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Opinião

A Lava Jato, a mídia e a honra nacional

Não há fraqueza moral maior do que uma mídia que não pode passar a limpo uma operação policial como a Lava Jato, porque, junto com Sergio Moro, Dallagnol e cia. fica exposta na sua própria defesa. Afinal, nada é mais vil em termos de corrupção do que a grife jurídica criada pela república de Curitiba.

Aqui, nem vamos falar dos atentados cometidos contra a constituição, os interesses privados e a felicidade de banqueiros e rentistas que, de roldão, sagraram-se campeões com a prisão de Lula contra os interesses do próprio país.

A probidade e a decência da mídia quando o assunto é Moro, não chega a segunda página, melhor dizendo, não consegue dar um passo além das manchetes sensacionalistas.

A coisa pública e a honra nacional são totalmente desfocadas ou achatadas debaixo de um rolo compressor com que, até os dias atuais, a mídia trata uma operação da qual foi coadjuvante, para não dizer comparsa.

Por isso até hoje, diante de tudo o que já se sabe de Moro, a mídia segue passiva numa humilhante submissão ao herói de Curitiba, e só mantém assim dentro das quatro linhas das grandes redações.

O que essa denúncia sobre o jatinho em que Lula viajou para o Egito quis dizer? Que estávamos diante de uma questão moral, já que o empresário, dono do jatinho foi delator da Lava Jato?

Ora, todas as ações nefastas que o imperialismo lavajatista impôs ao país sem combater de verdade a corrupção, e a eleição de Bolsonaro deixa isso bem claro, escancaram que todas as ações diretas dessa espécie de truque jurídico, foram escandalosas e, mesmo que se passe dias falando sobre todos os absurdos cometidos por essa organização criminosa, instalada dentro do sistema de justiça, estaria longe de esgotar o papel negativo que esses bandoleiros, em conjunto com a mídia, produziram de maneira deliberada contra os interesses nacionais.

Essa advertência é importante, sobretudo para aqueles que, num simplismo primário, querem sustentar uma honra utilizando a velha malícia que personalizou a Lava Jato, para se manifestar a modo e gosto contra ou a favor de quem eles elegem como aliado ou inimigo.

Esse código ético da mídia parece ser o único capital que lhe sobrou,  porque não consegue fundamentar uma tese moral qualquer para assanhar a direita nativa sem utilizar a Lava Jato como código absoluto da moral nacional.

Esse é apenas o resultado de como a mídia e a Lava Jato se apossaram do Brasil que produziu o golpe contra Dilma, a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro, num processo escandaloso frequentemente esquecido pela mídia, que desembocou na entrada oficial de Moro na política com sua super pasta no governo Bolsonaro, depois da prisão de Lula.

A pergunta é simples, até onde a mídia brasileira vai usar o carvão moral da Lava Jato para queimar suas vítimas em praça pública?

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Para cúpula do PL e do governo, reclusão de Bolsonaro já compromete papel de líder de oposição

Silêncio e isolamento do presidente irritam ala política e cúpula de seu partido, que cobram reações a falas de Lula e veem ausência no G20 como erro.

De acordo com Bela Megale, O Globo, o silêncio e o isolamento mantidos por Bolsonaro desde sua derrota nas urnas passaram a ser duramente criticados por integrantes da ala política do governo e membros da cúpula do PL, seu partido. É consenso que “já passou da hora” de o presidente “lamber as feridas” e que ele precisa trabalhar para seguir como principal figura de oposição a Lula.

A avaliação desse grupo é que, se Bolsonaro não se movimentar logo, pode cair no ostracismo e perder boa parte do apoio que capitalizou.

A decisão do presidente de não ir ao G20, na Indonésia, foi considerada um erro por aliados de primeira ordem de dentro e fora do governo. Para eles, Bolsonaro deveria ter usado sua última agenda internacional como chefe do Executivo para se contrapor a Lula, que seguiu nesta segunda-feira para a COP27.

No PL, as reclamações e críticas sobre o silêncio e a apatia do presidente são crescentes. A queixa generalizada é que não há condução e nem posicionamento por parte de Bolsonaro sobre tema algum. Parte da sigla ainda defende que ele fale abertamente que a eleição acabou, reconheça o resultado e destaque seu papel de liderança na oposição.

Para a cúpula do PL, o presidente já deveria estar se manifestando publicamente contra posicionamentos do governo Lula, especialmente sobre temas da área econômica, e também ter respondido a críticas que o petista dirigiu a ele em discursos recentes.

Na sua fala de quarta-feira passada, Lula disse que “cabe ao presidente reconhecer sua derrota, fazer sua reflexão e se preparar para daqui uns anos concorrer outra vez”. Afirmou também que “ninguém vai acreditar em um discurso golpista de alguém que perdeu as eleições”.

Há ainda a avaliação de que Bolsonaro precisa explicitar erros e cobrar deputados incendiários do partido a se conterem. Desde que perdeu a eleição, no dia 30 de outubro, Bolsonaro está recluso no Palácio do Alvorada e não aparece no Planalto para despachos. Neste período, ele fez apenas duas postagens no Twitter e duas no Instagram. Parte de assessores tem colocado a reclusão na conta da infecção que o presidente tem na perna.

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Bolsonarismo

Vídeo: Allan dos Santos representa a derrocada do bolsonarismo

De símbolo consagrado do gabinete do ódio, idealista da extrema direita brasileira como autêntico filhote do mega negacionista Olavo de Carvalho, Allan dos Santos, que apareceu na manifestação dos fascistas verde e amarelo, em Nova York, para atacar ministros do Supremo, era um outro sujeito, maltratado e sofrido, caracterizando o que significa hoje o bolsonarismo.

Sua atitude nefasta atacando um homem que ele nem sabia quem era, está um tom acima dos baderneiros nativos.

Poderia se dizer que Allan se encontra numa humilhante submissão a Bolsonaro, mas o que aconteceu é que, com a derrota de Bolsonaro, Allan dos Santos foi jogado do penhasco e sua atitude desesperada, como mostra o vídeo, é o de um coitado que jurava fazer o melhor dos serviços sujos para o clã e que jamais enfrentaria uma realidade tão dura vinda das urnas.

Essa indústria de xingamentos distribuída por Allan, mostra a enorme frustração de quem perdeu tudo numa aposta. Jamais aquele sujeito enfrentaria uma aglomeração patética como aquela de reles desconhecidos.

O coitado, que hoje se vê numa situação nefasta, foi sagrado o gênio da maldade com um acúmulo de patifaria que lhe rendeu tal soberba que hoje, nitidamente, já não tem.

Seu ato desesperado de abordar um homem que ele nem sabe quem é, tem a mesma deprimente história de Bolsonaro, um psicopata adoecido, transformado em um duende, tal o seu encolhimento dentro do Palácio da Alvorada.

O que está no vídeo é o raio-x do fracasso de um bolsonarismo absolutamente em ruínas, o que obrigará Allan dos Santos, mais cedo ou mais tarde, a sentar-se no banco dos réus para ouvir sua sentença pelos crimes que cometeu quando se achava um intocável.

Neste segundo vídeo Allan dos Santos ataca Alexandre de Moraes

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Opinião

Desta vez, cerco da mídia a Lula começou antes da posse

De quem é este avião? Quanto custou? Quem está pagando?

Em todas as campanhas anteriores de Lula, esta era a primeira pergunta que os repórteres me faziam quando a gente chegava no aeroporto num avião executivo.

Na primeira, em 1989, ainda viajando em avião de carreira, um passageiro ficou indignado ao ver Lula a bordo:

“Olha aí, o Lula, o metalúrgico… Agora só quer saber de viajar de avião…”

Fui perguntar ao elemento se ele queria que Lula fizesse a campanha para presidente de ônibus ou montado num cavalo.

A esta altura, Fernando Collor, o candidato empresário, já cruzava os céus do país só viajando em aviões particulares e ninguém queria saber quem pagava o voo.

Nessa época, Lula não podia jantar num bom restaurante, mesmo que fosse a convite de alguém (ele nunca foi de botar a mão no bolso), que logo começavam os comentários nas mesas ao lado.

“Olha aí, o Lula, o metalúrgico, agora só quer saber de comer camarão…”

A pedido do próprio, parei de querer tirar satisfações quando ouvia essas coisas, mas aquilo me incomodava profundamente.

Uma vez presidente, eleito e reeleito, esse preconceito de classe nunca deixou de existir, mesmo depois dele ser recepcionado com tapete vermelho nos mais elegantes palácios do mundo.

Durante o governo de transição de FHC para Lula, em 2002, certa vez os assessores dele estavam jantando num restaurante na Academia de Tênis, às margens do Lago Paranoá. Os repórteres que nos seguiam vieram me perguntar o que a gente estava comendo, que vinho era aquele, quanto custava, quem estava pagando.

Ali eu vi que esse preconceito se estendia também à equipe do presidente eleito. Na verdade, era dirigido não às pessoas físicas, mas ao PT, o Partido dos Trabalhadores, que ousou chegar ao poder neste país de uma elite ainda fortemente escravocrata, dividido entre quem manda e quem obedece, como bem sabe o general Pazuello.

Na campanha deste ano, as coisas mudaram um pouco. Notei que, à medida em que a eleição se aproximava, Lula contou com uma cobertura mais simpática de setores importantes da imprensa, até porque, a terceira via não deu certo e o único adversário que sobrou era simplesmente indefensável.

Vimos nas redes sociais, certamente publicado por bolsonaristas, um vídeo mostrando como a redação da Globo vibrou com a vitória de Lula na noite de 30 de outubro. A imprensa em geral, principalmente no exterior, recebeu o resultado com um misto de alívio e satisfação por ter evitado o pior.

Mas essa lua de mel durou muito pouco, não chegou nem até a posse. Como se tivesse um comando unificado, a mídia brasileira inteira caiu matando num discurso que Lula fez na semana passada, ao priorizar a responsabilidade social sobre a responsabilidade fiscal, para atender às emergências da miséria e da fome, um drama que ele conhece bem de perto, e o fez chorar.

Não havia nada de novo no discurso. Desde a sua primeira campanha, o presidente eleito sempre disse que o mais importante era garantir três refeições por dia a todos os brasileiros, algo que foi alcançado nos seus dois mandatos. Vinte anos depois da primeira posse e às vésperas da terceira, o Brasil tinha voltado ao Mapa da Fome.

A questão nem é ideológica, política, econômica. Esta relação neurótica da mídia com Lula, entre o amor e o ódio, vem desde que ele deixou de ser mero líder do novo sindicalismo para criar um partido político de baixo para cima, e se tornar a maior liderança popular do país em todos os tempos.

O dólar subiu, a Bolsa caiu, foi um fuzuê danado no “mercado” nervoso, que simplesmente não se conforma com o relevo que Lula conquistou na cena política mundial, como estamos vendo agora mesmo na sua viagem ao Egito para participar da COP-27.

É uma questão de classe social. Será que esse tal de Lula não se enxerga? Quem ele pensa que é? Nunca será do nosso clube.

Como é que um pau-de-arara, sobrevivente dos sertões nordestinos, e ainda por cima operário, que perdeu um dedo trabalhando no torno de uma metalúrgica, sem ter diploma universitário e sem saber falar inglês, se atreveu a furar a fila dos nobres brasileiros do andar de cima, militares e civis, que ocuparam a Presidência desde a Proclamação da República, festejada neste 15 de novembro?

Dois dias depois de recepcionar a Janja, mulher de Lula, numa entrevista amistosa no Fantástico, o braço impresso do império global fez um editorial criticando a proeminência que ela assumiu na campanha do marido. A mídia invocou até com a blusa que Janja usou na entrevista, que custou mais de R$ 2 mil, vejam só, que absurdo!, logo a mulher de Lula, o ex-metalúrgico.

Para completar, Lula viajou ao Egito de carona no avião particular de um empresário amigo enrolado com a Justiça, um assunto que ganhou mais espaço no noticiário do que as propostas do presidente eleito para trazer o país de volta ao protagonismo na discussão do clima.

Queriam que ele viajasse num avião de carreira, para ser hostilizado pelos fanáticos bolsonaristas em transe patriótico após a derrota, que atacaram os ministros do Supremo Tribunal Federal em plena Nova York?

Assim voltamos ao início dessa história: de quem é o avião, quem pagou?

Pois é, se Lula tivesse um jatinho particular como João Doria e tantos outros políticos, não haveria esse problema. No Brasil, só tem avião executivo quem manda, quem tem pedigree e muita grana, não quem obedece. Por nunca obedecer, não nomear quem o mercado quer e não manter o teto de gastos que nem existe mais, Lula vai continuar apanhando sempre, estando certo ou errado.

Quem manda ninguém do PT ter um jatinho para oferecer a Lula?

Eles não roubaram tanto, a maior corrupção mundial, segundo o probo juiz Sergio Moro, e suas viúvas na grande imprensa?

Vida que segue.

*Kotscho/Uol

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Bolsonarismo

Vídeo: “Perdeu, mané, não amola”, diz Barroso a eleitor bolsonarista

Ministros do STF sofrem perseguições diárias de extremistas desde que chegaram em Nova York para um evento.

O ministro Luís Roberto Barroso foi perseguido em mais uma cena de agressões verbais promovidas por bolsonaristas contra seis membros do STF que participam do evento do “grupo Lide”, em Nova York, organizado pelo ex-governador João Doria.

No entanto, desta vez, Barroso decidiu rebater o extremista que insistia em seguir os passos do ministro com citações envolvendo as Forças Armadas.

*Com 247

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Bolsonarismo

Equipe da Jovem Pan é hostilizada por bolsonaristas no DF e deixa ato sob escolta de militares

Jornalistas acompanhavam manifestações antidemocráticas em frente ao quartel general do Exército.

Uma equipe da rádio Jovem Pan precisou ser escoltada por soldados nesta terça-feira (15) para deixar a manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que pedem um golpe militar em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Dois repórteres e um cinegrafista da emissora foram hostilizados por cerca de 30 minutos. Os manifestantes gritavam para os jornalistas saírem do local e faziam ameaças.

Uma parte dos apoiadores de Bolsonaro tentava impedir que os repórteres fizessem entradas ao vivo. Outra parte pedia silêncio para que os repórteres falassem. Mas, se “mentissem” na TV, iriam “sofrer as consequências” —a Jovem Pan ficou conhecida como a voz do bolsonarismo e demitiu diferentes profissionais desde o segundo turno das eleições.

Os manifestantes cobram as Forças Armadas para que promovam um golpe que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista derrotou Bolsonaro, em uma inédita derrota de um presidente que disputava a reeleição no país.

A principal divergência, segundo os manifestantes, era a utilização da expressão “intervenção militar”. Eles argumentam que os atos em frente aos quartéis não pedem isto, e sim uma intervenção federal.

Para os manifestantes, a diferença é que, na intervenção militar, generais assumem o Poder Executivo. Na federal, Bolsonaro permaneceria no governo até a realização de novas eleições.

“Deixa o cara fazer a matéria dele. Se ele falar que a gente quer intervenção [militar], a gente entra de novo. Se mentir, não vai trabalhar”, disse um dos manifestantes.

Os atos antidemocráticos em Brasília chegaram nesta terça ao 15º dia. Caravanas gratuitas de pelo menos oito cidades foram anunciadas pelas redes sociais.

Dez ônibus chegaram na manhã desta terça-feira a Brasília. Os manifestantes saíram de Cascavel (PR) e dizem não saber quem bancou a estadia e a alimentação do grupo de cerca de 300 pessoas.

Enquanto a equipe da Jovem Pan era hostilizada, um homem da caravana paranaense disse à Folha que revoluções populares não acontecem sem violência.

Os atos antidemocráticos em Brasília têm sido inflados por caminhoneiros, que foram convocados por empresários do agronegócio para permanecerem em Brasília.

A Folha ouviu relatos de caminhoneiros de Bahia, Mato Grosso e Goiás nos últimos dias. Eles afirmam que todos os custos são pagos pelos patrões. Em alguns casos, caminhoneiros são contratados com carteira assinada, e o salário não sofre mudanças mesmo com eles parados em Brasília.

A manifestação em frente ao quartel-general do Exército em Brasília começou por volta das 8h. O número de manifestante foi aumentando ao longo da manhã, enquanto o tempo era bom.

No entanto, uma forte chuva afugentou grande parte das pessoas presentes por volta das 12h. Eles se refugiaram em baixo de barracas de vendedores ambulantes, tendas ou dentro de seus carros.

No acampamento, desde o dia seguinte a vitória de Lula, houve a distribuição gratuita de café da manhã e almoço.

Quem não queria enfrentar a fila para comer gratuitamente podia escolher entre as diversas opções pagas instaladas no local —além das diversas barracas espalhadas pelo local vendendo pipoca e batata frita, há uma praça de alimentação com espetinho, acarajé e outras opções.

*Com Folha

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Apoie o Antropofagista. Apoie a democracia

Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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Bolsonarismo

Polícia identifica site que organiza e pede recursos para atos antidemocráticos

Página sobre movimento em Goiás tem canais no Telegram, petição para assinaturas pró-golpe e Pix para doações.

Segundo a Folha, um domínio na internet foi identificado pela Polícia Civil de Goiás como um dos organizadores de atos antidemocráticos que pedem um golpe de Estado das Forças Armadas após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

O endereço do site foi identificado pela polícia em faixas distribuídas com os dizeres “Intervention in Brazil” (intervenção no Brasil, em inglês), no acampamento de manifestantes inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) próximo a um quartel militar em Goiânia (GO).

As informações foram enviadas pelo órgão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, no processo em que trata desses protestos.

“Este endereço eletrônico dá acesso a uma página da web, que fornece acessos a grupos em apps [aplicativos] como Telegram, WhatsApp, solicita doações e também fornece informações a respeito das paralisações existentes no país”, diz o documento produzido pela Polícia Civil de Goiás.

O relatório também diz que o local dos protestos em Goiânia tem estrutura montada com banheiros químicos e barracas de suporte que fornecem, de forma gratuita, refeições, águas e refrigerantes.

Ainda de acordo com o documento, o acampamento é coberto por grandes tendas “que servem de abrigo para os voluntários que ali prestam serviços, além dos manifestantes existentes no local”.

“Em tais barracas, haviam cartazes solicitando doações através de Pix, sendo possível levantar informações dos responsáveis pelo recebimento”, relatam os policiais.

A ferramenta eletrônica —identificada com a mensagem S.O.S. Forças Armadas Acampamento Goiás— disponibiliza ao menos 18 canais em que o internauta pode se informar sobre os movimentos antidemocráticos.

No primeiro link, há um mapa com o endereço do acampamento na cidade, seguido por links para dois grupos de articulação no aplicativo de mensagens Telegram.

Também há uma petição online para a coleta de assinaturas pela intervenção, que pede nome e CPF e um link de acompanhamento virtual das manifestações antidemocráticas que bloqueiam vias públicas pelo país

Além disso, há um endereço para uma “vaquinha” para a arrecadação financeira do movimento, com um número de Pix para doações.

“Ajude intervencionistas na porta do quartel para termos banheiro químico, água, comida, para todos. Ajudaremos também os irmãos caminhoneiros”, diz.

Também consta no material um vídeo com uma fala antiga de Bolsonaro para induzir que ele estaria apoiando abertamente os protestos.

No arquivo, o presidente diz: “Pessoal fala que eu devo tomar uma providência, eu tô aguardando o povo dar uma sinalização”. O material é publicado com a legenda: “Ele deu o recado”. É mostrado também o site da produtora de filmes Brasil Paralelo e a página oficial no Instagram do Exército brasileiro.

Em encontro na semana passada com Moraes, procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo disseram ao ministro que integrantes dos atos antidemocráticos fazem parte de “uma grande organização criminosa com funções predefinidas”.

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, disse após a reunião que há um movimento organizado, capitaneado por empresários, para que estas manifestações aconteçam.

Nesta sexta-feira (11), Moraes determinou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Militares dos estados adotem medidas imediatas para a desobstrução de vias públicas bloqueadas por manifestantes bolsonaristas em protestos antidemocráticos.

O ministro também pediu às forças de segurança que identifiquem os veículos responsáveis por estas ações e que seja aplicada multa de R$ 100 mil por hora aos responsáveis.

Os atos continuam. Está prevista para esta terça-feira (15) uma mobilização de caravanas com ônibus de graça até Brasília, anunciadas nas redes sociais e por grupos bolsonaristas para reforçar o protesto antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército.

O objetivo, segundo as convocatórias, é levar um grande público para o QG no feriado da Proclamação da República e inflar as manifestações que já duram mais de dez dias.

Mais de cem caminhões chegaram a Brasília na quarta (9) e outros veículos são esperados até o feriado, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Como mostrou a Folha, empresários de diferentes estados bancaram a ida de caminhões para Brasília para engrossar o protesto em frente ao quartel-general.

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Bolsonaristas que hostilizaram ministros do STF em NY podem até sofrer extradição, dizem advogados

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, os ataques de bolsonaristas aos ministros do Supremo Tribunal Federal no último domingo (13) em Nova York, podem gerar responsabilização criminal. Os ataques podem ser enquadrados pelos crimes de ameaça, perseguição, difamação, calúnia e injúria.

Os advogados explicam que os crimes cometidos por brasileiros fora do território nacional seguem a regra da chamada “extraterritoriedade da lei penal”. Esse princípio autoriza a abertura de investigações e processos no Brasil, mas apenas para crimes passíveis de extradição.

O advogado Giuseppe Cammilleri Falco, do escritório Alamiro Velludo Salvador Netto, reforça que os episódios que se desenrolaram fora do Brasil não estão “isentos” de investigação e processamento pela Justiça brasileira. Ele avalia que os ministros, embora sejam agentes públicos, “detém sua esfera da vida privada” protegida pela legislação penal “como qualquer outro cidadão”.

O criminalista Daniel Allan Burg, sócio do escritório Burg Advogados Associados, acrescenta que a representação criminal exigida no caso não exige “maiores formalidades”. Bastaria que os ministros do STF procurassem a polícia americana para ficar demonstrada a “intenção de ver o autor do fato delituoso processado criminalmente”.

“Os ministros poderão procurar a polícia e/ou autoridades americanas para relatar o ocorrido e provocar o início da investigação sobre os fatos. E, dependendo das condições supramencionadas, o arcabouço probatório será remetido ao Brasil, para que o autor responda por tais atos em solo brasileiro”, afirma.

Os ministros viajaram aos Estados Unidos para participar do “Brazil Conference”, evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais, que debate a democracia e a economia brasileiras.

Na porta do hotel onde os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski estavam hospedados, um grupo de manifestantes com bandeiras do Brasil e cartazes com mensagens antidemocráticas chamaram os ministros de “ladrão, bandido, vagabundo”.

O ministro Luís Roberto Barroso também foi atacado. Ele foi seguido por uma brasileira na Times Square.

“Nós vamos ganhar esta luta. Cuidado! Você não vai ganhar o nosso país. Foge!”, grita a mulher enquanto filma Barroso, que retruca: “Minha senhora, não seja grosseira. Passe bem.”

*Por DCM

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Irregularidade

Na calada da noite, Bolsonaro promove juízes aliados de Moro e Dallagnol para o TRF-4

Tribunal que condenou Lula a jato e o tirou da disputa em 2018 continuará sob influência de agentes públicos que não respeitam princípios básicos da Justiça.

No apagar das luzes, Jair Bolsonaro nomeou 12 desembargadores para o Tribunal Regional Federal da 4a. Região, aquele que condenou Lula num julgamento de rapidez incomum e, com isso, o tirou da disputa eleitoral de 2018, em que era favorito.

Alguns dos nomes escolhidos apareceram em mensagens acessadas por Walter Delgatti Neto como preferidos por Deltan Dallagnol para suceder Sergio Moro, quando este deixou a magistratura para servir ao governo Bolsonaro, que ajudou a eleger.

Deltan Dallagnol era na época (janeiro de 2019) coordenador da Lava Jato e, em áudio e mensagens escritas, dizia quem não poderia assumir. O nomeado foi Luiz Antonio Bonat, uma das opções do então procurador, hoje deputado federal eleito.

Bonat é um dos juízes que foram agora promovidos para o Tribunal Regional Federal da 4a. Região.

Além de Bonat, foram para o TRF-4 Alexandre Gonçalves Lippel; Hermes Siedler Júnior; Eduardo Vandré Garcia; Marcelo Malucelli; Marcelo de Nardi; Altair Antonio Gregório; Loraci Flores de Lima; Gisele Lemke; Eliana Paggiarin Marinho; e Ângelo Roberto Ilha da Silva, além de Ana Cristina Ferro Blasi, advogada indicada pela OAB que tinha como padrinho o senador Jorginho Melo, eleito governador de Santa Catarina.

Marcelo Malucelli era diretor do Fórum da Justiça Federal em Curitiba e atuou nas articulações de Deltan Dallagnol.

Malucelli teria consultado o juiz Bonat sobre o interesse deste de assumir o lugar de Moro. Ele teria respondido que não tinha interesse, e nesse caso a escolha, por antiguidade, recairia sobre alguém que não dispunha da confiança de Dallagnol.

Bonat, como se sabe, acabou mudando de ideia.

Além de Bonat e Malucelli, Loraci Flores de Lima também tinha a confiança da Lava Jato. Ele é irmão do delegado da Polícia Federal Luciano Flores, que comandou a operação de busca e apreensão na casa de Lula, em março de 2016, e também chefiou o inquérito onde foram realizadas as escutas telefônicas ilegais do escritório dos advogados de Lula, e uma conversa privada de Marisa Letícia foi interceptada e divulgada.

A juíza Gisele Lemke, agora desembargadora nomeada, foi citada em um áudio de Deltan Dallagnol compartilhado no grupo Filhos de Januário 3.

Gisele fez consultas para tentar afastar da disputa pela vaga de Sergio Moro o juiz Julio Berezoski Schattschneider, que Dallagnol considerava “péssimo” para os interesses da Lava Jato.

Com isso, houve pressão para que Luiz Antonio Bonat, o mais antigo, se inscrevesse e não desistisse. Bonat foi promovido agora, Julio não. Graças à caneta de Jair Bolsonaro, no apagar das luzes do governo.

O TRF-4, que já enfrentou denúncias pesadas de corrupção, quando a segunda turma foi acusada de blindar sonegadores, entre eles a empresa de Luciano Hang, continuará sob influência de agentes do sistema de justiça que, comprovadamente, violaram o princípios básicos do Judiciário, como o do juízo natural e da inocência até prova em contrário.

Tribunal que tem amigos ou inimigos não é justiça. O TRF-4 deve continuar sob os olhares atentos de quem ama a justiça a rejeita a indecência.

*Joaquim de Carvalho/247

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