Categorias
Saúde

Anticorpos clonados podem ser cura do coronavírus antes da vacina. Veja estudo

O clone de anticorpos para produzir uma terapia pode ser capaz de tanto combater o vírus de doentes, como também proteger o sistema imune dos que não foram contagiados.

No meio científico, a pandemia do novo coronavírus caminha entre medicamentos sem suficiente comprovação de eficácia e vacinas que estão a meses ou anos de serem concluídas. Uma terceira opção está sendo apostada pelo pesquisador brasileiro Michel Nussenzweing, da Universidade Rockefeller, em Nova York (EUA): o clone de anticorpos para produzir uma terapia capaz de tanto combater o vírus, como também proteger o sistema imunológico dos que não foram contagiados.

O cientista Nussenzweig publicou o avanço de sua pesquisa no site BiorXiv, informando que já dará início à fase de testes em pessoas entre junho e setembro deste ano. A partir do mês que vêm, o estudo preliminar deverá verificar na prática os resultados as proteínas de ataque do sistema imune, que foram reproduzidas em laboratório por um sistema similar ao clone das de pacientes que já superaram o Covid-19. O GGN teve acesso ao estudo [abaixo].

São anticorpos “monoclonais” produzidos a partir da análise do sangue de 68 pacientes recuperados, e detectando um material que o cientista acredita ser capaz de, no formato de dose proteica, combater o vírus em pacientes com complicações e em fase aguda e também em prevenir que pessoas se contagiem.

“Embora ainda não exista vacina, é provável que os anticorpos sejam essenciais para a proteção. No entanto, pouco se sabe sobre a resposta do anticorpo humano ao SARS-CoV-2. Aqui relatamos 68 indivíduos convalescentes da COVID-19”, aponta a pesquisa.

Ao analisar o sangue desses pacientes, Michel Nussenzweing identificou que apesar de se tratar de anticorpos diferentes, havia semelhanças na estrutura dessas proteínas que eram capazes de se conectar à superfície do coronavírus, e decidiu reproduzir em laboratório células com estas características. “A clonagem de anticorpos revelou clones expandidos de células B de memória específica para RBD que expressam anticorpos intimamente relacionados em diferentes indivíduos”, explica na introdução do artigo publicado.

A pesquisa ainda revelou que os pacientes recuperados do Covid-19 precisaram de somente pequenas quantidades desses anticorpos para neutralizar o coronavírus, o que foi considerado um ponto positivo para o uso desses anticorpos em vacinas futuras. Assim, o estudo indicou que “as vacinas que induzem especificamente anticorpos direcionados ao SARS-CoV-2 RBD podem vir a ser eficazes”.

“A maioria dos plasmas convalescentes obtidos de indivíduos que se recuperam do Covid-19 sem hospitalização não contêm altos níveis de atividade neutralizante. No entanto, foram encontrados em todos os indivíduos testados anticorpos específicos para RBD raros, porém recorrentes, com atividade antiviral potente, sugerindo que uma vacina projetada para obter tais anticorpos poderia ser amplamente eficaz”, traz o estudo.

Entretanto, neste último aspecto, de se utilizar estes anticorpos para vacinas, a pesquisa apontou que as reações do sistema imunológico do paciente hospedeiro podem tanto aumentar a imunidade e ajudar a limpar o vírus e as células infectadas, como também “podem levar ao aprimoramento da doença”, situação que foi vista durante as pesquisas de vacinas contra a dengue, e que “possivelmente podem ocorrer em infecções por coronavírus”.

“Esse problema impediu o desenvolvimento da vacina contra a dengue, mas não interferiu no uso clínico de anticorpos neutralizantes potentes que podem ser modificados para evitar interações com o receptor gama Fc e permanecer protetores contra patógenos virais”, apontou o estudo, indicando assim que o uso desses anticorpos clonados em terapias clínicas podem ser eficientes, além de seguras e mais facilmente desenvolvidas em um menor período.

 

 

*Com informações do GGN

Categorias
Uncategorized

Blogueira é nomeada no Iphan sem qualificação exigida para o cargo

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio escolheu Monique Aguiar para coordenar o órgão no Rio de Janeiro. não atende a critérios exigidos.

A blogueira Monique Aguiar, nomeada para coordenar no Rio de Janeirio o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não tem a qualificação curricular exigida por lei para ocupar um cargo de direção de nível 3, o chamado DAS 3.

Mesmo assim, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, assinou sua nomeação no dia 16 de abril.

O ministério não soube informar à coluna por que o ministro a nomeou sem os pré-requisitos, e respondeu que a situação de Aguiar está “sob análise”.

De acordo com o currículo da coordenadora, que só agora foi entregue ao Ministério do Turismo — embora ela esteja nomeada há um mês —, Aguiar não tem curso superior em nenhuma área.

A coordenadora afirmou em redes sociais, entretanto, que tinha curso superior em turismo.

Em seu currículo, ela cita formação e experiências profissionais que nada têm a ver com a área do patrimônio histórico e artístico.

Afirma ter se formado como professora durante o Ensino Médio e estar cursando turismo na Estácio e teatro na Escola de Atores para TV CCPAC.

Diz ter criado um site de divulgação de destinos turísticos, ter escrito para dois sites de Macaé (RJ), ter sido executiva de contas da Cielo, representante da Desconto Brasil, corretora de seguros de Bradesco e Alfalink e vendedora de carros Chrevrolet e Hyundai.

O artigo 3 do decreto 9.727 define que, para ocupar um cargo DAS 3, é necessário atender a pelo menos um desses cinco critérios:

– possuir experiência profissional de, no mínimo, dois anos em atividades correlatas às áreas de atuação do órgão;
– ter ocupado cargo em comissão ou função de confiança em qualquer Poder, inclusive na administração pública indireta, de qualquer ente federativo por, no mínimo, um ano;
– possuir título de especialista, mestre ou doutor em área correlata às áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas relacionadas às atribuições do cargo ou da função;
– ser servidor público ocupante de cargo efetivo de nível superior ou militar do círculo hierárquico de oficial ou oficial-general;
– ter concluído cursos de capacitação em escolas de governo em áreas correlatas ao cargo ou à função para o qual tenha sido indicado, com carga horária mínima acumulada de cento e vinte horas.

Procurado ontem para que o ministro Marcelo Álvaro Antonio respondesse por que desrespeitou o decreto que regula competências do DAS, o Ministério do Turismo enviou a seguinte nota:

“O Ministério do Turismo informa que a situação de Monique Aguiar esta em análise pela Pasta e a conclusão deverá ser divulgada nos próximos dias”.

A coluna também perguntou se Monique Aguiar queria comentar o fato de ter dito em redes sociais que tinha curso superior, mas o ministério não respondeu sobre isso.

 

 

*Com informações da Época

 

 

 

Categorias
Mundo

O homem que arruinou a extrema direita nos EUA

Com sua conta no Twitter, Sleeping Giants, Matt Rivitz deixou quase sem publicidade a mídia ultraconservadora americana. Seus métodos já chegaram à Europa.

O site de extrema direita Breitbart News perdeu mais de oito milhões de euros (50,7 milhões de reais) em publicidade por culpa de uma conta no Twitter. O próprio ex-diretor do site Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, revela o valor em um documentário da Netflix (The Brink), no qual ataca duramente esse perfil da rede social. O perfil se chama Sleeping Giants, tem 250.000 seguidores e sua descrição diz: “Um movimento para tornar o fanatismo e o sexismo menos lucrativos”. Em seguida, uma citação de Steve Bannon sobre o Sleeping Giants: “Eles são o pior que há”.

A conta no Twitter foi criada em novembro de 2016 com uma única missão: informar e alertar as empresas de que a publicidade de seus produtos aparecia em sites de extrema direita. O administrador anexava capturas de tela e as compartilhava nas redes das marcas afetadas. Em poucos meses, 4.500 anunciantes removeram sua publicidade do Breitbart News. O apresentador conservador Bill O’Reilly, da Fox, perdeu praticamente todos os seus anunciantes. O investidor de ultradireita Robert Mercer se viu obrigado a deixar seu cargo de CEO na Renaissance Tecnhologies depois que vários clientes ameaçaram abandonar a empresa ao saber de sua relação com supremacistas brancos. Além disso, várias dezenas de ativistas filonazistas perderam a capacidade de monetizar suas operações através de plataformas de pagamento.

Essa fuga tão selvagem de capitais que golpeou o coração das fontes de financiamento da extrema direita não podia ficar impune, por isso o lobby do Breitbart começou a investigar na deep web, a parte da Internet não indexada pelos mecanismos de busca, até descobrir a pessoa por trás do Sleeping Giants. O site conservador The Daily Caller publicou seu nome: Matt Rivitz. “Foi a única vez que tive medo. Meu endereço apareceu em todas as seções de comentários do Breitbart, o Daily Stormer [principal site neonazista da Internet] escreveu um artigo violento e antissemita sobre mim, e meu filho de 14 anos recebeu ameaças sérias de morte, assim como a direção da nossa sinagoga”, diz Rivitz.

Matt Rivitz é um publicitário que observava como a publicidade programática estava causando estragos na reputação das marcas sem que as empresas soubessem onde seu logotipo era inserido, e decidiu intervir. O Sleeping Giants era um experimento de duas semanas que se transformou em uma ferramenta muito poderosa para lutar contra esse tipo de prática, que desvirtuou o mercado publicitário online. “As agências de mídia contratam espaços sem nenhum rigor, independentemente do tipo de conteúdo dos sites, e é um verdadeiro desastre. Essas empresas deveriam apoiar conteúdo de qualidade e não se reger apenar pelo número de visualizações”, afirma Rivitz. Ele alerta que essas compras programáticas já causaram danos irreparáveis a veículos de comunicação locais e regionais. A prática é 100% quantitativa e não valoriza mais parâmetros.

“Esse tipo de publicidade é uma farsa. Os anunciantes precisam de ferramentas que forneçam transparência para encontrar conteúdos de qualidade”, destaca Rivitz. O publicitário critica o Facebook e o Google porque, apesar de terem grande capacidade de bloquear e eliminar esses conteúdos, priorizam, segundo ele, as visualizações e os ganhos, em vez da qualidade e do compromisso de fazer com que a Internet seja um espaço mais seguro. “Essas duas empresas, que têm o duopólio e são mais poderosas do que muitos Governos, causam enormes danos controlando e manipulando algoritmos. Parece que ninguém as obriga a prestar contas.”

O Sleeping Giants já atua em onze países por meio de células anônimas e independentes. Rivitz explica que, em certo sentido, a estrutura é comparável à mostrada no filme Cães de Aluguel: as células não se conhecem entre si, mantêm o anonimato e lutam contra um inimigo comum. A organização não tem financiamento privado e só arrecadou dinheiro de forma pontual através de plataformas como GoFundMe para ações concretas. Por exemplo, quando instalaram um cartaz em um carro para dar voltas em torno da sede da Amazon pedindo que a empresa parasse de vender merchandising do Breitbart.

Além de causar um prejuízo financeiro significativo para a mídia ultraconservadora nos EUA, a conquista mais importante de Rivitz até agora ocorreu na França, onde conseguiu que fosse aprovada uma regulamentação governamental −a Emenda Sleeping Giants− para evitar que anunciantes financiem o ódio e o extremismo online. “Mas ainda não conseguimos uma mudança sistêmica na publicidade. Estou bastante cansado depois de quatro anos lutando contra a corrente, mas acredito que vale a pena e seguiremos na primeira linha de ação quando a pandemia passar para segundo plano”.

 

 

*Rebeca Queimaliños/El País

Categorias
Uncategorized

Por culpa de Bolsonaro, Brasil corre risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra coronavírus

“Brasil paga um preço alto por ter eleito Bolsonaro: nação tem a imagem deteriorada pela desordem federal na condução da saúde pública. Descrédito em relação ao governo ameaça deixar o país como última fronteira a receber a vacina contra a pandemia”. (Saul Leblon – Carta Maior)

O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo. (Valor Econômico).

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Um Moro para dois Queiroz

Moro hoje estava como Carluxo no twitter.

Assim que a Folha publicou a ótima matéria de Monica Bergamo com a explosiva entrevista do ex-aliado de Bolsonaro, Paulo Marinho, Moro sapecou sua moral enviesada na rede:
“Espero que os fatos revelados,com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos”

Segundo o empresário, Flávio lhe revelou, na presença de três outras pessoas, que, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2018, recebeu um aviso de que a Polícia Federal deflagraria uma operação e de que um dos alvos era Fabrício Queiroz.

O alerta foi feito pessoalmente por um delegado da PF, simpatizante da candidatura de Bolsonaro.

A operação Furna da Onça estava pronta para ser deflagrada, mas foi adiada para não prejudicar a candidatura de Bolsonaro.

Só sobre esse caso em que o empresário diz ter provas, já detona o clã inteiro.

Mas Moro não tem a mínima moral para falar que espera esclarecimento do caso Queiroz-Flávio.

Moro, em 22 de janeiro de 2019, já ministro da Justiça e Segurança Pública, perguntado sobre o esquema dos dois, Queiroz e Flávio Bolsonaro, ele respondeu: “Não me cabe comentar sobre isso”.

Então, quando era ministro de Bolsonaro não lhe cabia comentar nada sobre Queiroz e o clã e, agora que não é mais nada, cabe ficar comentando a denúncia no twitter?

Até o mundo mineral sabe que Moro trabalhou como capanga da milícia na proteção dos filhos e do próprio Bolsonaro.

Agora que está pleiteando uma vaga na disputa presidencial de 2022, o sujeito que serviu a Queiroz e ao Clã Bolsonaro, fala que espera que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos?

Por que não quis esclarecer o cheque de Queiroz depositado na conta de Michelle Bolsonaro? Pior, não quis nem comentar o assunto Queiroz?

Tem que ser muito vigarista para tratar Queiroz como se fosse dois.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Relatório do Coaf mostra que PF sabia de movimentação de Queiroz antes da eleição de 2018

Ex-aliado de Bolsonaro, empresário Paulo Marinho relatou que delegado avisou Flávio Bolsonaro da operação que iria expor seu assessor.

Relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre casos de movimentação financeira fora do padrão de servidores da Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj) reforça a versão divulgada pelo empresário Paulo Marinho de que a Polícia Federal sabia de irregularidades envolvendo Fabricio Queiroz, então assessor de Flávio Bolsonaro no legislativo estadual em 2018.

O documento do Coaf foi elaborado em janeiro daquele ano e enviado ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ele faz parte da documentação que deu origem à chamada operação da PF “Furna da Onça”.

Marinho declarou à Folha de S.Paulo que, em outubro de 2018, o senador Flávio Bolsonaro teria recebido informações vazadas por delegado da PF, dando conta de que Queiroz estava na mira das investigações. A operação só foi deflagrada em 8 de novembro de 2018. Na época, a PF assim resumiu o que era a apuração que acabara de sair às ruas em busca de seus alvos.

“A Polícia Federal deflagra nesta manhã (08/11) a Operação Furna da Onça*, para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. A Operação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e o apoio da Receita Federal”, dizia a nota da PF.

O asterisco incluído no texto da PF remetia à explicação sobre o significado do nome da operação: “O nome Furna da Onça faz referência a uma sala ao lado do plenário da Alerj, onde deputados se reúnem para ter conversas reservadas, destinada às combinações secretas que resultam em decisões individuais antes das votações, momento conhecido como a hora da “onça beber água”.

O relatório do Coaf de janeiro de 2018 resume o conteúdo do documento logo no início, explicando que estavam ali relacionados casos de servidores e ex-servidores da Alerj com movimentação financeira incompatível com a renda entre 2016 e 2017. O documento tem mais de 400 páginas.

Fabrício Queiroz é citado numa tabela com registro de operação fora do padrão no valor de R$ 1,2 milhão. Ao lado do nome dele aparece a indicação: “gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro”. No final do relatório, a movimentação financeira apontada pelo Coaf é detalhada.

Quando a PF deflagrou a Furna da Onça, o nome de Queiroz não apareceu citado nos primeiros despachos registrados no processo. Mas o documento do Coaf que deu base à operação é indicativo que o caso dele já era de conhecimento dos investigadores.

Segundo relatou a PF na época, a Operação Furna da Onça era um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que fora deflagrada em novembro de 2017 e cujo alvo eram irregularidades na gestão do governador Sergio Cabral. O delegado Alexandre Ramagem estava a frente desse operação de 2017.

No início de 2018, segundo registros da PF, Ramagem foi deslocado para o setor de Recursos Humanos. No final do ano, passou a integrar a equipe de segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro.

 

 

*Com informações de O Globo

 

 

 

Categorias
Uncategorized

Reprovação a Bolsonaro chega a 73% em Santa Catarina, estado no qual teve 76% dos votos em 2018

Um dia da caça. outro, do caçador. Não é assim?

Pois bem, Três de cada quatro moradores da Grande Florianópolis reprovam a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate ao novo coronavírus, segundo pesquisa realizada pela empresa de marketing Lupi & Associados.

Em quatro cidades de Santa Catarina onde o levantamento foi realizado, a administração de Bolsonaro durante a pandemia foi considerada ruim ou péssima para 73,3% dos entrevistados, enquanto 17,9% classificaram a gestão como ótima ou boa. Para 8,8% dos pesquisados, a atuação do presidente é regular.

O levantamento, intitulado “A Grande Florianópolis e a Covid-19”, entrevistou 901 moradores de quatro cidades de Santa Catarina (Florianópolis, Biguaçu, São José e Palhoça), entre 8 e 13 de maio, por telefone ou formulário eletrônico.

Em 2018, Santa Catarina elegeu Bolsonaro para presidente com a segunda maior diferença em relação ao segundo colocado: 75,92% dos votos, contra 24,08% de Fernando Haddad (PT).

Em contrapartida, a gestão da prefeitura de Florianópolis durante a pandemia foi considerada ótima ou boa para 70,6% dos entrevistados. A cidade é a capital com a menor letalidade por Covid-19 no país: 1,4 óbitos a cada 100 contaminados (a taxa nacional é 6,9%).

O governo de Santa Catarina registrou 4.562 casos confirmados de coronavírus, com 79 vítimas fatais. No Brasil, 14.817 pessoas morreram por Covid-19 até a última sexta-feira (15).

 

 

*Com informações do Yahoo

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Bolsonaro volta a fazer palanque e provocar aglomeração em mais uma manifestação

E assim segue o presidente aliado do coronavírus.

Bolsonaro participou de uma manifestação pró-governo que foi realizada neste domingo (17). Além dele, pelo menos 11 ministros participaram do protesto cujo os manifestantes, após uma carreata, se concentraram em uma aglomeração em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Rodeado de ministros como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Abraham Weintraub (Educação), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tereza Cristina (Agricultura), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e André Mendonça (Justiça e Segurança) e outros, Bolsonaro acompanhou a manifestação do alto da rampa do Planalto. Em alguns momentos, o presidente chegou a levantar as mãos de alguns deles.

Por meio de uma transmissão ao vivo em sua conta no Youtube, Bolsonaro pediu para que os apoiadores não utilizassem palavras de ordem antidemocráticas como já fizeram anteriormente.

“Nem uma faixa nem uma bandeira que atente contra a nossa Constituição, contra o estado democrático de direito. Nisso, o movimento está de parabéns”, afirmou Bolsonaro.

No entanto, no local havia faixas com havia faixas com dizeres “Fora Congresso” e “Fora STF”. Também havia faixas de protesto contra os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e contra ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

 

*Com informações do Uol

Categorias
Uncategorized

Pandemia é aliada do clã Bolsonaro no caso Queiroz

Quarentena que tanto exaspera Jair Bolsonaro lhe deu uma ajudinha noutro assunto que também lhe tira o sono — as investigações do caso Queiroz/Flávio Bolsonaro.

O lado técnico do inquérito das rachadinhas, tocado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, já está praticamente concluído.

Mas, neste período de isolamento social, não há como convocar as testemunhas e ouvi-las praticamente todas em datas próximas, como o MP pretendia.

Assim, por ironia do destino, a quarentena está ajudando a família Bolsonaro a empurrar o abacaxi um pouco mais para frente.

 

 

*Lauro Jardim/O Globo

Categorias
Uncategorized

O possível envolvimento de Ramagem no vazamento do caso Queiroz ao clã Bolsonaro

É o que aponta o Deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS)

“A operação Furna da Onça é uma continuação da operação Cadeia Velha, que foi coordenada pelo delegado da PF, Alexandre Ramagem Rodrigues”, lembra o parlamentar. Ramagem se torna segurança da família de Bolsonaro – e depois indicado para o comando da Abin e da PF.

O escândalo político deste domingo, sobre o vazamento da investigação sobre o esquema Queiroz/rachadinha para o clã Bolsonaro antes do segundo turno da eleição presidencial, pode ter contado com a participação do delegado Alexandre Ramagem, indicado por Jair Bolsonaro para o comando da Polícia Federal. ‘A denúncia de que a famiglia de @jairbolsonaro foi avisada durante a operação Furna da Onça, por um delegado da PF do RJ, eu havia feito em janeiro de 2019. No dia 15/10/2018, Queiroz foi demitido do gabinete de @FlavioBolsonaro e sua filha do gabinete de @jairbolsonaro”, postou o deputado Paulo Pimenta, em seu twitter.

“A operação Furna da Onça é uma continuação da operação Cadeia Velha. A operação Cadeia Velha foi coordenada pelo delegado da PF, Alexandre Ramagem Rodrigues. Ramagem se torna segurança da família de @jairbolsonaro na campanha, Chefe da Abin e depois indicado DG da PF”, aponta ainda o parlamentar. Confira, abaixo os tweets e reportagem da Agência Brasil sobre a operação Cadeia Velha:

O esquema criminoso investigado pela Operação Cadeia Velha levou o estado do Rio de Janeiro a deixar de arrecadar R$ 183 bilhões em tributos em um prazo de cinco anos. A afirmação foi feita hoje (14), pelo delegado da Polícia Federal encarregado da operação, Alexandre Ramagem Rodrigues, na sede da Superintendência da Polícia Federal no estado.

“O conluio criminoso se traduzia em excessivos benefícios fiscais em favor de determinadas empresas e empreiteiras, que levaram a que o estado deixasse de arrecadar em um período de cinco anos mais de R$ 183 bilhões, ocasionando o atual colapso nas finanças do estado – com este efeito avassalador que essa corrupção sistêmica causou à administração pública”, afirmou Ramagem Rodrigues.

O esquema criminoso contava com a participação de agentes públicos dos poderes Executivo e do Legislativo (inclusive do Tribunal de Contas do Estado – TCE) e de grandes empresários da construção civil e do setor de transporte do estado.

Segundo o superintendente regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Jairo Souza da Silva, a ação de hoje tem como base informações colhidas em operações anteriores ao longo do ano, como a Calicuti, a Ponto Final e a Quinta do Ouro.

As informações da Polícia Federal e do Ministério Público indicam que entre os principais beneficiados pelo esquema estariam o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e os deputados estaduais Paulo Melo (ex-presidente da Casa) e Edson Albertassi, indicado na semana passada para ocupar uma vaga no TCE – todos do PMDB fluminense.

O superintendente da Polícia Federal no estado disse que, com a documentação já reunida pelas duas instituições, é possível concluir que o esquema de desvio de recursos públicos não contava com um líder principal, a atuação era diversificada e em várias frentes.

“Com o que já foi reunido já é possível concluir que não há um chefe-mor, mas sim um comando horizontal de uma grande confraria do crime organizado no Rio de Janeiro, mantido por agentes públicos do Executivo, Legislativo e grandes empresários, sobretudo da construção civil e da Fetranspor [Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro]”, afirmou o superintendente da PF.

Jairo Souza Silva avaliou que o estado do Rio “vem sendo saqueado por este grupo há mais de uma década, tendo como consequência a falência moral e econômica do estado: salários atrasados, hospitais sem condições, uma policia sucateada, com metade de sua frota parada e uma violência que agonia a todos nós dia a dia”.

ara Ramagem Rodrigues, “a operação deflagrada hoje constatou que o Poder Executivo, o Legislativo e o Tribunal de Contas – órgãos que presumivelmente têm o dever de ser autônomos e independentes e com a função de fiscalizar – na realidade estavam estruturados em flagrantes organizações criminosas com fim de garantir o contínuo desvio de recursos públicos e a lavagem de capitais”.

O procurador regional Carlos Alberto Gomes de Aguiar disse que, por meio do pagamento de propina a agentes públicos, os empresários envolvidos almejavam obter vantagens em atos de ofício. “Segmentos empresariais pagavam rotineiramente propina para agentes políticos, não só no Legislativo, mas também no Executivo e no próprio TCE, em troca de atos de ofício”.

Paralelamente, segundo Aguiar, mediante a ocupação estratégica em órgãos públicos, os políticos envolvidos “ganharam força política quase insuperável e enriqueceram assustadoramente, enquanto o estado definhava nesse caos social em que se encontra”.

A Operação

A Operação Cadeia Velha foi deflagrada na manhã de hoje e envolveu agentes do Ministério Público e cerca de 150 policiais federais, por ordem do desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), relator da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Foram cumpridas conduções coercitivas de Jorge Picciani e de Paulo Melo, além de seis prisões preventivas e quatro temporárias e de 21 ações de busca e apreensão.

Foram decretadas as prisões preventivas de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor; Jacob Barata Filho, dono de 28 empresas de ônibus no Rio; e José Carlos Lavouras (que encontra-se foragido da Justiça), todos investigados na Operação Ponto Final; além de Jorge Luiz Ribeiro, Carlos Cesar da Costa Pereira e Andreia Cardoso do Nascimento.

Os presos temporários são Felipe Picciani (filho de Jorge Picciani, preso em Minas Gerais), Ana Claudia Jaccoub, Marcia Rocha Schalcher de Almeida e Fabio Cardoso do Nascimento.

Jacob Barata Filho já havia tido a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio, responsável pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, em primeira instância, e chegou a ser preso. Posteriormente, foi beneficiado por um habeas corpus do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), do dia 17 de agosto.

Beneficiados

Segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, a contabilidade paralela da Fetranspor chegou a movimentar entre 2010 e 2016 cerca de R$ 350 milhões em propinas. Planilha entregue pelo delator Álvaro Novis aponta que Jorge Picciani e o Paulo Melo estão entre os principais beneficiários e teriam recebido respectivamente R$ 49,96 milhões e R$ 38,62 milhões da Federação.

Uma das acusações que pesam contra o presidente da Alerj é a de utilizar a sua empresa Agrobilara, do ramo agropecuário, comandada por Felipe Picciani, para lavar dinheiro. A Agrobilara teria inclusive terceirizado operações de lavagem de dinheiro para outros envolvidos no esquema de propina e também de empresários envolvidos no esquema.

“As chances de manipulação, as dificuldades de se estabelecer um preço determinado não só pelo gado, mas também pelos embriões comercializados, os obstáculos às investigações, tornavam as operações uma das formas mais simples de se lavar dinheiro. Aliado a essas vantagens, há ainda a baixa tributação, a pouca fiscalização no setor”, ressaltou um dos procuradores.

Outro lado

Em nota, Jorge Picciani disse que a prisão do seu filho foi um ato de covardia com o objetivo de atingi-lo. “O que aconteceu hoje com meu filho é uma covardia feita para atingir tão somente a mim. Felipe é um zootecnista, bom pai, bom filho, bom amigo, que trabalha de sol a sol e não tem atuação política. Todos que o conhecem o respeitam e sabem do seu caráter e correção”, disse.

Na nota, o presidente da Alerj afirmou que sua família atua “há 33 anos” no ramo da pecuária, no qual ele ingressou antes mesmo de se eleger deputado. “Com trabalho duro, nos transformamos numa das principais referências em alta genética do país. Trinta e três anos não são trinta e três dias”.

O presidente da Alerj também afirmou que a indicação do nome do deputado Edson Albertassi para integrar o TCE foi do governador Luiz Fernando Pezão e que aconteceu quando os três auditores que deveriam fazer a indicação decidiram não concorrer, pelo fato de ainda estarem no período de estágio probatório, o que foi avaliado por eles como insegurança jurídica.

 

 

*Com informações do 247