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Vídeo – Estado paralelo: Escoltados, manifestantes pedem que shopping do Rio abra as portas

Usando carro de som, homem prega isolamento vertical e diz que governador Wilson Witzel mente ao dizer que está contaminado com Covid-19.

Manifestantes fizeram uma carreata na Avenida das Américas pedindo a abertura do comércio no Recreio e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O movimento era acompanhado por quase uma dezena de carros do 31º BPM (Recreio) e do Batalhão de Choque. Havia policiais militares também em motocicletas no cortejo.

Quando a carreata passava em frente ao Recreio Shopping, um homem, num carro de som, defendia o isolamento vertical . Ele também acusou o governador Wilson Witzel, que decretou o distanciamento social, de estar mentindo ao dizer que está com a Covid-19. Na terça-feira, Witzel anunciou ter testado positivo para o vírus.

A carreata ocorreu nesta quarta-feira, mas viralizou nas redes sociais, no mesmo dia que o estado do Rio registrou o maior número de mortes em apenas um dia. O carro de som anunciava: “Tem alguma coisa errada aí! Vamos trabalhar, estamos juntos! Abertura do comércio, Recreio dos Bandeirantes e Barra”. Escoltado pela PM, um homem, vestido de camiseta rosa, que viajava no carro de som, atacou o governador. Procurada, a assessoria de imprensa do governador do estado ainda não se pronunciou.

No trajeto, quando os manifestantes passavam em frente ao Américas Shopping, o mesmo homem do carro de som gritava para que o comércio fosse aberto: ” Américas Shopping, vamos abrir aí! O pessoal precisa de emprego, pessoal precisa de trabalhar”. Ele anunciou uma segunda carreata no próximo domingo, às 15h, e agradeceu o apoio do Batalhão de Choque: “Domingo, talvez, vamos fazer uma outra caminhada, às 15h. Vamos organizar! Um abraço ao Choque. Vamos trabalhar! Isolamento Vertical. Coronavírus na cadeia! Ou morre de fome, ou morre de vírus.” (sic).

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que: “todas as manifestações identificadas pelo setor de inteligência são acompanhadas por equipes da Polícia Militar, mediante planejamento estratégico. Cabe ressaltar que, por ser uma carreata, não havia aglomeração de pessoas”.

Veja trecho do protesto:

https://twitter.com/SombrasVoz/status/1251354245154168838?s=20

 

 

*Com informações de O Globo

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Fiocruz divulga nota sobre ameaças de morte, comandadas por Eduardo Bolsonaro, a pesquisadores de cloroquina

Enquanto outros países investem na ciência e consideram os pesquisadores, assim como os profissionais de saúde, heróis no front do combate à pandemia do novo coronavírus; no Brasil, os cientistas são alvo de uma avalanche de ataques e ameaças nas redes sociais de bolsonaristas comandados pelo gabinete do ódio de Eduardo Bolsonaro.

Equipe médica de Manaus chegou a receber escolta policial.

Eduardo Bolsonaro comandou o ataque e as ameaças de morte a pesquisadores da Fiocruz, como faz a milícia ligada ao clã.

Em sua nota, a fundação, que é ligada ao Ministério da Saúde, chamou de “inaceitáveis” as ameaças e disse apoiar incondicionalmente seu corpo de pesquisadores.

O estudo envolve mais de 70 pesquisadores, estudantes de pós-graduação e colaboradores da Fiocruz, da USP e da Universidade do Estado do Amazonas, entre outras instituições.

Análises preliminares da pesquisa indicaram que a letalidade do uso da cloroquina num grupo de pacientes com Covid-19 em estado grave foi de 13% .

Depois disso, o estudo foi atacado por bolsonaristas nas redes sociais – Eduardo Bolsonaro, por exemplo, escreveu no Twitter que “os responsáveis” eram do PT comandando as ameaças aos pesquisadores.

 

*Da redação

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Saúde

Medicamento anunciado por Marcos Pontes é mais nocivo e menos eficaz

O princípio ativo nitazoxanida seria pior do que a cloroquina, porque necessita maiores doses que poderiam ser nocivas ao paciente.

O medicamento que será testado em pacientes com Covid-19 no Brasil é menos efetivo e mais tóxico do que a cloroquina, também já alertada por especialistas por seus efeitos colaterais nocivos à saúde.

Trata-se do remédio que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou que será testado nos próximos dias e que o ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, revelou o nome: o vermífugo Annita. A composição deste medicamento é o princípio ativo nitazoxanida, que segundo coluna de Monica Bergamo, desta sexta (17), é pior que a cloroquina.

A coluna usou como base um estudo já realizado por cientistas e virologistas de Wuhan, a cidade chinesa que teve início a pandemia. Foram testados sete medicamentos em laboratório e comparados seus efeitos. A cloroquina, apesar de ter efeitos colaterais, foi considerada a menos tóxica e mais efetiva para tratar o Covid-19.

Também foram testados outros medicamentos, como o Remdesivir, utilizado para combater o Ebola, que também obteve resultados positivos em laboratório. Entretanto, a nitazoxanida, que é o composto principal do antiviral Annita, apenas apresentou bons resultados no combate ao vírus quando foram aplicadas doses muito altas, e que se mostraram tóxicas.

Ainda, conforme relatou o próprio ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estas pesquisa foram realizadas em laboratório e in vitro, o que se diferencia da eficácia no corpo humano. Diversos medicamentos já apresentaram bons resultados in vitro e nenhum quando aplicados em pacientes.

Entretanto, Marcos Pontes, o ministro de Bolsonaro, que não confirmou que se trata do antiviral Annita, já anunciou que os testes terão início e que houve 94% de eficácia em exames preliminares.

Ainda, o fato de o ministro não querer revelar o nome, justificando para que não haja uma “corrida” às farmácias sem a comprovação da eficácia do medicamento, foi criticado pela comunidade científica.

“Qualquer pesquisa precisa dizer que medicamento será testado, em que doses, em quantos pacientes, e por quem será conduzida. Não existe pesquisa secreta em nenhum lugar do mundo”, criticou o membro do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas em Tuberculose, Ezio Távora.

 

 

*Com informações do GGN

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Pelo discurso “humanista”, o novo ministro da Saúde vai focar sua política nas pessoas, mas jurídicas

Empresário da área médica, o gestor corporativo, com sua lógica de mercado, fez a seguinte conta em “prol do SUS”.

Nelson Teich sempre foi vinculado à medicina privada, tanto no Brasil quanto nos EUA. É dono de empresas ligadas ao setor, entre elas, a Health Care. É proprietário também de uma caríssima clínica oncológica na Barra da Tijuca.

Do setor público, o oncologista só conheceu a Universidade em que estudou, a UERJ, mas o que ele entende mesmo é de administração de saúde privada, pois também estudou na Health Economics para Health Care Professionals nos Estados Unidos.

O sujeito está mais para consultor da XP Investimentos do que para médico.

Talvez por isso não tenha dirigido uma única palavra aos profissionais de saúde, que estão morrendo às pencas por estarem na frente de combate à Covid-19. O sujeito é frio e literalmente calculista. E não foi por acaso que ele participou da campanha de Bolsonaro. Ele, como ninguém, soube investir em seu futuro.

No seu entender, se tiver menos gente trabalhando, teremos menos pessoas pagando plano de saúde e isso vai sobrecarregar o SUS.

Mas já avisou que os mais pobres é que sofrerão mais e justificou que isso é “normal” numa situação como a da pandemia de coronavírus.

Falou com entusiasmo do remédio secreto do ministro Marcos Pontes, o que, para a Covid-19, é pior que a cloroquina, como constatou estudo chinês

Para piorar o que já está péssimo, o novo ministro da Saúde disse que o empresariado quer “ajudar”.

Bolsonaro, em discurso direcionado aos investidores da XP, disse que hoje é dia de alegria. Deve ter dito isso porque o exército já está mandando ofícios para prefeitos, foi o que aconteceu em municípios do estado do Rio de Janeiro, para mapear a quantidade de cemitérios, claro, por motivos óbvios.

Sobre a milagrosa” cloroquina, o vigarista não deu um pio.

Mas Bolsonaro disse que vai abrir o comércio, as fronteiras, entre outras atividades. Disse ainda que, se der errado, “quem vai pagar é ele”, e não quem vai morrer, e serão milhares.

Grosso modo, o genocida avisou que vai promover uma carnificina.

O que nos resta, é seguir desobedecendo suas orientações assassinas e exigir que prefeitos e governadores façam o mesmo.

Sobre Mandetta, que estava na posse do novo ministro, transferindo o cargo, está longe de ser como ele se pinta, mas caiu pelos seus acertos e não pelos seus erros.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mundo

Recorde assustador: Estados Unidos registram 4.591 mortes por coronavírus em apenas 24 horas

Dados da Universidade Johns Hopkins mostram que os Estados Unidos registraram 4.591 mortes por covid-19 nas 24 horas terminadas às 19h (no horário de Brasília). Trata-se do maior número de óbitos em 1 dia e mais do que o dobro de todas as mortes acumuladas no Brasil até esta 5ª feira (1.924). O recorde anterior de mortes no território norte-americano era de 2.569 na 4ª feira (15.abr).

O país já contabiliza 671.151 casos e 33.268 mortes. A 2ª nação com mais óbitos é a Itália: 22.170. Em seguida estão Espanha (19.315) e França (17.941).

O Brasil registrou 2.105 novos casos de coronavírus no Brasil em 1 dia, segundo informou o Ministério da Saúde nesta 5ª feira (16.abr.2020). Isso equivale a uma redução nominal de 953 sobre o dia anterior, quando foram registrados 3.058 novos diagnósticos.

O número de mortes em 24 horas foi de 188. No dia anterior havia sido 204 –16 a mais. Nesta 5ª feira houve, portanto, desaceleração na quantidade de novos óbitos.

 

 

*Com informações do Poder 360

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Para o presidente do BC, Campos Neto, quanto mais mortos pelo coronavírus, melhor, mais lucros para investidores

Presidente do BC diz a investidores que reduzir mortes por coronavírus é pior para a economia.

“Esse é um gráfico que muita gente tem comunicado em palavras, que é a troca entre o tamanho da recessão e o achatamento da curva [de contaminação] que você quer atingir. Mostra que, quando você tem um achatamento maior, você tem uma recessão maior e vice-versa”, teorizou Campos Neto em uma live organizada pela XP Investimentos, uma das maiores corretoras de valores do Brasil.

A fala foi acompanhada ao vivo por mais de 6 mil pessoas no último dia 4, um sábado à noite.

Na ótica do neto de Roberto Campos – ministro do Planejamento da ditadura militar e um dos maiores expoentes do liberalismo econômico no Brasil –, o gráfico serve “para ilustrar que existe essa troca [entre salvar vidas ou combater a recessão] e é uma troca que está sendo considerada.”

Na lógica fria de Campos Neto, quanto mais rápido vierem novos casos e mortes por covid-19, melhor para a economia. Mais importante é que a indústria continue produzindo e vendendo. Ainda que isso cause o colapso de hospitais e do sistema de saúde pública, forçando médicos a escolher quem atender e quem deixar morrer, é um preço razoável a pagar em nome do lucro.

A fala do presidente do BC embute uma desonestidade intelectual. O gráfico usado por ele consta da introdução do livro “Mitigating the covid economic crisis: act fast and do whatever it takes” – “Reduzindo a crise econômica da covid: agir rápido e fazer todo o possível”, em tradução livre.

Trata-se de uma compilação de artigos organizada pelos economistas Richard Baldwin e Beatrice Weder di Mauro, do Centro de Pesquisas de Política Econômica, um think tank baseado em Genebra e que desde 1983 reúne mais de 700 pesquisadores de universidades majoritariamente europeias. Lançado em 18 de março, o livro (em inglês) pode ser baixado de graça na internet.

Na obra, os pesquisadores concluem sem deixar margem para dúvidas que a recessão causada pela quarentena é uma “medida de saúde pública necessária” e que perder vidas para preservar a economia não deve sequer ser uma opção considerada pelos líderes mundiais. Talvez Campos Neto não tenha lido esse trecho da obra – se leu, preferiu se esquecer dele. Em mais de uma hora e meia de fala aos investidores, ele não mencionou a conclusão uma única vez. Não foi a primeira vez que o BC usou o gráfico fora de seu contexto original: ele havia aparecido anteriormente no relatório trimestral de inflação divulgado em março.

 

*Do Intercept Brasil

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Vídeo: Gilmar Mendes chama Bolsonaro de genocida e é passível de cassação

A chapa está esquentando cada vez mais para Bolsonaro.

Se Trump está sendo acusado pela revista Médica The Lancet de cometer um crime contra a humanidade por sua decisão de suspender o apoio financeiro à Organização Mundial de Saúde (OMS), em plena luta contra o Covid-19, Bolsonaro, seu sósia tropical, é detonado pelo Washington Post: “Líderes arriscam vidas ao minimizar o coronavírus. Bolsonaro é o pior. O novo vírus do coronavírus, que já infectou pelo menos 1,8 milhão de pessoas em 185 países, tornou-se um teste global da qualidade da governança. De longe, o caso mais grave de improbidade é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.”

Aqui no Brasil, hoje, no STF Gilmar Mendes foi mais longe, chamou Bolsonaro de genocida e disse que, se um governador tomasse medidas contra a população, como faz Bolsonaro, o estado sofreria intervenção pelo governo federal.

“O presidente pode exonerar ministros, mas a Constituição não permite que ele adote políticas genocidas’, diz Gilmar Mendes

O Ministro voltou a dizer que, se Bolsonaro decidir revogar os decretos dos governadores que determinam o isolamento social, a medida deve ser derrubada pelo STF.

A fala foi proferida durante o julgamento da ADI 6.341, que questiona a MP 926/20, que redistribui poderes de polícia sanitária.

Neste julgamento, os ministros decidiram que Governadores e prefeitos podem estabelecer medidas contra pandemia.

E Trump?

Bom, agora Trump segue a linha bolsonarista, culpando o governo do Obama pelo colapso nos EUA devido ao COVID19.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Brasil bate recorde de mortes em 24h e chega a 1.532 mortes pela COVID-19

Com o maior número de mortes em um período de 24 horas, o Brasil bateu um recorde negativo e viu subir o número de mortos pelo novo coronavírus, informou na tarde desta terça-feira (14) o Ministério da Saúde.

O país registrou 204 mortes entre segunda-feira e terça-feira, chegando a um total de 1.532 – um aumento de 15%.

Já o número de casos confirmados teve um crescimento de 8% e agora é de 25.262 vítimas, acrescidas nas últimas 24 horas de 1.832 novos casos.

São Paulo tem 695 mortes e 9.371 casos confirmados, e é o Estado com mais casos da doença. Coincidentemente, também bateu o recorde de mortes em 24h: foram 87 em apenas um dia.

Minas Gerais tem 884 pessoas diagnosticadas com coronavírus, e 27 óbitos constatados. Ainda são 60 mortes sendo investigadas no Estado, e 63.951 pessoas com suspeita de Covid-19, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.

 

*Da redação

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Sem testes da covid-19, Brasil é incapaz de medir o tamanho do problema e a consequente gravidade

Brasil é o país que realiza menos testes e identifica um em cada nove casos. Mandetta afirma que não tem como “testar todo mundo”.

Testar, testar e testar. É o que tem recomendado o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pelo menos desde o início de março, quando a covid-19 foi declarada pandemia. Seria a receita para os países poderem identificar o ritmo das contaminações e reagir na dose mais correta possível. O Brasil afirmou que seguiria a recomendação, mas o que se vê é o aumento do número de ocorrências. Já são 1.328 mortes e 23.430 casos confirmados. E nada de testes. Ou informações sobre eles.

Levantamento realizado pela organização Open Knowledge Brasil (OKBR), que atua na área de transparência e abertura de dados públicos, aponta que 90% dos estados – mais o governo federal – ainda não publicam dados a respeito da disseminação da pandemia. Apenas um dos 28 entes avaliados trazia informações sobre testes disponíveis.

São Paulo – Testar, testar e testar. É o que tem recomendado o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pelo menos desde o início de março, quando a covid-19 foi declarada pandemia. Seria a receita para os países poderem identificar o ritmo das contaminações e reagir na dose mais correta possível. O Brasil afirmou que seguiria a recomendação, mas o que se vê é o aumento do número de ocorrências. Já são 1.328 mortes e 23.430 casos confirmados. E nada de testes. Ou informações sobre eles.

Levantamento realizado pela organização Open Knowledge Brasil (OKBR), que atua na área de transparência e abertura de dados públicos, aponta que 90% dos estados – mais o governo federal – ainda não publicam dados a respeito da disseminação da pandemia. Apenas um dos 28 entes avaliados trazia informações sobre testes disponíveis.

Dez motivos que dariam demissão por justa causa para o Mandetta

“O Brasil é um dos países com menos testes junto à população, onde a maioria dos casos não está passando no nosso radar. Não estamos identificando os casos e temos muitas mortes provocadas pela covid-19 que não foram atestadas”, afirmou a sanitarista Lúcia Souto à Rádio Brasil Atual. “Portanto, não temos a capacidade de entender qual o tamanho do problema, o que vai resultar numa superlotação dos serviços de saúde.”

Omissão de diagnóstico

Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e presidenta do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), ela lembrou que a omissão de diagnóstico é grave, porque deixa transparecer a falsa impressão de que o coronavírus está controlado no país – quando não está.

“Se as pessoas não sentem o problema por perto, elas menosprezam. Essa não testagem na população cria uma cortina de fumaça, uma aparência de que está tudo bem. Isso contribui para o agravamento da pandemia e uma falsa ilusão de tranquilidade”, alertou.

Na tarde de ontem (13), o secretário-executivo do Ministério da Saúde João Gabbardo reforçou o anúncio da doação de 5 milhões de testes rápidos pela mineradora Vale, que deveriam chegar à noite em um voo fretado da China. A pasta já havia anunciado também compra de 22,9 milhões de diagnósticos, ainda em negociação. E quando chegar, não devem ser destinados à testagem da população.

Em entrevista ao programa Fantástico no domingo (12), o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que o Brasil não tem capacidade de fazer testes em 200 milhões de habitantes.

“Vamos testar os trabalhadores da saúde, o que é mais importante no momento. E vamos testar aqueles que precisamos que voltem ao trabalho, porque se um médico ou uma enfermeira já se contaminou e tem os anticorpos, trabalha com muito mais tranquilidade e a gente sabe que ele não vai mais adoecer com aquela doença”.

Baixa notificação

Na realidade, nenhum país testou todos os seus habitantes. Mas a impossibilidade de testar todos não deveria ser desculpa para testar tão pouco.

O ministro disse que serão submetidos a testes trabalhadores da segurança, policiais militares e bombeiros, e que apesar do mercado aquecido – não há testes para todo o planeta –, “o Brasil não está no escuro” em relação ao combate ao avanço da doença.

Segundo Mandetta, modelos matemáticos e estatísticos “permitem dimensionar o ritmo, pra onde está indo, para que faixa etária está se deslocando (o contágio e o adoecimento)”. Mas a ausência de números mais transparente dificulta à sociedade avaliar se dosagem das medidas adotadas está correta.

É bom lembrar que há modelos e modelos. No Centro para Modelagem Matemática de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, um estudo revelou que a subnotificação da covid-19 no Brasil equivale a nove vezes o número de registros.

A situação oposta à recomendação da OMS é colocada com certa naturalidade pelo coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o infectologista Marcos Boulos.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual na tarde desta segunda-feira (13), o especialista afirmou que mesmo que houvesse testes para todos no Brasil, só os realizariam aqueles que fossem procurados pelo serviço de saúde. O problema é que muitos já estão procurando os serviços de saúde, e casos muito sintomático, inclusive de óbitos, estão sem causa confirmada.

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

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Bolsonaro intervém e trava geolocalização via celular

Estava tudo pronto para que fosse iniciado depois de amanhã mais uma arma contra a expansão do coronavírus: a geolocalização de dados, ou seja, o compartilhamento de informações para identificar como se desloca a população, se há multidões e situações de risco de contaminação pelo vírus.

As empresas de telefonia móvel já haviam encaminhado ao Ministério de Ciência, Tecnologia o memorando de entendimento, o próprio ministro Marcos Pontes gravara um vídeo anunciando a implantação do sistema nesta semana.

Só que no sábado Jair Bolsonaro ligou para Pontes mandando suspender tudo.

Alegou que há riscos para a privacidade do cidadão e que a Presidência precisa estudar melhor o tema, apesar de um parecer da AGU aprovar o uso da ferramenta proposta pelas teles.

O que foi proposto pelas empresas de telefonia móvel é uma solução semelhante à que foi adotada pela Coreia do Sul, um dos países com menores taxas de mortalidade pela Covid-19.

Mas Bolsonaro, em sua campanha contra o isolamento social, resolveu vetar a geolocalização.

E assim segue o desgoverno do Brasil.

Até quando os brasileiros suportarão um louco como presidente da República?

 

 

*Com informação de O Globo