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“Marielle te espera”: candidata negra e petista em MG recebe ameaça de morte

“A minha vida e a de tantas pessoas negras neste país não são tratadas como vidas vivíveis”, lamenta Andreia de Jesus.

“Vamos eliminar você”. O recado chegou para a deputada estadual Andreia de Jesus, mulher preta e candidata a reeleição em Minas Gerais, por e-mail, na última quinta-feira (15). Na mensagem, o agressor, que usou um endereço eletrônico que ainda não foi identificado, lembra a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada brutalmente em 14 de março de 2018.

“Deputada Andreia de Jesus, vou ser direto. Estamos cansados de seus ataques à família mineira. Por isso, vamos eliminar você. Vai ser com tiros nas nádegas e pelas costas, pois os traidores merecem. Você nem vai ver o que te atingiu. Seus dias estão contados e seu fim é questão de tempo. Muito pouco tempo. Marielle te espera. Ustra vive! Selva!”, encerrou o criminoso.

Leia Mais.: Deputada negra de MG que contabiliza 3,5 mil ameaças de morte perde escolta policial

A exaltação ao torturador Brilhante Ustra é comum entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que comumente homenageia o ex-militar, acusado de diversos crimes na ditadura militar, morto em 15 de outubro de 2015.

A deputada se manifestou nas redes sociais: “Ontem era para ser um dia alegre de reencontros com o presidente Lula e com o povo de Montes Claros, mas ao contrário disso, fiquei pensando mais uma vez em como a minha vida e a de tantas pessoas negras neste país não são tratadas como vidas vivíveis”, lamentou.

Segundo Andreia de Jesus, sua equipe já tomou medidas jurídicas para localizar quem fez a ameaça. “Nós lutamos diariamente pela garantia dos direitos humanos. Sei que não estou sozinha nessa luta! Sou semente de Marielle Franco, floresço, me fortaleço a cada dia e não permitirei ser interrompida”, encerrou.

Desde o fim do ano passado, a deputada tem sido alvo de ameaças de morte. As agressões começaram após a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) cobrar uma investigação sobre uma operação policial em Varginha, no sul de Minas, que culminou na morte de 26 pessoas.

*Com Brasil de Fato

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Após críticas a Bolsonaro, Tico Santa Cruz sofre ameaça de morte

Cantor do Detonautas Roque Clube denunciou intimidação nesta segunda-feira (21/6) após receber ligação: “Disse que iria nos matar”.

Conhecido pelos posicionamentos políticos firmes e contrários à gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o cantor Tico Santa Cruz, do Detonautas Roque Clube, denunciou nesta segunda-feira (21/6) ter recebido ameaça de morte. Segundo o artista, a intimidação ocorreu por meio de uma ligação telefônica.

A partir da chamada, o cantor que reside na cidade do Rio de Janeiro afirmou à coluna Janela Indiscreta que tomará “as medidas de segurança devidas”.

“Recebemos uma chamada por telefone com uma pessoa se dizendo ser autoridade de Justiça, citando o nome de uma pessoa da minha família e pedindo um endereço. Entendemos que servidores do Judiciário não procuram pessoas por telefone e o questionamos, então o indivíduo disse que iria nos matar”, afirmou ao Metrópoles.

Desde que a pandemia da Covid-19 foi oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro, Tico Santa Cruz passou a elevar o tom contra o presidente Bolsonaro para cobrar ações enérgicas para proteger a população do país.

Antes, porém, já havia usado a visibilidade artística para disparar críticas contra o atual titular do Palácio do Planalto, quando gravou uma música “Micheque”, que viralizou nas redes sociais após investigações apontarem depósitos suspeitos na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Pelo Twitter, o cantor se manifestou sobre o mais recente episódio. “Deixar público aqui o fato de que estão ameaçando minha família de morte. Não é a primeira vez que isso acontece. Mas a forma como estão fazendo é bastante grave! Então quero deixar registrado para que todos saibam dessa informação!”, registrou.

O artista também afirmou que “os olhos e o conhecimento de vocês serão sempre a nossa melhor blindagem! Não vão nos intimidar!! A democracia prevalecerá!”, continuou ao agradece o apoio de seguidores na rede social.

Em entrevista ao Metrópoles, o cantor afirmou que o impeachment, naquele momento, não era o melhor caminho numa democracia. “Mas se for necessário para impedir as barbaridades que estão acontecendo, se o Congresso entender que consegue fazer esse movimento de forma a não prejudicar a pandemia, eu compreendo que o presidente não tem competência para ser um gestor dentro de uma crise como a que estamos vivendo”.

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Moro ameaça processar por ‘má-fé’ quem questionar sua candidatura na Justiça Eleitoral

Ex-ministro, que disputa o Senado pelo Paraná, enviou uma notificação extrajudicial a todos os partidos do estado.

Segundo O Globo, em um documento enviado a dirigentes partidários do Paraná nesta quinta-feira, o ex-ministro Sergio Moro, que disputa uma vaga no Senado pelo Paraná, afirma que qualquer contestação à sua candidatura na Justiça Eleitoral poderá ser enquadrada como “má-fé”. O ex-juiz da Lava-Jato alega que atende a todos os critérios para ser candidato no estado e, por isso, não poderia ter sua candidatura barrada — a exemplo do que ocorreu em São Paulo.

A notificação foi, inclusive, enviado ao PT paranaense, que entrou como uma ação nesta quinta-feira em qual contesta a participação de Moro na disputa eleitoral sob o argumento de que ele não teria tempo suficiente de filiação partidária em Curitiba para ser candidato no estado. No caso do ex-juiz, segundo alega a sigla, isso foi feito em São Paulo, quando se filiou ao União Brasil.

No documento que foi enviado aos partidos, Sergio Moro anexa comprovantes de “todos os requisitos de elegibilidade, bem como não incidir em qualquer hipótese de inelegibilidade”. O ex-ministro da Justiça diz que, caso alguma legenda ainda assim questione sua candidatura, sua defesa poderia entra com uma ação por crime eleitoral.

Ele usa como base o artigo que prevê punição em caso de tentativa de impugnar um concorrente “por má-fe”. Moro completa ainda que o documento enviado deve ser “compartilhado com todos os filiados do seu partido”.

“Diante da documentação aqui compartilhada, eventual impugnação de registro de candidatura será tida como temerária e de manifesta má-fé, atraindo, pois, as sanções do art. 25, da Lei Complementar 64/901 – razão pela qual, ademais, requer-se o compartilhamento com todos os filiados do seu partido”, diz o documento.

Pela lei citada por Moro, que estabelece os critérios para casos de inelegibilidade, a punição para o casos previstos é de seis meses a dois anos de detenção, além de multa.

Depois de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) ter negado a transferência do domicílio eleitoral de Moro para a capital paulista, o ex-juiz decidiu se candidatar ao Senado pelo Paraná. De acordo com a legislação eleitoral, para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição em que irá ser candidato. O texto da lei não coloca, no entanto, a mesma regra para a filiação, diz apenas que ela deve ocorrer no prazo de até seis meses antes das eleições.

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Impasse entre Bolsonaro e Moraes ameaça travar Justiça Eleitoral a 2 meses do pleito

Chefe do Executivo e futuro presidente do TSE paralisam indicações de juízes, o que pode comprometer funcionamento de TREs.

Segundo O Globo, a guerra entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes pode custar caro para a Justiça e comprometer o funcionamento tribunais regionais eleitorais (TREs) a menos de dois meses do pleito.

Por causa dos ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas e das retaliações do Tribunal Superior Eleitoral, há uma vaga de ministro-substituto do TSE e seis vagas abertas para TREs de seis estados que ainda não foram preenchidas.

Pela Constituição, o chefe do Executivo tem que escolher para a vaga do TSE um dos nomes de uma lista tríplice aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início de maio. Mas o presidente não gostou da composição da lista, que a considerou “hostil” e uma “provocação”, por ter advogados ligados a adversários, que fizeram pareceres pró-PT e até mesmo atacaram o bolsonarismo. Por causa disso, o presidente engavetou a lista e simplesmente não nomeou ninguém.

Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.

Até agora, Moraes já apresentou pedidos de vista que travaram a análise de listas tríplices para os TREs de Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraíba e Teresina.

Em retaliação, Moraes decidiu paralisar seis listas tríplices para preencher vagas de juízes em seis tribunais regionais eleitorais.

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Vereador petista denuncia ameaça a namorada: “Grupo do Bolsonaro”

Ameaça acontece um dia após grupo armado comandado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim intimidar ato de Marcelo Freixo no Rio e uma semana após assassinato de Marcelo Arruda por apoiador de Bolsonaro.

O vereador Leonel Radde (PT-RS), policial antifascista e pré-candidato a deputado estadual, denunciou na madrugada deste domingo (17) uma ameaça sofrida pela namorada por meio de uma ligação telefônica.

“Minha namorada acaba de receber uma ligação telefônica de um número restrito em que um homem a ameaça utilizando uma palavra de uma postagem que fiz pra ela”, escreveu Radde, que sinaliza que a ameaça veio de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

“Qualquer situação de violência que ocorrer contra mim, ou minha família, será sim crime político do grupo do Bolsonaro”, emendou o vereador. A Fórum entrou em contato com Radde para saber mais detalhes da denúncia, mas até agora não obteve retorno.

A ameaça acontece um dia após o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) – o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco nas eleições de 2018 – levou um grupo de apoiadores armadas para fazer ameaças em ato de militantes da candidatura Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato a governador do Rio, e uma semana depois do assassinato do guarda civil petista, Marcelo Arruda, pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho.

*Com Forum

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“Bancada do crime” de bolsonaristas ameaça delegado Saraiva e rebate: “Me processa”

“Na defesa em um processo eu posso usar muito mais provas”, disse Saraiva, que denunciou sendadores, a deputada Carla Zambelli e o ex-ministro Ricardo Salles de serem financiados por madeireiros.

Após denunciar a “bancada do crime”, um grupo de parlamentares bolsonaristas que seria financiado por madeireiros para “passar a boiada” na legislação ambiental, o delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas, virou alvo de ameaças e rebateu nas redes, sinalizando que tem provas das acusações que fez.

Um dos denunciados no esquema, o senador Zequinha Marinho (PL-PA) emitiu nota dizendo que “não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for”.

“O que o delegado da PF afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia”, diz o texto.

Nas redes, Saraiva rebateu, desafiando o senador bolsonarista a processá-lo.

“Me processa Senador…. Só não se esqueça do previsto no parágrafo 3º do Art. 138 do Código Penal: Exceção da verdade”, citando crime que pode dar até 6 anos e 2 meses de cadeia ao político.

*Com Forum

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Repórter é ameaçado por revelar esquema de fake news

Lucas Neiva, do site Congresso em Foco, divulgou esquema pró-Bolsonaro em circulação dentro de fórum anônimo, segundo o GGN.

O jornalista Lucas Neiva, do site Congresso em Foco, teve seus dados pessoais vazados e se tornou alvo de ameaças de morte por ter divulgado um esquema de disseminação de fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro.

Neiva divulgou neste sábado (04/06) uma reportagem onde denunciava a tática de produção de notícias falsas a favor do atual presidente no imageboard 1500chan – fórum onde é possível encontrar diversas postagens anônimas com teor antissemita, racista, extremista e disseminadora de teorias da conspiração nas abas relacionadas à política.

Um usuário da plataforma (considerado o mais ativo imageboard brasileiro) se propôs a pagar em criptomoedas pela criação de conteúdo a favor de Bolsonaro que viralizasse na Internet.

O anúncio em questão não só apresentou uma série de instruções para que o conteúdo seja disseminado, como apresentou uma carteira de bitcoins para os interessados em doar para a campanha, e a orientação de que o criador não precisa acreditar no que diz.

Os usuários também propõem medidas sobre como a própria plataforma pode moldar a população a favor de Bolsonaro por meio de propagandas online, com o foco na criação de um “sentimento de ódio contra tudo o que (o ex-presidente) Lula representa e no mínimo a sensação de ‘o Bolsonaro está certo em alguma coisa’”.

Em meio a sucessivos ataques à mídia, os usuários também discutiram a criação de uma biblioteca de material midiático a favor de Bolsonaro, assim como formas de jogar a culpa na oposição pelo desempenho econômico da gestão presidencial.

Com a revelação do esquema, Neiva passou a ser alvo de ataques à sua honra, seus dados pessoais e endereço foram divulgados, além de receber ameaças de morte. A editora do site Vanessa Lippelt também foi citada.

O site Congresso em Foco chegou a ser derrubado pela madrugada, voltando ao ar na manhã deste domingo (05/06). O caso foi registrado na 9ª Delegacia de Polícia de Brasília.

Após a descoberta, o site 1500chan trocou sua interface, tornando-a acessível apenas para usuários que utilizarem ferramentas específicas do navegador, em uma estratégia chamada de “máscara de chumbo”.

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Política

Vídeo: Deputado bolsonarista carrega arma e ameaça Lula: “Vai ser bem-vindo”

Eleito por Minas Gerais, Junio Amaral reagiu a vídeo do ex-presidente em que fala sobre cidadãos precisarem “incomodar” deputados em casa.

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) publicou vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (5/4) em que, enquanto carrega uma arma, convida o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a visitar sua casa. O parlamentar reagiu a um vídeo do petista em que ele sugere mapear as casas de deputados, “conversar com a mulher dele, conversar com a filha dele, incomodar a tranquilidade dele”, em vez de fazerem atos em frente ao Congresso.

“Eu moro em Contagem, cidade que é governada pelo PT, inclusive”, começa o bolsonarista, que é policial militar reformado. Ele descreve o local em que mora, ressaltando a presença de muitos buracos na rua.

Enquanto fala, Junio carrega a pistola, colocando munição. “Eu vou esperar vocês lá, tanto sua turma quanto você. Vai lá conversar com a minha esposa, com a minha filha, tá bom? Vocês serão muito bem-vindos”, finaliza o deputado federal, enquanto segura a arma.

*Com Metrópoles

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Política

PF conclui primeiro inquérito sobre Anvisa e diz que houve crime de ameaça

Paranaense disse que iria matar quem “atentasse contra vida de seu filho” com a obrigação da vacinação.

A Polícia Federal concluiu que o paranaense Douglas Bozza cometeu crime de ameaça ao enviar email a cinco diretores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em que afirmava que iria matar quem “atentasse contra vida de seu filho” por causa da obrigação da vacinação contra Covid-19, segundo Painel da Folha.

O inquérito foi aberto em outubro e concluído no mês passado.

Na época do email, em outubro, a Anvisa começava a debater a vacinação a partir dos 5 anos. Na última semana, após aprovar o uso da Pfizer em crianças, a agência voltou a ser alvo de ataques.

Uma nova investigação foi aberta nesta segunda (20) após nova solicitação de integrantes da agência.

“Por identificar uma ameaça contra a saúde e integridade do meu filho nestas vacinas experimentais, sejam o que forem (sic), estou tomando a difícil atitude de retirá-lo do ambiente escolar”, dizia a mensagem enviada.

“Deixando bem claro para os responsáveis de cima para baixo: quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho, será morto”, completou Bozza no email.

O delegado da PF ouviu os cinco diretores e todos disseram que a ameaça resultou em uma situação de vulnerabilidade. O autor das mensagens eletrônicas, por sua vez, alegou que existiria comprovação de “que as vacinas são uma ameaça para as crianças” e que quis fazer “um pouquinho de terrorismo” com os técnicos da Anvisa.

Segundo Bozza, o email foi enviado após ele ter pedido documentos à Anvisa e para a Secretaria de Saúde do Paraná e ser ignorado.

“O declarante afirma que a possível ameaça/determinação feita por correio eletrônico seria uma maneira de ambos começarem a se respeitar”, diz o relatório da PF ao qual o Painel teve acesso.

Na conclusão do caso, o delegado afirmou que “restou claro” que o email seria mais que uma ameaça e “ocasionou considerável temor nas vítimas”.

“Tal ameaça se torna, ainda mais preocupante para as vítimas, em virtude do atual momento pandêmico que o país atravessa, aliado à polarização político-ideológica que se espraia no terreno das ciências, tornando simples factoides em verdades absolutas, a serem defendidas com o próprio sangue, se for entendido como necessário”, escreveu o delegado.

A PF, entretanto, por se tratar de crime com menor potencial ofensivo, não indiciou Bozza. Caberá ao Ministério Público Federal decidir se denuncia ou faz um acordo para transação penal. A pena prevista para esses casos é de 1 a 6 meses de prisão ou multa.

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Política

Glenn Greenwald: Sergio Moro é mais do que um juiz corrupto

Não é hiperbólico dizer que o ex-ministro de Bolsonaro representa a maior ameaça à democracia brasileira desde o fim da ditadura.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu na quarta-feira 23 o que já era óbvio há muito tempo: Sergio Moro agiu de forma antiética e abusou de seu poder de juiz. Como reconheceu a maioria dos magistrados, Moro não cometeu esses abusos num caso qualquer, mas num dos julgamentos mais importantes da história do judiciário brasileiro: o caso do ex-presidente Lula, que teve que cumprir 18 meses de prisão devido a essa condenação oficialmente reconhecida como injusta.

A condenação não deve ser tratada como uma “mancha” no legado do ex-juiz, ou como um caso isolado de abuso em meio a uma carreira nobre. Nem se deve tratar Moro como um mero juiz corrupto. Moro é mais do que isso, e seu comportamento impróprio segue um longo padrão.

Não é hiperbólico dizer que Moro representa a maior ameaça à democracia brasileira desde o fim da ditadura. Os abusos cometidos pelo ex-juiz não foram causados por negligência ou incompetência: são parte de uma trama longa e complexa que, por meio do ativismo judicial, buscava subverter a escolha dos eleitores brasileiros e, assim, os preceitos fundamentais da democracia. O direito democrático de 220 milhões de pessoas ficou submetido aos ditames ideológicos de um único juiz de primeira instância.

É uma constatação óbvia dizer que a conduta de Moro alterou radicalmente as eleições de 2018. É impossível saber com certeza qual teria sido o resultado daquelas eleições se Lula não tivesse sido retirado do páreo. O que se pode afirmar com certeza, entretanto, é que todas as pesquisas mostravam Lula na liderança isolada até a interferência implacável – e corrupta – de Moro. Não há dúvidas que as ações – agora oficialmente declaradas impróprias pelo STF – retiraram dos brasileiros o direito de escolher se preferiam ser governados por Jair Bolsonaro ou Lula.

A corrupção judicial de Moro não deslegitimou apenas as eleições de 2018, mas também as de 2014. A vencedora daquele pleito, Dilma Rousseff, sofreu impeachment, pois foi removida do cargo 18 meses após de ter sido reeleita pelos brasileiros. O papel de Moro nesse processo foi tão central quanto o que ele desempenhou na vitória de Bolsonaro em 2018.

Como afirmou o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia em uma entrevista à Jovem Pan em 2019, a possibilidade de Dilma sofrer impeachment pelas chamadas pedaladas fiscais só era levada a sério por um setor restrito da direita brasileira, motivada em grande parte por uma incapacidade de aceitar a derrota eleitoral. Essa possibilidade só ganhou força entre setores mais amplos graças a um episódio específico: a divulgação das conversas privadas entre Lula e Dilma para a imprensa. As conversas – ilegalmente gravadas e divulgadas – foram amplamente repercutidas pela imprensa, culminando no episódio esdrúxulo dos âncoras do Jornal Nacional reconstituindo o diálogo como em uma novela. Os atos antiéticos de Moro foram explorados exaustivamente pela mídia antipetista, inflamando o movimento em favor do impeachment.

Exemplos da interferência de Moro na política brasileira são tão fartos que é fácil esquecer de alguns dos episódios mais graves: a exploração eleitoral da delação do ex-ministro Antonio Palocci logo antes das eleições de 2018, a proteção dada a tucanos enquanto petistas eram perseguidos pela mesma conduta e a promoção a ministro de Bolsonaro depois de ter facilitado sua vitória eleitoral. Fica claro que as condutas corruptas por parte de Moro são mais contínuas do que esporádicas: seus atos antiéticos são numerosos demais para listar.

Não é um exagero afirmar que praticamente nenhum dos eventos políticos significativos ocorridos no Brasil desde 2016 se deram dentro dos marcos do processo democrático normal, tendo sido influenciados pela cruzada ideológica de um juiz de primeira instância com delírios messiânicos que nunca recebeu um voto sequer. A toga de Moro é muito diferente do uniforme usado pelos generais que em 1964 golpearam a democracia brasileira, mas seu desprezo por ela e seu sucesso em subverter a vontade popular são no mínimo equivalentes.

É uma perversão do sistema da justiça brasileiro que Walter Delgatti, que heroicamente expôs a corrupção de Moro, seja ameaçado de prisão enquanto o ex-juiz e ex-ministro passeia tranquilamente pelos bairros sofisticados de Washington, DC. A história não tratará Moro com a mesma gentileza com que ele é tratado pelos garçons dos restaurantes cinco-estrelas que frequenta em Georgetown.

Sergio Moro não é apenas um juiz desmoralizado, mas o maior inimigo dos princípios básicos da democracia que surgiu no Brasil nas últimas décadas. Suas digitais podem ser encontradas no processo que desmoralizou não uma, mas duas eleições.

Moro prendeu injustamente Lula e dezenas de outras pessoas, e abusou, por razões ideológicas e narcisistas, do poder e da responsabilidade que lhe foram dados pelo sistema judicial brasileiro. Pode não ser apropriado chamá-lo de “criminoso” no sentido mais estrito dessa palavra. Mas não deve ser difícil para todos – de qualquer ideologia – reconhecer em Moro a maior ameaça à democracia brasileira em anos, senão décadas.

*Carta Capital

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