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O maior aliado de Lula sempre foi saber querer

Um programa de governo é como um arranjo musical que soa exatamente aquilo que é determinado pelo sentido do repertório.

É desse ponto que nascem as ideias do que os outros nos sugerem.

Tem que saber querer, e isso, Lula sabe fazer como ninguém, e deixou claro, nesta terça-feira (9), na Fiesp, seu principal objetivo num possível terceiro mandato.

O evidente descaso humano que ocorreu nesse país depois dos golpes em Dilma e Lula, foram o diapasão do ex-presidente.

Lula foi transparente ao afirmar que seu objetivo é, novamente, acabar fome e a miséria. Ele propôs caminhos possíveis para tal empreitada governamental.

Lula não fez um discurso inesperado, ao contrário, é o seu discurso de vida.

Não foi sem motivos que o ex-presidente conseguiu o feito de tirar 40 milhões da miséria.

Tudo depende apenas de acomodar-se às circunstâncias do momento para se ter êxito nos seus objetivos.

Foi esse o discurso de Lula, que agradou em cheio os empresários que o assistiam, propor o recomeço de um projeto de país em que a fome e a miséria não sejam mais toleradas.

O modo de fazer isso, pouco importa, ele se dará pela força do meio. O que importa é saber querer, e Lula sabe como ninguém o que quer.

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Justiça

Dallagnol e a dupla derrota: STJ mantém indenização a ser paga por Dallagnol a Lula por abuso cometido

Em julgamento virtual encerrado na segunda-feira (8/8), a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu manter a condenação do ex-chefe da extinta “lava jato”, Deltan Dallagnol, a pagar R$ 75 mil a Lula em indenização por danos morais.

De acordo com o DCM, Dallagnol foi condenado pelo excesso cometido ao divulgar, por meio do famoso PowerPoint, a denúncia que levaria à condenação de Lula e o tiraria da corrida presidencial de 2018.

Por unanimidade, a 4ª Turma não acolheu os embargos de declaração interpostos por Dallagnol, pelo petista e também pela Associação Nacional dos Procuradores da República, conforme proposta feita pelo relator, ministro Luís Felipe Salomão.

No STJ, os julgamentos virtuais duram uma semana, período no qual os ministros têm à disposição relatório e voto do relator, podendo concordar, divergir ou até pedir destaque — ou seja, retirar da pauta virtual e passar o caso para a presencial. Não há acesso externo aos votos.

Ao não acolher os embargos de declaração, a 4ª Turma considera que não há obscuridade, contradição, omissão ou erro material a serem corrigidos no acórdão.

O objetivo de Lula era aumentar o valor da indenização, considerado baixo e insuficiente para inibir novas condutas ofensivas do procurador. A defesa do petista citou, inclusive, que os R$ 75 mil não terão impacto para Dallagnol.

Para isso, instruiu a petição dos embargos com diálogos obtidos por hacker e levados ao conhecimento público no âmbito da operação spoofing, que indicam que Dallagnol há muito já havia preparado reserva financeira para suportar os custos de uma condenação pelos desmandos praticados na “lava jato”.

A defesa do petista é feita pelos advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Eliakin Tatsuo e Maria de Lourdes Lopes.

Já Dallagnol embargou o acórdão porque, entre outros argumentos, seria parte ilegítima para responder ao processo. Isso porque o STF, ao julgar o RE 1.027.633, concluiu que a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público. Esse ponto gerou, inclusive, divergência no julgamento do mérito do recurso especial na 4ª Turma.

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Lula entusiasma Fiesp com propostas para reindustrialização

Em encontro com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (9), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de políticas que estimulem a reindustrialização do Brasil e disse ser fundamental que os empresários sinalizem em quais nichos de indústria o país pode ser competitivo e que devem ser estimulados. Os conceitos apresentados pelo candidato ajudaram a diminuir resistências junto ao empresariado.

“A vantagem de o PIB crescer é distribuí-lo. Não adianta o PIB crescer 14% ao ano, como nos anos 70, e ficar com meia dúzia de pessoas”, disse. “Nosso programa passa por compreender que o Brasil precisa se reindustrializar. Quanto de engenharia e investimento em tecnologia tem em um grão de soja?”, afirmou, sob aplausos.

Mas ele também defendeu a evolução científica necessária à pecuária, contando da reunião que teve com empresários do agronegócio. Ele indagou por que o agronegócio gosta de Bolsonaro. “O que ele fez de bom para o agronegócio? Nada.” A última medida importante feita para o setor, de acordo com ele, foi sua, em 2008, com a securitização da dívida ruralista, por meio de uma medida provisória, que evitou a quebra do setor. “Duvido alguém dizer o que Bolsonaro fez para o agronegócio”, apostou.

Lula recomendou que a sociedade precisa discutir que tipo de emprego o país vai criar no contexto de indústria digital. Item presente nas diretrizes do programa de governo do Movimento Vamos Juntos pelo Brasil.

Ao lado de Josué Gomes, presidente da Fiesp e filho de José Alencar, que foi seu vice nos dois mandatos, Lula ressaltou a importância de o Estado atuar como agente do desenvolvimento. Gomes substituiu Paulo Skaf, alinhado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e defensor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. Nesta eleição, Skaf articula campanha ao Senado pelos Republicanos.

Em discurso de abertura, o presidente da Fiesp sinalizou as demandas do setor. Afinado com o que já defende o ex-presidente Lula, Josué Gomes ressaltou a necessidade de reindustrialização, considerando os avanços tecnológicos, a digitalização dos processos, a inteligência artificial e a questão climática.

“A economia de baixo carbono é imperativa, tendo em vista a emergência climática que está aí a nos cobrar soluções. Não podemos ignorar tais mudanças e a esperada reindustrialização do país passa por essas questões e pelo desenvolvimento tecnológico”, afirmou Gomes.

O dirigente da entidade empresarial defendeu também mudanças no sistema tributário, “anacrônico e burocrático”, para desafogar a indústria de transformação. “A indústria de transformação representa 30% dos impostos arrecadados e só 11% do PIB, já tendo representado mais de 27%”, afirmou, destacando também necessidade de investimentos em infraestrutura.

Credibilidade, estabilidade e previsibilidade

O ex-presidente lembrou o legado de seus governos, com redução da dívida, crescimento, fluxo de comércio exterior, investimento em educação e criação de emprego e de reservas e disse que, naquela época, o país deu um salto de qualidade. “Ninguém quer desmontar o que está dando certo. O que a gente quer é fazer com que as coisas que não estão certas fiquem certas”, completou.

Lula destacou políticas de seu governo, como a criação do maior programa de infraestrutura da história, o Programa de Aceleração do Crescimento, e ressaltou também a necessidade de o desenvolvimento respeitar a questão ambiental. “A economia de baixo carbono é uma necessidade para a competitividade e é um jeito de ganhar dinheiro também. Temos que discutir como tirar proveito das riquezas que a gente tem”

Também fez um panorama da situação do Brasil, com instituições desacreditadas, sem respeito internacional e com a volta da fome, e afirmou que nenhum governo pode dar certo se não tiver credibilidade, estabilidade e previsibilidade.

“Qualquer governante, se não tiver essas três palavras permeando o comportamento dele, o governo não dará certo”. Ainda em panorama sobre a situação do Brasil, pior hoje do que em 2003, quando iniciou o primeiro mandato, Lula criticou os retrocessos promovidos pelo atual governo, disse ser preciso voltar à normalidade, com cada uma das instituições atuando na esfera que lhe cabe.

O ex-presidente criticou os que cobram garantias ao mercado que seu governo terá responsabilidade fiscal. “Quem tem responsabilidade não precisa de teto de gastos”, disse. “Deixamos o país com 370 bilhões de dólares de reserva e é por isso que nunca quebrou.”

Salto de qualidade

O ex-presidente lembrou o legado de seus governos, com redução da dívida, crescimento, fluxo de comércio exterior, investimento em educação e criação de emprego e de reservas e disse que, naquela época, o país deu um salto de qualidade. “Ninguém quer desmontar o que está dando certo. O que a gente quer é fazer com que as coisas que não estão certas fiquem certas”, completou.

O ex-presidente lembrou que ouvia governadores, prefeitos e empresários, além de movimentos sociais e entidades sindicais na definição das políticas em seus governos, como fará num eventual novo mandato, e disse ter orgulho do que fez em suas gestões. Somadas, disse ele, as políticas públicas de seus governos deram vultoso investimento ao país.

“Nós fizemos aquilo que a sociedade nos incentivou a fazer. Muitas das políticas públicas foram deliberadas no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Todas as políticas foram tiradas de 74 conferências nacionais. É por isso que o país deu certo”, afirmou, lembrando da importância da inclusão dos pobres no orçamento para dar jeito no país. “Nunca o país viveu um estágio de alegria coletiva como nesse período”.

O ex-presidente não perdeu a oportunidade de criticar o pacote eleitoreiro de Bolsonaro, com a PEC do Auxílio. Ele tratou a medida como distribuição de dinheiro em plena campanha. “Vamos concorrer vendo um dos adversários fazendo a maior distribuição de dinheiro que uma campanha política já viu desde o fim do império”, disse, citando os R$ 42 bilhões que estão sendo pagos até dezembro.

Pessoas passam, instituições ficam

Antes de Lula, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin saudou a entidade pelo apoio ao manifesto Em defesa da Democracia e da Justiça. “As pessoas passam, as instituições ficam. A nação é mais importante que um governo”, acrescentou.

O vice de Lula destacou a necessidade de se construir confiança entre governo e setores produtivos para produzir um ambiente propício ao desenvolvimento. Segundo Alckmin, o foco tem de ser “na questão de emprego e renda”.

Ele mencionou a agenda da competitividade, crescimento com sustentabilidade e também a credibilidade do possível próximo governo. Segundo Alckmin o fato de Lula ser “conhecido no mundo inteiro vai recolocar o Brasil na economia mundial”.

*Com Vermelho

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Janja responde Michelle Bolsonaro após primeira-dama atacar Lula e religiões de matriz africana

Esposa de Bolsonaro compartilhou postagem em que associa as religiões de matriz africana às trevas e que acusa o candidato petista de ter feito um pacto.

A socióloga Rosângela da Silva, conhecida como Janja, usou as redes sociais, nesta terça-feira (9), para responder a um ataque feito pela primeira-dama Michelle Bolsonaro contra seu marido, o ex-presidente Lula (PT), e os adeptos a religiões de matriz africana.

Mais cedo, Michelle, que é evangélica, havia compartilhado em seu Instagram uma postagem da vereadora Sonaira Fernandes (PL-SP), com imagens de Lula em um encontro com lideranças de religiões afro, em que associa essas crenças às “trevas” e afirma que o ex-presidente fez um “pacto” – em um claro gesto de intolerância religiosa.

Sem citar diretamente a primeira-dama, então, Janja se pronunciou. “Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios”, escreveu a socióloga em seu Twitter.

*Com Forum

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Política

Vídeo: Anitta reforça apoio a Lula e coloca áudio do ex-presidente ao vivo no PodDelas

A cantora pop Anitta, a artista brasileira mais ouvida no mundo atualmente, reforçou seu apoio ao ex-presidente Lula (PT), nesta segunda-feira, 8, durante entrevista ao podcast PodDelas. Ela anunciou que convidou Lula para participar do podcast com ela e mostrou o áudio que o ex-presidente lhe enviou.

“Anitta, quero agradecer a gentileza e o carinho que você teve me convidando pra participar do PodDelas junto com você. Gostaria que você transmitisse para a Tata e Bruna que eu estou morrendo de vontade de participar, e poder discutir um pouquinho os problemas do país, das mulheres, das crianças, os problemas do dia a dia que são muitos, e eu espero que a gente resolva tudo isso logo logo. Se um dia elas me convidarem e você quiser estar presente, com a maior realidade possível… Estou totalmente à disposição”, disse Lula no áudio executado pela cantora.

*Confira:

*Com 247

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Datafolha: em eventual segundo turno, Lula tem grande avanço entre jovens e pobres, e Bolsonaro atrai voto dos mais ricos

Petista teria maior crescimento entre eleitores de baixa renda e moradores do Nordeste; mesmo com menos adversários, atual presidente não chegaria a 30% dos votos na região.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceria entre jovens, moradores do Nordeste e eleitores de baixa renda em uma eventual disputa em segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). O pré-candidato à reeleição, por sua vez, atrairia para si o voto da parcela mais rica da população.

Os dados são da última pesquisa do Datafolha, publicada na semana passada. O levantamento mostra Lula com 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 29% de Bolsonaro. Para o segundo turno, o petista iria a 55% dos votos totais, com o atual chefe do Executivo federal chegando a 35%. O Pulso analisou o crescimento dos dois candidatos em cada estrato social entre o primeiro e o segundo turno de votação.

Lula contaria, em uma disputa direta com Bolsonaro, com o voto de seis em cada dez eleitores de 16 a 24 anos (63%). No primeiro turno a parcela desse grupo que declara a intenção de votar no petista é de 52%.

O ex-presidente supera Bolsonaro em todos os grupos etários num eventual segundo turno. Mas há hoje oscilação numérica favorável ao atual chefe do Executivo quando observado o crescimento entre os eleitores de 60 anos ou mais: sobe sete pontos percentuais do primeiro para o segundo turno, enquanto Lula cresce seis pontos.

Evolução dos eleitores que optam por Lula ou Bolsonaro, por faixa etária
Intenção de votos no primeiro e segundo turno, de acordo com o Datafolha

Contratado pela ‘Folha de S.Paulo’, o Datafolha entrevistou, entre 27 e 28 de julho de 2022, 2.556 eleitores em 183 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01192/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o índice de confiança é de 95%.

*Com O Globo

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Pesquisa

Miriam Leitão: Benefício eleitoral vai mudar o voto?

Dados inéditos da pesquisa Genial/Quaest indicam que os ganhos eleitorais do Auxílio Brasil não devem ajudar Bolsonaro como pensa o governo.

Dados inéditos de uma pesquisa de opinião mostram que o efeito dos benefícios eleitoreiros ainda é pequeno para Jair Bolsonaro. A propensão de votar nele, por causa da elevação do valor do Auxílio Brasil, aumenta pouco entre os mais pobres e até diminui entre os que não querem nem Bolsonaro nem Lula. Já com a queda dos impostos sobre combustível, há um aumento da propensão de votar em Bolsonaro entre os mais ricos. “O que o governo queria, que era conquistar a renda baixa, não parece que vai conseguir o tanto que ele precisa. Mas com o ICMS ele consegue mobilizar uma turma que, mais ou menos, já é dele”, diz o cientista político Felipe Nunes.

Mesmo sendo residual, o que a pesquisa da Genial/Quaest mostra é que o pouco avanço que Bolsonaro consegue com essas medidas pode levar a disputa para o segundo turno.

— Hoje o que pode acontecer é o eleitor do Bolsonaro ficar mais feliz com o Bolsonaro, o eleitor do Lula ficar na mesma, e o eleitor dos outros ter menos chance de votar no governo. Ele não consegue mobilizar os pobres e não consegue mobilizar os nem-nem. Tem efeito, mas é, mas é pequeno, diz Nunes.

Entre os que ganham até dois salários mínimos, 25% dizem que as medidas aumentam a propensão de votar em Bolsonaro. Mas 29% dizem que não aumenta e 43% acham que nada muda.

Na pergunta sobre o efeito do ICMS, 33% dos pesquisados dizem que aumenta a chance de votar em Bolsonaro, 31% dizem que diminui, e, 31%, que não faz diferença. Entre os de renda de cinco salários mínimos ou mais, há um entusiasmo com essa medida da gasolina. Sai de 34% para 43% a chance de votar em Bolsonaro.

Outro dado importante: 57% acham que as medidas foram tomadas para ganhar a eleição e 38% acreditam que são uma tentativa de melhorar a vida das pessoas. No eleitorado de Lula, 78% acham que é para ganhar a eleição e 16% acreditam que é para melhorar a vida das pessoas. Veja os gráficos abaixo.

— O efeito pode levá-lo ao segundo turno, mas não é o suficiente para virar o jogo. Dez por cento dos eleitores que hoje estão com Lula dizem que aumenta a chance de votar em Bolsonaro. Isso é compatível com a queda de quatro pontos de Lula no geral, mas o que tem acontecido é que, ao mesmo tempo que Bolsonaro tira votos de Lula, Lula tem atraído votos dos outros candidatos — diz.

O nível de conhecimento sobre o aumento do auxílio e a redução do ICMS dos combustíveis é alto. Portanto, o efeito já deveria estar sendo sentido. No eleitorado que ambos querem conquistar, dos outros que ainda estão na disputa e dos que já estão desistindo, os dados não favorecem Bolsonaro. Com o aumento do Auxílio, 15% dos eleitores desses candidatos dizem que cresce a chance de votar em Bolsonaro, mas 30% dizem que diminui, e 54% afirmam que é indiferente. No ICMS, para 23% aumenta, 28%, diminui, e, para 46%, não faz diferença.

— Voto é um recurso escasso, não é ilimitado, tem que tirar de alguém. Com o Auxílio, a chance de votar em Bolsonaro para quem já é bolsonarista é grande, mas sempre foi. Do eleitor do Lula ele tira um pouco, e é isso que a gente está vendo na aproximação deles na margem de erro. Mas o dado importante é que entre os 10% dos demais candidatos Bolsonaro mais perde que ganha — diz Nunes.

Sempre com o alerta de que pesquisa é “diagnóstico e não prognóstico”, o retrato hoje é o de que o efeito é pequeno, ainda que possa ser decisivo para levar a disputa para o segundo turno.

Outra bomba foi jogada agora pela equipe econômica de Bolsonaro para tentar mudar o humor do eleitor de baixa renda. Será absolutamente nocivo, mas pode ter efeito eleitoral, que é o consignado do Auxílio. Um especialista em finanças conta que os grandes bancos não entrarão porque sabem que é inadmissível. Mas hoje os correspondentes bancários viraram empresas grandes e, junto com as financeiras, já estão assediando os muito pobres.

— Os juros são de 80% ao ano, e o risco para a financeira é zero, já que há desconto na fonte, garantido pelo Tesouro. É o crime perfeito. O dinheiro vai direto para a Faria Lima. É surreal. Esse governo já fez de tudo, mas essa passou de todos os limites morais — disse.

Isso porque os miseráveis serão achacados pelas financeiras e pelos correspondentes bancários, em dívidas a juros escorchantes. O governo fez isso para que os muito pobres tenham a sensação de bem-estar na hora do voto. É política econômica sem qualquer escrúpulo.

*Com O Globo

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Opinião

Temos um passado pela frente

Não convence a ruptura da goma alta da burguesia nacional, sobretudo a paulista, com Bolsonaro, em nome de uma suposta defesa da democracia e do estado de direito.

Como nação, já estamos bem crescidinhos para entender que tem muito caroço nesse angu que não vem à tona na mídia por motivos óbvios.

O passado recente, com dois golpes, em Dilma e Lula, patrocinados pela papa fina do capitalismo nativo, não deixa dúvida sobre a intenção em reduzir o Estado para os pobres e, consequentemente a ampliação dos lucros imediatos para os ricos, como ocorreu com Temer e Bolsonaro.

No Brasil, a ganância tem DNA próprio. Herdeiro da colonização e da escravidão, imposta aos negros sob o jugo das chibatas, essa oligarquia, que sempre teve na propaganda, através da mídia de cada época, sua grande estratégia cordial para dar tons de civilidade à expressão mais crua da barbárie, não abandonaria a criatura que alimentou e nutriu até então em nome de uma suposta defesa da democracia.

É possível que alguém que domine melhor esse tema, esclareça o que de fato há por trás disso. Fala-se de tudo aquilo que é evidente, baseado no que é recorrente nas classes economicamente dominantes no Brasil. Mas isso dá conta de um sentido restrito que não abarca verdadeiramente o que, na realidade, está por trás dessa mudança de humor dos milionaríssimos tropicais com o capitão genocida.

Os negócios internacionais, em que o Brasil se vê cada dia mais isolado, no momento em que a globalização se mostra cada vez mais acirrada, sobretudo pelo avanço da China e a perda de território comercial com os EUA, a lambança do ogro com embaixadores internacionais, detonando a imagem do Brasil, afirmando que as eleições são fraudáveis, tem sim peso, talvez até, como afirmam alguns, tenha sido a gota d’água.

Convenhamos, isso não deixa de ser um gigantesco absurdo, porque sempre esteve escrito na testa do sujeito que ele era, além de um tarado por morte, sangue, tortura, uma pessoa que nunca teve qualquer compromisso com a civilidade, mesmo essa nossa introduzida de cima para baixo, aos solavancos, para atender à eterna casa grande.

Não é de hoje que esse Brasil oficial, dominado pelos interesses dos “que mandam”, vive apartado do povo.

Machado de Assis foi bastante sintético ao definir a caricatura burlesca que sempre comandou o país que nem de longe guarda os traços de grandeza que desenham a alma do povo brasileiro.

Tanto isso é verdade que quando um presidente, como Lula, que é parte do povo, assumiu o comando do país, fazendo uma verdadeira revolução que nos tirou da 17ª posição, levando à 6ª maior potência econômica global, somado a uma aprovação inimaginável de 87%, para os barões do dinheiro grosso torcerem o nariz para o então presidente, mas também para o povo, para os trabalhadores.

É que a ordem dos fatores estava sim mudando o produto. E de fato, as classes C, D e E passaram a ter protagonismo numa economia que sempre as segregou.

Tudo isso pode parecer algo de pouca monta, tal a mesquinhez que representa. Mas se pensarmos como a nossa civilização tropical é fruto do que há de mais mesquinho nas relações humanas, daremos conta de que, enquanto não propusermos uma revisão concreta da nossa história, principalmente naqueles vícios que serviram de alicerces para a institucionalidade, não sairemos de um lugar que será sempre escuro e propício para se construir ninhos de ratos, baratas e fascistas.

Isso é tarefa para a população com a menor ingerência possível da elite contaminada pelo colonialismo e pela escravidão.

*Imagem em destaque é do livro “Bahia de Todos os Negros” de Fernando Granato

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Crescem chances de autogolpe e atentados como Riocentro à medida que Bolsonaro “desaba”, diz analista

Auxílio Brasil não faz Bolsonaro crescer significativamente nas pesquisas e o bolsonarismo pode reagir com excessos.

O jornalista, escritor e pesquisador da extrema-direita Cesar Calejon, em entrevista ao GGN, disse que ainda não vê crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas com a distribuição turbinada do Auxílio Brasil, a ser paga a partir de agosto para 20,2 milhões de brasileiros.

Segundo a nova pesquisa Genial/Quaest, o anúncio do benefício majorado reduziu a intenção de voto em Lula em 10 pontos percentuais entre os que recebem o Auxílio Brasil.

No placar geral, Lula segue liderando com 44% contra 32% de Bolsonaro e tem chances de vencer no primeiro turno. Ambos oscilaram dentro da margem de erro, mas a distância de 12 pontos percentuais é a menor da série histórica. Além disso, a rejeição ao governo Bolsonaro está caindo lentamente.

Na análise de Calejon, o aumento do Auxílio Brasil e a PEC Kamizake podem não ser suficientes para Bolsonaro conseguir virar o jogo sobre Lula. Desesperado, o bolsonarismo pode recorrer a estratégias desonestas e perigosas para tentar reverter a derrota iminente.
Novo Riocentro

Com eventual derrota nas urnas em outubro, Calejon acredita não ser provável que “o bolsonarismo passe a faixa presidencial”. Ainda, ele vê a possibilidade de um autogolpe nos próximos dois meses, à medida que a campanha de Bolsonaro “desaba”.

Envolve em algum nível as Forças Armadas brasileiras. Existe materialidade histórica. Desde Plano Cohen, tanto por 1964, passando pela própria Lava Jato, Riocentro, o caso do Abílio Diniz, que foi usado para minar a candidatura do Lula (em 1989).

Riocentro foi um atentado praticado pela Ditadura Militar em 1981, com objetivo de incriminar grupos de esquerda. Já o Plano Cohen foi um documento forjado por Getúlio Vargas para instaurar a Ditadura do Estado Novo, em 1937.

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Lula: ‘Bolsonaro acha que o dinheiro vai comprar voto, mas esse genocida vai cair fora da governança’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (3), em Teresina (PI), criticou a iniciativa do governo Jair Bolsonaro (PL) de fazer uma mudança na Constituição para distribuir benefícios a pessoas mais pobres em ano eleitoral.

“Bolsonaro faz mudança na Constituição distribuindo quarenta bilhões de reais até dezembro. Ele acha que o povo é gado. Coloque o dinheiro na nossa conta que vamos comprar o que comer, o que vestir. Ele pensa que o dinheiro vai comprar voto. No dia dois de outubro temos que dar uma banana para Bolsonaro para que ele saiba que vai cair fora da governança”, disse Lula.

“Ele não tem respeito pelo povo, diz que a urna não é honesta. Vocês não podem acreditar na fanfarrice dele. Estou preparado para recuperar este País. Vamos fazer universidades, escolas técnicas, aprimorando a qualidade profissional do povo trabalhador. O país hoje não merece o respeito de ninguém. Ninguém quer vir aqui”, acrescentou.

A PEC eleitoreira aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, prevê um reajuste do vale-gás, com um botijão a cada dois meses para 5 milhões de famílias, e uma ajuda de R$ 1.000 para caminhoneiros autônomos e voucher para taxistas.

De acordo com o ex-presidente, “um genocida que não derramou uma lágrima por quase 700 mil que morreram (da Covid), que não se preocupa em conversa com sindicato, quilombola, indígena, que quer desmatar a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, não pode se apoderar da bandeira brasileira porque ela é do povo”. “Não se preocupem com os meus setenta e seis anos de idade. As pessoas envelhecem quando não têm uma causa”, disse.

“A minha causa é provar ao mundo e à elite brasileira que o povo vai comer três vezes ao dia, que vai trabalhar, ter aumento de salário, levar uma vida digna que está na Constituição, na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, na Bíblia. Neste país não vai mais morrer criança de desnutrição. Geramos 22 milhões de empregos, conseguimos provar que a agricultura familiar e o pequeno produtor dão conta de sustentar o País quando tem financiamento para melhorar sua capacidade produtiva, vamos fazer assentamento de reforma agrária, fazendo financiamento do pequeno produtor. As prefeituras vão comprar 30% da merenda escolar dos agricultores”, continuou.

*Com 247

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