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Frota, bombástico, entrega a rede criminosa de fake news: Olavo, deputados e empresários

Apoiador de primeira hora do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), desde o início de 2018, Alexandre Frota (PSDB-SP) rompeu com o presidente há cerca de dois meses. Desde então, é um de seus críticos mais veementes. Na última quarta-feira (30), foi à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News e fez uma série de acusações ao governo.

Já em entrevista exclusiva que concedeu ao UOL nesta sexta, o deputado federal deu ainda mais detalhes e nomes supostamente envolvidos no caso.

De acordo com o parlamentar, uma rede de produção de notícias falsas e ataques virtuais coordenados está ativa e operante em gabinetes de deputados federais e estaduais, das assembleias legislativas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Ela seria comandada pela família Bolsonaro, pelo escritor Olavo de Carvalho e pelo jornalista Allan dos Santos, dono da página Terça Livre, veículo abertamente apoiador do governo.

A reportagem do UOL procurou os citados por Frota, e publicou separadamente as respostas e comentários.

O deputado afirma estar conduzindo uma investigação por conta própria para desvendar os meandros da rede propagadora de notícias falsas.

Os trechos publicados em áudio ao decorrer da entrevista trazem frases de destaque do parlamentar, nem sempre incluídas no texto.

Leia, abaixo, a entrevista de Alexandre Frota concedida ao UOL. UOL –

O senhor denunciou na CPMI a existência de uma rede de produção de fake news e ataques virtuais controlada por políticos do PSL ligados à família do presidente da República. Como isso funciona? Por que decidiu falar sobre isso só agora?

Alexandre Frota – Eu comecei a ter conhecimento a partir de maio da existência de dois ou mais gabinetes que abrigam os milicianos digitais, militantes da extrema-direita, travestidos hoje de assessores parlamentares. Estão, hoje, com suas credenciais, suas carteiras, recebendo um bom salário para atuarem dentro dos gabinetes. A gente já tem algumas suspeitas bem positivas de onde eles podem estar abrigados.

Como essa rede de ataques virtuais atua?

Eles escolhem o alvo. Geralmente, ou o Allan dos Santos ou o Olavo de Carvalho dão a primeira dica, a primeira pancada, a primeira postagem. Isso depois de terem passado pelos criadores.

Então, tem os criadores, tem os programadores, que vão programar os horários e as redes sociais. Se vai sair primeiro no Twitter, no Instagram ou no Facebook. A partir daí, dos programadores, vêm os publicadores, e depois vêm os replicadores.

Além disso, existe uma ala orgânica, iludida, que acha que este é o caminho. E tem também os credenciados, remunerados e abrigados na Alesp, na Alerj, na Câmara dos Deputados e até no Senado.

E qual a participação do escritor Olavo de Carvalho?

Olavo de Carvalho participa não só da promoção como escolhe as vítimas, os adversários. Ele inicia geralmente o linchamento, falando inclusive palavrões absurdos. Atrás, vem a ala mais sectária deles: Allan dos Santos, Bernardo Kuster [youtuber apoiador de Jair Bolsonaro], Claudia Wild? entram eles. Na sequência vem os publicadores e replicadores. Tem Allan Frutuoso, Edson Salomão, Douglas Garcia, Gil Diniz . É um monte de nome. São muitos.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) atua nesta rede?

Se o presidente atua na elaboração, coordenação das redes e distribuição de fake news, isso eu não sei. Mas que ele publica na conta dele uma série de coisas, como o vídeo do leão. Quantas vezes neste ano ele mesmo já falou que foi o Carlos [Bolsonaro] que publicou e depois ele pede desculpa? Agora, o Bolsonaro levou das ruas, das milícias digitais, levou para dentro o tal do Tércio Tomaz, os dois Mateus [José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz], que já foi falado várias vezes têm suas contas fakes, particulares, e atuam para o governo e atuam detonando os adversários. Eles fazem em paralelo o serviço bom e o serviço sujo para o Bolsonaro. Todo mundo sabe disso. E eles estão dentro do governo. Estão ao lado da sala do Bolsonaro, morando lá e com apoio do Filipe G. Martins [assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais].

Há gente do governo Bolsonaro atuando na rede de fake news?

Eu fui almoçar com o Bolsonaro muitas vezes. Uma das vezes que fui almoçar no palácio [Frota não especifica se foi no Planalto ou no Alvorada], eu encontrei dentro da sala do Bolsonaro o Tércio, o Matheus, o outro Mateus e o Carlos Bolsonaro. Na minha chegada, todos saíram. Eles estavam reunidos com o presidente. Eu sei que eles promovem esses ataques. Já faziam isso na campanha.

O senhor falou a respeito de alguém chamado Jefferson, ou Jeffrey, que teria um papel preponderante dentro da rede de produção de fake news. Quem é ele?

Sim, o Jeffrey Richard Nyquist. É uma pessoa que já apareceu há algum tempo dentro da Câmara. Ele muitas vezes foi visto no ativismo. Hoje ele se encontra no partido Novo, mas ele vem prestando e oferecendo serviço, com cobrança de um valor entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, para trabalhar as redes sociais, programar as redes sociais, dentro da Câmara. É uma pessoa em que a gente está de olho. Ele tem sido visto com frequência dentro da Câmara, e, para minha surpresa, o nome dele já estava na CPMI da Fake News.

Qual a relação do empresário Otávio Fakhouri com a produção de notícias falsas e ataques virtuais? Seu site Crítica Nacional teria algo a ver com isso?

Sobre o empresário Otávio Fakhouri, ele é um dos financiadores do Crítica Nacional, que é um jornaleco, um portal, que era administrado pelo insosso professor Paulo Enéas, que é discípulo de Olavo de Carvalho. Então, este Crítica nacional estava falido por completo, e o Otávio Fakhouri viu uma oportunidade ali. Então ele financiou, se tornou diretor do veículo, que hoje em dia serve para fazer os linchamentos dos adversários da família Bolsonaro.

O deputado estadual paulista Gil Diniz (PSL) participa desse rede? O Gil Diniz, conhecido com Carteiro Reaça, foi alçado a essa sorte de entrar nesta gangue que se tornaram os amigos do Eduardo Bolsonaro. Essa milícia digital. O Gil, além da suspeita das rachadas que foram produzidas no gabinete dele, ele sempre foi um ativo defensor do Olavo de Carvalho. Ele faz parte do “conversadorismo”. Ele sempre defendeu o Olavo com unhas e dentes. Promove ataques, inclusive contra mim. Usa hoje do cargo de deputado estadual, da Alesp, para continuar propagando os ataques, humilhações, criticando aqueles que não concordam com a família Bolsonaro, principalmente quando discordam do Eduardo Bolsonaro.

O Gil Diniz está dentro da Alesp e, do gabinete dele partem os ataques. Outro dia eles deram a desculpa que era nas horas de intervalo, mas a gente sabe que não é porque quando os ataques vêm são 16h, 15h, 21h, 10h. Ou seja, não é especificamente na hora do almoço como eles tentaram se defender.

O deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia (PSL) também participa?

O Douglas Garcia veio do ativismo de rua, do Movimento Direita São Paulo. Recentemente, eles inventaram o Movimento Conservador, que tem o Edson Salomão [presidente]. O Douglas Garcia só está no PSL por minha causa. Ele havia falado mal do Eduardo Bolsonaro e eu que tive que ir ao PSL pedir para que virassem essa página. Inclusive o próprio Edson Salomão, que é sócio dele e amigo inseparável, sempre me agradeceu por isso.

Eles trouxeram das ruas essa opressão, esse ódio. Eles tentam desqualificar aqueles que não concordam com o Bolsonaro, com o Olavo de Carvalho. Fazem ataques brutais, assassinatos de reputações, humilhações. Todos contratados pelo gabinete do deputado Douglas Garcia. Todos.

Um monte de covarde, que não tinham dinheiro para nada, não tinham onde cair morto, a primeira vez que foi levado a uma churrascaria foi por mim, chorou na churrascaria, e hoje usam, abusam e se lambuzam do poder e do dinheiro que é dado a eles. Nós temos, inclusive, uma listagem enorme com o nome de todos que se programam para fazer isso [produzir fake news difamatórias].

Quem está nesta lista?

A lista das pessoas que promovem ataques é enorme: professora Paula Marisa [youtuber de Canoas-RS, apoiadora de Jair Bolsonaro], Camila Abdo [blogueira e assessora parlamentar no gabinete do deputado estadual Coronel Nishikawa, do PSL-SP], Paulo Enéas [escritor que lançou o site Crítica Nacional], Douglas Garcia, Edson Salomão. A lista é grande. Se você faz um cruzamento dos linchamentos, você verá que eles estão sendo envolvidos.

O senhor disse que pessoas que trabalham na Câmara dos Deputados trabalham nessa rede. Como o senhor soube disso? Tem como provar?

Como eu fui o primeiro a falar que eu desconfiava e que tinha suspeitas de que dois ou três gabinetes na Câmara abrigavam esses milicianos digitais, isso saiu na imprensa. No dia seguinte, eu fui atacado na rede social por um militante ativista que eu já conhecia de vista, chamado Nicolas Melo. Eu respondi fortemente a ele. No dia seguinte, quando chego ao plenário da Câmara, a deputada Carol De Toni [PSL-SC], uma olavista das mais fanáticas, se dirige a mim no plenário e vem questionar o motivo do ataque ao Nicolas Melo.

Até então, eu não sabia. Falei: “Quem é o Nicolas Melo?” Ela disse: “Ele trabalha para mim. Ele ficou assustado com sua resposta. Não faça mais isso.” Agora, eu já conhecia ele do ativismo e da militância nas redes, mas não sabia que ele estava trabalhando no gabinete dela. Aí, sem eu ter falado nada com ela, ela virou para mim e falou: “Não tenho nenhum miliciano digital abrigado no gabinete”. Ora, eu não perguntei nada sobre isso. Ela é que se antecipou e falou isso.

Passados três dias ela exonerou o Nicolas Melo. Nós levantamos a ficha. Ou seja, o Nicolas Melo, ativista e militante, estava prestando serviço para a dona Carol de Toni dentro da Câmara dos Deputados como assessor, mas estava promovendo ataques. Ou seja, era um miliciano lá dentro. E por que ela exonerou ele logo depois que falou comigo? Tudo levar a crer que ele estava no gabinete dela participando dessa milícia digital, credenciado, contratado, recebendo travestido de assessor parlamentar e logo depois foi exonerado. Está lá documentado.

O senhor citou o jornalista Allan dos Santos. Qual a participação dele na rede?

Essa é uma pergunta que estamos atrás de resposta. O CPF dele e o CNPJ do Terça Livre não constam na Segov [Secretaria de Governo] e Secom [Secretaria de Comunicação] do governo federal. O que acreditamos é que existe uma empresa contratada e que terceiriza o Allan dos Santos. Por isso ele não aparece. Mas quem paga aquela mansão? Quem paga o carro Corolla, que está alugado? Está em nome de quem o carro? Por que ele mora em Brasília? Como ele consegue andar credenciado dentro da Câmara e ao lado do presidente todas as horas que ele quer? Como ele consegue os melhores ângulos nas entrevistas do presidente? São perguntas que ele provavelmente vai ter que responder.

Ele é um dos provedores e promotores dos ataques mais viscerais que há. Tem aí os posts dele atacando inclusive aqueles com quem ele sempre compactuou, como o Nando Moura (youtuber que era apoiador do governo, mas que rompeu com a família Bolsonaro há cerca de um mês). Então, isso está sendo investigado. Como ele recebe dinheiro? Só de venda online de revista e livro? Nem a Playboy vendeu tanto para poder dar uma casa assim para alguém nos últimos anos. Inclusive, a Playboy faliu. Quero saber das palestras dele. Quanto ele ganha em cada palestra? Onde são as palestras? Quero ver. Vamos pedir na Receita Federal que ele apresente os valores da casa que ele vive. Vamos atrás desse cara.

O senhor já foi membro do PSL. Já se beneficiou da rede de fake news que diz existir?

Nunca me beneficiei de divulgação de fake news. Quando eu compartilhei alguma coisa que era fake news, eu compartilhei sem saber que era e estou pagando processo até hoje por isso. Eu sempre fui independente. Criei minha própria rede, meus próprios seguidores e não participava disso. Não tinha nem convite nem acesso a essas pessoas, a essa milícia.

A deputada Joice Hasselmann disse que filhos do ex-presidente têm uma rede para espalhar fake news. O senhor sabe de algo sobre isso?

Assim como a Joice, eu acredito que eles estejam, até porque todos os dias nós assistimos às intervenções tanto do Eduardo como do Carlos Bolsonaro nas redes sociais. Atacando as pessoas e discutindo, criando confusões, humilhando e tentando desconstruir. Atrás deles tem os assessores. No caso do Eduardo, tem lá o Gil Diniz e mais um tropa com ele. O Eduardo Bolsonaro, quando passou pelo PSL, levou metade dos cargos. Tanto é que tem deputado do PSL que nunca teve um cargo. Eu mesmo fiquei esse tempo no PSL e não tive um cargo no PSL. Diferentemente do Filipe Barros [deputado federal, PSL-PR], sobre o qual eu soube na CPI que tinha dois cargos. Eu não sabia disso. Por que ele tem dois cargos e não tinha nenhum?

 

 

*Do Uol

 

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Mundo político acredita que tem algo muito mais grave a ser revelado sobre o clã Bolsonaro, diz Mônica Bergamo

Ataques intensos do presidente e seu clã têm sido feitos tanto em conversas privadas quanto em público.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, várias autoridades tem a convicção de que algo grave, e que ainda não é público, ocorre e já é do conhecimento dos Bolsonaros, tamanha é a inquietação entre eles.

A intensidade dos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reforçou a desconfiança generalizada de autoridades sobre a postura agressiva do presidente e de sua família.

Bolsonaro insiste na tese de que Witzel usa a máquina investigativa do Rio para tentar envolver sua família em escândalos. Os ataques do presidente e seu clã têm sido feitos tanto em conversas privadas quanto em público.

O tom dos Bolsonaros tem subido há alguns dias, chegando a falar de saídas autoritárias para uma hipótese de “radicalização da esquerda” que nenhum outro grupo político aponta no horizonte.

 

 

*Com informações da Forum

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Leandro Fortes: Batom na Cueca

Gente, ao quebrar o sigilo do celular da mulher de Ronnie Lessa, assassino de Marielle Franco e Anderson Gomes, em janeiro passado, o MP já sabia da planilha onde constava a ida de Élcio Queiroz, o outro assassino, para a casa de Jair Bolsonaro.

É o mesmo MP que desmentiu o porteiro que revelou o fato, em depoimento à Polícia Civil, depois de uma perícia feita em DUAS HORAS E VINTE E CINCO MINUTOS.

Há uma terrível farsa em andamento para salvar a pele de Bolsonaro e dos filhos ligados à milícia carioca.

 

 

*Da página de Leandro Fortes no Facebook

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Dá para um interfone transferir chamada para um celular

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi citado na investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, segundo reportagem do Jornal Nacional exibida na terça-feira (29). Mas um detalhe do caso vem levantando discussão: a possível capacidade do interfone do presidente se comunicar com o celular da sua residência. O assunto está entre os mais comentados na internet até a tarde desta quarta-feira (30).

Olhando o fato novo apenas pelo viés da tecnologia, existem no mercado soluções que já permitem que interfones funcionem integrados a celulares. Nestes casos, você consegue atender um chamado ou liberar a entrada de alguém mesmo não estando não estando no local.

Como funciona?

Condomínios de prédios e casas podem contratar facilmente empresas que fornecem interfones que se comunicam com o celular. Alguns dispositivos são mais avançados do que os outros, mas em geral são comercializados para dar mais segurança para os moradores.

Com ajuda de sistemas inteligentes, os interfones conseguem ser configurados para redirecionar ligações para números de telefone previamente cadastrados. Uma vez que um chamado é direcionado para uma residência, a solicitação é automaticamente enviada para o seu respectivo morador.

Os dispositivos mais avançados se integram ainda a câmeras de segurança e fechaduras eletrônicas. Nestes casos, o dono da casa consegue visualizar quem está em sua porta pelo próprio celular e abri-la se assim desejar.

Outros modelos mais simples precisam apenas de conexão móvel. O morador recebe uma ligação direta em seu celular quando alguém interfona para a sua residência. É possível liberar o acesso ao local abrindo os portões do condomínio. Tudo depende do modelo de interfone e do serviço contratado.

O UOL apurou que o sistema de interfones oficial usado pelo condomínio Vivendas da Barra foi fornecido pela Intelbras, uma das principais empresas no setor. Há pelo menos dois aparelhos no portfólio da empresa que podem acionar os celulares de moradores quando o interfone de suas casas é acionado.

O mais refinado deles, o modelo IV 7010 HF, tem quatro canais de vídeo, abre portas e portões, além de poder ser conectado a gravadores digitais de vídeo, centrais telefônicas e de alarme. Ele possui a função “Siga-me” que permite encaminhar ao aparelho de celular do dono da casa as chamadas feitas para o interfone.

O IV 7010 HF permite conversar com quem estiver na porta de casa ou liberar a entrada de visitantes. O mais simples deles, o IV 4010 HS, também permite que as solicitações sejam transferidas para o celular.

Como muitos moradores trocaram os seus interfones internos, não é possível saber qual era o modelo usado por Bolsonaro.

Identificação de voz

Segundo o que foi divulgado pela polícia, pelos procuradores e pelo filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), o condomínio Vivendas da Barra trabalhava com um sistema de gravação de todas as ligações feitas da portaria para os moradores —um recurso mais sofisticado e não encontrado em muitos interfones usados no Brasil. Eram registradas:

  • conversas;
  • números das respectivas casas;
  • horas exatas em que os contatos eram feitos

O vereador do Rio de Janeiro indica ter tido acesso às gravações de voz do dia 14 de março de 2018, quando ocorreram os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes. Nas imagens, ele reforça que nenhum contato feito para a residência 58, de Bolsonaro, aparece naquele dia.

Em um segundo vídeo, Carlos mostra que alguém ligou para a casa do pai por volta das 15h e exibe um áudio gravado de um serviço de entregas. A entrada do suspeito aconteceu por volta das 17h.

 

 

*Com informações do Uol

*Foto: El País

 

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Luis Nassif: No condomínio de Bolsonaro não há interfone

Confirmando esse furo de reportagem de Luis Nassif, os reflexos serão de uma cambalhota de 180 graus no caso do porteiro do condomínio de Bolsonaro, o que, consequentemente chegará na promotora, em Moro, em Aras e em Bolsonaro.

Depois de fazer uma crítica fundamental à imprensa que, nos últimos cinco anos, comprava o pacote da Lava Jato já encaixotado e embalado para uso instantâneo sem qualquer checagem, Nassif traz revelações bombásticas que, se confirmadas, serão um tsunami no Palácio do Planalto, como mostra a trecho da matéria abaixo escrita por ele, que destacamos:

“Tem-se um ponto central de raciocínio.

1 – Na visita de Élcio Queiroz ao condomínio, o porteiro colocou o número da casa de Bolsonaro na planilha antes de acontecer o assassinato de Marielle.
2 – Há duas explicações para o cochilo de ter confundido as casas de Bolsonaro e de Ronnie Lessa, o suposto assassino. Ou as reuniões foram programadas em conjunto. Ou havia um mesmo grupos de pessoas que visitava ambas as casas.

O caminho correto da reportagem deveria ter sido a de ouvir não apenas o porteiro, mas outros porteiros e moradores do prédio.

Aí, saberiam dos seguintes fatos, que me foram passados por fonte fidedigna, com acesso ao condomínio.

O condomínio abriu mão de interfones, por ser caro e por problemas de instalação. Optou-se por telefonar ou para o celular ou para o telefone fixo de cada proprietário.

No caso de Bolsonaro, as ligações são para o próprio celular de Bolsonaro. E é ele quem atende. O que significa que a versão do porteiro não era descabida. Ou seja, o fato de estar em Brasília não o impedia de atender o telefone.

Carlos Bolsonaro, o Carluxo, também recebe os recados pelo celular. Em geral, fica pouco no condomínio, pois prefere permanece em seu apartamento na zona sul. Mas porteiros ouvidos por moradores sustentam que, naquele dia, ele estava no condomínio.

O porteiro do depoimento está de férias. Mas moradores do condomínio foram, por conta própria, conversar com os demais porteiros. E eles garantiram que a ligação foi feita para Bolsonaro mesmo.

O sistema eletrônico diz que a ligação foi para Ronnie Lessa. Tem que se buscar as razões para esse desencontro. O porteiro pode ter ligado para Bolsonaro, que lhe disse para ligar diretamente para Ronnie Lessa, por exemplo. O próprio Elcio Queiroz pode ter corrigido o porteiro.

Agora, uma reportagem mal feita colocou porteiro e porteiros à mercê de Sérgio Moro e Augusto Aras, que se transformaram no grande braço de Jair Bolsonaro

Há tempo de se tentar salvar a reportagem.”

Obs. Acrescentando o que disse Nassif, lembramos que é muito comum nos condomínios do Brasil, mesmo os que têm interfone na portaria, os porteiros terem o número dos celulares dos moradores para qualquer eventualidade.

 

 

*Com informações do GGN

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Vídeo: Militares e esposas se revoltam contra Bolsonaro na Câmara e, enfurecidos, o xingam de traidor

Arrependidos, familiares de militares protestaram contra a mudança da Previdência para a categoria.

Aos gritos e lágrimas, antigos apoiadores de Jair Bolsonaro criticaram o presidente por conta das mudanças que podem ocorrer nas aposentadorias dos militares. O projeto está sendo votado na tarde desta terça-feira (29) e deve determinar uma nova estrutura na carreira dentro dos quartéis.

Uma das pautas de Bolsonaro durante a campanha era melhorar os rendimentos dos militares e em cima dessas propostas ele conseguiu angariar votos desta ala mais conservadora. Mas, pelo menos para uma parte desses eleitores, o encanto com o ex-capitão acabou.

“Eu coordenei carreata para o senhor. Eu gritei Bolsonaro 17 enquanto eles estavam debaixo dos seus ares condicionados. E o hoje o senhor trai a tropa dessa maneira. O senhor que cresceu em cima de nós”, falou de forma exaltada uma das manifestantes que estiveram na Câmara.

Hoje, militares se aposentam, mas seguem à disposição das Forças Armadas, ou são reformados, momento em que são definitivamente desligados. A ideia do novo texto é aumentar de 30 para 35 anos, com pelo menos 25 anos de atividade militar, o tempo de trabalho para que os integrantes das Forças Armadas possam requerer a aposentadoria.

Assista ao protesto dos arrependidos:

https://www.facebook.com/sigajandira2/videos/2468699713177063/?t=0

 

 

*Com informações da Forum

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Áudio: CPMI tem como identificar ‘fábricas de desinformação’ a favor de Bolsonaro

A partir dos metadados das mensagens, é possível chegar a destinatários e financiadores. Professor da UFABC defende que Whatsapp e Facebook devem ser regulados.

Empresário Luciano Hang estaria entre os suspeitos de financiar ‘fábricas’ de fake news pró-Bolsonaro.

O sociólogo Sérgio Amadeu, professor associado da Universidade Federal do ABC (UFABC), diz que a a Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) que investiga notícias falsas nas redes sociais vai ter muito trabalho pela frente para identificar as “fábricas de desinformação” que foram utilizadas durante a campanha eleitoral do ano passado. Ele afirma que a partir dos metadados de postagens patrocinadas no Facebook e disparos em massa no Whatsapp é possível chegar aos responsáveis que financiaram ilegalmente esses esquemas.

A partir desses metadados, que registram informações como remetente e destinatário das mensagens, segundo Amadeu, é possível identificar o “núcleo duro” de pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro que, desde a disputa eleitoral, disseminam informações distorcidas e ataques a adversários políticos. O especialista diz não gostar do termo fake news, pois essa expressão pode dar a entender que a divulgação de uma notícia falsa ocorre por simples descuido ou desconhecimento.

“Essa CPI, além de pegar as estruturas que fazem de conta que são veículos de imprensa e divulgam notícias completamente inverídicas, precisa avançar também para pegar notícias descontextualizadas, informações completamente sem base na realidade. Isso faz parte de uma estratégia. A CPI pode constatar isso com muita facilidade. Tudo isso está registrado nas redes”, afirmou aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (28).

Em junho deste ano, uma reportagem da Folha de S.Paulo confirmou que empresários brasileiros contrataram uma empresa espanhola para fazer disparos em massa de mensagens pelo Whatsapp em favor de Bolsonaro. A informação foi confirmada pelo espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps. Ainda durante a campanha eleitoral, o jornal havia denunciado que empresários que empresários estariam investindo milhões para fazer campanha baseada em fake news pelo Whatsapp contra o PT e o seu candidato a presidente Fernando Haddad. A utilização de recursos privados em campanhas políticas é prática proibida, desde 2015, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A CPMI receberá o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) na próxima quarta-feira (30). O requerimento para ouvi-lo foi apresentado pela deputada Luizianne Lins (PT-CE). Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em agosto, Frota disse saber do “jogo sujo” feito pela campanha do presidente Jair Bolsonaro. O blogueiro Allan dos Santos, apoiador de Bolsonaro e um dos fundadores do blog Terça Livre, também foi convocado para ser ouvido na próxima semana. O requerimento é do deputado Rui Falcão (PT-SP), que também quer ouvir outros três assessores especiais da presidência da República.

Responsabilidades

Além de identificar os empresários que cometeram crime eleitoral ao financiarem postagens e disparos em massa de notícias falsas, Amadeu cobrou que as plataformas digitais, como Facebook e Google, tenham uma regulação mais rígida em relação aos conteúdos pagos.

Para o Facebook, ele defende que “todo post pago, em qualquer rede social, e que tenha a ver com política no período das eleições, precisa ser acompanhado do gasto relativo ao impulsionamento”. Assim, segundo ele, será possível identificar a origem dos recursos utilizados. Já no Whatsapp, o professor da UFABC diz que, além de identificar o remetente original da postagem replicada, é preciso tornar acessível a lista de todos os números que tenham também compartilhado a mensagem.

 

*Sergio Amadeu/Rede Brasil Atual

 

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Áudio: Queiroz diz que quer assumir PSL no Rio e “blindar” Bolsonaro: “Espertalhão não vai se criar com a gente”

“Trabalha isso aí com o chefe aí. Passando essa ventania aí, ficamos eu e você de frente. A gente nunca vai trair o cara. Ele sabe disso. E a gente blinda, a gente blinda legal essa porra aí”, diz o amigo miliciano do clã Bolsonaro.

Em novo áudio, divulgado neste domingo (27) pela Folha de S.Paulo, Fabrício de Queiroz, ex-assessor responsável pelo esquema de rachadinhas do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), diz que quer assumir o PSL no Rio de Janeiro para blindar Jair Bolsonaro.

“Politicamente, eu só posso ir para partido. Trabalha isso aí com o chefe aí. Passando essa ventania aí, ficamos eu e você de frente. A gente nunca vai trair o cara. Ele sabe disso. E a gente blinda, a gente blinda legal essa porra aí. Espertalhão não vai se criar com a gente”, disse no áudio, que não identifica quem é o interlocutor com quem Queiroz está falando.

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro diz ainda estar agoniado com a “pica” que o Ministério Público estaria preparando para ele, em relação ao processo que responde, junto com Flávio Bolsonaro, sobre as movimentações suspeitas no Coaf.

“Torcendo para essa pica passar. Vamos ver no que vai dar isso aí para voltar a trabalhar, que já estou agoniado. Estou agoniado de estar com esse problema todo aí, atrasando a minha vida e da minha família, a porra toda.”

Queiroz afirma que quer assumir a sigla no Rio para lapidar “essa porra”. “Resolvendo essa pica que está vindo na minha direção, se Deus quiser vou resolver, vamos ver se a gente assume esse partido aí. Eu e você de frente aí. Lapidar essa porra”

Segundo a reportagem, os áudios foram enviados por Queiroz a um interlocutor não identificado, por meio do WhatsApp, e a fonte que repassou as gravações pediu para não ter o nome revelado.

Ouça:

https://youtu.be/sB-fPhAH-cA

 

 

*Com informações da Forum

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Flávio e Eduardo Bolsonaro controlam cargos nos gabinetes do Senado e da Câmara e comissões; folha de R$ 1 mi por mês

Citados por Queiroz, os cargos no Congresso sob o comando da família Bolsonaro somam, por mês, quase R$ 1 milhão em salários.

Ao todo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) têm o direito de nomear 113 pessoas no Congresso, o que gera uma folha de pagamento de quase R$ 1 milhão por mês. Como ambos ocupam cargos na estrutura do parlamento – Flávio é terceiro secretário do Senado e Eduardo líder do PSL e presidente da Comissão de Relações Exteriores –, eles detêm o poder de preencher vagas além das disponíveis nos seus gabinetes pessoais. Do total, 24 desses cargos têm salários acima de R$ 20 mil.

Em áudios divulgados pelo jornal O Globo, Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), cita os cargos à disposição dos dois filhos do presidente e indica ao seu interlocutor o caminho para preenchê-los. “Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles em nada. ‘20 continho’ aí para gente caía bem pra c*.”

Em outro trecho divulgado pelo jornal, Queiroz menciona especificamente seu ex-chefe. “O gabinete do Flávio faz fila de deputados e senadores lá para conversar com ele. Faz fila. É só chegar: ‘Meu irmão, nomeia fulano para trabalhar contigo aí’. Salariozinho bom, para a gente que é pai de família, p* que pariu, cai igual uma uva.”

De acordo com O Globo, a mensagem de áudio foi enviada em junho – seis meses após o Estado revelar documentos do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf, agora Unidade de Inteligência Financeira) indicando que Queiroz ficava com parte dos salários dos funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Flávio foi deputado estadual de 2003 a 2018.

O Estado mapeou os cargos e os salários nos gabinetes dos dois filhos de Bolsonaro e, também, em postos chaves que cada um ocupa como, no caso de Eduardo, a liderança do PSL e a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Já Flávio tem aliados nomeados na Terceira Secretaria do Senado, que comanda, além dos gabinetes de Brasília e do Rio de Janeiro. O levantamento contabilizou os cargos que dependem exclusivamente da vontade dos dois parlamentares.

Apesar de poder gastar até R$ 500 mil por mês em verba para contratar funcionários, Flávio não utiliza todo o montante. Por mês, ele gasta R$ 366 mil da verba do Senado com os salários de 18 funcionários em seu gabinete no Senado, sete no escritório que mantém no Rio e quatro na Terceira Secretaria da Casa. Os valores variam entre R$ 27 mil (já com os descontos) a R$ 2 mil.

Com Flávio, 9 das 29 pessoas nomeadas por ele ganham igual ou mais do que os ‘20 continho’ mencionado por Queiroz no áudio, em referência ao salário de R$ 20 mil. Entre os contratados na estrutura comandada por Eduardo, 15 de 84 servidores recebem mais de R$ 20 mil.

O número de cargos que o deputado Eduardo Bolsonaro pode preencher aumentou significativamente nesta semana após ele vencer uma queda de braço no seu partido e ser confirmado líder do PSL. Com essa nova função, o filho “03” de Bolsonaro ganhou 71 cargos a mais para preencher.

Segundo a assessoria do deputado, porém, ele manteve os nomes indicados pelo antigo líder, Delegado Waldir (PSL-GO). O mesmo procedimento foi adotado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

De Pequim, onde cumpre agenda oficial, Jair Bolsonaro disse que o filho herdou cargos preenchidos pelo seu antecessor na liderança. O número de vagas depende da quantidade de deputados que cada partido elegeu. O PSL é o segundo maior da Casa.

Defesas

Questionados, via assessoria, se há indicações políticas em seus gabinetes, Flávio e Eduardo não responderam até a publicação deste texto. Em vídeo divulgado pelas redes sociais, Flávio Bolsonaro negou que Queiroz influencie nas contratações do seu gabinete.

Já a defesa de Fabrício Queiroz disse que o áudio mostra o capital político do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, e afirma que não há indício de cometimento de crime. “Portanto, a indicação de eventuais assessores não constitui qualquer ilícito ou algo imoral, já que, repita-se, Fabrício Queiroz jamais cometeu qualquer ato criminoso.”

 

 

*Com informações do Estadão

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Juízes europeus afirmam que STF não recuperará credibilidade se Lula não for solto

Em carta ao STF, ex-presidentes de Cortes europeias defendem anulação de processos contra Lula.

“Aos colegas magistrados do Supremo Tribunal Federal

Como ex-presidentes de Cortes Superiores de Justiça, gostaríamos de chamar à reflexão os nossos colegas magistrados do Supremo Tribunal Federal e, mais amplamente, a opinião pública deste país para os vícios dos processos iniciados contra Lula.

Como já foi mencionado por muitos colegas, brasileiros e de outros países do mundo, as revelações do jornalista Glenn Greenwald e sua equipe do site de informações The Intercept, em parceria com os jornais Folha de S. Paulo e El País, a revista Veja e outras mídias, reforçaram a natureza política da acusação contra Lula.

Elas também confirmaram aos olhos do mundo, como sempre foi afirmado por Lula e seus advogados, o caráter tendencioso do ex-juiz Moro e do ministério público, e, como resultado, a ausência de um julgamento justo e independente contra o ex-presidente.

Essas revelações confirmaram que a Operação Lava Jato, sob o pretexto de combater a corrupção, se transformou em um partido político, contribuindo para a destituição de Dilma Rousseff em 2016, bem como para a perseguição política contra ao ex-presidente Lula.

Essa perseguição funcionou, pois permitiu a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da República.

Numa época em que as democracias são postas à prova pela ascensão da extrema direita, e especialmente no Brasil, a justiça deve ser erguida como um baluarte contra o autoritarismo e a arbitrariedade.

No entanto, devido aos procedimentos ilegais e imorais adotados contra o ex-presidente Lula, a justiça brasileira hoje está passando por uma verdadeira crise de credibilidade.

Portanto, é essencial que os juízes da Suprema Corte exerçam plenamente seu papel de garantidores do respeito à Constituição e ponham fim às injustiças cometidas pelos promotores e pelo ex-juiz Sergio Moro.

Enquanto o ex-presidente Lula não tiver sua inocência e sua liberdade plena restabelecida, a justiça brasileira não recuperará credibilidade.

A falta de confiança no sistema de justiça brasileiro está corroendo o estado de direito e a democracia, com repercussões para todos os juízes do mundo.”

Tomas Quadra-Salcedo, ex presidente do Conselho de Estado da Espanha e ex ministro da Justiça

Franco Gallo, ex presidente da Corte Constitucional da Itália

Giuseppe Tesauro, ex presidente da Corte Constitucional da Itália

 

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