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Lula diz que vai ‘acabar’ com as bets caso regulamentação não funcione

Presidente também comentou que não é ‘aceitável’ beneficiários do Bolsa Família utilizarem dinheiro com apostas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, no último domingo (6), dia das eleições municipais em todo o país, que irá “acabar” com as apostas esportivas no Brasil caso a regulamentação não funcione.

As declarações foram dadas na Escola Estadual João Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, local de votação do presidente.

“Nós estamos fazendo uma regulação e, ainda em outubro, vamos tirar 2 mil sites de apostas desse país. Depois vamos saber o que a regulamentação vai garantir de benefício, de certeza que a coisa está sendo feita com seriedade. Se não der resultado com a regulamentação, eu não terei nenhuma dúvida em acabar definitivamente com isso”, disse Lula.

No discurso, o presidente também comentou que não é “aceitável” beneficiários do Bolsa Família utilizarem dinheiro com apostas. “Nós não aceitamos a ideia de que o pessoal do Bolsa Família está gastando dinheiro fazendo apostas, não é possível que tenha alguém fazendo isso”, ressaltou.

Impacto das bets
O presidente afirmou que trata o vício em bets como uma “doença”. De acordo com o Banco Central (BC), apenas em agosto, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas por meio de Pix, segundo o ICL..

“Conheço gente que perdeu casa, que perdeu carro, que gasta o salário todo numa sexta ou sábado. Isso é uma doença que nós precisamos tratar também com o aspecto da saúde”, disse.

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Política

Lula diz que vai repatriar brasileiros em todo lugar que for preciso

“O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel”, disse ainda o presidente.

Agência Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta terça-feira (1º) que o Brasil fará a repatriação de brasileiros do exterior “em todo lugar que for preciso”. Ele lamentou o comportamento do governo de Israel ao atacar o Líbano.

Nesta quarta-feira (2) um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) buscará brasileiros que estão no Líbano.

A região sofre com os contínuos ataques aéreos de Israel contra áreas civis em Beirute, no sul e no Vale do Beqaa. Na semana passada, os bombardeios israelenses causaram a morte de dois adolescentes brasileiros. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, atualmente, está no Líbano, com 21 mil cidadãos vivendo no país.

O presidente Lula está no México para a posse da presidente eleita do país, Claudia Sheinbaum, e falou rapidamente com a imprensa ao chegar na cerimônia, na Cidade do México. Ele voltou a criticar a incapacidade da Organização das Nações Unidas (ONU) de atuar na resolução de conflitos internacionais.

“O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. É inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel se sente em uma mesa para conversar ao invés de só saber matar”, disse.

Israel e o grupo Hezbollah do Líbano têm trocado tiros na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado, detonada após um ataque do grupo palestino Hamas, aliado do Hezbollah, e que controla Gaza. Na última semana, Israel intensificou sua campanha militar no Líbano.

No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o Hamas. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos, um membro permanente, inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira. Outras resoluções apresentadas também fracassaram, seja por votos contrários dos Estados Unidos, seja da Rússia, outro membro permanente.

Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

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Brasil

Apelos de Lula, Petro e Guterres na ONU lembram que oligarquias são a raiz do desastre global

“Aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam […] ainda que representemos a grande maioria”, declarou Gustavo Petro durante discurso na ONU.

O mundo está à beira do desastre, mas ninguém assume a responsabilidade por isso, pareceu ser a conclusão do primeiro dia do chamado “debate geral” da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Talvez por isso, o secretário-geral, António Guterres, condenou o que chamou de “impunidade” global, ao abrir, nesta terça-feira (24), a sessão inicial do debate geral, junto com “a desigualdade” e “a incerteza”, um trio que está levando a civilização à beira de desastres, e essa rota é insustentável. “Estamos nos aproximando do inimaginável, um barril de pólvora que está envolvendo o mundo inteiro”, advertiu Guterres, e assinalou que as guerras, a mudança climática e a desigualdade estão piores do que nunca. Ao mesmo tempo, convidou aos participantes: “os desafios que enfrentamos podem ser resolvidos”.

Ele ressaltou a impunidade, onde “as violações e abusos ameaçam o próprio alicerce do direito internacional e da Carta da ONU”. Acrescentou que “o nível de impunidade no mundo é politicamente indefensável e moralmente intolerável”, onde governos acreditam que podem violar as convenções internacionais e a Carta da ONU, “invadir outro país ou destruir sociedades inteiras” sem consequências. Assinalou os casos da Ucrânia e de Gaza, aos quais chamou “um pesadelo sem fim que ameaça levar toda uma região”; condenou os atos do Hamas, mas afirmou que “nada pode justificar o castigo coletivo do povo palestino”, que incluiu também a morte de mais de 200 funcionários da ONU. Guterres detalhou as injustiças da desigualdade econômica e também da mudança climática, insistindo que a única solução é multilateral e urgente. E que não há muito tempo.

Lula na ONU
O desfile anual de mandatários e altos representantes dos 193 países membros começou, por tradição, com o presidente do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva, uma das vozes mais poderosas do Sul Global, elevou o alerta sobre o rumo atual do planeta.

Lula falou sobre os esforços do Brasil para impulsionar um acordo para frear as guerras em Gaza e na Ucrânia, e advertiu que esses conflitos demonstram o fracasso da comunidade internacional.

Da mesma forma, deplorou um sistema econômico internacional que se “converteu em um Plano Marshall ao contrário, onde os mais pobres financiam os mais ricos”. Os mais ricos, afirmou, duplicaram suas fortunas e pagam menos impostos que os pobres, proporcionalmente 60% da humanidade é agora mais pobre — ante o qual o Brasil está promovendo uma proposta para estabelecer normas mínimas de impostos globais.

Outras vozes do Sul Global
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou, com um discurso lírico, que nesse fórum da ONU “aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam”, [não escutam] os que não têm armas de destruição em massa ou grande quantidade de dinheiro, “ainda que representemos a grande maioria”.

Ele advertiu ainda que “a floresta amazônica está queimando” e isso implica o fim do mundo. Acusou que, “quando Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”, pois as crianças palestinas “são o povo escolhido de Deus”. O que ele chamou de “oligarquia mundial” da mudança climática, das guerras, das punições econômicas contra países desobedientes como Cuba, e concluiu que a pergunta agora para o mundo é: a vida ou a ganância? Indicou que chegou a hora de pôr fim à oligarquia mundial e substituí-la por uma democracia dos povos. Que já não se precisa ouvir os Biden, Xi, Putin e os europeus, mas sim os povos.

*Diálogos do Sul

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Mundo

Lula denuncia na ONU forças de extrema-direita no Brasil e nos EUA e aponta crise democrática

‘A extrema-direita tem um discurso identitário às avessas’, afirmou o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta nesta terça-feira (24) sobre as tentativas de golpes da extrema-direita no Brasil e condenou a agenda defendida por esse campo político. Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), o chefe de Estado criticou propostas anti-imigração, como as defendidas pelo candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e destacou a importância da preservação da democracia, da agenda ambiental e do respeito aos direitos humanos.

“A extrema-direita também se tornou viável eleitoralmente ao organizar os descontentes em torno de um discurso identitário às avessas. Culpam migrantes, mulheres e minorias pelos problemas da atualidade. E fazem isso tensionando os limites das instituições democráticas”, afirmou durante o discurso na ONU.

“Ceder diante dessas narrativas é cair em uma armadilha. Recuar não vai apaziguar o ânimo violento de quem ataca a democracia para silenciar e retirar direitos. Não há contradição entre coesão social e o respeito à diversidade. O pluralismo nos fortalece. A democracia em sua plenitude é a base para promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência. Ela é fundamental para um mundo de paz e prosperidade.”

De acordo com o presidente, “a História nos ensinou que a democracia não pode ser imposta”. “Sua construção é própria de cada povo e de cada país. Para resgatar sua legitimidade, precisamos recuperar sua essência, e não apenas sua forma”, continuou.

Em seu pronunciamento, Lula afirmou que a “participação social é um dos principais caminhos para o fortalecimento da identidade democrática”. “A democracia não é um pacto de silêncio. Precisamos ouvir movimentos sociais, estudantes, mulheres, trabalhadores, empreendedores, minorias raciais, étnicas e religiosas”, disse.

“Proteger quem defende os direitos humanos, o meio ambiente e a democracia também é imprescindível. A experiência brasileira mostra que o equilíbrio entre os poderes constituídos, a resiliência e o fortalecimento das instituições são cruciais na proteção desses princípios. Somente uma democracia revigorada nos permitirá equacionar os dilemas de nossas sociedades e do mundo contemporâneo.”

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Política

“Uma supremacia branca”, diz Lula sobre posse de ministro em tribunal

Lula afirmou que o cenário que encontrou em evento do Judiciário “não tem nada a ver com a realidade brasileira”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta segunda-feira (16/9), o que chamou de “supremacia branca” que observou em evento no Judiciário. “Esses dias eu fui na posse de um ministro num tribunal e era uma supremacia branca que não tem nada a ver com a realidade brasileira”, afirmou o petista em evento no Itamaraty nesta segunda-feira (16/9).

“Eu dizia que eu não via nenhum aluno do Prouni [Portal Único de Acesso ao Ensino Superior] naquela posse. Eu não vi nenhum aluno do Fies [Fundo de Financiamento Estudantil], parecia que era um outro mundo”, citou. O presidente, porém, não especificou a que evento a que se referia.

Lula trouxe a crítica à falta de representatividade no momento em que elogiava a diversidade da cerimônia de formatura da Turma Esperança Garcia do Instituto Rio Branco, no Palácio Itamaraty.

O chanceler Mauro Vieira afirmou que a turma que se formou é uma das turmas mais diversas que já integrou o ministério, “com 21 homens e 15 mulheres, a maior proporção da participação feminina na história da instituição”. “Dos 36 diplomatas, dez são negros, o maior número em termos absolutos até então”, destacou.

“Vocês não sabem a alegria que eu tenho de saber que essa turma é a turma que tem mais mulher e a turma que tem mais gente negra”, afirmou o chefe do Palácio do Planalto

Embora não tenha feito menção a algum evento específico, Lula participou recentemente da cerimônia de posse do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell Marques como corregedor nacional de Justiça. A cerimônia ocorreu no início do mês no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, segundo o Metrópoles.

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Lula diz que empresários brasileiros não têm ‘inteligência suficiente’ para entender importância de investir em cultura

A democracia é a única forma de a cultura não ser enxergada como um gasto.

Em evento de reinauguração do Armazém da Utopia, na zona portuária do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que empresários brasileiros não “têm inteligência” para entender a importância de se investir em cultura.

— Eu acho que, se o sistema financeiro soubesse disso (retorno do investimento em cultura), ele baixava os juros para não receber as dívidas e aplicava em cultura. Eu acho que os empresários brasileiros ainda não conquistaram a inteligência suficiente para saber que o investimento na cultura não só traz retorno financeiro, mas também político, ao provocar a evolução da sociedade — disse Lula na noite desta quinta-feira.

Na cerimônia, o presidente também afirmou que a democracia é a única forma de se criar condições da cultura não ser enxergada como um gasto.

— Muitos presidentes não gostam de cultura, até podem ir a Paris ver uma peça, mas não gostam de conversar com artista, porque artista é chato ideologicamente, está sempre cobrando. A cultura é o jeito da gente contrariar o que é o pensamento dominante de uma sociedade, propondo coisas novas — complementou o presidente.

Construído em 1910, o novo armazém se transformará em um porto aberto para coletivos artísticos de trabalho continuado do Brasil, da América Latina, da África e de todo o mundo. Com investimento total de R$ 36 milhões, sendo R$ 12 milhões do BNDES, a restauração do armazém teve duração de um ano.

Críticas ao Congresso
Mais cedo, Lula aproveitou a cerimônia de retorno do manto Tupinambá ao Brasil para criticar o Congresso pela derrubada de seu veto sobre o Marco Temporal. No fim do ano passado, em derrota para o governo, os parlamentares devolveram validade a um trecho de projeto de lei que define que somente Terra Indígenas já ocupadas na época da promulgação da Constituição de 1988 podem ser demarcadas.

Ao discursar durante o evento na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte da capital fluminense, Lula frisou que “fez questão de vetar esse atentado aos povos indígenas”. O petista afirmou ainda que “imaginou que o Congresso não teria coragem de derrubar” sua decisão.

— Da mesma forma que vocês, eu também sou contra a tese do Marco Temporal. Fiz questão de vetar esse atentado aos povos indígenas. Mas o Congresso Nacional derrubou o meu veto. Às vezes as coisas são mais fáceis de falar do que fazer. Olhem a dificuldade de eleger um indígena deputado. Quando eu vetei o Marco Temporal, eu imaginei que o Congresso não teria coragem de derrubar o meu veto, e ele teve. A maioria dos congressistas não tem compromisso com os povos indígenas. O compromisso deles é com as grandes fazendas — pontuou Lula.

Mais à frente, porém, o presidente defendeu que é preciso “cumprir a Constituição e a regra do jogo”, mas negou que exista “subserviência para ficar no poder”. Ele lembrou que o governo não conta com maioria no Congresso e que, por isso, deve-se “conversar com quem não gosta de mim”.

— Aqui não tem subserviência para ficar no poder. O que se tem é inteligência política. Tenho um partido com 70 deputados em 513. Tenho nove senadores em 81. Para aprovar as coisas, eu sou obrigado a conversar com quem não gosta de mim. Se tem uma coisa que tenho muito orgulho (é isso). O presidente não pode só fazer discurso. Tem que cumprir a Constituição e a regra do jogo. Tem que respeitar as decisões do Congresso e da Justiça, e ao mesmo tempo preservar e luta — disse.

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‘Um novo começo para os povos indígenas e o Brasil’, diz Lula sobre retorno do manto Tupinambá

Presidente participou da celebração do retorno do manto sagrado Tupinambá ao Brasil, no Rio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou nesta quinta-feira (12) o retorno, após séculos, do manto sagrado Tupinambá, que estava na Dinamarca, ao Brasil, afirmando que o momento é crucial para refletir sobre o drama que atinge a população indígena brasileira desde os anos 1500.

Durante a celebração do retorno do manto sagrado Tupinambá ao Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), Lula lamentou a escravização dos povos indígenas pelos colonizadores e afirmou que a chegada do objeto representa um “momento especial não só para os indígenas, mas para a história de todos os brasileiros e brasileiras”.

“O retorno do manto sagrado Tupinambá é um marco e um começo de uma nova história de conquista dos povos indígenas”, afirmou Lula.

O evento ocorreu sob críticas, com os indígenas reclamando do fato de não terem acompanhado o processo de chegada do objeto ao Brasil. Em seu discurso, o presidente Lula ressaltou a importância das críticas e afirmou que seu governo busca representar os povos indígenas, ao contrário do governo anterior.

O manto sagrado Tupinambá foi devolvido ao Brasil após 300 anos na Dinamarca. Cada um dos mantos é um tesouro inestimável. Eles são feitos de penas brilhantes, e são considerados um dos artefatos mais preciosos já produzidos pelos povos indígenas das Américas. A peça foi doada ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro. As negociações pela repatriação envolveram a embaixada brasileira em Copenhague, o Museu Nacional do Brasil e o Museu Nacional da Dinamarca.

No entanto, o presidente também afirmou que gostaria que o manto ficasse na Bahia, e pediu ao governador Jerônimo Rodrigues que criasse um espaço onde ele possa ser exibido e preservado.

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Lula anuncia criação de autoridade climática em meio a seca e queimadas

Promessa foi feita em uma reunião com prefeitos em Manaus.

Em meio a um cenário de queimadas e secas nos rios da Amazônia, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer a criação de uma autoridade climática no país. A promessa foi feita nesta terça-feira (10), em uma reunião com prefeitos em Manaus.

“Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desses fenômenos [climáticos extremos]. Para isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal”, afirmou Lula em discurso.

O presidente não indicou metas ou prazos para a criação do órgão, que foi uma de suas promessas de campanha nas eleições de 2022 e determinante no apoio de Marina Silva à sua candidatura.

A criação de novas entidades pelo Executivo precisa ser aprovada pelo Legislativo. Desta forma, a autoridade climática não avançou diante do cenário adverso no Congresso Nacional.

O plano era que o órgão fosse anunciado em janeiro em 2023, A entidade não apareceu, no entanto, na reestruturação da Esplanada dos Ministérios feita no início daquele ano, e a promessa se estendeu para março de 2023.

Desde então, o governo acumulou problemas em sua articulação com o Congresso e sofreu derrotas na sua política ambiental, como resultado de pressões de ruralistas e do centrão, que esvaziaram atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, além de avançar projetos como o do marco temporal.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é vista como entrave para implementação de políticas de interesse do agronegócio, e a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), com cerca de 300 deputados, é uma das maiores forças da Casa.

A nova indicação de criação da autoridade climática acontece em momento em que a Amazônia enfrenta um cenário de crise climática, secas em seus principais rios e queimadas em áreas de floresta.

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Lula escolhe deputada Macaé Evaristo como substituta de Silvio Almeida

Presidente Lula escolheu a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) para o lugar de Silvio Almeida no Ministério dos Direitos Humanos.

O presidente Lula escolheu a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) como nova ministra dos Direitos Humanos. Ela assumirá o cargo no lugar de Silvio Almeida, demitido na semana passada após denúncias de assédio sexual contra mulheres reveladas pelo Metrópoles, na coluna Guilherme Amado.

Macaé é professora desde os 19 anos de idade e já foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC) entre 2013 e 2014, período em que Aloizio Mercadante era ministro. A parlamentar é próxima de Gleide Andrade, atual tesoureira nacional do PT.

No sábado (7/9), a coluna já havia noticiado que Lula queria nomear uma mulher negra para o ministério. A decisão faz parte de uma estratégia para tentar amenizar a repercussão negativa da demissão de Silvio Almeida, após as denúncias de assédio que envolveram a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, segundo o Metrópoles.

Após a demissão do ministro na sexta-feira (6/9), Lula nomeou a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, como titular interina dos Direitos Humanos. A expectativa inicial era de que a pasta fosse assumida pela então secretária-executiva, Rita Cristina, mas ela pediu exoneração após a demissão de Silvio Almeida.

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Lula interpela judicialmente Pablo Marçal por ataques em sabatina

A AGU aponta crimes de difamação e contra a honra do presidente Lula nas declarações do ex-coach de extrema direita Pablo Marçal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma interpelação judicial contra o ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, devido às acusações e ataques feitos contra ele durante uma sabatina na Globonews, realizada na segunda-feira (26)

Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou o pedido à Justiça Federal de São Paulo, onde argumenta que as declarações de Marçal podem ser caracterizadas como difamação e crimes contra a honra de Lula.

“No decorrer de suas respostas, o interpelado passou a se referir proposital e repetidamente ao interpelante (Lula), embora as perguntas não lhe dissessem respeito”, afirmou a AGU no documento.

Entre as declarações destacadas, Marçal afirmou que Lula “desviou mais de um trilhão com a quadrilha que ele tinha”. Em outro momento, ele questionou a “descondenação” do presidente, insinuando irregularidades no processo.

“Diante dessas afirmações, é necessário que o interpelado esclareça o seu teor, pois a entrevista não estava relacionada ao interpelante, foram mencionadas elevadas quantias e as imputações de fatos criminosos não foram integralmente explicadas”, destaca a AGU em outro trecho do documento.