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Nise sobre minuta de decreto para cloroquina: Exporia muito o presidente

Médica entregou à CPI da Pandemia uma ata notarial com o registro de uma troca de mensagens pelo aplicativo WhatsApp.

A médica Nise Yamaguchi entregou à CPI da Pandemia uma ata notarial com o registro de uma troca de mensagens pelo aplicativo WhatsApp entre ela e um contato identificado como Luciano Dias Azevedo, médico, no dia 6 de abril de 2020. Na mensagem, Nise recebe uma minuta de decreto que trata da distribuição de cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina a “toda rede de saúde”.

Ao fim da mensagem, a médica questiona: “Oi, Luciano. Este decreto não pode ser feito assim, porque não é assim que regulamenta a pesquisa clínica. Tem normas próprias. Exporia muito o Presidente”.

Médico e paciente, segundo o texto, decidiriam pela “adesão ao uso experimental das medicações descritas na doença Covid-19 no intuito de tratar e iniciar protocolos de pesquisas clínicas”. O acompanhamento clínico do paciente seria de forma obrigatória e seguindo “protocolos de tratamento estabelecidos na atualidade”.

Mensagens de Nise Yamaguchi entregues à CPI da Pandemia

Mensagens de Nise Yamaguchi entregues à CPI da Pandemia
Foto: Reprodução

A minuta do decreto prevê ainda que “a adesão ao tratamento medicamentoso ora em estudo da Covid-19 deverá ser acordado entre médico e paciente que desejarem voluntariamente e de livre e espontânea vontade com obrigatoriedade de assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TLCE)”. As informações deveriam ser encaminhadas “compulsoriamente” ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária pelo site da Anvisa.

Entre as justificativas para a disponibilização dos medicamentos apresentadas no decreto está a “a meta de assegurar medicamentos essenciais para o tratamento dos agravos com maior incidência na população, mediante redução de seu custo para pacientes”.

O texto considera ainda o “dever do Estado de garantir os meios indispensáveis à prevenção, à promoção e à recuperação da saúde”, “a necessidade de oferecer alternativas de acesso à assistência farmacêutica, com vistas ao fortalecimento da integralidade do atendimento à saúde” e “a necessidade de Plano de Contingência no Brasil diante da pandemia de COVID-19 e plano de ação diante de dados da mesma doença com novas evidências clínicas”.

À CPI, a médica Nise Yamaguchi disse desconhecer quem escreveu a minuta do decreto.

Bula da cloroquina

O documento entregue, segundo a médica, é ao qual se referiu o presidente da Anvisa em depoimento à CPI. Antônio Barra Torres, no entanto, falou que se tratava de uma proposta de mudar a bula da cloroquina, acrescentando a Covid-19 na lista de doenças.

“Esse documento foi comentado pela doutora Nise, o que provocou uma reação até um pouco deseducada ou deselegante minha, muito imediata, de dizer que aquilo não poderia ser – talvez não seja do conhecimento de vossas excelências, mas só quem pode modificar a bula de um medicamento registrado é a agência reguladora daquele país, mas desde que solicitada pelo detentor do registro”, explicou Barra Torres aos senadores.

Diante do conflito de versões, o presidente da CPI propôs à médica uma acareação entre ela e o presidente da Anvisa. A oncologista concordou.

*Por Daniel Adjuto/CNN

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Bolsonaro nomeia general Pazuello para comandar ‘estudos estratégicos’ em pasta vinculada à Presidência

Ex-ministro da Saúde é um dos principais alvos da CPI e responde a processo disciplinar no Exército.

O ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) foi nomeado nesta terça-feira (1) para um cargo na Secretaria de Assuntos Estratégicos, vinculada à presidência da República. Pazuello será secretário de Estudos Estratégicos no órgão, segundo edição extra do Diário Oficial da União.

O ex-ministro é um dos principais alvos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, por ter comandado a pasta durante o agravamento da pandemia no país.

Ele prestou depoimento ao colegiado, quando blindou o presidente Bolsonaro, e foi reconvocado.

Recentemente, ele participou de um ato político no Rio de Janeiro ao lado de Bolsonaro. Como militar da ativa, a presença do general na manifestação causou constrangimento no comando da Força e Pazuello teve que apresentar explicações em um processo disciplinar.

Diário Oficial da União:

Image

*Com informações da Folha

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Tales Faria: O guarda da esquina violento temido com o AI-5 foi empoderado por Bolsonaro

Segundo Matéria de Tales Faria, publicada no Uol, Publicamente, ainda não houve uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em apoio aos policiais militares de Pernambuco que reprimiram com violência, neste sábado, 29, os protestos contra o governo. Quatro manifestantes foram atingidos por balas de borracha, dois deles, com risco de perder um dos olhos.

Mas não é impossível que o presidente da República venha a se manifestar em defesa do uso das balas de borracha.

Também não é impossível que Bolsonaro venha a defender publicamente o policial militar de Goiás que prendeu, nesta segunda-feira (31), um professor secundarista após exigir que ele retirasse do carro o adesivo em que chamava o presidente genocida.

O policial de Goiás e os de Pernambuco não fizeram nada diferente do que o presidente sempre defendeu como candidato e também agora que comanda o Palácio do Planalto.

Foram empoderados quando “o mito” assumiu o poder em Brasília. Principalmente pelo fato de Bolsonaro, após a posse como presidente, reafirmar suas declarações em defesa de atos violentos, tais como a tortura contra os adversários do regime militar nas décadas de 1960 e 1970.

Não é pura coincidência o fato de o filho Zero-Três do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já ter defendido inclusive o Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5, usado pela ditadura para dar ao presidente-general de plantão, Arthur da Costa e Silva, poderes acima da Constituição. Serviu para ele e os generais seguintes até o final do regime.

Foi na reunião em que se decidiu pela promulgação do AI-5 que o então vice-presidente da República, Pedro Aleixo, se opôs. Como civil, advogado e jornalista, ele se dirigiu ao presidente cunhando a seguinte frase: “O problema é o guarda da esquina.”

Aleixo queria dizer o seguinte, se a violência é aceita e institucionalizada nos altos escalões da República, ela se espraia por todos aqueles que se julgam detentores de algum poder. Até o guardinha da esquina. Um terceiro caso recente aconteceu neste sábado, 31, no município paulista de Caieiras. Desta vez, sem nenhuma conotação política.

Um terceiro caso recente aconteceu neste sábado, 31, no município paulista de Caieiras. Desta vez, sem nenhuma conotação política. Um policial militar agrediu com um soco na boca um jovem negro durante abordagem. Simplesmente porque se julgava com poder para tal. É o “guarda da esquina” empoderado, que Pedro Aleixo tanto temia.

Vale lembrar que todos eles foram ou estão sendo punidos de alguma forma pelos governadores de seus estados.

O governador Paulo Câmara, do PSB que faz oposição ao governo federal, declarou que havia determinado à polícia o respeito aos manifestantes e não agir com violência.

Atitudes como as dos policiais de seu estado representam um certo motim dos “guardinhas da esquina” contra seus superiores civis desarmados. Teoricamente o governador é o comandante em chefe da PM. Esse tipo de motim quebra a ordem hierárquica dos regimes democráticos, segundo a qual o poder armado deve estar subordinado ao poder civil.

A vítima final desse estado de coisas é aquele civil que não detêm qualquer autoridade formal. É o cidadão normal das ruas que não está autorizado a andar armado porque deveria ter um policial a defendê-lo, não para agredi-lo.

*Do Uol

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Miguel Nicolelis: Copa América pode ser gota d’água para 3ª onda estourar no Brasil

A realização da Copa América no Brasil pode ser a “gota d’água” para a terceira onda de casos e mortes por covid-19 estourar no país.

A avaliação é do médico Miguel Nicolelis, professor de Neurociência da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.

Nicolelis coordenou por dez meses o comitê científico de combate ao vírus do consórcio de governos do Nordeste, mas, desde fevereiro, atua de forma independente.

Ele defende em entrevista à BBC News Brasil que alguma medida legal seja tomada para impedir a realização da competição aqui e, caso ela venha ocorrer mesmo assim, que a população boicote o evento.

‘Viramos o escoadouro do lixo do planeta’

Nicolelis diz que, ao saber no domingo (30/05) que a Argentina não seria mais a sede do torneio de futebol por causa da piora da pandemia no país, chegou a comentar para amigos que “o Brasil seria a bola da vez”.

“Eu estava brincando… mal sabia eu”, afirma Nicolelis.

Na manhã de segunda-feira, a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) anunciou a transferência da Copa América para o Brasil.

“Isso é um chute na boca dos brasileiros que perderam familiares, de todos nós que estamos há 14 meses em quarentena em casa. Mas era previsível.”, diz Nicolelis.

“Nós viramos o escoadouro do lixo do planeta. Tudo que não deve ser feito em questão de pandemia está sendo feito aqui. Essa notícia já correu o mundo, e ninguém consegue acreditar que o segundo país em número de mortes vai sediar um evento continental.”

‘Governo quer esconder a pandemia’

Originalmente, a Copa América teria duas sedes – Argentina e Colômbia. Mas a Conmebol anunciou em 20 de maio que não haveria mais jogos na Colômbia por causa da série de protestos contra o governo do país, que têm sido violentamente reprimidos.

A segunda sede, a Argentina, enfrenta “o pior momento da pandemia”, segundo palavras do próprio presidente Alberto Fernández. Pesquisas apontavam que a maioria da população era contra a realização da Copa América.

A Conmebol disse que, após ser tomada a decisão de que o país não sediaria mais o torneio, procurou o governo brasileiro por meio do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “imediatamente apoiou a iniciativa, com a aprovação dos Ministérios da Casa Civil, da Saúde, das Relações Exteriores e da Secretaria Nacional do Esporte”, disse a Conmebol.

“E o Brasil aceitou o pepino instantaneamente. Para responder à Pfizer, precisa de vários emails. Para responder à Conmebol, basta um telefonema”, ironiza Nicolelis, fazendo referência à postura do governo Bolsonaro diante das várias ofertas de vacinas contra a covid-19 feitas pela farmacêutica.

“É uma tentativa de esconder a pandemia, de mostrar que está tudo normal o suficiente para fazer um evento como esse”, avalia o neurocientista.

‘A situação do Brasil é desesperadora’

No comunicado, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, justificou-se dizendo que o Brasil “vive um momento de estabilidade” na pandemia.

É uma avaliação oposta da que é feita por Nicolelis. O pesquisador afirma que o país já entrou na terceira onda de casos e mortes e que a gravidade desta nova fase vai depender da forma como o país vai agir.

“A situação brasileira é desesperadora. Temos só 10% da população vacinada, os casos estão crescendo de novo, a ocupação das UTIs aumenta há dez dias, a taxa de transmissão voltou a ficar acima de um”, diz o pesquisador.

“Já estamos na subida da terceira onda, e um evento como esse pode ser a gota d’água que fará ela estourar.”

Nicolelis diz que as mesmas críticas podem ser feitas às manifestações de sábado (29/5) contra o governo federal.

“Precisa ter coerência. Não é momento para isso”, afirma ele.

Ele também critica a manutenção das Olimpíadas de Tóquio, apesar dos protestos de cidadãos, médicos e cientistas.

“O esporte, que deveria promover a saúde, se transformou em um negócio sem o mínimo respeito pela vida humana. Os gregos devem estar se revirando no túmulo com o monstro que eles criaram”, diz Nicolelis.

‘Futebol não aglomera só no estádio’

O pesquisador avalia que o regime de bolha em torno da competição, que começaria em 13 de junho, com medidas de isolamento e testagem dos envolvidos para evitar o contágio, não vai surtir efeito.

Ele dá como exemplo a disputa com precauções semelhantes da fase final da Superliga, o principal campeonato de vôlei do país.

“O técnico da seleção masculina pegou covid e quase morreu. Não funcionou. E não dá tempo de organizar uma bolha pra Copa América. Como vai fazer isso em menos de duas semanas?”, questiona o cientista.

Da mesma forma, ele não acredita que o fato de as partidas não terem público nos estádios será suficiente

“Futebol não aglomera só dentro do estádio. Aglomeraram do lado de fora do estádio, nos bares, em festas, nas casas dos torcedores, em vários lugares.”

‘Temos que boicotar a Copa América’

Por isso, Miguel Nicolelis defende que seja acionado o Supremo Tribunal Federal para impedir a realização da competição por causa do risco sanitário que ela gera.

Tanto para o Brasil, diz o pesquisador, com a vinda e circulação no país de várias delegações estrangeiras, quanto para o resto do mundo, diante da possibilidade de levar variantes do novo coronavírus que circulam por aqui para outros países e continentes.

Mesmo sendo um fã de futebol, o cientista diz que está cada vez mais decepcionado com a forma como o negócio por trás do esporte é gerido nesta crise.

“Parece que o futebol está acima de tudo. Eu e milhões de torcedores temos perdido a conexão emocional com o futebol por causa disso”, diz.

“Temos que boicotar a Copa América. A população tinha que pressionar o STF e o Congresso para impedir essa competição. E olha que eu sempre parei o que estava fazendo, onde estivesse no mundo, para ver a seleção. Acabou. Não vou assistir nada.”

*BBC Brasil

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Vídeo: Luis Roberto se rebela contra a Copa América no Brasil e dispara: ‘Porcaria’

O anúncio da realização da Copa América no Brasil irritou o narrador Luís Roberto. Presente no “Seleção SporTV”, ele afirmou tratar-se de um “tapa na cara” dos brasileiros, que enfrentam uma “pandemia descontrolada” (assista abaixo).

O jornalista ainda chamou o torneio de “porcaria” e se irritou com o posicionamento do governo federal, comparando o tempo de resposta aos pedidos da Conmebol por sede do torneio e da Pfizer em relação às vacinas.

“Oi, Rizek! Boa tarde! Que alegria! Só que não. Isso é uma vergonha. O ‘Boladão’ hoje vai chegar com tudo. Essa Copa América fora de hora, que já não deveria ser realizada. Claro, a pandemia interrompeu várias competições mundo afora, e obviamente que neste momento, com o calendário todo estrangulado no Brasil, a Copa América é só mais um torneio caça-níquel, sem nenhuma expressão nesse momento. A última que foi disputada no Brasil teve sua relevância, sua atmosfera”, iniciou Luis Roberto em sua primeira participação no programa.

“Além de desfalcar os times, de absolutamente amontoar o calendário, um mês de Copa América… Já seria ridícula a realização dela em condições normais, aí vem a notícia, depois da desistência de vários países irmãos, que não têm condições por conta da pandemia de realizar a Copa América, e no país que tem a pandemia descontrolada, que levou nove meses para responder à carta da Pfizer, respondeu em dez minutos que ‘vamos fazer a Copa América’. Abertura em Brasília, jogos em Natal, Pernambuco, final com público. É inaceitável! A sociedade brasileira, a coletividade do futebol e do esporte, nós não podemos aceitar essa decisão. Que se realize, que faça o que bem entenderem, que os negacionistas façam caravanas à Brasília, para ter público na grande final. Momento apoteótico dessa porcaria dessa competição! É uma vergonha! É um tapa na cara dos brasileiros!”, completou o narrador.

https://twitter.com/maisfootball/status/1399428956047216646?s=20

Narrador recebe apoio

Além de Luis, o ex-jogador e comentarista Júnior também criticou a realização da competição no Brasil, e cobrou um posicionamento dos jogadores.

“Realmente, é inacreditável que a gente, com todos esses problemas, tenhamos uma notícia como essa aqui. Eu gostaria que os jogadores, não só do Brasil, mas de outras seleções, pudessem se posicionar em relação à realização dessa Copa América, com todos os problemas. Em todos os países você tem problemas. Gostaria que de repente os capitães das seleções se posicionassem em relação à realização da Copa América”, completou.

O anúncio da Conmebol surgiu horas após a entidade suspender a Argentina como sede da competição, que começa no dia 13 de junho, por conta da covid-19.

O Brasil tem mais de 462 mil mortes por covid-19 e ocupa o 2° lugar no mundo com mais óbitos em decorrência da doença.

*Do Uol

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Política

Em meio à pandemia, CNPq tem o menor orçamento do século 21

Maior órgão de fomento à pesquisa no Brasil opera com apenas R$ 1,2 bi, enquanto pesquisas sobre a Covid-19 ficam desfalcadas.

Segundo O Globo, o orçamento destinado ao Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal órgão de fomento à pesquisa no Brasil, é em 2021 o menor do século XXI. A redução histórica acontece em meio ao segundo ano de pandemia da Covid-19, com o desenvolvimento de pesquisas para monitoramento e produção de vacinas contra a doença.

O Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg), por exemplo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, precisou reutilizar peças de equipamentos inutilizados e contar com colaboradores voluntários para criar o coronatrack, ferramenta portátil que armazena partículas do ar para serem analisadas em laboratório e identificar a concentração do vírus no ar.

Com ele, os pesquisadores monitoram o espalhamento do vírus da Covid-19 pelo ar em favelas como o Morro Santa Marta, Zona Sul da cidade. Agora, tentam patentear o aparelho para conseguir arrecadação para outros projetos.

— Me sinto triste porque fazemos de tudo para retribuir à sociedade o que a gente aprendeu. Mas não conseguimos fazer melhor porque não há financiamento nacional, só estrangeiro — lamenta a bióloga e doutora em Geociências Juliana Nogueira, que teve que abandonar o pós-doutorado na Uerj por falta de bolsas.

Menos verbas, menos bolsas

Para este ano, o CNPq tem R$ 1,21 bilhão de orçamento. Esse valor é quase metade do disponível em 2000, quando foram destinados R$ 2,35 bilhões, segundo levantamento do GLOBO no Sistema Integrado de Operações (Siop), do Governo Federal. Porém, a quantidade de alunos na pós-graduação duplicou no mesmo período: passou de 162 mil para 320 mil. Em 2013, ano com maior investimento do século, o valor chegou a R$ 3,13 bilhões.

Criado em 1951 e vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o CNPq atua no fomento à pesquisa em ciência, tecnologia e inovação e na formação de pesquisadores nas diversas áreas de conhecimento. O órgão publica editais para repasse de verba a projetos científicos do Brasil, além de organizar a distribuição de bolsas de pesquisa para pós-graduandos.

— Vemos um verdadeiro apagão da ciência brasileira e acreditamos que haverá uma paralisação da produção científica caso não haja uma revisão orçamentária — diz a vice-presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Stella Gontijo.

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Já tem provas: ‘Bolsonaro apostou na imunidade de rebanho’, diz senador Otto Alencar

Médico, o integrante da CPI da Covid classifica de ‘irresponsabilidade criminosa’ a atitude do governo federal e diz acreditar que CPI terá consequências concretas.

O Globo – Médico e integrante da CPI da Covid, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirma que o governo federal atuou com “irresponsabilidade criminosa” ao insistir na recomendação de medicamentos ineficazes, como a cloroquina, no tratamento da Covid-19. O parlamentar também considera que os sucessivos entraves para a compra de vacinas evidenciam que o presidente Jair Bolsonaro apostou na tese da imunidade de rebanho, em que a criação de defesas naturais em um elevado número de contaminados reduziria a circulação do vírus.

Quais as informações mais importantes entre as que chegaram à CPI?

Tudo indica que Bolsonaro jogou com essa possibilidade da imunidade de rebanho, que é uma coisa criminosa. Por isso, ele descartou a vacina no ano passado, ironizou a CoronaVac, criou dificuldades diplomáticas com a China e apostou em medicações que não foram comprovadas, que não tinham nenhum efeito relacionado à doença. O depoimento de Dimas Covas, do Butantan, mostrou que a prioridade do governo federal e do Ministério da Saúde na gestão (do ex-ministro Eduardo) Pazuello nunca foi vacinar.

Como avalia a recomendação da hidroxicloroquina, comprovadamente ineficaz?

Ainda não há no mundo um medicamento para a cura da doença. Se existir amanhã, não vai ser um remédio para protozoário (como a cloroquina), vai ser um antiviral. Mas eles (bolsonaristas) sempre procuram confundir a população de forma irresponsável. Semana passada, tentaram desqualificar a vacina, dizendo que pessoas que tomaram a vacina morreram. E o que é que vai acontecer com isso? Algumas pessoas vão achar que não devem tomar a vacina. É de uma irresponsabilidade criminosa.

Já há elementos para responsabilizar o presidente?

Avançamos muito nisso, sobretudo com uma declaração da doutora Mayra Pinheiro (secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde). Em um vídeo, ela fala em imunidade de rebanho das pessoas. Fala das pessoas, depois tenta consertar e diz que falou das crianças. E ela era até hoje a principal interlocutora do presidente da República. É uma confissão de culpa.

Mas já há indício que ligue diretamente o presidente à tese da imunidade de rebanho?

Sim, o negacionismo da vacina. Se ele não queria a vacina lá no ano passado, e a vacinação poderia ter começado em dezembro, é porque esperava que houvesse imunidade e rebanho. Eu tenho a gravação do presidente da República dizendo no final do ano passado que o vírus estava indo embora, porque as pessoas estavam imunizadas. São várias gravações nesse sentido.

Alguns senadores afirmam que o que ocorreu em Manaus, com estímulo ao uso da cloroquina, foi um experimento para provar essa tese. Qual a sua opinião?

O governo mandou a Mayra Pinheiro e o Pazuello para Manaus. Essa falta de provisionamento de oxigênio não foi feita exatamente porque eles achavam que a população ia desenvolver imunidade à doença e não haveria mais mortes. Mas aí veio o ponto mais grave da doença no Brasil, a variante P.1, que se dissemina com mais facilidade e é mais letal. Então, o tiro saiu pela culatra, mas eles jogaram o tempo inteiro com essa possibilidade. Não tenho dúvida sobre a ação do ministro da Saúde nesse período. Ele pecou por ação, porque a ação foi errada, o uso do tratamento precoce. E por omissão, por não comprar as vacinas, seguindo a orientação do presidente Jair Bolsonaro.

Haverá consequências concretas para o presidente Bolsonaro e para Pazuello?

Pelos elementos que nós temos até agora, só elementos preliminares, a minha conclusão é que, entre esses membros do governo, alguns têm muita culpa nas quase 500 mil mortes que estão verificadas no Brasil. Alguém tem que pagar por essa falta de uma ação de saúde qualificada, sintonizada com o que prescrevem as orientações médicas e sanitárias. Não pode ficar impune. A não ser que a legislação não seja cumprida no Brasil e também não seja cumprida a nível internacional.

A convocação de governadores desvia o foco da CPI?

Isso é fruto da pressão que senadores como Eduardo Girão, Ciro Nogueira e Marcos Rogério, dentro do grupo da CPI, fizeram na tentativa de de verificar a aplicação dos recursos enviados para estados e municípios. Não tem como também não deixar de de se verificar isso. Acho que a verificação dos recursos federais, voluntários, que foram repassados para o combate à Covid, não podem deixar de ser fiscalizados, apurados, porque me parece que em alguns estados a aplicação foi incorreta.

Existe uma divisão no G7?

Não. É um pequeno desentendimento que já foi contornado.

*Julia Lindner/O Globo

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PE: ‘Fui fazer compra e acabei cego de um olho’; ferido desconhecia ato

“Fui ao centro comprar material para meu trabalho e acabei cego de um olho”, desabafou Daniel Campelo, 51 anos, que perdeu a visão ao ser atingido por bala de borracha ontem durante manifestação anti-Bolsonaro no Recife.

Daniel sequer sabia que haveria protesto na cidade. Ele e as filhas não costumam acompanhar a política do país nem participar de qualquer tipo de ato público.

“Meu pai trabalha com adesivação de veículos. Foi só comprar umas coisas para adesivar táxis. A gente nem sabia que estava tendo protesto”, contou Evelyn Maria de Sena ao UOL, uma das filhas de Daniel.

Ela relatou que o pai seguia por uma das pontes que cortam o rio Capibaribe, próximo à avenida Guararapes, quando percebeu a ação da PM.

“Ele disse que saiu do meio da rua e foi para o canto da calçada, já para sair do meio da confusão e seguir o caminho. Mas, de repente, sentiu a pancada no olho”, detalhou.

As filhas de Daniel foram avisadas da condição dele por um amigo. “Um colega dele taxista, que socorreu ele, foi quem nos ligou para avisar que meu pai tinha levado um tiro”, relembrou Daniele de Sena, outra filha da vítima.

“Nós não gostamos de falar de política. Não temos interesse de falar contra ou a favor de Bolsonaro ou de quem quer que seja. Nem sabia de manifestação. E até iria ao centro também. Não fui porque recebi a notícia do ferimento do meu pai”, continuou Daniele.

Após ser atingido, Daniel foi amparado por pessoas que passavam pelo local e, em seguida, socorrido no HR (Hospital da Restauração), onde passou a noite à espera de cirurgia.

As filhas de Daniel Campelo adiantaram que já estão à procura de assessoria jurídica e que vão processar o estado.

O que dizem as autoridades

Sobre a agressão a Daniel, a Polícia Militar de Pernambuco informou que não vai se pronunciar. A corporação se limitou a dizer que o governador Paulo Câmara (PSB) já se posicionou, fazendo menção ao vídeo divulgado ontem, que não aborda a questão dos feridos.

O UOL procurou o governo do estado, que garantiu que presta assistência aos dois feridos pela PM.

O governador Paulo Câmara determinou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos acompanhe a assistência médica e inicie processo de indenização às vítimas.

“Assim como estamos acompanhando a investigação que está sendo realizada pela Corregedoria, também vamos seguir de perto a assistência às pessoas feridas”, afirmou o gestor.

*Com informações do Uol

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Horror a Bolsonaro vence o medo do vírus

Foi isso que disseram neste sábado as milhares de pessoas que foram às ruas em todo o país: Bolsonaro é pior que o vírus. Chegou a hora de vencer o medo, e tomando as precauções necessárias, mostrar que a maioria (57% segundo o Poderdata) não suporta mais o genocida e exigem seu impeachment, além de mais vacinas e auxílio emergencial de R$ 600 para os desvalidos da pandemia.

Bolsonaro, o intolerável, passou recibo no seu melhor estilo “vulgaridade ilimitada”. Postou nas redes sua fotografia com camiseta em que se lê: “imorrível, imbroxável, incomível”. Como se endeusa este sujeito, como é grande sua fixação em sexo e no próprio falo!

Passou este recibo chulo, sabedor de que o sucesso das manifestações deste sábado azul mudou a conjuntura. Até aqui, estava bem para ele: sem vacina e com o vírus solto, ruas vazias. Agora mudou. Outras manifestações virão, e se era por falta de povo na rua, o presidente da Câmara, Arthur Lira, terá dificuldades para continuar sentado sobre mais de uma centena de pedidos de impeachment.

A CPI, revelando a cada depoimento a responsabilidade cristalina de Bolsonaro pelo morticínio, expondo seu negacionismo e crueldade, já fez o presidente da Câmara dizer na semana passada que vai começar a examinar os pedidos. Comece logo Lira, antes que o bonde popular o atropele. Lira é um oportunista típico do Centrão: não acolhe nenhum dos pedidos nem arquiva nenhum. Sentado sobre a pilha, conserva o poder de chantagem sobre o genocida, que pode se achar imorrível, mas não será eterno no cargo. Se não cair por impeachment, perderá para Lula em 2022.

Por falar em Lula, li neste domingo análises que atribuíram as manifestações a uma estratégia dele, e outras que cobravam sua ausência e seu silêncio sobre o primeiro ronco das ruas.

Lula não tinha que ir mesmo. As manifestações foram puxadas pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos. Não pelos partidos políticos, embora PT, PSOL, PC do B, PCO e PCB as tenham apoiado. Elas materializaram uma frente popular e suprapartidária contra Bolsonaro, em defesa das vacinas e da proteção social. Se Lula tivesse ido, estaria sendo acusado de oportunismo eleitoral.

Ademais, como defensor ardoroso das medidas de isolamento e proteção sanitária em combinação com a vacinação em massa, sua presença carregaria uma contradição. O silêncio das primeiras horas é um sinal de seu respeito pelos que, vencendo o medo do vírus, foram às ruas dizer que não é mais possível suportar Bolsonaro na Presidência. Candidato favorito hoje, respeitou a natureza não eleitoral do protesto. E ainda que nem todos que protestaram sejam seus eleitores, foi para sua candidatura que as águas correram neste sábado.

*Tereza Cruvinel/247

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Política

Avalanche democrática e popular nas ruas para conter governo militar

Jeferson Miola – “Fascistas, não passarão!

Setores de juventudes no 29M em Porto Alegre.

A avalanche democrática e popular que tomou conta das ruas das principais cidades do Brasil neste 29 de maio [29M] é o rechaço mais poderoso a Bolsonaro e ao governo fascista-militar controlado pelo partido fardado.

Governos militaristas não chegam ao fim por vontade própria, nem mesmo quando perdem eleições por eles manipuladas.

Por isso, não se pode alimentar ilusões quanto à disposição do governo militar em “largar o filé” caso não consigam eleger seu candidato em 2022 para continuarem o projeto de poder que pretendem seja duradouro.

O partido dos generais alojou mais de 10 mil militares-parasitas em cargos técnicos, típicos de ocupação por profissionais civis.

Os militares ocupam os ministérios mais relevantes, e, além disso, colonizam agências governamentais, empresas estatais e cargos técnicos de 1º, 2º e 3º escalões, para os quais, na maioria dos casos, não possuem qualificação profissional. O exemplo mais notório é do general da ativa e ex-ministro da Morte Eduardo Pazuello. O apego deles à mamata e às regalias de ganhos extra-teto, portanto, é grande.

O encerramento antecipado deste governo genocida, que tem Bolsonaro como seu biombo, só será viável com forte pressão popular e intensa mobilização social. O mesmo se pode dizer acerca do respeito que o partido militar terá em caso de sufrágio pelas urnas em 2022 de presidente que não seja do agrado deles.

Hoje eles no máximo toleram Lula, a quem consideram como inimigo mortal, em duas condições: ou inelegível, ou morto.

A história mostra que os militares só se verão obrigados a respeitar o resultado eleitoral, ou só terão seus instintos totalitários contidos, diante de gigantesca mobilização civil.

Foi o que aconteceu com a ditadura instalada em 1964, que só chegou ao fim [muito tardiamente] em 1985 em meio a um processo social vigoroso e intenso, para o qual confluíram movimentos sociais, de estudantes, de juventudes e camponeses; artistas e intelectuais; sindicalismo independente, organizações de esquerda, igreja progressista e setores liberais.

Se dependesse apenas do conchavo entre as 2 frações da classe dominante autorizadas pelo regime, que se expressavam apenas por meio dos 2 partidos autorizados pela ditadura a funcionar – a ARENA e o MDB –, o regime demoraria muito mais tempo a ruir, em que pese sua inexorável crise de legitimidade.

Neste aspecto é que reside a enorme importância da avalanche democrática e popular que ocupou as ruas do país neste 29M para reivindicar [i] o impeachment do Bolsonaro e do Mourão, [ii] vacinas para toda população já, e [iii] pão e comida para saciar a fome de milhões de brasileiros/as desvalidos/as.

A eficácia da luta para afastar urgentemente o genocida da presidência e deter o morticínio macabro, do mesmo modo que a eficácia da luta pela garantia do respeito ao resultado da eleição de 2022, depende da ampla e radicalizada mobilização popular nas ruas.

Este 29 de maio de 2021 pode representar o início de um novo ciclo. Pode simbolizar o marco de um novo padrão de resposta popular para o enfrentamento frontal e eficaz a Bolsonaro e ao governo militar que é indispensável de ser dada, mesmo em meio à pandemia,.

O 29M tem de impulsionar a inauguração de uma dinâmica radicalizada e vigorosa da ação política e de massas no Brasil. É hora da esquerda radicalizar, para se contrapor à altura à radicalização da extrema-direita.

Como alerta Safatle, “A gente tem um processo de natureza revolucionária sendo capitaneado pela extrema-direita e acho importante entender que tem que ter outra revolução. É necessário uma radicalização dos dois polos. O polo da extrema-direita já se radicalizou”.

É preciso, definitivamente, se levar mais a sério setores das juventudes no 29M em Porto Alegre que gritavam: “Fascistas não passarão! Vocês querem ditadura, nós queremos Revolução!”.

É isso, a Revolução; ou é o não-futuro, a ditadura.

*Jeferson Miola/247

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