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Justiça

Grampos na sela: Youssef entra com ação-bomba contra Moro no STF que enterrará de vez a Lava Jato

Advogados do doleiro pedem ao STF que investigação sobre grampos na cela seja relatada por Dias Toffoli. Ação pode anular delação de Youssef, que serviu de base para o lawfare conduzido pela Lava Jato.

Investigado e prestes a perder o mandato, Sergio Moro (União-PR) terá uma preocupação extra a partir desta sexta-feira (15) quando advogados do doleiro Alberto Youssef entrarão com uma ação-bomba no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-juiz e atual senador que pode implodir toda a investigação da Lava Jato, diz a Forum.

Segundo informações divulgadas por Robson Bonin, na revista Veja, Youssef teria reunido provas contra Moro que podem anular o acordo de delação premiada feita por ele nos primórdios da força-tarefa e que serviu de base para todo processo de lawfare conduzido por procuradores e pelo ex-juiz.

O doleiro – que já havia sido investigado na operação do Banestado – foi detido em 2014 e teve condenação de 121 anos reduzida para três por conta de uma delação premiada homologada por Moro.

Por causa do acordo, Youssef deixou a prisão em 2016, enquanto a Lava Jato colocava nas ruas seu “projeto de poder”, como definiu o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sentença que apontou “erro histórico” na prisão de Lula decretada por Moro.

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Política

O silêncio ensurdecedor da união da mídia diante do escândalo Moro e o doleiro Youssef

Como escrever sobre o escândalo que envolve o doleiro Youssef sem falar de Sergio Moro?

Nem a Folha, que publicou em primeira mão a bomba que envolve Youssef, Moro e os caciques do Podemos, esperou 24 horas para tirar o assunto da pauta, passando a falar apenas de Bolsonaro.

Esse mesmo diagnóstico foi observado na união da grande mídia como se houvesse uma proibição sobre o assunto Moro e Youssef pelos barões da imprensa industrial para blindar o ex-juiz. Uma solidariedade ao bandido de Curitiba que acaba denunciando Youssef, caciques do Podemos e mesmo do PSDB, partido ao qual Youssef fez inúmeras doações.

Foi a maneira que os barões da mídia encontraram para tentar reduzir os danos que uma chuva de denúncias provocou nas redes contra Moro que investiu cinco anos de sua vida na Lava Jato para satisfazer a sua ambição de, através daoperação, conseguir chegar à presidência da República.

Pergunta-se, aonde está aquele assédio a Moro que a mídia praticava diuturnamente contra Lula e Dilma?

Se ontem Moro escancarou que a Lava Jato tinha como objetivo destruir o PT, a marca Moro foi hoje totalmente blindada pela grande mídia, mostrando que, se depender dessa gente da chamada grande imprensa, não haverá qualquer denúncia contra Moro, o corrupto de estimação dos barões da comunicação e do jornalismo corporativo.

Isso é uma das coisas mais vergonhosas desse país. Nem um pio das Organizações Globo, da Veja, da Folha e do Estadão sobre a miscelânea regada de corrupção que envolve dois personagens centrais da Lava Jato e do Banestado, Moro e seu doleiro de estimação, Alberto Youssef.

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Política

Depois de Moro e Dallagnol, quem mais será candidato, o doleiro Alberto Youssef?

Depois que Bolsonaro conseguiu se eleger presidente da República, com todos os esquemas por trás de uma das mais sujas campanhas da história, tendo, sobretudo a parceria determinante de Moro, que barganhou com ele a cabeça de Lula por uma super pasta, tudo nesse país é possível.

Não acabamos de ver o TSE dizer que não havia nada de concreto na indústria de fake news para cassar a chapa Bolsonaro-Mourão?

O negócio está tão fácil que até aquele advogado picareta de Bolsonaro que escondeu Queiroz, está Frederick Wassef, requentando pela milésima vez a farsa da facada.

Então, esculhambação por esculhambação, por que Moro, o Batman de Curitiba e seu menino prodígio, Deltan Dallagnol não podem ser candidatos a alguma coisa?

Diria mais, se o doleiro Alberto Youssef se candidatar na chapa de Moro, seria o ato mais coerente do herói dos tolos, afinal, o quarteto Moro, Dallagnol, Carlos Fernando Boquinha e Youssef estão nessa parceria desde o escândalo do Banestado, e ninguém foi punido.

Não foi em nome de Youssef que Moro vazou a primeira delação para a Veja, com a famosa capa sobre Lula e Dilma em 2014, “Eles sabiam de tudo”? Ali, a Veja acusou os dois de serem lenientes com o esquema de corrupção na Petrobras que mereceu praticamente um Fantástico inteiro para tentar eleger Aécio.

Então, nada mais justo do que o doleiro de estimação de Moro, que ficou livre, leve e solto e com o grosso da grana que arrumou na Lava Jato, ser também candidato.

Afinal, estamos falando do Brasil em que esses quatro picaretas, além do clã Bolsonaro, deveriam estar atrás das grades, mas em se tratando do nosso glorioso sistema de justiça, estão aí gozando a vida e ainda posando com o slogan, “Um Brasil justo para todos”.

Já que a bagunça foi instalada, depois de todos os crimes de Bolsonaro, ele segue como candidato sem qualquer impedimento e absolutamente impune, uma podridão a mais na badalhoca, não fará qualquer diferença.

Como bem disse Glenn Greenwald, depois que Bolsonaro venceu as eleições, tudo é possível nesse país.

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Política

Presidente da OAB denuncia advogado de Bolsonaro à Corregedoria por ameaça a jornalista

Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, enviou uma representação contra o advogado Frederick Wassef para a Corregedoria Nacional da Ordem, para que o advogado de Jair Bolsonaro seja investigado disciplinarmente pela ameaça que fez à jornalista Juliana Dal Piva, colunista no portal Uol.

De acordo com Santa Cruz, há claramente uma ameaça velada de Wassef na mensagem que enviou na noite desta sexta-feira (9/7) a Dal Piva. No WhatsApp, Wassef disse à jornalista, que publicou na segunda-feira (5/7) uma reportagem sobre a possível prática de peculato por Jair Bolsonaro: “Faça lá o que você faz aqui no seu trabalho, para ver o que o maravilhoso sistema político que você tanto ama faria com você. Lá na China você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo”.

“É inaceitável este comportamento violento contra a imprensa de mais uma pessoa ligada a este governo. Foi mais um episódio de misoginia, como é característico de grande parte dos ataques feitos por essas pessoas a jornalistas”, afirmou Santa Cruz.

O presidente da OAB também oficiará a Seccional de São Paulo da Ordem para que ele também seja investigado em âmbito estadual, onde tem inscrição.

*Guilherme Amado/ Metrópoles

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Vídeo: O que tem em comum entre Banestado, mensalão e Lava jato? Moro fez parte dos três

Numa live enigmática, publicada em seu twitter, Reinaldo Azevedo fala sobre a coincidência de Alberto Yussef ser o centro de duas operações em que Moro foi o protagonista, o caso do Banestado e da Lava Jato.

No centro dessas duas operações comandadas por Moro, existe coincidentemente, o mesmo doleiro, Alberto Youssef, mostrando, como disse o próprio Reinaldo, que Moro tem um doleiro de estimação para ser usado a modo e gosto pelo ex-juiz.

Mas a coisa não para por aí, esse fato, que já causa perplexidade, segue como fato ainda mais pitoresco para a história do judiciário brasileiro.

Moro, que será julgado no STF por sua parcialidade contra Lula, simplesmente participou ativamente dos três casos que abalaram o país, Banestado, como juiz, “Mensalão” como assistente de Rosa Weber e Lava Jato, como estrela, como celebridade máxima.

Nenhum dos três casos está devidamente explicado como começou e, principalmente por que Moro teve envolvimento direto com os três.

Não é possível que isso não desperte curiosidade na comunidade jurídica brasileira, um juiz de primeira instância do Paraná estar em tantos lugares, em tantos estados, em casos tão distintos e de repercussão nacional. Foi mesmo sem querer que tudo isso aconteceu? Foi por obra do acaso que o doleiro Youssef foi o grande protagonista?

Ainda assim, Youssef foi absolvido no caso do Banestado como também foi na Lava Jato. É muita coincidência para tantas evidências de jogo de cartas marcadas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Num país que tem um judiciário de mercado, o juiz de garantias dará garantias aos mais pobres e à democracia?

Afinal, o juiz de garantias vai dar garantias a quem e a quê?

O fato de Bretas e Moro acharem  isso ruim é o bastante para fazer um exame de que o juiz de garantias será bom para os cidadãos e para a democracia? Em parte sim, principalmente porque a maneira com que se vê os dois juntos atropelarem direitos e a própria democracia durante a Lava Jato, que agiu como uma milícia e, vendo que os dois fazem ouvidos moucos para o extermínio provocado pelo Estado, sobretudo no Rio de Janeiro, atingindo alvos escolhidos como negros e pobres pelo simples fato de serem o que são, negros e pobres, pode-se dizer que o juiz de garantias, de alguma forma, traz uma outra instrução menos subordinada ao banditismo jurídico que os dois principais juízes da Lava Jato representam.

Mas o futuro do juiz de garantias é apenas uma perspectiva, pois num país contaminado pelo justiçamento de mercado do aparelho judiciário do Estado, as garantias ficam cada vez mais restritas aos interesses políticos da oligarquia.

Ninguém precisa ser expert em direito para chegar à conclusão de que as leis no Brasil sempre funcionaram para o andar de cima fazer com que o andar de baixo siga as ordens de quem manda e, neste caso, quem manda é o dinheiro grosso.

Não há como fugir dessa realidade que o sistema carcerário escancara em que pobres ficam cada vez mais associados à punibilidade e ricos à impunidade.

A própria Lava Jato é um exemplo claro disso. Os grandes corruptos da Petrobras estão aí livres, leves, soltos e ricos, Youssef, Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa que o digam. Eles deram uma gorjeta e produziram as delações que Moro queria e tudo ficou apaziguado entre a justiça e os corruptos.

Assim, tem-se um caráter nefasto de origem de um judiciário que nasceu para garantir a escravidão aos donos dos escravos e que não sofreu nenhuma mudança estrutural e social em seu corpo. É politicamente o que sempre foi, cão de guarda da casa grande, o que não significa que o juiz de garantias não tenha sido uma grande derrota para Moro. Mas, na prática, só o tempo dirá o que de fato ele vai garantir nesse mar de iniquidade de um judiciário que nasceu com cartas marcadas e, até hoje, joga com o mesmo baralho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Janot faz autópsia da Lava Jato e revela intestinos de um projeto de poder

DCM: Na autópsia que faz da Lava Jato, Janot revela o intestino de um projeto de poder. Por Joaquim de Carvalho.

O subprocurador Moacir Guimarães Morais Filho pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público medida para apreender o livro “Nada menos que tudo – Bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque”.

É uma medida que não deve prosperar, por representar censura e ser inconstitucional, mas, se fosse adiante, seria uma pena.

O livro tem revelações importantes sobre os abusos da Lava Jato desde o seu início. Sua importância vai muito além da revelação de que planejou matar Gilmar Mendes.

Janot diz que a ideia da criação da força-tarefa para combater a corrupção foi dele, fruto de uma promessa de campanha, mas admite que a Lava Jato tinha projeto político próprio. Ele não usa esses termos, mas é isso o que quer dizer quando cita dois vazamentos em momentos eleitorais.

“Estou falando dos vazamentos de trechos de depoimentos de Youssef e do ex-ministro Antonio Palocci na reta final das eleições presidenciais de 2014 e 2018, respectivamente”, escreve.

“As declarações de Youssef, segundo o qual Lula e Dilma sabiam das falcatruas na Petrobras, eram destituídas de qualquer valor jurídico. Youssef não compartilhava da intimidade do Palácio do Planalto e não tinha provas do que dizia. Mas, mesmo assim, eram de forte conteúdo político, e não há dúvidas de que tiveram enorme impacto eleitoral”, acrescenta.

“A divulgação de parte da delação de Palocci teve reflexo menor. O tema abordado já não era novo. Mas não é demais supor que também ajudou a municiar um dos lados do jogo político. Esses dois casos, a meu ver, expõem contra a Lava Jato, que a todo momento tem que se defender de atuação com viés político”, finaliza.

Janot diz que esses episódios lhe vieram à lembrança quando soube da notícia de que Sergio Moro estava no Rio de Janeiro para acertar sua ida ao governo Bolsonaro, como ministro da Justiça.

Para ele, era um indicativo de que se consumara a advertência que tinha ouvido de um interlocutor, no início da Lava Jato: a de que a operação havia se tornado horizontal, sem aprofundar num alvo específico, para ter ganhos no futuro.

Que ganhos seriam estes?

Janot não diz com todas as letras, mas a conclusão é óbvia: o poder.

O livro de Janot merece ser lido não pelo que diz, mas pelos relatos — a conclusão é do leitor.

Por isso, quando propõe censura à publicação, o subprocurador Moacir, que é do Conselho Superior do Ministério Público, talvez não esteja preocupado com o estímulo que possa provocar sobre potenciais homicidas.

Até porque essa revelação é feita de maneira superficial, não mais que um parágrafo, e sem que o nome de Gilmar Mendes seja sequer citado.

O problema para alguns não é o tiro que nunca foi dado, mas a bomba que já está na praça e que a defesa de Lula, corretamente, usará para reforçar a denúncia de que Moro sempre foi um juiz parcial, com projeto político bem definido e que, se depender dele, não se restringirá ao Ministério da Justiça.

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Lava Jato, a mentira triunfalista

Na sua visita ao Senado, a estratégia do ministro Moro foi evocar o herói Moro da heroica Lava Jato. Ou seja, uma mentira dentro da outra.

A justiça espetáculo comandou a festa no Senado e Moro surfou na farsa para exaltar a outra farsa.

A grande farsa da Lava Jato deveria ser exaltada com uma grande fraude que os apoiadores de Moro no Senado protagonizariam, e assim foi feito.

O pacto entre a mídia, a escória política e Moro que regeu a Lava Jato, tratou de exilar a constituição no Senado para dar às narrativas pitorescas o lugar das leis. Colou? Nada está garantido.

A aura de divisor de águas no judiciário repetida inúmeras vezes por senadores amigos ao se referirem à Lava Jato, não trata da demolição social promovida por Moro e seus Golden Boys, muito menos lembra que Pedro Barusco, Youssef, Paulo Roberto Costa e outros figurões da Petrobras, que protagonizavam os maiores saques da empresa, estão livres e gozando a vida em mansões de super luxo e com praticamente toda grana da corrupção que praticaram.

A musculatura flácida da economia brasileira atualmente, começou justamente na garupa da Lava Jato.

Empresas quebradas e quebrando tantas outras em torno do cinturão do setor produtivo, são sombras que foram rejeitadas na lembrança dos cinco anos da farsa policialesca da Lava Jato promovida ontem no Senado.

Ora, aonde estão os resultados concretos da Lava Jato? Nos caraminguás devolvidos à Petrobras fogueteados por Moro, Dallagnol e cia sob os holofotes da Globo? .

O curso que o país tomou depois do início da operação Lava Jato foi o do abismo econômico, político e social. O empobrecimento e desigualdade dispararam no país.

A Lava Jato, que foi a máquina do golpe em Dilma e a prisão de Lula, produziu 14 milhões de desempregados.

Então, fora da pedagogia da moral dos imorais, o que sobra de verdade da Lava Jato além do rótulo midiático?

Um juiz que não admite nunca que cometeu barbaridades jurídicas para cumprir seu intento, um magistrado sem vocação para a função que orientava seus aliados no MPF contra suas vítimas como Lula, além de seu laços políticos com o que existe de mais podre no submundo do baixo clero e das temidas milícias.

Isso que é o divisor de águas?

A Lava Jato é, do começo ao fim, uma farsa e é preciso denunciá-la todos os dias em todos os espaços e em todos os fóruns.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas