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Fim de papo, é Lula 2022!

STF forma maioria e anula as condenações de Lula na Lava Jato.

Soma-se a isso a derrota, na mesma Corte, em que Moro foi considerado juiz parcial pela segunda turma e fica logrado que o chiqueirão de Curitiba só tinha mesmo porcos, a começar pelo proprietário, o juiz Sergio Moro.

Em outras palavras, Glauber Braga (Psol) que já havia sintetizado de quem se tratava o delinquente, ganha mais uma, Moro é de fato um juiz corrupto e ladrão que hoje está mais queimado pela população do que todo o restante da direita golpista.

Para quem jurou que seria a bola da vez na tacada de mestre contra Lula, para este, Moro se transformou em cafezinho. Para qualquer direção que se olhe, mesmo de maneira não organizada, não sobrou sequer resto da estratégia lavajatista e da própria mídia de transformar o corrupto Moro em Apolo, ao contrário, enfiaram-lhe na cara o próprio espelho que, certamente, proporcionou uma expressão de terror de si mesmo.

Com isso, está aberta a campanha de Lula para 2022, o que indica que teremos a maior festa da história das posses presidenciais na Praça dos Três Poderes. Ou seja, Brasília ficará pequena para o povo brasileiro.

*Da redação

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Kennedy Alencar sobre o pedido de Fachin para volta à 1ª turma: ‘aguente o tranco ou se aposente’

O jornalista Kennedy Alencar alertou o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin para a responsabilidade do magistrado enquanto relator da Operação Lava Jato na Corte. O juiz enviou ofício ao presidente do STF, Luiz Fux, pedindo para ser transferido da Segunda para a Primeira Turma após Marco Aurélio Mello deixar o Tribunal em julho.

“Fachin fica mal em qualquer cenário. Se leva casos da Lava Jato, busca manipulação para obter maioria com Barroso e Rosa Weber na 1ª Turma. Se deixa casos para trás, é covardia. No auge da Lava Jato, ele se ofereceu para substituir Teori Zavascki. Aguente o tranco ou se aposente”, escreveu o jornalista no Twitter.

Nesta quinta-feira (15), o plenário do STF julga se mantém ou não a decisão de Fachin que a anulou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sérgio Moro, então, foi condenado pelo magistrado por causa da parcialidade contra o petista na Lava Jato.

*Com informações do 247

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Assista ao vivo: STF retoma julgamento da anulação das condenações de Lula

O Plenário do Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento sobre uma liminar do ministro Luiz Edson Fachin que anulou as condenações do ex-presidente Lula nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, tornando o petista novamente elegível.

Fachin considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar o ex-presidente. A decisão também impacta dois processos envolvendo o Instituto Lula que ainda não foram julgados em primeira instância.

Incompetência
A liminar em Habeas Corpus que decidiu pela incompetência de Curitiba foi concedida por Fachin em 8 de março deste ano. O ministro declarou “a nulidade apenas dos atos decisórios praticados nas respectivas ações penais, inclusive os recebimentos das denúncias”.

Ou seja: encontrou uma forma de manter válidas as quebras de sigilo, interceptações e material resultante de buscas e apreensões. Nos dois processos envolvendo o Instituto Lula ainda não havia sentenças, apenas o recebimento das denúncias.

O ministro diz em seu despacho que os autos devem ser enviados para a Justiça do Distrito Federal e que caberá “ao juízo competente decidir sobre a possibilidade de convalidação” de depoimentos e de coleta de provas.

A Procuradoria-Geral da República apresentou agravo regimental sustentando que a competência da 13ª Vara Federal Criminal do Paraná deve ser mantida para preservar a estabilidade processual e a segurança jurídica. Assim, as condenações manteriam sua validade, e os processos seriam continuados.

O julgamento começou nesta quarta-feira (14/4), mas o Supremo não analisou se manteria ou não as anulações. Os ministros apreciaram um segundo agravo, desta vez ajuizado pela defesa de Lula, que pedia que a manutenção ou não da liminar de Fachin fosse apreciada pela 2ª Turma, não pelo Plenário. Por maioria, no entanto, a corte decidiu que a incompetência de Curitiba deve ser julgada pelos 11 integrantes do STF.

Assista:

*Com informações do Conjur/247

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Assista ao vivo: Plenário do STF decide sobre a abertura da CPI do genocida

Ministros do Supremo decidem se ratificam ou não a decisão de Luis Roberto Barroso que determinou a criação da comissão do Senado que vai investigar os crimes do governo Bolsonaro na pandemia.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu na tarde desta terça-feira (13) o ato de criação da CPI da Pandemia. O requerimento da comissão, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirma que a CPI tem o objetivo de “apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados” nos primeiros meses de 2021.

*Com informações do 247

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Política

Cármen Lúcia pede que STF julgue queixa contra Bolsonaro por genocídio

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia pediu que o presidente da Corte, Luiz Fux, marque julgamento de uma notícia-crime apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suspeita de genocídio contra indígenas na pandemia de coronavírus.

O objetivo é julgar se a PGR (Procuradoria-Geral da República) deve abrir ou não um inquérito para investigar o presidente por sua conduta ao vetar trecho de lei para assistência a indígenas durante a crise sanitária, que previa garantia de fornecimento de água potável e insumos médicos. A queixa ainda menciona a gestão do presidente na pandemia em relação ao restante da população.

O procurador-geral, Augusto Aras, já se manifestou contra a abertura do inquérito. Mas houve recurso, e o caso começou a ser analisado no plenário virtual. Após pedido de Edson Fachin, o caso foi remetido ao plenário comum do Supremo, cujas sessões ocorrem às quartas e quintas-feiras, com todos os ministros presentes (por videoconferência ou na própria Corte).

“A manifestação do senhor ministro sobre a questão posta será oportunamente apresentada, quando da prolação de seu voto”, disse o gabinete de Fachin em resposta ao UOL.

A reportagem apurou que Fux ainda não conversou com Cármen Lúcia sobre o conteúdo do processo ou a data do julgamento. A agenda de processos está lotada e, a princípio, isso só seria analisado a partir do segundo semestre, quando termina o mandato de Aras.

Bolsonaro agiu para povo contrair covid, diz defesa

A queixa-crime foi apresentada pelo advogado André Barros. Segundo a defesa de Barros, feita pelo advogado Luís Maximiliano Telesca, os crimes de genocídio não se referem apenas aos indígenas, mas a toda a gestão de Bolsonaro na pandemia. Ele usa estudos do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (Cepedisa), da Universidade de São Paulo, para chegar a esse raciocínio.

“O presidente da República buscou, de maneira concreta, que a população saísse às ruas, como de fato saiu, para que contraísse rapidamente a doença, sob a falsa informação da imunização de rebanho”, afirmou ele na sexta-feira (9), em petição ao Supremo.

Se o STF acatar o arquivamento, serão fechadas as portas do Judiciário para a apuração deste genocídio contra o povo brasileiro”Max Telesca, advogado do autor da ação

Bolsonaro agiu com a Constituição, diz Aras

Aras defendeu o ato de Bolsonaro ao vetar o repasse de insumos aos indígenas porque não havia indicação de orçamento para isso, o que viola a Constituição.

O que o noticiado [Bolsonaro] fez, portanto, foi cumprir o seu dever de vetar parcialmente projeto de lei. Caso não agisse assim, poderia ser responsabilizado”.

No Supremo, o mais comum é que os ministros confirmem os arquivamentos pedidos pelo Ministério Público. No entanto, existe uma exceção: quando o procurador confirma que os fatos e as atitudes foram realizados pelo acusado, mas entende que a prática não pode ser considerada crime. E esse foi o entendimento de Augusto Aras no caso do veto à lei para proteger indígenas.

STF poderia fazer investigação, diz professor

Lenio Streck, doutor em direito e professor da Unisinos, entende que se está “diante de um terreno pantanoso”. Para ele, se o STF decidir que o inquérito deve ser aberto, é possível que o próprio tribunal assuma a investigação, a exemplo do que ocorreu no polêmico “inquérito das fake news”.

O inquérito, me parece, pode ser aberto pelo STF. Provavelmente se fará a análise da atipicidade [se houve crime ou não]”Lenio Streck, doutor em direito

Thiago Bottino, pós-doutor em direito e professor da Fundação Getúlio Vargas, entende que, caso a investigação seja aberta, tudo poderia ser investigado, não só em relação aos indígenas. No entanto, ele entende que Aras não fará isso, pois é contra o seu entendimento. Então, Bolsonaro poderia ser investigado pelo sucessor dele na PGR.

“Se recusarem o arquivamento, ainda que não seja investigado agora, mantém uma ‘porta aberta’ para ser investigado pelo próximo procurador-geral”, avaliou Bottino. Isso pesaria na escolha de Bolsonaro para quem vai assumir a cadeira de PGR, avalia.

O criminalista Roberto Darós, mestre em direito processual penal pela Universidade Federal do Espírito Santo, concorda que o caso ficaria nas mãos do próximo procurador. Mas, para ele, essa possível investigação será um “arbítrio do ato político de exceção”.

O STF está confundindo ‘ativismo judicial’, que se fundamenta no princípio da cooperação, que não tem nada a ver com ‘justiça de exceção’. É preciso direcionar o país no caminho da democracia”Roberto Darós, mestre em direito

Mesmo que a investigação seja feita à revelia do Ministério Público, a questão ficaria mal resolvida, entendem os estudiosos. Quem vai oferecer denúncia? Um cidadão poderia fazer uma ação criminal, mas Streck destaca que ela “teria muito menos chance de ser aceita” pelo próprio STF. “Está em jogo a soberania do Ministério Público.”

*Com informações do Uol

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A patética ligação combinada entre Bolsonaro e Kajuru

Qual abestado não percebeu que aquela conversa teatral entre Bolsonaro e Kajuru era uma peça bufa da pior qualidade?

Então, qual a novidade do Kajuru revelar que teve autorização do presidente de gravar e esparramar a ligação 20 minutos antes do início da gravação?

A única coisa que isso revela é que Bolsonaro e Kajuru quiseram desqualificar a imagem pública do STF e do próprio Senado e, na realidade, acabaram os dois provando que são dois moleques que não têm a menor condição de ocuparam os seus cargos, o que não deixa de ser uma confirmação de que o propósito da direita é implodir as instituições brasileiras para o país se transformar numa anarquia maior do que já está.

No caso de Kajuru, sabe-se que ele é um bufão aloprado, mas no caso de Bolsonaro, não, a milícia opera bem em terras de Malboro. E Bolsonaro conhece como ninguém tanto o parlamento quanto Rio das Pedras para reproduzir em escala nacional o que deu sustentação extremamente lucrativa ao clã Bolsonaro nessas últimas três décadas.

Resta saber qual será a resposta tanto do STF quanto do Senado diante desse jogo podre combinado entre duas figuras públicas que são pagas pelo povo para, no caso de Kajuru, minar o Senado e, no de Bolsonaro, minar as instituições além de cometer um genocídio proposital como em tudo o que faz, como acaba de provar que tudo o que ele faz é de caso pensado, característica primeira de um psicopata.

Na verdade, Bolsonaro acabou sublinhando o que muitos já sabem e dizem dele, é um psicopata frio que calcula como ataca suas vítimas e quantas vítimas pode fazer em um só ataque.

O resultado das mortes por covid mostra que ele foi bem efetivo em seus cálculos. Por isso mesmo o que se espera dessa CPI é que seus crimes, que até agora provocaram a morte de quase 360 mil brasileiros, sejam exemplarmente punidos com impeachment e cadeia.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Fachin, o Kajuru do STF

A mesma manobra que Kajuru tenta, em parceria com Bolsonaro, para melar a CPI da covid, é reproduzida por Fachin para livrar a cara de Moro. Os dois que produziram, a princípio, uma lambança utilizando dispositivo legal na tentativa de manobra também ilegal, estão dispostos a transformar, no caso de Fachin, o STF em pardieiro e, no caso de Kajuru, fazer o mesmo com o Senado.

Resta saber se terão êxito em suas manobras espúrias, porque assim exporão de alguma forma quem lhes acompanhar nesse total desrespeito às próprias instituições as quais pertencem, logicamente, com o STF sendo atacado por Bolsonaro, contra o qual já reagiu e, certamente, reagirá contra a tentativa de manobra espúria de Bolsonaro com Kajuru, fazendo com que a CPI da covid se transforme naquilo que eles desejam, ou seja, desmoralizando a instituição Senado.

Mas no caso de Fachin e STF, a coisa ganharia dimensão ainda pior, pois Fachin teria que votar contra o seu HC que determinou que o caso de Lula não era da alçada da 13ª Vara de Curitiba, mas sim de Brasília, com apoio de alguns de seus pares numa manobra tão esdrúxula quanto a anterior, que foi a de anular a suspeição de Moro, anulando assim a decisão da segunda turma, o que significa jogar de vez a instituição STF no lixo.

Isso daria a Bolsonaro munição para desrespeitar ainda mais uma instituição que aceitou um jogo imundo de Fachin e, com isso, de alguma forma, anular a decisão de Barroso que determinou a instalação da CPI da covid como reza a lei no caso das minorias.

O fato é que qualquer coisa diferente da observância das leis, tanto de Kajuru quanto de Fachin, tendo êxito, será um salto num buraco negro que levará o Brasil a uma situação de insolvência institucional com consequências absolutamente imprevisíveis.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Senador Kajuru grava conversa com Bolsonaro que revela que ele quer derrubar ministro do STF

“A gente tem que fazer do limão uma limonada”, disse Bolsonaro. “Por enquanto é o limão que está aí. Tem que tensionar o Supremo para botar em pauta o impeachment dos ministros”

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) gravou uma conversa bombástica que teve na noite de ontem com Jair Bolsonaro. Nela, Bolsonaro fala em fazer do limão da CPI uma limonada, pautando o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. “Senador Kajuru, que assinou pedido ao STF pela instalação da CPI da Covid, gravou sua conversa com Jair Bolsonaro. O presidente diz: ‘Você tem que mudar o objetivo da CPI, tem que ser ampla. Aí você faz um excelente trabalho pelo Brasil'”, postou a jornalista Malu Gaspar, em seu twitter. Ela postou ainda um resumo da conversa.

“Se não mudar, a CPI vai simplesmente ouvir o Pazuello, vai ouvir gente nossa, para fazer um relatório sacana”, disse ainda Bolsonaro. Kajuru responde: “Não, aí não, isso aí eu não faço nunca não, presidente, pela minha mãe”.

O presidente insiste: “A gente tem que fazer do limão uma limonada … Por enquanto é o limão que está aí. Tem que tensionar o Supremo para botar em pauta o impeachment dos ministros.”

Kajuru se justifica: “E o que eu fiz? O senhor não viu o que eu fiz não?” Ele explica que pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, e apela a Bolsonaro: “Mas eu só queria que o senhor desse crédito a mim nesse ponto”. Kajuru também revelou o diálogo em seu canal no Youtube.

Confira:

*Com informações do 247

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Gilmar Mendes: Moro saiu do anonimato e voltou ao nada

Segundo Gilmar Mendes, a Lava Jato interditou o debate e influenciou na eleição de 2018

Questionado sobre sua recente declaração de que a Lava Jato é “pai e mãe do bolsonarismo”, Gilmar Mendes afirmou que a força-tarefa interditou o debate político em 2018, quando o ex-presidente Lula foi feito preso político em Curitiba. Tal “interdição”, segundo o magistrado, fez o último pleito presidencial “muito peculiar” e certamente influenciou na chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto. “A eleição de 2018 foi toda ela muito peculiar. Todo o sistema político de alguma forma estava comprometido. Quem vê hoje as informações, tanto dessa Vaza Jato como da Spoofing, vê que houve uma interdição do debate político. Eles se tornaram uma força política, queriam definir quem seria candidato. Neste sentido, obviamente, influenciaram de maneira inequívoca na eleição. A cereja do bolo é a adesão do Moro ao governo Bolsonaro, mas antes disto ele tinha tido participação eleitoral. Vazou, por exemplo, a tal delação do Palocci. Foi uma eleição extremamente polarizada, com o resultado que nós conhecemos, e temos que continuar”.

‘Imprensa corrupta precisa fazer autocrítica’

O ministro, assim como afirmou durante o julgamento na Segunda Turma do STF que declarou Moro suspeito nos casos contra Lula, disse que a Lava Jato jamais teria avançado tanto como avançou sem o apoio da imprensa. Ele ainda revelou que a Procuradoria-Geral da República, sob o comando do ex-PGR Rodrigo Janot, tinha 12 jornalistas contratados para vazar informações a veículos da mídia.

“Tudo isso não teria sido feito sem o consórcio da mídia. Aprendi com a antiga procuradora-geral da República, a doutora Raquel Dodge, que a procuradoria tinha 12 jornalistas empregados na gestão Janot para vazar informações. Portanto, tudo isso foi construído nesta perspectiva. Foi uma forma de corrupção da imprensa neste contexto. Jornalistas funcionando um pouco como auxiliares, ghost writers em notas, quer dizer, uma distorção completa dessa nossa jovem democracia. Mas sem a mídia, certamente isto não teria ocorrido, ou não teria ocorrido desta forma e com esta volúpia, com essa voracidade”.

“É evidente que a mídia andou muito mal, e os senhores sabem que eu faço essa crítica sempre com muita responsabilidade porque eu sou defensor da imprensa livre, eu quero a imprensa livre e plural para traduzir a sociedade que nós temos. Mas eu acho que essa autocrítica teremos que fazer, acho que todos nós temos que fazer, as forças políticas têm que fazer autocrítica. Acho que todos nós, de alguma forma, que temos responsabilidade temos que fazê-lo. Nós quase que chegamos a um sistema de perfil autoritário, totalitário, manejado a partir de uma procuratura”.

Sobre o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por trazer à tona os diálogos trocados entre procuradores da Lava Jato que escancararam de uma vez por todas as ilegalidades cometidas pela força-tarefa, o ministro declarou que o ilícito cometido por ele precisa ser examinado “com muito cuidado”.

“É um caso que nós vamos ter que examinar sempre com muito cuidado. Em casos menores, nós temos reconhecido que a partir de uma prova supostamente ilícita, se valide a prova para fins de defesa de direitos, não para condenar alguém, mas para fazer a defesa de alguém”.

Pandemia de Covid-19

Acerca de possíveis responsabilizações judiciais sobre a condução da pandemia, o ministro afirmou que não é o momento de se pensar neste tipo de ação. Entretanto, reconheceu que erros foram cometidos e que, por esta razão, o Brasil tem números mais que alarmantes de óbitos em razão da Covid-19.

“Quando nós chegamos a este número absurdo de quatro mil mortos, e alguns falam que no platô vai chegar a cinco mil mortos, nós estamos com o maior número de mortos do mundo, embora não tenhamos a maior população do mundo. Então isto é altamente preocupante e mostra que, de alguma forma, nós cometemos não um, mas inúmeros erros para produzirmos isto”.

Para ele, chegará o momento de julgar a responsabilidade das autoridades perante a condução da pandemia. “A situação é tão grave, quatro mil mortos, estamos avizinhando cinco mil mortos/dia. Nós temos 3% da população mundial e estamos com este percentual altíssimo de mortos. Isso é extremamente preocupante. Chamemos do que quisermos, mas de fato isto é altamente constrangedor, para governos, para oposição, para a sociedade, para todos nós.

Sem dúvida nenhuma isto fala mal de nós cidadãos, de nós como país. As manchetes de todos os jornais do mundo. Não minimizemos: é uma crise difícil de ser lidada. Eu vejo os alemães com dificuldades, eu vejo os portugueses com dificuldades, divide a sociedade. A ideia da paralisação, do lockdown, é muito difícil de ser recebida porque as pessoas de fato são afetadas, e são afetadas assimetricamente. Uma coisa é funcionário público e outra coisa é aquele que de fato tem que trabalhar, ganhar o seu dia, trabalhar para trazer o pão para casa. Quantas pessoas hoje estão vivendo situações extremamente graves, humilhantes e tudo mais. Agora, de fato, aquilo que tiver responsabilidade penal terá que ser, em momento oportuno, discutido. Recentemente o procurador Aras abriu investigação em relação ao antigo ministro da Saúde por conta daqueles episódios em Manaus, da falta de oxigênio. Pessoas morreram por falta deste tipo de previsão. Certamente há muitas questões que precisam ser discutidas, e certamente no futuro vamos ter que discutir toda essa temática”.

*Com informações do 247

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Fux antecipa para quarta-feira julgamento sobre instalação da CPI da covid

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pautar o julgamento sobre a instalação da “CPI da Covid” para a sessão plenária da próxima quarta-feira, dia 14. A tendência é que os ministros confirmem a liminar concedida por Luís Roberto Barroso, que determinou a investigação, no Senado, da gestão da pandemia pelo governo federal.

Inicialmente, o julgamento estava previsto no plenário virtual, ferramenta que permite aos magistrados analisarem os processos e incluírem os votos na plataforma digital, sem necessidade de reunião física ou por videoconferência. Mas, após conversas entre os ministros da Corte e considerando a repercussão do tema, Fux decidiu antecipar o julgamento e transferir a discussão para a sessão colegiada por videoconferência.

Fux definiu que o caso terá prioridade na pauta. Com isso, a análise deve anteceder o julgamento de recursos sobre a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processos abertos na esteira da Operação Lava Jato.

Além de irritar o Palácio do Planalto, a decisão de Barroso também provocou mal-estar em uma ala do tribunal, que não vê com bons olhos a abertura dos trabalhos de uma comissão em plena pandemia. Mesmo assim, integrantes do STF e da Procuradoria-Geral da República (PGR) ouvidos reservadamente pelo Estadão avaliam que é provável que a liminar do ministro seja referendada.

*Com informações do Estadão

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