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Matéria Opinião

Globo enterra a Lava Jato e proclama a inocência de Lula

Quando O Globo abre um editorial de Ascânio Seleme, depois de cinco anos de exploração de um seriado policial de quinta categoria que jogou o Brasil no chão, muita coisa precisa ser compreendida.

O clero da mídia nativa não daria uma sentença de inocência a Lula por suas virtudes ou por absoluta falta de provas de que ele tenha cometido qualquer crime.

Em primeiro lugar, se o objetivo da Globo era fazer de Moro um novo Collor, não é mais. A porta principal da sala dos Marinho que abria no automático para o líder do califado curitibano, está trancada para ele. O chão da Globo para Moro, amoleceu. A rotação da terra produziu a noite e, com ela, as trevas onde Moro se encontra.

A imagem do herói revestido de juiz, evaporou-se e Moro, feito alma penada, anda vagando pelas redes sociais depois de sua derrota no STF.

O que o Globo fez foi jogar a última pá de cal no caixão daquele que, como muito bem disse Glauber Braga, entrará para a história como um juiz corrupto e ladrão. Os Marinho, agora, querem distância do leproso para não receberem um abraço de afogado.

Os Marinho não mudaram de lado, somente tiraram Moro do lado deles, o que naturalmente joga luz na inocência de Lula. Se Moro já estava na beira do barranco, o Globo tomou-lhe o troféu “Faz Diferença” e empurrou-lhe com o pé, dizendo claramente que ele já não faz qualquer diferença.

Sem a toga, Moro, num erro de cálculo que abandonou prematuramente, o leão de Curitiba ficou desdentado. Ele se transformou num “nem nem”, nem juiz, nem ministro, nem líder político e nem a carteira da OAB ele tem. Ou seja, está literalmente num mato sem cachorro.

O Globo, por sua vez, pode fazer de tudo, mas nunca apostar num pangaré perneta.

Aquele juiz malvado, durão que, há pouco tempo, dava garupa a Bolsonaro em sua popularidade, desmanchou, escorregou no próprio pelego do mercado que ajudou a colocar no poder. No lugar das rosas, um rosário de capim.

Aquela mídia que afrouxava os olhos para seus desmandos, transformou-se num pitbull vigilante da legalidade e, automaticamente, recolheu o tapete vermelho da corja da Lava Jato para quem sempre esteve estendido na ilha da fantasia dos barões da mídia nativa.

Quanto a Lula ser o candidato do PT anunciado pelo Globo, é o rio correndo para o mar e a devolução de seus direitos políticos é o fio da meada de uma democracia que se perdeu completamente depois do golpe em Dilma, gerando um monstro que, além de quebrar a economia, ceifou a vida de 100 mil brasileiros por Covid-19 para agradar ao mercado, salvar toda a família de bandidos comandados pelo próprio, como mostram os depósitos de Queiroz e sua mulher na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estampado em todos os jornalões Brasil afora.

Isso revela que o “combate à corrupção” de Moro tirou uma presidenta honrada com um golpe de Estado, prendeu um ex-presidente da República absolutamente inocente para colocar no poder, primeiro, um corrupto como Temer, pego com a boca na botija “mantenha isso, viu!” e, agora, não só Bolsonaro, mas a família inteira de corruptos e milicianos.

Não há Globo que segure uma marimba dessa. Tchau querido!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Política

Globonews entra em êxtase com a decisão de Fachin de blindar a Lava Jato

Talvez nem os lavajatistas tenham comemorado tanto a decisão de Fachin de anular a de Toffoli, exigindo que o banco de dados da Lava jato fosse entregue à PGR.

O que ficou escancarado é que a Globo tirou a corda do próprio pescoço tal a euforia dos seus mais presentes colaboradores, principalmente da Globonews. Isso mostra a nojeira que está por trás de uma operação criada pela própria Globo para manipular a justiça a modo e gosto, revelando que nesse país o sistema de justiça não passa de um nome fantasia e que o bem ou o mal, o certo ou o errado, o lícito ou o ilícito são definidos pela terceira turma do STF, a própria Globonews.

Diante de um descalabro desse é piada dizer que o Brasil tem democracia, porque agora nem paisagem de estúdio consegue disfarçar um processo que, de tão artificial e manipulado, pelas redações da grande mídia que coloca o país inteiro para servir aos interesses dos detentores do grande capital.

É o sequestro da cidadania, da democracia, da justiça, com Supremo com tudo, como bem disse Romero Jucá em mensagem trocada com Sergio Machado sobre a arquitetura do golpe contra Dilma, mostrando o quanto a classe dominante é bananeira, o quanto ela se acha a dona desse país e dos brasileiros, como se vivêssemos ainda no século XIX.

Por isso, algo muito sério tem que acontecer para que o povo tome o país nos braços, porque a história parece que não para de se repetir e com os mesmos personagens, a partir de Getúlio Vargas até os dias que correm.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Política

Na GloboNews, Felipe Neto critica o próprio canal e a rival CNN Brasil.

Entrevistado neste domingo (02) na GloboNews, o youtuber Felipe Neto criticou o canal de notícias do Grupo Globo por ajudar a “validar” a posição de “negacionistas da pandemia e negacionistas da necessidade de isolamento social”.

Felipe se referiu especificamente ao deputado Osmar Terra (MDB-RS), convidado para debates no canal. “Toda semana ele fala que a próxima semana é o fim constatado da pandemia. Ele está falando isso desde março. Falou que iam morrer mil pessoas e continua até hoje arrotando que está certo em relação à pandemia”.

O youtuber foi ainda mais duro com a CNN Brasil, concorrente da GloboNews. A jornalista Cristiana Lôbo perguntou se ele se sentaria para discutir o projeto das fake news, que está sendo debatido no Congresso, com blogueiros que defendem o governo Bolsonaro. “Eu não me sentaria da mesma forma que eu não aceito aparecer na CNN Brasil pela mesma razão”, disse. (…)

Na visão do youtuber, os meios de comunicação precisam fazer um contraponto mais efetivo a pessoas que disseminam informações falsas. “E aqui não estou falando de opiniões divergentes, estou falando de negacionistas científicos, péssimos revisionistas históricos, pessoas que intencionalmente deturpam, manipulam e negam o que a ciência diz para tentar vender uma ideologia”.

(…) Do UOL

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Matéria Política

Oposição quer cassar chapa Bolsonaro/Mourão após extensa matéria da Globo sobre fake news

Programa fez questão de destacar que as informações coletadas pelo Facebook de contas de assessores próximos à família Bolsonaro podem ser adicionadas às ações do STF que pedem a cassação do presidente.

A revelação de que a máquina de mentiras do bolsonarismo, feita pelo Fantástico, funciona dentro do Palácio do Planalto é motivo suficiente para a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão, avaliam líderes da oposição. “Matéria do Fantástico apresenta provas do Facebook, de que o gabinete do ódio funcionava dentro do Planalto e que as fake news foram difundidas nas eleições de 2018 por Bolsonaro. Isso caracteriza crime de responsabilidade e são provas suficientes para a cassação da chapa”, aponta o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

“Fake news não é liberdade de expressão. É um crime que Bolsonaro transformou em política de governo p/ viabilizar seu projeto golpista. O alvo não é a oposição, é a democracia. É urgente que a Justiça autorize a quebra dos sigilos fiscais e telefônicos desse bando”, reforçou Marcelo Freixo (Psol-RJ).

“Fantástico.Reportagem c/testemunho do diretor do Facebook aponta que Bolsonaro é o chefe da fábrica de difamação e fake news.Eduardo,Flávio, Tércio Arnaud e/assessores pagos c/$ público multiplicam mentiras.São crimes para cassar a chapa Bolsonaro/Mourão e prender estes criminosos”, disse Ivan Valente (Psol-SP).

O programa Fantástico, da Globo, veiculou em sua edição da noite deste domingo (2) uma longa reportagem mostrando detalhes sobre a investigação do Facebook que derrubou páginas de assessores próximos à família Bolsonaro que são utilizadas para disseminar fake news e promover ataques contra adversários.

Durante a exibição da matéria, o programa procurou evidenciar a proximidade entre assessores que se fingiam de “jornalistas” com o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e deputados bolsonaristas.

No dia 8 de julho, o Facebook derrubou uma rede de distribuição de fake news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ). Todos tiveram destaque na matéria do Fantástico.

Técnicos da rede social identificaram 35 contas, 14 páginas e 1 grupo, além de 38 contas no Instagram, que pertence ao Facebook. O grupo contava com 350 participantes. Já as páginas no Facebook somavam 883 mil seguidores, e os perfis do Instagram, 917 mil.

Já neste sábado (1), o Facebook informou que acatou pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai bloquear, em todo o mundo, as contas de perfis bolsonaristas.

Por trás desses perfis, estavam assessores, pagos com dinheiro público. Eles estão sendo acusados de manipular o debate público na internet, usando fake news, desinformação e ataques a adversários do presidente.

A medida vem após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, aumentar o valor da multa diária contra a rede social para R$ 1,2 milhão e cobrar o pagamento de R$ 1,92 milhão por descumprimento da ordem judicial, no âmbito do inquérito das fake news. O ministro também intimou pessoalmente o presidente da empresa no país a cumprir sua determinação.

Dando detalhes de como funcionava a operação das páginas de fake news bolsonaristas, o Fantástico destacou, por exemplo, as notícias falsas criadas sistematicamente contra Fernando Haddad (PT), oponente de Bolsonaro na eleição de 2018.

A reportagem também ressaltou que as informações colhidas pelo Facebook sobre as páginas foram enviadas à Polícia Federal e podem ainda serem anexadas às ações que pedem a cassação de Bolsonaro no STF.

https://globoplay.globo.com/v/8745676/

 

*Com informações da Forum/G1

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Depois de servir de capanga por 16 meses, Moro diz que deixou o clã por compromisso com o combate à corrupção

Em entrevista à revista americana Time, Moro, já em campanha, afirmou que decidiu deixar o governo Bolsonaro por não ver nele um compromisso sério com o combate à corrupção.

Moro pode fazer esse papel de mocinho de baile de debutante no exterior, mas aqui no Brasil não se cria nem no mundo dos abestados bolsonaristas.

Questionado sobre os recentes ataques de bolsonaristas que, antes, o aplaudiam e das acusações de que não foi leal a Bolsonaro, respondeu: “Eu não entrei no governo para servir um mestre. Entrei para servir o país, a lei”.

O capanga da milícia só não disse que serviu ao clã Bolsonaro a partir da lei do Estado paralelo de Rio das Pedras protegendo até mesmo o Queiroz.

Sobre a crise gerada com o pedido de demissão, afirmou: “Não era minha intenção prejudicar o governo. Mas eu não me sentiria confortável com minha consciência sem explicar por que estava saindo.”

Verdade. Só se esqueceu de dizer, como se viu na troca de mensagens entre ele e Carla Zambelli que, se Bolsonaro suspendesse a exoneração de Valeixo, ele ficaria no governo trocando beijos com o patrão.

Sem falar que Moro, na Lava Jato, protegeu os tucanos o máximo que pôde sem que nenhum corrupto do PSDB sequer fosse incomodado.

Lógico que não falaria para a Time que barganhou a cabeça de Lula com Bolsonaro para ser ministro da milícia.

Como pode alguém confiar nesse canalha mau-caráter?

Oportunista, frio e calculista, Moro, o novo namoradinho do Brasil, que a Globo quer emplacar em 2022, segue fazendo o que sempre fez, articulação midiática.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O ataque da Globo a Lula ontem mostra que a fonte do fascismo nativo é a redação do JN

Lógico que os Marinho entenderam o que Lula quis dizer quando mencionou a frase “ainda bem que a natureza criou o coronavírus” sobre a qual, em seguida, retratou-se.

Mas é aí que está o problema.

Lula estava falando da necessidade da participação efetiva do Estado na vida dos brasileiros, sobretudo na proteção dos mais pobres.

E isso é o que os Marinho, neoliberais de aluguel, mais detestam.

Se Lula estivesse elogiando o mercado, jamais a Globo pinçaria uma frase tirando-a de contexto para parecer o oposto do real significado.

É só lembrar a campanha da Globo pelo fim da CPMF e a favor da PEC do fim do mundo que tiraram milhões de verba da saúde.

Como bem disse o ex-ministro da saúde, Adib Jatene, a Globo massificou tanto sua campanha para o fim da CPMF, que os pobres, que mais precisam do SUS e nem têm conta em banco, sentiram-se roubados e apoiaram o fim do imposto e, consequentemente, a retirada de milhões da saúde pública.

Essa é lavagem cerebral que criou uma legião de zumbis que hoje está Bolsonarista, mas já foi Aecista, Collorida e será Morista quando a Globo mandar. E esses tontos que ficam vagando na estupidez pessoal ainda v

ão dizer que são contra a Globo, como fazem hoje.

Não foi Bonner que disse a Lula, em pleno JN na campanha de 2006, para Lula acabar com o Bolsa Família e ensinar o pobre pescar? Lógico que Lula deu uma de suas respostas mais brilhantes, dizendo a Bonner que ele não entendia nada de pescaria.

A Globo só repetiu ontem o que ela fez no segundo 2º da disputa entre Lula e Collor, sobre o que Boni confessou que a Globo manipulou o debate dentro da emissora para dar vitória a Collor.

Então, o que se precisa entender é que a queda de Bolsonaro representa uma grande vitória contra o fascismo, mas a batalha final contra os maiores déspotas desse país será contra a Globo dos Marinho.

Uma gigante de comunicação que usa o biombo de jornalismo para manipular a vida política do país a modo e gosto, sem limites. Tudo para atuar em favor de quem seguir a cartilha neoliberal, como fez quando apoiou a eleição de Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Na guerra entre os vermes, Globo mostra os crimes de Bolsonaro e omite os de Moro

Revelar os absurdos de Bolsonaro sem incluir nisso a parceria de Moro, é produzir informação literalmente com meias verdades.

Na guerra entre os vermes, Globo mostra os crimes de Bolsonaro e omite os de Moro. Exatamente como fez na Vaza Jato.

Quanto mais Moro mostra as sujeiras de Bolsonaro, mais mostra como foi sujo quando condenou Lula para esse lixo virar presidente

Os exames de Bolsonaro são mais fake que a mamadeira de piroca. Mas se Moro ainda estivesse no governo, ele, com certeza, avalizaria esses exames como avalizou o depósito de Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Para a farra com cartão corporativo de Bolsonaro, Moro não hesitaria em endossar o chefe se ainda fosse ministro do governo miliciano. Alguma dúvida?

Por trás da pose de delator que a Globo está vendendo de Moro, há um ex-cúmplice misericordiosamente afinado ideologicamente com Bolsonaro.

A Medida Provisória de Bolsonaro que impede a punição de agentes públicos, incluindo ele, que negligenciarem o combate à pandemia é decalcada da excludente de ilicitude de Moro.

Assim, se ainda fosse ministro, Moro passaria o pano para Bolsonaro com salva de palmas.

O fato é que Bolsonaro é um chefe de máfia que está usando a presidência da República para proteger criminosos que, até dias atrás, tinha Moro como principal capanga da milícia, como bem disse o deputado Glauber Braga.

A estratégia de transferência de culpa dos crimes de Moro com Bolsonaro apenas para Bolsonaro, tem sido o grande esforço da Globo.

Moro e Bolsonaro cortaram relações há uma dúzia de dias.

As confissões de Bolsonaro não são os únicos crimes gravados na reunião ministerial que a Globo cobra.

É só liberar vídeos das reuniões anteriores que veremos Moro batendo bumbo com Bolsonaro em outros crimes.

Os vídeos de todas as reuniões deveriam ser liberados e disponibilizados na Netflix. Assim, boa parte da população poderia ver a verdade, sem edição de imagem feita pela Globo para livrar a cara de Moro.

Outro detalhe importante, se o vice-presidente Mourão está no vídeo, deveria ser enquadrado como cúmplice.

Não é sem motivos o apoio no artigo de Mourão a Bolsonaro hoje.

Mourão escancara que não tem qualquer compromisso com a democracia e, ao contrário do que tenta passar, não pode ser alternativa para substituir Bolsonaro.

A verdade é que Moro, vendo que o prazo de validade de Bolsonaro está se esgotando, pulou fora do barco, assim como fazem os ratos, um deles a globo está tentando transformar no novo rei. Mourão sabe disso e está reagindo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro não daria uma cartada tão alta se não tivesse certeza de que Bolsonaro cairia e ele triunfaria

Uma das características mais marcantes de Moro é a frieza que está condicionada à sua ambição. Já no depoimento de Lula a ele, todas as suas palavras eram medidas para parecer que tratava Lula com respeito e, com isso ficava evidente a sua condenação. Moro só cumpria um protocolo, pois já tinha a condenação e a sentença de Lula que já sabia de cor e salteada. O que ele nunca teve e nem poderia ter, porque Lula não cometeu crime algum, é prova.

Moro, sabendo que, para conseguir condenar Lula, ele deveria ser primeiro condenado pelo Jornal Nacional, para tanto, alimentou Bonner durante anos a fio e, assim, construir uma narrativa totalmente desconexa da realidade, na base da massificação, repetindo uma mesma coisa um milhão de vezes para que a força da indústria de massa impusesse uma mentira como verdade.

Assim, Moro, ao contrário do que quis parecer, jamais foi discreto, sempre optou pelo espalhafatoso, pelo pirotécnico, pelos rojões midiáticos, porque se tem alguém com absoluta certeza de que Lula é inocente, esse alguém é Moro. sua parceria com a Globo escancara isso. Se tivesse prova de algum crime contra Lula não precisaria de todo o aparato midiático com que se cercou para suprimir os direitos de Lula e impor a ele uma pena na base do grito, fazendo da justiça brasileira um campo de pelada, aonde quem grita mais forte impõe o conceito da falta.

Isso dito, Moro não entraria nessa guerra com Bolsonaro sem dados objetivos que lhe garantissem duas situações, a de criminalizar e derrubar Bolsonaro e, na mesma medida, apresentar-se como seu substituto na presidência da República.

Moro sempre trabalhou com o produto conjugado entre os meios que utiliza e o momento do ataque. Por isso uma coisa sempre se confunde com a outra, não é um exercício de individualidade. Assim ele se cerca primeiro de uma blindagem midiática monumental, só posa em fotos e participa de eventos ao lado de personalidades da cúpula da classe dominante. Ao contrário de Lula, não há uma foto de Moro ao lado não de pobres, pois é pedir demais para o nazista.

Moro gosta de smoking, assim como sua esposa de brilhos. Os dois parecem sempre caminhar no tapete vermelho de Hollywood. Tudo em torno de sua aura celestial tem que ser anguloso e grandiloquente, do contrário, ele se torna um pinto na chuva, como vimos por algumas vezes quando enfrentou Wadih Damous e, em outras duas ocasiões, Glauber Braga. Vimos toda aquela carapaça do pavão virar um camundongo assustado e fugir pela primeira fresta que encontrou, sem querer sequer ouvir falar no assunto.

É difícil de acreditar que, agora, contra Bolsonaro, o ex-juiz corrupto deu um bico a esmo, isso não faria jamais, não largaria o ministério da Justiça e Segurança Pública e a possibilidade de assumir uma cadeira no STF se não fosse para uma aventura sonhada de se tornar o presidente da República com chances reais de êxito.

Moro vem trabalhando de forma incessante não só a condenação e prisão de Lula, mas simplesmente a sustentação do que mais lhe interessa, uma fórmula que o consagre presidente, perseguindo violentamente Lula para que jamais cruze com ele num debate, mas principalmente numa disputa eleitoral.

Se Moro não colocou todas as cartas na mesa, nem expôs todos os traços fisionômicos de um candidato ao posto máximo da política brasileira, com sua saída do governo cheia de flashes da Globo, cristaliza que por trás de um apelo midiático em suas revelações contra Bolsonaro, há um claro lançamento de sua campanha que pode ser para 2022, mas que também pode ser para agora se a chapa Bolsonaro/Mourão for cassada e a eleição anulada por uso criminoso da indústria de fake news que a CPMI revelou há algum tempo, mas que somente agora a Globo e o próprio STF resolveram descobrir que existe.

Seja como for, Moro sempre apareceu nos momentos decisivos das duas últimas eleições, na primeira, em favor de Aécio, utilizando uma suposta delação de Youssef, sempre ele, contra Lula e Dilma na capa imoral da Veja com a chamada, “eles sabiam de tudo”, reproduzida à exaustão pela Globo às vésperas da votação do segundo turno, delação esta feita pelos seus bonecos de ventríloquos do Ministério Público e, na segunda, mais, a delação de Palocci feita pela Polícia Federal, também marionete de Moro, às vésperas do segundo turno entre Haddad e Bolsonaro para se beneficiar e, com isso, selar sua vaga no ministério da Justiça do governo fascista.

Como escancarou o Intercept na Vaza Jato, Moro é um homem que não usa pancadas para resolver suas pendengas, mas o submundo do aparelho judiciário do Estado brasileiro e, logicamente, a Globo como parceira prioritária para tratar suas vítimas, como foi o caso de Lula, em função daquilo que ele queria fazer parecer e não pelas provas que ele jamais teve contra Lula.

Por isso afirmo, Moro não daria uma cartada tão alta se não tivesse certeza de que Bolsonaro cairia e ele triunfaria.

A pergunta é, quem deu a ele essa garantia?

 

*Carlos Henrique Machado Fretias

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Vou ver de camarote os ratos se digladiarem

Leandro Fortes

“Moro provou, outra vez, que é traíra e que provas não são o seu forte” escreve Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia. “Eu, de minha parte, vou ficar um tempo de camarote, vendo esses ratos se digladiarem”.

A coletiva de Jair Bolsonaro, na verdade, uma encenação bizarra da Santa Ceia, serviu para mostrar ao País que, a partir de agora, está aberta a temporada de caça a Sergio Moro pela milícia virtual comandada por Carluxo, o 02.

O problema é que Moro já começou no tabuleiro de War com a Ásia, a Europa e a Oceania, enquanto Bolsonaro continua na obrigação permanente de destruir o exército vermelho.

A edição de ontem do Jornal Nacional, a qual assisti, na íntegra, contrariando ordens médicas, foi o resgate de Moro pelo Grupo Globo. Até então, a família Marinho vivia o dilema de preservar a imagem do ex-juiz, ao mesmo tempo em que travava uma guerra particular com Bolsonaro.

A partir de ontem, a Globo sentiu-se liberada para voltar a amar Moro louca e incondicionalmente. William Bonner quase teve um orgasmo. Não quero nem pensar como vai ser essa loucura, daqui em diante, naquela bancada hormonal da Globo News.

A coisa foi tanto e de tal forma, que as provas que o JN “exigiu” de Moro sobre as acusações de Bolsonaro, no tocante ao imbróglio do STF, vieram em forma de telas de WhatsApp.

Sim, como aquelas da #VazaJato, liberadas aos borbotões, a partir de conversas no Telegram, pelo The Intercept Brasil, as quais Moro e a Globo se apressaram em desqualificar.

Em uma delas, o presidente insiste na troca do diretor geral da PF, por conta de uma matéria de “O Antagonista” – não por acaso, porta-voz oficial do morismo e da supremacia branca tupiniquim.

Em outra, Moro dedura Carla Zambelli, deputada neofascista, bolsonarista tresloucada, de quem o ex-juiz foi, recentemente, padrinho de casamento, com direito a discurso e tudo.

Em suma, nada de novo no front. Moro provou, outra vez, que é traíra e que provas não são o seu forte.

Eu, de minha parte, vou ficar um tempo de camarote, vendo esses ratos se digladiarem.

Aconselho à esquerda fazer o mesmo.

 

 

*Leandro Fortes/247

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Engana-se quem acha que Mourão vai assumir no lugar de Bolsonaro, a chapa vai cair

A chapa será cassada pelo TSE por fraude eleitoral com fake news.

Moro pulou fora do barco porque foi o rato que soube primeiro e de forma combinada que o STF viria com tudo pra cima do clã Bolsonaro.

Ainda sob o controle de Moro, mas agora sob o comando do STF, a PF vai soltar tudo o que estava represado por Moro contra o clã.

Começou pelo Carluxo e o gabinete do ódio com sua fabrica de fake news. Daí para comprovar a fraude nas eleições pelo mesmo motivo, é um sopro.

A imagem de Moro está sendo azeitada pela mídia.

Vera Magalhães é o Bonner do Estadão e Roda Viva e sabe bem trabalhar isso.

Seu papel na mídia escrita é atacar o PT, Lula, Haddad e Dilma, além de vender Moro como um anjo de candura que participou de um governo de bandidos assassinos por pura ingenuidade, coitadinho!

Se por um lado, a tática da Globo é fingir que não existe Lula, Dilma e Haddad, levantando a bola do rato Sergio Moro, por outro, Vera Magalhães do Estadão vem com tudo e contra todos abraçar carinhosamente o miliciano de Curitiba, detonando Bolsonaro e filhos ao mesmo tempo em que tenta a todo custo não deixar o PT crescer no episódio.

Ora, a coisa está escancarada. Cai a chapa Bolsonaro e Mourão e a Globo vende Moro como um novo Itamar Franco num governo de união nacional.

Mas tudo tem que ser pra ontem. Moro não aguenta 15 minutos de jogo que fará chegar forte em 2022.

Tem que ser agora, cai Bolsonaro e Mourão via TSE, convoca-se em seguida uma nova eleição para presidente e Moro aparece como o homem que vai pacificar o país e seguir a agenda neoliberal de Guedes e FHC sem sobressaltos para o mercado.

Se esse arranjo vai dar certo, eu não sei. Mas é isso que está em curso, um golpe judicial 2.0.

Começam a aparecer pesquisas mostrando que já tem a maioria da população a favor do impeachmant de Bolsonaro.

Já pode cair pelo TSE.

É ilusão imaginar que o gado vai se rebelar se Bolsonaro for cassado.

As manifestações minguadas de ontem mostram que ele já está desidratado. E isso vai piorar ainda mais no decorrer da semana.

O STJ já fez seu papel, não deixar Lula participar da eleição de 2018.

Moro e Mandetta podem até formar uma chapa forte já que são os ministros mais bem avaliados nas pesquisas.

Mas isso é outro capítulo do jogo que está sendo jogado nos bastidores.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas