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PGR cita risco de prisão de procuradores da Lava-Jato e pede ao STF suspensão urgente de inquérito

Investigação foi aberta pelo presidente do STJ, Humberto Martins, que planeja deflagrar operação contra investigadores.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber que reveja sua decisão e suspenda com urgência o inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aberto contra os procuradores da Lava-Jato. O ofício, assinado pelo subprocurador-geral da República José Adonis Callou de Araújo Sá, destaca que a investigação traz riscos de prisão e de afastamento de membros do Ministério Público Federal.

A PGR apresentou o ofício à ministra com base em uma nota publicada pela colunista Bela Megale nesta sexta-feira, que diz que o presidente do STJ, Humberto Martins, relatou a interlocutores que planeja proferir medidas de busca e apreensão contra procuradores da extinta força-tarefa de Curitiba. No documento, o subprocurador-geral Adonis Callou aponta que “cenário mudou”, referindo-se à decisão de Rosa Weber desta semana que negou dois pedidos para suspender a investigação, sob o argumento de que não havia risco à liberdade dos alvos da investigação.

“Sobre o perigo da demora, após ter obtido todo o material da Operação Spoofing , o Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça pretende decretar medidas invasivas, entre elas busca e apreensão, caminho natural, repita-se, do tipo de apuração em exame. Registre-se, inclusive, que não se pode descartar o afastamento judicial de membros do Ministério Público Federal e até prisão”, escreveu o subprocurador-geral da República.

José Adônis destaca ainda que a decretação de diligências no âmbito desse inquérito “causará forte abalo ao Estado de Direito”, pois vai sinalizar que “provas ilícitas podem ser empregadas para investigar e punir”. O subprocurador-geral também alega que a investigação “ofende o sistema acusatório previsto na Constituição Federal” e desrespeita o estatuto de prerrogativas dos membros do Ministério Público Federal (MPF). Ele escreve no pedido que não há prejuízo às investigações caso o inquérito seja suspenso até que o STF discuta a legalidade das provas.

O inquérito contra os procuradores foi aberto de ofício, ou seja, por iniciativa própria do presidente do STJ, Humberto Martins. Ele tem como base as mensagens da Operação Spoofing, obtidas por meio de um ataque hacker à Lava-Jato. Até o momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) não decidiu sobre a legalidade dessas material, já que ele foi obtido por meio de um crime.

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) também enviou hoje a Rosa Weber um novo habeas corpus pedindo para a ministra reconsiderar sua decisão e suspender a investigação contra os procuradores. Além de citar a nota do GLOBO, a entidade relata que o presidente do STJ, Humberto Martins, proferiu uma decisão em que “confessou que irá tomar medidas cautelares em breve em face dos investigados (membros do MPF)”. Neste despacho, Martins negou o pedido da ANPR para ter acesso à investigação alegando a necessidade de manter em sigilo diligências futuras que serão adotadas no caso.

O presidente da ANPR, Fábio George Cruz da Nóbrega, afirma que o inquérito “traz um rosário de ilegalidades” e frisa que o Supremo ainda não decidiu se as provas obtidas por meio do ataque hacker podem ser usadas para fins de investigação.

– O presidente da corte diz que um dos motivos da negativa é a impossibilidade de dar acesso à investigação da qual decorra, futuramente, medidas de ação sigilosas a serem adotadas, medidas cautelares. Está óbvio agora que o presidente do STJ, com base em várias ilegalidades, realiza uma investigação contra membros do MPF com base em provas ilícitas e que pretende desenvolver medidas cautelares – disse ao GLOBO o presidente da ANPR, Fábio George Cruz da Nóbrega.

*Com informações de O Globo

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A peça de defesa de Rosângela Moro de que o Marido protegeu Lula, é uma zombaria jurídica

Mas que diabo é essa proteção que Moro diz ter feito de Lula?

O juiz vigarista tem zilhões de declarações sobre o esquema de sua tramoia que denunciavam Lula publicamente por crimes que jamais provou, usando como poucos seu departamento de marketing para alimentar jornalistas abutres, como disse Dallagnol, para fazerem o serviço sujo, como também disse o chefe da Força-tarefa da Lava Jato.

Na verdade, Moro investiu nisso e somente nisso, quando deixou de ser juiz e assumiu, de forma anônima, a função de policial para destruir, de maneira impiedosa, não só Lula, mas o governo Dilma e a própria Petrobras. É só pesquisar e ver o tamanho da indenização que os senhores da Lava Jato conseguiram para os americanos.

Agora, com a bunda de fora, sua esposa que o defende no STF, solta essa pérola, parecendo mais uma zombaria sádica de que Lula, que estava marcado para morrer desde o início da Lava Jato, na verdade, estava sendo protegido pelos seus queridos inquisidores para evitar uma efusão de sangue.

Sim, os hereges prestaram um inestimável serviço ao capital internacional e, agora, Rosângela Moro quer impedir que o povo saiba das filigranas dos fatos que foram operados contra Lula.

Lógico, a campanha infame da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) para livrar a cara dos lavajatistas, não tem graça.

Da série: No dos outros, é refresco:

A lógica trombeteada pelos procuradores da Lava Jato e do próprio Moro, era saber fazer uso da publicidade midiática para encurralar e assassinar reputações de suas vítimas. Agora que a maré virou e os caçadores da Lava Jato estão sendo caçados pela sociedade, o corporativismo da Associação Nacional dos Procuradores é convocado para proteger seus corruptos de estimação e tentar travar, no STF, as revelações sobre a lama podre dos corruptos de Curitiba que, a cada vazamento, escandalizam a sociedade.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

TRF, Moro, Lava Jato e Globo tinham sonho de ver Lula preso para um “orgasmo múltiplo, para ter tesão”, disse procuradora

A procuradora provavelmente comentava o discurso que o ex-presidente Lula fazia em São Bernardo que tinha este contexto.

“TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem (sic) um sonho: Que Lula não seja candidato em 2018. Não querem Lula de volta porque pobre não pode ter direito. (…) e o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele preso para um orgasmo múltiplo, para ter tesão”, escreveu a procuradora da República Lívia Tinoco no dia da prisão de Lula em chat mantido com procuradores da “Lava Jato” e da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), apreendido na “Operação Spoofing”. A procuradora provavelmente comentava o discurso que o ex-presidente Lula fazia em São Bernardo que tinha este contexto.

No chat em que escreveu isso, Livia Tinoco interagia entre outros procuradores com o então presidente da associação, José Robalinho, que na conversa disse:

“Já preparei nota defendendo a Lava Jato (Deltan e Cia).” E ainda acrescentou em relação ao avião escolhido para levar o ex-presidente da República de São Bernardo para Curitiba:

“Estão dizendo que o avião eh igual ao do Teori….Mas para mim parece mais velho…kkk”. Ao que um procurador de nome Wellington responde sarcasticamente: “Uma pesquisa rápida no Google mostra que o do TZ (Teori Zavascki) era um Hawker Beechcraft King Air C 90″.

Essa mensagem consta de ofício da defesa de Lula ao ministro Ricardo Lewandowski. E tem por objetivo demonstrar que há interesse público nas conversas entre os procuradores e que por isso não se deve guardar sigilo sobre as mesmas. Os advogados de Lula afirmam no documento que essa troca de mensagem comprova o que “há tempos vem sendo denunciado pela Defesa, os diálogos desnudam um sórdido uso estratégico do Direito para fins ilegítimos (lawfare), além de um claro desprezo pela própria integridade física do reclamante, no caso, o ex-presidente Lula.”

*Com informações da Forum

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Vaza Jato prova que vivemos num bordel de togas

“Para quem não entendeu ainda: Sérgio Moro, o mesmo juiz que iria julgar e condenar Lula, no inacreditável caso do triplex do Guarujá, deu orientações para os procuradores – acusadores de Lula – montarem uma nota pública que lhe salvasse a pele”, elucida o jornalista Leandro Fortes “Lula só está preso – e, esses patifes, livres – porque não estamos vivendo em um país, mas em um bordel de togas”, acrescenta.

Prestem atenção nesse diálogo, o mais recente vazado pelo Intercept Brasil. Nele, os procuradores federais Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, e José Robalinho Cavalcanti, então presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em 2016, combinam uma nota oficial para ajudar o chefe a sair de uma enrascada:

Dallagnol – 01:43:21 – Moro pede pra não usar o nome dele… colocaria “no Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba’

Robalinho – 01:43:34 – Aí sou contra

Robalinho – 01:43:45 – Deltan temos de defender ele com todas as letras

Robalinho – 01:43:49 – O nome mesmo

O chefe, para quem ainda se surpreende, era o juiz do caso, Sérgio Moro, então titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Moro tinha acabado de tornar públicos áudios de conversas entre a então presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, naquilo que se tornaria o ponto de inflexão da Lava Jato como ação judicial clandestina de caráter golpista e partidário.

Para quem não entendeu ainda: Sérgio Moro, o mesmo juiz que iria julgar e condenar Lula, no inacreditável caso do triplex do Guarujá, deu orientações para os procuradores – acusadores de Lula – montarem uma nota pública que lhe salvasse a pele.

No limite, era uma organização criminosa formada por um juiz e dois procuradores para enganar a população e fraudar os argumentos que seriam colocados, mais tarde, nas explicações ao Supremo Tribunal Federal.

Lula só está preso – e, esses patifes, livres – porque não estamos vivendo em um país, mas em um bordel de togas.

 

 

*Por Leandro Fortes/247

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Vaza Jato: Dallagnol articulou nota da ANPR para defender vazamento ilegal da escuta entre Dilma e Lula

Uma mão lava a outra (a jato)

Passou quase despercebido, fora pequenas notas na imprensa, que a Associação Nacional dos Procuradores da República, a ANPR, contratou em fins de junho uma empresa de comunicação de Brasília, especializada em gestão de crises, para atender a força-tarefa da Lava Jato do Paraná após o Intercept e veículos parceiros começarem a publicar os diálogos travados entre a turma de Deltan Dallagnol no Telegram.

Os diálogos, como sabemos, mostram que por trás das roupas de super-heróis que Dallagnol e Sergio Moro se apressaram a vestir havia conluio entre acusação e julgador, um procurador afoito para ganhar dinheiro fazendo palestras – inclusive, às escondidas, para banqueiros que deveriam ser alvos da Lava Jato – e com a mente atormentada por ambições eleitorais.

Mas também há segredos na relação entre a Lava Jato e a ANPR, uma espécie de sindicato dos procuradores da República. Soa curioso, afinal, que a entidade que em tese cuida dos interesses de centenas de procuradores (entre eles, certamente muitos críticos à Lava Jato e seus métodos) tenha contratado especialistas para tratar de problemas restritos a um grupo de menos de 20 de seus filiados – e causados por eles mesmos.

Desde a eclosão da Lava Jato, em março de 2014, que a ANPR se tornou defensora de primeira hora da operação. Nada haveria demais se a defesa ficasse restrita aos procuradores, razão de existir da entidade. Mas não foi o caso. Em dezenas de vezes, o então presidente da associação, José Robalinho Cavalcanti – ele deixou o cargo em maio passado – saiu a público também para defender Sergio Moro, à época juiz federal. Faça uma pesquisa no Google e constate – ou clique aqui, aqui ou aqui.

Pelo Telegram, em março de 2016, Robalinho e Dallagnol trataram da redação de mais uma nota da ANPR em defesa de Moro e da Lava Jato – à época, para defender o então juiz por tornar públicos áudios de conversas entre a então presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, graças à #VazaJato, sabe-se que a ação de Moro teve motivação evidentemente política.

Na conversa, Dallagnol escolhe os adjetivos mais adequados para edulcorar o próprio trabalho e traz palpites de Moro, com quem também falava pelo Telegram:

17 de março de 2016 – chat pessoal

Deltan Dallagnol – 00:31:58– Enviei pro Alan misturando a que ele fez e a nossa. Ele deve alterar algo e te passar

Dallagnol – 00:31:59 – Nota da Associação Nacional dos Procuradores da República em reafirmação da legalidade e retidão dos procedimentos adotados no caso Lava Jto A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), representando seus mais de mil membros, vem a público rechaçar ataques à decisão regularmente proferida pelo Juiz Federal Sérgio Moro, atendendo a pedido dos Procuradores da República integrantes da Força Tarefa do Caso Lava Jato, a qual levantou o sigilo de diálogos do ex-presidente Lula os quais foram monitorados mediante autorização judicial. O monitoramento do telefone usado pelo ex-Presidente Lula e que estava em nome de seu segurança pessoal foi implementando a pedido do Ministério Público Federal enquanto aquele não gozava de foro perante o Supremo Tribunal Federal e diante de evidências de crimes por ele praticados, de acordo com a Lei 9.296/96. Nenhuma autoridade com prerrogativa de foro foi alvo da investigação, mas sim o ex-Presidente, ainda que fortuitamente tenham sido captados, em encontro eventual de provas, alguns diálogos entre o alvo da investigação e detentores de prerrogativa de foro. O levantamento do sigilo do procedimento, pedido pelos Procuradores da República da Força Tarefa e deferido pela Justiça, é medida democrática que atende o mandamento de publicidade previsto na Constituição e os interesses da sociedade, principalmente quando há atos gravíssimos que atentam contra a investigação e os próprios fundamentos da República. Com o esgotamento do monitoramento, o sigilo que tinha por objetivo garantir a eficácia da investigação deixou de ser necessário e, consequentemente, como expressão de compromisso constitucional com a transparência, o procedimento foi submetido ao escrutínio social, o que tem ocorrido invariavelmente em todos os procedimentos da Lava Jato quando a eficácia das diligências não depende da manutenção do sigilo. Diante da notícia de que o ex-Presidente assumiria um Ministério, o que naquele momento ainda não havia se concretizado, revelou-se ainda pertinente a remessa do procedimento ao Supremo Tribunal Federal. Assim sendo, a ANPR repudia veementemente qualquer acusação de vazamento ou de afronta a direitos e garantias de qualquer pessoa ou Instituição. Os procuradores da República não aceitam ainda qualquer tentativa de interferência nas investigações, mesmo que envolvam o emprego do poder político ou econômico. Tanto o Ministério Público Federal como a Justiça Federal estão atuando de modo técnico, profissional e parcimonioso, cumprindo suas funções constitucionais e legais de apurar crimes gravíssimos cometidos por pessoas poderosas economica e politicamente. É natural a reação de investigados cujos interesses são contrariados, mas a ANPR renova sua confiança no prevalecimento dos ideais republicanos e democráticos que guiam a atuação dessas Instituições no caso Lava Jato.

Dallagnol – 00:32:03 – Obrigado

José Robalinho Cavalcanti – 00:32:22 – Vou mexer agora mestre

Robalinho – 01:34:35 – [anexo não encontrado]

Robalinho – 01:34:35 – Veja o,que acha. Tornei mais política. Amaciei as palavras sem cortar conteúdo

Dallagnol – 01:35:18 – peraí

Dallagnol – 01:36:07 – No primeiro parágrafo ficou dúbio o que foi feito atendendo a pedido dos Procuradores

Dallagnol – 01:36:17 – A vinda a público rechaçar, ou a decisão?

Dallagnol – 01:36:33 – Parece que a ANPR está vindo a público só pq pedimos rs

Dallagnol – 01:36:45 – Seria bom ajeitar a redação para deixar claro que é a decisão que foi feita atendendo a pedido

Robalinho – 01:36:58 – Ok

Dallagnol – 01:37:56 – segundo parágrafo: trocar o lugar da palavra “integralmente” porque parece que é integralmente a pedido… colocaria “foi implementado a pedido do MPF integralmente enquanto…”

Dallagnol – 01:39:13 – ampla defesas – não ficaria melhor talvez ampla defesa?

Dallagnol – 01:39:22 – ou amplas defesas

Robalinho – 01:40:18 – Ok

Dallagnol – 01:40:27 – trocaria missões por funções… para retirar a chance de interpretação de messianismo

Dallagnol – 01:41:29 – dava para colocar um adjetivo aí: “que desenvolvem suas missões de modo técnico e sereno em investigação complexa, que deslinda….”

Dallagnol – 01:42:10 – vi que depois usou tanto os adjetivos técnico como sereno… então vai outra possibilidade

Dallagnol – 01:42:23 – “que desenvolvem suas missões de modo profissional e com equilíbrio em investigação complexa, que deslinda….”

Dallagnol – 01:43:21 – Moro pede pra não usar o nome dele… colocaria “no Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba’

Robalinho – 01:43:21 – Já mudei. O que mai rs

Dallagnol – 01:43:29 – Perfeito.

Dallagnol – 01:43:31 – manda ver

Dallagnol – 01:43:34 – ficou excelente

Robalinho – 01:43:34 – Aí sou contra

Robalinho – 01:43:45 – Deltan temos de defender ele com todas as letras

Robalinho – 01:43:49 – O nome mesmo

Dallagnol – 01:44:26 – Ok. na parte em que fala que “o Brasil espera que as instituições funcionem” paraece um tom crítico

Dallagnol – 01:44:38 – que pode ser crítico à atuação no caso.

Dallagnol – 01:45:25 – Sugestão: “O Brasil espera que suas instituições continuem a funcionar de modo serena, porém firme, dentro da legalidade, e sobretudo sem qualquer indevida interferência externa, seja política, econômica ou pessoal, vinda de quem quer que seja.”

Dallagnol – 01:46:01 – Excelente, obrigado!

Dallagnol – 01:46:43 – Vou embora da proc agora… obrigado! Pode mandar ver

Robalinho – 01:47:45 – Já vou mandar aqui a versão final. Um minuto

Robalinho – 01:47:45 [anexo não encontrado]

Robalinho – 01:47:45 – Vejam como ficou e podem mexer. Rs

Dallagnol [mensagem encaminhada] – 10:17:14 – Deltan vi que a Ajufe está organizando uma manifestação hj as 13:30

Dallagnol [mensagem encaminhada] – 10:17:14 – Em todas as subseções os juízes e servidores vão descer em defesa do Moro e da LJ

Dallagnol [mensagem encaminhada] – 10:17:14 – penso que seria bom fazermos aqui no MPF também

Dallagnol –10:17:23 – Já foi a nota?

Dallagnol – 10:17:45 – Pode ter ido. Não vi novamente, mas tava ótima.

Dallagnol – 14:48:07 – Robalinho, obrigado por todo o seu apoio. Todos aqui entendem que chegou um momento, agora, de uma articulação maior por parte da ANPR para coesão da carreira, e agradecemos por podermos contar com Você nisso. Por faovr, deixe-nos a par do que conseguir implementar, para entendermos melhor a evolução do cenário, inclusive interno.

Dois anos e meio depois, a Lava Jato teria seu mais dramático efeito sobre o país: a eleição do deputado de extrema direita Jair Bolsonaro para presidir a República. Numa jogada inteligente, Bolsonaro chamou Moro para ser seu – dizia-se então – “superministro” da Justiça. Para surpresa de quem acompanhava a Lava Jato, inclusive a minha, Moro não conseguiu sequer fingir que teve dúvidas e aceitou o convite em poucas horas.

Dias depois, Robalinho viu a chance de pedir a Dallagnol – e a Moro – o retorno pelo apoio tão fartamente prestado ao longo dos anos anteriores.

14 de novembro de 2018 –chat pessoal

José Robalinho Cavalcanti – 19:26:13 – Caro Deltan, O pedido que lhe faço agora – e em larga medida de toda a frentas – é tentar fazer chegar um apelo a Sérgio Moro sobre o reajuste nosso e dos Juízes. Sabemos que Moro sempre foi a favor. Sofre com a mesma corrosão que sofremos e sabe, para além da injustiça conosco – vez que todos tiveram alguma reposição, menos as magistraturas – que isso está enfraquecendo a atratividade das duas carreiras. No atual concurso para procurador da república, por exemplo, só há na fase final um egresso da AGU. Eram 15 no último. E isso é apenas um exemplo. Mas é que, além das declarações em si do Presidente eleito Bolsonaro, relatos aqui e ali, de fontes diversas, afirmam que estaria havendo resistências da equipe de transição do novo governo. Ou ao menos isso estaria sendo usado como pretexto pela equipe do presidente Temer. Na frentas alguns chegaram a falar em pedir a Moro uma declaração. Eu me apressei em dizer e lembrar que isso é incabível e inadequado. Ele já foi escolhido ministro e deve primeiro conversar evidente com o presidente. Em assunto em que o presidente falou, não cabe pedir que ele fale em público. Contudo – e aí vai o pedido efetivo – quero crer que internamente na equipe do novo governo a ajuda dele seria e é fundamental. O foco do combate ao crime à corrupção passa certamente pela manutenção da qualidade, da motivação e do engajamento das magistraturas nacionais. Acredito, então, que ele não achará indevido – pois não é – procurar o presidente Bolsonaro e argumentar. Estamos, afinal, na área da Justiça. Estamos há 5 anos sem efetiva reposição inflacionária – o último reajuste é de janeiro de 2015, porém é a terceira parcela de um reajuste aprovado em 2013 e que só repõe a inflação até 2013 -, e apenas nós juízes e membros do MP, em toda a união, não tivemos qualquer reposição. Além disso, fizemos o dever de casa. O reajuste está no orçamento e está cumprida a emenda constitucional 95 (o teto de gastos), o que significa que cortes de despesas compensatórios foram feitos e nenhum (zero) crescimento de gasto há para a União derivado direta ou indiretamente do reajuste. Como é verdadeiro também o oposto: sem o reajuste nem um tostão é economizado. Serão gastos pelos órgãos em outras despesas já em seus próprios orçamentos. Não irão para saúde ou educação. Nos estados, o chamado “efeito cascata” também é muito menor do que alegado, pois na enorme maioria deles os valores já estão nos orçamentos respectivos. E, de toda a forma, é muito pesado, quase impossível e incompreensível, exigir de nós, magistraturas federais, ou da união, que carreguemos a responsabilidade e paguemos sozinhos o custo de ajustes que os governadores e assembleias têm de fazer. De outra parte, estamos cientes e de acordo com que passado o reajuste haverá julgamento do AM, e nada contra temos este julgamento. Defendemos que o valor é legal e constitucional (existe e é pago nos Estados há quatro décadas), e que por isso deveria desaparecer por medida legislativa (se fosse o caso). Mas o que o STF decidir e decidir logo será cumprido, embora, repita-se, ao contrário do que se afirma em reportagens aqui e ali, isto não é necessário para compensar gasto público algum. Os valores do reajuste já foram compensados na União. Por fim, e se você e Moro me permitem dizer, a primeira reação do Presidente Bolsonaro, talvez a intuitiva, foi a mais correta e exata. Trata-se de uma decisão que será tomada no governo atual e pelo governo atual. Ele e seu governo não têm responsabilidade alguma sobre esta decisão, seja política, seja administrativa. Não esperamos uma declaração favorável – embora fosse fantástico se ocorresse rs – , mas se o presidente e sua equipe não obstarem ou agissem contra já seria muito importante. É isso. Abraços e muito obrigado. José Robalinho

A pressa de Robalinho se justificava: cabia ao governo do turno, comandado por Michel Temer, incluir no orçamento ou mandar para lixo o aumento de 16,38% nos salários dos procuradores. Embora Dallagnol não tenha respondido, pelo Telegram, às mensagens do presidente da ANPR, o reajuste, afinal, saiu.

Embora não mais comande a ANPR, José Robalinho Cavalcanti conversou comigo por mais de 20 minutos, ontem, a respeito da contratação da Novo Selo para a Lava Jato e da defesa que a entidade fez, sob seu comando, do então juiz Moro – alguém de quem procuradores, por questões éticas, deveriam manter um afastamento protocolar.

“Até onde eu sei, é um contrato amplo de assessoria. Não conversei sobre isso em tempo algum com o atual presidente, mas achei bastante natural, muito boa, não vejo nada demais”, opinou, sobre a entidade contratar uma empresa para cuidar da imagem dos procuradores da Lava Jato.

“Estamos num ano muito pesado, e não estou fazendo qualquer crítica às reportagens que vocês estão fazendo, mas elas são apenas um pedaço das questões que estão atingindo a carreira do MPF hoje. Você tem [a lei do] abuso de autoridade, [a escolha de um novo procurador geral da República fora da] lista tríplice, ene coisas que estão num contexto de gestão de crises. Não se resume à Lava Jato”, argumentou.

A assessoria da ANPR enviou, por e-mail, o seguinte: “A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), entidade de direito privado, e a Novo Selo Comunicação assinaram, em julho de 2019, contrato de 3 meses para prestação de serviços de assessoria de imprensa. A empresa auxilia a ANPR e seus associados na gestão de imagem e no relacionamento com os meios de comunicação em diversos temas públicos de interesse da entidade”.

Robalinho disse não se lembrar do teor das conversas, nem ter mais como acessá-las, haja vista que Dallagnol as destruiu. Mas confirmou que discutia notas com os procuradores da lava Jato. “Era praxe da minha diretoria que notas da ANPR que se relacionavam com qualquer colega fossem discutidas com os envolvidos, para ver se os fatos estavam corretos”, falou.

Sobre defender Moro, disse o seguinte: “Soltei notas também em favor de Marcelo Bretas e em favor de juíza federal do Norte do país, quando colegas foram atacados de forma conjunta, sempre que fosse importante para a classe. Nunca vi problema nisso”.

Robalinho, que disse ser homem de boa memória, garantiu não se lembrar de pedir a Dallagnol que falasse a Moro sobre o reajuste de procuradores e juízes, em novembro de 2018. Mas relatou ter estado com o ministro, em janeiro de 2019, para tratar de temas que ele listou a Dallagnol em mensagens enviadas no mesmo 17 de novembro — a sucessão na Procuradoria Geral da República e segurança pública. Além, claro, de salários.

“Eu falei com Moro. Não nessa época, mas depois dele assumir como ministro. Já tinha saído reajuste, mas toquei nessa questão remuneratória. Foi em janeiro de 2018. Pedi oficialmente uma audiência. Fui para tratar do pacote dele, de questões institucionais, toquei no assunto de listra tríplice e de questões remuneratórias”, afirmou Robalinho.

Perguntei a Sergio Moro se recebeu de Dallagnol o pedido do então presidente da ANPR. Longe de ser o “superministro” que imaginava e cotidianamente ameaçado no cargo, ele recusou-se a responder. “O Ministro da Justiça não se manifesta sobre supostas mensagens de terceiros – obtidas por meios criminosos – e desconhece o assunto em questão”, informou, via assessoria.

Também via assessores, Deltan Dallagnol disse que não iria se manifestar

 

*Do Intercept Brasil

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Puxa-saco contumaz, Dallagnol defende Aras e é bombardeado por colegas do Ministério Público

Procuradora Monique Cheker disse ver a mensagem do colega com lamento e que a luta da Ministério Público era pela lista tríplice para escolha da PGR.

O chefe da Lava-Jato de Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, enviou uma mensagem nesta sexta-feira na rede interna do Ministério Público Federal (MPF) defendendo o nome do subprocurador-geral Augusto Aras para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A mensagem dele foi revelada pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo . Logo depois disso, outros membros do órgão passaram a criticar seu discurso. Entre eles, a procuradora Monique Cheker, próxima de Deltan.

Deltan escreveu que se colocou “diversas vezes em apoio à lista tríplice” mas que “é hora de trabalhar pelo MPF”.

“A atuação da Lava Jato, especialmente, depende de permanente coordenação entre instâncias, inclusive entre primeira e PGR. É importante o trabalho conjunto para continuar expandindo as investigações para responsabilizar criminosos e recuperar recursos, dentro da nossa atribuição”, escreveu Deltan.

Ele relatou que conversou ontem por telefone com Aras, que “expressou seu compromisso de manter e até fortalecer o trabalho das forças-tarefas”.

“Nesse contexto, como disse ao Dr. Aras no contato, entendo que foi importante sua iniciativa de convidar para continuarem na Lava Jato os colegas Hebert, Victor, Clara, Alessandro e Luana, assim como o convite para que Thamea a integre. São excelentes profissionais e ficarei contente se integrarem a equipe na PGR”, escreveu Deltan.

Em resposta a Deltan, Monique Cheker escreveu que viu a mensagem do colega com “grande lamento”. Cheker disse que a escolha do procurador-geral por meio da lista seria uma garantia mínima e que sua defesa é que seria “trabalhar pelo MPF”.

“A Lista Tríplice caiu de vez mesmo. Não há embate com qualquer indicado ou nomeado mas infelizmente a Lista Tríplice é uma garantia mínima e, independente da indicação, nada obsta que a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) permanecesse em sua defesa pública. O que é “trabalhar pelo MPF”? Ao que pensei, a lista seria trabalhar pelo MPF. Ou alguém vendeu algo estranho, desde que entramos na carreira”, escreveu a procuradora.

Cheker disse ainda que também se preocupava com o fato de “em nome de uma obrigação do PGR (manter uma força tarefa que está trazendo relevantes benefícios ao país), haja um motivo para elogios públicos”. E completou: “quando a obrigação vira favor, há algo que precisamos refletir”.

Ainda criticando a mensagem de Deltan, a procuradora se despediu dizendo que “o tempo dirá se a opção que fazemos hoje (desmotivar a publicidade pela lista) será ‘trabalhar pelo MPF'”.

 

 

*Com informações do Último Segundo

 

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Bolsonaro rejeita nome de Dallagnol indicado por Moro para a PGR

Parceiro de Dallagnol nas conversas da Vaza Jato, Moro sugeriu a Bolsonaro a indicação do procurador para a sucessão de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República, que foi prontamente negada.

Apesar de publicamente não falar sobre o procurador Deltan Dallagnol, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, sugeriu para o presidente Jair Bolsonaro a nomeação de Deltan como Procurador-Geral da República, que negou. Moro e Dallagnol aparecem como parceiros na trama de cooperação ilegal revelada pela Vaza Jato.

A informação é do jornalista Kennedy Alencar, da rádio CBN. “O ministro Sérgio Moro, da Justiça, pediu ao presidente jair Bolsonaro para indicar o procurador Deltan Dallagnol para a PGR. O presidente Jair Bolsonaro se recusou. Bolsonaro disse que não vai indicar o Dallagnol”. Alencar ainda destaca que a atual PGR, Rachel Dodge, perdeu força após cobrar explicações sobre a indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada do Brasil nos EUA.

O presidente deve definir nas próximas semanas quem vai assumir o posto no lugar de Dodge. Uma lista tríplice foi elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mas Bolsonaro não tem obrigação de segui-la. Os três procuradores indicados pela ANPR, os mais votados em eleição realizada pela associação, são Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.

 

 

*Com informações da Forum

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Raquel Dodge defendeu Dallagnol e, agora, chama STF de “Tribunal de Exceção”

Depois de defender Deltan Dallagnol no caso da Vaza Jato, a procuradora-geral da República desferiu neste sábado um ataque violento ao STF, a mais alta Corte do país, qualificando-o de “tribunal de exceção”; ataque foi na manifestação de Dodge no caso do inquérito aberto pelo STF para apurar notícias falsas, ameaças e calúnias contra seus ministros.

Depois de defender Deltan Dallagnol no caso da Vaza Jato, a procuradora-geral da República desferiu neste sábado um ataque violento ao STF, a mais alta Corte do país, qualificando-o de “tribunal de exceção”. Ataque foi na manifestação de Dodge no caso do inquérito aberto pelo STF para apurar notícias falsas, ameaças e calúnias contra seus ministros, com data desta quarta-feira, mas que foi divulgada apenas hoje (3).

A procuradora-geral defende a anulação do inquérito aberto pelo STF e defendeu o pedido neste sentido da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) -associação que representa a própria Dodge. O principal objetivo da ação da ANPR e de Dodge é evitar que integrantes da categoria sejam alvo de medidas investigativas do STF.

O inquérito foi aberto de ofício, sem pedido do Ministério Público Federal (MPF), pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Ele designou, também por conta própria, o ministro Alexandre de Moraes como relator do caso. O mandado de segurança da associação dos procuradores requer liminar para que os efeitos do ato editado por Toffoli sejam suspensos e, no julgamento definitivo, considerados nulos.

“A usurpação de competências constitucionais reservadas aos membros do Ministério Público e sua investigação por verdadeiro tribunal de exceção evidenciam as ilegalidades apontadas”, escreveu Dodge em seu ataque ao STF.

Ela sustentou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) vem sendo alijada da condução do caso. “Se o Ministério Público é privado de realizar essa avaliação, ela será feita diretamente pelo magistrado, que, então, atuará como investigador. Tal dinâmica ofende, a um só tempo, o princípio da separação de poderes e o sistema acusatório vigente no país.” Curiosamente, ela usa em sua peça os mesmos argumentos que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa para pedir a anulação do caso contra ele -neste caso, no entanto, ela tem posição oposta.

 

 

*Com informações do 247

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Novo Vazamento: “Lava Jato e eleições”, tema de Dallagnol e Fux em reuniões clandestinas com banqueiros

Por Reinaldo Azevedo

Aqui tudo parece/ que é ainda construção/ e já é ruína”. São versos da música “Fora da Ordem”, de Caetano Veloso, que está em “Circuladô”, de 1991. É o mesmo disco que traz “Cu do Mundo”, em que se canta: “A mais triste nação/ na época mais podre/ compõe-se de possíveis/ grupos de linchadores”. O poeta americano Ezra Pound afirmou que os “artistas são as antenas da raça”. Podem antecipar maravilha e horror. Quase 28 anos depois de “Circuladô”, os linchadores, também os do mundo virtual, perderam qualquer pudor, e a ruína tenta se passar por construção.

Leiam o diálogo que segue, travado entre Débora Santos, assessora da XP Investimentos, e Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato A transcrição segue conforme o original. E vocês entrarão em contato com dois flagrantes da nossa ruína: Deltan e, antes dele, o ministro Luiz Fux, do Supremo, participaram de reuniões privadas com banqueiros e investidores para discorrer sobre o tema “Lava Jato e eleições”. Os encontros devem ser chamadas, sem exagero, de clandestinos.

17 de maio de 2018

16:57:38 Débora Olá Deltan, tudo bem? Aqui é Debora Santos. Já nos vimos algumas vezes no ANPR, sou esposa do Pelella. Peguei seu contato com ele para te fazer um convite

16:58:59 Débora Trabalho como consultora/ analista de política e Judiciário da XP Investimentos. Queria te convidar para um bate papo com investidores brasileiros e estrangeiros aqui em SP

17:00:45 Débora Vi que você tem um evento aqui em SP no final do mês e queria ver se conseguimos encaixar um encontro.

17:43:11 Deltan Oi Debora tudo bem? Que honra seu contato!!

17:43:24 Deltan Então, já tenho uma palestra agendada na XP pro fim do ano 17:43:35 Deltan Seria um público diferente?

17:43:53 Deltan Neste mês quase impossível pela agenda, julho mais fácil. 17:44:05 Deltan Vc falaria com Graziella que cuida das palestras?

17:55:02 Débora Claro, claro. Seria um público mais seleto. CEOs e tesoureiros dos grandes bancos brasileiros e internacionais

7:57:02 Débora Falo com a Graziella. Obrigada. Abs

17:59:19 Deltan Me passa uma lista de quem são?

17:59:22 Deltan Quando seria?

18:01:41 Débora Quando você puder. Antes do final do semestre.

18:04:57 Débora JP Morgan Morgan Stanley Barclays Nomura Goldman Sacha Merrill Lynch Cresit Suisse Deutsche Bank Citibank BNP Paribas Natixis Societe Generale Standard Chartered State Street Macquarie Capital UBS Toronto Dominion Bank Royal Bank of Scotland Itaú Bradesco Verde Santander

18:06:17 Débora Esses seriam os convidados. Nem todos comparecem.

18:06:36 Débora Você deve estar agendado para o Expert, uma conferência grande que realizamos em setembro.

18:07:42 Débora Esse bate-papo é privado, com compromisso de confidencialidade, onde o convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado.

18:08:17 Débora Semana passada recebemos o presidente do TSE, ministro Fux, por exemplo e não saiu nenhuma nota na imprensa.

18:09:25 Débora Nem sobre a presença dele na XP.

18:09:43 Débora Assim, já aconteceu com vários personagens importantes do cenário nacional, como você.

18:22:33 Deltan Quais as datas possíveis de junho?

18:22:51 Deltan Tome em conta os jogos da copa

18:23:10 Débora Primeira semana

18:23:21 Débora Qualquer dia, seria ótimo.

19:31:19 Deltan Primeira semana não consigo.

19:31:19 Deltan A partir do dia 18 conseguiria

19:31:19 Deltan Agenda antes está impraticável.

21:08:39 Débora Podemos acertar então. Na semana do dia 18, só tem jogo do Brasil na sexta. Veja qual dia é melhor pra voc.

23:06:04 Deltan Mas me esclarece melhor: Vcs têm encontros regulares sem data definida? Ou querem fazer um encontro específico com alguma pauta? O ideal seria eu participar de um encontro que já exista.

18 de maio de 2018

10:33:53 Débora Fazemos econtros regulares com atores do mercado para fazer análises conjunturis sobre temas da atualidade. Estamos na fase de ciclo de encontros sobre Lava Jato e Eleições, por isso estivemos com o ministro Fux, na semana passada, e estamos negociando data com os ministros Barroso e Alexandre de Morais tb.

10:34:49 Débora Além de integrantes do Judiciário, estivemos nas últimas semanas com algumas lideranças políticas e cientistas políticos.

10:35:33 Débora A reunião com vc se coloca nesse contexto do ciclo de debates sobre eleições, lava jato e conjuntura política em 2018.

11:24:14 Débora A principal diferença entre a conferencia que vc fará em setembro e dessa reunião privada é o tipo de público. Na conferencia ampliada, é um público heteregeneo que compreende o cenário mais amplo, sem aprofundamentos, meio que o que já está nos jornais. O público dessas reuniões privadas é mais qualificado, se aprofunda em conceitos de debates.

22 de Maio de 2018

23:08:33 Deltan Débora, a ida dos Ministros é remunerada como palestra?

23:09:01 Deltan Os encontros são convocados então tendo em vista um convidado especifico, certo?

23:42:49 Débora Sim, fazem parte de um projeto que vem sendo desenvolvido ao longo do ano, mas são convocadas rodadas para cada convidado

23:44:40 Débora Temos como hábito respeitar a privacidade dos nossos convidados 23:55:23 Deltan Opa entendo perfeitamente.

23:55:44 Deltan Debora vou pedir para a Fernanda que me ajuda com essas palestras para falar com Vc.

23 de Maio de 2018

00:01:15 Débora Tudo bem.

COMPREENDENDO A CONVERSA

Como sabemos, a Lava Jato buscou e busca se estabelecer como o eixo formador de um outro país. Desse eixo irradiariam um novo Ministério Público, um novo Poder Judiciário, um novo Congresso e uma nova forma de fazer política. E, no entanto, a cada diálogo que se revela, o que se vê é a ruína moral a serviço da corrosão institucional. O diálogo que vocês acabam de ler diz muito mais do que parece.

Reportagem publicada em parceria pela Folha e pelo site The Intercept Brasil já evidenciou que Deltan Dallagnol, em conversa com Roberson Pozzobon, seu colega de força-tarefa, buscou criar uma empresa, em nome das respectivas mulheres, para profissionalizar a sua atividade de palestrante. Em uma mensagem enviada àquela que Sergio Moro diria ser sua “conge”, o procurador admite ter ganhado R$ 400 mil líquidos com a atividade paralela só no ano passado. O Brasil empobreceu bastante de 2014, ano em que teve início a Lava Jato, a esta data. Mas Deltan enriqueceu.

Falemos um pouco das personagens que aparecem no diálogo acima. Débora Santos é mulher do procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete e braço direito de Rodrigo Janot quando procurador-geral da República. Era, de fato, dizem as boas línguas, quem tocava a PGR. Ela já foi personagem deste blog. E por uma razão singularíssima: trabalhava na área de “consultoria em comunicação social e gestão de crises” no gabinete de ninguém menos do que Edson Fachin, o ministro do Supremo que é o relator do petrolão.

Vocês entenderam direito: Pelella, o marido de Débora, traçava as estratégias do procurador-geral da República, também chefe do Ministério Público Federal, o órgão que acusa. E Débora, a mulher de Pelella, traçava as estratégias de comunicação de Fachin, o relator do petrolão, o homem que julga. A promiscuidade entre acusador e juiz parece que tenta se estabelecer como regra no país. O resultado é desastroso.

LAVA JATO E ELEIÇÕES

Débora quer que Deltan discorra sobre “Lava Jato e eleições” a quem regula suas apostas a depender de cenários que, ora vejam, dependem, por sua vez, em grande parte, das decisões do próprio procurador. Quanto custa a bola de cristal do vidente que tem como interferir no futuro? Reitere-se: Débora, a mulher de Pelella, o íntimo de Janot, que desenhou a Lava Jato, não está convidando o buliçoso procurador para falar a uma plateia ampla — a conferência —, que ela trata até com certo desdém. Afinal, um evento assim, aberto, seria formado por um “público heterogêneo”, que se contenta “meio com o que já está nos jornais.”.

Não! A Pelella do Pelella quer mais — e sabe que Deltan vai oferecer: “O convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado”.

Ou por outra: aquele que representa o órgão que é o titular da ação penal e que detém praticamente o poder de vida e morte sobre carreiras políticas vai desenhar cenários, que ele próprio tem o poder de fabricar, a banqueiros, em “reuniões privadas”.

 

*Matéria completa no Blog do Reinaldo Azevedo

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Vídeo para o qual Dallagnol pediu dinheiro a Sergio Moro, assista

O procurador Deltan Dallagnol pediu ao então juiz Sérgio Moro R$ 38 mil em recursos da 13ª Vara Federal para divulgar uma propaganda contra a corrupção que seria veiculada na Globo; assista

O vídeo que Deltan Dallagnol pediu dinheiro para Sérgio Moro para ser feito é assinado pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).

Nas novas mensagens reveladas pelo site The Intercept, o coordenador da Lava Jato pediu para o ex-juiz e atual ministro da justiça liberação da 13ª Vara Federal de Curitiba para fazer a propaganda que você assiste abaixo.

 

*Com informações do 247