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A mídia, com seu antilulismo, não esconde o ranço com os pobres

Na mídia, uma coisa é unânime, Lula é culpado por qualquer coisa, mesmo Dallagnol afirmando em seu powerpoint que não tinha provas de crimes contra Lula e, por conseguinte, não apresentou nenhuma prova a Moro.

Moro, por sua vez, não tendo como apresentar provas, condenou Lula por Ato de Ofício Indeterminado, o que em bom português quer dizer: eu não tenho provas de corrupção contra Lula.

Mas para a mídia isso não importa, o que importa é que Lula é corrupto porque é Lula. E ela não tem outra saída por total falta de competência para, na bola, fazer campanha para a direita.

Não por acaso, a mídia, historicamente, sempre esteve do lado oposto ao dos trabalhadores, dos pobres e dos miseráveis, dessa gente que vota em Lula.

Aliás, Lula é chamado de populista por essa mesma mídia, porque para essa mídia de banco, pobre poder se alimentar de forma digna e criança pobre não morrer por desnutrição, é populismo.

O Brasil não construiria uma histórica desigualdade social sem o auxilio implacável da mídia brasileira tão medíocre, fria, inculta e antinacional quanto a elite tropical.

Não foi sem motivos que ajudou diretamente a eleger o genocida que já devorou mais de 270 mil vidas no Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dilma sendo Dilma: Folha comete mais um crime de falsificação da história

A ex-presidente Dilma Rousseff faz uma dura crítica ao editorial da Folha de S.Paulo que, nesta quinta-feira (11), pediu pressa nos demais julgamentos contra o ex-presidente Lula. Em nota, ela afirmou que a Folha “falsifica a história”, “ansiosa para tentar manter de pé algo que possa servir à sua obsessão antipetista”.

Dilma ressalta que o jornal faz uma “falsa simetria” ao comparar a declaração de Romero Jucá em março de 2016, relacionada ao seu impeachment e à Operação Lava Jato – “estancar essa sangria, com o Supremo, com tudo” – com os julgamentos de hoje que tentam reparar as injustiças contra o ex-presidente Lula, fazendo uma reparação do Estado Democrático de Direito.

Leia a íntegra:

EDITORIAL DA FOLHA FALSIFICA A HISTÓRIA

Ansiosa para tentar manter de pé algo que possa servir à sua obsessão antipetista, mesmo diante do extenso rol de crimes cometidos por Sérgio Moro e pela Lava Jato, hoje em processo de identificação e condenação pelo Supremo, a Folha produz mais um de seus editoriais falsificadores da história – uma especialidade que cultua e preserva com afinco.

A certa altura, expõe uma de suas típicas pérolas de desonestidade intelectual e de impostura histórica, comparável à famosa e infame ficha falsa do Dops, ao afirmar:

“Os casos em que juízes e procuradores tenham agido contra a lei devem obviamente ser anulados, uma exigência básica do Estado de Direito. Mas é preciso cuidado para não transformar os reparos necessários no célebre plano do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) —’estancar essa sangria, com o Supremo, com tudo'” [grifo meu].

É um argumento fraudulento, para dizer o mínimo. A Folha sabe, e tinha o dever de lembrar seus leitores, que a frase do então senador Jucá, gravada com autorização judicial, fazia parte de um diálogo no qual defendiam a destituição de uma presidenta da República eleita democraticamente e avessa à corrupção, justamente para que, uma vez que me tivessem destituído, pudessem conter as investigações sobre os malfeitos por meio dos quais eles e seus parceiros continuariam enriquecendo indevidamente. Essa frase é a senha do impeachment sem crime de responsabilidade, que resultará, ao final, na prisão de Lula e na eleição de Bolsonaro. A Folha tentou até se antecipar ao processo de impeachment, cobrando minha renúncia, antes mesmo da votação ser pautada. Não pode, hoje, esconder que sabia que seriam “os estancadores de sangria” que me sucederiam, com o governo Temer.

A Folha confia na suposta falta de memória de seus leitores. Por isto, acredita que pode publicar, mais uma vez, um editorial que tenta reler a história e reescrevê-la ao seu bel prazer e segundo seus interesses – mesmo uma história tão recente. Fabrica, no editorial de hoje, uma inversão da verdade.

ão há absolutamente nenhuma similaridade entre a frase de março de 2016, que propôs “estancar a sangria” para proteger os corruptos que, para isto, conspiravam para derrubar uma presidente honesta, e os julgamentos deste momento, que são rigorosamente legítimos e constitucionais e pelos quais o STF submete ao escrutínio de seus ministros as ilegalidades, os abusos e os crimes cometidos pela Lava Jato. O que o STF julga hoje, na prática, é o conluio firmado entre um juiz e um grupo de procuradores para fraudar o estado democrático de direito, manipular investigações e condenar um inocente sem provas, causando a destruição da normalidade institucional e a degradação da democracia. O que está para ser contido, na verdade, é um dos maiores escândalos judiciais da história brasileira. Não se trata de meros “reparos necessários”, trata-se de restaurar a imparcialidade da justiça, de preservar o devido processo legal, de proibir o uso do sistema judiciário para condenar e prender um líder político para viabilizar a eleição de um genocida. Enfim, está em questão o Estado Democrático de Direito.

A Folha prova, e não é a primeira vez que o faz, assim como uma parte poderosa da imprensa brasileira, que falsas simetrias podem ser usadas para falsificar a história, esconder a verdade e enganar a opinião pública.

Felizmente, a verdade acaba prevalecendo e os falsificadores da história não passarão.

DILMA ROUSSEFF

*Com informações do 247

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Gilmar Mendes poderá se tornar novo relator dos próximos pedidos de suspeição contra Sergio Moro

Caso o voto do ministro se torne vencedor na Segunda Turma, ele assumiria o caso e poderia decidir individualmente sobre novas anulações na Lava-Jato.

Caso o julgamento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declare a suspeição do então juiz Sergio Moro nas ações contra o ex-presidente Lula, o ministro Gilmar Mendes poderá se tornar o novo relator deste caso e concentrar sob sua responsabilidade todos próximos pedidos de anulação de investigações da Lava-Jato de Curitiba com base no argumento da suspeição. Isso significa que Gilmar poderá decidir individualmente paralisar ou anular outros casos da Lava-Jato, sem prazo para levar a discussão à Segunda Turma.

Esse cenário foi apontado por fontes do STF e investigadores do Ministério Público Federal ouvidos pelo GLOBO, com base no regimento interno da corte. De acordo com essas fontes, o ministro responsável pelo voto vencedor assume a relatoria do processo em julgamento. Como, neste caso, foi Gilmar Mendes que abriu a divergência, ele se tornará o relator deste habeas corpus específico da defesa do ex-presidente Lula, mas novos réus poderão pedir diretamente a Gilmar o reconhecimento da suspeição de Moro em seus casos.

Na avaliação de uma dessas fontes, o julgamento teria “efeito multiplicador” para anular uma infinidade de investigações da Lava-Jato, com consequências imprevisíveis. Isso porque parte dos argumentos apresentados por Gilmar, de que o juiz Sergio Moro agiu de “conluio” com a força-tarefa e de que se considerou “ofendido” pelos defensores, pode ser repetido por outros alvos da operação.

Esses alvos também poderiam recorrer aos supostos diálogos obtidos por um ataque hacker para solicitar a suspeição em outros casos, já que o próprio ministro Gilmar utilizou esse material em seu voto e será o relator dos futuros pedidos.

Foi uma situação análoga à que ocorreu em relação ao ministro do STF Ricardo Lewandowski. Durante um julgamento em agosto do ano passado de recurso da defesa do ex-presidente Lula para obter acesso aos sistemas da empreiteira Odebrecht, foi do ministro Lewandowski o voto vencedor e Fachin perdeu a relatoria sobre este assunto. Por isso, ele acabou se tornando relator em um novo pedido da defesa de Lula para ter acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing, o que foi concedido pelo ministro.

O julgamento, que por enquanto está empatado em dois votos a dois, não tem data para ser retomado. O ministro Nunes Marques pediu vista durante a sessão, mas sinalizou a interlocutores que não pretende demorar na sua análise. Depois disso, é possível que o plenário do STF tenha que se pronunciar sobre a legalidade desse julgamento. Isso porque o ministro Edson Fachin, quando proferiu decisão na segunda-feira anulando as condenações de Lula, havia declarado que o processo da suspeição perdeu o objeto. Ainda assim, Gilmar decidiu colocá-lo em votação. Fachin submeteu ao presidente do STF uma questão de ordem para decidir se o julgamento era possível.

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Zé Dirceu é aplaudido por enfermeiros e funcionários do SUS na hora da vacinação

O ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado federal José Dirceu (PT), 74 anos, foi aplaudido por enfermeiros e outros funcionários durante a vacinação contra a Covid-19 na manhã desta quinta-feira (11). O petista participava de transmissão ao vivo no Fórum Onze e Meia quando recebeu a dose.

Dirceu foi imunizado dentro do carro. Enfermeiros e demais funcionários que acompanharam a aplicação da dose no braço do ex-ministro celebraram a imunização. “Viva o SUS” e “fora, Bolsonaro” foram alguns dos comentários dos profissionais.

“A alegria das enfermeiras!”, comentou o petista. “O grito de guerra aqui é ‘fora, Bolsonaro’. Todo mundo gritando, as enfermeiras, os técnicos, é o Brasil gritando ‘chega’”, afirmou Zé Dirceu.

“Esse é o sinal dos tempos, o Brasil vai se levantar contra Bolsonaro. O fim da história do Brasil não é Bolsonaro”, completou o ex-ministro.

Segundo o último balanço realizado pelo consórcio de imprensa, 9.013.639 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19 no Brasil. O número representa 4,26% da população brasileira.

*Com informações da Forum

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Pandemia completa um ano com Brasil como nova ameaça global

No dia 11 de março de 2020, depois de sofrer forte pressão por parte do Ocidente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cedeu e reconheceu que o mundo vivia uma pandemia da covid-19. Por semanas, a entidade havia evitado classificar a crise dessa forma, num gesto que até hoje é alvo de questionamentos internacionais.

Se a OMS havia sido alertada no último dia de 2019 sobre o surto em Wuhan, um debate intenso nos bastidores se armou nas semanas seguintes sobre como agir diante da China. Preocupada em tentar garantir acesso ao país, a direção da OMS escolheu um caminho diplomático.

Não haveria acusação contra Pequim e todas as decisões seriam tomadas de forma conjunta. Tampouco haveria uma decisão da agência de recomendar suspensão de viagens para a China.

Hoje, as investigações internas já falam abertamente: tanto a China como a OMS fracassaram e, ao arrastar o pé por semanas, permitiram que o vírus se espalhasse pelo mundo globalizado.

Ainda em fevereiro de 2020, após uma coletiva de imprensa, eu e uma jornalista sueca perguntamos ao diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, se vivíamos uma pandemia. Ele nos olhou de forma fixa e manteve um silêncio revelador da dimensão da crise. Nos bastidores, as pressões políticas eram violentas.

Finalmente, naquele dia 11 de março, na sede da OMS, jornalistas apertados na sala de controle da agência no subsolo do prédio, finalmente ouvimos do etíope que ele já considerava o cenário como sendo o de uma “pandemia”.

Em termos legais, isso não faria diferença, pois a OMS já havia declarado no final de janeiro a crise como uma emergência global, o nível máximo de alerta dentro de seu sistema. Mas, para diversos governos e inclusive para o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a declaração de uma pandemia teria ajudado a mobilizar governos.

Naquele momento, o mundo registrava 118 mil casos e 4,2 mil mortes. Mais de cem países já tinham seus primeiros casos. “Pandemia não é uma palavra que pode ser usada de qualquer forma. Se for usada de forma errada, pode causar medo injustificado ou a aceitação de que a luta acabou, levando à morte e sofrimento desnecessários”, alertou Tedros.

No meio de sua explicação, porém, uma frase deixou todos naquela sala em choque: “nunca vimos antes uma pandemia que possa ser controlada”. Estávamos entrando em um território completamente desconhecido. Mas ninguém naquela organização jamais imaginou a dimensão que ganharia a crise.

Naquela mesma noite, o então presidente Donald Trump anunciaria restrições de viagens e, nos dias seguintes, o mundo pararia. Ninguém seria poupado. Mas nem por isso o vírus foi democrático. Quem mais perdeu foram os mais vulneráveis, com um salto inédito no desemprego, uma queda sem precedentes da economia, o desmantelamento de 30 anos de avanços sociais, a volta da pobreza e da fome e o adiamento.

A história do mundo estava em transformação em tempo real e nas telas de celulares pelo planeta. Mas justamente num momento em que o planeta estava despreparado e dividido.

Ideologia e política acima de saúde

No caso brasileiro, a pandemia colocou um governo frágil e sem planos em uma situação de crise permanente. A escolha adotada: negar, pelo menos em público, sua existência.

Por semanas, propostas de ampliar controles e tomar medidas foram ignoradas, enquanto as recomendações da OMS eram ridicularizadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Sob a alegação de estar “cuidando da renda das famílias”, o Planalto decidiu que controlar o vírus não seria uma saída. Diferentes ministros da Saúde se sucederam até que o governo encontrou um militar que assumiria a pasta para cumprir ordens.

No palco internacional, prevaleceram a ideologia e interesses políticos, em detrimento da saúde. Em reuniões da OMS, as instruções do Itamaraty eram a de não dar poderes ou credibilidade para que a entidade assumisse qualquer papel central na resposta.

Para o chanceler Ernesto Araújo, a entidade fazia parte de uma constelação de organizações que ameaçam a soberania dos países e que são, supostamente, infiltradas por comunistas na busca de controlar o destino do planeta.

Portanto, não se aceitariam recomendações da agência, mesmo que viessem de alguns dos maiores cientistas do mundo.

O Brasil optou por se distanciar de debates sobre como dar uma resposta global à pandemia e fez questão, ao lado dos EUA de Trump, de impedir que isso ocorresse.

Quando participava dos encontros, o foco era alertar para o vírus do comunismo, postura que virou alvo de chacota internacional e numa tentativa de frear a China.

Em Brasília, Mandetta relatou como qualquer aproximação sua à embaixada da China era alvo de uma campanha paralela para minar o diálogo.

Internamente, vencer as eleições de 2022 era mais importante que proteger a população. Bolsonaro criticou o isolamento, colocando a conta da crise econômica sobre os governadores. A máscara foi politizada, com membros do governo repetindo teorias da conspiração sobre como o produto tentava limitar liberdades individuais.

Se a máscara e o vírus eram politizados, a história não foi diferente com a vacina. A ordem era é de evitar qualquer aproximação com a China e, ao mesmo tempo, com governos estaduais que representassem uma ameaça aos interesses políticos.

Mas, com os barcos queimados por posturas de ruptura diplomática, o governo descobriu que não tinha a quem recorrer para negociar vacinas e, enquanto outros países acumulam acordos com diferentes fornecedores, só agora o governo sai em busca de novos contratos.

Resultado: pelo atual ritmo, o Brasil apenas conseguirá uma imunidade de rebanho com a vacina em abril de 2022, oito meses depois de EUA e outros países ricos.

Novo epicentro: o Brasil

Um ano, 117 milhões de infectados e 2,6 milhões de mortes depois, o mundo exausto já sabe que 2021 não verá o fim da pandemia. Os planos internos da OMS falam abertamente sobre como, durante os próximos meses, os desafios serão profundos.

A estratégia é a de tirar, com a vacina e o fim do governo negacionista de Trump, a intensidade no número de mortes e terminar o ano com uma queda substancial, principalmente de óbitos entre idosos e profissionais de saúde. O vírus, segundo alguns dos cenários do setor farmacêutico, se tornaria endêmico, o que exigirá campanhas anuais de vacinação.

Mas se a OMS acreditava que 2021 seria um ano para virar uma página, a pandemia ganhou um novo centro: o Brasil, incapaz de controlar a doença e nem de chegar a um consenso nacional para enfrentar a crise.

Dados da agência sobre a situação global entre os dias 1 e 7 de março apontam, por exemplo, que o cenário brasileiro é o que mais preocupa hoje a entidade.

Enquanto houve uma queda de 6% em mortes pela covid-19 no mundo no período avaliado, o que se registrou no Brasil foi um salto de 23%. Foram 60 mil óbitos registrados no mundo, contra 9,9 mil no Brasil. Um dia depois dessa avaliação, o país batia um novo recorde, com 2,2 mil novas mortes em 24 horas.

De acordo com a OMS, o país vai na contramão do mundo. A queda de mortes foi de 17% nos EUA, 7% no México, 30% na África do Sul, 21% na Etiópia, 20% na Nigéria, 3% na França, 30% na Indonésia, 6% na Índia, 17% no Japão, 20% nas Filipinas e 36% na Malásia.

Em termos de novos casos de infecção, a OMS também apontou como a expansão descontrolada do vírus no Brasil colocou o país na liderança, o que vai significar um volume maior de mortes nas próximas semanas.

Contabilizando os últimos sete dias, foram 500 mil casos no Brasil, contra 479 mil nos EUA e apenas 147 mil na França. O documento semanal da OMS também deixa claro que a situação da variante do vírus identificado no Brasil preocupa. A agência confirma que a mutação, conhecida como P1, é mais transmissível e pode evadir entre 25% e 61% da imunidade oferecida por uma infecção com o vírus original da covid-19. Isso, segundo a OMS, torna as pessoas mais vulneráveis a uma reinfecção. Além disso, a agência indica que estudos mostram que a variante é entre 1,1 e 1,8 mais letal.

Para a OMS. “é difícil determinar a causa da alta mortalidade, que poderia ser tanto pela variante P1 ou pelo colapso dos sistemas de saúde”. Na sede da agência, há ainda uma terceira opção sob consideração: a de que as duas coisas estejam ocorrendo ao mesmo tempo no país, o que abre uma perspectiva de que a pandemia ainda cobrará um preço mais elevado da sociedade brasileira.

“O Brasil está doente e descobriu que não tem mais leito”, lamentou um alto dirigente da agência. Em Genebra, uma palavra vem à tona quando o assunto é a crise no país: “tragédia”.

*Jamil Chade/Uol

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Vídeo: Eleito por São Paulo, que tem fila de espera por leitos, Eduardo Bolsonaro manda pessoas enfiarem a máscara no rabo

O discurso de Lula, que tratorou o clã inteiro, foi a gota d’água para Eduardo Bolsonaro partir para a baixaria em seu twitter, depois de levar uma saraivada de comentários que funcionaram como uma rajada de metralhadora pela sua ida inútil a Israel numa comitiva nula que fez, mais uma vez, o Brasil passar vergonha pela falta de uso de máscara, ato repreendido por autoridades israelenses, o 03 não suportou o tranco e mandou as pessoas enfiarem a máscara no rabo.

A comitiva de brasileiros, incluindo Eduardo e Ernesto Araújo, foi a Israel em busca de informações sobre o spray nasal contra a covid.

Fica a pergunta, ele mandou esse recado para os israelenses ou para os brasileiros? Afinal, foi em Israel que ele passou essa vergonha, os brasileiros só gozaram com a cara do trouxa.

Mas seu comportamento não deixa de ser emblemático num país em que quase 2.400 pessoas morreram em consequência da covid nas últimas 24 horas por culpa exclusiva de um governo de militares comandado por um clã de milicianos que tem o certificado internacional de incompetência, fazendo o Brasil ser apontado por cientistas, pesquisadores e infectologistas do mundo todo como laboratório a céu aberto do coronavírus, tal a falta de política pública do governo Bolsonaro e seu estímulo pessoal à negação da doença, da prevenção, da vacinação e da propaganda do kit cloroquina.

Confira:

*Da redação

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Bolsonaro corre para a TV e passa recibo pra Lula, defende tratamento precoce com kit cloroquina

Mentiroso compulsivo, Bolsonaro morde a isca, vai para a TV e parte para a mentira, dizendo que fez acordo com Israel para receber vacina, o que é absolutamente caô, cascata, fake news. Não tem nada de vacina com Israel, uma turma de idiotas, incluindo Ernesto Araújo, foi lá para buscar informações sobre um spray contra a covid que foi testado em somente 30 pessoas.

Com a boca torta do cachimbo fascista, o negacionista Bolsonaro repetiu o seu velho discurso do tratamento precoce oferecendo o kit cloroquina, mostrando que o sujeito é mesmo um psicopata que tem ideia fixa e, novamente, atropela a ciência e rubrica tudo o que Lula falou dele, dando margem para a mídia, que vinha destacando o excelente discurso de Lula, compará-lo ao desastre que Bolsonaro provocou no momento seguinte.

Isso chama “pedir para apanhar”. Deve ter achado pouco o sacode que Lula deu no inacreditável idiota.

Para piorar, Bolsonaro falou que o Brasil vai produzir vacina e que vai vacinar toda a população brasileira e exportar vacina para a América Latina. Ele só esqueceu de dizer que o Brasil não tem vacina sequer para três dias e que nunca na história do país uma campanha de vacinação foi tão desgraçadamente desastrosa, a ponto de produzir um morticínio que chega a 270 mil mortes por única e exclusiva culpa dele.

Se Bolsonaro quis ocupar o espaço que lula tirou dele, só aumentou e muito o espaço de Lula e se reduziu a pó de merda.

Para piorar um pouco mais, Bolsonaro cita várias vacinas, mas não a CoronaVac.

*Da redação

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Lula faz uma grande sombra em Bolsonaro

A diferença de Lula para Bolsonaro é algo infinitamente gritante, tanto que ele toma todos os espaços da mídia e, simplesmente, desloca Bolsonaro para um vácuo no baixo clero, mesmo sendo “presidente da República”.

Lula, em seu pronunciamento, foi Lula e mostrou um Bolsonaro como ele é, como nunca deixou de ser, o representante da mediocridade nacional que usou uma falsa facada para fugir do debate, enquanto Lula já abre sua fala convocando todos os setores da sociedade para o debate, coisa que Bolsonaro não tem a menor condição de fazer, porque é burro, tosco e depende de uma adoração cega via discurso do ódio para sobreviver. Bolsonaro faz exatamente o oposto do que fez Lula.

Lula colocou Moro como alguém que não fez qualquer arranhão em sua posição focada no povo em toda a sua trajetória. Com isso, Moro ficou aquém de Bolsonaro, o medíocre dos medíocres, o empregado de troco miúdo de Bolsonaro.

Lula falou com a autoridade de Lula que tem uma obra magnífica para mostrar e autoridade para cobrar de um governo inepto, apoplético em que o presidente não tem a mínima noção de como se governa um país.

O resultado de tudo isso não poderia ser outro. Neste momento não se fala em outra coisa que não seja a tragédia provocada por Bolsonaro que, nas últimas 24 horas matou quase 2 mil brasileiros e o papel central de Lula como quem entrou na arena para liquidar o monstro.

Lula não deixou barato, foi propositivo com a objetividade de um goleador com a bola dominada correndo em direção ao gol para resolver a parada.

Lula falou para todos os brasileiros, até para os que o odeiam, ao contrário de Bolsonaro que fala com sua horda de escolhidos e combinados no chiqueirinho, porque não tem cacife político, intelectual ou histórico para falar de verdade com o povo.

Lula chegou como um transatlântico fazendo sombra na canoa furada de Bolsonaro, da qual muita gente está desembarcado. Lula, por sua vez, está oferecendo na sua imensa embarcação uma outra viagem para os brasileiros, viagem que eles conhecem quando, em seu governo, podiam comer uma picanha e beber uma cerveja no fim de semana, sonhar e ver seus filhos entrando em universidades públicas criadas e ou reformadas por Lula, no momento em que o comando do país enxerga a ciência e o conhecimento como algo ameaçador, um inimigo mortal.

Lula fez melhor, lembrou os brasileiros como eles foram felizes no período em que governou o país e como até os que o odeiam, por questão de preconceito de classe, viveram infinitamente melhor do que vivem agora com esse mito de papelão.

Em síntese, Lula chegou chegando, gigante.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: G1

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Em 24 horas, um furacão chamado Lula varreu a nação

Um país que teve em seu comando nesses últimos quatro anos duas figuras de envergadura moral nenhuma, como Temer e Bolsonaro, por conta de uma campanha dirigida contra o povo brasileiro, tendo como alvo seu maior representante, Lula, não poderia assistir passivamente a volta à cena central de quem tirou da miséria uma grande massa popular.

Estamos há quatro anos sob o comando dos papudos do mercado, de quem nada produz, de quem sempre viveu da carniça arrancada das costas de quem de fato trabalha.

Lula, o nosso maior estadista, foi o cérebro de um outro Brasil durante 13 anos de governo do PT, botou novamente o pé nas quatro linhas do campo e os raros miolos da direita brasileira se agitaram.

Isso mesmo, Lula voltou, o que, numa roda de samba de terreiro, significa que o Saci rodopiou!

A prova da popularidade de Lula está também na intenção sabotadora daqueles que usam todos os meios de comunicação para difamá-lo, denunciando, com isso, que tipo de tapera essa gente transformou o país em tão pouco tempo.

Lula, mesmo diante de uma condenação infame, jamais baixou a cabeça, e avisou que viria com tudo para cima de seus algozes. E assim está fazendo, engolindo com gosto cada um dos que compõem a quadrilha Moro que se aliou ao clã Bolsonaro para produzir essa tragédia a que assistimos no Brasil em que, somente em 24 horas vitimou quase 2 mil brasileiros e quase 270 mil em números totais até agora. Isso, no mesmo momento em que Bolsonaro não financia mais 71% das UTIs no Brasil e, muito menos tem vacinas para uma semana e sem a menor perspectiva de quando voltará a ter.

Então, quando vem a notícia de que o ex-presidente com a maior aprovação da história do país, 87%, tornou-se novamente elegível, junto, veio a euforia da população, até porque, por ironia da realidade, sob o comando de Lula, O Brasil, num recorde absoluto de vacinação, imunizou contra a gripe H1N1 em 90 dias mais de 80 milhões de brasileiros, num período em que o país nunca foi tão feliz e que todos os brasileiros faziam parte da mesma festa.

O que vemos agora é que o bonde do ódio aos pobres do Bolsa Família voltou à carga, com a mesma quantidade de gente que cabe em um bonde diante de um mar sem fim de brasileiros. Essa minúscula parcela da sociedade tenta fazer do ódio, mais uma vez, a multiplicação de seus infinitos preconceitos nutridos pelas classes dominantes que estão sempre dedicadíssimas a construir uma tramoia para que o trabalho de todos produza riqueza para 1% da população que tem o comando institucional do país e, por isso, se acha proprietária e dona dos destinos da nação, mas não é e jamais será.

Os fracassos de Temer e Bolsonaro, dois dos piores lacaios do país, provaram mais uma vez que, com o poder nas mãos, a elite econômica brasileira destrói o desenvolvimento, negocia nas sombras as riquezas e patrimônios do país, sem a menor decência e arrasta com ela a energia de cada brasileiro, mentindo uma mentira sistemática de quem age friamente para destruir o próprio povo.

Por isso, Lula, que tem uma capacidade impressionante de mobilização do povo, em 24 horas devolveu à população a esperança que ela havia perdido no país. Isso não é pouca coisa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Bernie Sanders, líder do Partido Democrata, comemora anulação dos processos contra Lula

O senador norte-americano Bernie Sanders, que tentou se lançar enquanto candidato da ala esquerda do Partido Democrata em 2016 e 2020 nos Estados Unidos, comemorou a anulação das condenações contra o ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato de Curitiba. A anulação foi definida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (8).

Segundo Sanders, foi “uma grande notícia que sua condenação altamente suspeita tenha sido anulada. É uma importante vitória da democracia e da justiça no Brasil”. “Como presidente, Lula fez um incrível trabalho para diminuir a pobreza no Brasil e de se posicionar pelos trabalhadores”, lembrou o senador.

Fachin anulou nesta segunda-feira, 8, todas as condenações contra o ex-presidente Lula, proferidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e pela juíza Gabriela Hardt no âmbito da Operação Lava Jato.

Ele concedeu habeas corpus para declarar a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem Lula –o do triplex, o do sítio de Atibaia, o do Instituto Lula e o de doações para o mesmo instituto.

Na decisão, Fachin declara a “nulidade” dos atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula.

O habeas corpus agora contemplado por Fachin foi apresentado pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins em 3 de novembro de 2020.

Com a decisão do ministro do STF, o ex-presidente Lula volta a ser elegível. Todo o cenário político muda com a decisão.

*Com informações do 247

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