Categorias
Esporte

Nova camisa da seleção brasileira será vermelha na copa de 2026, diz site inglês

A Seleção Brasileira deve estrear um uniforme vermelho na Copa do Mundo de 2026, segundo informações divulgadas pelo site inglês especializado Footy Headlines nesta segunda-feira (28). Tradicionalmente, o Brasil adota o azul como cor alternativa ao uniforme principal amarelo, mas para o próximo Mundial, a segunda camisa pode romper essa tradição. O lançamento oficial está previsto para março de 2026.

O uso do vermelho em uma competição oficial, caso seja confirmado, pode marcar uma mudança histórica para a equipe pentacampeã. Embora o tom exato ainda não tenha sido revelado, a expectativa da fabricante é que a cor cause impacto visual e comercial.

A camisa também deve trazer outra novidade: o logotipo da Jordan, marca ligada ao ex-jogador de basquete Michael Jordan, substituirá o tradicional símbolo da Nike. As duas empresas frequentemente colaboram em projetos especiais.

O ano da próxima Copa do Mundo de futebol masculino será um momento politicamente sensível no Brasil. Em 2026, o país realizará eleições presidenciais, e a combinação das camisas amarela e vermelha da Seleção pode gerar repercussões além do campo. Assim, a polarização política pode ser explorada comercialmente pela Nike, alavancando as vendas de ambos os uniformes por públicos distintos, num cenário em que cores carregam significados ideológicos.

A Seleção já rompeu com a paleta tradicional em outras ocasiões. Em 2019, o Brasil usou um uniforme branco em homenagem aos 100 anos da primeira conquista continental. Mais recentemente, a equipe vestiu preto em uma campanha contra o racismo. O vermelho, no entanto, nunca foi adotado de forma oficial. Com BdF.

Categorias
Política

STF decide manter prisão de Fernando Collor

Advogados do ex-presidente alegam problemas de saúde e solicitam cumprimento da prisão em regime domiciliar.,

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28), por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A ordem de prisão havia sido expedida na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes e foi submetida à análise dos demais ministros da Corte em julgamento no plenário virtual, no qual cada magistrado deposita seu voto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28), por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A ordem de prisão havia sido expedida na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes e foi submetida à análise dos demais ministros da Corte em julgamento no plenário virtual, no qual cada magistrado deposita seu voto.

Entenda por que Fernando Collor foi preso

A favor da manutenção da prisão votaram Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Contrários à prisão, votaram os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido, mantendo sua prática em processos ligados à Operação Lava Jato.

Inicialmente, na sexta-feira (25), a votação estava com seis votos favoráveis à prisão, quando Gilmar Mendes solicitou a retirada do caso do plenário virtual para o plenário físico, o que suspendeu a análise. No entanto, no sábado (26), Gilmar voltou atrás e cancelou o pedido, permitindo que o julgamento prosseguisse no ambiente virtual.

Com a retomada do julgamento nessa segunda-feira, os quatro votos pendentes todos favoráveis à soltura de Collor foram computados, consolidando o resultado de 6 a 4 pela manutenção da prisão.

Argumentos da divergência

O primeiro voto divergente foi proferido pelo ministro André Mendonça. Em seu entendimento, os últimos recursos apresentados pela defesa de Collor não deveriam ter sido considerados protelatórios, como entendeu Moraes, mas sim parte legítima do direito de ampla defesa.

“[…] o recurso em exame não se afigura meramente protelatório, mas integrante legítimo de seu direito à ampla defesa, e deve ser conhecido”, escreveu Mendonça. Em sua fundamentação, o ministro sustentou que, com a admissão dos recursos, a condenação ainda não teria transitado em julgado, o que impediria a execução imediata da pena.

Pedido de prisão domiciliar

A defesa de Fernando Collor também apresentou ao Supremo dois laudos médicos que atestam graves comorbidades do ex-presidente. Os advogados solicitam que a pena seja cumprida em regime domiciliar, considerando o estado de saúde do condenado.

A análise do pedido de prisão domiciliar ainda depende de parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá se manifestar sobre a viabilidade da medida.

Nos bastidores do STF, ministros admitiram a preocupação em dar celeridade ao desfecho do caso, considerando a importância e a repercussão do julgamento. A ausência de sessões plenárias nesta semana e a decisão de Gilmar Mendes de retirar o pedido de destaque aceleraram o processo. Com Congresso e Foco.

Categorias
Política

Congresso e STF acertam lei para soltar presos do 8/1 e aumentar penas de lideranças golpistas

David Alcolumbre deve apresentar proposta em maio, esvaziando pressão por anistia que pode beneficiar Bolsonaro e criar impasse com a Corte.

Os presidentes do Senado, David Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, estão finalizando uma negociação com o Supremo Tribunal Federal (STF) para aprovar uma lei no parlamento que diminua as penas dos condenados do 8/1. E que, por outro lado, aumente as punições para lideranças de tentativas de golpe de Estado no Brasil.

Com isso, os manifestantes que foram presos por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito depois do quebra-quebra de 8/1 poderão ser soltos, ou ao menos levados a cumprir prisão no regime semiaberto ou domiciliar. A decisão caberá ao STF, que precisará analisar caso a caso.

Congresso e STF acertam lei para soltar presos do 8/1 e aumentar penas de golpistas

A coluna apurou que o projeto deve ser apresentado em maio no Senado por Alcolumbre. Como ele é o presidente da Casa, conseguirá dar maior peso político à discussão.

A ideia é que a iniciativa esvazie a pressão de bolsonaristas para que o parlamento aprove uma anistia para esses presos, o que poderia beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A evolução da anistia criaria um impasse com o STF, que poderia declará-la inconstitucional.

Para aumentar a chance de a lei das penas menores ser aprovada nas duas Casas, ficará claro que as novas regras, como prevê o arcabouço legal do país, poderão retroagir para beneficiar investigados, réus e condenados, mas não para prejudicá-los.

Ou seja, a aprovação de uma pena maior para líderes de organizações que tentam abolir a democracia não valerá para Jair Bolsonaro. Mas sim para aqueles que, no futuro, tentem dar um golpe no Brasil. O ex-presidente, portanto, ficará sujeito às penas já existentes quando começou a ser investigado.

Concordância do STF em relação à medida
A coluna apurou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um dos principais interlocutores dos dois parlamentares, deu aval à medida. Ela já teve também a concordância do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, de acordo com senadores que dialogaram com os juízes.

De acordo com um senador, o aval dos magistrados era importante para que a lei, depois de aprovada, não fosse barrada pelo Supremo.

O mesmo parlamentar explicou que, hoje, a lei prevê penas de 4 a 12 anos de prisão para quem atentar contra as instituições democráticas e o processo eleitoral. Não diferencia, porém, um manifestante que fez uma pichação em uma estátua na praça dos Três Poderes, como a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de um ministro que elaborou uma minuta de golpe e a levou a Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

“É preciso criar uma classificação jurídica menor para pessoas que tentaram dar um golpe estimuladas por autoridades, que foram arrastadas no tumulto para uma manifestação violenta, daqueles que planejam um golpe. É preciso reconhecer as diferenças”, segue.

Elas seriam condenadas, mas teriam suas penas reduzidas de 1/6 a 2/3.

Uma outra medida será não mais considerar os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado como autônomos. Hoje, uma pessoa pode ser condenada a até oito anos de cadeia pelo primeiro, e a 12 pelo segundo. Pela nova regra, um antecederia o outro, e as penas não se somariam. Haveria apenas um acréscimo de tempo de prisão.

“O parlamento precisa elaborar leis que permitam ao STF aplicar penas diferentes a condenados diversos, e proporcionais ao que fizeram”, diz o mesmo senador à coluna. “É preciso adequar a lei para permitir que o Judiciário aplique penas mais razoáveis.”

Uma vez aprovada, a proposta vai ao crivo da Câmara dos Deputados. Caso seja alterada, volta ao Senado, que como propositor terá a palavra final no assunto.

Com isso, diz o parlamentar, cria-se uma alternativa à anistia, que segundo ele é “radical, inapropriada e injusta”.

*Mônica Bergamo/ICL

Categorias
Política

Pejotização: a fraude que ameaça os direitos trabalhistas

Pejotização elimina direitos trabalhistas e previdenciários garantidos pel CLT, como férias, 13º salário, FGTS e contribuição ao INSS.

A chamada pejotização é uma prática fraudulenta que vai além da já danosa terceirização da atividade-fim — esta, por si só, precariza as relações de trabalho e enfraquece a proteção social dos trabalhadores. Na pejotização, o que ocorre é a dissimulação de uma relação de emprego: o trabalhador desempenha suas funções com todas as características que configuram vínculo empregatício — como subordinação, habitualidade, pessoalidade e onerosidade —, mas é contratado como se fosse um prestador de serviços, por meio de uma pessoa jurídica (PJ).

A defesa do vínculo formal de emprego é, portanto, uma defesa da dignidade do trabalhador e da própria estrutura de proteção social brasileira.

Essa manobra elimina direitos trabalhistas e previdenciários garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e contribuição ao INSS. Além disso, transfere ao trabalhador todos os riscos da atividade econômica, rompendo com a lógica de proteção que deveria reger as relações laborais em um Estado democrático.

Pejotização no setor bancário
No setor bancário, a ameaça da pejotização se torna ainda mais concreta. Essa ameaça se materializa de maneira alarmante. Desde 2021, o Santander Brasil vem transferindo bancários para outras empresas do próprio conglomerado, como a F1RST, SX Tools, Prospera e SX Negócios, todas com CNPJs distintos. Com essa estratégia, o banco fragmenta a categoria, desestrutura a unidade dos trabalhadores e exclui esses empregados dos acordos coletivos e dos direitos historicamente conquistados.

O fortalecimento da pejotização em detrimento da contratação formal tem um custo social para toda a população, uma vez que retira recursos da Previdência Social. Nosso modelo previdenciário é baseado na repartição solidária, no qual os trabalhadores em atividade financiam os benefícios dos aposentados. Assim, a redução no número de trabalhadores formais implica em menor arrecadação para o sistema, comprometendo sua sustentabilidade e a proteção social das futuras gerações.

A preocupação aumenta diante da possibilidade de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que venha a legitimar essa fraude. Isso abriria espaço para uma substituição em massa de empregos formais por contratos PJ, impactando gravemente a categoria bancária. No Santander, essa prática representaria a ampliação da lógica do lucro a qualquer custo, em detrimento da dignidade do trabalhador, da segurança jurídica e da responsabilidade social que deveriam orientar as relações de trabalho.

Legalizar a pejotização é oficializar a retirada de direitos e aprofundar a precarização das condições de trabalho, prejudicando trabalhadores e fragilizando o sistema de seguridade social. Por isso, é essencial denunciar essas práticas e defender o vínculo formal como pilar da proteção trabalhista.

A defesa do vínculo formal de emprego é, portanto, uma defesa da dignidade do trabalhador e da própria estrutura de proteção social brasileira.

*Neiva Ribeiro/TVTNews

*Presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Categorias
Brasil

Desapropriação de terras destruídas por crimes ambientais é autorizada pelo STF

Assinada por Flávio Dino, decisão determina que União, Amazônia e Pantanal adotem ações efetivas para punir responsáveis por incêndios intencionais.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União desaproprie propriedades rurais onde forem comprovados incêndios criminosos ou desmatamento ilegal, desde que fique clara a responsabilidade do dono do imóvel.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (28), segundo a Forum, após um ano de recordes de queimadas que devastaram áreas importantes da Amazônia e do Pantanal. A medida faz parte de uma ação aberta em 2020 pelo partido Rede Sustentabilidade, com apoio de organizações como WWF, Greenpeace, Instituto Socioambiental e Observatório do Clima.

Além da desapropriação, Dino ordenou que a União, a Amazônia Legal e Pantanal adotem medidas para impedir a regularização fundiária de terras envolvidas em crimes ambientais. Também deverão ser movidas ações de indenização contra os responsáveis.

“Não é razoável gastar bilhões de dinheiro público todo ano para combater incêndios e desmatamentos ilegais”, escreveu Dino. Segundo ele, “com este ciclo perpétuo, pune-se duplamente a sociedade: pelos danos ambientais e pelo dispêndio evitável de recursos públicos”.

O ministro também reforçou a obrigatoriedade do uso do SINAFLOR — sistema que controla a origem de produtos florestais — para autorizações de supressão de vegetação. E cobrou que a União explique se houve subutilização dos recursos do Ibama e do ICMBio em 2024, além de pedir informações sobre a digitalização dos registros de imóveis rurais.

Com a decisão, União e estados terão que apresentar planos e relatórios sobre as ações adotadas para garantir o cumprimento das ordens judiciais.

Categorias
Mundo

Com aval global, Israel mantém estupro e tortura de palestinos em prisões: “matadouros humanos”

Israel faz das prisões verdadeiros cemitérios para vivos e segue praticando violações sem obstáculos, investigações, julgamentos ou mínima pressão internacional.

Não surpreende que o inferno na Terra tenha um rosto palestino, mas hoje ele assume uma forma ainda mais sombria e nítida nas prisões da ocupação israelense – instalações que ultrapassaram todos os limites da razão, transformando-se em matadouros humanos onde se infligem aos detentos palestinos, especialmente os da Faixa de Gaza, as formas mais brutais de humilhação e tortura.

Imagens vazadas do interior da prisão de Ketziot e do campo militar de “Ofer”, juntamente com os testemunhos dos detentos repassados pela Comissão de Assuntos dos Detentos e Ex-Detentos e pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, não deixam margem para dúvidas: estamos diante de crimes plenamente caracterizados, que vão do estupro à tortura física e psicológica, passando pela fome e culminando em um genocídio em câmera lenta.

O abuso sexual sistemático revelado pelos detentos nos confronta com uma questão de humanidade antes mesmo de uma questão legal: como o mundo pode assistir impassível a atos que fazem reviver as épocas mais sangrentas da história humana? No campo de “Ofer”, o horror não termina no estupro – ele é praticado diante dos demais detentos, para degradar e quebrar a todos. Bastões são inseridos à força repetidamente no corpo do detento até que ele sufoque, e quando ele grita, sua dor se torna fonte de prazer para seu torturador.

Em Ketziot, a tragédia não é menos selvagem: os detentos usam baldes como sanitários, não têm acesso à água potável, sofrem de sarna, são privados de roupas limpas e dormem sobre colchões rasgados. É a experiência de ser enterrado vivo sem cova – sem remédios, sem higiene, sem dignidade, apenas um tormento contínuo.

O que torna o crime ainda mais doloroso é o fato de o mundo ver e ouvir – e ainda assim nada fazer. Não há comissões de investigação, não há julgamentos, nem sequer pressão real sobre as autoridades ocupantes. Já se passaram 19 meses desde os massacres abertos em Gaza, e nada mudou. Pior: o tempo tornou-se aliado do crime, e não seu inibidor.

Neste contexto, é vital repensar a eficácia do sistema internacional de direitos humanos, que se tornou não apenas impotente, mas cúmplice por seu silêncio. Quando o detento palestino se torna um alvo público de estupro, fome e tortura, sem sequer uma declaração séria de condenação, isso significa que a “exceção israelense” já não é mais uma exceção – ela se tornou a norma nesta era de colapso moral.

Talvez seja hora de fazer uma pergunta mais profunda: o que significa ser humano se tais crimes passam como boletins meteorológicos? Qual o propósito do direito internacional se ele não consegue impedir que um bastão seja enfiado no corpo de um jovem desarmado, apenas por ele ser palestino?

O silêncio do mundo já não é apenas negligência – é participação ativa no crime.

*Wisam Zoghbour/Viomundo

*Wisam Zoghbour Jornalista, membro da Secretaria-Geral do Sindicato dos Jornalistas Palestinos e diretor da Rádio Voz da Pátria.

Categorias
Economia Mundo

BRICS preparam resposta ao pacote tarifário de Trump

Chanceleres negociam declaração conjunta contra restrições unilaterais ao comércio mundial.

Os chanceleres do BRICS se reunirão no Rio de Janeiro nos dias 28 e 29 para discutir uma resposta conjunta ao pacote tarifário dos EUA, implementado durante o governo de Donald Trump. Além da crise comercial, as discussões incluirão o financiamento para ações contra as mudanças climáticas.

O pacote tarifário, que havia sido suspenso temporariamente, impõe tarifas sobre produtos de quase todos os países, visando proteger a indústria norte-americana, causando quedas nas bolsas e aumentando o risco de recessão. A China, como maior economia do bloco, continua sujeita a essas tarifas.

O embaixador brasileiro, Mauricio Carvalho Lyrio, destacou que o grupo pretende reafirmar seu apoio ao comércio multilateral e criticar as medidas unilaterais. Ele também mencionou a necessidade de fortalecer a Organização Mundial do Comércio (OMC), cujas funções de mediação estão comprometidas desde as ações de Trump em 2019, segundo o Congresso em Foco..

Essa reunião serve como preparação para a cúpula de chefes de Estado do BRICS, agendada para julho no Rio, onde o ministro Mauro Vieira liderará os debates. A reunião busca transformar-se em uma plataforma contra práticas protecionistas, também abordando financiamento climático, o papel do Sul Global no comércio e a reforma da governança internacional, além de apoiar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).

 

Categorias
Política

Anistia, ou pode chamar de ‘deterioração de patrimônio tombado’

“Não só por experiência pessoal, mas porque tenho um gosto específico por esporte, sabe-se que nem num torneio de Mixed Martial Arts (MMA) se permite que uma pessoa apanhe durante 40 minutos porque uma surra de 40 minutos é conducente à morte. Só para termos uma ideia, esses lutadores bem preparados fisicamente lutam três rounds de cinco minutos por um de descanso”.

Foi assim que muitos anos atrás, em 2013, Luiz Fux votou por não tornar réu um deputado federal denunciado ao STF por aplicar uma surra de 40 minutos à ex-mulher. Segundo Fux, relator do caso, não havia elementos materiais para aceitar a denúncia de violência doméstica contra o obscuro deputado do Centrão Arthur Lira porque, afinal, no peito da mulher espancada seguia batendo um coração.

Tal e qual “debaixo da toga bate o coração de um homem”.

Lá atrás, em 2013, Fux foi voto vencido e Lira virou réu. Depois, porém, foi absolvido pela Segunda Turma do STF.

Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou a cabelereira Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por sua participação no 8/1. Fux votou pela absolvição de Débora pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em seu voto, o ministro propôs a condenação da cabelereira apenas pelo crime de “deterioração de patrimônio tombado”, como se de fato ela estivesse em Brasília a passeio e resolvesse, sem mais nem menos, decorar a estátua de Justiça com batom.

Não por acaso, o voto de Fux recebeu elogio de Michelle Bolsonaro e, nesta segunda-feira, 28, no Globo, Bela Megale informa que o bolsogolpismo prepara para a semana que se inicia “um movimento de apoio e elogios a Luiz Fux”. Não será surpresa se pintar uma camiseta (quem sabe um capacete?) estampada com a frase: “debaixo da toga bate um coração”.

No caso de Débora Rodrigues, Luiz Fux foi voto vencido na queda de braço com o relator Alexandre de Moraes. “Queda de braço”, aliás, foi a expressão usada por Deltan Dallagnol em mensagem de Telegram enviada a Sergio Moro no dia 22 de abril de 2016 para se referir a uma suposta adesão de Luiz Fux ao morogolpismo (“Conversei com o Fux mais uma vez hoje. Reservado, é claro”), contra os freios que Teori Zavascki ensaiava, na época, impor à Lava Jato.

À mensagem sobre o apoio de Fux à República de Curitiba na “queda de braço” com Teori Zavascki, Moro respondeu com a famosa frase que arrisca virar camiseta também, agora, quase 10 anos depois: “in Fux we trust”.

É o que acontece quando a República Federativa do Brasil assobia e olha para cima, dá de ombros, diante de uma referência de tamanha gravidade feita por conspiradores a um ministro do Supremo Tribunal Federal: in Fux they still trust.

*Hugo Souza/Come Ananás

Categorias
Mundo

Apagão generalizado atinge Portugal e Espanha, causa paralisação e afeta outros países da Europa

Na Espanha, aeroportos e metrôs inteiros pararam nas principais cidades. Há registros de falta de luz também na França e na Itália.

Várias localidades de Portugal, Espanha e Itália registraram um “apagão geral” no início desta segunda-feira (28/4), deixando moradores sem energia elétrica e sinal de celular, além de paralisar aeroportos e transportes viários.

apagão

Serviços críticos, como hospitais, tiveram que recorrer a geradores para manter suas operações. A falha elétrica também afetou o funcionamento de semáforos e sistemas de telefonia

Rádios de Portugal, um dos países mais afetados, informam “falhas na rede elétrica” na Europa. As emissoras de televisão falam em uma “falha generalizada” no continente europeu, mas ainda não há informações sobre as origens do problema.

Relatos nas redes sociais indicam falta de energia em diversas cidades portuguesas, entre elas Lisboa. Na Espanha, há registros de falta de luz em cidades como Madrid e Barcelona.

Apagão: ministro de Portugal não descarta ciberataque
Ainda em Portugal, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, afirmou à “RTP Notícias” que não está descartada a possibilidade de ciberataque e que o apagão afeta vários países europeus.

A “Red Electrica”, operadora da rede elétrica espanhola, disse que estava a trabalhando para restaurar a energia.

Na Espanha, aeroportos e metrôs inteiros pararam nas principais cidades. O Aeroporto de Barajas, em Madri, continua sem energia e o metrô de Valência anunciou a suspensão de todos os seus serviços.

Dados da rede elétrica espanhola, a Red Eléctrica, mostram uma queda enorme em questão de segundos. Cidades inteiras, incluindo Sevilha, Barcelona e Pamplona, ​​também continuam afetadas.

Categorias
Mundo

Sobe para 40 número de mortos em explosão no maior porto do Irã; causa ainda é desconhecida

Presidente iraniano Massoud Pezeshkian ordenou a abertura de uma investigação sobre tragédia, que também deixou mais de 1,2 mil feridos;

A explosão no maior porto comercial do Irã, ocorrida no sábado (26/04), deixou pelo menos 40 mortos e mais de 1,2 mil feridos, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (27/04) pela televisão estatal, enquanto os esforços continuam para conter o incêndio. O incidente ocorreu enquanto Teerã realizava a terceira rodada de negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã.

“Até o momento, 40 pessoas perderam a vida devido aos ferimentos causados pela explosão”, afirmou à televisão Mohammad Ashouri, responsável pela província de Hormozgan (sul), onde fica o porto Shahid Rajaei, perto da cidade costeira de Bandar Abbas.

De acordo com a mídia estatal, incêndios continuavam a ser combatidos neste domingo (27) em várias partes da área afetada, com helicópteros e bombeiros trabalhando para apagá-los.

Produtos químicos presentes no porto foram suspeitos de ter contribuído para a explosão, mas a causa exata ainda não foi determinada. O Ministério da Defesa iraniano negou relatos da mídia internacional que sugeriam que a explosão poderia estar relacionada a manuseio inadequado de combustível sólido utilizado em mísseis.

Um porta-voz do ministério afirmou à televisão estatal que a área afetada pela explosão não tinha nenhuma carga militar.

O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, ordenou a abertura de uma investigação sobre a explosão. Mais cedo neste domingo, ele se dirigiu ao local para expressar sua “gratidão” aos socorristas, conforme mostram as imagens divulgadas pela televisão pública.

Um porta-voz da organização iraniana de gestão de crises indicou que a explosão teria sido causada pelo armazenamento inadequado de produtos químicos em contêineres no porto de Shahid Rajaei.

Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo, pediu cautela, afirmando que, embora produtos químicos provavelmente tenham causado a explosão, ainda não era possível determinar a causa exata do incidente.

*Opera Mundi