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Exploração máxima da mão de obra e exclusão sumária do pobre do orçamento federal são os apelos do Estadão à “direita civilizada”

Segundo o secular Estadão, uma direita adequada aos novos tempos, democrática, republicana, moderada, qualificada e liberal, tem por obrigação, arrancar a fórceps as últimas gotas de sangue e suor do trabalhador sem qualquer aumento do salário mínimo como sonha Armínio Fraga do finado tucanato.

Numa dobradinha liberal, o mesmo periódico quer a segregação total e absoluta do pobre no orçamento da união.

Essa é, inapelavelmente, a conta que mais rende no Brasil.

Assim, a direita voltará aos salões imperiais com as plumas tucanas, mesmo que em outras casacas felpudas e as cartolas atochadas até o pescoço dos Faria Limers, no congado dos Bandeirantes.

Mas quem seria capaz desse feito da direita civilizada?

Ora, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, que já se pronunciou contra a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, além de se expressar fortemente contra a cobrança de impostos dos milionaríssimos paratatás.

Essa é a abrangência máxima que o Estadão cobra da nova safra dos senhores, doutores, escravistas, possuidores máximos da renda nacional.

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Mundo

Jornal britânico pede fim do silêncio sobre Gaza e cita “nojo” de Israel

O jornal The Independent, um dos mais influentes do Reino Unido, publicou um editorial que critica a total paralisação da ajuda humanitária a Gaza e denuncia a brutalidade das ações do governo israelense. Faz um apelo ao líder trabalhista britânico, Keir Starmer, para que se manifeste e pressione os líderes mundiais, incluindo Donald Trump, para que chamem Netanyahu à responsabilidade e encerrem o bloqueio de ajuda:

O mundo ficou chocado com a horrível atrocidade do Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, onde 1.200 pessoas foram mortas e 251 reféns foram sequestrados – o mais jovem tinha apenas 9 meses. Apesar de sua retaliação feroz ter causado alarme imediato, Israel encontrou apoio internacional para o direito de se defender.

Mas agora qualquer justificativa moral inicial para continuar a guerra, 18 meses depois, foi perdida – e o nojo que antes reservávamos para os militantes do Hamas foi transferido para os ataques brutais e implacáveis das Forças de Defesa de Israel e a catástrofe humanitária causada pelo seu bloqueio.

Desde o início da guerra, os civis em Gaza pagaram um preço devastador – o número de mortos já ultrapassa 52.000, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. Com o fornecimento de ajuda e água cortado no segundo dia do conflito, sendo parcialmente restaurado e depois cortado novamente à medida que os combates continuavam, os palestinos vivendo em Gaza sempre foram pouco mais do que danos colaterais.

O cessar-fogo negociado em janeiro deste ano trouxe uma breve esperança de que a trégua temporária pudesse abrir caminho para negociações de um plano de paz de longo prazo. Com a libertação de alguns dos reféns em cenas emocionantes, parecia haver uma faísca de luz. Mas, à medida que essas esperanças morreram, qualquer interesse pela catástrofe humanitária igualmente se esvaiu.

Donald Trump atraiu muita atenção por sua ideia bizarra – e profundamente imoral – de que os EUA assumissem a posse de Gaza e transformassem a região em uma segunda Riviera Mediterrânea. A deportação forçada de mais de 2 milhões de palestinos de suas terras e o que resta de suas casas representaria o maior ato de limpeza étnica desde a Segunda Guerra Mundial.

Quando a primeira fase do cessar-fogo expirou em março – e Israel e Hamas se acusaram mutuamente de frustrar o acordo – Israel impôs uma proibição total de toda a ajuda humanitária destinada a Gaza. De acordo com o DCM, Nada seria permitido passar. Nenhum medicamento, comida ou suprimento.

Encorajado pelo presidente dos EUA, Benjamin Netanyahu – o primeiro-ministro israelense – anunciou a retomada de seus bombardeios contra o enclave. Choqueiramente, a resposta da comunidade internacional foi silenciosa. Os aliados de Israel, incluindo o Reino Unido, deveriam ter se manifestado contra essa medida contraproducente e literalmente sem objetivo, assim como contra a devastadora catástrofe humanitária que causou.

O silêncio do Reino Unido e de outros tem sido ensurdecedor.

Sir Keir Starmer deveria se envergonhar por não ter dito nada, especialmente porque Netanyahu agora anunciou novos planos para expandir ainda mais os já devastadores bombardeios sobre Gaza – e impor uma ocupação indefinida do território. O ministro das finanças de Netanyahu, Bezalel Smotrich, colocou isso em termos ainda mais explícitos: o objetivo é, disse ele, “destruir completamente” Gaza.

É hora de o mundo acordar para o que está acontecendo e exigir o fim do sofrimento dos palestinos presos no enclave. Algumas pessoas podem querer desviar o olhar, incapazes de compreender os níveis de fome, miséria e desesperança. (…)

O governo britânico inicialmente queria apoiar nosso aliado. Após o horror de 7 de outubro de 2023 – uma data que ficará para sempre marcada – Israel recebeu apoio de todo o mundo. Esperava-se que o desejo de devolver os reféns e buscar justiça fosse compartilhado.

Mas a promessa de Netanyahu de “destruir o Hamas” nunca foi um objetivo de guerra realista – e se transformou na destruição de Gaza. O território de 25 milhas de extensão tornou-se quase totalmente inabitável, forçando sua população a se concentrar em áreas menores e menores de refugiados. A fome está à espreita da sua população.

As famílias dos reféns ainda presos lá dentro, por sua vez, imploraram repetidamente ao seu governo para concordar com um cessar-fogo, temendo que também estivessem sob o mesmo bloqueio de ajuda e bombardeio.

Netanyahu ecoou as odiosas opiniões expressas por Smotrich, que disse: “Os cidadãos de Gaza serão concentrados no sul. Eles estarão totalmente desesperados, entendendo que não há esperança e nada a buscar em Gaza, e estarão procurando por realocação para começar uma nova vida em outros lugares.”

Nos últimos dois meses, o bloqueio total de ajuda demonstrou que o objetivo vergonhoso do governo israelense é matar de fome e privar toda a população de Gaza, combatente e civil.

O presidente Trump deverá visitar Israel nos próximos dias, o que significa que há um curto período em que a opinião mundial pode se fazer ouvir. É hora de o Reino Unido pôr fim ao seu silêncio. Netanyahu deve perceber que está travando uma guerra que não é apenas impossível de vencer, mas inconcebível.

Sir Keir, encontre sua voz – e inste Trump e todos os líderes mundiais a pressionar Netanyahu a terminar com o bloqueio.

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Política

Cerco aos investigados: AGU pede bloqueio de bens de 14 envolvidos na fraude do INSS

Empresas e sócios são acusados de serem intermediárias de pagamentos de vantagens indevidas.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal o bloqueio de bens de mais seis empresas e oito pessoas investigadas por descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O órgão entrou com pedido de mudança na ação cautelar ajuizada na quinta-feira (8) contra as associações investigadas.

A medida atende a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou a necessidade de incluir novas pessoas jurídicas e físicas no pedido de indisponibilidade de bens e ativos financeiros. Com base na Lei nº 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção, a AGU também solicitou o bloqueio das atividades financeiras e a suspensão dos sigilos bancários e fiscal dos investigados, reporta Welton Maximo da Agência Brasil.

As empresas e seus sócios que figuram no novo pedido são acusados de serem intermediárias de pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos vinculados ao INSS e a outras pessoas físicas a elas relacionadas. Até o momento, informou a AGU, o repasse de valores indevidos a esses agentes públicos está estimado em R$ 23,8 milhões.

“As investigações em curso revelam fortes indícios de que as empresas mencionadas participaram diretamente da intermediação de valores milionários”, informou a AGU na petição de aditamento. “Essa engenharia financeira sustentava o esquema criminoso, que consistia em repassar os valores indevidamente descontados pelas associações e pagar vantagens ilícitas a agentes públicos que permitiam ou facilitavam esses descontos.”

Em relação ao bloqueio de bens dos sócios das empresas citadas, a AGU baseia-se no argumento de que “as pessoas jurídicas foram utilizadas como instrumento para práticas ilícitas de natureza penal, administrativa e civil, servindo como meio para captação de vantagens provenientes de recursos indevidamente extraídos dos benefícios de aposentados e pensionistas”.

No caso dos agentes públicos investigados na Operação Sem Desconto, a AGU instaurou procedimento preparatório para ajuizar ação por improbidade administrativa.

Na petição original da ação cautelar proposta na quinta-feira, a AGU requereu, além dos R$ 23,8 milhões, o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens móveis e imóveis e a quebra de sigilos bancário e fiscal de 12 entidades associativas e seus dirigentes.

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Política

Pastor Nikolas Ferreira, o pilantra mirim

O pastor mirim, Nikolas Ferreira, deputado federal pelo PL-MG, já foi penalizado por divulgar informações criminosamente falsas.

Em 2024, o STF manteve uma multa de R$ 30 mil, aplicada pelo TSE por ele ter espalhado notícias falsas contra Lula durante as eleições de 2022, atribuindo a ele e ao PT informações fraudulentas, como confisco de bens e números falsos sobre a pandemia.

Isso reforça a percepção de que ele é um pastor picareta e um deputado com amplo histórico de compartilhar conteúdo criminoso o que dá peso às acusações de que ele é pau mandado de Bolsonaro e, por isso, distorce fatos sobre o caso do INSS.

Sobre a fraude do INSS, postagens nas redes mostram que o vigarista mirim, Nikolas, em maio de 2025, publicou um vídeo acusando o governo Lula de inação diante do escândalo e alertando que Bolsonaro pretendia impedir descontos ilegais.

Essas afirmações, no entanto, foram contestadas por outros usuários e figuras públicas, que argumentaram que ele tentou culpar Lula por um esquema que teria começado sob o governo do seu chefe, Bolsonaro.

Sobre o escândalo do INSS, há consenso em algumas fontes de que o esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas teve origem no governo Bolsonaro.

Posts no X, como os de @lazarorosa25 e @pesquisas_elige, citam que a “engenharia criminosa” foi montada no governo anterior, e o governo Lula teria agido para desmantelá-la. Jorge Messias, advogado-geral da União, é citado afirmando que o governo Lula desbaratou uma fraude, com a Polícia Federal investigando e prendendo os envolvidos.

O resto é acusação criminosa de Nikolas, o pastorzinho vigarista que cobra uma baba do chefe para fazer filminho para livrar sua cara.

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Mundo

Vídeo: Brasileira é presa com filha nos EUA e ação violenta da imigração gera protestos

Uma operação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) resultou na prisão de uma mulher brasileira e de sua filha menor de idade na cidade de Worcester, na região de Boston, Massachusetts. A ação, marcada por cenas de violência e tensão, provocou forte comoção local e gerou protestos contra a atuação dos agentes. A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL.

De acordo com testemunhas, a brasileira estava com sua filha adolescente e um bebê de apenas dois meses no banco traseiro do veículo quando foi abordada e retirada à força pelos agentes do ICE, que a jogaram no chão diante de aproximadamente 25 pessoas. A filha tentou impedir a prisão e acabou sendo detida sob acusações de colocar a criança em risco, conduta desordeira, resistência à prisão e perturbação da ordem pública. O bebê foi entregue a uma das testemunhas que acompanhavam a cena.

Moradores da região relataram que os agentes se recusaram a apresentar um mandado judicial, o que inflamou os ânimos da vizinhança. Em nota, a polícia de Worcester declarou que foi acionada por um morador e apenas atuou para “preservar a paz e evitar ferimentos”. “Quando os policiais chegaram ao local, observaram uma cena caótica com vários agentes federais de diversas agências tentando levar uma mulher sob custódia”, informou a corporação.

Ainda segundo a polícia, uma terceira mulher identificada como Ashley Spring, de 38 anos, também foi presa após empurrar agentes e jogar neles uma substância líquida ainda não identificada.

As autoridades brasileiras acompanham o caso por meio do consulado, que busca esclarecer as circunstâncias da prisão e garantir a proteção consular às envolvidas. Até o momento, os nomes da brasileira e da filha não foram divulgados por motivos legais e de segurança.

Líderes locais expressaram publicamente sua indignação. A vereadora Etel Haxhiaj afirmou que “nada daquilo era necessário”, enquanto o prefeito de Worcester, Joseph Petty, declarou estar “profundamente perturbado”. “Como alguém que se orgulha de liderar uma cidade acolhedora, estou arrasado ao ouvir sobre a separação de uma família, especialmente com o Dia das Mães se aproximando”, lamentou Petty.

O episódio reacende o debate sobre a atuação do ICE em comunidades de imigrantes e a política de deportações sem mandado judicial, amplamente criticada por organizações de direitos civis. A pressão sobre o governo local e federal deve aumentar nos próximos dias, diante da repercussão das imagens nas redes sociais e do envolvimento de diplomatas brasileiros.

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Não demora a mídia dirá que o miliciano Queiroz era gerente da quadrilha de peculato de Lula e depositava na conta

Queiroz foi investigado, principalmente por práticas de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, o 01, que já já a mídia dirá que é o filho mais velho de Lula e que é sua cara.

O fato concreto é que o esquema de fraudes no INSS, durante o governo Bolsonaro, foi marcado por falhas normativas, falta de fiscalização e restrições políticas que facilitaram a ação de quadrilhas.

Dito isso, fica claro o esquema montado no INSS foi feito pela tropa de Bolsonaro.

Quando a mídia tenta jogar essa sujeira no colo de Lula, mostra que os jornalões e congêneres são tão ou mais pilantras que os cangaceiros bolsonaristas de seu governo.

Trocando em miúdos, as raízes do problema estão no período anterior, justo no governo Bolsonaro com convênios fraudulentos, vazamentos de dados e ausência de investigações.

No governo Lula, as investigações seguem para apurar a totalidade dos desvios e garantir a devolução dos valores aos aposentados prejudicados.

Durante o governo Bolsonaro não houve operações para desmantelar o esquema. A falta de prioridade no combate à corrupção, aliada ao pareamento de órgãos como a PF e o INSS, criou um ambiente propício à pratica de fraudes.

Mas a mídia ignora tudo para atacar, de maneira criminosa, o governo Lula.

A base foi estabelecida no governo Bolsonaro, com R$ 706,2 milhões descontados em 2022, um aumento de 32% em relação a 2021.

As investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) indicam que os descontos ilegais foram realizados em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro.

Associações e sindicatos, muitas vezes de fachada, firmaram Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS para descontar mensalidades diretamente dos benefícios, sob a justificativa de oferecer serviços como assistência jurídica ou descontos em planos de saúde.

No entanto, 97% dos beneficiários entrevistados pela CGU afirmaram nunca ter autorizado esses descontos.

Tentar jogar isso no colo do Lula é aquele malabarismo clássico de narrativa da direita.

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Vídeo: Lula destaca desmonte de quadrilha criada em 2019 para explorar aposentados

“Tanto a CGU [Controladoria Geral da União] como a Polícia Federal foram a fundo na investigação para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval um ano atrás, possivelmente tivesse parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias. Você faz um show de pirotecnia numa semana, na outra semana esquece. Não! Resolvemos desmontar uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019. Vocês sabem quem era ministro da Previdência e quem era chefe da Casa Civil em 2019. Poderíamos ter feito um show de pirotecnia, mas a gente não quer uma manchete de jornal. A gente quer apurar e aquelas entidades que roubaram vão ter seus bens congelados e vamos repatriar o dinheiro para que a gente possa pagar as pessoas”, diz o presidente Lula ao explicar que a apuração tem sido feita com seriedade e sem pular etapas.

Com isso, o líder brasileiro mostrou firmeza ao dizer que o esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) criado na gestão anterior à sua [Bolsonaro] foi desbaratado.

“As vítimas não serão prejudicadas. Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista brasileiro, criando entidades e fazendo promessas possivelmente nunca cumpridas para esse povo”, completa.

Leia mais: Líderes da base provam que fraude no INSS começou no governo Bolsonaro

As afirmações aconteceram em coletiva de imprensa ainda na Rússia antes de o presidente e comitiva seguirem viagem rumo à China.

O presidente também fez questão de mostrar sua indignação com o caso ao ressaltar que os envolvidos serão descobertos. Com Vermelho.

“Eles [os fraudadores] não foram no cofre do INSS, foram no bolso do povo. É isso que nos deixa revoltados. É por isso que vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passado envolvido nisso. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade. Porque eu não estou atrás de um show de pirotecnia. Eu estou atrás de apurar a verdade. Quem foi que assaltou o bolso dos aposentados e pensionistas? O que eu sei é que eles não terão prejuízo”, sentencia.

Repercussão

A fala do presidente foi destaca em suas redes sociais: “Os responsáveis pelas fraudes no INSS serão identificados e punidos.”

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A guerra entre ex-aliados de direita

O Judiciário brasileiro reflete, em muitos aspectos, as desigualdades estruturais do país.

Dados mostram que a população carcerária é majoritariamente negra (67%, segundo o CNJ em 2022) e de baixa renda, enquanto crimes de colarinho branco, frequentemente cometidos por elites, têm penas mais brandas ou nem chegam a ser julgados.

Isso evidencia um sistema que, na prática, pune com mais rigor os marginalizados.

A crítica à seletividade penal não é nova e ecoa em estudos, como os de Foucault ou Loïc Wacquant, que apontam como o sistema penal reforça hierarquias sociais.

Sobre o bolsonarismo, há uma contradição: muitos apoiadores, que defendem a “justiça dura”, são eles mesmos parte das camadas populares punidas por esse sistema.

A narrativa de “lei e ordem” os seduz, mas ignora que a mesma justiça que aplaudem os atinge desproporcionalmente.

A questão é complexa: o Judiciário não é monolítico, mas suas tendências estruturais refletem, sim, elitismo e viés classista/racial em muitos casos.

Quanto ao cangaço legislativo, comandado pelo biltre e, consequentemente, baderneiro Jair Bolsonaro, lei é coisa pra pobre, preto e esquerdista.

Toda a escória fundida por Bolsonaro, é a ralé marginal do baixo clero.
É uma bolha branca que só produz espuma digital nas redes.

Nenhum deles tem qualquer projeto aprovado para melhorar o país e a vida da população.

É uma borra da podridão em estado puro. Tudo de pior do Brasil está ali.

Essa malta de marginais chegou chegando ao Congresso com a escandalização da política criada na mídia contra o PT, já em 2004 com a farsa do mensalão e, depois, da Lava Jato.

Isso piorou no golpe contra Dilma, também comando pela mídia. A prisão de Lula sem qualquer prova de crime foi o lado B do mesmo disco.

Então, agora que o bolsonarismo quis atropelar o judiciário, está sendo combatido e tratorado como uma bactéria que não respeita nada, nem os ex-aliados de um passado recente.

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Motta é um fraco, um frouxo perigoso para o Brasil

A coisa só piora no Congresso que opera patrocinado pela elite econômica.

Como sabemos, a visão do mercado é pelo mercado. É uma seita de si mesmo, um endeusamento narcisista e interesseiro, mas sobretudo limitado a seu umbigo.

A grana graúda tem isso. A imortalidade do ser, a arrogância da posse.

A visão de mundo onde este é o próprio bolso, o cofre, o investimento e outras formas afortunadas de ver a vida.

Por que chegamos a isso?

O financiamento de campanhas e o lobby de setores poderosos (agronegócio, bancos, indústria) influenciam fortemente as decisões legislativas. Esse é um fato incontestável.

Dados do TSE mostram que, nas eleições de 2022, candidatos receberam milhões de grandes doadores ligados a esses setores.

Isso cria um sistema onde os interesses econômicos podem prevalecer sobre o bem público, como na aprovação de projetos que favorecem o desmatamento ou isenções fiscais para grandes empresas.

A “coisa piora” porque a reforma política, que poderia reduzir essa influência, avança lentamente.

Cada um que tenha a liberdade de ser idiota ou maluco, como quiser. Mas colocar um país inteiro de joelhos para essa escumalha, porque ela banca seus lobbys a peso de ouro, são outros quinhentos.

Estado é Estado, mercado é mercadoe, juntos numa operação interesseira da papa fina do dinheiro, é zonear a nação. O resultado é aquilo que vimos na Câmara dos Deputados np último dia 8, onde a baderna tomou conta da casa com idiotas totalmente alucinados e fora da realidade constitucional comemoravam, aos gritos, uma vitória ilegal como um gol de placa contra a República e, sobretudo contra a democracia.

Hugo Motta sabia que aquilo era apenas um circo de horrores, mas num flagrante ato de um presidente da Câmara fraco e medroso, tocou o barco porque está pressionado pelo cangaço bolsonarista.

É certamente o mais inexpressivo bunda mole que a casa legislativa já teve.

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A coerência de Moraes contra Zambelli e os golpistas do Congresso

A esperada coerência da decisão do ministro Alexandre de Moraes ao votar pela derrubada da manobra da Câmara que suspendia a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL), foi objetiva e certeira.

Moraes enfatiza o mais importante.

A decisão está alinhada com a Constituição.

Isso reforça, de maneira lógica, o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) no controle de constitucionalidade. Simples assim.

Sem apelação
Esse mecanismo garante que atos e normas legislativas sejam avaliadas quanto à sua conformidade com a Constituição, sendo o STF a instituição responsável  decisão.pela

Debate é debate. Falar, até papagaio fala, sobretudo entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Tudo isso é natural, mas daí a desrespeitar a constituição, são outros quinhentos

Moraes também foi coerente ao condenar Carla Zambelli à prisão, multa de R$ 2 milhões e perda do mandato.

A condenação de ambos, do hacker Walter Delgatti e de Carla Zambelli foi pela invasão a sistema do CNJ.