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Com fiasco de 3.334 assinaturas, tiro do partido trezoitão de Bolsonaro sai pela culatra

O partido “Aliança com a milícia pelo Brasil” flopou. O naufrágio precoce se deu pelo número ridículo de assinaturas que conseguiu pescar.

Assim, os Bolsonaro já admitem que o partido não vai conseguir participar dos pleitos deste ano. Isso é mais uma mostra da gigantesca distância entre o que Bolsonaro quer e o que ele pode, além de mostrar a flagrante distância entre o bolsonarismo virtual e o real; entre o exército de robôs acionados pelo escritório do ódio e o mundo real.

Por isso, as pesquisas sobre a popularidade de Bolsonaro vão se tornando contraditórias, porque, com um resultado desse, não há como se refugiar nas retóricas do ora veja, o que contribui ainda mais para desancar um presidente cravejado de denúncias de crimes de associação com a milícia, somado ao trágico hiperneoliberalismo de Guedes e a própria omissão covarde de um Ministro da Justiça e Segurança Pública que, até ontem, era herói dos incautos e que vai consolidando a sua imagem como capanga de milícia.

Com o dólar chegando, agora, a R$ 4,50, mostrando que o Brasil não recebe qualquer investimento internacional, por conta de Bolsonaro e da instabilidade política que ele representa, junto com quem o apoiou e, hoje, faz cara de titica para pronunciar seu nome, mas sobretudo por um plano idêntico ao de Macri, que não teve um comportamento belicista como o de Bolsonaro, mas que não foi diferente na visão neoliberal, o resultado da tragédia, todos sabem.

Em outras palavras, o mercado e os próprios apoiadores de Bolsonaro estão cada vez mais se distanciando do estouro e, por enquanto, seguem entre a orfandade política e Mourão, uma espécie de Temer fardado que não tem representatividade política nenhuma, tendo que viver encapsulado pela elite para não cair em desgraça em tempo recorde e ser absolutamente refém do Congresso e seu apetite.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dia do foda-se bolsonarista é o dia do ‘Somos todos milícia’

Quem acha que o bolsonarismo é somente ódio, está errado, os caras são bons de humor.

Agora, vendo Bolsonaro enterrado até o pescoço nas denúncias de suas relações em várias frentes com a milícia, sem ter como explicar o que não tem explicação, os bolsonaristas, convocados por algum gênio do escritório do ódio, dizem que vão às ruas contra o Congresso por conta do orçamento da União, o que faz qualquer criança parar de chorar e gargalhar quando ouve essa comédia protagonizada pelo gado.

Ora, o foda-se, neste caso, é para qualquer senso de ridículo ou para assumir de vez que nasceu para ser manada de Aécio, Cunha, Temer na base do “todos, menos o PT”.

Na verdade, dizem que se inspiraram na fala de Augusto Heleno que reclamou do Congresso e, no final, soltou um foda-se.

Mas, na realidade, todos sabem que estão indo para as ruas tentar reduzir um pouco o impacto desastroso para o governo do pibinho de Guedes, da disparada do dólar, mas principalmente do mar de contravenção que a sociedade vai descortinando, do qual o clã Bolsonaro é protagonista.

Não duvidem de aparecer um cartaz com os dizeres, “somos todos Rio das Pedras”, “Queiroz, o herói nacional”, “corrupção de rachadinha não é crime”, “Moro perdoou Flávio Bolsonaro”,  e por aí vai.

O fato é que, se essa gente, que nunca deixou de votar na direita, seja malufista ou tucana, ficou muito mais enfezada com a esquerda depois que o líder da manada anticorrupção de 2015, Aécio Neves, foi pego, com áudio e vídeo, pedindo e recebendo propina da JBS, quando toda a ação foi registrada por câmeras e microfones, sem dar chances para qualquer apelo para o contraditório.

Poderiam ter ido para as ruas por Aécio, por recontagem de votos, como foram, por qualquer outro motivo, mas foram contra Dilma e a suposta corrupção em seu governo e, depois, viram-se completamente ridicularizados com as imagens mostradas por toda a mídia, com aquele desavergonhado capítulo de Aécio pedindo e recebendo propina de Joesley.

A partir de então, num surto psicótico, todo bolsonarista que foi para as ruas, passou a ver comunista em qualquer gozador que lhe esfregasse na cara o mico histórico de ter ido às manifestações contra a corrupção convocadas por um dos maiores corruptos do país.

Agora, convocam para o dia 15 de março uma outra manifestação, desta vez contra o Congresso, usando a tática dos punguistas, apoiando bandidos do clã Bolsonaro, das milícias e todo o lixo do entorno, gritando “fora Congresso!”.

A pergunta é: teremos a repetição desse ato cívico que fez o planeta cair na gargalhada, vendo bolsominions marchando e cantando a canção do soldado?

https://youtu.be/m_hYmL0TCv8?t=17

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“A culpa é do PT” venceu o prazo e a política econômica Pinochet-FHC de Guedes virou sua guilhotina

Cultuado por dez em cada dez colunistas de economia da mídia industrial, Paulo Guedes, o João ratão da política econômica, que mistura Pinochet com FHC, caiu na panela de feijão, sendo triturado pelos mesmos que viviam lhe dando tapinhas nas costas.

Para a totalidade da população Guedes é um cancro, assim como todos os economistas de FHC, Collor, Sarney, Temer e os anos da ditadura militar. Todos com a gororoba neoliberal debaixo do braço promovendo riqueza aos ricos e pobreza aos pobres e, consequentemente, tirando direitos destes para produzir privilégios aos ricos, porque é assim que a central do neoliberalismo funciona. A matriz é a mesma, mesmo que as sucursais apresentem paisagens diferentes, o arrocho pelo lucro é condição primeira.

Agora, Guedes, de filé, virou carniça para o colunismo abutre da Globo.

Olhando hoje os comentários dos nossos valorosos colunistas econômicos, parece até que não apoiaram em massa o congelamento e as fiscais do Sarney. Pior, falam mal de Collor hoje pela tragédia que provocou no país quando sequestrou a poupança do povo. Só que, na época, ovacionaram Zélia Cardoso. Agora é Paulo Guedes, elevado a suprassumo da economia até dias atrás, sendo mastigado e moído pelo maxilar dos marinho e virando chacota até do Guga Chacra, que disse:

“Paulo Guedes falou que há 26 mil bancos nos EUA. Na verdade, este é um valor próximo do existente no país quando o atual ministro fazia PhD em Chicago. Em 2017, havia cerca de 6 mil. Redução se acentuou nos anos 1990. Sempre é bom se atualizar”.

O jornalismo de frete, que magnificou as reformas que tiraram direitos e a aposentadoria dos trabalhadores, agora faz de conta que não tem nada com o monstro que acariciou e prometeu adestrar. Está aí o resultado, barata voa no governo, bate-cabeça nas redações industriais servis aos abutres do mercado.

Até feder o peidinho do PIB de Paulo Guedes, pesquisa dava conta nas redações do jornalismo neoliberal, que Guedes vencia Deus nas pesquisas de intenção de voto entre os colunistas econômicos pinçados pela mídia de aluguel para elogiar a tragédia pauloguedista.

O que nos resta é a pergunta do sempre cirúrgico Saul Leblon, no twitter da Carta Maior:

“A aliança da mídia com a escória, o dinheiro e o judiciário que optou pela barbárie pra destruir o PT e revogar a Carta de 1988 agora quer devolver o cachorro louco ao canil. ‘Liberais’ do PSDB farão autocrítica do sinistro econômico ou só querem trocar a mandíbula que mastiga o povo?” (Saul Leblon – Carta Maior)

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Não se coloca um psicopata miliciano na presidência impunemente

Guedes é a pinguela que segura Bolsonaro, ainda. O mercado não se importou, como jamais se importará com nomes e biografias, mas com o compromisso de seu protegido de oferecer respostas ao que ele quer, lucro sobre lucro, papel sobre papel, especulação sobre especulação, agiotagem sobre agiotagem.

O primeiro compromisso de Bolsonaro foi dizer que Guedes, um homem, um especulador que agia como Bolsonaro no baixo clero da política, seria seu posto Ipiranga e que ele não se meteria, como de fato não se mete, nos rumos da economia que mostram o país, novamente, naufragando no receituário neoliberal.

Nem é preciso voltar à era FHC ou Temer, Bolsonaro já era presidente quando Macri, depois de levar a Argentina à bancarrota, com o mesmo tipo de programa, foi apeado do poder.

Hoje, o Brasil sente o que é entregar a nação nas mãos de um sujeito que, apesar de estar cercado de militares da alta patente, foi expulso do exército por conduta marginal, por se envolver em garimpagem em que sublinhou-se um traço de sua personalidade como alguém que carregava dentro de si uma indisfarçável ganância compulsiva, sem a menor aptidão para a carreira militar.

Bolsonaro foi para o congresso agir como age um parasita, três décadas sem um único projeto aprovado, somente os projetos pessoais, daqueles bem vagabundos que representam a vigarice mais baixa da política feita de forma suja, como Cunha e outros ratos que se apropriam do poder para benefício próprio, tanto que Bolsonaro montou um clã familiar com três filhos delinquentes moldados para reproduzirem não só os discursos, mas as práticas do pai.

Quando se candidatou à Presidência e o mercado viu que o PSDB havia se autodestruído depois do golpe em Dilma, Bolsonaro foi a opção de quem estava determinado a mergulhar no inferno, no lodo, na lama, na mentira, em tudo o que é repugnante no ser humano para ganhar a eleição e levar em frente a agenda neoliberal que motivou tanto o golpe quanto a prisão de Lula.

Moro já estava servindo ao mercado, porque era uma invenção da mídia industrial, de banco, de rico, de gente que comanda esse país sem sequer nele morar.

O Brasil está diante de um impasse que não se limita à queda de Bolsonaro, mas ao modelo não só econômico, mas comportamental que o fascismo neoliberal adotou para saquear populações inteiras em prol de 1% dos mais ricos do país.

O Brasil tem uma enorme tarefa pela frente, muito além de discutir um Estado dominado por milícias, as do Rio das Pedras, entre outras, mas também da milícia midiática, principalmente a milícia financeira, a mais violenta de todas ao lado do baronato da comunicação. Aliás, essa tabelinha de porcos da mídia industrial com os abutres do Brasil, que não se saciam com uma agiotagem sem limites de extorsão e partem para sugar os trabalhadores em qualquer condição que eles estejam, porque o sistema financeiro intermediará essas relações de forma absolutamente selvagem e sem focinheira.

Não falta muito para a sociedade como um todo entender isso e construir um grande movimento para que isso não mais se repita no Brasil, que as fraudes não sejam aceitas e que as instituições do Estado não continuem capturadas pelos interesses do mercado.

Bolsonaro não vai durar, nisso não há novidade. A questão é o dever de casa que o Brasil terá que fazer daqui por diante e inverter cada ponto dessa lógica ensandecida que faz a vida no Brasil se tornar um inferno para a grande maioria dos brasileiros depois do golpe.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Globo desiste de falar em recuperação e tenta “explicar” fracasso econômico do governo Bolsonaro

Lembram das promessas dos economistas da Globo martelando diuturnamente que a economia brasileira deslancharia depois da PEC do fim do mundo e das reformas trabalhista e da Previdência?

Pois bem, esqueçam isso. Depois de uma tragédia econômica que se avoluma dia após dia e atinge  grande parte da população, quele papo de um novo milagre econômico foi substituído pelo ora veja, não é bem assim, a coisa é pior do que imaginávamos, vamos precisar ainda de muitas reformas e a recuperação será lenta e vai demorar mais de uma década.

Trocando em miúdos, a Globo admite que o Brasil está à beira de um abismo.

Guedes, o posto Ipiranga que sabia de tudo, não sabe de nada e o resultado está aí, nem ele sabe mais o que fala, muito menos o cansado Sardenberg que, se antes era um agitador cultural do ‘agora vai’, hoje parece mais um folião do bloco do “eu só” ressaqueado, sentado no meio-fio, sem ter perna para voltar para casa.

Lógico, alguma historinha tinha substituir o discurso da recuperação que se mostrou às avessas. E o Brasil está andando de ré.

E, sem saber o que dizer, a Globo começou a fazer os seus comparativos na base do deixa que eu chuto com aqueles analistas que falam qualquer bobagem que agrade à Globo. Agora, a cantilena passou a ser a de que o Brasil viveu uma década perdida, de 2010 para cá. Ou seja, já abandonaram o discurso de que Lula quebrou o Brasil.

A culpa, agora, é dividida entre Dilma, Temer e Bolsonaro, comparando essa última década à de 1980, quando os militares estragaram o país, levando-o rapidamente a uma recessão e, em seguida a uma hiper inflação, num momento em que Bolsonaro enxerta o governo fracassado de militares petequeiros que abandonaram o clube militar para jogar dominó e carteado na Esplanada dos Ministérios e no Palácio do Planalto.

Foi displicência da Globo ou os Marinho chutaram o pau da barraca, avisando que o circo do mito desmoronou. O Brasil está num buraco negro e dali não sai enquanto os neoliberais estiverem com o apito de comando na boca.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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O que Guedes quis dizer é que, com Lula e Dilma, empregada doméstica podia ir a Disney

Guedes foi até econômico na sua síntese. O que, na verdade, ele quis dizer e que está deixando os bolsonaristas enfurecidos, é a mais pura verdade, que o Brasil era outro antes do golpe.

Dilma terminou seu mandato em 2014 com o menor índice de desemprego e maior poder de compra da história.

Na realidade, foi um processo que iniciou no governo Lula que mostrou, como ele sempre repete, que pobre podia viajar de avião, comprar carro novo, fazer churrasco todo fim de semana, viajar para Disney, assim como para dentro do próprio país, podia comprar ou reformar a sua casa, ver seus filhos ingressando na universidade pública e o país cada vez mais respirando alegria e esperança, mas principalmente uma população que sonhava, o oposto do que se viu com o Temer e, agora, com Bolsonaro.

Hoje, o que se vê é um Brasil crepúsculo, um ambiente assombroso em que o pobre é tratado pelo governo a ponta pé, um governo imoral comandado por um psicopata que odeia negros, índios e pobres e não faz outra coisa, senão piorar a vida deles. Acabou com a aposentadoria, destruiu o futuro de milhões de jovens, segregou os pobres, devolvendo o país ao mapa da fome, enquanto bancos batem recordes de lucro.

Madeireiros e grileiros assassinam índios, além de incendiar as florestas. A juventude negra sendo dizimada nas favelas por uma polícia fascista que piorou enormemente com a chegada de Bolsonaro ao poder, assim como o Brasil era visto como modelo de preservação ambiental, hoje é visto pelo mundo como principal inimigo do meio ambiente.

Se Lula era querido nos quatro cantos do mundo, hoje estes odeiam Bolsonaro e veem o Brasil como principal núcleo do fascismo contemporâneo.
O Brasil, que tinha uma credibilidade internacional nas grandes agências de investimentos, hoje, o que se tem é fuga de capitais de forma recorde e investimento internacional zero.

Na época de Lula e Dilma, ao contrário de hoje, todo o mundo queria investir no Brasil. E, se a vaca ainda não foi para o brejo, é porque em 12 anos o Brasil, além de não dever nada para o FMI, passou a ser credor do mesmo e construiu reservas internacionais de quase R$ 400 bilhões.

Poderia passar a noite enumerando os feitos dos governos Lula e Dilma além da empregada que podia ir a Disney, como disse Guedes num tom de insulto, mas fico por aqui com esses exemplos que mostram claramente a diferença do que se viveu com Lula e Dilma e o se vive hoje.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro se recusa a falar da morte do miliciano e expõe seu clã e todos os cidadãos de bem que também se calaram

Nada como um dia após o outro, ou melhor, um ano após o outro. Aonde está aquela gente que se diz “povo”, mas que era na verdade eleitora ferida de Aécio, que foi para as ruas e avalizou o pedido de impeachment de Dilma elaborado por janaína Paschoal, a pedido e pago por Aécio Neves?

Ora, essa gente que ficou envergonhada depois da olimpíada da mala de dinheiro entre os assessores, primo de Aécio e Loures, de Temer, filmada, gravada, carimbada e com firma reconhecida, migrou para o bolsonarismo.

E o que é o bolsonarismo? É a “nova política”. Mas o que é essa “nova política”?

É aquela que diz que Bolsonaro, o maior parasita da história do Congresso, que ficou três décadas sem ter um único projeto aprovado, montando esquemas junto com Queiroz, de assalto aos cofres públicos com suas buchas de canhão que alguns chamam carinhosamente de “rachadinha”, quando, na verdade, o nome é esquemão, que envolveu, por exemplo, durante uma década, a família do miliciano Adriano da Nóbrega, o caveira, morto no domingo (9), o mais temido dos temidos milicianos do Rio de Janeiro e, certamente, do Brasil, já que, além de ser um pistoleiro de aluguel, era um empreendedor do terror, da emboscada, da morte por encomenda com nota fiscal em três vias em que uma delas, certamente, ia parar nas mãos do clã, este que conta com, nada mais, nada menos, com os três filhos que Bolsonaro enxertou na política para abarcar no esquema do rachadão quatro vezes o valor que o pai arrecadava junto com seu PC Farias, o Fabrício Queiroz, mais conhecido pela população como “cadê o Queiroz?”.

Esse insulto à inteligência brasileira de um sujeito como esse estar livre, leve e solto, é a régua que baliza que as nossas instituições não estão falidas, elas inexistem, quando não são parte de um esquema criminosamente fascista que envolve não só a contravenção, como o próprio desmonte da República. Nada do que já se teve notícia na história da bandidagem brasileira.

É bom lembrar que a milícia nasceu no Brasil no período da ditadura militar com o esquadrão da morte e criou metástase pelo país inteiro, mas principalmente no Rio de Janeiro, fazendo populações inteiras suas reféns, porque lá é o QG do principal fã do maior criminoso, assassino, torturador, estuprador da ditadura militar, Brilhante Ustra, a quem Bolsonaro, na votação do golpe do impeachment contra Dilma, bancado por Aécio, em parceria com Cunha e Temer, fez questão de exaltar, junto com um dos seus filhos delinquentes, Eduardo Bolsonaro.

Pois bem, depois da morte de Adriano da Nóbrega, o miliciano sócio de Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra, com o olhar parcimonioso do super, hiper, magnânimo, semideus Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não há mais o que explicar. Ou quem sustenta, nas entranhas do poder se fantasiando de palhaço verde e amarelo nas ruas, ergue uma estátua patriarca com todas as luzes e holofotes voltados a ela, como o herói da patifaria tropical, mostrando a afinidade de índole entre ele e essa gente ou fim de linha para Bolsonaro ou, pior, decreta-se a falência múltipla dos órgãos da República.

Toda essa gente não podia imaginar que os brasileiros ficariam apopléticos diante de uma situação em que Bolsonaro se transformou em um espantalho do mercado, sustentando-se no poder por transferir bilionárias cifras dos pobres para os ricos, como se soube hoje do novo lucro recorde do Itaú de R$ 28,4 bilhões somente com as contas correntes. Lucro este, diga-se de passagem, nominal, porque o efetivo, praticamente dobra.

Não se pode esquecer também dos militares do governo que fazem um cordão de isolamento no mandato mafioso de Bolsonaro. A notícia, veiculada nesta terça-feira pela mídia em geral, dá conta que os militares se negam a apresentar a infinita lista de filhas de militares que se beneficiam das pensões parasitas do Estado brasileiro que, além de desobedecer a uma ordem do TCU, mostra que essa ponta do iceberg esconde em seu corpo privilégios e mamatas do mundo verde oliva que até Deus duvida, num país em que, na gestão Bolsonaro, aumentou enormemente o número de pobres, miseráveis, moradores sem teto que perambulam pelas ruas sem ter para onde ir e nem como sobreviver.

É sobre isso que falamos, desse lado podre do país, escancarado em praça pública em pleno sol do meio dia, produzindo um odor insuportável.

Que silêncio Bolsonaro e seus devotos vão conseguir manter diante desse mar de lama que já explodiu todas as barragens?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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O papel nefasto da Globonews na tragédia brasileira

Como a própria Globonews usa em seu slogan, não desliga nunca. São 24 horas por dia cumprindo um dos papeis mais nefastos desse país, com o jornalismo mais cínico de que se tem notícia.

Todos os indicadores econômicos e sociais vêm num processo contínuo de degradação desde o golpe em Dilma até os dias que correm. Golpe este que, usando relevo de jornalismo, a Globonews foi uma das principais correspondentes dos interesses da oligarquia.

A primeira coisa que os Marinho fazem na Globonews é silenciar o contraditório, ignorando qualquer opinião contrária aos interesses do mercado. Portanto, sem o menor constrangimento, a emissora só convida quem fala a sua língua, assim como O Globo só publica coluna de economistas que vão ao encontro dos interesses do 1% mais rico do país.

A coisa é tão escancarada em prol dos seus patrocinadores, bancos, corretoras e especuladores do mercado de capitais que, até para lidar com os telespectadores, os âncoras dos programas começam e terminam agradecendo aos assinantes não aos cidadãos brasileiros que dão audiência à maçaroca midiática.

Isso é uma clara postura de quem trata das coisas a partir do lucro que as pessoas dão diretamente à emissora.

Para os Marinho, não há cidadãos, há assinantes e patrocinadores. Nesse sentido, ela usa o espaço para fazer grana em estado puro. Ou seja, quem norteia a Globonews é o dinheiro em espécie e não a espécie humana.

O dever ineludível de uma imprensa livre foi para o saco nas redações da Globonews, pois só é permitida a voz de quem reza pela mesma cartilha de seus patrocinadores que só têm um único interesse, a voracidade do lucro, sem que o que se pratica ali esclareça a sociedade sobre o que de fato ocorre nesse país.

A Globonews, na verdade, é um documento oficial de como a grande mídia pratica a manipulação em seus estúdios, seja ela psicológica, seja ela ideológica. Não importa, o que interessa é construir fatos carregados de meias verdades para banir qualquer relação dos brasileiros com a verdade.

Então, são convocados os “intérpretes” da economia e, nessa interpretação em que os discípulos do sistema financeiro se contorcem em animar os incautos, cabe tudo, menos a verdade.

E se o tal progresso liberal se mostra um retumbante fracasso sob qualquer ponto de vista, não tem problema, a paisagem não muda e os comentaristas cinicamente de olhos deslumbrados, batem com aquela convicção dos mentirosos compulsivos, de que a coisa nunca esteve tão bem, porque pintar a economia à moda da casa é uma das especialidades dos Marinho. Assim eles venderam a “tragédia econômica” do governo Dilma e a “recuperação econômica” dos governos Temer e Bolsonaro, mesmo que todos os indicadores desmintam os cínicos do jornalismo de banco praticado pela Globonews.

As pessoas podem se perguntar, mas a Globonews tem tanta audiência assim? Não, mas tem o principal, a construção de uma narrativa que perfila um mesmo ramerrão que passa a ser bíblia para muitos veículos de comunicação que ecoam esse cinismo impávido, formando assim um rebanho de brasileiros que compram uma mentira mesmo que a verdade lhe imponha sobre os ombros o peso das fábulas criadas pelo clã dos Marinho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Revista Veja em vertigem

A Veja foi o principal veículo da mídia corporativa de combate sistemático e de golpes baixos que o PT enfrentou em 13 anos de governo.

Dito isso, ninguém vai esperar que, em uma reportagem sua sobre o documentário Democracia em Vertigem estar entre os concorrentes ao Oscar, ela seja minimamente honesta, já que foi uma das principais protagonistas do golpe na associação com Moro e sua Lava Jato e, sobretudo por ter lado na disputa presidencial, e o lado que ela escolheu foi o de Aécio Neves na eleição em que foi derrotado por Dilma Roussef.

 

Por isso, certamente, a Veja não quis lembrar, numa suposta polarização política no país, que Aécio também era o presidente do PSDB que recebeu, em sua campanha, quantias maiores do que a campanha de Dilma, isso das mesmas empreiteiras que Moro diz terem corrompido o PT. Como se diz por aí, no caso da doação para o PSDB, o dinheiro não era sujo, era santo, tanto que a Veja não toca nesse assunto.

No embalo da ocultação, ela acrescenta uma outra prática, a de excluir a realidade fingindo não saber que foi o candidato derrotado, Aécio Neves que pagou R$ 45 mil para Janaína Paschoal elaborar, junto com o tucano Miguel Reale Júnior, o pedido de impeachment de Dilma entregue nas mãos de, ninguém menos, que Eduardo Cunha, o político mais corrupto de todos os tempos.

Então, quando se omite isso, como fez a Veja, de cara ela deixa de dizer que os eleitores de Aécio, que eram a imensa maior parte dos manifestantes que foram às ruas por não aceitarem a derrota, alegando que eram contra a corrupção, que ali há uma fusão entre dois grandes corruptos comprovadamente pegos de forma documental com filmagens, documentos na Suíça, contas bancárias abarrotadas em quatro países, derrubando uma presidenta que não tem qualquer acusação de corrupção.

É lógico que a Veja finge não saber que Moro, o herói da Lava Jato, que impulsionou tanto as manifestações como o próprio processo de impeachment, jamais incomodou um único político corrupto do PSDB, e olha que aqui se fala de corruptos de peso como FHC, Serra, Alckmin e o próprio Aécio.

Viu-se através dos vazamentos do Intercept que Moro disse a Dallagnol para não incomodar FHC por verbas recebidas por seu Instituto para não melindrar um aliado estratégico. Quanto a Aécio e Serra, sobram fotos de encontros amistosos deles com o xerife de Curitiba.

Para piorar, a Veja omite em seu panfleto tardio contra o documentário, que Moro, numa manobra ainda mais espúria, mais à frente, condena e prende Lula sem provas para Bolsonaro ganhar a eleição e ele se transformar no super ministro.

Todo esse pedaço da história do qual a Veja, em certa medida, também participou como protagonista ou como elenco de apoio, foi suprimida não se importando em deixar um enorme vácuo na sua narrativa sobre o golpe do impeachment.

Para desclassificar o documentário, ela se lambuzou dos clichês, muitos que ela própria havia criado para perseguir politicamente o PT, clichês estes famosos como corrupção sistêmica, organização criminosa, entre outros ataques baixos que a revista utilizou suando a camisa para tirar um governo de origem popular para que os conservadores, através de um golpe de Estado, liderado por Temer, um dos maiores corruptos do país, que participou do golpe como sabotador, assumisse e fizesse o que a oligarquia que comanda a revista queria, tirar direitos dos trabalhadores, privatizar empresas estatais e produzir uma massa de desempregados e trabalhadores precários.

Assim, a Veja fez uma matéria que fala muito mais de si do que do documentário Democracia em Vertigem que, merecidamente, foi indicado ao Oscar.

O que certamente irrita a Veja, e ela declara de forma explícita, é que a história do golpe contra Dilma, mas principalmente contra a democracia brasileira, cruzou as fronteiras e ganhou o mundo. E isso era tudo o que os patrões e financiadores da Veja não queriam.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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O dia em que Cristovam Buarque negociou ao mesmo tempo com Dilma e Temer

A “autocrítica” de Cristovam Buarque, falando em nome de uma suposta esquerda, é uma das peças mais hipócritas de uma crônica política intrinsecamente hipócrita como a brasileira.

Não que as esquerdas não mereçam críticas. Merecem, e pesadamente. Mas autocrítica tem que partir de quem está no mesmo campo. E Cristovam não pertence ao campo da esquerda.

Aliás, não pertence a campo algum. Sua história política é típica do caráter macunaímico do homem público brasileiro, de seguir a onda do momento, sem nenhum compromisso com valores, princípios, coerência.

Sua postura no impeachment foi reveladora.

Em pleno pré-impeachment, o então senador Cristovam Buarque se tornou um visitante habitual de dois ambientes: o Palácio do Planalto, de Dilma Rousseff, e o Palácio do Jaburu, do vice-presidente Michel Temer.

A luta de ambos era por cada voto no Senado sobre o impeachment. Com Dilma, Cristovam negociou várias vezes o cargo de embaixador na Unesco. A proposta era tentadora. Seu vice era o petista Wilmar Lacerda. Sendo indicado embaixador, Wilmar assumiria o cargo.

Fez mais. Em um momento de entusiasmo propôs a Dilma um livro a quatro mãos sobre o golpe do impeachment. Dilma lhe disse que iria pensar. Já desconfiava do jogo duplo de Cristovam.

De fato, no dia 19 de janeiro de 2016 vazou a informação de que ele negociava com Temer a criação de uma Ação da Cidadania pela Educação, que poderia relançá-lo politicamente, em troca de seu voto a favor do impeachment. No dia 6 de maio de 2016 dava entrevista sustentando que não houve golpe, mas apenas esgotamento do modelo PT. Foi além. Sendo alvo de uma enxurrada de protestos, inclusive do exterior, por sua posição a favor do impeachment, acusou Dilma de crime por ter divulgado no exterior que o impeachment era um golpe.

Sustentou que havia, sim, crime de responsabilidade nas pedaladas. Depois, disse estar em dúvidas. Finalmente declarou ter sido convencido pelos indícios.

Não ficou nisso. Votou a favor de todas as reformas que afetavam diretamente direitos sociais e trabalhistas. Votou a favor da Lei do Teto, da reforma trabalhista. Na reforma trabalhista, não apenas votou a favor, como assinou uma representação contra as senadores Vanessa Graziottin e Gleize Hoffman por quebra de decoro, por terem ocupado a mesa do Senado em protesto.

Seu pior momento foi mais recentemente, quando se pronunciou a favor da revisão das cláusulas pétreas da Constituição – as que garantem os direitos fundamentais – com uma comparação infame: “Perguntas brasileiras: e se nossa primeira Constituição tivesse colocado a propriedade de escravos como cláusula pétrea, por sua importância fundamental na economia da época?”

A melhor resposta veio do advogado negro Silvio de Almeida: “Senador, sinto-me, como negro que sou, profundamente ofendido com sua comparação ridícula, sem sentido e desrespeitosa. O senhor tornou-se um homem triste e vulgar. Que a história trate de colocá-lo em seu devido lugar”.

Em 2016 pretendeu se candidatar a presidente da República pelo PDT. Foi preterido por Ciro Gomes e saiu atirando, acusando o PDT de ter “traído o povo” e aderindo ao PPS de Roberto Freire. Ambos saíram a campo apoiando o governo Temer. Não conseguindo nada de Temer, em junho de 2017 Cristovam mudava de posição novamente. Depois da denúncia do Procurador Geral da República contra Temer, apressou-se a declarar que o impeachment ficou incompleto, porque não incluiu Temer.

Candidato a presidente de si próprio, se definiu como um político que tem “a tradição de não me vender no sentido mercadológico e de não me adaptar ao discurso da moda“. Defendeu o fim do Estado expropriador dos meios de produção”, a reforma trabalhista e sustentou que eles (a esquerda) “não pedirão desculpas quando ficar provado que as reformas trabalhistas vão trazer uma modernização na relação entre o capital e o trabalho”.

Coerente na incoerência

A primeira vez que tratei pessoalmente com Cristovam foi atendendo a um convite de Lula para uma conversa no Instituto Cidadania, lá pelos idos dos anos 90. Montou-se uma mesa tendo, do lado dos jornalistas, Elio Gaspari, Clóvis Rossi e eu. Do lado do Instituto Lula e Cristovam.

Não me lembro dos demais. Cristovam chamou atenção pela absoluta superficialidade de mero repetidor de slogans.

Quando surgiram os programas de qualidade, eleito governador do Distrito Federal, proibiu o emprego da palavra qualidade em qualquer memorando da Secretaria da Saúde, por ser um vocábulo “burguês”.

Depois se fixou na bandeira da defesa da educação – e quem pode ser contra a educação? Como Ministro da Educação foi inócuo, incapaz de levar adiante qualquer política educacional. Ainda não sei os motivos da sua demissão sumária. Se o critério foi o da competência, foi perfeitamente justificável.

Ali começou o aggiornamento. Cristovam mudou de barco. Não foi apenas o desencanto com o PT ou o álibi da corrupção do partido. Fosse apenas isso, abdicaria do partido, não dos princípios políticos que ele, Cristovam, alardeou em toda sua vida política.

Tornou-se um liberal radical, quando a moda era ser liberal radical. Agora, que o novo discurso é o do combate às desigualdades, vai mudando as declarações. Processo, aliás, que se acentuou graças à selvageria das reformas que ele apoiou intensamente, quando estavam na moda.

Ao lado de Luis Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin, Carmen Lúcia e Ayres Brito, Cristovam é o personagem ideal para uma profunda análise sociológica sobre a vocação macunaímica das figuras públicas nacionais.

 

 

*Com informações do GGN