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Bolsonaro mais perto do próprio inferno golpista

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de liberar o acesso integral às provas coletadas pela PF no caso da trama golpista de 2022 para Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno e tenente-coronel Mauro Cid, avança a fase de instrução do processo.

Moraes determinou que a PF indique o melhor meio para as defesas e a PGR acessarem o material, mantendo sigilo sobre conteúdos de cunho privado.

Ele também autorizou a oitiva de testemunhas indicadas pelas defesas de Bolsonaro e dos outros sete réus, incluindo militares e ex-autoridades do governo.

Após essa etapa, a Primeira Turma do STF julgará o caso, decidindo pela condenação ou absolvição dos réus

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A justiça é como as serpentes, só morde os pés descalços

Essa magnífica frase do grande Eduardo Galeano. descrita no título, é de uma crueza tão verdadeira que parece se materializar como um punhal que rasga a alma de quem sonha com um mundo minimante igualitário.

A frase de Eduardo Galeano, com sua cruz poética, expõe a desigualdade crônica da justiça, que parece punir seletivamente os mais vulneráveis ​​enquanto poupa os privilegiados.

É um punhal sim, que corta fundo, revelando uma ilusão de igualdade em um mundo onde os “pés descalços” sempre levam a pior.

Galeano, com sua habilidade única, transforma a crítica social em uma imagem tão vívida que é impossível ignorar.

A prisão domiciliar de Collor é justificada legalmente por sua idade, saúde e pelo artigo 103 da LEP, mas a rapidez e o contexto da decisão reforçam a percepção de privilégio.

A justiça brasileira, nesse caso, parece homologada com a crítica de Galeano: é uma serpente que morde seletivamente, poupando os poderosos, enquanto pune com rigor os vulneráveis.

O caso expõe a necessidade de uma reforma profunda no sistema judicial e prisional, que combata a desigualdade e restaure a confiança na imparcialidade da lei.

Enquanto isso, a alma daqueles que sonham com um mundo igualitário, continua sendo rasgada por esse punhal.

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Política

A anistia meia bomba que pretendem aplicar aos golpistas, é assinatura numa folha em branco para futuros golpes mais violentos

Golpista não se perdoa. Se pune pela letra da lei.

A ideia de uma “anistia meia bomba” para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, é uma ideia de jerico altamente contraditória e perigosa.

Isso é um troço estapafúrdio!

Na prática, representará um incentivo a novas tentativas de ruptura democrática.

Anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito, como os de 8 de janeiro, sinaliza com clareza límpida que atos antidemocráticos têm consequências pífias, bobocas.

Uma espécie de ai, ai, ai da vovó para o netinho peralta.

Alexandre de Moraes, por exemplo, afirmou que “não existe possibilidade de pacificação com anistia”, pois “o crime anistiado é um crime impune, e a impunidade vai gerar mais agressividade”.

Juristas, como Vitor Schirato, da USP, reforçam que isso representaria um “enfraquecimento enorme da democracia”

Nossa conclusão é que isso “é uma assinatura uma folha em branco para futuros golpes mais violentos” ecoa preocupações de analistas e manifestantes.

A historiadora Marina Gusmão de Mendonça, ao comentar os esforços golpistas históricos no Brasil, observa que anistias a revoltosos, como na Revolta de Jacareacanga, não sorriram ânimos golpistas, mas os encorajaram.

Posts nas redes sociais como o de @EsquerdaLibre, alertam que anistiar golpistas seria “premiar criminosos e dar espaço para uma nova tentativa de ruptura”.

Sim, isso é dançar valsa na boca de um vulcão.

O atentado com bombas em Brasília em novembro de 2024, perpetrado por Francisco Wanderley Luiz, foi apontado como um exemplo do que pode surgir quando o discurso de ódio e a impunidade são tolerados.

Leonardo Sakamoto, em coluna no UOL, argumenta que o ato “mandou para os ares qualquer chance de anistiar os golpistas”, reforçando a necessidade de punições rigorosas para evitar novos ataques.

Aprovar uma anistia, mesmo parcialmente, poderia gerar um conflito entre poderes.

O STF, que já condenou 371 pessoas pelos atos de 8 de janeiro, provavelmente questionaria a constitucionalidade de uma lei que interfere em decisões judiciais.

Os juristas apontam que a anistia violaria a separação de poderes e o princípio da coisa julgada, além de ser inconstitucional por perdoar crimes contra a democracia.

]Uma pesquisa do Datafolha de abril de 2025 mostrou que 56% dos brasileiros rejeitaram a anistia, contra 37% a favor,

Movimentos de esquerda, como a CUT, MST e frentes como o Brasil Popular, têm organizado atos contra a anistia, como os realizados em março de 2025 em oito capitais. Esses grupos associaram-se à anistia como uma tentativa de legitimar o bolsonarismo e sua retórica antidemocrática.

Enfim, o amplo escopo do projeto poderia beneficiar Bolsonaro e outras figuras de destaque, potencialmente anulando investigações e condenações em andamento.

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Eles estão de volta

Essa semana foi anunciada com estardalhaço a formação da federação entre União Brasil e Partido Progressista, duas das maiores legendas da direita oligárquica brasileira. Os partidos têm origem comum: o PP é o antigo PDS, Partido Democrático Social, criado a partir da ARENA, a legenda oficial da Ditadura Militar; já o União Brasil foi criado recentemente unindo o Democratas – antigo PFL, oriundo da mesma ARENA – e o PSL, partido que abrigou Bolsonaro e as viúvas do regime militar nas eleições de 2018.

Mas a reunificação, 45 anos depois, dos partidos cuja origem remonta a uma das experiências mais violentas e autoritárias da história brasileira, não é por si só digna de todo o barulho, justificado pelo fato da nova federação reunir, a partir de agora, o maior grupo parlamentar do Congresso Nacional, com 109 deputados e 14 senadores.

Na verdade, o interesse em torno da nova federação tem outra razão. Todos sabemos que a extrema direita, desde a vitória de Bolsonaro em 2018, assumiu a hegemonia no campo das forças conservadoras. Embora mantenha o maior bloco parlamentar no Congresso – o chamado “Centrão” – a velha direita oligárquica tornou-se caudatária do radicalismo extremista, incapaz que tem sido de apresentar um projeto para o país com capacidade de agregar parte relevante da sociedade. É verdade que novas forças de direita como PSD e MDB seguem tendo peso eleitoral, mas a liderança política e social na direita é do bolsonarismo.

Esse fenômeno, no entanto, gerou dois problemas para essa velha direita. O primeiro é tornar-se refém de uma personalidade como Bolsonaro. Além de ser uma liderança outsider do baixo clero da direita, o ex-presidente tem um projeto de poder próprio, mais alinhado à agenda da extrema direita global que aos interesses corporativos e imediatistas da direita oligárquica. Como liderança carismática, Bolsonaro interdita o surgimento de novos nomes e assume um peso desproporcional na direção do campo conservador.

O segundo problema tem a ver com as tensões dentro dos setores mais moderados da direita, que acabam fugindo ao controle e se movimentando rumo ao lulismo, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, parte da direita liberal simplesmente não engole Bolsonaro e sonha com um projeto de tipo europeu – a tal “terceira via” – liderada por um “Macron brasileiro” ou algo do tipo.

O paradoxo da velha direita oligárquica é esse: bolsonarizar-se definitivamente ou lutar para retomar a hegemonia de seu campo, perdida pelo PSDB quase uma década atrás. Mas porque uma nova federação agora? A primeira razão não poderia ser mais fúnebre. Além da inelegibilidade, a situação de saúde de Bolsonaro parece cada vez mais complicada.

Diante das indefinições sobre seu futuro, a velha direita se antecipa antes que Michele ou Eduardo Bolsonaro se lancem como sucessores naturais do líder da extrema direita. A segunda razão é mais pragmática. Para convencer Tarcísio de Freitas a encampar uma candidatura presidencial, a direita oligárquica deve mostrar que pode prescindir do bolsonarismo.

A questão, porém, é que embora Tarcísio seja visto como mais moderado que Bolsonaro e a velha direita seja vista como mais previsível que a direita radical, a verdade é que o bloco PP-União tem a mesma origem autoritária, violenta e elitista do bolsonarismo. Ambos expressam o desejo de frear o impulso democrático que o Brasil vive desde os anos 1980 e voltar aos anos de dominação violenta sobre os que vivem do trabalho. É como se estivéssemos revivendo o conflito entre “linha dura” e “moderados” dentro da ARENA. O Brasil não tem nada a ganhar com essa disputa, qualquer que seja o resultado.

O mercado, com a força política e o discurso liberal da nova federação, que tem os ex-bolsonaristas Arthur Lira e Ciro Nogueira como nomes de proa, torce secretamente – ou nem tanto – para que as velhas raposas do Centrão retomem as rédeas da direita e tragam a “normalidade” de volta. Só faltou combinar com os quase 15% de radicais de extrema direita que não parecem dispostos a retroceder em sua guerra santa contra o comunismo.

*Juliano Medeiros/ICL

*Juliano Medeiros é Historiador, Cientista Político, professor convidado da FESPSP, presidente do Conselho Consultivo do Instituto Futuro e ex-presidente do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL (2017-2023).

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Teatro a UTI decepciona e retrato pintado do monstro golpista, encalha

Ninguém quis saber do retrato de seu Jair em leilão.

Foi para o sebo de uma solitária no aquém do além no fim do mundo

Um retrato do líder do golpe, Bolsonaro, pintado pelo artista plástico Daniel Lannes, não despertou qualquer interesse de colecionadores durante leilão promovido pela Galeria Blombô.

Segundo as más línguas, as pessoas tapavam o nariz quando passavam perto do quadro de mau gosto.

Nem de graça alguém quer, porque sujeito é pé frio e atrai azar.

Com lance inicial de R$ 4 mil, a obra não recebeu nenhuma oferta no site Iarremate. Zero!

O retrato fazia parte de um conjunto de 220 lotes leiloados nos dias 28 e 29 de abril.

Segundo a galeria, 75% das obras foram arrematadas, mas a peça de Bolsonaro acabou encalhada e fracassada, como o público do palco armado na UTI, frustrando as expectativas dos organizadores.

Nem na feira de Acari.

A sucata precoce não será reapresentada nos próximos leilões da Blombô. Vai direto pro lixo dos excomungados.

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STF rejeita preliminares da defesa e mantém ação contra Bolsonaro e aliados

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, afastou a absolvição sumária dos réus e autorizou acesso a todas as mídias e documentos apreendidos pela Polícia Federal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou, nesta quarta-feira (30), mais uma preliminar das defesas dos réus do chamado Núcleo 1, do qual faz parte Jair Bolsonaro e mais sete aliados, e manteve a ação penal que foi aberta contra eles pela Primeira Turma da Corte.

Além do ex-presidente estão nesse grupo Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Alexandre Ramagem, (ex-diretor da Abin); Augusto Heleno, (ex-ministro do GSI); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); Walter Braga Netto (ex-chefe da Casa Civil); Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).

Eles respondem pelos crimes de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Organização criminosa, Dano qualificado ao patrimônio da União e Deterioração de patrimônio tombado.

Em nota, o STF diz que Moraes, relator do caso, afastou a absolvição sumária dos réus e autorizou acesso a todas as mídias e documentos apreendidos pela Polícia Federal (PF).

A defesa voltou a alegar cerceamento de defesa, incompetência do Supremo para julgar o caso, suspeição do relator e necessidade de julgamento conjunto com outras denúncias relativas aos mesmos fatos.

Na decisão, o ministro observou que essas alegações já foram examinadas e afastadas pela Primeira Turma na sessão em que foi recebida a denúncia.

O ministro também rejeitou os pedidos de absolvição sumária apresentados por Mauro César Barbosa Cid e Paulo Sérgio de Nogueira Oliveira e afastou a possibilidade em relação aos demais réus.

Ele explicou que a denúncia demonstrou, de maneira suficiente, a materialidade e os indícios de autoria, e as defesas juntadas pelos réus não trouxeram nenhuma das hipóteses legais para o reconhecimento da absolvição sumária.

O relator aceitou pedido das defesas de Bolsonaro, do general Augusto Heleno e de Mauro Cid para a disponibilização de todas as mídias e todos os documentos apreendidos pela PF na fase de investigação. Também deferiu os depoimentos das testemunhas elencadas pelos réus.

Por fim, o ministro determinou que a PF informe o melhor meio para que as defesas e a Procuradoria-Geral da República acessem o material apreendido durante as investigações.

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Novo presidente do INSS é escolhido por Lula; Governo agiu rápido

Novo presidente do INSS foi escolhido pelo presidente Lula nesta quarta-feira (30). O procurador federal Gilberto Waller Júnior assume o cargo com nomeação da ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.

O ato será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União. Tradicionalmente, a nomeação do presidente do INSS cabe ao ministro da Previdência Social.

Quem é o novo presidente do INSS após escândalo de fraude?
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, Waller Júnior tem pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Ele entrou no INSS como procurador em 1998, tendo ocupado os cargos de corregedor-geral de 2001 a 2004 e subprocurador-geral de 2007 a 2008.

Waller também trabalhou na Controladoria-Geral da União (CGU), onde ocupou o cargo de ouvidor-geral da União de 2016 a 2023. Atualmente, ele é corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).

Fraude na instituição
O procurador federal assumirá o posto de Alessandro Stefanutto, demitido do cargo após a Operação Sem Desconto da Polícia Federal revelar a existência de um esquema de fraudes no órgão entre 2019 e 2024, que descontou indevidamente contribuições de aposentados e pensionistas a entidades e organizações sociais.

No mesmo dia da operação, a Justiça Federal determinou o afastamento de Stefanutto, por omissão diante de denúncias de fraudes nos repasses às entidades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a exoneração de Stefanutto na mesma noite.

Desde a última quinta-feira (24), a diretora de Orçamento, Finanças e Logística do INSS, Débora Aparecida Floriano, ocupava a presidência interina da autarquia. Além de Stefanutto, a Justiça determinou o afastamento de cinco servidores do órgão, posteriormente demitidos.

Na terça-feira (29), o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, autorizou a quebra de sigilo telemático de Stefanutto. Segundo o magistrado, o fim do sigilo permite o aprofundamento das investigações do esquema de descontos em aposentadorias e pensões.

*TVTNews

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OMS alerta para destruição de “corpos e mentes” de crianças em Gaza

Reuters – Os corpos e as mentes das crianças em Gaza estão sendo destruídos após dois meses de bloqueio de ajuda e novos ataques, disse nesta quinta-feira o diretor executivo do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 2 de março, Israel bloqueia a entrada de suprimentos médicos, combustíveis e alimentos em Gaza.

“Estamos destruindo os corpos e as mentes das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de Gaza de fome. Somos cúmplices”, disse o diretor executivo do programa, Michael Ryan, a repórteres na sede da OMS.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, acrescentou.

Israel diz que a decisão de bloquear os suprimentos teve como objetivo pressionar o Hamas a libertar os reféns, já que o acordo de cessar-fogo estava estagnado.

“O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, disse Ryan, alertando que os casos de pneumonia e meningite em mulheres e crianças podem aumentar.

Israel negou anteriormente que Gaza esteja enfrentando uma crise de fome. O país não deixou claro quando e como a ajuda será retomada.

Os militares israelenses acusam o Hamas de desviar ajuda, o que o grupo nega.

As Nações Unidas alertaram esta semana que a desnutrição aguda entre as crianças de Gaza estava piorando.

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Tomando bola nas costas de Tarcísio e Ciro Nogueira, Bolsonaro deixa UTI do após duas semanas em cartaz

Vendo que está sendo enterrado vivo pelos próprios aliados, Bolsonaro saiu de cena.

Seu show de horrores no picadeiro da UTI acionou a luz amarela avisando ao badalhoca que a chaleira dos traidores estava apitando a mil.

Sim, Ciro Nogueira já está se anunciando, nos bastidores, candidato a vice de Tarcísio de Freitas, o bibelô da Faria Lima.

Atualmente, Bolsonaro é visto como uma Bola de merda agarrada nos fundilhos da direita.

Isso mesmo. Bolsonaro, no submundo bolsonarista, é classificado como um empata.

Alguém que virou apenas uma mistura de restos de fezes com pequenas partículas de papel higiênico que se enrolam e prendem nos pelos anais.

Essas partículas são de difícil remoção.

Por isso, para a direita, é bola para o mato que o jogo é de campeonato.

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Tiro da anistia saiu pela culatra

Só os diabos menores do 8 de janeiro serão anistiados ou terão penas reduzidas. Bolsonaro e militares do comando, não.

A insistência de Bolsonaro em uma anistia ampla parece ter gerado um efeito contrário, fortalecendo acordos que o excluem e isolam seus aliados, como sugerem análises e posts nas redes e mídia.

O “tiro da anistia” saiu pela culatra porque a articulação de todos os bolsonaristas, ao buscar proteger, acabou viabilizando um consenso que pune os principais responsáveis.

Com essa anistia seletiva, Malafaia, aos berros, foi à loucura como se o preso, no caso de condenação, não fosse Bolsonaro, mas o próprio pastor charlatão.