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Bolsonaro libera bem menos verbas federais para prefeitos de partidos de oposição

A média de verba por habitante liberada para prefeitos de partidos de centro ou direita até julho deste ano foi 56% maior do que aquela enviada a municípios comandados por legendas de oposição.

No governo Jair Bolsonaro, as prefeituras comandadas pela oposição foram prejudicadas na distribuição de dinheiro. A média de verba por habitante liberada para prefeitos de partidos de centro ou direita até julho deste ano foi 56% maior do que aquela enviada a municípios comandados por legendas de oposição, principalmente devido à influência de parlamentares no Executivo.

Levantamento do GLOBO mostra que, entre as 10 prefeituras que mais receberam dinheiro do governo para investimentos, nenhuma é de oposição. Os partidos mais beneficiados são PROS, Solidariedade, Republicanos, PSD, PP, MDB, Avante, PL, PV, DEM, PSC e PTB, nessa ordem. Em 13° lugar, vem o PDT e, depois, o PT.

Apesar de não ter loteado ministérios entre partidos, a articulação política de Bolsonaro criou um sistema para direcionar verba para municípios de acordo com o alinhamento das legendas. Em negociações sensíveis no Congresso, como a reforma da Previdência, o governo colheu indicações de deputados, repassadas pela Secretaria de Governo aos ministérios.

O total de valores empenhados (reservados para pagamentos futuros) para investimentos em municípios sobre os quais o governo teve controle desde a posse de Bolsonaro é R$ 858 milhões. Dos 5.570 municípios brasileiros, só 763 tiveram empenhos desse tipo, sem considerar emendas parlamentares. Desse total, 134 são de prefeitos de oposição e 629, de partidos de centro ou de direita, estejam ou não na base aliada formal do governo no Congresso.

Nathan Macena Souza, prefeito de Careiro (AM), lembra que, quando assumiu seu município em 2017, não havia hospital, médicos especialistas e ambulância. Hoje, há na cidade 20 médicos. Todos pagos com verba federal.

Só com o recurso do FPM (Fundo de Participação de Municípios, transferência obrigatória da União que paga as contas das cidades pequenas), não consigo fazer nada.

A verba empenhada em 2019 para a prefeitura, R$ 6,6 milhões, se somou ao que parlamentares aliados conseguiram liberar em emendas. Ele frisa que parece muito, mas é pouco para uma cidade com cerca de 50 mil habitantes. Eleito pelo PROS, diz que mudou para o Republicanos especialmente devido à ajuda que recebeu do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).

Eles (parlamentares) vão até o ministro, tem aqueles negócios da base do governo. Não sei te dizer como funciona, mas eles têm o jeito de liberar o recurso. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o Silas Câmara ajudam muito.

Já o município de Xapuri (AC), com 20 mil habitantes e comandando por Bira Vasconcelos (PT), está em uma situação distinta. Não recebeu nenhum investimento liberado diretamente pelos ministérios no ano passado. Na cidade, não há esgoto tratado nem aterro sanitário, relata o prefeito.

Não temos parlamentar de esquerda no Acre, exceto a Perpétua Almeida (PCdoB). Então, encaro (a falta de investimento) com naturalidade, mas com preocupação, já que deveríamos ter o mesmo tratamento republicano.

 

*Com informações de O Globo

 

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Agora, Fachin diz que candidatura de Lula em 2018 teria “feito bem à democracia”

“Mantenho a convicção de que não há democracia sem ruído, sem direitos políticos de quem quer que seja. Não nos deixemos levar pelos ódios”, afirmou Fachin.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin disse nesta segunda (17) que a candidatura de Lula em 2018 teria “feito bem à democracia brasileira.”

“O tempo mostrou que teria feito bem à democracia brasileira se a tese que sustentei no TSE tivesse prosperado na Justiça Eleitoral. Fazer fortalecer no Estado democrático o império da lei igual para todos é imprescindível, especialmente para não tolher direitos políticos”, disse.

Em 2018, Lula foi impedido de disputar a eleição com base na lei da Ficha Limpa, que o barrava por causa da condenação em segunda instância no caso triplex. Sua defesa conseguiu uma liminar da Comissão de Direitos Humanos da ONU, para que sua candidatura fosse aceita até que o processo da Lava Jato tivesse trânsito em julgado. Mas o TSE não acatou a ordem internacional.

“No julgamento no TSE em que esteve em pauta a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fiquei vencido, mas mantenho a convicção de que não há democracia sem ruído, sem direitos políticos de quem quer que seja. Não nos deixemos levar pelos ódios”, afirmou Fachin, segundo relatos do Valor Econômico.

 

*Com informações do GGN

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Queiroz é alvo de inquéritos por mortes em operações quando era PM

A atuação de Fabrício Queiroz, ex-assessor do vereador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em operações policiais na época em que ele era sargento é alvo de ao menos dois inquéritos da Polícia Civil. Adriano da Nóbrega, miliciano morto que era tenente da corporação à época, também é investigado em um dos casos.

As investigações fazem parte dos 553 inquéritos abertos pela polícia entre 2000 e 2005 sobre 784 mortes durante operações policiais que ainda estão sem resolução. O número foi obtido pelo jornal Extra via Lei de Acesso à Informação.

Um dos inquéritos que investigam Queiroz refere-se a uma operação que aconteceu no dia 13 de maio de 2003. O 18º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Jacarepaguá conduziu a ação na Cidade de Deus. A operação culminou na morte de Anderson Rosa de Souza, 29. Os policiais envolvidos eram o sargento Fabrício Queiroz e o tenente Adriano da Nóbrega.

Segundo o jornal, até hoje, a 32ª DP de Taquara não realizou perícia nos fuzis dos policiais, nem ouviu parentes da vítima. Isso 17 anos depois da morte na operação. O inquérito teria ouvido somente os dois investigados.

O promotor Cláudio Calo disse que causa perplexidade os fuzis não terem sido periciados e estranheza pela “falta de juntada [peças processuais] dos antecedentes criminais dos policiais”.

Adriano foi expulso da polícia anos depois por envolvimento com milicianos. Investigado pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol), em março de 2018, ele foi morto em fevereiro deste ano na Bahia, durante confronto policial.

Queiroz está em prisão domiciliar desde julho depois de uma operação da polícia. Ele estava em Atibaia, cidade do interior de São Paulo, quando foi preso em 18 de junho. Queiroz é apontado como chefe de um esquema de “rachadinhas ” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), quando o parlamentar ainda era deputado estadual.

Mais um caso

Fabrício Queiroz tem mais um inquérito sobre morte em serviço. O caso ocorreu em 2002, em uma operação do 18º BPM, com a morte de Gênesis Luiz Conceição da Silva.

O então sargento foi um dos que atirou. De acordo com o jornal, ele nunca foi ouvido e o inquérito está em sua fase final.

Envolvimento de Ronnie Lessa

Outra investigação, essa sobre a morte de Dálber Virgílio da Silva e Luiz Fernando Aniceto Alves, em 2000, levou a uma denúncia contra Ronnie Lessa – PM reformado e acusado de matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes – e mais dois agentes.

O caso ocorreu em 2000 e uma testemunha foi achada mais de 18 anos depois.

O inquérito prosseguiu e Lessa foi denunciado pelos homicídios duas semanas atrás.

 

*Com informações do Uol

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Para incriminar Lula, Palocci embolsou R$ 30 milhões e não agiu sozinho

Antonio Palocci não vale nada, já se sabia, mas é preciso também verificar a responsabilidade dos policiais federais e do desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, na fraude que foi a delação do ex-ministro.

Durante mais de dois anos, Palocci se ofereceu a Moro para delatar. Ameaçou entregar a Globo e bancos, em depoimento que tratou de outro assunto.

Até a força-tarefa de Curitiba rejeitou, talvez em uma estratégia que só se compreenderia mais tarde: terceirizar a responsabilidade.

Na época, em chat privado, a procuradora Laura Tessler chegou a comentou sobre a farsa, como se saberia pela Vaza Jato.

“Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou.

“O melhor é que (Palocci) fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja”, acrescentou Antônio Carlos Welter.

Moro também achava a delação fraca, segundo as conversas do chat que se tornariam públicas.

Mesmo assim, divulgou um dos anexos da delação quando faltava uma semana para o primeiro turno das eleições de 2018.

Quem negociou delação e tomou os depoimentos foi a Polícia Federal em Curitiba — braço da Lava Jato. E quem homologou foi o amigo de Moro no TRF-4, João Pedro Gebran Neto.

Com o acordo, Palocci deixou a cadeia, com 30 milhões de reais lavados pela Justiça, já que esse dinheiro se encontrava bloqueado por ser resultado dos crimes que o próprio ex-ministro cometeu.

Em reportagem publicada hoje, com base no relatório da PF para investigar denúncias apresentadas na delação sobre vazamento de informação privilegiada do Banco Central, o Conjur informa os únicos delitos comprovados até agora “foram praticados pelo próprio Palocci”.

Ele “falsificou agendas de compromissos e contratos para dar ares de veracidade ao que disse”, registra.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, não tem dúvida de que a delação atendeu a interesse político.

“Sempre dissemos que a delação de Palocci era um instrumento da Lava Jato para praticar lawfare contra o ex-presidente Lula. Na semana passada o Supremo Tribunal Federal acolheu um dos recursos que levamos à Corte para reconhecer que Moro agiu de forma ilegal e com viés político ao anexar, de ofício, essa delação ao processo de Lula seis dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Agora a Polícia Federal concluiu que a mesma delação é um nada. Isso reforça que sempre estivemos na direção certa e que Moro e a Lava Jato praticaram intenso lawfare para tentar aniquilar Lula e para isso colocaram o país numa situação terrível”, afirmou.

Com fortuna legalizada, Palocci aplicou um golpe, mas se engana quem imagina que a Justiça foi vítima.

Como mostram os diálogos da Vaza Jato, só acreditou nele quem quis ou quem também viu algum benefício nas mentiras que Palocci contava.

Benefícios não para o sistema de justiça, mas para se encaixar em jogo político ou algo ainda mais imoral do que isso.

Se não forem responsabilizados — e é difícil que seja, já que a delação é como um contrato e, portanto, se caracteriza como ato jurídico perfeito –, os responsáveis pela delação de Palocci devem ser expostos à execração pública.

São cúmplices.

 

*Joaquim de Carvalho/DCM

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Mercado entra em parafuso com apostas de furo ao teto de gastos. XP fala em dólar a R$ 6,50

Segundo o Infomoney, Investidores ouvidos pela XP Investimentos veem dólar a R$ 6,50 e Ibovespa a 80.000 pontos caso âncora fiscal seja extinta

Uma sondagem feita pela XP Investimentos com 72 investidores institucionais, entre a noite de quinta e a manhã de sexta-feira (14), mostra que 67% acreditam que a âncora fiscal será “furada” de alguma forma a partir do ano que vem.

A maioria dos entrevistados (53%) acredita que o teto de gastos será alterado ou driblado de alguma forma a permitir gastos adicionais do governo.

Segundo o levantamento, entre os que esperam o descumprimento da regra, a média das projeções indica um “transbordamento” de R$ 54 bilhões em relação ao limite de R$ 1,485 trilhão fixado para o orçamento do ano que vem. O valor do teto é formado a partir da inflação medida pelo IPCA do IBGE nos doze meses encerrados em junho (2,13%).

Entre os entrevistados, 44% são gestores, 32% economistas e 15% traders. A maior parte do público atua em gestoras (68%). Outros 24% trabalham em bancos ou instituições financeiras.

O fura-teto, Bolsonaro, quer mais é que o teto se exploda. Ele quer se manter no poder para cercar frango e não deixar que as investigações contra o clã avancem, pois do contrário, vai a família toda em cana.

Trocando em miúdos: responsabilidade fiscal é mantra sagrado para quem só pensa em Estado mínimo.

Bolsonaro não tem projeto de Estado e nem de mercado, ele sempre teve projetos pessoais que inclui apenas os do clã e, por isso, não vai querer abandonar o que embala sua popularidade, que é o auxílio emergencial, o que está deixando o mercado, que tem fobia de pobre, em completo estado de horror com o monstro que alimentou até aqui.

 

*Da redação

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O que o Datafolha revelou foi uma grande vitória política da esquerda e uma grande derrota da direita

Não interessa que a população não saiba que foi a esquerda quem conseguiu impor goela abaixo de Bolsonaro o auxílio emergencial de R$ 600 que deu a ele algum chão que havia perdido, justamente porque não conseguiu qualquer apoio do povo em seus 20 meses de governo.

Se parte da esquerda está desolada com o Datafolha, a direita clássica está sem cor, anunciando a falência do governo Bolsonaro.

A obsessão dessa gente pelo Estado mínimo para os pobres é uma doença. Isso faz parte da personalidade mística das classes opulentas no Brasil. Por isso a vitória temporária de Bolsonaro numa pesquisa do Datafolha deixou de cabelo em pé a direita apaixonada por Guedes, que ameaça deixar Bolsonaro se ele continuar a seguir a linha mestra da esquerda, com programas sociais que tragam qualquer benefício a uma legião de pobres e miseráveis nesse país.

A direita não está interessada no ganho político de Bolsonaro, mas em privatizações, cortes orçamentários e um calhamaço de regras neoliberais que Bolsonaro, segundo ela, já abandonou.

É praticamente unanimidade na direita, principalmente entre banqueiros, rentistas e grandes empresários que Guedes já foi para a frigideira e está para pular fora do governo ou mesmo ser pulado por Bolsonaro.

Bolsonaro é pragmático, está enrolado, tem uma família de criminosos e todos os dias pipoca uma notícia nova que envolve a organização criminosa da família que, como mostram os fatos, ninguém se salva. E se isso não importa para os endinheirados, apavora Bolsonaro, porque basta pegar um de seus filhos que o chão dele desaparece de vez. E como ele sabe onde seu calo aperta, está tentando um meio termo impossível entre os interesses da classe dominante e a sobrevivência dos mais pobres.

E é aí que a porca torce o rabo, porque a reação da pesquisa Datafolha mostrando Bolsonaro com a popularidade crescente em função do auxílio emergencial, azedou o fígado de um número infinitamente maior dos abutres da direita do que alguns apressados da esquerda que andam apavorados com a sua “melhora” nas pesquisas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Para 97,8% dos professores de direito, Moro foi parcial contra Lula, em condenação.

Pesquisa realizada com 283 docentes de Direito de todo o Brasil revela ainda que 96,4% acreditam que houve conluio de setores da mídia com Moro no julgamento de Lula. Para 95,4% reportagens da Vaza Jato devem ser usadas no julgamento da suspeição do ex-juiz pelo STF.

O projeto Suspeição vai além em sua análise, ao mostrar que 80,9% dos docentes acreditam que Sérgio Moro já considerava o ex-presidente Lula culpado, antes mesmo da instrução no processo. Ou seja, já havia pré-julgamento em prejuízo ao réu.

Indagados se a relação de Moro com a imprensa influenciou a opinião pública a respeito da formação da culpa de Lula, 96,4% respondem que “sim”. Apenas 2,83% respondem que a relação de Sergio Moro com a imprensa não suscita falta de imparcialidade.

Para 95,4% dos professores, os diálogos vazados pelo site The Intercept Brasil, no episódio conhecido como Vaza Jato, devem sim serem aceitos pelo STF em pedido de habeas-corpus em favor do ex-presidente, pela suspeição do ex-super-juiz Sérgio Moro.

Em relação ao julgamento, que deve entrar em breve na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), 85,5% acreditam que a conduta de Moro pode ser enquadrada no art. 254 do Código de Processo Penal, especialmente em face do que está consignado em seu inciso IV, que diz que ele pode ter sido parcial ao “aconselhar qualquer das partes”.

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Agora, a Família Marinho exige provas do doleiro que delatou.

Para a Globo, delação sem provas no dos outros é refresco.

Bastou Dario Messer, o doleiro dos doleiros, delatar os Marinho que a Globo, que soltou rojão no Jornal Nacional quando Moro condenou Lula por delação sem provas, para Bonner enfatizar que a delação de Messer não veio acompanhada de provas.

Segundo a revista Veja a operação entre doleiro e família dona da Rede Globo teria sido iniciada nos anos 90.

No acordo homologado pela Justiça Federal do Rio, o “doleiro dos doleiros” disse que sua equipe entregava de 2 a 3 vezes por mês valores oscilavam de US$ 50 mil a US$ 300 mil.

O doleiro, no entanto, teria dito que nunca se encontrou com integrantes da família Marinho e não teria apresentado provas dos fatos.

“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, esclarecemos que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm e nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma forma, nunca realizaram operações não declaradas às autoridades brasileiras”, diz a nota da família Marinho, lida ao vivo por William Bonner.

Agora, a Globo descobriu que para uma delação ser válida, o delator deve indicar provas, não basta a palavra do delator.

Desde quando os donos da Globo exigiram provas de delação contra Lula? Nunca!

Eles davam como verdade absoluta e, se a Globo disse ser verdade, muitos incautos caíram no conto de Moro e sua Lava Jato, parceira da Globo.

 

*Da redação

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Para a elite, Bolsonaro pode assassinar 100 mil ou 1 milhão, só não pode furar o teto de gastos

Burlesca e caricata, a elite nativa, cada vez menos nacional, está pouco se lixando se morrerão 100 mil, 200, 300 ou 1 milhão de brasileiros por Covid-19, por culpa do genocida que está sentado na cadeira da presidência, ela não está de olho nos hospitais, porque até então, praticamente não morreu ninguém dos de cima. O que interessa à elite são os cofres do Estado, por isso mesmo comemora a aprovação pelo Senado do projeto que retira R$ 242 bilhões da saúde e da educação.

A maioria dos nossos super ricos sequer mora no Brasil. Seus filhos estudam nas melhores escolas mundo afora e, desde novinhos, já aprendem a dar uma banana para o país que tem uma elite bananeira, herdeira escravocrata que transformou as instituições brasileiras em espelho de sua alma, mesquinha, funesta, inculta e visceralmente selvagem.

Essa gente, como preocupação, tem apenas a de ter um produto que lhe dê margem para vender o mais caro possível para lucrar o máximo que podem. É assim que ela pensa sobre a produção e os trabalhadores brasileiros, quanto mais precarizados, mais lucros darão para os donos da terra.

Não adianta, em plena guerra de Bolsonaro com a Globo, que acirrou nos últimos dias, reclamar da elite dizendo que ela não se importa com os mortos e por que diabos Merval Pereira acha que a elite deve se importar com os mortos pela Covid- 19 se o próprio disse que Bolsonaro não é suficientemente neoliberal para cumprir todas as maldades de Guedes contra o povo brasileiro?

Essa gente nunca mordeu com tanta força o próprio rabo.

O fato é que estão todos numa encruzilhada e a conta não fecha. Bolsonaro, um bandido, sabido por todos que, durante 30 anos, como parlamentar, montou uma organização criminosa com lavagem de dinheiro, funcionários fantasmas, milicianos, assassinos de aluguel, grileiros, madeireiros, garimpeiros em que sua família, contando da atual mulher às duas anteriores e os filhos fazem parte da bandalha. Nada disso teve importância para a Globo na hora de apoiá-lo fervorosamente na eleição de 2018 contando com o antipetismo que se transformou numa verdadeira psicopatia dos Marinho.

Mais que isso, a Globo, que é parte da elite, até hoje não teve coragem de dizer que dois dos maiores vigaristas do país, Paulo Guedes e Moro são os principais responsáveis por colocar um genocida no poder e não diz isso, porque Guedes reza por sua cartilha ultraliberal e Moro, além de entregar a cabeça de Lula numa bandeja aos próprios Marinho para eleger Bolsonaro e ganhar o cargo de ministro, é o candidato dela na eleição de 2022.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro só tem o auxílio emergencial aprovado pelo povo; auxílio proposto pela esquerda no Congresso que ele foi contra e perdeu

Ironicamente, depois de 20 meses de um governo fracassado na área econômica e, consequentemente na prometida política de geração de empregos, depois de uma série de reformas, Bolsonaro ainda soma contra si, além dos crimes de corrupção da família, o título de genocida, por sua conduta criminosa diante da pandemia, tendo apenas o auxílio emergencial como algo que obteve aprovação da sociedade, o que levou ao aumento da aprovação de seu governo.

Para muitos isso é uma vitória de Bolsonaro porque transformou limão em limonada, já que queria dar, no máximo, R$ 200 de auxílio e o Congresso aprovou o projeto, liderado pela esquerda, que elevou o valor para R$ 600.

Lógico que Bolsonaro transformaria esse mata-leão que tomou em obra de seu governo, porque ele suficientemente mau-caráter para exaltar programas sociais nos quais a vida inteira ele cuspiu ódio como o Bolsa Família.

Mais irônico ainda são os bolsonaristas que hoje comemoram o aumento de sua popularidade porque Bolsonaro foi obrigado pelo Congresso a cumprir um programa social da esquerda.

Isso revela o nível de indigência desse governo, não ter um único projeto ou programa além desse que foi aprovado pela sociedade depois de 1 ano e 8 meses de governo. É mesmo coisa de “mito”.

O que precisa ser calculado não é o que Bolsonaro ganhou politicamente com o auxílio emergencial que era contra, mas a reprovação do povo a todos os programas e reformas de seu governo até então. O homem é um portento em fracassos políticos. Precisou ser salvo pela esquerda para continuar sobrevivendo politicamente, aos trancos e barrancos, porque se dependesse das políticas ultraliberais de Guedes, Bolsonaro hoje teria apoio apenas do gado que muge ódio, que gira em torno de, no máximo, 20%.

É isso que tem que ser calculado por uma análise pragmática sobre a tal pesquisa do Datafolha.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas