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Avião da FAB é usado para levar garimpeiros ilegais do PA para reunião com ministro Salles em Brasília, diz MPF

Aeronave foi enviada ao sudoeste do estado para operação de combate a crimes ambientais, que acabou não ocorrendo. Segundo o órgão, uso pode configurar “desvio de finalidade”.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga o uso de um avião da Força Área Brasileira (FAB) para transportar garimpeiros ilegais de Jacareacanga, sudoeste do Pará, para uma reunião com o Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, no DF. A aeronave foi enviada, inicialmente, para ser utilizada em operação de combate a crimes ambientais, que acabou não ocorrendo, segundo o órgão.

O MPF afirma que a situação pode configurar improbidade administrativa por desvio de finalidade. Os garimpeiros, ainda segundo a investigação, foram indicados como lideranças indígenas. O G1 solicitou nota da FAB e do MMA e aguarda retorno.

De acordo com o MPF, no início de agosto, a FAB enviou aeronaves para Jacareacanga por solicitação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O transporte foi solicitado para apoiar uma operação de combate a crimes ambientais, sobretudo garimpo ilegal, dentro das terras indígenas Munduruku e Sai Cinza.

A investigação, aberta em Itaituba, sudoeste do Pará, se baseia em documento da FAB que, em resposta a ofício do MPF, confirmou que cedeu, no dia 6 de agosto de 2020, um avião para transportar pessoas indicadas como lideranças indígenas até Brasília.

O transporte teria sido cedido para uma reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que no dia anterior foi até Jacareacanga e se encontrado com garimpeiros alvos da operação do Ibama. À época, o ministro foi cercado por um protesto de garimpeiros.

Em carta enviada ao MPF, lideranças Munduruku negaram que as pessoas transportadas no avião da FAB representassem o povo indígena.

Ainda segundo a carta, o “grupo levado para Brasília era, na verdade, formado por sete moradores defensores dos interesses de garimpeiros” e que atuam na exploração ilegal de minérios no interior da Terra Indígena Munduruku.

Em resposta ao MPF, a FAB informou que a determinação para ceder uma aeronave foi acompanhada de ordem para suspender temporariamente a Operação Verde Brasil 2 na região de Jacareacanga. A FAB disse ainda que apesar de ter sido posteriormente retomada, a operação já não tinha capacidade para combater crimes ambientais, já que os criminosos tiveram tempo para esconder o maquinário pesado que utilizam para devastar a floresta. A FAB concluiu dizendo que a paralisação da operação, assim como o transporte de garimpeiros até Brasília, prejudicaram a efetividade da fiscalização.

Segundo o MPF, o transporte de criminosos pode ter configurado desvio de finalidade, visto que a presença da FAB na região tinha como objetivo apoiar a operação contra crimes ambientais.

 

*Com informações do G1

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BOLSONARO E TRUMP, IRMÃOS SIAMESES: Libertação de Bennon prova que o fascismo não será fácil de ser vencido.

O que a mídia como um todo, incluindo a brasileira, não compreende é que o fascismo, uma vez iniciado, não é de fácil solução, já que seu surgimento se dá sempre em tempos d forte crise e, não por acaso, dificulta ainda mais a solução. Na medida que a crise econômica gera a crise social e o empobrecimento da classe média, a solução pelo ódio sempre parece o mais apropriado, surge disso, as medidas nacionalistas e logo após, as medidas sectárias dentro das próprias nações. A lógica, no final, é apontar o dedo para as minorias institucionais como culpados da situação.

Nos EUA, como bem colocou o candidato democrata Joe Biden, a tempestade perfeita de trêz fortes crises ameaçam a democracia, não só por lá, mas no ocidente como um todo. Trump, assim como Bolsonaro, são fruto desse mesmo ódio gerado por um longo período de crise, por aqui, “bombada” pela Lava Jato e a mídia, que embarcou nessa aventura.

O grande catalizador e fomentador desse ódio foi o estrategista informacional Steve Bennon. Foi dele que saiu a ideia do uso indiscriminado de Fake News e uma extensa rede de difamação contra opositores e o próprio sistema eleitoral. Nesse sentido, Trump e Bolsonaro são irmão siameses.

Bennon, preso por fraude, pagou uma fiança de US$ 5 milhões, o que é “merreca” para os grupos que financiam esse ódio que hoje estão no poder. Em sua saída, disse:

“Eu não vou recuar. Isso foi um ataque político”, disse Bannon em seu podcast, prometendo contra-atacar. “Todo mundo sabe que eu adoro uma briga.”

É óbvio que Bennon vai reagir e sua fala mostra que não haverá luta fácil contra o neo-nazismo ou neo-fascismo mundial, até por que, essa guerra se dá em um campo minado de crise sanitária, econômica, política e institucional (nos EUA).

A queda do fascismo se dará, fundamentalmente, se Trump não se reeleger. Caso Biden seja eleiro, certamente, Bolsonaro também reduzirá sua força e será obrigado a mudar o discurso, reduzindo o ódio e adotando medidas populistas, como forma de reeleger em 2022. Nada será fácil.

Mas, vale uma ressalva. O crise faz renascer o ódio e esse mesmo ódio realimenta a crise, caso esse círculo vicioso não for combatido, a espiral tem grande potencial de levar o planeta a conflitos muito mais sérios que as bravatas de Trump contra China, por exemplo. Vide o nazismo e a Segunda Guerra Mundial.

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Derrota de Bolsonaro: Supremo considera ilegal dossiê do governo contra servidores e já tem maioria.

Ministros proibiram a produção desse tipo de documento por parte do Ministério da Justiça.

Seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela suspensão da produção de qualquer tipo de dossiê por parte do Ministério da Justiça sobre a vida pessoal e política de servidores públicos. Para a maioria da Corte, houve desvio de finalidade na elaboração do documento sigiloso sobre quase 600 servidores da área de segurança identificados como integrantes do movimento antifascista e opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro. As informações teriam sido compartilhadas com autoridades estaduais e federais.

Há utilização das informações do poder do Estado, do Sistema Brasileiro de Inteligência, para separar quem o relatório de Inteligência acha que é a favor ou contra (o governo) e, partir dai, comunicar autoridades. Isso é extremamente perigoso e, a meu ver, há um desvio de finalidade. O que mais me preocupou, o que mais me parece desvio de finalidade é tentativa de órgãos de inteligência de tentar planilhar as preferências políticas e filosóficas de agentes policiais sem que eles tivessem praticado qualquer atividade ilícita. Não é essa a razão de existência dos órgão de inteligência — disse Alexandre de Moraes, na sessão desta quinta-feira.

Em uma democracia, ninguém deve temer represálias por apenas expressar uma opinião, uma crença, um pensamento não endossado por quem ocupa posição de autoridade. Um Estado Constitucional não admite que sejam as ações do Estado orientadas pela lógica do pensamento ideológico — afirmou Rosa Weber.

Além dos dois, votaram nesse sentido Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Outros quatro ministros ainda se manifestarão. Celso de Mello está de licença médica e não participa do julgamento.

 

*Com informações de O Globo

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Ou Bannon entrega suas sujeiras ou ficará preso para sempre, diz Brian Mier

O jornalista norte-americano Brian Mier comentou nesta quinta-feira (20), em análise na TV 247, a prisão do guru da extrema direita mundial Steve Bannon por crimes envolvendo desvio de dinheiro destinado para a construção de um muro dividindo a fronteira entre México e Estados Unidos. Mier avaliou que agora “ou Bannon cagueta pessoas da máfia dele, ou irá apodrecer na cadeia”. O conselheiro de Trump pode pegar até 20 anos de prisão.

Brian Mier ressaltou que Bannon é “chefe da ultra-direita e da supremacia branca estadunidense, também vinculado a extremistas na Europa”. O jornalista também relembrou que “ele foi coordenador de campanha do Trump e prestou assessoria ao clã Bolsonaro”.

“Bannon é envolvido no esquema do Cambridge Analytica, empresa que usa várias táticas para dar golpes em países de terceiro mundo, manipulando as redes sociais”. “Todas essas estratégias de amostragem de perfis e disparo em massa de fakes no Whatsapp, usada pelo bolsonarismo nas eleições presidenciais, vêm do Bannon”, resgatou.

Na visão do jornalista, a prisão de Bannon terá implicações importantes nas eleições presidenciais e faz com que Trump perca forças na campanha. “As chances de vitória de Trump diminuem com esse novo fato”.

 

*Com informações do 247

 

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DURO GOLPE NO FASCISMO: A prisão de Steve Bennon foi a melhor notícia para a democracia brasileira, em 2020.

Se houve uma pessoa chave na disseminação de estratégias de informação de rede e criação de campanhas que levaram a extrema-direita ao poder nos EUA, na Inglaterra e no Brasil, essa pessoa se chama Steve Bennon. Bennon, guru de Trump, foi o que primeiro compreendeu a dinâmica da crença na verdade do que é publicado em sites, com cara de jornal sério.

Utilizando a dinâmico do “se está na Internet, é verdade”, o guru extremista fez da notícia falsa em larga escala o que foi chamado de “pós-verdade”, pela mídia americana, na vitória de Trump.

Sua estratégia foi muito bem aplicada no teste do Brexit, que levou a uma espécie de autodestruição econômica e do tecido político do Reino Unido, na França, levou a extremista de direita Marine Le Pen ao segundo turno, nos EUA, elegeu Trump e com um vasto histórico de vitórias, foi procurado pelo clã Bolsonaro, que aproveito o ambiente “lavajateiro”, para oportunizar a extrema-direita no Brasil.

Sua prisão é a imagem do esquema de fraudes realizadas no processo de eleitoral, não só americano, mas, em demais países. Como Fake News não está previsto em nenhum código eleitoral ou legal de qualquer país, é óbvio que a corte americana fez a mesma operação para prender Al Capone, condenação por um crime conexo. Obviamente, é o caminho das pedras para o Brasil. Marielle e Queiroz são o mapa da mina.

No campo eleitoral, sem a assessoria de Bennon, a estratégia fica parada no tempo e com diversas operações contra o sistema de notícias falsas e disseminação de ódio fica sem atualização, o que levará a certa dificuldade de articulação na tentativa de reeleição de Bolsonaro, em 2022.

A prisão de Bennon, portanto, configura como mais que necessária ao sistema político brasileiro e, obviamente, de todo o planeta. Sua desarticulação pode devolver à ONU, Uniesco, Painel do Clima, OMS e OMC, a importância que sempre tiveram, na regulação das relações internacionais. Trata-se da imobilização do guru do ódio e do apocalipse sistêmico, que poderia nos levar à implosão dos séculos XX e XI, nos levando a anos pré revolução científica e industrial, nas relações sociais.

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Flávio Bolsonaro foge da acareação com Paulo Marinho

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que não poderá comparecer à acareação (confronto de versões) com o empresário Paulo Marinho no dia 21 de setembro por falta de disponibilidade na agenda. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela assessoria do senador.

A data foi sugerida pelo MPF (Ministério Público Federal), que pretende colocar os dois frente a frente para falar sobre as suspeitas de vazamento de informações da Operação Furna da Onça, realizada em novembro de 2018. Marinho diz que Flávio foi informado com antecedência sobre a operação, o que o senador nega.

Segundo a defesa do senador, o agendamento de uma data para a acareação será avaliado no caso de um convite formal ou intimação do MPF. A sugestão do dia 21 de setembro, por sua vez, não poderá ser atendida por falta de disponibilidade.

Em julho, Marinho já havia “provocado” Flávio e dito que estava à disposição do MPF para a acareação, bastando marcar hora, data e local. “Reafirmo tudo que relatei nos meus três depoimentos. Já o senador assumiu que esteve na minha casa na reunião do dia 13/12/18, mas não soube de nada. Francamente, senador!”, escreveu o empresário em uma rede social.

Entenda o caso

Paulo Marinho acusa o senador de ter tido acesso antecipado a uma ação da Polícia Federal contra seu ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz. A denúncia de Marinho, feita em maio à Folha de S.Paulo, foi classificada por Flávio como uma “invenção de alguém desesperado e sem votos”.

Marinho, que é presidente do PSDB no Rio de Janeiro e suplente de Flávio no Senado, também é pré-candidato à prefeitura da capital fluminense.

O tucano já prestou três depoimentos, sendo dois à PF e um ao MPF. Flávio também falou ao MPF, e admitiu ter pedido e realizado uma reunião com Marinho em dezembro de 2018 — mas negou o vazamento de informações sobre a Operação Furna da Onça. Um trecho do depoimento do senador foi divulgado em 31 de julho pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo.

“É uma situação que vai acontecendo. A imprensa atirando pedra em mim, eu tinha que me defender, procurar um advogado. Foi essa a intenção (de se reunir com Marinho), porque o Marinho eu tinha a percepção de que era uma pessoa bem relacionada no mundo jurídico. Então fui consultá-lo pra ver se ele tinha uma pessoa para indicar”, disse Flávio.

Paulo Marinho foi um dos principais apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência em 2018, chegando a emprestar um imóvel para que o então deputado federal pudesse gravar programas eleitorais e conceder entrevistas.

 

*Com informações do Uol

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OUTRA DERROTA DE BOLSONARO: Senado derruba veto que congelava salários de servidores em 2021.

Em mais uma derrota ao governo Bolsonaro no mesmo dia, o Senado derrubou o veto do presidente, Jair Bolsonaro, que congelaria o salário dos servidores públicos até o final de 2021. A sessão marcou 42 votos contra Bolsonaro e Paulo Guedes a 30 votos a favor.

O veto continua sem acordo para ser votado e mantido na Câmara dos Depuados, o que amplia a chance de que seja derrubado de forma definitiva pelo congresso.

A medida era vista como fundamental pela equipe econômica bolsonarista, para reduzir o rombo criado pelo golpe de 2016, nas contas públicas.

Assim, os servidores públicos poderão reivindicar aumento salarial em 2021, caso o veto também caia na Câmara.

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DERROTA DE BOLSONARO: Câmara derruba veto que desobrigava o uso de máscara e proteção a comunidades indígenas e quilombolas.

Em massa, os deputados votaram pela derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro, ao texto que obrigava o uso de máscara em razão da pandemia. Também foram derrubados os vetos que impediriam políticas de proteção a comunidades indígenas e quilombolas durante a pandemia de Covid-19.

O resultado no plenário foi 454 votos contra Bolsonaro e 14 a favor do veto presidencial, em sessão virtual.

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Em plena pandemia, Bolsonaro amplia em R$ 2,2 bi orçamento com militares, para 2021.

Corte de verba para a Saúde e ampliação para a Defesa.

Com o aval do presidente Jair Bolsonaro, o governo decidiu ampliar em R$ 2,2 bilhões a estimativa do orçamento do Ministério da Defesa para 2021, o que pode levar o orçamento da pasta para R$ 110,1 bilhões. A ampliação do chamado “referencial orçamentário” consta de documentos do Ministério da Economia aos quais O GLOBO teve acesso.

O referencial orçamentário é a estimativa entregue pelo Ministério da Economia todos os anos às outras pastas indicando qual montante de recursos que o governo pretende incluir no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Depois de entregue, os ministérios podem recorrer à equipe econômica pedindo mais recursos. A proposta final do orçamento do governo deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto.

No caso da Defesa, o referencial monetário entregue em julho pelo Ministério da Economia foi de R$ 107,9 bilhões. No dia 11 de agosto, o Ministério da Defesa enviou um ofício à equipe econômica solicitando um aumento dessa estimativa no valor de R$ 752 milhões.

Na segunda-feira, o Ministério da Economia enviou um ofício para informar que, após consulta ao presidente Jair Bolsonaro, ficou decidido que o referencial orçamentário no orçamento da Defesa seria ainda maior: R$ 2,2 bilhões.

“[…] tendo, em 17 de agosto de 2020, submetido à consideração do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, que decidiu modificar a distribuição de recursos feita naquela reunião, resultando em alteração nos referenciais monetários informados ao MD (Ministério da Defesa)”, diz um trecho do ofício.

Desse total, R$ 22 milhões seriam destinados às despesas obrigatórias (folha de pagamento e custeio), R$ 620 milhões seriam para despesas discricionárias e outros R$ 1,557 bilhão para despesas discricionárias e projetos especiais do Ministério da Defesa.

Caso essa expansão seja confirmada, isso vai aumentar ainda mais a diferença na estimativa de orçamento para 2021 entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Educação.

Conforme reportagem publicada nesta terça-feira no GLOBO, a estimativa era de que o orçamento destinado para a Educação em 2021 fosse de R$ 101 bilhões enquanto do da Defesa era de R$ 107,9 bilhões. Com a ampliação, a diferença que era de R$ 6 bilhões vai para R$ 8,2 bilhões.

A reportagem enviou questionamentos tanto ao Ministério da Economia quanto à Presidência da República sobre o assunto, mas, até o momento, nenhuma resposta foi enviada.

 

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro traiu a direita e mercado está histérico

Bolsonaro, vendo que a esquerda acabou plantando um cavalo de troia em seu governo com o auxílio emergencial de R$ 600, deu as costas para todo o discurso contra o que ele mais repudiava, o Bolsa Família e foi ser feliz com quem lhe deu um grão de esperança de se manter na cadeira da presidência pela aprovação de seu governo.

Em compensação, Bolsonaro deixou o mercado de cabelo em pé, pois este percebeu que seu governo mudou o espírito da coisa e que Guedes deixou de ser o Posto Ipiranga para ser um borracheiro que não tem material suficiente para tirar o governo do atoleiro com os quatro pneus da economia arriados.

Entre salvar o mandato se abraçando com o velho fisiologismo do baixo clero, leia-se, Centrão, que pode segurar o repuxo de um impeachment contra ele, Bolsonaro se delicia com o mais recente resultado do Datafolha e não quer saber que existe a segunda-feira e que a conta vai chegar e ele não terá como enfrentar o dado mais perigoso que a pesquisa também revelou, os 70% de brasileiros que querem que o auxílio de R$ 600 se transforme em política de Estado.

Este é o pior dos cenários que o mercado gostaria de enfrentar. Bolsonaro, por sua vez, já jogou nas costas dos rentistas e banqueiros a pecha de antipatriotas e, consequentemente jogou Guedes aos leões.

A subida forte do dólar e a forte queda da bolsa refletem que as últimas declarações de Bolsonaro “pró-social” foi uma calça arriada nos investidores que andam aterrorizados com a possibilidade cada vez maior de Bolsonaro chutar o pau da barraca e pegar o gesto da arminha e apontar para o teto de gastos. E é exatamente o que ele já está fazendo.

Não adianta Merval Pereira espernear dizendo que Bolsonaro não é liberal e menos ainda que combate a corrupção. Se o comentário de Merval é vigarista por ser oportunista, já que sempre soube disso e, ainda assim, pelo antipetismo, apoiou a besta fera na eleição, Bolsonaro é infinitamente mais vigarista que Merval para dar de ombros a qualquer julgamento da direita para salvar o mandato e a pele da família.

Enquanto isso, a horda de fascistas preenche o espaço com pautas políticas medievais no velho diversionismo bolsonarista que o mantém na cadeira.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas