terça-feira (14/10), segundo fontes de segurança. As tropas ameaçaram os professores para que não discutissem a questão dos prisioneiros palestinos, alertando-os de que qualquer menção ao tema levaria a um novo ataque.
Na noite de segunda-feira (13/10), colonos destruíram dezenas de oliveiras frutíferas na vila de Bardala, no norte do Vale do Jordão. Fontes locais disseram à WAFA que aproximadamente 150 oliveiras frutíferas de propriedade do sultão Rashid Mubaslat, na planície de Qa’un, perto da vila, também foram destruídas. A área testemunhou recentemente uma escalada de ataques de colonos armados.
*Opera Mundi
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