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Bolsonarismo

Mapa e mensagens mostram plano detalhado de bolsonaristas a golpe no dia 8

Bolsonaristas produziram um mapa para a logística dos transportes e se prepararam para confronto violento.

Os crimes e a tentativa de golpe no último domingo (08) foram detalhadamente planejados pelos bolsonaristas, que produziram um mapa dos transportes de todo o Brasil, previram confronto com as polícias, recomendaram a não participação de crianças e idosos e o uso de proteção e convocaram os CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Parte desse planejamento detalhado foi revelado em reportagem do Uol, desta quarta (11), que obteve acesso a um mapa online criado pelos bolsonaristas e as mensagens de Telegram com a organização.

Como havia adiantado A Pública, o ato criminoso foi tratado internamente como “festa da Selma” e outras nomenclaturas foram usadas por eles para escapar de investigações. O grupo de bolsonaristas da região Sudeste se chamava “Caça e Pesca”, com 18 mil intregrantes. Nele, foram combinados detalhes de como chegar a Brasília, como agir, onde invadir e o que levar no dia 8.

No mapa digital compartilhado entre eles, denominado “Viagem para Praia”, estavam marcados pontos em 43 cidades do Brasil onde se podia pegar ônibus para a invasão, com o contato dos organizadores dos transportes.

“O código é festa da Selma, vai acontecer uma festa de aniversário enorme e existe uma organização muito grande para juntar e preparar os convidados”, traz a descrição do mapa.

Em outro trecho do texto do mapa, com jogo de palavras, eles informam que será empregada violência e que haverá confronto com a polícia:

“[A festa da Selma] não convidou crianças e nem idosos, quer somente adultos dispostos para participarem de todas as brincadeiras, entre elas: tiro ao alvo, polícia e ladrão, dança da cadeira, dança dos índios, pega pega, e outras.”

E pedem que os bolsonaristas levem equipamentos de proteção, soro e máscara contra gás de pimenta: “É importante que cada um leve suas coisas pessoais de higienização e proteção, inclusive: máscara para não ficar ardendo com a torta de pimenta na cara e soro fisiológico para se limpar caso espirrem algo que faça vocês chorarem e lacrimejarem, mas não de alegria, durante a festa.”

No grupo do Telegram, eles também recomendavam levar capa de chuva para evitar contato da pele com gás de pimenta. Todos esses itens de proteção foram usados pelos criminosos no dia 8.

O administrador do grupo ainda compartilhou uma foto com o local da Praça dos Três Poderes, incluindo o jardim da Esplanada dos Ministérios e uma seta para o Congresso Nacional, com a mensagem: “Pessoal, o povo em massa tem que preencher todo esse espaço principalmente dentro e fora do congresso. Aí sim derruba o governo.”

“Patriotas, agora é guerra. Não é manifestação pacífica (…) Cercar os 3 poderes. Brasília”, trazia outra mensagem dos organizadores.

O grupo “Caça e Pesca” também dizia que os CACs foram “convocados para darem suporte aos que estão nas refinarias, distribuidoras e em frente aos 3 poderes”. No mapa “Viagem para Praia”, estavam pontuadas as refinarias e distribuidoras de combustível, também alvos do terrorismo no dia 8.

Ao todo, o mapa traz 21 organizadores, com seus respectivos contatos, dos transportes das diferentes regiões do Brasil.

*Com GGN

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O ex-ministro que vem pedindo um golpe a Bolsonaro

Bolsonaro está incomodado com as investidas de seu ex-ministro; o presidente não acredita que as Forças Armadas irão embarcar em um golpe.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, vem insistindo com Jair Bolsonaro para que ele invoque o artigo 142 da Constituição e dê um golpe para se manter no poder.

Machado visitou Bolsonaro no Palácio Alvorada algumas vezes nas últimas semanas para tentar convencer o presidente, que está incomodado com as investidas de seu ex-ministro. Bolsonaro não acredita que as Forças Armadas irão embarcar na aventura golpista e ilegal.

O auxiliar de Bolsonaro deixou o ministério no ano passado para concorrer ao Senado em Pernambuco, mas não foi eleito.

A leitura golpista do texto feita por aliados de Bolsonaro defende que os militares teriam autorização para ser uma espécie de “Poder Moderador” e interferir na política para dirimir conflitos entre os Poderes da República.

A leitura é golpista porque em momento algum o artigo menciona isso. A Constituição de 1988 determina que a palavra final para solucionar conflitos e impasses entre os Poderes é do STF, como reforçou o ministro Luís Roberto Barroso em uma decisão de 2020.

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Bolsonaro está magoado com as Forças Armadas

Jair Bolsonaro está magoado com as Forças Armadas. O presidente esperava que os militares embarcassem, junto com seus aliados, em um golpe de Estado.

O general Walter Braga Netto, que foi vice de Bolsonaro, é com quem o presidente derrotado está mais chateado. Braga Netto prometeu, ao longo dos dois últimos meses, que conseguiria convencer a cúpula das Forças Armadas a invocar o artigo 142.

Tal qual aliados de Bolsonaro fizeram com os manifestantes que estão até hoje acampados na frente do QG, Braga Netto vinha prometendo a Bolsonaro prazos e datas em que as Forças Armadas agiriam. E, como visto, os militares não embarcaram.

*Com metrópoles

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Crise institucional no Peru: Congresso destitui Pedro Castillo

O plenário do Congresso declarou a presidência vaga. Dina Boluarte, a vice-presidente, é a primeira na linha de sucessão. Ela já afirmou que a ordem de Castillo era inconstitucional.

Ele foi destituído com 101 votos a favor da medida —são necessários 87 para derrubar o presidente. Houve seis votos contra e dez abstenções.

Sistema político do Peru ‘permite’ dissolver o Congresso; entenda

A decisão do presidente do Peru, Pedro Castillo, de dissolver o Congresso e convocar novas eleições, anunciada nessa quarta-feira (7), é permitida pela Constituição do país no artigo 134, que diz: “O Presidente da República tem o poder de dissolver o Congresso se este tiver censurado ou negado sua confiança a dois gabinetes”, ou seja, Castillo se valeu dos outros dois processos de impeachment anteriores para tomar essa decisão.

O mesmo artigo diz que o presidente é obrigado a convocar novas eleições em até 4 meses, sem fazer qualquer tipo de alteração no processo eleitoral.

Em 2019, Martín Vizcarra, que era presidente na época, também dissolveu o Congresso e convocou novas eleições. Em 1992 o mesmo ocorreu durante a gestão de Alberto Fujimori, que posteriormente incluiu esse artigo na Constituição.

Policiais do Peru se posicionam na frente do Congresso nacional enquanto populares se manifestam

Forças Armadas dizem que ato é violação de Constituição

As Forças Armadas e a polícia do Peru afirmaram que o presidente Pedro Castillo só teria direito de dissolver o Congresso se os deputados tivessem derrubado dois gabinetes (ou seja, todos os ministros de governo) —não é o caso atual; Castillo fechou o Congresso por causa da abertura de um processo de impeachemnt. Qualquer ato contrário a isso constitui “uma violação da Constituição”, disseram as forças.

A vice-presidente Dina Boluarte já estava rompida com Pedro Castillo, se pronunciou em uma rede social. Ela afirmou que rechaça a decisão de Pedro Castillo de “perpetrar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar seguindo as leis”.

O presidente do Peru, Pedro Castillo, instituiu nesta quarta-feira (7) um governo de exceção no país, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições.

Castillo responde ao terceiro processo de impeachment em um ano e meio de poder. Ele declarou o estado de emergência e impôs um toque de recolher em todo o país horas antes do julgamento do impeachment. Mesmo com o anúncio da dissolução do Congresso, os deputados decidiram votar o impeachment.

A Corte Constitucional (Suprema Corte) do Peru chamou o ato de golpe de Estado e pediu que a vice-presidente do país, Dina Boluarte, assuma a presidência – há algumas semanas, Boluarte rompeu com Castillo.

O presidente do Peru deu as seguintes ordens nesta terça-feira (7)

  • Dissolver “temporariamente” o Congresso
  • Instaurar governo de emergência excepcional
  • Convocar eleições para um novo Congresso
  • Elaborar uma nova Constituição em até nove meses
  • Estabelecer governo temporário de exceção
  • Impor toque de recolher entre 22h e 04h, no horário local
  • Exigir devolução ao Estado de armas ilegais, sob pena de prisão
  • “Reorganizar” do sistema de judicial, incluindo o Poder Judicial, o Ministério
  • Público, a Junta Nacional de Justiça e o Tribunal Constitucional

*Com G1

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Compromisso militar com ordem constitucional não é confiável

Janio de Freitas – Alternativa do golpismo à derrota dupla, na eleição e na recusa à legalidade, é a violência .

Aparente irrelevância, a indecisão sobre uso de carro sem capota pelo presidente Lula, no breve desfile pós-posse, reflete as entranhas complexas da situação como poucas outras sínteses o fariam.

A dúvida admite, em princípio, a continuidade de uma tradição de cerimonial em dias que, infestados de criminalidade política, repelem toda a tradição das mudanças de governo. O golpismo não mudou muito mais do que o vocabulário eleitoral.

O golpe não saiu das casernas por dois fatores principais. No plano interno, a firme ação da Justiça Eleitoral conduzida pelos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e secundada pelo Supremo, contra a sucessão de preparativos lançados pelo golpismo para criar o seu pretexto.

No plano externo, foi a pressão em apoio à legalidade, uma forma de se opor a Bolsonaro. A certeza de sanções internacionais e isolamento sufocante do país, como represália ao golpe, acionou freios medrosos no golpismo militar.

Os dois fatores continuam ativos. Para dar uma ideia do que é a força aplicada no caso pelo fator externo, até o comunicado oficial da reunião de Joe Biden com o presidente francês Emmanuel Macron, em Washington, há quatro dias, trouxe uma advertência incisiva: “França e Estados Unidos agirão juntos também para proteger as florestas tropicais”.

Chegou a reiterar a disposição na mesma frase: “E combater o desmatamento e o desmatamento ilegal”. Não precisaram incluir o nome Brasil nem citar Bolsonaro.

Os operadores amazônicos das serras e os dirigentes brasilienses do contrabando de madeira têm alguma sobrevida, mas o bolsonarismo fardado sabe que o seu golpe está derrotado.

A alternativa do golpismo à derrota dupla, na eleição e na recusa à legalidade, é a violência. Ter essa percepção à frente de todas é indispensável ao chamado grupo de transição e, em geral, aos democratas.

Do contrário, veem-se nas frentes dos quartéis aglomerações de fanáticos, que são fanáticos sim, mas também agressores, transgressores da urbanidade, sem faltarem sequer os homicidas em potencial.

Violência escala em atos antidemocráticos bolsonaristas pelo país

Como bem exemplifica o sargento da Marinha, ligado ao general Augusto Heleno, que nega a possibilidade de Lula viver até a posse. Veem-se bandeiras do PT na multidão e se confiará que são todos ali lulistas.

Mas o velho SNI, que sobrevive sob os nomes de Abin e Gabinete de Segurança Institucional, do Planalto, tentou infiltrar agentes do general Heleno até nos grupos da transição.

Fanáticos, maníacos, obcecados, em variadas aglomerações ou sós, hoje são muitos milhões à disposição de manejadores. E a verdade é que o compromisso militar com a ordem constitucional não é confiável.

Lula é aguardado por uma missão gigantesca. Só a restauração do que os jagunços de Bolsonaro devastaram já ocuparia o mandato.

O urgente é muito maior. São 33 milhões passando fome, na contagem que não pode alcançar nem a verdade das favelas, quanto mais os fundões desse país sem fim.

E Lula já recebeu o renovado reconhecimento e a celebração do mundo, postos na sensação de que “O Brasil voltou” na sua volta. Deve ter recolhimento assegurado. Expô-lo e expor-se é de uma irresponsabilidade inominável, mesmo se inconsciente.

Um lema talvez útil para estes e os futuros dias: Lula não foi eleito para ser alvo.

*Folha

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Em áudio vazado, ministro do TCU faz insinuações de “golpe militar” a empresários do agronegócio

Augusto Nardes foi o relator do caso das pedaladas fiscais que mais tarde fundamentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), fez insinuações sobre suposto golpe militar que aconteceria nos próximos dias contrário à eleição e consequente posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com os áudios, obtidos pelo Brasil 247, o ministro defende um levante para reverter o resultado das urnas.

Está acontecendo um movimento muito forte nas casernas. É questão de horas, dias, uma semana que vai acontecer um desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis (sic) (…) Vamos perder alguma coisa, mas a situação para o futuro da nação pode se desencadear de forma positiva, apesar deste conflito que deveremos ter nos próximos dias”, diz trecho dos áudios.

Antes de ter sido o relator do caso das pedaladas fiscais que mais tarde fundamentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Nardes foi também deputado federal pelo Rio Grande do Sul por três mandatos consecutivos, muito vinculado ao agronegócio gaúcho. Entre 1995 e 2003 esteve sob o guarda-chuva do PPB. Quando encerrou seu terceiro mandato, em 2005, o partido já havia tomado a forma atual e passado a chamar-se PP (Progressistas). Por ironia do destino, sua nomeação ao TCU foi feita por Lula, em 20 de setembro de 2005, durante o primeiro mandato do atual presidente eleito.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) comentou o áudio nas suas redes sociais. Explicou que conhece Nardes desde a época em que foram deputados estaduais no Rio Grande do Sul e classificou o ministro como “uma raposa experiente e perigosa”.

“Quando deputado federal, se aproximou de Severino Cavalcanti e foi para o TCU. Denunciado na Zelotes conseguiu que o inquérito nunca fosse adiante (…) O áudio vazado é gravíssimo e não pode ficar impune. A sensação de impunidade alimenta monstros e faz de covardes pessoas perigosas. Suas movimentações são por interesses q sequer imaginamos mas uma coisa é certa: poder, privilégios, dinheiro e proteção aos seus crime são alguns”, escreveu.

Pimenta ainda criticou o papel de Nardes no golpe contra Dilma Rousseff, o qual o magistrado aparece se vangloriando em fala e destaca que o ministro se aproximou tanto da família Bolsonaro nos últimos anos que hoje seria da “cozinha do clã”. Ainda alertou o público de que Augusto Nardes é responsável pelas conexões entre as alas mais podres das Forças Armadas e do Agronegócio.

“Não podemos dar vitrine aos criminosos golpista. Pode ser isso o que eles buscam. Cabe ao STF e a PGR agirem com rapidez e firmeza. A defesa da democracia não pode ser transigida e o silêncio neste momento é sinônimo de cumplicidade. É hora dos democratas dizerem basta”, concluiu Pimenta.

No presente mandato, de Jair Bolsonaro (PL), a Revista Veja apurou que parte da chamada “ala política” do governo tentou colocar Nardes como presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mas ele acabou perdendo a vaga para Ilan Goldfajn, que se tornou o primeiro brasileiro a presidir a instituição.

Leia a transcrição do áudio na íntegra a seguir

“Estimado Sartori, como eu sou magistrado e julgo muitas coisas do que está acontecendo no Brasil, praticamente muita coisa passa pelo Tribunal de Contas da União, somos nove lá, e a situação é bem complexa, muito complexa, é o pior momento que a nação vai viver, mas talvez seja importante pra poder recuperar, até pelo depoimento desse caminhoneiro que mostra a visão que todo mundo está tendo não há mais…

Os intelectuais da nação hoje você consegue escutar o que a gente vem pensando há muito tempo das pessoas mais humildes da nação e que têm uma visão do conjunto do país. Nós somos hoje sociedade conservadora que não aceita as mudanças que estão sendo impostas despertou, isso é muito importante. Lá nos anos 80, quando eu voltei da Europa eu tentei criar um movimento com um grupo de especialistas e um professor de direito constitucional César Saldanha Júnior que hoje já está um pouco fora de combate aí em Porto Alegre, para contrapor toda essa transformação que acabou acontecendo no Brasil.

Criamos um instituto, enfim, fazíamos aulas pra defender a economia de mercado, capital. Mas fomos superados pela incompetência de todos nós, claro que lutamos muito, eu tive na época conversando com Ernesto Geisel, com os líderes da época, João Figueiredo, que não tiveram uma visão que tínhamos que fazer uma transição com um parlamentarismo, e escolher um primeiro ministro e fortalecer a economia de mercado com princípios que pudessem nortear a nação. Agora vem o Bolsonaro que despertou a sociedade conservadora e hoje todo mundo está nas ruas aí fazendo a sua defesa desses princípios. Demoramos mas felizmente acordamos.

Demoramos mas felizmente acordamos. O que vai acontecer agora? Está acontecendo um movimento muito forte nas cavernas. Eu acho que é questão de horas, dias no máximo semana ou duas ou talvez menos que isso que vai acontecer um desenlace forte na nação. Imprevisíveis. Portanto a fala desse cidadão é pra despertar o produtor rural também porque não adianta só caminhoneiro trabalhar.

Vamos perder? Sim vamos perder alguma coisa, mas a situação para o futuro da nação poderá se desencadear de forma positiva apesar desse principal conflito que deveremos ter nos próximos dias ou nas próximas horas.

Falei longamente com o time do Bolsonaro essa semana, ele não está bem, está com a ferimento na perna, uma doença de pele bastante significativa, mas tem esperança ainda, né? Tenha esperança de recuperar e melhorar a sua situação física, e certamente terá condições de enfrentar o que vai acontecer no país. Se vai haver alguma mudança em relação a isso? Só que haja uma capitulação por parte de alguns integrantes importantes e dirigentes que tudo se sente que vai pra um conflito social na nação brasileira (sic).

Eu não posso falar muito até porque tenho muitas informações mas queria passar pra ti, Sartori, e para o teu time aí do agro que eu conheço todos os líderes e e sei da importância do agro.

Até quando lá atrás negociamos a ciclo de sessão eu era o líder da bancada ruralista, articulei a união em 17 estados pra colocar 20 mil pessoas em Brasília em 99. Queimamos máquinas, tratores, fizemos uma escarcel. Fizemos até carreteira aqui pra mais de 2 mil pessoas junto com meu estimado amigo Sperotto e tantos líderes que aí acompanham junto com você, e esse time do agro Brasil. Então conheço todos os passos que temos que fazer.

Fiz a minha parte em 2014. Eu era presidente, alertei a presidente em 2012, 2013, o que ia acontecer no país, infelizmente não conseguimos diálogo na época. Eles nunca aceitaram o diálogo, eles foram pro confronto e agora é um confronto decisivo, eles vão vim para um confronto que nós todos sabemos quais são as consequências, mas nós tomamos uma decisão importantíssima em 2015, quando eu tive a coragem em 130 anos pela primeira vez de tomar uma atitude de reprovar as contas porque encontramos 340 bilhões em 2015 e 2016 e tudo se mostra que vai acontecer novamente.

Seja princípios de estabilidade fiscal não vai ser posto a não ser que a sociedade faça muita pressão e que haja mudança mas tudo está muito nebuloso em relação ao futuro do país. Não vou me alongar mais tenho muitas informações especialmente para o grupo do agro, mas eu acho que é o grande momento baseado no que falou esse caminhoneiro lá de Sinop de que é necessário ‘Acordar todo o Brasil’. Despertar, é fé e crença, como nós tivemos lá em 2015 pela primeira vez.

Fizemos um processo que desmontou de certa forma essas estruturas que eles conseguiram remontar agora baseado na estrutura que tinha já ficado, que foi muito longa. Imagina eles com mais quatro anos de governo o que vai acontecer na nação. Se depender da sociedade se reerguer, a sociedade sabe da sua força, mas não tinha despertado. Nós estamos despertos, esperamos poder avaliar melhor a nação.

E eu fico aqui como magistrado procurando olhar a árvore e a floresta. A floresta se não for tomado medidas bastante fortes está indo prum processo de ser incendiada aos poucos. (…)

Meu amigo Sartori e tantos outros que estão aí junto, Francisco Turra e meu colega, homem de fé, de criança, tantos que eu poderia falar aqui por vários políticos, várias pessoas que têm capacidade de auxiliar nesse momento tão dramático da nação.

Os próximos dias serão nebulosos e o que vai acontecer de desdobramento não se sabe, mas certamente teremos desdobramentos muito fortes nos próximos dias. Um abraço.”

*Com Forum

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Opinião

Para bolsonarista, se as Forças Armadas não servem para dar golpe, não servem para nada

Bastou o relatório das Forças Armadas sobre as urnas frustrar os bolsonaristas para que eles passassem a defenestrar os militares depois de passar dias protagonizando as cenas mais dantescas da história desse país em frente a quartéis militares.

Na verdade, assim que saiu o resultado das eleições, os baderneiros apostaram numa convulsão social capaz de produzir um clima propício a um golpe de Estado que pudesse melar a vitória de Lula.

Foram para as estradas, patrocinados por empresários criminosos que, certamente, estão na lista dos maiores sonegadores do país, para que a farra do beiço na Receita Federal seguisse, como ocorreu durante o governo Bolsonaro.

O fato é que os bolsonaristas não estavam interessados em fraude, mas num motivo qualquer que fizesse com que os militares interviessem a favor de seus desejos, que é, em nome de uma suposta liberdade, impor à população brasileira uma ditadura.

Sem entender que, nos tempos atuais, um quadro como esse isolaria o Brasil do resto do planeta, prejudicando os interesses da burguesia graúda, essa gente, que ainda vive em 1964, hoje é só frustração.

A primeira é que os milhões de votos que Bolsonaro comprou com dinheiro público não foram bastante para mantê-lo no poder, pior, ver a volta de Lula com o triunfo de sua vitória.

Para entornar o caldo de vez, a notícia de que as Forças Armadas não achou nada de irregular na vitória do ex-presidente, foi a gota d’água para que os “patriotas” se declarassem decepcionados com as Forças Armadas. Para eles, se não servem para golpe, os militares não servem para nada.

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Bolsonarismo militar perdeu as condições de dar um golpe

Iniciativa fraquejara entre temores do próprio presidente ou prováveis indecisões do bolsonarismo militar.

O golpe se antecipa às urnas, sob a forma de uma derrota de Bolsonaro já consumada, mas ainda a se mostrar. Como uma batalha já decidida antes do seu fim reconhecido. O golpe está golpeado de morte.

Seja como alternativa ou preventivo, o golpe de Bolsonaro fraquejara entre temores do próprio ou prováveis indecisões do bolsonarismo militar.

A inutilidade em que terminaram suas situações mais ameaçadoras indicava o improviso na protelação dos planos. E o tempo a mais não os favoreceu.

Comprovada a viabilidade da derrota eleitoral de Bolsonaro e, seguindo o modelo do ultradireitista Steve Bannon, o consequente ataque de militares ao sistema eleitoral, iniciou-se um novo processo: a formação de um ambiente internacional, sobretudo no Ocidente, em defesa da democracia no Brasil.

Até há pouco, e por desatenção ou política, imprensa e TV expuseram os fatos desse processo o mínimo possível, e meio às escondidas. Há países em que liberdade de expressão é o nome social da liberdade também de omitir e deformar.

Os militares latino-americanos são reconhecidos mundo afora como forças do conservadorismo e golpistas.

A renitente ação do Ministério da Defesa e de militares do Exército contra a segurança das urnas e da apuração, mais do que comprovada, terminou por provocar a tomada de posição até de governos em defesa do Estado de Direito e do sistema brasileiro de votação.

Vários deles são vizinhos, mas são numerosas as reações originárias do governo dos Estados Unidos e de países europeus, da ONU, da polêmica OEA, de universidades célebres, do Parlamento Europeu e de entidades importantes no mundo.

E da chamada mídia influente, inclusive baluartes da centro-direita como The Economist e Bloomberg/Businessweek.

O ambiente internacional armou-se contra o golpismo. Está escandalizado com o Brasil de Bolsonaro, o simpático Brasil outra vez ameaçado pelo grupo da tortura, das cassações, de “umas 30 mil mortes” na “limpeza” anunciada por Bolsonaro.

O bolsonarismo militar perdeu as condições de dar um golpe. Antes ou depois da eleição presidencial.

Como a irracionalidade por má formação é típica do militar golpista, o bolsonarismo pode levar seu plano adiante. Pode até impor-se. No primeiro momento, porque não terá condições de se sustentar.

Os pronunciamentos externos contra o golpe envolvem uma disposição que não é gratuita: sua essência é o temor incutido pela escalada da direita extremista.

O golpe bolsonarista encontraria uma barragem intransponível, por não convir a forças poderosas econômica e militarmente. A proximidade dos governos direitistas com Putin é uma das diversas explicações. Que os bolsonaristas militares não veem e não ouvem, com a mira posta nas urnas inimigas.

*Folha

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Opinião

Vídeo: E amanhã, 7 de Setembro, teremos um golpe ou uma arruaça comandada pelo Capitão baderna?

O que vai acontecer amanhã, é uma incógnita. Para uns causa calafrios imaginar a possibilidade de um golpe. Para outros, não passa de uma bagunça que pode sim provocar incidentes pela estupidez de Eduardo Bolsonaro convocar gente armada e antidemocrática.

Mas o paladar está em aberto, ninguém sabe qual será o tempero. Uma coisa é certa, no final das contas, Bolsonaro pagará eleitoralmente um preço amargo, principalmente se nada acontecer, o que é o mais provável.

Assista:

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PF faz busca em endereços de empresários bolsonaristas que defenderam golpe de Estado

O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A Polícia Federal cumpre mandados em SP, RJ, RS, SC e CE.

A Polícia Federal faz operação, na manhã desta terça-feira (23/8), contra um grupo de empresários investigados por defenderem um golpe de Estado. O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A corporação cumpre mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (19/8). Além dos mandados de busca, Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados e pediu a quebra de sigilo financeiro.

Confira os nomes dos alvos: Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, do grupo Multiplan; José Koury, dono do shopping Barra World; Luciano Hang, da rede de lojas Havan; Luiz André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii; e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

A reportagem revelou que empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado, caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna.

A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, soma-se a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.

O grupo, cujos bastidores serão revelados pela coluna de Guilherme Amado em uma série de reportagens, reúne grandes empresários de diversas partes do país, como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de

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