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Globo e a manipulação: A ampla cobertura da Primavera Árabe e o silêncio sobre o levante popular no Equador

O que está acontecendo no Equador? Depende. Para a Globo, não está acontecendo absolutamente nada.

O levante popular vitorioso no Equador conseguiu a suspensão dos decretos firmados entre o governo e o FMI. As negociações vão prosseguir medidas pela ONU e pela Igreja Católica. Lideranças indígenas interrompem a mobilização. Manifestantes comemoram. Ou seja, tudo o que a Globo não quer que aconteça no Brasil com as medidas neoliberais de Paulo Guedes em que ela é a principal garota propaganda.

A diferença de cobertura da Globo da primavera árabe, em 2013, para a insurreição indígena que ocorre no Equador, é gritante, é escandalosa.

Se a Globo pretendia contagiar a população brasileira, em 2013, cobrindo as manifestações da primavera árabe, ela conseguiu e ainda pôde estimular, ao vivo, todas as manifestações, aqui no Brasil, manipuladas por ela. As manifestações começaram em função de 0,20 centavos e se alastraram perigosamente para um fascismo tresloucado, na clara tentativa de derrubar Dilma Roussef.

Agora, a Globo se coloca de forma oposta em um silêncio ensurdecedor, repetindo a mesma receita que ela usa para proteger Moro e sua quadrilha nos vazamentos publicados pelo Intercept.

A Globo não dá um pio sequer sobre o levante popular do Equador contra o neoliberalismo de Lenín Moreno, capacho do FMI, para que isso não contagie a população brasileira contra o desastroso governo de Bolsonaro. O que mostra que ela é tão nefasta quando ataca seus alvos para estraçalhar reputações, promover levantes quanto quando se silencia para proteger aliados e consagrar sistemas econômicos que lhe são favoráveis.

Detalhe: a Globo é uma concessão pública que não tem o menor compromisso com esse detalhe, trata a concessão como algo privado que lhe dá o direito à manipulação da opinião pública por interesses próprios, noticiando o que quer, como quer e quando quer, sem ser incomodada por ninguém.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro diz que não há plano B para a economia, o que ele não disse é que não há plano algum, só entreguismo

Andei fazendo as contas de gente da minha geração que se meteu na perigosa sanha do empreendedorismo e me deparei com uma triste realidade: praticamente, todos os que tentaram a “sorte grande”, quebraram a cara.

Ninguém que eu me lembre de ter montado algum negócio, sobreviveu. Inclusive muitos que hoje defendem a iniciativa privada como solução para o país. Vai entender um troço desses.

Mas há coisa pior na minha geração. São os herdeiros das vacas gordas. Em Volta Redonda, onde a CSN, enquanto estatal, ostentava uma das maiores rendas per captas do país, depois da criminosa privatização de FHC, a cidade mergulhou de cabeça no ostracismo econômico, na decadência cultural e social e daí nunca mais saiu.

A consequência do estrago foi que os herdeiros dos negócios dos pais também quebraram devido a privatização da CSN, mas também em função do final da era militar, no governo Sarney e seus planos econômicos, assim como os dos governos, Collor e FHC, que empurraram o país para o caos total. Cada um com seu plano mirabolante, tipo o de Paulo Guedes que, na realidade, não é plano nenhum, é a mesma receita neoliberal da economia do Estado diminuto, contando com o “espírito animal” do empresariado brasileiro, privatizando, cultuando o mercado, reduzindo o Estado e mutilando cidadanias.

Tudo isso junto, formou no passado, como forma agora, uma papa de desmonte, entreguismo, pobreza do país e miséria do povo.

Dia desses, Delfim Neto disse, na Globo, duas coisas fundamentais: a primeira é que as pessoas acreditam que economista é cientista e, a segunda, o banqueiro sempre volta ao local do crime.

E é exatamente a isso que estamos assistindo com Paulo Guedes como timoneiro da economia que nos remete ao samba de Paulinho da Viola, “Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar”.

O Brasil está entregue, única e exclusivamente, aos interesses do sistema financeiro, do rentismo e da agiotagem, assim como na era FHC. Por isso, Bolsonaro tem total apoio do PSDB em suas reformas. É isso que eles chamam de promoção, de oportunidade. E não importa a festa que se faça na mídia, o cotidiano dos brasileiros indica que o país está na beira do barranco e que o governo de Bolsonaro, um capitão de milícia vindo do baixo clero, não tem a menor capacidade de lidar com essa situação que ele também ajudou a nos enfiar.

Paulo Guedes é banqueiro, sua especialidade é ganhar dinheiro com capital especulativo. Nunca se preocupou com o bem estar do povo, com o indivíduo, com os cidadãos desse país que fará o país. Por isso, suas conversas sobre a economia estão longe de ter qualquer plano, nem A, nem B, nem C e nem D.

A desgraça do Brasil está aí. Uma população inteira subordinada a uma economia de mercado, emparedada entre o modelo residual desse sistema que lhe resta e o modelo em si que lhe oprime e lhe empobrece.

Bolsonaro e Guedes, dois perdidos num governo sujo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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#MoroChefeDaQuadrilha, em 1º lugar no twitter, confirma o que disse Glenn: Moro está tornando impossível para todos – até a Globo

Não tem preço ver um canalha como Moro cair do galho feito jaca mole. Para todos os lugares em que se olha, os canhões apontam para sua cabeça.

Mas a coisa não para aí. Não tendo como deter a sua queda, até o corporativismo dos magistrados tão fisiológicos fez uma crítica com um vigor inédito à declaração de Moro sobre os laranjas do PSL, tentando livrar a cara do patrão.

É a decadência absoluta batendo no portal da república de Curitiba. Os sinos de bronze que dobravam pelo herói nacional, estão mudos num profundo silêncio. E o sonho de Moro de chegar ao STF ou à Presidência, desaparece, já que ninguém mais afirma que a esplendorosa estrela do ex-juiz herói o sustentará por muito tempo na cadeira de ministro.

Assim como os aliados de Bolsonaro partem em revoada, alvoroçados para outros ninhos, a poesia trágica de Moro vai se desenhando com a própria evolução dos dias.

Não há como Moro prolongar sua vida política por muito tempo, pois nem seus sacerdotes tremulam mais a bandeira do partido da Lava jato.

As aspirações de Moro, agora, parecem se limitar a salvar o próprio pescoço, subordinadas à lei geral dos seres vivos que lutam entre si para ver quem fica de pé.

Mas Moro parece viver uma eterna interrogação. Quanto tempo essa novela ainda o manterá no cargo, já que, hoje, Moro, ao lado de Bolsonaro, arrasta consigo todo o mal que o país está passando?

Os pesadelos de ambos os têm deixado varados, murchos, vazios, com as cabeças pendidas e suando em gotas para se manterem, aos trancos e barrancos, nos cargos que ocupam debaixo de cipó de aroeira.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por um triz

Moro se transformou numa espécie de sobra de campanha de Bolsonaro. A certeza que se tem agora é a de que, não levará muito tempo para Moro cair em desgraça. De guarnição da sua guerra contra o PT, sobrou somente uma bucha de canhão chamada Palocci que, hoje, só Mainardi quer saber o que ele diz em suas delações.

Mainardi é aquele que dizia que Glenn Greenwald havia comprado informações de um hacker, e este hacker acaba de revelar que Glenn não comprou nada, mas sim o Mainardi, o “cabuloso”.

O que ainda está segurando Moro são os segredos que a Globo mantém nos bastidores sobre a Vaza Jato, entretanto, ela não está mais o apito na boca.

Moro é o personagem brasileiro mais enlameado na mídia impressa, nos blogs e nas redes sociais. Somente hoje dezenas de matérias explodiram como vulcão contra Moro.

Moro pode se orgulhar de ser uma unanimidade negativa. Razões para isso, não faltam, ainda mais agora que passou a ser guardião da moral de Bolsonaro, recorrendo ao achismo em seu twitter para defender o patrão como um pelego sôfrego cheio de amabilidades com a diretoria, dizendo que Bolsonaro não fez caixa 2, como denunciou a Folha.

Isso, sem falar que os arquivos de cartório estão abarrotados de ilegalidades cometidas por Moro que serão estudadas à exaustão. Esses documentos não estão limitados apenas a sua encomenda para os mercados que foi o golpe em Dilma e a aposta dobrada na prisão de Lula.

O que existe de ilegalidades na Lava Jato tem potencial para uma dezena de livros com riqueza informativa e fonte documental que, se fosse em um país sério, Moro já estaria há muito na cadeia.

A verdade é que Moro já dá demonstração de que não tem resistência para tanto, não tem estofo intelectual nenhum e, muito menos, a grande armadura de ferro que a Globo lhe forneceu para encampar o herói de frete.

Assim, restam-lhe as tarefas domésticas de mordomo de Bolsonaro, mesmo este sabendo que o mordomo quer lhe trair, pois tem matéria-prima suficiente para detonar o clã inteiro. Por isso, ambos cultivam seus venenos, um contra o outro, na surdina, dependendo de quem os abastece.

Mas não há dúvida, Moro, hoje, tem uma acentuada inferioridade bélica para uma reação contra Bolsonaro, provavelmente o que tem, obteve de forma clandestina enquanto ministro e durante o período em que foi juiz e investigou o PP, partido do qual Bolsonaro era deputado.

Seja como for, nem isso será suprimento suficiente para Moro se agarrar ao cargo. A Lava Jato já está desmoralizada e será destroçada pelo STF. E Moro, provavelmente será o primeiro devorado pelo ministro Gilmar Mendes. A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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No fantástico de hoje: esquema corrupto de laranjas e fantasmas inspirado no clã Bolsonaro

O programa Fantástico, da Globo, exibirá matéria sobre uma a especialidade do clã Bolsonaro, o esquema de laranjas e fantasmas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A prática da família Bolsonaro, ganhou os holofotes com o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na época em que era deputado estadual, de 2003 a 2018.

A Globo abordará a prática a partir do que ele dos “novos formatos” do trem fantasma.

Deputados estariam utilizando pobres para atuar no esquema.

No esquema, servidores são coagidos a devolver parte do salário para os deputados.

A apuração sobre o caso do filho de Bolsonaro, teve origem em relatório do Coaf (hoje chamado de Unidade de Inteligência Financeira) que apontou movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz.

Quem se lembra da Wal do açaí sabe que este tipo de picaretagem de Bolsonaro é coisa tradicional na família.

Na reportagem de janeiro de 2018, a Folha de S. Paulo encontrou Wal na Vila Histórica de Mambucaba, a 50 quilômetros de Angra dos Reis, onde fica a casa de veraneio de Bolsonaro.

No local, ela mantinha um pequeno estabelecimento comercial que vendia açaí e cupuaçu. Seu marido prestava serviços de caseiro a Bolsonaro.

Enquanto cuidava do negócio, ela recebia uma quantia modesta como funcionária do gabinete do então deputado Jair Bolsonaro, na época, um salário bruto de R$ 1.351,46 reais. No entanto, ela não desempenhava funções ligadas à atividade parlamentar do deputado.

Na ocasião, Bolsonaro afirmou a repórteres da Folha que a servidora reportava a ele ou ao seu chefe qualquer “problema na região”.

 

 

*Com informações da Forum

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Vídeos: “Ei Bolsonaro, vai tomar no C…” bate recorde de permanência no TT do Twitter com mais de 5 horas

Nunca antes na história desse país alguém foi tão e por tanto tempo esculachado no Twitter do que Bolsonaro.

O fascista está na berlinda há mais de 5 horas, sem concorrentes, na primeiríssima colocação Trending Topics no Twitter.

Isso não deu no Jornal Nacional da Globo, mas o “Ei Bolsonaro, vai tomar no C… está disputando com a música de todos os astros o protagonismo do Rock in Rio, como mostram alguns vídeos abaixo.

https://youtu.be/onDozf5BauU?t=19

https://twitter.com/thewitchsheart_/status/1180188967481827328?s=20

 

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Apaixonado pelos “mocinhos” da Lava Jato, Barroso diz que garantistas se apaixonaram por prova ilícita da Vaza Jato

“O desprezo com que este ministro fala sobre garantistas é enojante. E ele só virou ministro por ter sido confundido com um. Ou ter-se disfarçado de. Depois de empossado é que revelou seu populismo penal, com pitadas de psicopatia….“(Marcelo Semer).

Barroso diz que não é fácil e nem simples a tarefa de fazer com que o Brasil deixe de ser o país onde o crime compensa, os bandidos perseguem os mocinhos e o mal vence no final.

Nesse bangue-bangue em que ele tem relação afetiva direta com os mocinhos, Barroso diz que a Constituição proíbe expressamente a utilização de provas ilícitas em processo de qualquer natureza.

Certamente, Barroso acha que a prova do powerpoint de Dallagnol, seu mocinho preferido, nesse faroeste à brasileira, contra Lula na base da convicção, é constitucional.

Pior, Barroso, com certeza, acha que laços afetivos entre procuradores e ministros envolvidos no mesmo caso, um acusando e o outro julgando, é coisa de mocinho e não de bandido.

O que piora ainda mais é Barroso chamar de “posição técnica” laços afetivos entre ministro e procurador envolvidos diretamente num mesmo caso.

O que Barroso, em seu treletê retórico, não fala é que ninguém da Lava Jato contestou as mensagens vazadas pelo Intercept.

Só sabem dizer que foram vazadas ilegalmente como se os vazamentos ilegais da Lava Jato para a Globo fossem feitos dentro da legalidade, inclusive o que foi feito por Moro contra a Presidência da República numa conversa de Dilma com Lula.

Para entornar o caldo cheio de fantasias teatrais, Barroso perdeu a memória,  pois defendeu as 10 medidas de Moro.

Entre as dez medidas uma é usar prova ilícita para criminalizar cidadãos.

Mas Barroso parece que bateu a cabeça em algum lugar, porque agora lembra que existe uma constituição.

Parece que a vista do ministro Barroso, alcança a Constituição Federal até o limite dos seus interesses pessoais.

Não foi o “pula pocinha” em suas mais recentes, no STF, que subiu no coreto e defendeu o linchamento popular como termômetro da boa justiça e deu um bico na constituição?

Para Barroso, armação de juiz parcial com procurador, pode.

O que não pode é isso ser revelado através de mensagens vazadas.

Mas há um detalhe que faz o pomposo Barroso cair do tamanco.

O próprio diz que são provas. Ou seja, foram conseguidas ilicitamente, mas são provas de crime de seus mocinhos da Lava Jato.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Globo se une a Bolsonaro para a exploração de mineradoras em terras indígenas

As armas utilizadas pela Globo para se associar a Bolsonaro na exploração de mineradoras em terras indígenas seguem o padrão Marinho de manipulação.

Primeiro, ela coloca no intervalo da chamada do Jornal Nacional a publicidade patrocinada pelo Bradesco, a xaropada do slogan “agro é pop”.

Depois, vem o enredo da “legalidade”.

Nessa hora, a golpista por excelência, fala em respeito à constituição e só coloca entrevistados a favor exploração.

Nenhum contraditório é convocado. É tudo feito na base da verdade única como ela fez com todas as reformas de Temer e Bolsonaro que estão levando o Brasil para o abismo econômico.

A Globo quer um Brumadinho “dentro da lei” nas reservas indígenas e aplaude Bolsonaro por colocar em pauta essa aberração no congresso ou fazer na base da medida provisória.

Por outro lado, como escreveu Saul Leblon:

“Papa Francisco convocou uma reunião épica para discutir o presente e o futuro da maior extensão continua de floresta tropical do planeta. No Brasil, se depender de Bolsonaro seu destino será subordinado à ganância das mineradoras internacionais.”

A Política de exploração das mineradoras internacionais usando laranjas brasileiras, é a cara de Bolsonaro, mas também da Globo.

Por isso, preparem-se para o festival de dissimulação dessa parceria entre Bolsonaro e Globo porque vão adulterar informações, operar no congresso, usar o peso político do JN, manusear o MP e judiciário, influenciar parte da opinião pública, fraudar a interpretação da constituição, compor com os mais venais e selvagens capitalistas brasileiros e internacionais para forjar um conceito de desenvolvimento via exploração das mineradoras nas reservas indígenas e arruinar rios e matas, dizimar os povos indígenas, devastar a terra e exterminar os povos da floresta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Segundo Cantanhêde, o que assombra a direita é que Lula tem força para liderar um levante contra Bolsonaro nas ruas

No seu artigo “Lula Livre?” Eliane Cantanhêde revela o motivo de Lula continuar preso: A bola está no STF, mas a questão é se Lula vai liderar ou não a resistência a Bolsonaro.

Duas coisas são óbvias: se Lula não estivesse em 1º lugar disparado nas pesquisas para presidente, não teria sido condenado e preso por Moro e, se não tivesse força para derrubar o governo Bolsonaro nas ruas, já estaria solto.

Para piorar ainda mais essa choldra política que arrasta o país para o abismo, em apenas nove meses, o governo Bolsonaro está podre do ponto de vista moral e econômico e se esfarela de velhice precoce.

Esta é a verdade nua e crua de tudo a que assistimos.

Além de cravejado de corruptos e milicianos, o governo Bolsonaro revela uma inexperiência absurda, a mesma com que Bolsonaro brindou o país durante 28 anos como deputado federal, sem aprovar um único projeto na Câmara.

Por isso o fracasso do seu governo seria fatal.

Quem, em sã consciência, poderia imaginar que, num estalar de dedos, um idiota vigoroso reagiria à própria ineficiência de três décadas como deputado, sendo um presidente que daria a volta por cima em sua própria letargia?

Bolsonaro tem as maiores virtudes de um imbecil completo, por isso consegue ser odiado pelo mundo na mesma intensidade com que a população brasileira já o odeia.

Do outro lado, dentro de uma cela imposta pelo juiz corrupto e ladrão, com bem disse Glauber Braga sobre Sergio Moro, está Lula fazendo de sua carceragem política o principal núcleo político do país, apagando por completo a existência de um Presidente da República que se esconde na armadura do Palácio do Planalto.

O governo Bolsonaro é um fracasso só, não há uma única área em que ele não tenha produzido retrocesso, desmonte, terra arrasada. Do outro lado, está Lula, o melhor e mais popular presidente da história do Brasil, com uma aprovação recorde não comparada somente a presidentes brasileiros, mas a chefes de Estado do mundo todo do período que governou.

É mais do que óbvio e justificável o pavor que a oligarquia tem de Lula sair da prisão. A questão é saber até quando eles vão empurrar a sua liberdade com a barriga nessa coisa inclassificável em que se transformou o judiciário brasileiro, porque é nítido o fervilhamento que começa a produzir, no Brasil, uma panela de pressão que pode promover o estouro da boiada com uma única fagulha.

Bolsonaro já não tem mais como se esconder por trás de fake news em redes sociais e, muito menos tentar amedrontar a sociedade com a Globo e a xepa do clube militar.

Na verdade, é isso que Eliane Cantanhêde revela em seu artigo intitulado “Lula Livre?”.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Por que a decisão de Lula de não aceitar o semiaberto fez a Globo e o TRF-4 se insurgirem violentamente contra ele?

Quem quer ter uma visão clara da história da quadrilha Lava Jato, precisa entender, primeiro, o servilismo dos poderes do Estado perante às elites.

Entendido isso, fica mais fácil flagrar o motivo de tanta sensibilidade do TRF-4 e da Globo.

A propósito, as manifestações do presidente do TRF-4 e do editorial dos Marinho já denunciam que dentro dessa tentativa de esmagamento moral de Lula, mais uma vez, há a face mais latente da derrota dos próprios diante da força política de Lula, quando este reafirma que não aceita seu julgamento, portanto, não aceita passar para nenhuma progressão da pena, porque não cometeu crime algum.

Aí está o ponto, e o ponto está do lado de Lula.

O que a Globo e o TRF-4 querem, com sua proposta indecorosa de implorar que Lula aceite o semiaberto, é até primária.

Se Lula aceita isso, sua posição se configura numa negação a tudo o que foi revelado pelo Intercept contra a Lava Jato, assim como faz a Globo e o TRF-4, que têm motivos de sobra para fingir que não existe a Vaza Jato e que Moro, Dallagnol e o bando de Curitiba, não cometeram crime nenhum. Imagina Lula cumprindo esse papel de lacaio de seus inquisitores.

Mas a coisa não para aí. Acaba de ser lançado um livro de Rodrigo Janot com preciosa documentação que será explorada pela defesa de Lula, mostrando toda a forma criminosa na atuação dos lavajatistas e o indiscutível nível de banditismo que envolveu essa trama que condenou Lula sem provas, inclusive com a participação ativa da própria Globo e do TRF-4.

Então, Lula aceitando a chamada progressão de pena, ele não só cai numa arapuca simbólica, como alivia a responsabilidade criminosa não só do núcleo curitibano da Lava jato, mas do próprio conluio de Moro com os Marinho e desembargadores do TRF-4.

Seria muita ingenuidade, diante da nossa historiografia jurídica, cheia de armações contra os réus que são potencialmente inimigos da oligarquia, aceitar esse indecoroso prato de veneno.

Por isso, a manifestação de Lula, em carta aberta ao povo brasileiro, enfureceu tanto a Globo e o TRF-4.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas