Categorias
Mundo

Israel: após plano para expansão do genocídio, ministros defendem limpeza étnica dos palestinos

Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, ameaçaram ‘destruição total’ da Faixa de Gaza e ‘migração’ da população palestina.

Um dia após Israel aprovar um plano para a expansão da operação militar e ocupação da Faixa de Gaza, o ministro das Finanças do premiê Benjamin Netanyahu, Bezalel Smotrich, declarou, nesta terça-feira (06/05), que o enclave será “totalmente destruído” e a população palestina “partirá em grande número para outros países”.

Anteriormente o político de extrema direita disse que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não se retirarão de Gaza. “Estamos ocupando Gaza para ficar. Deixaremos de ter medo da palavra ‘ocupação’”, disse Smotrich ao Canal 13 de Israel.

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reafirmou sua insistência em usar a fome como arma de guerra contra os palestinos em Gaza. De acordo com o Canal 14 de Israel, Ben-Gvir disse que “a única ajuda que deve entrar em Gaza é para fins de migração voluntária”, em apoio ao deslocamento forçado dos palestinos.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se
“Enquanto [os prisioneiros israelenses] estiverem presos nos túneis, nenhuma ajuda deverá entrar lá, nem do exército israelense, nem de organizações humanitárias”, acrescentou.

As falas dos ministros vão ao encontro da medida aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, que prevê a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários.

O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país, ajudará a garantir sua vitória na região.

A declaração de Smotrich e o plano aprovado pelo governo de Tel Aviv ocorrem após o presidente dos Estados Unidos e aliado de Israel, Donald Trump, já ter defendido, ao lado de Netanyahu, o deslocamento forçado dos palestinos.

“A Faixa de Gaza é uma incrível e importante propriedade imobiliária. Se você mover os palestino para diferentes países, você realmente tem uma ‘zona de liberdade’”, disse na ocasião.

*Opera Mundi

Categorias
Política

Vídeo: O repúdio de Cármen Lúcia à atuação do núcleo na trama golpista

De acordo com a ministra, “a mentira tem sido usada como instrumento material para um assassinato, ou como um veneno”

A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia afirmou nesta terça-feira (6), em Brasília (DF), que a “mentira é um veneno político plantado socialmente”.

“A mentira tem sido usada como instrumento material para um assassinato, ou como um veneno. A mentira é um veneno político plantado socialmente”, disse a magistrada em análise do STF sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o núcleo 4 da trama golpista.

De acordo com investigadores do plano golpista, os participantes do esquema também chegaram a discutir os assassinatos do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A ministra Cármen Lúcia faz parte da Primeira Turma do STF junto com mais quatro ministros – Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Relator do inquérito do plano golpista no STF, Moraes votou pela aceitação das acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República contra os integrantes do núcleo 4 do plano golpista.

A investigação tem 14 réus. Em 25 março, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade o trecho da denúncia relativo ao núcleo 1, tornando réus oito denunciados apontados como cabeças da trama golpista. Jair Bolsonaro foi acusado pela PGR de liderar a organização criminosa. Entre os réus estão generais da reserva do Exército que foram integrantes do alto escalão de seu governo.

Em 22 de abril, o Supremo, também por unanimidade, aceitou a parte da denúncia contra outros seis envolvidos do núcleo 2, em que algumas pessoas foram acusadas de prestar apoio jurídico e intelectual para o golpe.

*247

Categorias
Política

Coronel da PM quer reabrir instrução penal com provas de ação contra Bolsonaro

Advogados afirmam que processo contra alto escalão do governo reúne elementos novos.

A defesa do coronel Jorge Naime Barreto pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a reabertura da instrução penal contra o policial no caso da trama golpista de 2022. A partir daí, pede mais prazo para a apresentar as defesas finais e que isso seja feito depois das provas constantes na ação penal contra o núcleo central.

Os advogados Bruno Jordano e Marina Mansur afirmam que a abertura do processo penal contra o núcleo 1, grupo central segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), é um fato novo que influencia o caso do coronel.

“Se os verdadeiros detentores da decisão estratégica foram identificados posteriormente, por que manter-se a responsabilização de quem sequer teve o poder de agir?”, dizem os advogados, em referência aos réus pela articulação da ação golpista.

“Os elementos trazidos pela AP 2668 [a ação contra Bolsonaro e outros 7 réus], que decorre do inquérito 4923 reconstroem a narrativa dos acontecimentos, afetando por completo o nexo causal atribuído aos presentes autos, trazendo outra perspectiva sobre os acontecimentos e revelando a verdadeira cadeia de comando responsável pela ação omissão e facilitação dos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.”

De acordo com a defesa, a ação penal contra o ex-presidente evidencia que o coronel Naime foi acusado, mas não fazia parte dos círculos onde atos de ação e omissão foram decididos.

“A ação proposta pela PGR passou a delinear com clareza que os reais centros de decisão e comando estavam localizados na alta cúpula política e institucional do Governo Federal e da SSP/DF. O coronel Naime sequer integrava o grupo de mensagens ‘Difusão’, onde em tese circularam os alertas da Abin, os relatórios da inteligência e a decisão de liberar o fluxo de manifestantes, determinante para o caos. Naime também não integrava o Grupo Perímetro.”

Na última quarta-feira (30), o relator liberou o acesso a todas as provas coletadas pela Polícia Federal à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo sobre a trama golpista de 2022.

O ministro disse que aceita o requerimento de “imediato acesso à íntegra do conjunto probatório colhido no curso das investigações e, especialmente, ao conteúdo integral dos celulares e outras mídias apreendidas e parcialmente utilizadas pela acusação”.

O processo contra o coronel Naime está na fase final antes do julgamento. Em fevereiro de 2024, a Primeira Turma da corte aceitou, por unanimidade, a denúncia contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, inclusive ex-integrantes da cúpula da corporação, pelos ataques de 8 de janeiro.

“É algo gritante, o defendente estava de férias, e foi preso. Quem ficou solto relatou como quis e entendeu, criando-se relatórios que omitem fatos, distorcem informações, e alimentam estórias de heróis e vilões, à margem da verdade”, diz a defesa do coronel na questão de ordem levada a Moraes.

Assim, Bruno Jordano e Marina Mansur pedem o compartilhamento de provas colhidas na ação penal do núcleo 1. Sem isso, alegam haver cerceamento do direito de defesa.

“A fim de oferecer defesa plena, o réu precisa demonstrar, de forma técnica e objetiva, eventual adulteração de fatos, supressão ou manipulação de fatos, nesse sentido, faz-se necessária a contextualização das conversas contidas em mídias digitais, e o compartilhamento integral das imagens forenses dos réus”, afirmam.

“A ação proposta pela PGR passou a delinear com clareza que os reais centros de decisão e comando estavam localizados na alta cúpula política e institucional do Governo Federal e da SSP/DF. O coronel Naime sequer integrava o grupo de mensagens ‘Difusão’, onde em tese circularam os alertas da Abin, os relatórios da inteligência e a decisão de liberar o fluxo de manifestantes, determinante para o caos. Naime também não integrava o Grupo Perímetro.”

Na última quarta-feira (30), o relator liberou o acesso a todas as provas coletadas pela Polícia Federal à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo sobre a trama golpista de 2022, diz o ICL.

O ministro disse que aceita o requerimento de “imediato acesso à íntegra do conjunto probatório colhido no curso das investigações e, especialmente, ao conteúdo integral dos celulares e outras mídias apreendidas e parcialmente utilizadas pela acusação”.

O processo contra o coronel Naime está na fase final antes do julgamento. Em fevereiro de 2024, a Primeira Turma da corte aceitou, por unanimidade, a denúncia contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, inclusive ex-integrantes da cúpula da corporação, pelos ataques de 8 de janeiro.

“É algo gritante, o defendente estava de férias, e foi preso. Quem ficou solto relatou como quis e entendeu, criando-se relatórios que omitem fatos, distorcem informações, e alimentam estórias de heróis e vilões, à margem da verdade”, diz a defesa do coronel na questão de ordem levada a Moraes.

Assim, Bruno Jordano e Marina Mansur pedem o compartilhamento de provas colhidas na ação penal do núcleo 1. Sem isso, alegam haver cerceamento do direito de defesa.

“A fim de oferecer defesa plena, o réu precisa demonstrar, de forma técnica e objetiva, eventual adulteração de fatos, supressão ou manipulação de fatos, nesse sentido, faz-se necessária a contextualização das conversas contidas em mídias digitais, e o compartilhamento integral das imagens forenses dos réus”, afirmam.

Categorias
Política

Primeira Turma rejeita suspeição de Moraes: “Estou magoado”, diz ministro

Defesas dos acusados de participar do Núcleo 4 do golpe pediram o afastamento de relator do caso e a análise pelo plenário da Corte. Preliminares foram rejeitadas.

Moraes: “Quando aparece o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Suspeito é quem está pedindo a minha suspeição. É impressionante”

Os integrantes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram todas as chamadas “questões preliminares” apresentadas pelas defesas do núcleo 4 da denúncia de golpe de Estado. Em julgamento nesta terça-feira (6/5), os advogados questionaram sobre a competência do colegiado em analisar o caso e a suspeição do ministro Alexandre de Moraes no julgamento.

Apenas o ministro Luiz Fux divergiu dos demais integrantes sobre a competência da Turma em julgar o caso. Nas outras preliminares apresentadas, ele acompanhou integralmente o colegiado. Na sessão, o relator Alexandre de Moraes disse que se sente “magoado” com os pedidos de suspeição apresentados, de acordo com o Correio Braziliense.

“Fico extremamente magoado, porque, quando surge o nome do ministro Fux, ninguém pede a suspeição dele. Quando aparece o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Suspeito é quem está pedindo a minha suspeição. É impressionante”, disse Moraes.

O ministro Fux afirmou que não há atrito entre ele e Moraes e que tais afirmações são “completamente dissonantes da realidade”.

“Se alguma coluna apurou que eu estou aqui para fazer alguma frente ao ministro Alexandre Moraes, apurou muito mal. Porque, na verdade, eu estou aqui mantendo pontos de vista que me parecem que são os adequados à luz da minha visão de Direito Penal”, disse.

As defesas também questionaram a validade do acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid e apontaram supostas irregularidades na distribuição e tramitação do processo. Nos julgamentos dos núcleos 1 e 2, essas preliminares também foram apresentadas e rejeitadas pelo STF.

Categorias
Política

Fux, em quem a direita sempre confiou, é o novo escapulário dos bolsonaristas

Fux é visto por Bolsonaro, Malafaia e outros troços fascistas como o escudo dos golpistas no STF.

Isso não é pouca coisa.

No próximo dia 7, em Brasília, ele terá bolinho e parabéns por ser o guardião da tropa de Bolsonaro.

É o que a mídia chama de constrangimento quando, na verdade, é uma clara adesão de Fux ao discurso de Bolsonaro por sua anistia.

O ministro do STF, Luiz Fux, é visto pelo gado premiado como o costa larga de Bolsonaro no judiciário.

Essa química da direita com Fux foi inaugurada na farsa do Mensalão. Mas não parou aí.

Segundo Sergio Moro, Fux era homem de confiança da Lava Jato no Supremo, por isso o Slogan “In Fux We Trust” é retomado pela direita já que ele virou bandeira da anistia de Bolsonaro.

Categorias
Mundo

Rússia repele ataque de drones da Ucrânia às vésperas da chegada de Lula

O Ministério da Defesa russo informou nesta segunda-feira (5) que 26 drones foram interceptados e destruídos durante a última madrugada em uma tentativa de ataque da Ucrânia em diversas regiões russas, inclusive em Moscou. Anteriormente, a Ucrânia rejeitou a proposta russa de um cessar-fogo de três dias para as comemorações do Dia da Vitória, que contarão com a presença do presidente Lula.

“Durante o período das 23h, horário de Moscou, em 4 de maio, até 2h30, horário de Moscou, em 5 de maio, os sistemas de defesa aérea em serviço interceptaram e destruíram 26 veículos aéreos não tripulados ucranianos”, diz o comunicado do ministério.

De acordo com a pasta, 17 drones de ataque foram interceptados sobre o território da região de Bryansk, cinco sobre o território da região de Kaluga e quatro sobre o território da região de Moscou.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, tambémas declarou que forças de defesa aérea do Ministério da Defesa repeliram um ataque de quatro drones que voavam na direção de Moscou. De acordo com o prefeito, os drones foram interceptados ao sul da capital, na região de Podolsk.

“De acordo com dados preliminares, não há danos ou vítimas no local da queda dos destroços. Especialistas dos serviços de emergência estão trabalhando no local do incidente”, declarou Sobyanin.

A atuação da defesa aérea russa para repelir ataques de drones passou a ser uma constante após a Ucrânia intensificar o uso de veículos não tripulados para buscar atacar a Rússia, em particular após um ataque em 3 de maio de 2023, justamente às vésperas do Dia da Vitória. Na ocasião, dois drones foram lançados em direção ao Palácio do Senado, dentro do Kremlin. Os projéteis foram repelidos, mas um dos domos do prédio chegou a ser atingido, causando uma pequena explosão.

O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, Yuri Shvytkin, declarou no último domingo (4) que as Forças Armadas Russas e o Ministério da Defesa estão fazendo todos os esforços para garantir a segurança completa dos participantes do Desfile da Vitória e dos convidados de Moscou no feriado de 9 de maio.

Anteriormente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que Kiev não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros que virão a Moscou para a parada militar do Dia da Vitória.

“Nossa posição é muito simples: não podemos ser responsabilizados pelo que está acontecendo no território da Federação Russa. Eles [os russos] estão garantindo a segurança de vocês, e não daremos nenhuma garantia, porque não sabemos o que a Rússia fará nessas datas”, disse Zelensky.

Yuri Shvytkin afirmou que Kiev está fazendo todo o possível para minimizar a presença de líderes internacionais no Dia da Vitória, em Moscou. Segundo ele, o número de líderes de outros países que visitarão a Rússia em 9 de maio a convite do presidente Vladimir Putin será “uma evidência da importância do feriado”.

“Para manter a segurança, serão envidados esforços pelas agências de segurança pública e pelo Ministério da Defesa, sistemas de defesa aérea e outras diversas forças e meios. Medidas operacionais preventivas serão executadas na véspera de 9 de maio, além de garantir diretamente a ordem pública, a segurança e concentrar as forças de defesa aérea em possíveis direções de ataque à nossa capital”, disse Shvytkin.

Lula à caminho de Moscou
A Rússia recebe nesta semana delegações de 19 países para as comemorações do Dia da Vitória, em 9 de maio, que marca os 80 anos da vitória soviética contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chega a Moscou na quarta-feira (7) é um dos principais nomes dos convidados internacionais.

A primeira-dama Janja já está no país para cumprir agenda de promoção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pela presidência rotativa do Brasil à frente do G20. A comitiva do presidente Lula também contará com a presença presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)

Além do presidente brasileiro, o líder da China, Xi Jinping, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, também estão entre as presenças confirmadas no 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial. Líderes da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) – bloco de países da antiga União Soviética -, Vietnã, Sérvia, Eslováquia, Palestina, Burkina Faso completam a lista.

Após a visita à Rússia, o presidente Lula segue para a China, onde participará da Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que será realizada nos dias 12 e 13 de maio. Lula também terá uma reunião bilateral com o líder chinês, Xi Jinping.

*BdF

Categorias
Brasil

Brasil sobe cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

O Brasil deu um passo adiante no cenário internacional ao subir cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com dados referentes ao ano de 2023, o país alcançou a 84ª colocação entre 193 nações analisadas, depois de ocupar o 89º lugar em 2022.

O novo levantamento aponta que o Brasil atingiu uma pontuação de 0,786 em uma escala que vai de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. Esse resultado mantém o país na categoria de IDH “alto”, que abrange índices entre 0,700 e 0,799. No ano anterior, o índice brasileiro era de 0,760.

Renda per capita e Saúde
A melhora foi impulsionada principalmente pelo aumento da renda nacional bruta per capita e pela retomada dos indicadores de saúde, especialmente a expectativa de vida, que voltou a subir após os impactos causados pela pandemia de Covid-19. Esses fatores ajudaram a alavancar o desempenho nacional no ranking da ONU.

No entanto, nem todos os indicadores apresentaram avanços. O relatório chama atenção para o desempenho da educação, que continua estagnado. O tempo médio de escolaridade no país segue abaixo da média observada em outras nações com IDH elevado, o que ainda limita o potencial de crescimento do Brasil no ranking global.

Categorias
Política

In Fux we trust: O constrangimento no STF após Fux viar “símbolo” dos bolsonaristas no ato pela anistia

Fux vai arrepiar a acbeleira.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram que há um clima de constrangimento na Corte pelo fato de Luiz Fux ter se tornado um “símbolo” para bolsonaristas que defendem a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O incômodo aumentou após Fux ter votado para que a cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues, que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua em frente ao Supremo, recebesse a pena de um ano e seis meses de prisão. Depois disso, Fux passou a ser elogiado e parabenizado pelos organizadores do ato.

O magistrado argumentou que Débora viajou a Brasília “por conta própria” e que não havia provas de sua ligação com outros manifestantes. “No presente caso, o que se tem é precisamente o contrário: há prova apenas da conduta individual e isolada da ré”, escreveu o ministro.

A decisão provocou desconforto interno, já que, para colegas da Corte, soa contraditório ver um ministro sendo celebrado por manifestantes que atacam o STF e pedem anistia para crimes cometidos contra a democracia. A avaliação de ministros é que esse apoio coloca o tribunal em uma posição delicada.

Muitos ainda estão inseguros sobre o que levou Fux a mudar sua posição em relação às penas impostas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, especialmente depois de concordar com o relator Alexandre de Moraes em cerca de 500 processos.

Para evitar mais desconforto, Fux chegou a procurar Moraes antes de proferir seu voto sobre o caso da bolsonarista Débora Rodrigues.

O protesto convocado por Bolsonaro deve começar na torre da antena de TV em Brasília, com a intenção inicial de seguir até o Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

No entanto, após uma reunião entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e os organizadores do ato, foi decidido que a caminhada será interrompida antes de chegar à Praça dos Três Poderes, localizada atrás do Congresso.

Categorias
Política

Mais de 900 mortes de civis causadas por ações policiais em SP, aponta estudo

Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público.

Uma pesquisa com 859 inquéritos policiais apontaram que as ações da polícia de São Paulo deixaram 946 civis mortos no estado, de 2018 a 2024. Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. As informações são do projeto Mapas da (In)Justiça, do Centro de Pesquisa Aplicada em Direito e Justiça Racial da FGV Direito SP, publicado nesta segunda-feira (5), no jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com os números, aproximadamente oito de cada dez mortes aconteceram em vias públicas, e 87,8% dos casos envolveram somente uma vítima. Nesta situação também existe a predominância de negros (49%) entre os mortos.

A chamada prestação de socorro foi registrada em oito de cada dez casos. O estudo mostrou, ainda, que houve tiros em 734 ocorrências, com a maioria tendo um ou dois disparos (31,6%) ou dois a quatro disparos (31,3%). Também foi identificada 17,6% de ocorrências com uma quantidade de quatro a sete tiros disparados, e 19,5% com faixa de seis a 69 tiros.

Categorias
Mundo

OMS denuncia Israel: “Estamos matando as crianças de Gaza de fome”

Após dois meses de bloqueio, fome e sede atingem 2,4 milhões de pessoas. Para o diretor Mike Ryan situação em Gaza é “uma abominação”; ONU alerta para catástrofe humanitária

A Faixa de Gaza está à beira do colapso — e Israel tem responsabilidade direta, denunciam autoridades internacionais. Na última quinta-feira (1º/5), Michael Ryan, diretor-geral adjunto do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi incisivo ao dizer a jornalistas que “estamos destroçando o corpo e a alma das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de fome. Se não agirmos, seremos cúmplices do que ocorre diante dos nossos olhos”.

Israel bloqueia há dois meses toda entrada de alimentos, medicamentos e combustível no enclave, agravando um quadro de fome generalizada que já atinge 2,4 milhões de pessoas. A justificativa do governo israelense é pressionar o Hamas para que libertem 58 reféns, dos 251 ainda detidos desde 7 de outubro de 2023. Porém, os efeitos atingem de forma desproporcional a população civil, especialmente as crianças, diz o Vermelho.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “2 milhões de pessoas estão sofrendo enquanto 116 mil toneladas de alimentos estão bloqueadas na fronteira, a poucos minutos de distância”. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) declarou que suas últimas reservas acabaram no final de abril, obrigando o fechamento de 25 padarias e cozinhas populares que atendiam metade da população — ainda assim fornecendo apenas 25% das necessidades alimentares diárias. Sem comida, sem combustível e sem água potável, os palestinos agora buscam itens para queimar e cozinhar, enquanto os preços dos alimentos dispararam em 1.400%.

Um massacre de crianças

Desde a retomada da ofensiva israelense, em 18 de março, quase 500 crianças palestinas foram mortas, informou o Hamas. Só nas últimas semanas, 1.350 civis morreram em Gaza, elevando o saldo total do conflito a mais de 50 mil mortos desde outubro, segundo números locais. A Defesa Civil de Gaza relatou que, em apenas um dia, 19 civis, sendo a maioria mulheres e crianças, foram mortos em bombardeios israelenses no norte do território.

A ONU denuncia uma situação inédita de catástrofe humanitária. O bloqueio imposto por Israel já é o mais longo da história recente de Gaza, com cerca de 4 mil caminhões de ajuda humanitária parados, impedidos de entrar. “O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, alertou Ryan. Ele reforçou que doenças como pneumonia e meningite estão em alta, matando os mais vulneráveis.

Israel insiste que há comida suficiente no território e acusa o Hamas de desviar a ajuda, algo que o grupo nega veementemente. Além disso, o governo Netanyahu anunciou planos para expandir a ofensiva militar genocida, com o objetivo de “conquistar Gaza” e, segundo palavras do próprio premiê, promover a “saída voluntária dos habitantes”, um plano inspirado nas propostas de Donald Trump de transformar Gaza em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”.

Entre territórios e vidas humanas

As críticas internacionais aumentam, não apenas pelas ações militares, mas também pela dimensão das mortes civis. Para o Fórum de Famílias de Reféns, que reúne parentes dos sequestrados israelenses, o governo de Netanyahu “está escolhendo território em vez de reféns, contrariando a vontade de mais de 70% da população israelense”.

Organizações humanitárias alertam: mais de 1 milhão de crianças em Gaza estão em risco iminente de morte ou sequelas irreversíveis por desnutrição severa. Sem entrada imediata de ajuda, essas mortes serão diretamente atribuídas às decisões políticas do governo israelense.

Enquanto o gabinete de segurança de Israel anuncia expansão militar e recrutamento de reservistas, comunidades inteiras em Gaza enfrentam o apagamento completo com milhares de famílias dizimadas, crianças enterradas sob escombros, escolas e hospitais destruídos.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, enfatizou Ryan. “Devemos nos perguntar: quanto sangue é suficiente para satisfazer os objetivos políticos de ambos os lados?”