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Brasil Mundo

Putin liga para Lula em conversa de 40 minutos; o que os presidentes falaram

‘Tarifaço’ dos EUA foi um dos assuntos; Presidentes buscam fortalecer relações comerciais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (9) a fim de falar das negociações com os Estados Unidos sobre eventual acordo de paz com a Ucrânia. “O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, disse o Palácio do Planalto em nota.

Putin irá se reunir pessoalmente com o presidente Donald Trump na próxima sexta-feira (15/8). O encontro será realizado no Alasca, nos Estados Unidos, e tratará da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já se alastra há três anos. O governo dos EUA tem aumentado a pressão sobre o Kremlin para assinar um cessar-fogo permanente, com medidas de asfixia econômica.

Trump passou a mirar parceiros comerciais da Rússia. Na última semana, o presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais às importações da Índia que chegam aos EUA. O motivo é a compra de petróleo russo por parte do país asiático. O encontro entre Trump e Putin no Alasca, estado norte-americano localizado no extremo norte do continente e a 88 quilômetros da Rússia, foi criticado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que não irá participar das tratativas.

“O presidente Trump anunciou os preparativos para seu encontro com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode terminar sem nós, sem a Ucrânia”, escreveu em publicação no X. Na ligação, que durou cerca de 4o minutos, Lula e Putin também falaram sobre o “cenário político e econômico” e a relação comercial entre ambos os países dentro do Brics, bloco que é alvo de incômodo de Trump.

Putin teria parabenizado Lula pela cúpula de líderes realizada no Rio de Janeiro, no início de julho, da qual o presidente russo não participou. Dias depois do encontro de líderes, Donald Trump anunciou tarifas de 50% para produtos brasileiros, que se concretizou na última quarta-feira (6).

As discussões pelo fortalecimento do uso de moedas locais, alternativas ao dólar, foram criticadas por interlocutores da diplomacia norte-americana e impulsionaram as novas tarifas contra o Brasil. Dentre as medidas de contenção, o Palácio do Planalto tem reforçado a busca por novos mercados para os produtos que não escaparam do tarifaço de Trump, que, apesar de desidratado, ainda mira produtos-chaves, como o café e a carne bovina.

*aRede


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Cultura Política

Vídeo: Ao festejar o cinema nacional, Lula chora ao falar do extermínio de crianças em Gaza

“Agora chegaram à cretinice de distribuir água e alimento para as crianças e de matá-las antes que peguem a comida”, disse o presidente

O presidente Lula já chorou muitas vezes em público, seja ao relembrar sua trajetória de vida ou ao se comover com a dor alheia. Mas, mesmo nos momentos mais difíceis, sempre conteve as lágrimas e seguiu falando, com a voz embargada. Ontem, no entanto, ao receber a equipe do filme O agente secreto no Palácio da Alvorada, ao mencionar a fome no mundo e o assassinato de crianças em Gaza, Lula não conseguiu conter o choro. Desabou num pranto que lhe tirou a voz e arrancou soluços.

Políticos geralmente não choram — não por serem fortes, mas por muitas vezes terem perdido a sensibilidade e a empatia. Lula, depois de se engasgar, concluiu sua fala:

— Agora chegaram à cretinice de distribuir água e alimento para as crianças e de matá-las antes que peguem a comida. Então, a cultura é temida porque ela traz consciência política, não nos deixa ser submissos, nos faz revolucionários. Não para pegar em armas, mas revolucionários no comportamento e nas ideias.

Estreia nacional no Alvorada
O agente secreto, longa-metragem que conquistou o prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, para o diretor Kleber Mendonça Filho, e o de melhor ator para Wagner Moura, foi exibido pela primeira vez no Brasil no chamado “cineminha do Alvorada”.

Festejando o cinema nacional, Lula chora e soluça ao falar do extermínio de crianças em Gaza | Brasil 247

Antes da sessão, Lula, Janja e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, recepcionaram no jardim do palácio, em um tapete vermelho sob as colunas iluminadas, o diretor Kleber, o ator Wagner Moura e toda a equipe do filme. Jornalistas e convidados acompanharam a apresentação da Orquestra Popular do Recife, que também se exibiu em Cannes, diz Tereza Cruvinel, 247.

— Esse filme de vocês é uma lição de dignidade, para que nós, brasileiros, aprendamos mais uma vez que a gente não é menor do que ninguém. A gente não é menos sabido do que ninguém, nem é mais feio que ninguém. Somos gente — e gostamos de gente.

Cultura como presença do Estado

Kleber Mendonça celebrou o fato de a primeira exibição nacional do filme acontecer justamente na residência oficial do presidente da República, que também é um marco da história e da arquitetura brasileira:

— Estou ansioso para que ele seja visto por todo o povo brasileiro.
Wagner Moura destacou a importância de viver em um país onde o presidente valoriza e respeita a cultura. Ressaltou ainda o quanto é significativo, para artistas e produtores, sentir a presença do Estado — na figura do presidente — apoiando a criação nacional:

— É fundamental saber que temos um presidente que torce pelos artistas, liga para quem é premiado, valoriza a cultura e reconhece sua relevância para o país.

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Brasil Mundo

Lula e primeiro-ministro da Índia para aumentar cooperação em comércio e tecnologia em resposta às tarifas de Trump

Reuters – O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordaram nesta quinta-feira em aumentar a cooperação em comércio, tecnologia, energia, defesa, agricultura, saúde e laços interpessoais, informou o gabinete de Modi em um comunicado.

O presidente Lula conversou por telefone durante cerca de uma hora com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta quinta-feira (7), em articulação direta para enfrentar os efeitos das tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa, segundo nota oficial do Palácio do Planalto, reforçou o compromisso de Brasil e Índia com o multilateralismo e com a busca de uma resposta coordenada às medidas protecionistas norte-americanas. A informação foi publicada no site do governo federal nesta quinta-feira.

Lula e Modi também destacaram os avanços da visita oficial do primeiro-ministro indiano ao Brasil, realizada em 8 de julho, e concordaram em intensificar a cooperação bilateral em áreas estratégicas. Os dois países, até o momento os mais afetados pelo tarifaço de Trump, estão coordenando ações conjuntas para ampliar o comércio e reduzir a vulnerabilidade diante de medidas unilaterais.


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Política

Entrevista de Lula ao New York Times “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil”, bateu todos os recordes

A entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao The New York Times, publicada em 30 de julho de 2025, gerou grande repercussão e quebrou recordes de engajamento nas redes sociais.

Segundo um levantamento da FGV Comunicação, o post sobre a entrevista no Instagram do jornal alcançou mais de 746 mil interações (curtidas e comentários), tornando-se a publicação com maior engajamento do NYT em 2025.

Esse número superou todos os outros conteúdos do jornal no ano e, em comparação com 2024, só ficou atrás de uma postagem sobre a morte da atriz Maggie Smith.

A entrevista, na qual Lula criticou as tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros, foi destacada pelo jornal com o título “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil”, impulsionando debates sobre a soberania brasileira e as tensões comerciais com os EUA.


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Política

“Não quero falar do outro cidadão brasileiro que tentou dar golpe”, diz Lula sobre prisão de Bolsonaro

Em longo discurso de improviso – após falha no teleprompter -, Lula ainda brincou que iria discursar brevemente sobre a taxação: “pois se eu não falar vocês vão [indagar]: ‘porque o Lula não falou? Ele está com medo do Trump?”.

Em um longo discurso de improviso, após o teleprompter não dar leitura, durante a reunião do Conselhão nesta terça-feira (5), Lula falou brevemente dos dois principais assuntos em pauta: a prisão de Jair Bolsonaro (PL) e o tarifaço chantagista de Donald Trump, na guerra comercial declarada contra o Brasil.

Bem humorada, Lula brincou no início de sua fala, dizendo que preparou um discurso para ser lido devido ao cenário delicado da geopolítica atual, mas que como o teleprompter – aparelho onde é projetado o discurso – não deu leitura, teve que improvisar, diz Forum.

“Hoje é um dia de dar boas notícias. Eu vim para cá comprometido a não perder muito tempo falando da taxação. Falar o mínimo possível pois se eu não falar vocês vão [indagar]: ‘porque o Lula não falou? Ele está com medo do Trump?”, brincou, arrancando risadas, referindo-se ao presidente dos EUA. “E eu não quero que vocês saiam com essa imagem”, emendou.

“E também não quero falar do que aconteceu com o outro cidadão brasileiro que tentou dar um golpe”, afirmou o presidente, iniciando sua fala sobre as conquistas do Brasil.

Veja:


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Política

Lula ratifica defesa da soberania e critica ‘facistas que traem Brasil usando bandeira nacional e camisa da seleção’

Presidente reafirma defesa da soberania e quer recuperar símbolos nacionais para os brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo (3) fascistas e nazistas que traem o Brasil, defendendo tarifas e sanções contra o país, empunhando a bandeira nacional e vestindo a camisa da seleção brasileira de futebol. Em alusão direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que as lideranças da oposição ao seu governo são “inimigas do Brasil”.

“Vivemos uma excrescência política: um cara que fazia campanha enrolado na bandeira do Brasil agora está enrolado na bandeira dos EUA e pedindo taxação contra o Brasil”, afirmou Lula, em discurso no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.

O evento marcou a posse da nova direção da legenda. Para um auditório cheio de militantes do partido, Lula disse que o Brasil continuará tentando negociar a reversão do tarifaço de 50% impostos pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a exportações brasileiras para o mercado estadunidense. Reforçou que isso será feito de forma altiva e soberana e que vai ajudar no resgate de símbolos nacionais pelo povo brasileiro.

“O Brasil já não é tão dependente dos EUA, temos boas relações com os outros países. Eu não vou esquecer das relações com os EUA, que têm mais de 200 anos, mas também não esqueço que eles deram um golpe aqui [em 1964]. Não vou abrir mão de discutir que precisamos de moeda alternativa para negociar com os outros países. Não queremos brigar, mas não temos medo”, disse Lula, citando que mantém conversas em tom respeitoso com todas as nações do mundo, sejam ricas ou pobres.

Para ele, dessa forma, o governo faz com que a bandeira e a camisa da seleção ganhem novo sentido. “Vamos resgatar a bandeira nacional para o povo brasileiro, a camisa do Brasil para o povo brasileiro”, afirmou.

Lula ressaltou que não vai aceitar interferência política estadunidense de forma alguma. “Os EUA são muito grande, é o país mais bélico do mundo, é o país mais tecnológico do mundo, é o país com a maior economia do mundo. Tudo isso é muito importante. Mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos e estratégicos. Nós queremos crescer. E nós não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. É inaceitável”, avaliou.

Lula, aliás, disse que essa mudança pode dar mais força a seu governo nas eleições de 2026. Ele disse que será candidato à reeleição se tiver 100% de saúde e com condições reais de vencer. “Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Quando falo que tenho 80, energia de 30, vocês podem acreditar. Se eu for candidato, vou ser candidato para ganhar”, afirmou.

Também pediu visão estratégica e unidade do PT para que o partido tenha bom desempenho no pleito. “Como disse Edinho Silva [novo presidente do partido], os adversários estão do outro lado”, disse ele.

“Nós só elegemos 70 deputados dos 513. Se nós fossemos bons como pensamos que somos, teria eleito 140, 150”, acrescentou.

Ele ressaltou que seu governo está começando a ter resultados concretos na vida dos brasileiros, citando como exemplos, que o Brasil saiu, mais uma vez, o país do mapa da fome. Mas destacou que as pesquisas que indicam problemas em sua popularidade não estão erradas.

“As coisas ainda não chegaram para as pessoas. É muito lançamento dentro do palácio, pouca coisa na rua. Tem gente que acha que a Rede social vai resolver, mas não resolve. Quando que a gente ergueu a cabeça? Quando colocou a política no debate”, disse Lula, destacando as campanhas pela taxação dos mais ricos, a defesa da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa da soberania contra o tarifaço de Trump.

O presidente também fez elogios a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, dizendo que ela será a melhor ministra do cargo, e ao recém-empossado presidente do PT, Edinho Silva. “vai ser uma experiência extraordinária para o partido”, afirmou.

Também presente ao evento, a ex-presidenta do PT e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou firmemente as ações dos EUA contra o Brasil.

“Temos uma luta maior também, ao lado de lutar contra as injustiças no Brasil, temos que lutar contra a intervenção estrangeira. Acho que ninguém nunca achou que fôssemos viver uma situação dessa no Brasil, desse tipo de interferência na nossa soberania e causada por um ex-presidente e sua família que quer anistia, que articulam contra o Brasil, que se fantasiam com a bandeira brasileira, que falam dos valores do Brasil e entregam o nosso país ao estrangeiro”, declarou.

Diretrizes para o futuro
Nesta sábado (2), o PT aprovou a tese que guiará os trabalhos da sigla nos próximos anos. O texto aprovado defende o veto ao projeto de lei que muda as regras do licenciamento ambiental e aponta temas importantes que devem nortear as discussões e projetos do partido.

O documento destaca o repúdio ao genocídio na Palestina, a defesa do fim da escala 6 por 1, o combate à extrema direita, a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R $5.000 e a igualdade salarial.

*BdF


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Pesquisa

Datafolha: Cresce a vantagem de Lula no 1º e 2º turnos sobre o bolsonarismo

Pesquisa mostra que Lula lidera de forma isolada todos os cenários em que disputa

A mais recente pesquisa do Datafolha mostra uma ligeira recuperação da posição do presidente Lula (PT) na disputa pela reeleição no ano que vem.

Ele lidera de forma isolada todos os cenários em que disputa no primeiro turno e, no segundo, descolou-se no limite da margem de erro do inelegível Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

A mudança é discreta, mas ocorre ao mesmo tempo em transcorre o embate de Lula com Donald Trump, que não lhe auferiu melhoria na avaliação de governo, segundo o mesmo levantamento. Mas pode sugerir efeito do alinhamento do clã Bolsonaro e aliados ao americano, que elevou a 50% tarifas de importação ao Brasil.

Trump o fez alegando que Bolsonaro, que está sendo julgado acusado de tentar um golpe para ficar no Planalto após a derrota em 2022 para Lula, é um perseguido político. Isso fez a oposição pespegar no ex-presidente e entorno o rótulo de traidores da pátria, deixando governadores como Tarcísio em saia-justa.

O Datafolha testou sete cenários de primeiro turno. Bolsonaro ainda tem seu nome avaliado porque, mesmo inelegível, pode inscrever sua candidatura –assim como Lula fez quando estava preso em 2018, só para ser barrado mais perto do pleito.

Em todos, Lula tem vantagem sobre a oposição. Ampliou a vantagem sobre Bolsonaro em relação à pesquisa do mês passado em cinco pontos, batendo o rival por 39% a 33%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Para ficar na família, derrota ambos os filhos do ex-presidente por margem semelhante: o deputado Eduardo (PL-SP) por 39% a 20% e o senador Flávio (PL-RJ), por 40% a 18%. Já a mulher de Bolsonaro, Michelle (PL-DF), perde por 39% a 24%.

Nas hostes oposicionistas, o nome que melhor se sai além de Tarcísio é o do governador Ratinho Jr., do PSD do Paraná. Ele fica no terceiro lugar de forma consistente, oscilando da casa de 10% a 14% nos cenários hoje mais plausíveis.

Lula descolou dos adversários
O Datafolha dobrou os cenários de segundo turno. O empate técnico na simulação da pesquisa anterior de Lula contra Bolsonaro ou Tarcísio foi substituído agora por um descolamento do petista.

O ex-presidente tinha 45% ante 44% do petista, que agora lidera no limite máximo da margem, por 47% a 43%. Já o governador oscilou de 42% para 41%, enquanto Lula foi de 43% para 45%. A vantagem segue sobre Michelle (48% a 40%), Eduardo (49% a 37%) e Flávio (48% a 37%).

Nas novas simulações, quem se destaca é novamente Ratinho Jr., com desempenho semelhante ao do governador paulista, perdendo de 45% a 40% para Lula. O fator do nome pesa e pode influenciar o resultado, dada a popularidade do pai do paranaense, o apresentador de TV homônimo.

Seja como for, num cenário em que o campo da direita está aberto e Tarcísio é pressionado por alguns aliados a buscar a reeleição, é um dado a notar –e Ratinho Jr. é do PSD do mandachuva Gilberto Kassab, importante nome do governo paulista.

Sem o atual presidente, Tarcísio derrota Haddad por 43% a 37% no segundo turno e, em outro cenário, empata tecnicamente com Alckmin, mas tendo vantagem numérica (40% a 38%).

A pulverização do momento é aferida também quando se observa a tabela de nomes citados de forma espontânea pelos eleitores. Nela, está desenhado o imaginário da polarização: Lula tem 22%, Bolsonaro, 17%, e Tarcísio, 1%.

Os eventuais candidatos da oposição sem o sobrenome Bolsonaro se beneficiam pela pouca exposição fora de suas fronteiras estaduais: Tarcísio tem só 17% de rejeição, ante 21% de Ratinho Jr. e 22% de Zema.

No campo governista, Haddad, que perdeu a disputa nacional para Bolsonaro em 2018, tem 32%, enquanto Alckmin, com longa carreira em São Paulo e duas derrotas federais (2006 e 2018), registra 27%.

O Datafolha foi às ruas nos dias 29 e 30 de julho, tendo entrevistado 2.004 eleitores em 130 municípios.

*ICL


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Brasil

Genocídio palestino: PT pede a Lula o rompimento das relações com Israel

Documento aprovado no 17º Encontro Nacional do PT pede a suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo Netanyahu

Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a legenda aprovou, na sexta-feira (1), um documento oficial em que solicita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu.

Intitulada “Em defesa do povo palestino”, a carta destaca, segundo o jornal O Globo, a escalada da violência na Faixa de Gaza e denuncia a morte massiva de civis palestinos, especialmente crianças. O texto expressa solidariedade à população palestina e endossa críticas ao governo israelense. O PT também lembra uma fala de Lula em junho deste ano, quando o presidente declarou que o que ocorre na região “não é uma guerra, mas um genocídio premeditado”.

A posição do partido é ainda mais contundente que a adotada até agora pelo Palácio do Planalto. Mesmo diante das reiteradas falas do presidente contra os ataques em Gaza, o documento lamenta a manutenção de relações econômicas e diplomáticas com Israel. “O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas”, afirma o texto aprovado pelos delegados petistas.

A carta também faz referência a um posicionamento semelhante adotado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que em junho já havia sugerido ao governo federal a suspensão das relações diplomáticas com o Estado de Israel, diante do agravamento do conflito.

Lula reforça apoio à Palestina – Nas últimas semanas, o presidente Lula tem intensificado seu discurso em favor da causa palestina. Em julho, durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Lula, esse passo é essencial para que se estabeleça uma solução duradoura para o conflito, diz Guilherme Levorato, 247.

“Reconhecer o povo palestino e permitir seu ingresso na ONU é reconhecer a simetria necessária para a paz. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia diante das mais flagrantes violações do nosso tempo”, declarou Lula.

O governo brasileiro também formalizou sua adesão à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Na ação, o governo sul-africano acusa Israel de praticar genocídio contra a população palestina em Gaza. O anúncio da adesão foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista à emissora Al-Jazeera.

“Os últimos desdobramentos da guerra nos levaram à decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou Vieira, ao comentar a intensificação dos ataques contra civis palestinos.

A carta aprovada pelo PT aumenta a pressão interna sobre o governo Lula e reforça a expectativa de que o Executivo tome medidas mais contundentes contra o governo Netanyahu.


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Brasil Mundo

Arregou: ‘Lula pode conversar comigo quando quiser’, diz Trump sobre tarifaço

Presidente dos EUA sinaliza abertura para negociações diretas, mas afirma que ‘pessoas que comandam Brasil fizeram coisas erradas’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (01/08) que aceita conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas impostas pela Casa Branca a qualquer momento que o brasileiro quiser.

Em entrevista a jornalistas em Washington, ele foi questionado se estaria aberto a rever a sobretaxa de 50% cobrada sobre as exportações brasileiras em negociação direta com Lula.

“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo do Brasil”, disse Trump.

Novamente questionado sobre a extensão da taxa definida por ele, a maior entre todos os parceiros comerciais dos EUA, o presidente americano complementou dizendo que “as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”.

Essa foi a primeira declaração de Trump sobre a disputa com o Brasil desde que assinou, na última quarta-feira (30/07), a ordem executiva para impor as tarifas comerciais que afetarão mais da metade das exportações brasileiras aos EUA.

Segundo a Casa Branca, as ações do governo brasileiro são uma ameaça “incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Quase 700 produtos, porém, ficaram isentos da barreira tarifária, que entrarão em vigor em 7 de agosto.

Lula se diz aberto ao diálogo
Nas redes sociais, Lula respondeu ao aceno de Trump e se disse aberto ao diálogo, mas reforçou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros”.

“Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu o presidente no X.

A jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a “recíproca é verdadeira” para uma conversa com Trump. “O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse também. E, conforme eu já disse anteriormente, é muito importante a gente preparar esse encontro, essa conversa”, disse Haddad.

Em declarações anteriores, o presidente brasileiro criticou o que chama de “chantagem inaceitável” por parte de seu homólogo americano. Em diferentes declarações, disse que Trump se considera o “imperador do mundo” e reiterou que não obedecerá ordens vindas do exterior.

Lula tem reiterado que o Brasil tenta negociar com Washington desde que as primeiras tarifas globais foram anunciadas por Trump. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, argumentou que seus ministros têm encontrado portas fechadas na Casa Branca para desfazer o impasse.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a ser recebido pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, para uma conversa inicial sobre o posicionamento dos dois países sobre o tema na última quarta-feira.

Também em Washington, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que Lula já sinalizou que estaria disposto a negociar diretamente com Trump, mas que quer ser respeitado.

“Por mim, a possibilidade [de diálogo] está aberta, não tenho nenhum problema de dizer isso em nome do presidente Lula. É só organizar”, disse Wagner.

Moraes rebate Trump
O governo dos EUA também anunciou uma sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos contra a tentativa de golpe de Estado no Brasil e que tem entre os réus o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A medida foi rebatida por Moraes nesta sexta-feira, em sessão no STF. Ele afirmou que pretende ignorar as sanções e que a Corte não se submeterá a crivo estrangeiro em seus julgamentos.

*Opra Mundi

*Fotoarte: Portofino


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Brasil Mundo

Importância dos EUA para o Brasil é menor do que Trump pensa, diz Nobel de economia

Para Paul Krugman, Trump “pensa que manda no mundo, mas, sem querer, está dando uma lição sobre os limites do poder norte-americano”

O vencedor do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman citou, mais uma vez, as excentricidades das ameaças tarifárias dos Estados Unidos contra o Brasil para criticar o presidente norte-americano Donald Trump.

Krugman, que já defendeu até o impeachment de Trump pelo uso político das tarifas no caso brasileiro, voltou a afirmar nesta sexta-feira, 1, que o confronto com o Brasil é o mais “descarado” – dentre vários – caso de ilegalidade na política internacional trumpista e criticou o que identifica como arroubos anti-democráticos do líder republicano.

Além disso, destacou os impactos positivos que o embate acabou tendo na popularidade do presidente Lula e, ainda, defendeu que o poder de barganha que os EUA têm sobre o Brasil sequer é tão grande qua…

“Aparentemente, nós precisamos do que o Brasil nos vende, e esta é uma confissão implícita de que, ao contrário do que Trump sempre diz, são os consumidores americanos e não os exportadores estrangeiros quem paga a tarifa”, provocou o economista em uma publicação em seu blog pessoal. “O confronto com o Brasil ilustra de uma maneira especialmente nítida as ilegalidades da onda de tarifas de Trump. Ilustra também, porém, a distância que existe entre a quantidade de poder que Trump aparentemente pensa que tem e a realidade”, acrescentou.

Participação pequena

Krugman, que recebeu o Nobel em 2008 por seus trabalhos mostrando como o comércio exterior ajuda a ampliar a eficiência e a variedade de produtos aos países, argumenta que, a despeito de os Estados Unidos serem o segundo maior comprador do Brasil, sua participação, na prática, não é tão grande.  “Na verdade, nós não temos um papel tão relevante no panorama geral das exportações brasileiras”, disse, mostrando os principais números da nossa balança comercial.

Atualmente, os Estados Unidos respondem por cerca de 12% das exportações brasileiras, ficando atrás da China, com 28%, e até mesmo da União Europeia que, caso considerada em bloco, leva outros 13%. “Trump e os seus assessores realmente acreditam que vão conseguir forçar uma nação com mais de 200 milhões de pessoas a abrir mão dos seus esforços em defender a democracia sendo que 88% do que ela exporta vai para outros países que não os Estados Unidos?”, questiona Krugman.

Tarifa recorde

No início de julho, em uma nova leva de aumentos de tarifas para dezenas de países, Donald Trump anunciou que iria elevar o imposto sobre as importações brasileiras dos 10% inicialmente previstos, a alíquota mais baixa da lista, para 50% – a mais alta entre todos os parceiros retaliados.

Diferentemente do que acontece com os demais, o Brasil já é deficitário no comércio com os Estados Unidos, quer dizer, os americanos já vendem mais para nós do que nós para eles. O país governado por Lula também foi o único a ter o aumento tarifário vinculado a razões políticas – as justificativas, que incluíram também uma ofensiva contra o Pix e sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes são baseadas no que Trump define como uma perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Que Trump é um inimigo da democracia e da punição a tentativas autoritárias nós já sabemos. Para além disso, é extremamente ilegal que um presidente dos Estados Unidos use tarifas como uma maneira de tentar influenciar a política interna de outra nação”, diz Krugman. “Basicamente tudo o que Trump tem feito no comércio internacional é ilegal, mas, no caso do Brasil, isso é completamente descarado”

*Veja


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