Os navios russos estão em terras cubanas para exercícios militares planejados entre Cuba e Rússia. EUA descarta ameaça do país europeu.
Os Estados Unidos enviaram um submarino nuclear de ataque rápido à Baía de Guantánamo, em Cuba. O posicionamento do submergido é uma resposta à chegada de navios de guerra russos ao país caribenho.
A embarcação estadunidense chegou nesta quinta-feira (13/6) ao local. As tropas russas estão do outro lado do país, na capital Havana.
Na rede social “X”, o Comando Sul do exército norte-americano disse que o submarino USS Helena está na Baía de Guantánamo, como parte de uma visita de rotina ao porto, enquanto transita pela região de responsabilidade do Comando do Sul.
“O submarino conduz sua missão de segurança marítima global e defesa nacional. A localização e o trânsito da embarcação foram previamente planejados”, diz o Comando, em nota.
O submarino tem capacidade nuclear e atua a serviço dos EUA na Baía de Guantánamo desde 1903.
Os quatro navios de guerra russos estão em território cubano para exercícios militares planejados entre os dois países e anunciados no início do mês.
De acordo com o Conselheiro de Segurança, Jake Sullivan, o exército russo não representa uma ameaça, mas que os EUA está monitorando de perto. Segundo a imprensa norte-americana, o governo dos EUA também designou uma frota para vigiar as embarcações russas, que incluem três destróieres lançadores de mísseis, um navio da Guarda Costeira e uma aeronave de patrulha marítima, diz o Metrópoles.
As embarcações marítimas de Rússia e Estados Unidos são modernas e têm capacidade nuclear, no qual a movimentação dos dois países elevou as tensões na região.
O Ministérios das Relações Exteriores cubano disse que se trata de uma operação entre dois países com uma amizade histórica. “Nenhum dos barcos carrega armas nucleares, então, a parada no nosso país não representa uma ameaça para a região”, disse a pasta cubana em nota.
Cuba mantém uma posição consistente com sua política histórica de apoio ao povo palestino e a uma solução pacífica.
A luta palestina contra a ocupação israelense ganhou nova relevância no cenário internacional após a escalada que começou em 7 de outubro. A brutalidade do ataque israelense, praticamente sem comparação com outras agressões anteriores, expôs o cinismo de muitas das grandes potências ocidentais, defensoras proclamadas dos “direitos humanos”, mas indolentes diante do genocídio que está sendo cometido diante de seus olhos por interesses geopolíticos calculados friamente.
Os esforços da mídia mainstream hoje visam apresentar os perpetradores como vítimas, demonizando a resistência palestina e tornando invisíveis ou diminuindo as ações de Israel. Neste longo conflito, é justo apontar a bela história de solidariedade entre os povos, que uma pequena ilha caribenha vem escrevendo há décadas. Cuba, a “terrível e desumana ditadura” que os principais cartéis de mídia corporativa insistem em retratar, tem sido e é um dos defensores mais fortes do povo palestino.
Fidel e a causa palestina
Embora a Revolução Cubana tenha mostrado desde cedo sua solidariedade com o povo palestino, a figura de Fidel, sua compreensão do mundo árabe e os relacionamentos que ele elaborou com os principais líderes e movimentos de resistência nessa área geográfica foram fundamentais. De particular relevância é sua relação com Yasser Arafat, líder histórico da resistência palestina.
Em 12 de outubro de 1979, na qualidade de presidente do Movimento Não Alinhado (MNA), Fidel falou enfaticamente sobre o conflito israelense-palestino, com palavras que ainda são relevantes hoje:
“Do fundo de nossas almas, repudiamos com toda a nossa força a perseguição implacável e o genocídio que o nazismo desencadeou contra o povo judeu em seu tempo. Mas não consigo me lembrar de nada mais semelhante na nossa história contemporânea do que o despejo, a perseguição e o genocídio realizado hoje pelo imperialismo e pelo sionismo contra o povo palestino”.
Em 1982, em diálogo com o líder palestino Yasser Arafat, Fidel comunicou a decisão de Cuba de receber 500 crianças palestinas para realizar seus estudos na nação antilhana. Isso marca o início de uma colaboração que ao longo dos anos formou milhares de palestinos em medicina, engenharia e outras profissões fundamentais para o desenvolvimento de suas comunidades. Até hoje, centenas de jovens palestinos estudam em várias universidades cubanas com bolsas de estudo fornecidas pelo governo cubano.
Fidel também expôs a situação palestina em numerosos fóruns internacionais ao longo de seu extenso trabalho político. E uma vez aposentado, ele continuou acompanhando de perto a realidade na área. A prova da indignação causada pela impunidade do genocídio israelense é um texto publicado em 6 de agosto de 2014 em sua coluna de opinião habitual no jornal Granma, sob o título: “Holocausto palestino em Gaza”.
O conflito atual
A violência desencadeada em 7 de outubro teve um impacto arrepiante na vida dos palestinos. Mais de 25 mil palestinos foram mortos por Israel, dos quais mais de 10 mil são crianças, e os números continuam a aumentar. Inúmeras organizações internacionais condenaram os ataques a hospitais, escolas, edifícios residenciais, mesquitas e o uso ilegal de fósforo branco contra civis. Em uma carta recente, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, denunciou que mais de 80% da população de Gaza foi deslocada.
Desde o início desta nova escalada, Cuba mantém uma posição consistente com sua política histórica de apoio ao povo palestino e uma solução pacífica para o conflito. Apenas para mencionar algumas ações, a ilha promoveu e votou a favor da resolução “O direito do povo palestino à autodeterminação”. Cuba tem apoiado, como membro do MNA, a posição do bloco perante o Conselho Executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas, denunciando o possível uso por Israel de armas proibidas. Cuba também participou de numerosos fóruns internacionais convocados, incluindo várias sessões extraordinárias da Assembleia Geral da ONU, exigindo um cessar-fogo e reivindicando os direitos do povo palestino.
País socialista é o quinto latino-americano a se somar à iniciativa, junto com Brasil, Bolívia, Colômbia e Venezuela; processo na Corte de Haia é liderado pela África do Sul e também conta com o respaldo de todos os 22 membros da Liga Árabe.
O governo de Cuba anunciou nesta quinta-feira (11/01) que apoia a denúncia apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ), pela qual se acusa o Estado de Israel de cometer um genocídio contra a população palestina residente na Faixa de Gaza, através da ofensiva militar iniciada em 7 de outubro passado.
Em comunicado elaborado pelo Ministério de Relações Exteriores e difundido pelo chanceler Bruno Rodríguez Parrilla através de suas redes sociais, o país socialista manifestou sua “profunda preocupação com a contínua escalada de violência por parte de Israel nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, incluindo numerosas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU)”.
“O Ministério condena veementemente, mais uma vez, os assassinatos de civis, especialmente mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas, bem como os bombardeamentos indiscriminados contra a população civil palestiniana e a destruição de casas, hospitais e infraestruturas civis”, acrescentou a nota.
Em outro trecho do comunicado, Cuba ressalta que “Israel continua agindo com total impunidade porque tem a proteção cúmplice dos Estados Unidos, que obstrui e veta repetidamente a ação do Conselho de Segurança, minando a paz, a segurança e a estabilidade no Médio Oriente e a nível mundial”.
Este último comentário faz alusão às diferentes resoluções rechaçadas nos últimos meses pelo principal órgão da ONU, uma delas apresentada pelo Brasil em outubro.
Prensa Latina Apoio de Cuba se soma ao de dezenas de outros países que entregaram seu respaldo à iniciativa da África do Sul na CIJ contra Israel Todas essas iniciativas, incluindo a brasileira, tiveram maioria de mais de três quartos dos votos entre os 15 membros do Conselho de Segurança, mas foram descartadas devido ao fato de que os Estados Unidos são um dos cinco países com poder de veto dentro dessa instância.
“A República de Cuba é Estado Parte na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio desde 1953 e, de acordo com os compromissos assumidos nesse âmbito, tem a obrigação de prevenir e punir o genocídio. Neste contexto, manifesta o seu apoio ao pedido da República da África do Sul para iniciar um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, em relação às violações por parte daquele país das suas obrigações ao abrigo da Convenção”, conclui o comunicado cubano.
Com essa declaração, Cuba se torna o quinto país da América Latina a expressar oficialmente seu apoio à ação sul-africana. Antes do país caribenho, também o fizeram nações como Brasil, Bolívia, Colômbia e Venezuela.
Dezenas de outras nações do mundo também respaldaram a ação movida por Pretória, incluindo todos os 22 dos membros da Liga Árabe (entre eles, a própria Palestina).
Quando a humanidade tremeu diante da crise que se criou acerca dos mísseis que se instalavam em Cuba, com a possibilidade de uma guerra mundial e nuclear, em 1962, o mundo foi salvo pelas atitudes de alguns dirigentes que se portaram como estadistas.
Agora, sofremos com o cenário de guerra na Ucrânia, assistimos a alguns horrores de guerra, embora limitada, e o pior: estamos sem estadistas.
Quando o Governo Kennedy descobriu que mísseis estavam sendo instalados em Cuba pelos russos, a poucas milhas do território americano, reagiu de forma enérgica, assumindo as últimas consequências. Com muita justificativa. Por outro lado, Cuba e Fidel precisavam garantir-se contra outra invasão da Ilha, como aquela na Baía do Porcos, arranjada pela administração anterior de Eisenhower. Ele era grande figura daqueles tempos, desde o comando das forças que derrotaram Hitler até poder ser referido pelo fato de ter sido o Presidente americano que cobrou o mais elevado imposto de renda dos ricos. Mas deixou passar os que adoram fazer guerras.
Kennedy manteve a firmeza, mas soube negociar; Krushev, o líder russo, soube tirar proveito da situação e obteve compromisso do próprio irmão de Kennedy e seu Ministro da Justiça em negociação direta: Cuba não seria invadida e os americanos retirariam seus mísseis da Turquia e outras áreas, que era certamente o que os russos queriam quando estavam instalando seus mísseis em Cuba. Os mísseis voltaram para casa e o mundo respirou em paz. Com estadistas, mesmo com muitos defeitos de cada lado, é outra coisa.
Agora, a OTAN, aliança militar que não deveria existir para o bem da paz, sob o comando americano, instala bases e se implanta em diversos países ao redor da Rússia, assentada em governos pequenos e medíocres, eleitos em processos confusos a partir do fim da União Soviética.
A Rússia, já machucada pela extinção de um sistema político que ela comandava desde 1917, que havia gerado a segunda economia do mundo, grande população, imenso território, tecnologia avançada, vê-se cercada mais de perto na Ucrânia, com inimigos declarados que poderiam até usar armas nucleares, parte para o horror da guerra. Guerra que a humanidade já não mais imagina vivenciar.
Pela ausência de estadistas, a humanidade já havia amargado guerras estúpidas, idiotas, desde a Coreia e a cruel Guerra do Vietnã até mais recentes na Iugoslávia, Kosovo, Iraque, Líbia, Afeganistão e a pobre gente que sofre no Iemen sob as armas sauditas/americanas.
Paira outro mal em cima de todas as nossas cabeças: o aumento do fascismo nessas áreas acobertadas pela OTAN, como se evidenciam nesses grupos neonazistas na Ucrânia, com conexões malévolas até no Brasil, como evidenciam os últimos acontecimentos.
Falta um estadista na Europa, à semelhança de De Gaulle, que se imponha diante do poder dos Estados Unidos para dizer aos americanos e aos russos que é preciso ter polos de equilíbrio no mundo, que se respeitam e dialogam para o bem da humanidade, e que nenhum país pode ser encurralado. Acima de tudo, que seja capaz de conter essas áreas fascistas que se avolumam, se espalham e ganham poder armado. A Europa teria este grande papel, mas está subjugada, sem estratégia própria à altura da sua história, sua economia e valor do seu povo.
Nos faz lembrar novamente Eisenhower: todos submetidos aos interesses da indústria armamentista, agora de braços dados com o sistema financeiro.
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Depois de quatro dias internado para tratar uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro deixou na manhã de hoje o Hospital Vila Nova Star, na zonal sul de São Paulo, após receber alta médica. Na saída, Bolsonaro conversou com a imprensa, quando criticou Cuba e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mentiu sobre assuntos diversos que vão da CPI da Covid à fraude eleitoral.
É certo que Ciro revelou-se um oportunista sem qualquer perspectiva, já que, quanto mais o tempo passa, mais a sua candidatura perde musculatura.
Parece que ele está sentindo um desamparo político nunca antes amargado, apontando seus canhões para a esquerda, não só contra o PT, em busca de votos cada vez mais escassos da direita.
Trocando em miúdos, Ciro está no lixão da política disputando a cotovelada restos de uma direita que está na bacia das almas.
Do discurso que sobrou da direita mais reacionária, Adélio, Cuba e Venezuela, a trágica caminhada de Ciro, num claro desvio de caráter, só falta usar a farsa da facada para atacar o PT e o Psol, o resto é isso que estamos flagrando em vídeos com perfeita sincronia com aquilo que significa, em linguagem popular, cachorro que caiu do caminhão de mudança.
Ou seja, é o próprio Ciro que se impôs uma sentença, o que não deixa de ser nesse encontro de pororoca uma obscura mistura com o que há de pior na direita brasileira, mas também no que sobrou do finíssimo liberalismo de salão comandado por FHC, que encantou as confederações da indústria e dos banqueiros, num pensamento harmônico do tribunal neoliberal que tinha no próprio FHC o rei do palavrório.
Toda a direita, não só Bolsonaro, que disputou holofotes em defesa do Estado mínimo, da ética e do combate à corrupção não suportou a contraprova, melhor dizendo, provaram, seja com Aécio ou com Bolsonaro, que quem julgava era o próprio criminoso.
Sem qualquer substância do ponto de vista econômico e com escândalos que não param de jorrar, as palavras corrupção e economia, estão absolutamente proibidas, restando só o discurso do Estadinho ainda sustentado pela mídia de mercado.
De resto, sobraram apenas Adélio, Cuba e Venezuela, tanto que Ciro já gastou dois cartuchos das três munições da direita, faltando apenas participar da corrente pró-farsa da facada.
“A América Latina está no centro da disputa geopolítica que os EUA travam com Rússia e, principalmente, com a China, por isso a intensificação do ativismo imperial para derrubar governos e mudar regimes”, escreve Jeferson Miola.
A influência crescente da China na América Latina em vários âmbitos – comercial, financeiro, político, econômico, tecnológico e de investimentos – desatou reações vigorosas do establishment estadunidense com o objetivo de recompor sua debilitada hegemonia hemisférica. Trata-se da conhecida Doutrina Monroe, do ano 1823 do século 19: “A América para os Americanos”.
Após as tentativas fracassadas de mudança de regime na Venezuela nos primeiros anos deste século 21, os EUA então multiplicaram o cardápio de novos mecanismos e dispositivos para interferir, desestabilizar e golpear governos progressistas, considerados hostis e desafiadores aos seus interesses históricos e estratégicos.
As clássicas quarteladas do século 20 deram lugar a golpismos de novo tipo. Manipulação de redes sociais, infiltração de mercenários, financiamento de ONGs e oposições mercenárias, retórica anticorrupção, sanções ilegais, guerra informacional e ajuda financeira a governos vassalos compõem o diversificado cardápio para a desestabilização de democracias e derrubada de governos constitucionais.
A corrupção de juízes, procuradores, policiais, parlamentares, mídia e “formadores de opinião” para perseguir e aniquilar inimigos [lawfare], além disso, foi largamente empregada em vários países da região para recobrir com “verniz institucional” processos de violação das democracias. Argentina, Brasil, Equador, Peru e Venezuela foram os alvos mais notórios desta estratégia jurídico-midiática-empresarial-militar e parlamentar.
Na Venezuela, contudo, a retórica da guerra fria, de invasão bélica e ameaça da guerra civil continua sendo reiteradamente repetida pelos EUA e governos vassalos na região, principalmente Colômbia e Brasil. Mas, de modo geral, se observa que os estratagemas para a recolonização hemisférica passaram a ser mais elaborados, como se observa no inventário parcial da atuação – por vezes nem tão oculta – dos EUA nos últimos anos:
– 2008: governo boliviano acusou os EUA de patrocinarem conflito separatista no departamento de Santa Cruz de La Sierra [Meia Lua]. Líderes da extrema-direita boliviana reuniram-se diversas vezes na embaixada dos EUA para planejar o plano de secessão;
– 2009: golpe em Honduras com a destituição, prisão e exílio ilegal do presidente Manuel Zelaya;
– 2012: golpe no Paraguai, com o impeachment sumário perpetrado em menos de 72 horas sem causa, sem processo e sem direito à defesa do presidente Fernando Lugo;
– 2012: criação da Aliança do Pacífico com governos vassalos para debilitar papel da UNASUL e CELAC;
– 2013: espionagem da presidente Dilma e da PETROBRÁS que pode estar relacionada com os preparativos da Lava Jato;
– 2013: cursos dos Departamentos de Justiça e de Estado e agências de inteligência dos EUA para procuradores, juízes, políticos, policiais federais e oficiais das Forças Armadas;
– 2013: “primavera brasileira” com as jornadas de junho e processos de desestabilização;
– 2013: avião presidencial de Evo Morales foi obrigado a fazer pouso de emergência em Viena depois dos EUA obrigarem países europeus a proibirem pouso técnico para reabastecimento em viagem de regresso de Evo da Rússia, colocando a vida do presidente em risco. Motivo: suspeitavam que Evo trazia Edward Snowden para conceder-lhe exílio na Bolívia;
– 2013: diplomata tucano Eduardo Saboia, encarregado de negócios da embaixada do Brasil em La Paz arquitetou e executou pessoalmente a fuga do senador oposicionista Roger Pinto, condenado criminalmente pela justiça da Bolívia [como prêmio, o diplomata tucano tornou-se chefe de gabinete de Aloysio Nunes no Itamaraty no governo golpista e ilegítimo de Temer];
– 2015/2016: derrubada da presidente Dilma. Em 18 de abril de 2016, dia seguinte à aprovação da fraude do impeachment na Câmara, o senador tucano Aloysio Nunes viajou a Washington para 3 dias de encontros com altas autoridades estadunidenses;
– 2017: formação do Grupo de Lima com governos vassalos para avançar plano de atacar a Venezuela;
– 2018: governos vassalos dos EUA abandonam a UNASUL, organismo pelo qual os países da região equacionavam conflitos regionais pacificamente e sem interferência da OEA, organismo totalmente teleguiado por Washington;
– 2018: esvaziamento da CELAC, organismo que congrega todos os países do hemisfério americano e que deixa de fora apenas EUA e Canadá [espécie de OEA sem EUA e Canadá];
– 2018: pressão dos EUA para FMI conceder empréstimo eleitoral de US$ 57 bilhões ao governo Macri, da Argentina, para impedir a eleição do peronismo [Alberto e Cristina] ao governo;
– 2019: designação de Juan Guaidó como “presidente autoproclamado” [sic] da Venezuela;
– 2019: simulacro de ajuda humanitária para invadir a Venezuela com apoio dos governos Bolsonaro e Ivan Duque;
– 2019: Luís Almagro, da OEA, falsificou informes para anular eleição legítima de Evo Morales e justificar o golpe perpetrado pela extrema-direita boliviana com o apoio material, político e diplomático dos governos Macri/Argentina, e Bolsonaro/Brasil;
– 2020: enfraquecimento do MERCOSUL por meio do acordo com a União Européia e tentativas de flexibilização da Tarifa Externa Comum do Bloco;
– 2020: agentes e apoiadores do governo brasileiro seguem caminho de Olavo de Carvalho e refugiam-se nos EUA – irmãos Weintraub, blogueiro Allan dos Santos, empresário cloroquiner Carlos Wizard, juiz-ladrão Sérgio Moro, etc;
– 2021: viagem da vice-presidente dos EUA à América Central para difundir o eixo de ação dos EUA de “combate à corrupção” para a região [sic];
– 2021: presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou que o comandante do Comando Sul dos Estados Unidos Craig Faller e o diretor da CIA William Burns visitaram Colômbia e Brasil com objetivo de preparar plano para assassiná-lo;
– 2021: diretor da CIA se reuniu no Brasil com o chefe da ABIN, generais do governo militar e com Bolsonaro.
No último 7 de julho o presidente do Haiti Jovenel Moïse foi assassinado por mercenários de nacionalidade colombiana e estadunidense.
E, para completar este inventário provisório, destacam-se ainda os estranhos protestos “patrióticos” que espocaram em Cuba neste domingo, 11 de julho. Neles, “patriotas” usavam máscaras faciais estampadas com a bandeira dos EUA, também agitadas nos protestos.
Os EUA agravaram o bloqueio ilegal a Cuba para asfixiar o país e causar o caos social que anima reações contrarrevolucionárias como as que estão em curso.
A América Latina está no centro da disputa geopolítica que os EUA travam com Rússia e, principalmente, com a China, por isso a intensificação do ativismo imperial para derrubar governos e mudar regimes.
A política externa do establishment estadunidense é bipartidária. Ou seja, é a política externa que tanto o Partido Democrata como o Partido Republicano executam para a concretização do projeto de dominação imperial no mundo, como se observa neste resumido inventário que cobre episódios ocorridos na América Latina durante os governos Bush, Obama, Trump e Biden.
São gritantes as marcas das garras dos EUA sobre a América Latina.
O chefe do governo do Brasil que, segundo o Datafolha 70% dos brasileiros o consideram corrupto, e que nunca respeitou a constituição do seu próprio país, diz querer que a democracia floresça em Cuba.
Trata-se de um sujeito que, entre inúmeras mazelas, ameaçou de agressão um jornalista de O Globo, por ter perguntado “Presidente, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”
Uma pessoa venal, que não tem a menor ideia do significado da palavra democracia, ataca as instituições, as eleições livres e, agora, até as urnas eletrônicas, falando em democracia alheia é, no mínimo, uma piada.
Para piorar, Cuba tem pouco mais de 11 milhões de habitantes. O governo Bolsonaro, em apenas dois anos já devolveu à miséria absoluta mais do que o dobro disso.
Cuba, com uma medicina de dar inveja em qualquer país, tem vacina própria, apesar de toda a sabotagem norte-americana que a ilha enfrenta há mais de 60 anos, o que piorou com o novo ataque de Trump e a sustentação dos bloqueios por Biden.
Se morressem de covid no Brasil o que proporcionalmente morreram em Cuba por milhão de habitantes, o Brasil teria 30 mil mortos e não mais de 530 mil mortos em consequência das ações ou das inações do governo Bolsonaro.
Bolsonaro usa Cuba como cortina de fumaça dos milionários escândalos de corrupção no ministério da Saúde em plena pandemia com a compra de vacinas.
Por ora, é isso. Teríamos muito mais material para desmascarar essa falsa solidariedade de Bolsonaro com o povo cubano e poderíamos aqui listar um número sem fim de absurdos de seu governo para desmontar o seu discurso vigarista.
– Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo!
Biden pede que Cuba ‘ouça seu povo’; Rússia alerta contra ‘interferência’.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que o país está ao lado do povo de Cuba em seus apelos por liberdade e alívio da pandemia de coronavírus e de décadas de repressão, um dia após as maiores manifestações contra o governo na ilha comunista em décadas. Já a Rússia, uma das principais defensoras das autoridades cubanas desde os tempos soviéticos, alertou hoje contra qualquer “interferência externa” na crise.
Rússia e México reagem
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, reagiu a fala de Biden. “Consideramos inaceitável qualquer ingerência externa nos assuntos internos de um Estado soberano e qualquer ação destrutiva que favoreça a desestabilização da situação na ilha.”
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou a política “intervencionista” da situação em Cuba e se ofereceu para enviar ajuda humanitária.
O México poderia “ajudar com remédios, vacinas (contra a covid-19), com o que for necessário e com alimentação, porque saúde e alimentação são direitos humanos fundamentais”, disse o presidente esquerdista em sua conferência matinal.
Ainda hoje, pouco antes de Biden emitir seu comunicado, Díaz-Canel culpou as sanções norte-americanas, que foram endurecidas nos últimos anos, por problemas econômicos como a escassez de remédios e blecautes que atiçaram os protestos.
Em discurso transmitido por rádio e televisão, o líder comunista, rodeado por diversos de seus ministros, garantiu que seu governo está tentando “enfrentar e superar” as dificuldades face às sanções americanas, reforçadas desde o mandato do presidente americano Donald Trump.
“O que procuram? Provocar agitação social, causar mal-entendidos” entre os cubanos, mas também “a famosa mudança de regime”, denunciou o presidente cubano. Os responsáveis pelas manifestações “tiveram a resposta que mereciam e continuarão a ter, como na Venezuela”, grande aliada de Cuba, acrescentou.
Aonde tem protestos com apoio dos EUA, não custa ligar o sinal de alerta.
Ex-presidente e outras sete pessoas que o acompanhavam pegaram a doença na viagem à ilha.
O ex-presidente Lula foi diagnosticado com Covid-19 no dia 26 de dezembro em Cuba e precisou ficar 14 dias de quarentena no país.
O escritor Fernando Morais, que foi com ele à ilha, chegou a ficar internado, mas já está curado. Eles desembarcaram na quarta (20) no Brasil.
Lula viajou a Cuba para participar de um documentário sobre a América Latina dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone.
O petista estava sem sintomas, mas a doença foi detectada pelos exames que ele fez seguindo os protocolos cubanos para viajantes estrangeiros que chegam ao país.
Três dias antes de embarcar, Lula e a comitiva, de mais oito pessoas, fizeram exames de RT-PCR em que a coleta é feita com cotonete pelo nariz.
Um dia depois da chegada, todo o grupo repetiu o teste, que voltou a dar negativo.
Cuba, no entanto, exige que o exame seja refeito depois de cinco dias, já que existe a possibilidade de o RT-PCR não detectar o vírus logo depois da infecção, devido ao período de incubação.
Foi então que se descobriu que, dos nove viajantes, oito estavam contaminados: Lula, a noiva dele, Rosangela da Silva, a Janja, Fernando Morais, o fotógrafo Ricardo Stuckert e mais quatro assessores.
Lula fez uma tomografia que acusou que ele tinha lesões pulmonares compatíveis com Covid-19. Sem sintomas, ele foi encaminhado para uma casa com os outros que testaram positivo. Apenas Fernando Morais foi para o hospital.
Os que apresentaram algum tipo de problema pulmonar, como Lula, tomaram corticóide e anticoagulantes.
Os médicos cubanos receitaram também o imunomodulador Jusvinza a Lula. A droga age sobre substâncias inflamatórias da Covid-19. Seu efeito no combate às reações da doença já entrou no protocolo de estudo de Cuba, que foi seguida por outros países_e deve ser usado com acompanhamento médico rígido.
As pessoas que acompanhavam Lula e que não tiveram lesão pulmonar ativa usaram Interferon cubano, na versão injetável ou nasal. O medicamento também está em protocolo de estudo.