Categorias
Uncategorized

Aviação Mamata: ministro usa avião da FAB para férias da esposa em Paris

Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, é mais um integrante do governo a seguir o exemplo de Bolsonaro e fazer uso de aeronaves governamentais para fins pessoais.

Durante toda a sua campanha, Bolsonaro fez diversas promessas falsas para enganar seus eleitores, convencidos pelas fake news de que ele era a melhor opção. Jair dizia que pretendia “acabar com a mamata”, mas fica cada vez mais evidente que era apenas mais uma mentira. A Força Aérea Brasileira (FAB) tem sido o principal meio de transporte de parentes e amigos do atual governo.

Em mais um escândalo, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deu carona para sua esposa, Maria Eduarda Corrêa, em avião da FAB, para ela poder passar as férias em Paris, na França. Corrêa é diplomata e também trabalha no Itamaraty, como chefe da Divisão de Treinamento e Aperfeiçoamento. O setor tem o objetivo de aprimorar os funcionários do ministério.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, Araújo agendou o voo para ir a um encontro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na capital francesa, de 20 a 25 de maio. A esposa do ministro foi e voltou de graça com a aeronave oficial, se hospedou com o marido sem pagar nada.

O decreto 4.244 de 2002, sobre voos da FAB, prevê viagens “somente” do vice-presidente, ministros de Estado, dos chefes dos três Poderes e das Forças Armadas. O texto não autoriza expressamente o embarque de pessoas sem cargo ou função pública e nem de congressistas. Cartilha distribuída por Bolsonaro em dezembro sobre normas e procedimentos éticos estabelece que as aeronaves oficias só podem ser utilizadas por ministros e as equipes que acompanharem cada um.

O exemplo vem de cima

Este não é o primeiro escândalo do governo envolvendo aeronaves oficiais. O primeiro envolveu o próprio Jair Bolsonaro. Em maio, um helicóptero da FAB foi usado para transportar parentes para o casamento de Eduardo Bolsonaro. De carro, o trajeto levaria cerca de 35 minutos, mas a família Bolsonaro preferiu a mamata.

O grupo de cerca de dez pessoas contava com irmãs de Jair e com o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), amigo pessoal do ex-capitão. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o deslocamento de helicóptero foi por “razões de segurança”. O Gabinete reforçou que é “responsável por zelar pela segurança do presidente e vice-presidente da República, bem como de seus familiares”.
Salles e os ruralistas

Ernesto Araújo não foi o único ministro a se aproveitar de aeronaves da FAB. Em agosto, reportagem de O Globo revelou que Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, deu carona a diversos deputados e senadores da bancada ruralista em aviões da Força Aérea.

Nos primeiros seis meses de governo, Salles realizou voos acompanhados por parlamentares em quatro ocasiões. Em abril e maio, Alceu Moreira (MDB-RS) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS), líderes da Frente Parlamentar da Agropecuária, viajaram com o ministro. Em junho, foi a vez de Márcio Bittar (MDB-AC), Sérgio Petecão (PSD-AC), Mailza Gomes (PP-AC) e Allan Rick (DEM-AC) pegarem carona até o Acre.

 

*Com informações do PT

Categorias
Uncategorized

Dallagnol e a BaladaJato organizada pela empresária que aparece nos vazamentos do Intercept

Na segunda-feira, dia 2, em parceria com a Agência Pública, o Intercept revelou que Dallagnol atuou diretamente para levar grandes empresários a financiar o “Instituto Mude – Chega de Corrupção”.

Trata-se de uma organização não-governamental que nasceu para coletar assinaturas em favor das dez famosas dez medidas contra a corrupção.

Dallagnol era uma espécie de diretor informal da coisa.

Em setembro de 2016, a co-fundadora do Mude, Patricia Fehrmann, escreveu o seguinte em um chat:

Olha a Rosangela Lyra na área gente: Oi Patricia acho que consegui 2 mega hiper Empresários, nao querem ver a palestra necessariamente mas dar um alo Lava Jato, para Deltan, e seria importante ter alguem do Mude junto pra explicar rapidamente o que precisamos, eles nao gostam de “perder” tempo entao precisa ser objetivo e rapido ok? Ela está falando sobre terça na Casa do Saber

Dallagnol responde: Bora.

Rosangela é ex-representante da Dior no Brasil e a palestra aconteceu no dia 13 de setembro daquele ano.

Ela ficou famosa nos protestos pelo impeachment, quando fez parte daquela fauna que aparecia em carros de som na Paulista de dia e tomando champanhe à noite nos Jardins.

Ex-sogra do volante Kaká, do São Paulo e da seleção brasileira, disputava os holofotes com a filha Caroline Celico.

Já conhecia Deltan de outros carnavais.

Em outubro de 2015, Rosangela organizou uma tal “Balada Contra Corrupção”, cuja estrela era Deltan, o Wesley Safadão da força tarefa.

A Veja São Paulo cobriu assim a soirée:

A noite de quarta (21) seria comum na Casa 92, balada que reúne mauricinhos e hipsters em Pinheiros. Carros de luxo esperavam sua vez no valet e muita gente bem vestida aguardava na fila para entrar no espaço.

Mas, ao contrário dos jovens habitués, quem compareceu ao evento de ontem foi um público ligeiramente mais velho, composto majoritariamente pela alta sociedade paulistana.

Estavam ali, claro, para beber champanhe, cerveja e suco de cranberry e lichia. A confraternização, no entanto, ia além. A festa, organizada pela empresária Rosângela Lyra, era uma balada contra a corrupção.

Para conseguir o ingresso, cada um teve que levar um papel com pelo menos dezesseis assinaturas em prol das “Dez medidas contra a corrupção”, iniciativa do Ministério Público Federal do Paraná para pressionar o Congresso por leis mais rígidas contra desvios de conduta dos políticos.

Os convidados não só atingiram a meta como dobraram a meta: houve gente que chegou com sacolas repletas de fichas preenchidas. Só a jornalista Lúcia Sauebronn conseguiu 400 nomes. “Fui pra Oscar Freire, para o Ibirapuera, pedi até no meu cabelereiro”, contou.

Por volta das 23 horas, com a casa cheia, chegou a “presença vip” da noite: o procurador da República Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força-tarefa que investiga a Operacão Lava-Jato no Ministério Público Federal do Paraná. Tímido e low profile [N.R.: imagine se não fosse], foi tratado como celebridade pelos presentes e não conseguia dar um passo sem posar para fotos e receber os parabéns pelo trabalho.

“Deltan, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”, gritava Celine Carvalho, autointitulada “mãe” do Pixuleco, o boneco inflável do ex-presidente Lula. “Não, não viemos só para vê-lo, viemos para entregar as assinaturas que ajudamos a recolher”, rebateu Rosângela, visivelmente incomodada com a histeria em torno do procurador.

O discurso de Dallagnol na festa seria feito no quintal ao ar livre, onde a maioria estava acomodada, mas foi só o procurador pôr os pés na Casa 92 que um pé d’água começou a cair em São Paulo.

Procurando solução, Rosângela o levou para debaixo de um toldo, mas nada feito: a chuva engrossou mais e mais e o público começou a se dispersar, procurando se proteger do aguaceiro. (…)

Já com os sapatos encharcados, o procurador finalmente migrou para uma área fechada da balada e fez seu discurso. “Vocês acordaram cedo, estão cansados, tem chuva lá fora. São circunstâncias adversas que podem ser comparadas com as do nosso país hoje. O que precisamos é de pessoas como vocês, dispostas”, disse.

Fã de carteirinha, a empresária Sandra Koraicho já tinha ouvido outra palestra do procurador e o considera uma espécie de guru. “Quando ele fala, dá uma paz, uma esperança. Você sai outra pessoa.”

Segundo Rosângela Lyra, mais de 20 000 assinaturas foram entregues ao procurador na noite de ontem – a Procuradoria do Paraná já tem 400 000 signatários e precisa chegar a 1,5 milhão para enviar o documento para o Legislativo.

 

*Com informações do DCM

 

Categorias
Uncategorized

Minha Casa, Minha Vida rumo ao desaparecimento

Bolsonaro impõe menor orçamento da história ao Minha Casa Minha Vida

Outros programas sociais como Bolsa Família, Fies e abono salarial também sofrerão cortes expressivos em 2020.

O Programa Minha Casa Minha Vida deve ter o menor orçamento da história sob o comando do presidente Jair Bolsonaro. No orçamento previsto para 2020, a iniciativa terá uma expressiva redução orçamentária: de 4,6 bilhões em 2019 para 2,7 bilhões no próximo ano. Embora não seja o único programa social a sofrer redução orçamentária, o Minha Casa Minha Vida desponta como o que sofrerá maior corte.

De 2009 a 2018, a média destinada ao programa habitacional era de 11,3 bilhões por ano. Este ano, no entanto, o valor revertido para a iniciativa já foi bem menor que o visto em anos anteriores. Até julho, o orçamento destinado foi da ordem de 2,6 bilhões.

Além disso, o governo prevê a suspensão de contratações pelo Programa, além da elaboração de novas obras. Isso seria uma maneira de não impactar ainda mais as dívidas da iniciativa que, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, têm mais de 60 dias e superam os 500 milhões de reais.

Na segunda-feira 2, o Ministério da Economia publicou portaria que libera 600 milhões para destravar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Do total, 443 milhões serão destinados ao Minha Casa Minha Vida, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

Bolsa Família e Fies também encolhem

O Bolsa Família, que transfere renda para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, é outro programa social na lista dos afetados no orçamento previsto para 2020. Para o ano que vem está previsto o mesmo orçamento deste ano, 30 bilhões, o que significa que o valor não sofrerá correção da inflação, e, por consequência, o programa sofrerá redução.

No orçamento encaminhado, o governo está prevendo o atendimento de 13,2 milhões de famílias. Atualmente, o atendimento chega a 13,8 milhões, o que significa que menos núcleos familiares serão assistidos pelo programa. Podem receber o benefício famílias com renda mensal por pessoa de até 89 reais, ou de até 178 reais se houver crianças ou adolescentes de até 17 anos. A média do valor recebido por família é de 188,63 reais, segundo os dados de agosto.

Na lista dos programas sociais que sofrerão cortes também está o Fies, programa de financiamento que estimula o acesso da população de baixa renda ao Ensino Superior. Dos 13,8 bilhões previstos para 2019, o governo reduziu para 10,2 bilhões em 2020.

A reserva de dinheiro para investimento em educação básica, profissional e superior também é menor para 2020. Está previsto 1,9 bilhão para reestruturação de universidades, obras e compra de equipamentos para o setor no ano, ante 2,2 bilhões em 2019.

O abono salarial de 998 reais pago aos trabalhadores que têm carteira assinada e recebem até dois salários mínimos também deve sofrer alterações. De acordo com a Reforma da Previdência, em análise pelo Congresso, o abono será concedido para quem ganha até 1.364,43 reais, ou seja, menos trabalhadores terão direito ao benefício. Embora o Senado deva terminar de votar a proposta somente em outubro, o governo já previu no orçamento um valor de 16,3 bilhões, menor do que os 19,2 bilhões previstos para 2019.

 

*Com informações da Carta Capital

Categorias
Economia

Brasil aos cacos: Produção industrial recua pelo terceiro mês seguido

A produção industrial brasileira teve queda de 0,3% na passagem de junho para julho deste ano, o terceiro resultado negativo consecutivo. A perda acumulada no período chega a 1,2%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recuo foi ainda maior na comparação com julho do ano passado (-2,5%). A indústria também acumula quedas de 1,7% neste ano e de 1,3% em 12 meses.

Entre as grandes categorias econômicas, a queda de junho para julho foi puxada pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,3%), e pelos bens intermediários — os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,5%).

Por outro lado, os bens de consumo tiveram alta no período e evitaram um desempenho pior da indústria no mês. Os bens semi e não-duráveis cresceram 1,4% no período, enquanto os bens duráveis avançaram 0,5%.

Onze das 26 atividades industriais tiveram queda na passagem de junho para julho, com destaque para outros produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1%). Entre as 15 atividades com crescimento, o principal destaque ficou com as indústrias extrativas, que tiveram alta de 6%.

 

 

*Com informações da GaúchaZH

Categorias
Uncategorized

Vídeo – Fascismo carioca: Witzel usa caveirão para derrubar barracos na Cidade de Deus

Moradores da Cidade de Deus fizeram uma manifestação, na manhã desta terça-feira, interditando por cerca de 1h30 a Rua Edgard Werneck e a Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moradores, duas das principais vias que cortam a comunidade da Zona Oeste do Rio.

O protesto aconteceu durante uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e chegou até os acessos da Linha Amarela na região.

Os moradores dizem que blindados da Polícia Militar derrubaram moradias durante a entrada do Bope em vielas da comunidade; confira alguns desses momentos!

 

 

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro já é mais rejeitado que Collor após o confisco das poupanças

O presidente que encolheu

A nova pesquisa Datafolha mostra que Jair Bolsonaro encolheu. Depois de oito meses, o índice de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo subiu para 38%. É uma reprovação bem maior que a dos antecessores Fernando Henrique (15%), Lula (10%) e Dilma (11%) no mesmo período.

Para se ter uma ideia do buraco: com seis meses no poder, Fernando Collor era rejeitado por 20%. Ele já havia confiscado as poupanças, mas ainda não chegava perto do capitão em impopularidade.

A rejeição a Bolsonaro é maior entre negros (51%), nordestinos (52%) e desempregados (48%). No entanto, também avança em setores que o apoiaram maciçamente na eleição. Chega a 46% entre os mais ricos e a 43% no público com ensino superior.

Outro dado ajuda a dimensionar o desgaste do presidente. De cada quatro eleitores dele, um afirma que não repetiria o voto hoje. Isso aponta um exército de 14 milhões de arrependidos — um incentivo e tanto para quem pretende confrontá-lo em 2022.

Desde a última rodada da pesquisa, Bolsonaro disse palavrões em discursos e entrevistas, ofendeu os governadores do Nordeste, demonstrou descaso pelo desmatamento da Amazônia e comprou brigas com líderes de países europeus.

Essa estratégia de radicalização pode agitar as redes, mas não tem dado bons resultados no mundo real. Para 55% dos brasileiros, o presidente não se comporta à altura do cargo na maior parte das situações. Em outra etapa do questionário, 44% disseram que não confiam em nada do que ele diz.

Nos últimos dias, o Planalto tentou emplacar a versão de que o bate-boca com Emmanuel Macron fez Bolsonaro virar o jogo. Ele teria saído como defensor da soberania nacional contra a cobiça estrangeira pela Amazônia. A pesquisa desmonta a propaganda. Para 75%, o interesse internacional pela floresta é legítimo, já que ela é importante para todo o planeta.

Ontem o presidente insistiu no autoengano. Ao ser questionado sobre a insatisfação dos eleitores, preferiu lançar dúvidas sobre a pesquisa.

 

 

*Por Bernardo Mello Franco/O Globo

Categorias
Uncategorized

Dallagnol, o procurador de dinheiro e Glenn no Roda Viva com o batalhão de choque de Dória

O Roda Via, que há muito tempo se transformou num crepúsculo tucano, ontem se superou. Aquelas criaturas impacientes que entrevistaram Glenn, um colega de profissão, sem esboçar um único sorriso no rosto, foi a réplica do próprio Dória. A intenção era bombardear Glenn com perguntas idiotas, mas incisivas e nenhum dos jornalistas que participou dos ataques a Glenn, com canhões trovejando bobagens, beirando ao infantilismo, negou-se a participar daquela inquisição que envergonha quem guarda o mínimo de distância do jornalismo de arquibancada.

Glenn nem piscou diante da cerrada coluna tucana que foi armada para agradar o Dória. As perguntas, carregadas de breu, tinham a intenção de criminalizar o jornalismo investigativo do Intercept, em favor da Lava Jato pelos jornalistas de Dória, sócio político de Moro. Isso tudo absolutamente inédito, até para o nível do Roda Viva que, em consequência, recebeu, na madrugada, uma chuva de críticas nas redes sociais, tal o nível baixo do jornalismo de clientela. Isso, no mesmo dia em que o Intercept sacudiu o país com novas e escabrosas revelações em que o espingolado Dallagnol aparece fazendo uma espécie de coleta milionária de dízimo entre empresários, muitos já manchados com algum tipo de envolvimento em investigações da própria Lava Jato. Lógico, tudo em nome das boas causas, como é o padrão dos lavajatistas, ao estilo toda picaretagem vale a pena se a grana não for pequena.

Isso, porque novamente Dallagnol, num caldo de paspalhice retórica, não nega que rodou com a sacolinha para arrecadar verdadeiras fortunas em nome da farda dos combatentes da corrupção.

O fato é que não há mais como o tucanato usar a máquina enferrujada do Roda Viva como panfleto político, menos ainda a qualquer espaço retórico para explicar a vigarice em último grau dos membros da república de Curitiba com seus capotões de intocáveis.

Os leões da liga da justiça estão sem dentes, não sobrou um que não faça parte de um croqui desse verdadeiro Estado paralelo, como bem disse Gilmar Mendes. Assim, diante dessa limpidez primitiva, o país só espera que, se ainda existe um sopro de justiça, que Lula seja imediatamente libertado e que Moro, Dallagnol e o califado curitibano enfrentem a lei.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Vídeo – Glenn Greenwald no Roda Viva: um jornalista brilhante sendo entrevistado por jornalistas medíocres

Assistir, no Roda Viva, aos súditos de Sergio Moro, perfilados, numa mal disfarçada defesa dos crimes praticados pelos procuradores e juiz da Lava Jato e comparar com a ótima entrevista que Glenn deu para Juca Kfouri na TVT, seria covardia, já que os que estiveram hoje no Roda Viva que, certamente, achavam Moro indestrutível, vieram com todos os clichês condensados na ponta da língua para tentar, numa modorrenta ladainha, culpar o jornalismo, a fonte ou qualquer coisa que tirasse das costas de Moro, Dallagnol e a gangue de Curitiba a responsabilidade pelos crimes que cometeram.

Resultado, a entrevista foi estática por força da mediocridade dos jornalistas que entrevistaram Greenwald, gente que nunca se preocupou com fonte na hora de estampar com garrafais acusações sem provas, vazadas pela Lava Jato, tentando atacar a reputação do Intercept porque ele usou vazamentos de um suposto hacker que teria cometido o crime de roubar essas informações.

Lógico, Glenn, um jornalista para lá de experiente, reconhecido no mundo todo, só não bocejou diante de tanta infantilidade das perguntas, porque foi muito educado. Mas não teve como impedir o tédio que a entrevista acabou provocando, quando todos esperávamos que a entrevista iluminasse ainda mais esse assunto pela qualidade do entrevistado, mas, ao contrário, os jornalistas projetaram em Glenn a própria imagem, possivelmente a mando dos chefes. O resultado foi um espetáculo de mesmice, perdendo uma grande oportunidade de fazer do programa um momento histórico.

Ainda assim, valeu assistir a Glenn dar umas saraivadas educadas nos que tentaram induzi-lo a alguma escorregadela que pudesse servir de bengala para um tipo de jornalismo brasileiro que se interessa mais por pegadinhas do que pelo aprofundamento dos fatos.

Assista à entrevista

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

Categorias
Uncategorized

Fachin pede urgência a PGR sobre parecer de pedido de anulação de condenações de Lula

O ministro Edson Fachin pediu urgência a Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre um pedido de liberdade e de anulação das condenações contra o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, pediu nesta segunda-feira (2) à Procuradoria Geral da República (PGR) para se manifestar sobre um pedido de liberdade e de anulação de condenações apresentado pela defesa do ex-presidente Lula.

A defesa de Lula pediu a anulação das condenações do caso do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. Os pedidos são baseados na decisão da Segunda Turma da Corte, que anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, em processo julgado por Sergio Moro. Os ministros consideraram que, por ter sido delatado, Bendine deveria apresentar as alegações finais depois dos delatores, e não no mesmo prazo, como havia determinado Moro.

Desde o início da Operação Lava Jato, a Justiça vinha dando o mesmo prazo para todos os réus, como prevê o Código de Processo Penal, independentemente de serem delatados ou delatores.

“Dada a relevância jurídica da matéria colha-se desde logo parecer da PGR”, determinou Fachin na decisão, sinalizando que deve tomar uma decisão liminar sobre o assunto. Isso porque ele ordenou que a PGR se manifeste antes mesmo de ele receber informações das instâncias inferiores sobre o andamento do processo. Em geral, o ministro só pede parecer após receber todos os dados.

 

*Com informações do 247

Categorias
Uncategorized

Gilmar Mendes: Lava Jato criou um ‘Estado paralelo que integrava um projeto de poder’

O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que é preciso separar o hackeamento do conteúdo das mensagens divulgadas pelo The Intercept. “As pessoas que participaram das conversas não negaram que tenham participado. Então, assumindo que isso se deu, há que se prestar contas”, destacou o ministro, afirmando que a Lava Jato criou um “Estado paralelo que integrava um projeto de poder”.

Em entrevista à rádio CBN, nesta segunda-feira (2), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a falar sobre o conteúdo das mensagens vazadas pelo The Intercept. Segundo ele, as mensagens revelaram “a atuação proativa do juiz” Sergio Moro, o que “gerou suspeita”.

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, o ministro disse que o Judiciário vive a sua maior crise institucional. “O sistema todo foi contaminado por essa coisa”, enfatizou, afirmando que a Lava Jato criou um “Estado paralelo que integrava um projeto de poder”.

“Há uma frase que diz que o trapezista morre quando pensa que voa. E acho que os trapezistas aqui pensaram que voavam”, acrescentou.

Para o ministro, é preciso separar o hackeamento, crime que, segundo ele, merece repúdio e punição, do conteúdo das mensagens divulgadas. “As pessoas que participaram das conversas não negaram que tenham participado. Então, assumindo que isso se deu, há que se prestar contas”, destacou.

Gilmar Mendes também falou sobre os comentário debochado de procuradores sobre a morte de parentes do ex-presidente Lula.

“É interessante que alguém observava que a população se sensibilizou muito que os procuradores tiveram em torno dos enterros dos familiares de Lula, e da falta de sensibilidade moral”, avaliou. “Porque a população entende isto. Talvez não entenda o debate jurídico, que está por trás de todas essas coisas, mas aquilo que ela entende, ela repudia. Ela sabe o que é enterrar um parente, enterrar um neto. E fazer a brincadeira sobre isso mostra uma falta de sensibilidade moral muito grave”.

 

*Com informações do 247