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Cresce movimento evangélico contra Bolsonaro: “Permitiu a morte de mais de 500 mil irmãos”

Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro afirma que o “bolsonarismo cria uma religiosidade mentirosa”.

Evangélicos de todo o Brasil lançaram nesta quinta feira (22) um manifesto contra a “política de morte” do presidente Jair Bolsonaro. O documento é assinado por 37 entidades religiosas.

Compõem o movimento, grupos que resistem ao retrocesso que o país atravessa desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016 – como a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito – e outros, que vêm aderindo à Coalizão Evangélica contra Bolsonaro, na medida em que evolui a crise, sanitária, social, política e econômica do país.

“Bolsonaro não tem ideia do que seu negacionismo causou na base da fé cristã, dos protestantes, o que deve ter acontecido com católicos e espíritas”, diz o pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente.

A realidade associada à tragédia que se aproxima de levar cerca de 540 mil brasileiros à morte é impossível de ser negada. O combate de Bolsonaro a medidas simples, mas fundamentais, como uso de álcool em gel, máscaras de proteção, distanciamento social, e até mesmo às vacinas, foi seguido por milhões de evangélicos, e o resultado catastrófico se abateu sobre eles.

“A proporção de evangélicos [entre 25% e 30% da população brasileira] que morreram é muito grande. Muitos pastores cooperaram com o negacionismo de Bolsonaro. As pessoas o apoiaram na prática, foram a movimentos, cultos, encontros. Mas então começaram a ser assaltadas pela realidade”, diz Ramos. “O tio, a avó, o avô, parentes começaram a morrer.”

Mas não apenas isso. Houve um templo, conta o religioso, que perdeu seus cinco pastores para a covid-19 de uma única vez. “As pessoas dormiram com cinco pastores liderando uma grande comunidade e acordaram com os cinco mortos. Isso causa um impacto emocional que não se mede por estatísticas, (isso) criou marcas profundas.”

Segundo avaliação de Ramos, presbítero da Comunidade Cristã Reformada em São Paulo, após a explosão da pandemia e “a debacle nacional” – desemprego, crescimento da fome etc. – , os evangélicos começaram a abandonar o barco bolsonarista. “Começou no povo, e foi chegando aos pastores. A adesão de pastores (ao “Fora Bolsonaro”) é cada vez maior.”

Crise de fé

Os efeitos perversos causados por Bolsonaro com seu negacionismo transcendem a própria realidade concreta (e perversa). A aliança entre pastores e o presidente, a pregação de que as pessoas podiam desprezar máscaras e demais cuidados, porque “não vai acontecer nada”, provocou uma crise de fé.

Graças ao negacionismo, as mortes se alastraram entre as comunidades evangélicas, e as pessoas começaram a se perguntar? “’Por que aconteceu comigo, com o pastor, com meu tio? Nós não tivemos fé?’ Então precisamos dizer às pessoas que não tem nada a ver com fé, tem a ver com descuido, irresponsabilidade, pandemia, contaminação”, diz o pastor.

Por tudo isso, na opinião de Ariovaldo Ramos, a credibilidade de Bolsonaro entre os cristãos, e não apenas os evangélicos, não tem como ser recuperada. As informações de que ele não só não comprou a vacina, como trabalhou para disseminar o vírus e pela homicida tese da imunização de rebanho se tornaram reais pelos fatos em si, indesmentíveis.

Estatisticamente, cada família brasileira tem alguém próximo, senão dos círculos próximos, que veio a falecer, ou foi infectado gravemente, teve sequela etc. Esse impacto, por motivos óbvios, vem sendo devastador entre os religiosos que seguiram as “recomendações” do chefe de governo. “Duvido que Bolsonaro consiga convencer as pessoas do contrário do que já está claro. Um ou outro pode ser assaltado pela dúvida, mas um refluxo não vai acontecer”, prossegue o religioso.

No Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro, os evangélicos afirmam que o “bolsonarismo cria uma religiosidade mentirosa que nada tem a ver com o verdadeiro Evangelho, causando perversão e idolatria cega, além de uma ignorância negacionista, tanto da ciência como dos ensinamentos libertadores e verdadeiros de Jesus Cristo”.

“Enquanto, nos Evangelhos do Novo Testamento, encontra-se a valorização da vida e da dignidade humana, a cura de enfermos e a multiplicação dos pães e peixes, no governo de Jair Bolsonaro há “um agir maligno, que já permitiu a morte desnecessária de mais de meio milhão de irmãos e irmãs”, diz o documento.

Esse comportamento se materializa na rejeição de dezenas de e-mails da Pfizer, na negação do auxílio emergencial de R$ 600 e, ao mesmo tempo, na concessão de bilhões de reais a políticos via emendas parlamentares. “A nossa fé não combina com um governo que, como disse Jesus, se assemelha à face do mal – que veio para matar, roubar e destruir (João 10:10)”, diz a coalizão evangélica.

Leia a íntegra do Manifesto da Coalizão Evangélica contra Bolsonaro neste link.

Assinam o documento:

Aliança de Batistas do Brasil – ABB @aliancadebatistas
Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil (ANNEB)
Coletivo de Mulheres das Organizações Religiosas do Distrito Federal (COMOR-DF)
Coletivo Esperançar @esperancar
Cristão contra fascismo @cristaoscontraofascismo
Cuxi Coletivo Negro Evangélico @cuxicoletivonegroevangelico
Evangélicas Pela Igualdade de Gênero @mulhereseig
Evangelicxs pela Diversidade @evangelicxs_
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito @frentedeevangelicos
Frente Evangélica Pela Democracia no Maranhão
Frente Evangélica pela Legalização do Aborto @evangelicaspelalegalizacao
Frente Evangélica Socialista
Movimento Negro Evangélico @mnebrasil
Movimento Pela Bancada Evangélica Popular – @bancadaevangelicapopular
MOSMEB – Movimento social de Mulheres Evangélicas do Brasil @mosmebrasil
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT @evangelicosptoficial
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT AM
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT BA @nept.ba
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT DF @NEPTDF
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT MA
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT MG @NePTMG
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT PB
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT PR @neptpr
Núcleo de Evangélicos e Evangélicos do PT RN
Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT SC @evangelicxdoPTSC
Paz e Esperança Brasil @pazesperancabr
Plataforma Intersecções @interseccoes
Rede Fale @redefale
Revista Zelota @revistazelota
Rede de Mulheres Negras Evangélicas @redenegrasevangelicas
Igreja Batista do Caminho @ibcaminho
Comunidade Cristã na Zona Leste @cczl_oficial
Igreja Cristã Redenção Baixada @icredencao
Nossa Igreja Brasileira @nossaigrejabrasileira
Refugo – @refugobrasil
Comunidade Batista do Caminho – Campina Grande/PB comunidadedocaminhocg
Igreja Evangélica Maravilhosa Graça / MA

*Com informações do Brasil de Fato

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Política

Não há um único comandante militar de alta patente que não enxergue Braga Netto como um pulha metido em coturnos

É fundamental a leitura do artigo abaixo de Luis Costa Pinto publicado no Plataforma Brasília

Vicejam em Brasília, nesse breve interstício legislativo de duas semanas, as flores do recesso. Esquisitas, cônicas, de coloração arroxeada, constituídas por camadas rugosas que se sobrepõem, são flores de bananeira. Nada surpreendente. Afinal, estamos a viver a recidiva do câncer institucional que é a presença dos toscos, rudes e despreparados militares brasileiros na vida política nacional. Eles agem, como sempre, para não nos deixar esquecer: o Brasil é uma República de Bananas.

Um cacho frondoso e promissor do bananal brasiliense surgiu na palmeira do Senado e projeta sua sombra na direção da Praça dos Três Poderes com o bico – ou “umbigo de banana” – apontando para o Palácio do Planalto. A nomeação do senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP, constitui-se num ardil de inteligência política do qual a balbúrdia que é o governo Jair Bolsonaro já não parecia capaz de executar. Nogueira é um dos mais hábeis parlamentares em atividade, mestre na arte de ouvir a todos e só falar o estritamente necessário – e, sempre, alinhando o tema com seus interesses pragmáticos.

De quando em vez, a consistência gelatinosa da conversa de Ciro Nogueira irrita quem vê a política como a arte de defender ideias e lutar por um projeto de País. Contudo, não se pode negar que ela seja eficaz para aqueles que usam os frutos já passados para mexê-los em tachos de cobre sobre fogo brando a pingar o limão das ameaças de retrocesso e misturar o açúcar das verbas orçamentárias manipuladas com escassa transparência e dali produzir uma geleia destinada a conservar por mais tempo a ilusão de que no pote há frutas.

Instalado na Casa Civil, o senador piauiense seguirá dando a Bolsonaro a ilusão de que há um governo dele no Palácio do Planalto. Mitômano, dado a crer nas mentiras e boçalidades que cria em escala industrial, o cretino patológico instalado no Palácio do Planalto acreditará nisso até o momento em que lhe for confortável dizer-se tragado e derrotado pela “velha política”. Quando isso acontecer – e não é uma questão de “se”, mas de “quando”, como diria o idiotizante rebento presidencial apelidado de 03 – Bolsonaro cumprirá sua sina de Jânio Quadro redivivo e alegará que forças ocultas o levam à renúncia.

Posto que a História tende a se repetir como farsa depois da tragédia, e porque o calendário já estará avançado, a renúncia poderá ser limitada ao anúncio da decisão de não concorrer à reeleição e negociar com o trade institucional – Congresso, Judiciário, o novo governo que virá – punições brandas para o rol de crimes que cometeu com a cumplicidade coatora dos filhos e dos comparsas fardados. Evidentemente, tendo chegado a tal ponto o cenário, só haverá uma biografia capaz de restaurar o eixo que conectam o Brasil às engrenagens funcionais de um Estado-Nação: a do ex-presidente Lula.

Tendo considerado, já, o petista como “o melhor presidente da História”, como registra gravação de 2017 feita ao jornal Meio Norte, de Teresina; e sendo considerado por ele “um grande amigo”; eis que emergirá o papel reservado pelo acaso a Ciro Nogueira: o de fiador de alguma tranquilidade institucional na transição do desastre da aventura bolsonarista para a única saída que honrosa que a Democracia e a esperança brasileiras têm hoje – o terceiro mandato de Lula, desta feita convertido no construtor da pacificação e da reconciliação nacionais.

Mas, se a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil é flor promissora do recesso no bananal da Capital da República, a inacreditável revelação pelo jornal O Estado de S Paulo das ameaças golpistas feitas pelo ministro da Defesa Braga Netto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, assemelha-se àquelas pencas de frutos que apodrecem no cacho. E fedem. Chamei de inacreditável a reportagem publicada pelas repórteres Vera Rosa e Andreza Matais porque todo o enredo é pouco crível e isso não tem nada a ver com elas. Há, nesse caso, orelha de porco, rabo de porco, nariz de porco. Ou seja, foi uma operação porca. No comando da pocilga que só completa a paisagem do bananal brasileiro, dois porcos: o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o general-de-pijama Braga Netto.

A “Operação Porcaria” usou a larga reputação, experiência e correção profissional das jornalistas do Estadão para disseminar um roteiro falso. Uma “fonte confiável” procura uma dupla de profissionais ilibada e conta em off um arreganho antidemocrático de um leitão bochechudo que se crê javali: o ministro da Defesa teria mandado um recado ao presidente da Câmara advertindo-o que a ausência de voto impresso (e manipulável, corruptível, comprável, como acontecia no Brasil antes das urnas eletrônicas) inviabilizaria a eleição em 2022. Não há um único comandante militar de alta patente que não enxergue Braga Netto como um pulha metido em coturnos. Logo, ele não tem força para tal ameaça.

fações com o suposto chefe do ministro da Defesa, o boçal Bolsonaro, e contra advertir de que o Parlamento não toleraria uma ameaça daquele calibre à Democracia e ao instituto sagrado das eleições.

O figurino de defensor da Democracia e das instituições não combina com o perfil tosco, grosseiro, arrivista e voluntarioso de Arthur Lira – e é dessa forma que ele exerce o poder, manipulando o Orçamento da União e os cargos de livre provimento da administração pública, a partir da cadeira de presidente da Câmara.

Por outra, se há um grupelho golpista nas Forças Armadas liderado pelo ministro da Defesa que teria tido a ousadia de passar o recado acanalhado a Lira, de acordo com a versão plantada em O Estado de S Paulo, haveria uma ala “democrática” entre as lideranças militares para conter Braga Netto. Criar essa impressão – a de que há democratas dentre os comandantes militares que servem a Bolsonaro – e objetivo secundário, mas, não acessório, do semeador de flores de recesso na Esplanada dos Ministérios.

As jornalistas, posto serem profissionais decentes e corretas, confirmaram as ameaças com alguns dos emissários e receptores da advertência despropositada de Braga Netto e publicaram a história que tinham. Publicado na madrugada desta quinta-feira, 22 de julho, o veneno saiu do controle dos alquimistas tresloucados que urdiram a “Operação Porcaria” e não houve saída a não ser assistir aos patéticos desmentidos de Lira, Braga Netto, Bolsonaro… e à confirmação da autoridade democrática e republicana do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, para quem, acoelhados e acadelados, o ministro da Defesa e o presidente da Câmara apressaram-se em telefonar logo cedo a fim de desmentir a história que criaram, disseminaram e criam ser capaz de dar a eles maior amplitude e espectro de poder. Foram humilhados.

Se bananeira que deu cacho – mesmo podre – não serve mais para nada, que seja extirpada do bananal. É esse o fim que deve ser dado a Braga Netto a seus roncos rotos na pocilga do Planalto. Já a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil ainda é flor do recesso a ser observada com cautela. De suas bananas podem fazem marmelada.

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Política

Depois de se vender como ‘nova política’, Bolsonaro diz que é centrão desde criancinha

O discurso que Bolsonaro utilizou para consumo eleitoral e, covardemente, para fugir do debate, era que ele, a partir de “valores morais” estava completamente afastado da suposta velha política.

Essa foi a maneira que ele encontrou de se refugiar com um autoelogio de um debate efetivamente político.

O principal inimigo de Bolsonaro era o PT, porém, usou o centrão como exemplo de precariedade ética, mesmo sendo eleito deputado pelo PP, quando se candidatou à presidência da República, mas dizendo que, apesar disso, não cheirava igual aos políticos dos partidos do centrão.

Mas que ele sim, tinha uma boa causa para o país em busca de prosperidade, reduzindo ao máximo qualquer influência política na escolha dos quadros do seu ministério que, segundo ele, além de terem uma moralidade inabalável, seus ministros teriam uma capacidade técnica que os permitiriam assumir os referidos ministérios.

Na verdade, Bolsonaro veio de um gueto político, para ser mais explícito, de uma rapa do tacho do próprio centrão, o centrão que, agora, o mesmo Bolsonaro usa como escudo de seu mandato, pois do contrário, cai.

E aonde foi parar aquele discurso cheio de princípios contra o centrão? Desapareceu, pior, Bolsonaro multiplicou a importância do centrão para saúde da vida nacional e disse que, mais do que essa aliança, ele, originalmente, é do centrão.

Nada como um dia após o outro para se ver o que as cartas reservaram para os hipócritas.

Bolsonaro, com essa declaração dada hoje, confessa-se incapaz de fazer qualquer coisa para salvar o seu mandato sem a muleta do centrão, apoio que naturalmente vai lhe custar ainda mais caro. Afinal, poucos conhecem tão bem quanto ele como é feito o cálculo político dentro do centrão.

Como a sua continuação na cadeia da presidência está ainda mais subordinada ao centrão, porque não tem condições de continuar a caminhar sozinho, por total falta de apoio político, Bolsonaro que entregou os anéis, os dedos e terá que entregar a partir de então, as mãos, os braços e as pernas para não perder a cabeça.

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Braga Netto faz pronunciamento negando golpismo

A repercussão negativa provocada pela matéria do Estadão em que Braga Netto ameaça não ter eleições em 2022 se não tiver voto impresso e auditável, resultou numa explosão de críticas e reações indignadas nas redes sociais, assim como na mídia em geral e também em todo o meio político.

Hoje, não cabe na cabeça de nenhum brasileiro com o mínimo de consciência política qualquer coisa que não seja democracia.

O fato é que, logo cedo, o ambiente político azedou com esse debate amesquinhado sobre as urnas eletrônicas e a questão central foi, segundo o Estadão, a declaração golpista de Braga Netto.

Seja como for, o governo cada vez mais carente de apoio político, seja da população, seja do Congresso, uma fala autoritária só agravaria perigosamente a situação do próprio Bolsonaro, que já tem na estrutura do seu governo uma colcha de retalhos de um presidente que luta para não cair e não ter que responder por cada um dos processos que certamente virão sem a máquina nas mãos.

O Brasil, hoje, percebe que precisa se organizar dentro das regras da democracia para se criar um ordem nacional que ponha novamente o país de pé para, finalmente, sequer imaginar um discurso que não seja o respeito às instituições e que o povo brasileiro exerça o papel central de escolher seus governantes.

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Bolsonaro usa seus generais pra roncar grosso contra a democracia, enquanto fala fino com o centrão

Bolsonaro, não satisfeito em usar Mourão para resolver uma pendenga da Universal em Angola, viagem que foi absolutamente inútil, antes usou Braga Neto para animar seu gado e dizer que, se não houver voto impresso e auditável, não haverá eleição em 2022.

Esse ato mostra o desespero de Bolsonaro, afinal, mesmo arrotando valentia contra as pesquisas, ele sabe que a pior das notícias é que 47% dos que votaram nele não pretendem repetir a escolha em 2022, segundo o PoderData, o que é trágico para Bolsonaro.

Para piorar, o mesmo PoderData mostrou ontem que a farsa do cocô que quis requentar a facada comédia de Adélio não só não surtiu o menor efeito em benefício de Bolsonaro, como fez crescer ainda mais a sua rejeição, batendo recorde sobre recorde de repulsa da sociedade.

Enquanto isso, o centrão mete um 7 a 1 no lombo do genocida, mostrando que o general Heleno (o que cantou “se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”) é um tremendo de um frangueiro.

Agora, vem a notícia de que no último dia 8, Bolsonaro usou Braga Neto para soltar um pombo para Arthur Lira e animar o pasto, que se a eleição não for como ele quer, ela não acontecerá.

Depois disso, no desfecho final de sua fragilidade, Bolsonaro chuta a bunda de um general que estava na Casa Civil para entregá-la ao presidente do PP, Ciro Nogueira, deixando claro que quem manda na coisa toda é o centrão.

Seus generais são meros soldadinhos de chumbo do clã. Isso significa que Bolsonaro não sonha com o golpe? É óbvio que não, mas um presidente que deixa o centrão fazer barba, cabelo e bigode no seu governo, não tem musculatura política sequer para segurar um estilingue, que fará uma baioneta.

A tendência, com essa descarada entrega da rapadura para o centrão, é ele perder ainda mais gordura dentro do seu próprio pasto.

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Centrão fez barba, cabelo e bigode no governo Bolsonaro e esvaziou o já murcho poder do mito

O centrão não perderia a oportunidade de montar no cavalão selado passando na sua frente.

Como bem disse Luis Nassif, Bolsonaro entregou os anéis e os dedos e teve que atropelar o segundo general de seu governo praticamente na mesma semana. O primeiro foi Mourão que cumpriu o papel de office boy de Edir Macedo em sua ida à Angola e, agora, o general Ramos.

Com isso, as Forças Armadas, mesmo negando participar do governo, perdeu uma pasta considerada a mais estratégica, a Casa Civil.

Mas Bolsonaro sabe que hoje, para sua cabeça ficar em cima do pescoço, depende muito mais do bloco de centrão do que dos militares e desancou o general para colocar no lugar o presidente do PP que, pra quem sabe ler, o pingo é letra, o que está escancarado nas quatro linhas da política, quem dá as cartas não é quem tem o controle das armas, mas do Congresso.

O centrão não quer governar, mas promover seus quadros a partir das generosas verbas destinadas a seus quadros, e Bolsonaro é que se vire para colocar nos trilhos o trem descarrilado e sem ladeira abaixo.

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Eliane Cantanhêde, a invertebrada da GloboNews

A inacreditável Cantanhêde deu uma pirueta retórica que nem o maior contorcionista se atreveria.

Na esteira da eterna tucana Vera Magalhães, a não menos tucana Eliane Cantanhêde lançou uma das teses mais comédias da história das eleições que já ocorreram na humanidade.

Segundo a circense comentarista da GloboNews, quanto mais Lula cresce, melhor fica para Bolsonaro. Ou seja, ela teoriza que o pior, é melhor para Bolsonaro.

Nem as teorias de Marcelo Tas chegam a tanto.

Diria mais. Até Augusto Nunes ficou no chinelo pra Cantanhêde. E olha que Augusto Nunes é aquele que disse que, pelo tom da pele, percebeu que Onix falava a verdade quando contou aquela última gigantesca mentira para rebater a CPI.

O nome disso que Cantanhêde protagonizou, sem explicar sua tese tosca, chama-se desespero dos terceira via.

Até a turma da terra plana deve ter dado gargalhada quando viu a genial comentarista soltar a pérola no programa “GloboNews em pauta”.

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Vídeo: Milton Santos – Por uma outra globalização

O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte.

O cineasta conheceu Milton Santos em 1995, e desde então tinha planos para filmar o geógrafo. Os anos foram passando e, somente em 2001, Tendler realizou o que seria a última entrevista de Milton (que viria a morrer cinco meses depois). Baseado nesse primeiro ponto de partida o documentário procura explicar, ou até mesmo elucidar, essa tal Globalização da qual tanto ouvimos falar.

É fundamental assistir:

*Da redação

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Bolsonaro, ao entregar seu governo ao Centrão, promove o autoimpeachment

Bolsonaro, ao entregar a Casa Civil a Ciro Nogueira (PP), mais propriamente ao centrão, promove uma espécie de autodestituição.

É certo que Bolsonaro, quando se candidatou à presidência da República, cumpria seu mandato de deputado federal eleito pelo PP. Como o PP foi o partido mais denunciado pela Lava Jato, a estratégia foi fazer de conta que Bolsonaro ficou no partido durante dez anos, chegando ao ponto de ser atacado por uma paródia feita pelo general Augusto Heleno, “se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”, fazendo alusão a uma quadrilha, tentando construir uma cortina de fumaça para não associar Bolsonaro a sua eterna casa política.

Afinal, Bolsonaro se vendia, podem rir, como o único candidato capaz de varrer a corrupção do país.

Agora, o mesmo Bolsonaro entrega ao PP o ministério mais estratégico do governo, a Casa Civil, deixando claro que teve que engolir o que vomitou contra o PP, porque não tem escolha, já que, para ao menos permanecer na cadeira da presidência como uma múmia, uma espécie de rainha da Inglaterra, terá que se submeter ao real dono da moradia, o centrão.

Isso também não deixa de ser uma pá de cal em Moro e numa boa parcela da mídia que, frequentemente, dizem que a Lava Jato foi um divisor de águas no Brasil no combate à corrupção. Então, pensa-se, grande divisor de águas! Um partido com a maior quantidade de políticos denunciados pela Lava Jato assume os assentos centrais do governo do mesmo Bolsonaro que, na fraude montada com Moro, colocou o ex-justiceiro de Curitiba nas pastas da Justiça e Segurança Pública como recompensa por ter tirado Lula da disputa eleitoral, condenando-o sem provas à prisão.

Não há mais nada a acrescentar, essa imagem é autoexplicativa e representa com fidedigna precisão o autoimpeachment de Bolsonaro, justamente porque o Congresso, que é dominado pelo centrão, tem literalmente Bolsonaro nas mãos, tal o acúmulo de crimes e, consequentemente, a pilha de pedidos de impeachment em função de sua folha corrida.

A CPI deu um mata-leão em Bolsonaro, este é o ponto central, revelando seus crimes, e certamente revelará muito mais. Sabendo disso, ele está se armando para se manter na presidência e não ser preso.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Ciro Nogueira, novo ministro da Casa Civil, chama Bolsonaro de fascista e que Lula foi o maior presidente da história

“Ele tem um caráter fascista, preconceituoso”, afirmou Ciro sobre Bolsonaro. “É muito fácil você ir para a televisão dizer que vai matar bandido”,

Ao fazer referência a Lula, o senador afirmou que o petista foi “o melhor presidente da história desse país, principalmente, para o Piauí e para o Nordeste”. “Não me vejo votando contra o Lula por tudo o que ele fez, tudo o que ele tirou de miséria do povo”.

Assista:

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