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Morto Vivo

Em pouco menos de uma hora, durante um depoimento à Polícia Federal ordenado pelo ministro Sérgio Moro, da Justiça, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra teve a alma arrancada do corpo, vítima de uma tortura típica do Santo Ofício: aceitar a verdade do inquisidor em troca do perdão de seus algozes.

Em uma sociedade cada vez mais habituada aos modos de máfia das milícias, ora no poder, era previsível que o pobre porteiro, para salvar a pele, sucumbisse ao moedor de carne acionado, desde o Palácio do Planalto, para fazê-lo negar o que havia dito no depoimento dado, em outubro, à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Aliás, polícia judiciária competente e responsável pelo caso.

Aos investigadores do Rio, o porteiro havia dito que o carro de Élcio Queiroz, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi autorizado a entrar no condomínio Vivendas da Barra por “seu Jair”. E anotou o destino, no livro de entradas: casa 58, residência de Jair Bolsonaro e do filho, Carlos Bolsonaro, vereador carioca.

O carro, no entanto, se dirigiu à casa 65, do ex-sargento da PM e miliciano Ronnie Lessa. À Polícia Civil, o porteiro disse ter alertado a “seu Jair”, pelo interfone, do desvio do carro. A voz de “seu Jair”, do outro lado do aparelho, o teria tranquilizado, a respeito.

Desde que o depoimento do porteiro veio à tona, todos os canhões do Estado, Bolsonaro e Moro à frente, se voltaram contra ele. Amparado por uma falsa perícia, entubada às pressas por ordem de Moro, o Ministério Público do Rio de Janeiro, bolsonarista até a medula, apressou-se a dizer que o porteiro estava mentindo.

Histérico, pelo Twitter, Carluxo divulgou uma gravação falsa, com a voz de outro porteiro, para servir de berrante ao gado bolsonarista, nas redes sociais. Agora, sabe-se o porquê do ato desesperado: a polícia o está investigando como um dos envolvidos, diretamente, no duplo assassinato de Marielle e Anderson.

Por fim, com a espinha dobrada e certo de que já tinha dois pés na cova, o porteiro fez um novo depoimento completamente adequado às vontades de seus verdugos.

Entre os absurdos que foi obrigado a declarar, está o fato de, sabe-se lá por que, ter anotado “casa 58” por engano, quando o certo seria “65”. E que jamais ouviu – por duas vezes – a voz de “seu Jair”, ao interfone.

Nossa única esperança é a de que ainda haja juízes, no Rio de Janeiro.

 

*Leandro Fortes

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Vídeos: Contra o fascismo, bolivianos radicalizam protestos e sobem em tanques

Atos de massa em toda a Bolívia exigem a queda da ditadura golpista instaurada após o golpe militar contra Evo Morales.

Pelo 11º dia consecutivo, milhares de bolivianos continuam nas ruas de diversas cidades e localidades de todo o país exigindo a queda do regime golpista de extrema-direita que se instalou no poder após o golpe contra Evo Morales, no último dia 10.

As principais mobilizações ocorrem, como de costume, na capital La Paz e na cidade vizinha de El Alto. Moradores da região de Senkata, em El Alto, fizeram uma marcha até La Paz para denunciar o massacre de oito cidadãos pelas forças repressivas da ditadura esta semana, quando foi realizada uma operação para desbloquear a saída de suprimento da distribuidora de combustíveis da estatal petrolífera YPFB.

Essa manifestação também foi fortemente reprimida pela polícia, que ainda está, neste exato momento, em operações nas ruas de La Paz para perseguir os participantes do protesto.

A mobilização concentrou milhares de pessoas em El Alto para marchar a La Paz.

Na capital, a população mostrou sua indignação com a ditadura ao capturar um tanque do exército. Tanto o tamanho como a radicalidade das mobilizações mostram que já é possível derrubar o regime golpista nas ruas. Entretanto, as direções políticas, especialmente do Movimento ao Socialismo (MAS), ainda tentam uma conciliação com os golpistas na ilusão de que algum tipo de democracia seja estabelecida na Bolívia. O que não passa de um sonho.

 

 

*Com informações da Causa Operária

 

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Chanceler da Venezuela denuncia que Bolsonaro comandou a invasão da embaixada

Houve uma “linha de comando” entre o presidente Jair Bolsonaro e os líderes da invasão da embaixada da Venezuela, em Brasília, na semana passada. A declaração é do chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza. Um dos principais homens do governo de Nicolas Maduro e ex-vice-presidente da Venezuela, o chefe da diplomacia de Caracas falou com exclusividade ao UOL sobre os incidentes.

“Entendo que houve uma instrução direta do presidente do Brasil”, disse o chanceler, apontando como tal contato teria levado a crise a uma “solução”.

Ou seja, há uma linha de comando entre o presidente do Brasil e as pessoas que estavam nessa embaixada.

Ele ainda lembrou que, depois de emitir um comunicado nas redes sociais condenando a invasão, Bolsonaro e seu gabinete de segurança publicaram uma nova mensagem, modificando a anterior. “Retificaram, suavizaram e condenaram os elementos estranhos”, disse.

O primeiro texto do presidente citava Juan Guaidó, aliado de Brasília. Mas o nome do opositor de Maduro foi retirado no segundo comunicado.

“Tudo isso é muito grave. Felizmente se solucionou por vias pacíficas. Mas é muito grave e deveria abrir uma investigação não apenas sobre as pessoas, mas sobre os contatos e sobre as relações que essas pessoas tem com o governo do Brasil, especificamente no Itamaraty”, declarou Arreaza.

“O país receptor, no caso o Brasil, tem a obrigação de proteger, o que foi a primeira coisa que não ocorreu. As pessoas entraram, apesar da segurança da polícia brasileira no entorno da embaixada”, alertou.

Procurado, o Itamaraty não deu respostas ao ser questionado sobre a alegação do ministro venezuelano sobre a existência de uma instrução de Bolsonaro aos invasores.

Visitas ao Planalto e ao Itamaraty

De acordo com apurações realizadas pela reportagem, o vínculo do governo brasileiro com o líder da invasão da embaixada da Venezuela, Tomás Silva, é estreito. Além dos dois encontros realizados com o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, relevados pelo UOL, o autoproclamado ministro-conselheiro esteve por 16 vezes nas dependências do Ministério das Relações Exteriores, neste ano.

As informações constam em Requerimento de Informação solicitado à pasta pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e obtido pelo UOL. Os encontros foram realizados para tratar de assuntos relacionados à cooperação entre os dois países, em agendas oficiais. Muitos deles foram acompanhados por Maria Teresa Belandria Exposito, reconhecida pelo governo brasileiro como embaixadora de Guaidó no Brasil.

No início de abril, por exemplo, Silva esteve com o secretário de Política Externa Comercial e Econômica, Norberto Moretti, para uma “visita de cortesia”.

No dia 21 de agosto, o encontro foi repetido, desta vez, para apresentar o “Plano País”, formulado por Juan Guaidó.

Neste texto, há medidas que seriam financiadas pela “assistência em massa de organismos internacionais financeiros multilaterais e países interessados na restauração da democracia”.

Silva também teve encontros com o chefe da Divisão Controle Imigratório, Erwin Baptista Bicalho Epiphanio, para tratar da emissão de visto oficial, e com o assessor da Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, Francisco Jeremias Martins Neto, para discutir a extensão da validade de passaportes venezuelanos.

Com a chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional, Fabiana Arazini Garcia Kanadoglu, Silva discutiu temas relacionados à cooperação jurídica internacional. Já a pauta com o segundo-secretário da Carreira de Diplomata Marcelo Adrião Borges foram “atualizações sobre temas de política interna da Venezuela”.

 

 

*Jamil Chade/Uol

 

 

 

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Caso Marielle: Polícia Civil volta a ouvir assessores de Carlos Bolsonaro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro voltou a convocar para depor, depois de mais de um ano, pessoas ligadas à vereadora Marielle Franco e ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O objetivo dos investigadores é entender melhor como era a relação entre os dois parlamentares, que eram vizinhos de gabinete na Câmara do Rio e teriam se envolvido em uma discussão no corredor do prédio. A informação é do Estadão.

Em 29 de outubro, quando o Jornal Nacional, da TV Globo, revelou o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, a viúva da vereadora, Monica Benicio, voltou a ser ouvida pela polícia. Pessoas que acompanharam o depoimento relataram que houve insistência em perguntas sobre Carlos.

Um ex-assessor da vereadora, que diz ter discutido com o filho do presidente, também foi chamado a depor novamente.

A briga foi abordada em depoimentos de ex-funcionários de Marielle no início das investigações, quando o próprio Carlos foi ouvido pela polícia na condição de testemunha, mas foi deixada de lado ao longo de 2019.

Carlos não é investigado neste caso, nem foi chamado a prestar novo depoimento.

Em nota, o gabinete de Carlos disse que não tem nada a declarar sobre as apurações da Polícia Civil e que a relação do vereador com Marielle sempre foi “cordial e amigável”.

 

 

* Juliana Rodrigues/Exame

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Bastou o nome de Carlos Bolsonaro aparecer na mídia como suspeito da morte da Marielle para Moro falar em federalizar o caso

A raposa de Curitiba, a todo custo, quer tomar conta do galinheiro, federalizando o caso do assassinato de Marielle. Pior, Moro corre na mídia para para dar palpite sem ter em mãos o caso e já crava que ninguém do clã Bolsonaro é culpado.

Pior ainda é ele afirmar categoricamente que a Polícia Civil produziu uma fraude, uma farsa. Trocando em miúdos, chamou de corruptos os policiais envolvidos na investigação. Isso, no dia seguinte que é noticiado que o porteiro, que estava sumido, trocou a versão de seu depoimento, dizendo que foi pressionado sem dizer quem o pressionou.

O mais curioso é que o porteiro não só disse em depoimento que tocou para a casa 58, mas que alguém atendeu e ele reconheceu a voz como sendo do Seu Jair. Este é um ponto, mas o crucial é ele ter anotado na época no registro do condomínio, no dia 14 de março de 2018, quando Bolsonaro ainda era Deputado Federal e nem confirmado como candidato à presidência, que Élcio de Queiroz, com quem Bolsonaro tem foto abraçado, pediu para ele chamar na casa 58, e assim foi feito e anotado. Aonde tem fraude aí, Moro?

Está lá anotado, tinha alguém pressionando ele na portaria do condomínio para anotar a ligação para a casa 58, quando o crime ainda nem tinha sido praticado pelo miliciano?

O fato é que Moro, com essa declaração em defesa da família Bolsonaro, coloca ainda mais gasolina na fogueira contra quem ele defende e contra a sua própria imparcialidade que já é considerada uma piada no país como juiz da Lava Jato.

Aí vem o cachorrinho de Bolsonaro acusando a Policia de produzir fraude e quer para ele o caso.

Ganha uma bala quem adivinhar o porquê.

No vídeo de Gregório Duvivier, apesar de ser de humor, descreve com perfeição todo esse processo, lembrando ponto a ponto porque a família Bolsonaro, mas principalmente o Carlos, são os principais suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro barra imprensa aliada em evento seu novo partido

A primeira Convenção Nacional do Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente Jair Bolsonaro quer criar, será na manhã desta quinta-feira (21) em Brasília. Para conseguir tirar a legenda do papel, será necessário cumprir algumas etapas (veja abaixo). A princípio, o mandatário não deverá abrir mão do comando da nova legenda e ainda indicará o primogênito, Flávio Bolsonaro, como vice-presidente. A ideia é, justamente, manter o controle da sigla nas mãos do clã, um dos motivos que afastou Bolsonaro do PSL e o levou à sua nona legenda em sua carreira política.

No primeiro evento do Aliança pelo Brasil se pode esperar clima de campanha, com Bolsonaro pedindo que a militância de direita se empenhe no recolhimento de assinaturas, criticando a esquerda, como de costume, falando já na eleição do ano que vem, apontando preferências. Inclusive, na ocasião, seus filhos Flávio e Eduardo devem já ser anunciados como dirigentes dos diretórios da futura legenda respectivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo. O presidente até levará um roteirinho para o discurso, mas como de praxe, deve improvisar na hora.

Embora confiantes de que será fácil angariar os quase 500 mil apoios necessários para tirar o Aliança pelo Brasil do papel — a busca será por algo em torno de 2 milhões de apoios —, nos bastidores, há uma corrida contra o tempo para viabilizá-lo no prazo de participar da eleição de 2020. Bolsonaro tem cerca de cinco meses e meio até lá.

O lançamento do novo partido de Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, teve a maior parte da imprensa credenciada para evento barrada. A solenidade aconteceu um hotel de luxo em Brasília (DF), ao lado do Palácio da Alvorada. Apenas 17 jornalistas convidados puderam entrar.

Os outros profissionais da imprensa ficaram em um gramado e sem infraestrutura, como cadeiras, mesas, tomadas e toldo. A grama ainda estava úmida da chuva matinal. Fotógrafos e cinegrafistas tiveram de registrar imagens de um telão.

De acordo com reportagem do Uol, quando o evento começou, parte dos apoiadores do novo partido gritou palavras de ordem contra a imprensa.

Desde que assumiu o mandato Bolsonaro não tem tido uma boa relação com a imprensa e privilegia o Twitter, bem como suas lives, às quintas-feiras, para se comunicar com o eleitorado.

 

 

 

*Com informações do 247/Huffpost

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Intolerância: No Rio de Janeiro, fascistas tentam impedir missa em homenagem ao dia da Consciência Negra

Com homens vestindo terno e mulheres de véu, grupo de cerca de 20 pessoas tentou impedir celebração realizada há 15 anos na Igreja Sagrado Coração de Jesus, na zona Sul do Rio de Janeiro.

Um grupo de fascistas ligados a um movimento ultraconservador católico tentou impedir na noite desta quarta-feira (20) a realização de uma missa africana para celebração do Dia da Consciência Negra na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na Glória, Zona Sul do Rio.

A missa, realizada há 15 anos, tem cantos afros e toque de atabaques para celebrar o sincretismo de religiões de matrizes africanas e católica.

Segundo informações do jornal O Globo, cerca de 20 pessoas, que incluíam homens de terno e mulheres de véu, tentaram impedir o padre de começar a missa.

A missa aconteceu, mas o grupo permaneceu na igreja, filmando a cerimônia. A confusão teria acontecido no final da celebração.

Policiais do 2º BPM foram chamados ao local e três homens do grupo que tentou impedir a missa foram conduzidos à 9ª DP (Catete).

Assista ao trecho da missa

https://www.facebook.com/sagradocoracaodejesusgloria/videos/806833979757500/

 

 

*Com informações da Forum

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Veias abertas: Greve geral na Colômbia e repressão em Bogotá

Esquadrão Móvel Antidistúrbios da Polícia Nacional da Colômbia jogou bombas de gás lacrimogêneo para tentar liberar o corredor Transmilênio na capital; militares estão nas ruas.

A Colômbia enfrenta nesta quinta-feira (21/11) uma greve geral, convocada por sindicatos e movimentos sociais, contra reformas planejadas pelo governo do presidente Iván Duque. Os primeiros protestos foram reprimidos pela Polícia Nacional, em especial em Bogotá.

A paralisação deve durar todo o dia e se estender pelas maiores cidades do país. Além da capital, há mobilizações já iniciadas em Medellín e outros municípios do departamento de Antioquia, Bucaramanga e Barranquilla, com mais movimentações e marchas previstas para a tarde.

Na capital, o serviço de ônibus Transmilênio está interrompido em alguns trechos e, segundo a Caracol Noticias, o Esquadrão Móvel Antidistúrbios da Polícia Nacional da Colômbia jogou bombas de gás lacrimogêneo para tentar liberar o corredor de transporte público na região de Suba, ao norte da cidade.

Outra manifestação, que fecha a Autopista Sur, via que corta a cidade de norte a sul, está sendo acompanhada pela polícia, armada com bombas de efeito moral e escudos.

Em Cali, no interior do país, manifestantes se concentram no setor conhecido como Sameco, também no norte da cidade. Eles queimaram pneus e fecharam a via que cruza a região. De acordo com El Tiempo, a movimentação na cidade começou por volta das 5h da manhã (7h em Brasília) e deve se estender para todas as regiões da cidade, com concentrações em frente à sede da prefeitura e nas entradas do município.

Militares

Duque ordenou, na semana passada, que militares (camuflados e armados com fuzis) fossem às ruas de Bogotá para “ajudar” a Polícia Nacional, segundo disse, à Caracol Notícias, o major Luis Fernando Barco. ““Que nossa gente da capital, do centro de Bogotá se dê conta de que o Exército Nacional da Colômbia está em Bogotá e está acompanhando a Polícia Nacional”, afirmou.

Na noite desta quarta (20/11), em discurso na TV, Duque disse que seu governo “escuta” os manifestantes e que ir às ruas é um direito. “Sabemos que são muitos os desafios que, como país, temos que superar. Que são válidas muitas das aspirações sociais e que temos problemas que, ao longo da história, envelheceram mal. Por isso, trabalhamos de dia e de noite para encontrar alternativas e superar os obstáculos, como temos feito como nação ao longo de nossa história”, disse.

Demandas

Os grevistas têm 10 demandas principais para o governo:

  • Contra a reforma trabalhista, que atinge de forma estrutural as condições de trabalho, permitindo a maior flexibilização por meio de contratos por horas, redução do salário mínimo, implementação de um salário diferencial, com menor valor para jovens com menos de 25 anos, extinção dos direitos em caso de demissões e simplificação na demissão de trabalhadores;
  • Contra a reforma das pensões, que tramita a possibilidade da eliminação da pensão como direito trabalhadores. Além disso, o governo busca converter a Colpensiones, atual administradora colombiana de pensões, em um fundo privado que permita o pagamento de pensões com valores abaixo do mínimo.
  • Contra a exploração financeira, que tenta eliminar o controle estatal direto sob o capital das empresas financeiras estatais, com isso também ocorreria um ataque direto às condições de trabalho dessas entidades.
  • Contra a privatização. O governo especula privatizar a Ecopetrol, Cenit (filial de Ecopetrol transporte de hidrocarbonetos e a empresa de energia Interconexión Eléctrica S. A. (ISA), empresas de energia regionais e todas aquelas onde a participação do Estado é abaixo de 50%.
  • Contra a corrupção que atinge a estrutura política colombiana. Os casos de corrupção mais citados no país são: Odebretch com o Caminho do Sol, Navelena, Carrossel da toga, Reficar, Fedegan e Universidade do Distrito.
  • Contra a taxa nacional, que irá aumentar em 35% para os estratos 4.5 e 6 do país em benefício da Eletricaribe, empresa de serviço de distribuição e comercialização de energia elétrica na Costa Caribe.
  • Contra a reforma tributária, que visa reduzir impostos sobre grandes corporações e multinacionais, ao mesmo tempo que impõe novas taxas para a classe média e os trabalhadores.
  • Por um salário mínimo que permita uma vida decente e o sustento familiar.
  • Pelo cumprimento dos acordos que o governo nacional firmou com os funcionários do estado e estudantes e dos compromissos com os agricultores e povos indígenas.
  • Pela a defesa do protesto social. Atualmente o governo desestimula e restringe atos e protestos sociais, além de criminalizar e estigmatizar lideranças e participante de mobilizações.

 

 

*Com informações do Ópera Mundi

 

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Vídeo: O PM Daniel Silveira tentou fazer corta luz para denúncia contra Carlos Bolsonaro e aumentou o holofote sobre ele

Hoje, todos os jornais estão dizendo, de forma direta ou indireta, que o ataque da blogueira do PSL a Maria do Rosário foi uma armação do PM Daniel Silveira, deputado do PSL e principal leão de chácara do clã Bolsonaro na Câmara e no próprio partido, com inúmeros episódios que lhe dão o título de servidão campeã.

O que ninguém pergunta, é o que motivou a armação com a blogueira picareta esse ataque à Maria do Rosário, justamente no dia em que se tem a notícia de que o porteiro do condomínio de Jair e Carlos Bolsonaro, desaparecido até então, assim como aconteceu com a Wal do Açaí, reaparece, depõe novamente e desdiz o que disse anteriormente, ter ouvido a voz do seu Jair no interfone.

Dizendo-se pressionado, sem apontar por quem, afirmou que, na verdade, ligou para a casa de Ronnie Lessa, versão sustentada pelo próprio Bolsonaro, o que piora ainda mais a situação do clã, porque tanto Carlos quanto Bolsonaro, confessado por eles próprios, correram para buscar a memória da secretária eletrônica do condomínio. Por que fizeram isso se não têm envolvimento com o caso?

Basta isso para afirmar que eles estão de alguma forma envolvidos até o pescoço no assassinato de Marielle e Anderson.

Agora, entra em campo o “polido” PM Daniel Silveira para, no dia seguinte de um discurso cem por cento racista, protagonizando uma armação primária com uma blogueirinha do PSL doida por uma holofote, para tirar o foco do que explodiu na mídia sobre o caso Marielle envolvendo Carlos Bolsonaro.

E o que gênio fez para criar uma cortina de fumaça e desviar a atenção do possível envolvimento de Carlos Bolsonaro no assassinato de Marielle? Praticamente remonta o episódio da Câmara de Vereadores do Rio em que Carlos e Marielle tiveram uma forte desavença por conta da declaração de um assessor dela que classificou Carlos como fascista, que reagiu e Marielle interveio na situação tentando apaziguar, mas disse que ele os chamavam de esquerdopatas.

O fato é que o PM Daniel já mostrou, no episódio em que gravou uma reunião com os colegas do próprio PSL para entregar a Bolsonaro, que está disposto a disputar com Moro o troféu de maior cão de guarda do clã. Isso faz o rapaz, que tem um gigantesco deficit de QI, produzir fatos violentos que pesam ainda mais sobre os ombros da família Bolsonaro a pecha de extremamente violentos, ao mais puro estilo da milícia carioca.

https://www.instagram.com/tv/B5G5_d5pqIA/?utm_source=ig_web_copy_link

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Porteiro que citou Bolsonaro, sumido, aparece e recua dizendo que se enganou

O porteiro do condomínio Vivendas da Barra recuou em depoimento prestado à Polícia Federal nesta terça-feira, 19, e afirmou ter lançado errado o registro de entrada de Elcio Queiroz na casa 58, do presidente Jair Bolsonaro, na planilha de controle do condomínio. O funcionário disse que havia se sentido “pressionado” e deu a primeira versão para o episódio, no qual a entrada do suspeito de matar Marielle Franco foi autorizada pelo “Seu Jair”.

Apesar de dizer que se sentiu “pressionado”, o porteiro afirmou que ninguém o pressionou a prestar a versão em que menciona o presidente.

O funcionário foi ouvido no inquérito aberto para apurar o seu próprio testemunho no caso Marielle. A investigação foi solicitada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) para apurar “tentativa de envolvimento indevido” do nome de Bolsonaro nas investigações sobre o assassinato da vereadora.

O inquérito corre em sigilo e o Ministério Público Federal afirma que só se manifestará na conclusão do caso.

O porteiro disse que lançou errado na planilha e depois ele, porteiro, se sentiu “pressionado” – não que alguém o tenha pressionado e deu aquela primeira versão para o episódio.

O caso

A investigação teve início após reportagem da TV Globo mostrar que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o “seu Jair”.

O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos há 616 dias – março de 2018 – em circunstâncias até hoje não esclarecidas.

A repercussão do caso levou Moro a solicitar, via Procuradoria-Geral da República, a abertura de um inquérito na Polícia Federal para apurar o depoimento do porteiro.

Segundo o ministro, há “inconsistências” no depoimento do funcionário, o que poderia classificar o ato como “crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa”.

Aras aceitou o pedido de Moro e enviou o ofício ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que solicitou a abertura das investigações no dia 06. No mesmo dia, a Polícia Federal abriu o inquérito.

Federalização

Em setembro, a então a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o caso fosse conduzido em âmbito federal, o que será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o fim deste ano. Foi um dos últimos atos de Raquel no cargo.

A defesa de Lessa e Queiroz, inclusive, utiliza a manifestação de Raquel para pedir a suspensão do processo, alegando falhas na investigação e obstrução por parte da Polícia Civil.

A federalização do caso, no entanto, enfrenta resistências do Ministério Público do Rio, que comanda as investigações. Se aprovada, o caso deixará as mãos da promotoria estadual.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-ministro da Defesa e Segurança Pública na gestão Michel Temer, Raul Jungmann, classificou como “injustificável” a ação do Ministério Público do Rio em barrar a federalização.

O Ministério Público repudiou as declarações do ex-ministro e afirmou que o acionou formalmente para dar explicações à Justiça.

 

 

*Paulo Roberto Netto e Fausto Macedo/Terra