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Pesquisa

Nova Pesquisa Datafolha para a presidência mostra resultado da propaganda eleitoral e debate

Levantamento foi feito entre 30 agosto e 1º de setembro com 5.734 pessoas em 285 municípios. Margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1º), encomendada pela Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, mostra o ex-presidente Lula (PT) com 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 32%. Ciro Gomes (PDT) tem 9% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.

Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 18 de agosto, Lula oscilou dois pontos para baixo, Bolsonaro se manteve estável, Ciro oscilou dois pontos para cima e Tebet cresceu três pontos percentuais –ela foi a única dos quatro candidatos a variar para além da margem de erro.

A pesquisa ouviu 5.734 pessoas em 285 municípios entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-00433/2022.

Foi a primeira pesquisa Datafolha após o debate presidencial do último domingo, pelo grupo Bandeirantes, Folha de S. Paulo, UOL e TV Cultura.

Fonte: Instituto Datafolha • Marcaram 1%: Soraya Thronicke (União), Pablo Marçal (Pros) e Felipe d’Ávila.

  • Lula (PT): 45% (47% no Datafolha anterior, de 18 de agosto)
  • Jair Bolsonaro (PL): 32% (32% na pesquisa anterior)
  • Ciro Gomes (PDT): 9% (7% na pesquisa anterior)
  • Simone Tebet (MDB): 5% (2% na pesquisa anterior)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (0% na pesquisa anterior)
  • Pablo Marçal (PROS): 1% (0% na pesquisa anterior)
  • Felipe d’Avila (NOVO): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Roberto Jefferson (PTB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Em branco/nulo/nenhum: 4% (6% na pesquisa anterior)
  • Não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior)

*Com G1

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Justiça

Datafolha SP: Haddad segue bem à frente dos demais candidatos

Haddad tem 35%; Tarcísio sobe e chega a 21%.

Nova pesquisa do instituto aponta crescimento de Tarcísio e queda de Haddad. A diferença entre eles caiu de 22 pontos percentuais para 14.

O instituto de pesquisas Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (1º/9), levantamento de intenções de voto para o governo de São Paulo.

O candidato do PT, Fernando Haddad, manteve a liderança na disputa, com 35% em primeiro turno. Entre os mais apontados pelos entrevistados, Haddad é seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teve 21%, e por Rodrigo Garcia (PSDB), que atingiu 15% da preferência dos eleitores.

A distância entre Haddad e Tarcísio diminuiu em relação ao último levantamento do instituto. Haddad tinha 38% há duas semanas. Nesse período, Tarcísio cresceu de 16% para 21%. Ou seja, a diferença que antes era de 22 pontos percentuais caiu para 14.

Veja os percentuais dos demais candidatos: Carol Vigliar (UP): 2%, Gabriel Colombo (PCB): 1%, Elvis Cezar (PDT): 1%, Vinicius Poit (Novo): 1%, Altino (PSTU): 1%; e Edson Dorta (PCO): 1% e Antonio Jorge (DC): 1%.

Brancos e nulos somaram 12% e os indecisos, 10%. A quantidade de pessoas que declaravam votar branco ou nulo caiu de 17% para 12% em um mês.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.808 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, em 74 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-04954/2022.

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Justiça

Cármen Lúcia nega remoção de vídeos em que Lula chama Bolsonaro de genocida

Segundo a ministra Cármen Lúcia, liberdade de expressão também se aplica a opiniões “duvidosas, exagerada, satíricas e condenáveis”

A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou ação do Partido Liberal (PL) para a remoção de seis vídeos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”.

Segundo informações do portal O Globo, nas gravações do discurso de Lula em evento com apoiadores no Recife, o chefe do Executivo federal é chamado de “genocida” e a condução da pandemia de Covid-19 pelo governo federal é avaliada negativamente.

“Se alguém conhecer alguém do agronegócio nesse país, desses que tão comprando arma, desses que diz que não gosta do PT, desses que diz que não gosta dos sem-terra, perguntem pra eles: quem é que fez mais bondade para o campo e o agronegócio, se foi o PT, ou se foi esse genocida que tá aí, esse genocida não fez absolutamente nada”, disse Lula, na ocasião.

Em sua decisão, Cármen Lúcia escreveu que, na linha do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), “o direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias”.

“Ressalte-se que, mesmo as declarações errôneas, estão sob a guarda dessa garantia constitucional”, justificou Cármen Lúcia.

Lula ainda criticou empresários ligados ao agronegócio e as políticas armamentistas do governo Bolsonaro. A alegação do PL para remover os registros do discurso do petista, proferido em 21 de julho, era de que eles configuravam propaganda antecipada.
Caso semelhante

Em outro caso, o ministro do TSE, Raul Araújo, acolheu um pedido semelhante do PL para a remoção de vídeos em que Lula chama Bolsonaro de “genocida” mais uma vez.

Caso semelhante

Em outro caso, o ministro do TSE, Raul Araújo, acolheu um pedido semelhante do PL para a remoção de vídeos em que Lula chama Bolsonaro de “genocida” mais uma vez.

A decisão de Raul Araújo passou por cima do entendimento de colegas do tribunal sobre o tema. A conclusão da ministra seguiu para um caminho oposto a ele, que considerou que houve intenção de “manchar” a imagem do presidente Bolsonaro.

“É possível detectar aparente ofensa à honra e à imagem de pré-candidato ao cargo de presidente da República, porquanto a conduta de imputar a determinado adversário político o atributo de genocida poderia, em tese, configurar crime de injúria ou difamação”, afirmou Araújo na ocasião.

A decisão de Araújo foi duramente criticada por integrantes do TSE, por a avaliarem como uma ameaça à liberdade de expressão.

Os pedidos da campanha do PL contra as falas de Lula chamando Bolsonaro de “genocida” foram pulverizados entre três ministros que cuidam das questões de propaganda, o que abre margem para divergências.

A defesa do presidente da República vai entrar com recurso contra a decisão de Cármen Lúcia.

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“Venezuela salvou muita gente”, diz Lula sobre doações de oxigênio

Em evento nesta quinta-feira (1º/9), o ex-presidente Lula também criticou os ataques de Bolsonaro ao país latino-americano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (1º/9) os ataques de Jair Bolsonaro (PL) contra a Venezuela e defendeu que o país latino-americano “salvou muita gente de morrer afogado fora d’água” com doações de oxigênio durante a pandemia da covid-19. O candidato defendeu ainda que, se eleito, será abolido o “complexo de vira-lata”.

“Esse genocida agora fica brigando com Cuba, com Paraguai, com Venezuela, com Nicarágua. Ele briga tanto com a Venezuela, que quando não teve oxigênio em Manaus, foi a Venezuela que salvou muita gente de morrer afogado fora d’água”, disse o candidato, referindo-se às doações feitas pelo país vizinho ao Brasil quando faltou oxigênio nos hospitais da capital amazonense em janeiro de 2021. “O Brasil não precisa disso, gente. O Brasil não precisa ser grosseiro”, completou.

O ex-presidente participou na manhã desta quinta de encontro com representantes do setor cultural no Teatro da Paz de Belém, no Pará. No final do dia Lula estará em ato público na cidade, previsto para 18h, no Espaço Náutico Marine Clube.

Em discurso, o candidato disse ainda que, se for eleito, será abolido o “complexo de vira-lata”, e que o Brasil terá uma relação civilizada com todos os países do mundo. O tema das relações internacionais é um dos abordados pela campanha do petista, relembrando sua atuação na área durante seus governos. Na segunda (29/8), Lula se reuniu com deputados da União Europeia.

*Com Correio Braziliense

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Opinião

Vídeo: A situação de Bolsonaro só piora a cada dia com o escândalo dos imóveis comprados com dinheiro vivo

A tragédia política apertou ainda mais o passo contra Bolsonaro. A blindagem da Abin com o filho Jair Renan, a compra da mansão de sua ex mulher, Ana Cristina Valle e, agora, a compra de 107 imóveis em 51 deles foram pagos com dinheiro vivo, já deixa Bolsonaro completamente sem discurso de corrupção para atacar Lula.

Assista:

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Justiça

PF diz que ex-mulher de Bolsonaro pode ter usado laranja para financiar mansão

Parcela do financiamento da casa custa o dobro do salário de Ana Cristina Valle como assessora parlamentar.

Segundo O Globo, Polícia Federal diz que há indícios de que Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, usou um laranja para contratar um financiamento bancário de R$ 2,3 milhões para a compra de uma mansão no Lago Sul, área nobre de Brasília. Por isso, a PF pediu abertura de investigação sob suspeita de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, conforme revelou O GLOBO ontem. Procurada, a defesa de Ana Cristina Valle diz que não tem conhecimento do fato.

“A casa avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, ao que indicam os elementos de provas disponíveis, foi supostamente adquirida e financiada pela investigada Cristina Valle por meio de pessoa interposta sem ser possível identificar a origem de valores”, afirma relatório da PF, ao solicitar à Justiça abertura de inquérito. “Há indícios de utilização de terceira pessoa interposta para obtenção de financiamento imobiliário. Tal conduta possui alcance típico de delito contra o sistema financeiro”, aponta o documento.

O contrato de financiamento da mansão, assinado pelo corretor Geraldo Antonio Moreira Júnior Machado com o Banco de Brasília (BRB), estabeleceu parcelas que variam entre R$ 14 mil e R$ 16 mil, a depender da taxa de juros aplicada. Uma das linhas de investigação que a PF quer aprofundar é quem está pagando esse empréstimo no valor total de R$ 2,3 milhões. O custo da dívida, segundo os investigadores, é “aparentemente incompatível com o exercício da função pública de assessora parlamentar”.

As parcelas do financiamento custam o dobro do salário de Ana Cristina como assessora parlamentar na Câmara dos Deputados, emprego que manteve de março do ano passado até junho deste ano. Na função, a ex-mulher de Bolsonaro ganhava salário bruto de R$ 8 mil, que correspondia a cerca de R$ 6 mil líquidos.

A transação imobiliária entrou na mira da PF depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, detectou “transações atípicas” feitas por Ana Cristina. De acordo com o documento, a ex-mulher de Bolsonaro transferiu R$ 867 mil para uma empresa de transporte de cargas do Distrito Federal. A firma pertence a Geraldo Antonio Moreira Junior Machado, que teria usado uma parte desse valor, R$ 580 mil, para pagar a entrada da compra da mansão, registrada em R$ 2,9 milhões, em junho do ano passado. De acordo com corretores que atuam na região, o imóvel valeria R$ 3,2 milhões.

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Justiça

André Mendonça será o relator do caso dos imóveis pagos em dinheiro pela família Bolsonaro

Ministro indicado ao STF por Bolsonaro já pediu vistas em 20 recursos que seriam analisados contra o presidente a partir de agosto.

André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o sorteado para ser o relator da investigação sobre imóveis comprados em dinheiro vivo pelo presidente e sua família.

A informação é da repórter da GloboNews Camila Bonfim.

Vista em 20 recursos

André Mendonça já pediu vistas, no início de agosto, em julgamento de 20 recursos que seriam analisados pelos ministros do STF em investigações contra Bolsonaro, em inquéritos como o das fake news e dos atos violentos do 7 de Setembro passado, que acabaram suspensos.

A maioria dos recursos estava sob sigilo e foi levada para avaliação dos 11 integrantes do tribunal pelo ministro Alexandre de Moraes.

O ministro pediu vista em 10 recursos que seriam julgados no inquérito das fake news, em oito do inquérito dos atos violentos do 7 de Setembro passado, em um sobre o vazamento de dados sigilosos de investigação da PF sobre ataque ao sistema do TSE em 2018 e em um que investiga se Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid-19 à Aids.
Imóveis em dinheiro

Desde a década de 90, quando ingressou na política, até os dias de hoje, Bolsonaro, além de seus irmãos e filhos, negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

Foram registrados em cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, o valor equivale hoje a R$ 25,6 milhões.

*Com Forum

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Mundo

Bolsonaro conhece hoje 1ª sentença internacional; versão preliminar condena

Jamil Chade – O Tribunal Permanente dos Povos (TPP) anunciará, nesta quinta-feira, sua sentença em relação às acusações contra Jair Bolsonaro por crimes cometidos durante a pandemia da covid-19. A reportagem apurou que, na versão preliminar da sentença, a decisão apontava para uma condenação, citando inclusive possíveis crimes contra a humanidade. Mas o texto ainda passaria por uma avaliação dos demais juízes do órgão.

Ao tratar da questão da pandemia da covid-19, a decisão poderá ampliar a pressão internacional contra Bolsonaro. O órgão internacional, criado nos anos 70, não tem o peso do Tribunal Penal Internacional e nem a capacidade de tomar ações contra um estado ou chefe de governo. Mas uma eventual condenação é considerada por grupos da sociedade civil, ex-ministros e juristas como uma chancela importante para colocar pressão sobre o Palácio do Planalto e expor Bolsonaro no mundo.

Eloísa Machado, advogada, professora de Direito Constitucional da FGV Direito-São Paulo e membro apoiadora da Comissão Arns, aponta que uma decisão de condenação seria “de importância máxima”.

Segundo ela, em âmbito nacional, o que pode ser feito sobre a pandemia foi a CPI da covid-19. “Foi um relatório muito contundente, mas que não encontrou eco nas instâncias formais de investigação do país”, disse.

“O TPP, portanto, é a arena que vai passar a limpo essa situação e promover um escrutínio dessas más decisões que levaram aos milhares de mortos”, explicou. “Essa será a instância de registro da verdade e também de um tipo de reparação. Mesmo que seja simbólica e moral. Uma reparação para todos os que sofreram”, afirmou a advogada.

Ela lamenta que não existam instâncias nacionais olhando para tais crimes e destaca o papel das instâncias estrangeiras. “Durante o governo Bolsonaro, as instâncias internacionais foram o principal espaço de responsabilização e reparação de direitos”, disse a advogada, fazendo referências às decisões da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e outros organismos da ONU.

Rascunho da sentença indica condenação

Depois de uma audiência e de troca de informações ao longo dos últimos meses, a corte marcou a leitura de sua decisão para esta quinta-feira, dia 1º de setembro.

Três fontes diferentes da corte, na Europa, confirmaram que um primeiro rascunho sobre a decisão já foi elaborado. Mas o processo ainda envolvia uma reunião na quarta-feira para que todos os juízes possam apresentar seus argumentos e votar.

Diante de uma gestão sem precedentes, os juízes tinham de tomar uma decisão sobre o que fazer com Bolsonaro. Dentro do Tribunal, não existe dúvida de que ele será condenado. Mas o debate era sobre como encaixá-lo.

Segundo o UOL apurou, o rascunho que foi submetido aos demais juízes apontava para “graves violações de direitos humanos” e, em algumas ocasiões, atos que poderiam significar crimes contra a humanidade.

Não há, pelo menos por enquanto, uma indicação de que os crimes de Bolsonaro devam ser considerados como genocídio. Apesar da opção ter ficado de fora do rascunho, o conceito pode ainda voltar a ser debatido. Alguns dos membros da corte mantêm uma postura favorável à consideração também dessa classificação de crime.

*Com Uol

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Taxista diz o que vai fazer com o auxílio que recebeu do governo

Vídeo está bombando nas redes sociais.

Um vídeo que foi gravado na Rodoviária Novo Rio, na capital fluminense, ganhou as redes sociais. Nas imagens, um taxista aparece dizendo que irá pegar o auxílio do governo destinado à taxistas e irá votar em Lula.

Bolsonaro promoveu um verdadeiro pacote eleitoral, liberando verbas às vésperas das eleições, incluindo o auxílio para taxistas.

A Caixa Econômica Federal liberou o auxílio-taxista a 31,8 mil motoristas que têm direito ao benefício. Neste mês de agosto foram pagos R$ 2.000 a cada profissional.

Confira:

*Com 247

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Justiça

Rachadinha, dinheiro vivo e impunidade dos Bolsonaro são o modus operandi do Brasil

Na crônica política e criminal do Brasil, escândalos e processos anulados são a regra.

O caso das rachadinhas e o fascínio da família de Jair Bolsonaro por operações em dinheiro vivo um dia merecerão um estudo antropológico. Por enquanto, o que temos é uma crônica política e criminal típica do Brasil. Desde o primeiro mês do mandato de Jair Bolsonaro até hoje, a novela segue ganhando novos capítulos.

Primeiro, soubemos que um sujeito chamado Fabrício Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em salários devolvidos por funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual. Desde então, o Ministério Público do Rio reuniu evidências de que o dinheiro desviado ajudou a pagar mensalidades escolares das filhas de Flávio e a financiar a compra de imóveis.

Graças a investigações de vários repórteres, mas principalmente por Juliana Dal Piva, soubemos depois que a ex-mulher de Jair Bolsonaro Ana Cristina Valle empregou pelo menos 17 parentes em gabinetes do capitão e de seus filhos; e que o próprio Jair ameaçou demitir um cunhado que se recusou a entregar parte de seu salário ao esquema.

Agora, uma reportagem publicada pelo UOL dá a dimensão da importância do dinheiro em espécie na trajetória dos Bolsonaros. Segundo Dal Piva e Thiago Herdy, desde os anos 1990, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram pagos parcial ou integralmente em espécie. Em valores corrigidos pela inflação, teriam sido gastos R$ 26,5 milhões em cash.

A compra de imóveis com dinheiro vivo é uma das formas mais manjadas de lavar dinheiro, porque os dados repassados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pelo setor imobiliário não são transparentes, e há muitos contratos de gaveta que dificultam o rastreamento dos recursos. No entanto a revelação sobre o rico patrimônio imobiliário dos Bolsonaros provavelmente não terá nenhuma consequência política ou jurídica.

Quem acompanha a novela sabe: desde que o Coaf produziu o primeiro relatório listando as movimentações atípicas, o Ministério Público do Rio de Janeiro investigou e denunciou Fabrício Queiroz, Flávio Bolsonaro e outras 15 pessoas por crimes como organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

O juiz da primeira instância autorizou diligências e mandou prender Queiroz. A partir daí, sucessivas decisões do Tribunal de Justiça do Rio, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubaram, um a um, os pilares da investigação.

Primeiro, o ministro do STF Dias Toffoli suspendeu não só o inquérito da rachadinha, mas todos os outros que tivessem usado relatórios do Coaf sem prévia autorização da Justiça — algo que nunca havia sido colocado em xeque, porque se entendia que a função do Coaf era justamente produzir relatórios de inteligência para alertar os órgãos de fiscalização.

Ao longo de 2021, o ministro do STJ João Otávio Noronha também mandou soltar Queiroz e ainda suspendeu toda a investigação por entender que o MP usara prova “nula” (o tal relatório do Coaf que Toffoli considerou inválido). No final do ano, Flávio ainda ganhou o direito de ser julgado no STF, que driblou sua própria jurisprudência para atendê-lo. Ao julgar o recurso impetrado pelo MP do Rio, o ministro Gilmar Mendes deu ganho de causa a Flávio, alegando que os promotores fluminenses tinham perdido o prazo para recorrer no TJ — e nisso foi acompanhado pela maioria da Corte.

Nenhum desses magistrados disse que não houve rachadinha, que não havia indícios de lavagem de dinheiro ou que os Bolsonaros não se beneficiaram do desvio de recursos públicos. Fixaram-se, todos, em questões processuais.

Ao reduzir a pó as investigações, desobrigaram Flávio e os outros investigados de responder a processos, da mesma forma que fizeram com diversos outros casos envolvendo corrupção e desvios de recursos públicos entre 2019 e 2021.

Era uma época em que os interesses do governo se casavam com os da oposição, mutilada pela Lava-Jato. Juntos, os dois lados trabalharam firme para desmontar o aparato institucional de combate à corrupção.

A pretexto de corrigir abusos — alguns dos quais ocorreram e precisavam ser reparados —, abriu-se a porteira para toda uma boiada passar. Nada disso foi feito às escondidas, pelo contrário. Todos sabiam o que faziam e, cada um a seu tempo, colheram os benefícios.

Nesse contexto, seria de se espantar que os bolsonaristas enxovalhem tanto o Supremo, enquanto a oposição reclama que as investigações sobre a rachadinha dos Bolsonaros não tenham dado em nada. Só não espanta mesmo porque estamos no Brasil.

*Malu Gaspar/O Globo

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