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The Washington Post: ‘Bolsonaro é o pior dos líderes no combate ao coronavírus’

The Washington Post decidiu listar “os líderes que ameaçam vidas minimizando o coronavírus”. “Bolsonaro é o pior deles”, respondeu logo na própria manchete o jornal estadunidense em editorial publicado nesta terça (14).

A publicação aponta que o novo coronavírus está sendo “um teste global de qualidade de governança”, uma vez que as milhares de mortes e afetados são resultados das respostas e políticas adotadas pelos mesmos em seus respectivos países.

E “os que estão no fundo do poço” são “bastante visíveis”. “Governantes da Bielorrússia, Turquemenistão, Nicarágua e Brasil rejeitaram a seriedade do vírus e estimularam seus cidadãos a voltar mais ou menos à normalidade”. E ao comparar lideranças autoritárias e até mesmo o ditador nicaraguense Daniel Ortega, “de longe, o caso mais grave de improbidade é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro”.

“Quando as infecções começaram a se espalhar em um país de mais de 200 milhões de habitantes, o populista de direita descartou o coronavírus como “uma gripezinha” e instou os brasileiros a “enfrentar o vírus como um homem, caramba, não um menino”. Pior, o presidente tentou repetidamente minar as medidas tomadas pelos 27 governadores estaduais do país para conter o surto”, continuou o jornal.

As consequências “previsíveis”, concluiu o The Washington Post, tem sido um aumento no número de doentes e mortos pelo Covid-19, fazendo o país alavancar imediatamente para a 14ª posição no mundo em contágios e 11ª em mortes nesta segunda (13).

Apesar de os Estados Unidos ser o líder no número de contágios do mundo, o editorial destacou que o país só apresentou melhoras quando o presidente Donald Trump decidiu deixar de minimizar o coronavírus e enfrentar os esforços de contenção recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Trump poderia fazer um grande favor ao Brasil, telefonando a Bolsonaro, que tem sido seu aliado político, e estimulando-o a fazer o mesmo”, recomendou o diário norte-americano.

 

 

*Com informações do GGN

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Saúde

Brasil bate recorde de mortes em 24h e chega a 1.532 mortes pela COVID-19

Com o maior número de mortes em um período de 24 horas, o Brasil bateu um recorde negativo e viu subir o número de mortos pelo novo coronavírus, informou na tarde desta terça-feira (14) o Ministério da Saúde.

O país registrou 204 mortes entre segunda-feira e terça-feira, chegando a um total de 1.532 – um aumento de 15%.

Já o número de casos confirmados teve um crescimento de 8% e agora é de 25.262 vítimas, acrescidas nas últimas 24 horas de 1.832 novos casos.

São Paulo tem 695 mortes e 9.371 casos confirmados, e é o Estado com mais casos da doença. Coincidentemente, também bateu o recorde de mortes em 24h: foram 87 em apenas um dia.

Minas Gerais tem 884 pessoas diagnosticadas com coronavírus, e 27 óbitos constatados. Ainda são 60 mortes sendo investigadas no Estado, e 63.951 pessoas com suspeita de Covid-19, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.

 

*Da redação

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Saúde

Coronavírus: Brasil supera 20 mil casos, com 1.084 mortes

De acordo com informações das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil ultrapassou os 20 mil casos do novo coronavírus. Até 13h45 deste sábado (11), 20.173 casos confirmados foram registrados no país, com 1.084 mortes.

Dados de alguns estados apontam o seguinte cenário: Pernambuco tem 72 mortes e 816 casos confirmados. O Ceará registrou 1.582 casos do coronavírus. Em Minas, o número de casos confirmados avançou de 698 para 750. Em Mato Grosso do Sul, subiu de 97 para 100.

São Paulo

O estado de São Paulo atingiu 540 mortes por coronavírus, segundo balanço do Ministério da Saúde. São 44 a mais do que o registrado no boletim desta quinta (9). Mais da metade das mais de mil mortes pela doença no país são de São Paulo.

Os casos confirmados no estado chegaram a 8.216 pessoas, 736 a mais do que o balanço do dia anterior, que contabilizou 7.480 confirmações.

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 13h45 deste sábado (11), 20.173 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 1.084 mortes pela Covid-19. A informação é do Portal G1.

Pernambuco tem 72 mortes e 816 casos confirmados do novo coronavírus. O Ceará registrou, ao todo, 1.582 casos de Covid-19.

O Espírito Santo registrou a nona morte pela doença. Trata-se de um homem de 82 anos, morador da Serra, com comorbidade, e que estava internado no Hospital Jayme Santos Neves.

O Amapá confirmou a terceira morte em decorrência da Covid-19, um homem de 57 anos.

 

 

*Com informações do Portal G1

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Diante da conduta de Bolsonaro, deputados querem suspensão total de voos entre Brasil e Portugal

O Parlamento português vai votar, na tarde desta quarta-feira (8), um projeto de lei que determina a suspensão total do tráfego aéreo entre Brasil e Portugal durante um mês. A justificativa é a conduta do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.

A proposta é do grupo parlamentar do partido PAN (Pessoas, Animais, Natureza). O projeto propõe o início da suspensão para o próximo dia 14, logo após o fim do estado de emergência no país, e que seja válida até 14 de maio.

Atualmente, Portugal está no segundo período de estado de emergência por causa da pandemia, que vai até 13 de abril. A maioria das atividades nos aeroportos nacionais já está suspensa desde o mês passado. As exceções foram os voos de e para países onde existe uma forte presença de comunidades portuguesas, como o Brasil. No entanto, apenas as rotas de Lisboa com São Paulo e Rio de Janeiro permaneceram. Agora, os deputados do PAN entendem que “os acontecimentos recentes exigem uma reponderação de tal exceção em nome da proteção da saúde pública”, lê-se no projeto de lei.

“O povo brasileiro não merece esta posição do seu líder, que, neste momento, está a colocar em risco a saúde de todos. Com isso, coloca também em perigo todos aqueles que viajam para outros países, porque podem trazer novos casos importados. Não nos parece razoável que um país como Portugal, ou qualquer outro que esteja a adotar medidas muito restritivas e difíceis, em uma união enorme para impedir esta pandemia, possa receber depois voos de países em que as medidas de contenção podem estar a ser, por parte do líder, absolutamente minimizadas, prejudicando o esforço que estamos a fazer”,explica à Sputnik Brasil o deputado André Silva, porta-voz do PAN.

Para o partido, “esta é uma medida que nada tem a ver com o povo brasileiro e sim com a posição do presidente do Brasil”, que “insiste em minimizar o perigo e a letalidade desta doença, quando todas as tutelas nacionais e internacionais de saúde apelam a um confinamento em massa para que seja possível controlar isso tudo”, diz André Silva.

O deputado ressalta que o cenário internacional já sofreu alterações diante da gravidade da situação. “O próprio Donald Trump, que tinha uma posição semelhante à de Jair Bolsonaro, já tomou medidas drásticas de contenção, portanto não entendemos esta postura negacionista [do presidente brasileiro]”.

Críticas internacionais

O pensamento do PAN, sigla de centro que apoia o governo do primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, em várias matérias, pode encontrar apoio até na oposição. O líder do Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, já tinha se manifestado publicamente sobre a necessidade de se rever as exceções de voos do Brasil.

No dia 25 de março, logo após o pronunciamento em que Jair Bolsonaro falou sobre reabertura de escolas, comércio e fim do isolamento, o deputado Rui Rio publicou no Twitter que a população portuguesa teria que se “proteger de forma redobrada e de imediato, relativamente aos voos vindos do Brasil. Desta vez não pode haver atrasos”.

As decisões do presidente brasileiro com relação à pandemia vêm sendo destaque internacionalmente. Jornais como o norte-americano The New York Times, o espanhol El País, o francês Le Monde e o britânico The Guardian reportam a situação no Brasil com críticas ao governo de Jair Bolsonaro.

“Como profissional que está nessa cobertura, é um choque para a gente. Vemos os países europeus adotando cada vez mais medidas restritivas rígidas e vemos o nosso país afrouxando nesse sentido. A gente está no epicentro da doença, acompanhando as medidas, e hoje entendemos que o distanciamento social e o isolamento sejam as únicas armas para evitar a propagação do vírus”, diz à Sputnik Brasil o jornalista brasileiro Peterson Izidoro, que mora em Portugal e cobre o cenário europeu.

Para o jornalista, a proposta que será votada pelo Parlamento português não surpreende. “Se você tem um país que vai em discordância com as medidas restritivas adotadas em quase todos os países da Europa, é iminente uma resposta desses países. Esse jogo político afeta sempre o mais fraco, que são as pessoas, que precisam se deslocar do Brasil para outro país por diversas razões, familiares, profissionais”, analisa.

O projeto de lei do PAN prevê autorizações apenas “para voos destinados a permitir o regresso a Portugal dos cidadãos nacionais ou dos titulares de autorização de residência em Portugal ou a permitir o regresso ao Brasil de cidadãos de nacionalidade brasileira que se encontrem em Portugal”, lê-se no texto. A exceção é importante para garantir o retorno dos mais de mil brasileiros que ainda estão retidos no país por causa dos cancelamentos de voos.

Números em Portugal

De acordo com o último boletim, Portugal tem 13.141 casos confirmados da COVID-19 e 380 mortes causadas pela doença. Nesta terça-feira (7), depois de uma reunião do comitê de avaliação da crise, que contou com especialistas de saúde e líderes políticos do país, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que as medidas de contenção estão produzindo resultados.

O presidente revelou que os especialistas avaliam que o pico da pandemia em Portugal pode já ter passado. Mesmo com a propagação do vírus ainda sendo um risco, “há uma tendência positiva, lenta, mas positiva”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em coletiva de imprensa ao final da reunião, ressaltando que não há previsão para que o país volte ao ritmo normal.

A partir desta quinta-feira (9) e até o fim do estado de emergência, as restrições vão ser ainda mais fortes. Isso por que o feriado da Páscoa costuma movimentar muita gente pelo país, para as celebrações em família. Durante esse período, as pessoas estão proibidas de deixar a cidade de residência, por qualquer meio de transporte, e os aeroportos vão ter todas as operações suspensas.

 

 

*Do Sputnik

 

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Por que Bolsonaro, que não acredita na gravidade do coronavírus, só fala em cloroquina, ordens de Trump?

É bom falar e repetir: NENHUM “defensor” ruidoso da cloroquina assina um mísero estudo sério, científico, comprovado, que assegure a eficácia do medicamento. Eles estão sendo feitos, por cientistas preparados para isso. E as respostas vão chegar – Nenhum dos médicos que estiveram com o presidente tem estudo científico comprovado de que a cloroquina funciona. Nenhum tampouco disse que ela NÃO funciona. Pesquisas estão em andamento. São estudos sérios, e as respostas vão chegar. O remédio não está proibido. Mas falta saber se é eficaz. (Monica Bergamo).

Desde que Trump anunciou a cura milagrosa do coronavírus pela cloroquina, Bolsonaro repete, como um papagaio de Trump que é, o mesmo ramerrão. A coisa se transformou em uma questão de honra no Brasil e passa a incomodar, na medida em que se sabe que Trump é um dos sócios do laboratório que tem a patente o medicamento.

A atitude de Bolsonaro é completamente esquizofrênica, porque, no mesmo momento em que nega a gravidade e letalidade do coronavírus, faz uma cruzada fundamentalista em defesa do uso indiscriminado da cloroquina, aumentando ainda mais o pânico numa grande parcela da população que já vive sobressaltada com o avanço da doença no Brasil, principalmente por perceber que o país não tem governo e nem comando, o que cria um vácuo perigoso que leva muita gente ao desespero.

Bolsonaro fez pior do que já havia feito, politizou o coronavírus. Primeiro, por interesses que só podem ser de Trump, passou a chamar, através dos seus assessores, o coronavírus de vírus chinês, numa tentativa tosca de estigmatizar a China e promover uma tempestade de preconceitos contra o maior parceiro comercial do Brasil. Isso porque o mesmo Bolsonaro quer milhões de trabalhadores expostos ao vírus, se dizendo preocupado com a economia brasileira e com os pobres, os mesmos que ele, em oito meses de governo,  devolveu ao mapa da fome com cortes de programas sociais criados por Lula e Dilma, programas fundamentais para, praticamente, erradicar a miséria do país.

Fica difícil entender qual o interesse de Bolsonaro, primeiro em politizar a cloroquina, segundo por acreditar que só existe essa alternativa quando, na realidade, alguns estudos indicam maior eficácia tanto de medicamentos de combate ao HIV quanto do plasma sanguíneo de quem já se curou do Covid-19, que começam a ser testados agora no Rio de Janeiro, fora uma série de outros estudos de diversos medicamentos que tem se revelado uma esperança para ajudar na cura da doença.

Bolsonaro tomou para si a cloroquina. Agora, quem se opõe à sua obsessão e é visto como comunista, esquerdista e outros “istas”. O que ele não diz é que ainda precisa de comprovação de eficácia tanto no Brasil quanto nos EUA.

Então, cai mesmo sobre ele a suspeita de que não só se apresenta novamente como capacho de Trump, levando a reboque o palerma Olavo de Carvalho, outro que negava mortes por coronavírus e que agora passou a fazer cruzada pela cloroquina para salvar vidas e, assim produzindo cada vez mais a desconfiança de que os dois se transformaram nos maiores lobistas dos negócios de Trump no Brasil.

Isso, sem dizer que até o mais boboca dos seres sabe que tanto Eduardo Bolsonaro quanto Abraham Weintraub não atacariam a China sem o consentimento e, possivelmente, a ordem de Bolsonaro para agradar a Trump, que vive em guerra comercial com a China, prejudicando enormemente o Brasil e incrivelmente ajudando os EUA na relação com a China em detrimento dos interesses do Brasil.

Qual a conclusão sobre a defesa aferrada de Bolsonaro ao uso indiscriminado da cloroquina no Brasil, senão beneficiar os negócios de Trump?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Brasil

Coronavírus: Brasil tem 5.717 casos confirmados e 201 mortes. Veja situação de cada estado

Chegou a 201 o número de mortos pelo novo coronavírus no Brasil, nesta terça-feira. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta tarde. Já o número de pessoas diagnosticadas com Covid-19 subiu para 5.717, o que indica uma taxa de letalidade de 3,5%. No último balanço do governo, na segunda, o total de infectados chegava a 4.579 com 159 mortes confirmadas.

Os dados desta terça-feira mostram o maior número de casos confirmados e de mortes registrados em um único dia: 1.138 e 42, respectivamente. Em relação aos dados divulgados no dia anterior, o número de casos confirmados aumentou 24%. O número de mortes aumentou 26%.

Confira o número de casos por estado:

Norte

Acre – 42

Amapá – 10

Amazonas – 175

Pará – 32

Rondônia – 8

Roraima – 16

Tocantins -11

Nordeste

Alagoas – 18

Bahia – 213

Ceará – 390

Maranhão – 31

Paraíba – 17

Pernambuco – 87

Piauí -18

Rio Grande do Norte – 82

Sergipe – 19

Centro-Oeste

Distrito Federal – 332

Goiás – 65

Mato Grosso – 25

Mato Grosso do Sul – 48

Sudeste

Espírito Santo – 84

Minas Gerais – 275

Rio de Janeiro – 708

São Paulo – 2339

Sul

Paraná – 179

Rio Grande do Sul – 274

Santa Catarina -219

 

 

**Com informações do Extra

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Economia

Brasil tem fuga de US$ 7 bilhões e ONU prevê o pior para países emergentes

A ONU alerta que o coronavírus trará um “impacto econômico sem precedentes” para os países emergentes e que esse bloco necessitará de US$ 2,5 trilhões. Um dos países afetados será o Brasil, tanto por conta da queda do preço de commodities, fuga de capital, queda de comércio exterior e problemas de financiamento.

Os dados fazem parte de um informe publicado nesta segunda-feira pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que aponta que a “velocidade com a qual as ondas de choque econômico da pandemia atingiram os países em desenvolvimento é dramática, mesmo em comparação com a crise financeira global de 2008”.

Um dos pontos destacados pelo informe é a fuga em massa de capital das economias emergentes. Temendo instabilidade, investidores retiraram seus ativos de locais de risco e aplicaram em locais mais seguros.

Apenas entre fevereiro e março, US$ 59 bilhões deixaram esses mercados emergentes. “Isto é mais do dobro das saídas experimentadas pelos mesmos países na sequência imediata da crise financeira global de 2008”, disse. Naquele momento, a fuga foi de US$ 26,7 bilhões.

O Brasil foi uma das economias com a maior fuga de capital. Entre 21 de fevereiro e 20 de março, os investidores não-residentes no país retiraram da economia mais de US$ 7 bilhões.

Ou seja, o Brasil foi responsável por mais de 10% de toda a fuga de capitais nos emergentes.

Um dos efeitos foi a desvalorização das moedas dos emergentes, de até 25%, desde o início deste ano. Novamente, tal perda foi mais rápida que os primeiros meses da crise financeira global.

O Brasil foi um dos sofreu entre os emergentes, com uma queda de 20% em sua moeda desde o começo da crise. Apenas o México e Rússia tiveram desvalorizações mais profundas.

Para Richard Kozul-Wright, diretor de globalização e estratégias de desenvolvimento da UNCTAD, o Brasil deve se preparar para um “coquetel extremamente perigoso”, composto por uma crise na saúde e uma crise na economia.

“Isso deve causar um estresse enorme em uma economia que já vinha fraca”, apontou. Para ele, o impacto deve ser mais profundo que a crise de 2008, abalando o emprego de milhões de brasileiros no setor de serviços.

Economista-senior da Unctad, o ex-ministro Nelson Barbosa acredita que o Brasil tem reservas suficientes e instrumentos para dar uma resposta à crise. Mas alerta que, hoje, o maior desafio é “político e institucional”.

Segundo ele, os ruídos dentro do governo federal sobre como lidar com a pandemia não ajudam. Mas há também questões relativas às autorizações para que recursos sejam utilizados e como realizar os pacotes de resgate.

Ainda assim, ele alerta que, por ter uma moeda das mais afetadas do mundo, um dos cenários possíveis é um impacto recessivo no curto prazo na economia nacional.

Sem árvore mágica

A ONU destaca que, nos últimos dias, as economias avançadas e a China têm reunido enormes pacotes governamentais que, de acordo com o G20, irão garantir US$ 5 trilhões.

“Isto representa uma resposta sem precedentes a uma crise sem precedentes, que atenuará a extensão do choque física, econômica e psicologicamente”, admitiu a ONU. A entidade estima que tais pacotes se traduzirão em uma injeção de demanda de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões nas principais economias do G20 e uma reviravolta de dois pontos percentuais na produção global.

Mas, mesmo assim, a economia mundial entrará em recessão, com uma previsão de perda de renda global na casa dos trilhões de dólares. “Isso significará sérios problemas para os países em desenvolvimento, com a provável exceção da China e a possível exceção da Índia”, prevê a entidade.

A ONU estima que existirá uma lacuna de financiamento de 2 a 3 trilhões de dólares para os países em desenvolvimento ao longo dos próximos dois anos.

 

 

*Jamil Chade/Uol

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Carta do Cônsul da China no Rio de Janeiro

O Consulado da China no Rio de Janeiro, através da Câmara de Integração, Desenvolvimento e Comércio Brasil e China (Cidecom), emitiu a seguinte nota à imprensa:

“Ninguém é permitido se aproveitar do Covid-19 para prejudicar as relações China-Brasil” (Li Yang, Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro)

“Recentemente, um artigo publicado em um site de notícias no Brasil argumentou que a China produziu e propagou deliberadamente o Covid-19 a fim de provocar a queda das bolsas globais e, depois, aproveitar a oportunidade para comprar ações cujos valores subiriam quando passasse a pandemia, e, assim, faria ganhos com tal manobra. O autor afirmou, ainda, que as epidemias ocorridas na China, como a SARS em 2003, teriam sido manipuladas artificialmente com o mesmo objetivo. Este artigo enfeitiçou muitas pessoas no Brasil.

“Assim, visando valorizar e salvaguardar as cooperações amigáveis entre a China e o Brasil, faço um apelo sincero aos amigos brasileiros para que reconheçam as intenções funestas e desastrosas da mensagem daquele autor. A afirmação feita por ele revela ignorância dos fatos e desumanidade no propósito. Ele, certamente, não sabe quantos sacrifícios foram feitos e tampouco sabe os elevados custos pagos pelo povo chinês para vencer o desastre súbito. Foram enormes as perdas econômicas e a pressão financeira causadas pela suspensão das atividades econômicas e sociais na China por cerca de dois meses, pelos testes feitos na população, os isolamentos e tratamentos realizados para quase 100 mil casos suspeitos e mais de 80 mil casos confirmados do Covid-19. Tivemos, com muito pesar, mais de 3 mil óbitos dos nossos compatriotas, entre os quais cerca de 200 médicos e enfermeiras que sacrificaram as suas vidas na frente de combate ao Covid-19.

“Tudo isto já causou um trauma psicológico inimaginável ao povo chinês porque essas vidas não podem renascer, não importa quanto dinheiro você tenha! Mas essa cena trágica se tornou parte de uma mentira aos olhos do autor referido, que viu o combate ao Covid-19 do povo chinês como o filme de Chaplin que conta a história de um filho que quebra intencionalmente a janela da casa das outras pessoas para que o pai dele, depois, ofereça os serviços de troca do vidro e, assim, ganhar algum dinheiro. Como ele podia ter sangue tão frio?! Ele é uma pessoa com sinofobia e cheia de preconceitos políticos contra a China. A história da civilização humana é praticamente uma história da luta dos seres humanos contra os vírus. Na Idade Média, a peste negra, que se disseminou em muitos países europeus, reduziu cerca de um terço da população europeia na época.

“A Gripe de 1918, iniciada nos Estados Unidos, causou a morte de pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A Influenza (H1N1), iniciado nos EUA e no México em 2009, propagou-se para 214 países e levou ao falecimento de quase 18,5 mil pessoas. Na opinião do autor, essas famosas epidemias na história foram nada mais que desastres naturais, enquanto o SARS que surtiu na China em 2003 e a atual pandemia de Covid-19 teriam sido alguma conspiração escondida! O autor ignora fatos que não o ajudam a atacar a China, tais como as evidências de que o surto de Covid-19 já teria acontecido nos EUA no ano passado, anteriormente ao surto em Wuhan, e que fora considerado pelas autoridades norte-americanas como uma influenza normal, bem como o fato de que, depois de conter a epidemia no seu país,a China continua a ajudar 82 países a combater a pandemia de Covid-19. Qualquer coisa que ajude a difamar a China, mesmo um rumor como “os chineses comem morcego”, foi escrita pelo autor em seu artigo. De maneira hipócrita e venenosa o autor transmite um “vírus político” e provoca discriminação e conflitos racistas. Ele é uma pessoa que odeia e faz todo o possível para descrever os chineses como egoístas, gananciosos, bárbaros e terríveis, é para provocar medo e desgaste dos brasileiros com os chineses, é para danificar o entendimento e a confiança mútua, bem como a amizade cada vez mais profunda entre os dois povos, é para impedir o aprofundamento da cooperação China-Brasil que se baseia sempre no benefício mútuo em diversas áreas, e é para criar dificuldades e obstáculos ao desenvolvimento da Parceria Estratégica Global China-Brasil.

“Não podemos subestimar os danos causados pelo artigo sobre as relações sino-brasileiras, especialmente neste momento chave m que ambas as partes estão fazendo esforços para promover a cooperação no combate ao Covid-19. Este racista, através de sua “teoria conspiratória” sobre o combate ao Covid-19 do povo chinês, conseguiu enganar bastante brasileiros que não conhecem a verdade. O que ele faz é praticamente colocar sal na ferida não curada do povo chinês! Ele é uma pessoa sem confiança em vencer a pandemia, mas sim com toda a vontade de culpar os inocentes. Infelizmente a pandemia do Covid-19 chegou à bela terra brasileira. Culpar a China pelo surto da pandemia no Brasil é mais um objetivo que o autor não podia esperar para alcançar. Sem a coragem de enfrentar a pandemia junto com o povo brasileiro, ele ainda sonha tornar-se um herói com os elogios dos seus fãs, e por isso, ataca maliciosamente o povo chinês.

“No entanto, espero que os amigos e amigas brasileiros considerem seriamente as seguintes perguntas: o Brasil ganhará alguma coisa ao atacar a China? Imaginação louca conseguirá culpar a China pelo surto da pandemia? Criar rumores para confundir o povo conseguirá verdadeiramente unir toda a nação brasileira para derrotar este vírus tão perigoso?

“Caros amigos e amigas brasileiros, a única opinião correta daquele autor é que a nação chinesa está determinada a se tornar mais rica e forte. De fato, a civilização chinesa, com seus cinco mil anos de história, está realmente cada vez mais poderosa. Isso não resulta dos pequenos truques “recomendados” pelo autor, mas sim da firme liderança do Partido Comunista da China, e das virtudes do povo chinês que aquele tipo de pessoa nunca possuirá: unidade, trabalho duro e sabedoria.”

 

 

*Do Jornal do Brasil

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Em carta a Xi Jinping, Lula pede desculpas em nome do povo brasileiro pelas agressões da família Bolsonaro à China

Ex-presidente repudiou atitude de filho de Bolsonaro e condenou o pai por se portar como “reles bajulador de Donald Trump”

Em carta enviada ao presidente da República Popular da China, Xi Jinping, o ex-presidente Lula pediu desculpas ao governo e ao povo chinês pela “inaceitável agressão” do deputado Eduardo Bolsonaro àquele país. Lula lamentou que Jair Bolsonaro não tenha sido o primeiro a tomar tal atitude, depois que seu filho acusou a China de ter espalhado o coronavírus.

“Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia”, escreveu Lula, em referência a Jair Bolsonaro. Nem o presidente do Brasil nem o Itamaraty se desculparam pelo episódio que, além de demonstrar ignorância, afeta as relações do Brasil como nosso maior parceiro comercial.

“Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo”, acrescentou Lula. “Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.”

A carta de Lula foi entregue sexta-feira (20) à embaixada China em Brasília e chegou ao presidente Xi Jinping neste domingo. Lula cumprimentou o governo e o povo chinês pelas vitórias alcançadas no combate ao coronavírus. “Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito.”

Leia aqui a íntegra carta de Lula a Xi Jinping:

São Bernardo, Brasil,
20 de março de 2020

“Caro presidente Xi Jinping,

Em nome da amizade entre os povos do Brasil e da China, cultivada por sucessivos governos dos dois países ao longo de quase cinco décadas, venho repudiar a inaceitável agressão feita a seu grande país por um deputado que vem a ser filho do atual presidente da República do Brasil.

Tal atitude, ofensiva e leviana, contraria frontalmente os sentimentos de respeito e admiração do povo brasileiro pela China. Creio expressar o sentimento de uma Nação, que tive a responsabilidade de presidir por dois mandatos, ao pedir desculpas ao povo e ao governo da China pelo comportamento deplorável daquele deputado.

Como é de seu conhecimento, setores expressivos da sociedade brasileira condenaram aquela agressão, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Lamento, entretanto, que o atual governo brasileiro não tenha feito ainda esse gesto pelos canais diplomáticos e por meio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que deveria ter sido o primeiro a tomar tal atitude. Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia.

Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo. Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.

Este governo passará, sem ter estado à altura do Brasil, mas nada poderá apagar os laços de amizade e cooperação que vimos construindo desde 1974, quando o então presidente Ernesto Geisel restabeleceu as relações entre o Brasil e a República Popular da China.

Praticamente todos os presidentes brasileiros, desde então, fortaleceram nossa relação nos mais diversos campos. Recordo que, ainda em 1988, o presidente José Sarney assinou os acordos para a construção do satélite sino-brasileiro, que viria a ser lançado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, os presidentes Itamar Franco e Jiang Zemin estabeleceram a Parceria Estratégica Brasil e China, que tem frutificado em benefício mútuo. Desde 2009 a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em meu governo, o Brasil reconheceu a China como economia de mercado e construímos juntos os BRICS, inaugurando um novo capítulo na ordem mundial.

Recentemente, expressei minha solidariedade ao povo e ao governo da China no enfrentamento ao coronavírus. Recebo agora a notícia de que os esforços admiráveis nesse combate resultaram na interrupção, pelo segundo dia consecutivo, da transmissão do vírus em seu país. Parabéns por esta vitória e sigam lutando.

Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito. Um país com o qual desejamos manter e aprofundar as melhores relações de amizade e cooperação, inclusive no combate à grave pandemia que também nos atinge.

Receba minha saudação respeitosa e fraterna, que se estende a todo o povo chinês,

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Do Lula

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Saúde

Urgente!: sobe para 25 o número de mortos pela COVID-19 no Brasil, diz ministério

O Ministério da Saúde atualizou na tarde deste domingo os números do novo coronavírus no Brasil. O número de mortos chegou a 25, um acréscimo de 39% em relação ao número anterior de vítimas fatais.

A pasta ainda informou que já chegam a 1.546 os casos confirmados da COVID-19 em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal – crescimento de 37% nas últimas 24 horas.

Por regiões, o Sudeste ainda é o que mais concentra o número de casos do novo coronavírus no Brasil, com 59,9% do total de casos (926 infectados confirmados), dos quais 631 estão em São Paulo e 186 no Rio de Janeiro.

Outros 231 casos estão na região nordeste, seguidos de 179 nos estados do sul, 161 na região centro-oeste e 49 já registrados nos estados do norte brasileiro.

 

 

*Com informações do Sputnik