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Ibovespa encerra 2019 com rentabilidade de 31,58. São Paulo teve um aumento de 60% de moradores de rua

Bastam esses dois dados da capital mais rica do Brasil para afirmar, sem medo de errar, que Bolsonaro não existe, o que existe é um laranja da elite financeira na Presidência da República.

Se a Ibovespa representa o lado maravilha de São Paulo, as ruas berram o oposto. Logicamente a mídia dos bancos fez questão de exaltar os ganhos do rentismo e esconder o que veio na bagagem dessa divisão social tão aguda. E ainda tem gente que diz que ainda é cedo para avaliar o estupendo governo Bolsonaro, mesmo diante de uma disparidade gritante na maior e mais rica cidade do País.

E não é preciso explicar que esse governo é um preposto do próprio Ibovespa e um carrasco das ruas aonde o Brasil de fato acontece. Estão aí as cenas estarrecedoras da miséria espalhadas por todos os cantos do país para quem quiser ver. A diferença entre esses dois mundos é cavalar e de uma forma jamais vista em um único ano de governo.

Podem se desdobrar em filosofias, retóricas que não há como justificar uma hecatombe social tão grande diante de tamanha riqueza acumulada pela plutocracia no mesmo espaço urbano.

O calibre dos dois lados é grosso. O rico ficou muito mais rico, e o pobre, imensamente mais pobre. Isso na suntuosa São Paulo, imagina no restante do Brasil, nos recantos mais escondidos do país onde o fenômeno do empobrecimento do povo é multiplicado por dez.

Você mostra isso a um bolsonarista fundamentalista e ele tem duas opções de resposta e, com certeza, dirá que isso é mentira da imprensa ou os ricos tiveram os méritos na barganha rentista e os pobres, como disse Paulo Guedes, não tiveram porque não poupam. E Guedes disse isso sem corar, já que o índice de maior crescimento no Brasil foi o cinismo de quem comanda essa manada de imbecis que vestem a camisa verde e amarela em nome da “Pátria”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Com queda de 20,5% em 2019, balança comercial do governo Bolsonaro tem pior resultado em 4 anos

Superávit menor ocorre em ano de enfraquecimento PIB menor que 1%, muito menos do que garganteado na base do “deixa que eu chuto” de Paulo Guedes

A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado.

A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de dólares em 2019. Mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve superávit de 19,5 bilhões de dólares.

Em dezembro, o superávit foi de 5,599 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira, acima do saldo positivo de 4,352 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.

No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,155 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 12,555 bilhões de dólares.

 

*Da redação

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O PIB ridículo de 1%, mesmo manipulado, mostra que ninguém governa um país na base da mentira

O ano 2020 nem começou e as tarifas do estacionamento do aeroporto internacional em Confins estão mais de 10% mais caras.

Isso significa que todos os outros aeroportos do país seguirão a mesma pegada.

Em Belo Horizonte, a passagem dos ônibus metropolitanos ficará mais cara partir deste domingo.

O reajuste médio foi de 4,46%, o que mostra que a tal inflação de 3,52% é outra gigantesca mentira.

Quem pagou pela manga, 4,00, abacaxi 7,00, a melancia até 10,00, banana a 5,00, laranja a 4,50, maçã brasileira a 7,00 e uva rubi a 20,00, sabe que nunca se viu no país um aumento tão grade do preço das frutas fazendo da salada de fruto uma das coisas mais salgadas das festas de fim de ano.

Mas o campeão depois da carne bovina foi a carne suína. Lombinho dobrou de preço, assim como o pernil.

Eu, que desde criança sou viciado em comparar preços de alimentos, nunca tinha visto um troço desses.

A partir de hoje (1º), os empregadores deixarão de pagar a multa adicional de 10% do FGTS. Multa adicional de 10% do FGTS será extinta a partir de hoje.

Esses são exemplos que, grosso modo, anunciam um 2020 bem pior para a economia brasileira, com menos dinheiro circulando, menos poder de compra dos salários e um mercado interno ainda mais atrofiado e sem capacidade de ampliar a oferta de empregos, ao contrário, aponta que os indicadores do desemprego devem subir forte.

O burro e o milho

O papel da mídia será o mesmo, o de porta-voz do mercado em incentivo às políticas desastrosas de Paulo Guedes para concentrar ainda mais dinheiro nas mãos da economia mais concentrada do planeta, onde apenas 1% suga a maior parte da riqueza do país, enquanto o restante da população trabalha de sol a sol sem conseguir pagar as próprias contas e, em consequência, mais de 80% das famílias brasileiras estão endividadas, com várias e diferentes formas de atraso nos pagamentos.

A mídia seguirá afirmando que a próxima reforma levará os brasileiros ao céu. A cada reforma exigida pelo mercado, que é o grande patrão do país, a mídia anuncia como derradeira e assim vai enfiando reforma sobre reforma, centrifugando o dinheiro que circula no aquecimento do mercado interno, entregando cada vez mais esses recursos para a plutocracia oligárquica.

Por isso assistimos à cara de pau da mesma mídia que, no governo Dilma, chamava o PIB de 2,5% a 3,5% de pibinho e, agora, solta fogos no primeiro ano de governo Bolsonaro para o pibinho de menos de 1%. Isso, depois das reformas trabalhista e da Previdência que fariam a economia brasileira bombar como nunca se viu.

Esse discurso elaborado por diversas forças pelo grande capital, que é também o discurso oficial do governo, continuará com sua forma discriminatória, a produzir o caos na economia e a discriminação social galopante, como vimos em 2019, só que de forma mais acentuada.

Então, fica a dica, se é verdade que uma mentira contada 1 milhão de vezes, passa a ser verdade, também é verdade que ninguém consegue enganar a todos por tanto tempo.

É impossível governar um país na base da mentira. Os fatos e a realidade desmentem.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Papai Noel para os bancos

Paulo Guedes bem que tentou passar a medida sem muito barulho nem holofotes. Afinal, às vésperas do Natal ele acertou com Bolsonaro o envio de uma verdadeira bomba de impopularidade para ser apreciada e votada pelo Congresso Nacional. Tanto que o sistema eletrônico aponta o protocolo da matéria na Câmara dos Deputados como sendo às 17:10 do dia 23 de dezembro de 2019. Seria cômico que se não fosse trágico.

Como sempre foi de seu estilo de tecnocrata a serviço do financismo, o aprendiz de neoliberalismo preferiu esconder o assunto do projeto e o texto da matéria. É sabido que muita luz e muito oxigênio acabam atrapalhando a aprovação de medidas escandalosamente tendenciosas. Mas não teve jeito. Tanto que o pacote já tem endereço, etiqueta e carimbo. Trata-se de um projeto de lei complementar – o PLP 281/2019, que ainda aguarda despacho de tramitação da parte do Presidente Rodrigo Maia.

Pois é, alguém acabou divulgando a tramoia e parte da imprensa foi obrigada a divulgar as tentativas de proporcionar aos bancos e demais instituições do sistema financeiro mais esse verdadeiro e escandaloso presente de Natal. A depender das intenções do superministro da economia, o velhinho simpático de barbas brancas estaria recriando um novo e generoso PROER a ser graciosamente oferecido aos tão necessitados membros de nossas finanças. Coitadinhos dos banqueiros!

Esses bancos, pobres bancos.

O original do “Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional” (PROER) havia sido lançado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso ainda em 1995. Na verdade, o programa era um generoso mecanismo de apoio aos bancos privados, que não estavam mais conseguindo conviver com a estabilização monetária proporcionada pelo sucesso do Plano Real do ano anterior. Pobres bancos!

O artifício de encher os cofres da banca com recursos do Tesouro Nacional e do Banco Central de forma tão explícita vigorou até 2000, quando a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal acabou com a mamata. Apesar das inúmeras denúncias apontadas no Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito criada à época para apurar as operações de salvamento dos bancos, nunca houve qualquer incriminação do Programa, nem de seus operadores dentro do governo nem dos beneficiários na ponta do sistema.

Algumas estimativas apontam para somas superiores a R$ 80 bilhões (a preços de 2019) como sendo o prejuízo que a população teve de arcar por meio de tais ajudas de recursos públicos direcionados aos bancos. Afinal, essa parece ter siso a prioridade dos governos ao longo das décadas. Favorecer sempre o centro do financismo com todas as benesses possíveis. Caso houvesse alguma sobra, aí sim poder-se-ia pensar em proporcionar migalhas para os setores mais necessitados da nossa sociedade.

A nova versão do PROER do Guedes é mais elaborada. A sofisticação da malandragem começa com a sua ementa: “Dispõe sobre os regimes de resolução das instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, pela Superintendência de Seguros Privados e pela Comissão de Valores Mobiliários.” Aqui está o pulo do gato. A do novo modelo proposto, os regimes de resolução podem ser de 2 tipos: i) o tradicional e conhecido regime de liquidação compulsória; e, ii) a inovação do regime de estabilização.

PROER renovado e mais generoso.

Assim, antes de partir para a liquidação pura e simples do banco ou da instituição financeira em situação pré falimentar, o projeto cria um estágio preliminar. E para esse novo tipo de situação, estão previstos vários mecanismos de ajuda pública. São assegurados fundos públicos garantidores de crédito, condições excepcionais para cumprimento de suas obrigações e outros itens para evitar a contaminação da crise para outros agentes econômicos. N entanto, o mais escandaloso aparece no art. 45 do PLP:

(…) “Art. 45. Em situações em que a inviabilidade das pessoas jurídicas de que trata o caput do art. 1º configure risco de crise sistêmica ou de ameaça à solidez, à estabilidade ou ao funcionamento regular do Sistema Financeiro Nacional, do Sistema de Pagamentos Brasileiro ou do Sistema Nacional de Seguros, Capitalização, Resseguros e Previdência Complementar Aberta, o Conselho Monetário Nacional poderá, por meio de proposta da autoridade de resolução, aprovar a realização de empréstimos da União ao fundo de resolução do qual a pessoa jurídica participe.” (…)

O texto do projeto é longo, exaustivo e detalhado, contando com 155 artigos espalhados por 10 capítulos. Esperemos que as forças democráticas e progressistas não deixem que a tramitação ocorra sem debate ou audiências públicas a esse respeito. No entanto, é interessante observar que a Exposição de Motivos (EM) elaborada por Paulo Guedes em seu encaminhamento ao Presidente da República data de 22 de outubro. Ou seja, foram necessários 2 meses de discussão e olhar atento no interior do Palácio do Planalto para finalmente liberar o documento oficialmente em nome do governo.

A EM evoca as diretrizes das autoridades fiscais e monetárias dos Estados Unidos e da União Europeia para justificar a necessidade de o Brasil se adaptar às mesmas. E o texto assinado por Guedes não se envergonha de apontar para sua origem:

(…) “ Após a deflagração da crise, o Comitê de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, ou FSB, na sigla em inglês), órgão criado para coordenar em nível internacional o trabalho de autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira, recebeu do G-20 a missão de propor medidas para reduzir o risco sistêmico associado às instituições financeiras consideradas “grandes demais para quebrar” (Too Big to Fail, TBTF, na sigla em inglês). “ (…)

Desde 2015 que os sucessivos governos não se cansam de evocar a urgência da crise fiscal para justificar suas recorrentes medidas de penalização dos trabalhadores, dos aposentados e dos servidores públicos. Com a lengalenga mentirosa do “não temos recursos” retiram ainda mais dos mais pobres para continuar beneficiando os setores do topo de nossa pirâmide da desigualdade. Assim foi com a Emenda Constitucional 95 (PEC do Fim do Mundo), com a Reforma Trabalhista, com a Reforma da Previdência e com as ameaças atuais da Reforma Tributária e das PECs da Emergência Fiscal.

Priorizar o emprego e o desenvolvimento.

Todos sempre denunciamos e sabemos que esse discurso demagógico não passa de mero instrumento de retórica. Isso porque, na verdade, a máquina do Estado continua sendo muito funcional aos interesses do financismo, sempre usando recursos públicos para favorecer os grandes conglomerados e as elites de forma geral. Se houvesse mesmo interesse de aproximar e modernizar nosso sistema de política econômico daquele praticado nos países desenvolvidos, o dever de casa de nossas elites deveria começar por itens mais básicos e emergenciais. Por exemplo, em rever essa insitência burra e cega com a estratégia do austericídio.

Ocorre que, em alguns momentos, os caras por aqui passam mesmo dos limites do aceitável e escancaram seus desejos de forma ardorosa. Esse foi, por exemplo, a tentativa de Paulo Guedes de substituir o regime de previdência social pela capitalização privada no início do ano. Até setores do próprio governo perceberam o exagero da dose e forçaram o banqueiro a recuar.

Frente a um discurso de que precisamos promover uma “economia” de RS 1 trilhão para recompor as finanças públicas, vai ser muito difícil para a equipe de Guedes & Bolsonaro convencer a sociedade e os parlamentares de que os bancos tupiniquins precisam de uma ajuda da União para recomporem sua fragilizada situação econômico-financeira. Ao apresentar esse PLP 281/19 o governo escancara sua prioridade. Ao invés de usar recursos públicos para gerar emprego e promover o desenvolvimento para todos, Bolsonaro faz mais do mesmo. Todo apoio à turma da finança.

Mas não nos esqueçamos de que haverá eleições em todo o país no mês de outubro do ano que vem!

 

*Paulo Kliass – Carta Maior

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Paulo Guedes vai mandar ao Congresso lei que acaba com estabilidade de servidores públicos

A medida está no pacote da reforma administrativa e se somará às mudanças que serão feitas para tornar mais rígido o processo de avaliação desses quadros.

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, planeja enviar ao Congresso, no início de 2020, um projeto de lei para instituir e regulamentar o processo de desligamento de servidores estáveis por mau desempenho.

A medida está no pacote da reforma administrativa e se somará às mudanças que serão feitas para tornar mais rígido o processo de avaliação desses quadros. A ideia, segundo integrantes do ministério, é que só um órgão colegiado, formado por mais de uma pessoa, possa chancelar as demissões, o que para eles evitaria acusações de perseguição política.

O PL não é novidade. Apesar de já tramitar no Senado um projeto de lei que determina a exoneração por rendimento ruim, membros do time de Paulo Guedes querem encampar a própria proposta.

Uma das ideias é mudar a própria Constituição para deixar explícito que o mau desempenho pode ser motivo para a saída dos quadros. Por esse modelo, só os novos funcionários seriam atingidos pela mudança.

Outra opção exigiria apenas a regulamentação de artigo da Constituição que prevê a demissão do servidor por processo administrativo. Se não alterar a Carta, a regra atingirá servidores em atividade.

 

 

*Com informações da Forum/Folha

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É o fim do Brasil do faz de conta de Bolsonaro

Não dá mais pra fazer de conta que o clã Bolsonaro não tem ligação com os assassinos de Marielle e, muito menos com sua relação direta nos negócios da milícia.

Isso, sem falar da parentada toda que não fazia cabide, mas armário de emprego para a bolsolândia na Alerj.

O mesmo ocorre com o fake da facada a cada dia mais desacreditada. Até hoje ninguém sabe aonde foi parar a perícia, o sangue e a cicatriz daquele teatro bufo em Juiz de Fora.

O Financial Times levantou dúvida sobre dados do PIB e da economia brasileira. Falhas colocam em dúvida a confiabilidade dos números brasileiros, que eram modelo de transparência na era Lula e Dilma.

Agora, a Associação dos lojistas de shopping querem ir à Justiça para contestar a alta de vendas do Natal com números armados para fingir recuperação da economia.

Moro não pode mais fingir que é Ministro da Justiça e Segurança Pública. Queiroz é sua principal desmoralização depois das revelações da Vaza Jato.

Paulo Guedes é a maior fraude do governo Bolsonaro depois do próprio, naturalmente.

Blefador, Guedes não apresentou um mísero resultado positivo de suas cascatas ultraliberais.

A caixa preta do BNDES é outra mentira desses vigaristas, que também foi desmascarada.

O clã tentou esconder sobre o cartel familiar, mas não conseguiu, pois está na boca do povo depois da denúncia do MP-RJ.

O pronunciamento de fim de ano de Bolsonaro provocou zombaria nas redes sociais.

Para piorar, Michelle, que recebeu cheque do Queiroz, aparece ao lado de Bolsonaro em seu pronunciamento quando diz que em seu governo não teve corrupção.

A coisa fica ainda mais feia com o racha da sua base quando ele sanciona a figura do Juiz de Garantias contra a vontade de Moro para tentar salvar a própria pele no escandaloso caso Flavio Bolsonaro-Queiroz.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Economia

O voo da galinha da economia brasileira; o que aconteceu?

Mercado previa PIB de 2,5%, dólar a R$ 3,80 e juro a 7,5%; o que aconteceu?

Analistas do mercado financeiro se mostraram bastante otimistas com a economia brasileira no começo deste ano. Previam um crescimento econômico de 2,5% e dólar a R$ 3,80, por exemplo.

Com 2019 chegando ao fim, sabemos que os principais indicadores ficarão bem distantes daquilo que era projetado pela maioria desses profissionais no início do ano. Por que isso acontece? O que “deu errado”?

Crescimento do PIB abaixo do esperado

Por exemplo, as estimativas acerca do crescimento econômico, medido pelo PIB (Produto Interno Bruto), demonstravam o otimismo do mercado em relação à economia brasileira com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, com Paulo Guedes no comando da economia.

No começo de 2019, o boletim Focus (pesquisa semanal feita pelo Banco Central com analistas de mercado) projetava para o PIB uma alta de 2,53% neste ano, segundo a mediana das previsões. Este resultado também era endossado pelo FMI. No Focus, a previsão mais alta era de crescimento de até 3,13%.

Na vida real, porém, essa expectativa para o PIB deve ser frustrada. O crescimento da economia brasileira neste ano deve ficar próximo da metade disso —algo em torno de 1%.

O que deu errado?

“Aqui no Brasil, as pessoas são mais torcedoras do que analistas”, segundo Roberto Dumas, professor de economia do Ibmec-SP. Segundo ele, foi mal avaliada “a dificuldade do presidente Bolsonaro com o Congresso” e houve um certo otimismo exacerbado (“Paulo Guedes afirmando que ia fazer superávit fiscal logo no primeiro ano. Não ocorreu”).

Isso revela uma leitura exclusivamente otimista com ajustes liberais da economia. André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.

Segundo os especialistas ouvidos pelo UOL, além do erro na avaliação dos analistas, esse descolamento entre expectativa e realidade também se deve a acontecimentos como a tragédia de Brumadinho (MG), que abateu a produção de minério da Vale destinada à exportação, e a diminuição das vendas de veículos para a Argentina, dada a crise no país vizinho.

“As pessoas esperam que o PIB do próximo ano seja o potencial, mas isso não acontece. O resultado é mais fraco pois você tem pouca demanda, com o gasto público em patamares baixos. Dessa forma, o PIB se parece mais com o dos anos anteriores”, disse Marcelo Kfoury, coordenador do Centro Macro Brasil da FGV-Eesp.

[O crescimento] ainda ocorre graças à política monetária, que produz uma recuperação de crédito de pessoa física e do setor imobiliário, por exemplo”, afirmou Kfoury.

Não se esperava dólar a R$ 4

Além do crescimento menor do que o esperado, outro indicador acabou bem diferente do que o esperado: a taxa de câmbio do real em relação ao dólar.

A previsão dos analistas era que, ao final de 2019, o dólar estivesse em R$ 3,80, segundo a mediana das projeções do Boletim Focus. O dólar, porém, caminha para fechar o ano acima dos R$ 4.

Incertezas sobre a guerra comercial entre China e EUA e o atraso na agenda de reformas prometidas pelo governo Bolsonaro são algumas das razões para esse resultado.

Primeiro, o dólar valorizou contra todas as moedas, principalmente por causa das incertezas da guerra comercial entre EUA e China. Além disso, o atraso na reforma da Previdência foi o gatilho para gerar preocupação de que outras reformas não seriam feitas. Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Juros e inflação também abaixo do previsto

As projeções do mercado para a taxa básica de juros (Selic) e a inflação ao fim de 2019 também devem ficar longe da realidade. E isso tem relação direta com os resultados do PIB e do dólar, mencionados mais para cima.

O mercado previa que, no fim deste ano, a Selic estaria em 7,5% ao ano, mas ela irá fechar em 4,50% ao ano.

Esse resultado está ligado aos problemas com PIB, que crescerá menos que o esperado, o que fez com que o Banco Central acelerasse o ritmo de corte na Selic tentando aquecer a economia.

Como o país não cresceu tudo que esperávamos, a Selic inverteu e começou a cair. Assim, o país deixou de ser atrativo para investidores estrangeiros. O pessoal começou a tirar o dinheiro do país, comprando dólar. Roberto Dumas, professor de economia do Ibmec-SP.

A previsão para a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), era que encerrasse o ano em 4%, segundo a mediana do Boletim Focus. O resultado, porém, deve ficar mais próximo dos 3,5%.

“Você ainda tem pouca demanda e isso faz com que os preços não subam tanto”, afirmou Marcelo Kfoury, da FGV-Eesp. Fora isso, diz Dumas, sempre entra o imponderável.

A economia é uma ciência humana, e ela muda todos os dias. O que eu falo hoje vale para hoje. Com as informações que eu tenho, com acontecimentos que eu tenho, consigo projetar, mas um acidente muda tudo. Roberto Dumas, professor de economia do Ibmec-SP.

 

 

*Com informações do Uol

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Dois dias após o acordo com a mídia de banco para tirar o nome de Flávio das manchetes, Bolsonaro libera o Bolsa Banqueiro

Bolsonaro e a mídia já nem disfarçam mais. O jogo agora é às claras.

Os jornalões, que em editoriais gastavam tintas a balde para atacar o Bolsa Família nos governos Lula e Dilma, não deram uma linha sequer em destaque para esse decreto pornográfico que recria o Bolsa Banqueiro da era FHC.

Ninguém vai malhar o presente que Bolsonaro deu aos patrões do baronato midiático.

Até porque é bom não levantar lebre com a quebradeira dos bancos, ou vão descobrir que os números da economia brasileira são mais que manipulados, são inventados, sobretudo pela mídia de frete.

Mas o fato bizarro nesse episódio é que ele se deu justamente dois depois de Bolsonaro convocar uma coletiva com a mídia e avisar que quem manda em seu governo é Paulo Guedes e não ele.

A senha estava dada para avisar que a grana pública para salvar os cofres da agiotagem corrente estava selada.

A mídia tinha se comprometido a tirar o nome de Flávio Bolsonaro da capa e Bolsonaro a entregar literalmente o ouro aos bandidos, e assim foi feito.

Os dois lados cumpriram o acordo e os banqueiros e milicianos viveram felizes para sempre, como sempre.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Um ano de governo e Bolsonaro não se dirigiu uma única vez aos pobres

Um país de maioria pobre, Bolsonaro só fala para os ricos.

Foi assim na sua coletiva para a Globo. Mandou um recado aos endinheirados, sobretudo aos banqueiros: Não sou eu quem me navega quem me navega é a agiotagem e o rentismo com o timoneiro Paulo Guedes.

O mesmo que disse que não tem compromisso nenhum com a questão da gigantesca desigualdade no país.

Lógico que, para a Globo, mais dependente dos bancos do que nunca, o recado foi a senha para que Flávio saísse do noticiário dos Marinho e, assim, nem no Fantástico seu nome foi lembrado na semana em que estourou o escândalo do cartel da família.

E que família!

É gente que não acaba mais. Vai da mulher do presidente às ex-mulheres, passando pela parentada toda ligada a elas e, lógico, os filhos e os parentes dos filhos. Sem falar nos milicianos e parentes de milicianos.

Tudo isso foi desconsiderado pela Globo depois que Bolsonaro fez um pacto de sangue com os banqueiros que, por sua vez, têm pacto de sangue com a Globo.

Ficou estabelecido que Paulo Guedes é quem manda. Assim os banqueiros se acalmaram e a Globo pôde mostrar aos patrões que o serviço da milícia midiática funciona bem contra Bolsonaro.

Por isso também, nessa democracia de mercado em que o Brasil se encontra, não há escrúpulos dos banqueiros que se associam a assassinos para lucrar cada vez mais e, muito menos, discurso direcionado aos pobres, só se for para avisar que eles vão morrer sem empregos, sem saúde e sem comida. Quem teimar em viver, o esquadrão da morte dá um jeito no insurgente.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro extingue 27,6 mil cargos da saúde e coloca em prática plano de acabar com o SUS pra privatizar a saúde pública

Esta frase de Paulo Guedes, “Não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social”, precisa ser entendida dentro das principais questões que balizam esse governo, o preconceito, o racismo e a discriminação. Com isso, o governo Bolsonaro mostra que já escolheu as formas de tratar as pessoas em função da classe social a que pertence. Por isso, em apenas um ano de governo, os ricos ficaram bem mais ricos e os pobres bem mais pobres.

E o que Bolsonaro e Guedes querem garantir com esse ato é o fim da cidadania e, num estado exceção, garantir que a realidade dos pobres no Brasil seja bem pior que esse modelo residual deixado por Temer para que o modelo econômico ditado pelo mercado agrave ainda mais o regime autoritário e a própria democracia brasileira, culminando na privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) com o lema, quem pode pagar, tem saúde, quem não pode, que morra.

E é com essas e outras artimanhas que o Brasil produzirá a grande vítima do governo de milicianos, a camada mais pobre da população.

O corte brutal na saúde é o fermento principal para dar início à privatização da sobrevivência, da saúde, respaldado na ideia de que quem não pode pagar por sua saúde e sobrevivência, não merece viver num país cada vez mais rendido ao ultraliberalismo.

Bolsonaro editou um decreto que extinguirá até 27,5 mil cargos na saúde. Essa é a segunda vez que o governo corta postos este ano. Além disso, concursos para as vagas estão suspensos.

O órgão mais impactado pela medida será o Ministério da Saúde. Na pasta ocorrerá a redução de 22.476 cargos, o que representa cerca de 81% do total de cargos extintos. Apenas no cargo de Agente de Saúde Pública, serão extintos 10.661 cargos.

Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP), do total de cargos que serão extintos, 14,2 mil já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Ainda existem 13.384 cargos ocupados. Ao todo, 13 órgãos serão afetados.

De acordo com o decreto, os cargos deverão ser exauridos até fevereiro de 2020. Em abril de 2019, o governo realizou outro movimento de adequação da força de trabalho e publicou o Decreto nº 9.754, que promoveu a extinção de outros 13 mil cargos.

Entre os cargos extintos estão os de auxiliar de laboratório, cartógrafo, desenhista, guarda de endemias, laboratorista, microscopista e técnico em cartografia.

Já aqueles que não estão vagos, serão extintos postos de auxiliar de higiene dental, técnico de laboratório, auxiliar institucional, técnico federal de finanças e controle, fotógrafo, assistente de laboratório e assistente social.

 

*Da redação