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Bolsonaro será investigado pela CPI por propagação intencional do vírus

Senadores citam incentivo à imunidade de rebanho como item a ser investigado.

Nas primeiras semanas da pandemia, Jair Bolsonaro mostrou que seu plano era trabalhar para que o coronavírus se espalhasse pelo país. “Como dizem os infectologistas: 60%, 70% da população será infectada, e só a partir daí nós teremos o país considerado imunizado”, disse o presidente, em abril de 2020.

Não se sabe que infectologistas eram aqueles ou de onde veio a matemática macabra, mas o incentivo à imunidade de rebanho se tornou estratégia oficial do governo. O presidente estimulou contaminações, agiu para derrubar restrições impostas para conter o vírus e atrasou uma campanha de imunização inteligente a partir da vacinação em massa.

A CPI da Covid deve se debruçar sobre o papel de Bolsonaro na propagação deliberada do vírus –já apontado numa pesquisa de Deisy Ventura, Fernando Aith e Rossana Reis, da USP. A oposição e o senador Renan Calheiros (MDB), cotado para a relatoria da comissão, citam a defesa da imunidade de rebanho como um dos itens que serão investigados.

O estímulo ao alastramento da doença foi uma opção do presidente. Em maio, o Ministério da Saúde dizia que a imunidade de rebanho não era “a melhor estratégia se você não tem vacina”. Mesmo assim, Bolsonaro agiu contra medidas de contenção e insistiu no papo de que a contaminação generalizada era o caminho.

Ao estimular aglomerações, o presidente dizia que o coronavírus era “uma coisa que vai pegar em todo mundo”. Depois, ao sabotar a compra de imunizantes, ele afirmou que a contaminação era a forma ideal de se proteger. “Eu tive a melhor vacina, foi o vírus. Sem efeito colateral”, declarou, em dezembro. Para Bolsonaro, bastava tomar cloroquina.

Essa linha de investigação ajuda a desmontar a versão fantasiosa de que a tragédia brasileira foi provocada exclusivamente por um vírus desconhecido, que surpreendeu governantes em todo o mundo. O presidente escolheu um caminho e se manteve nele, contra todas as evidências científicas. Bolsonaro sabia muito bem o que estava fazendo.

*Bruno Boghossian/Folha

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Vídeo – Kajuru: Se CPI for séria pode levar ao impeachment de Bolsonaro

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) afirmou hoje, em participação no UOL Entrevista, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) corre risco de impeachment se a CPI da Covid-19 “for séria e independente”. Na visão dele, o governante “cometeu vários erros”, agiu com “desrespeito à imprensa” e pode ser responsabilizado por parte das mortes na pandemia.

O parlamentar entrou em rota de colisão com o presidente depois de divulgar uma conversa telefônica entre eles. Nas gravações, entre outras declarações polêmicas, Bolsonaro pressiona para que os congressistas levem adiante pedidos de impeachment contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A estratégia seria criar um clima desfavorável à instalação da CPI.

Kajuru reproduziu um relato que seria do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta a fim de explicar a razão pela qual atribuiu culpa ao presidente por uma parcela dos óbitos decorrentes da pandemia.

Segundo o senador, o presidente da Pfizer, fabricante de uma das vacinas que estão sendo utilizadas em todo o mundo, teria levado um “chá de cadeira” ao ir a Brasília para uma reunião agendada com o Ministério da Saúde. Após aguardar por horas, o compromisso teria sido cancelado sem mais explicações.

“Mandetta [que foi demitido por Bolsonaro no ano passado devido a divergências de pensamento] vai na CPI e vai contar esse fato. Quando Mandetta disser isso, será motivo para investigação profunda desse caso. Você [Bolsonaro] teve chance de comprar vacina, mas não comprou. Isso provocou mortes. Mesmo que tenha sido o ministro que não quis receber [à época, a pasta era chefiada pelo general Eduardo Pazuello], a culpa é do presidente.”

Para Kajuru, além dos erros em relação às tratativas para aquisição de vacinas, o presidente também falhou em condutas equivocadas durante a pandemia.

“Basta relembrar declarações feitas, entre elas a que não compraria vacina na China, que era gripezinha, que não tomaria vacina para não virar jacaré, filho dizendo para enfiar máscara naquele lugar. Ele não respeitou a ciência. Foi uma tragédia anunciada”, disse.

Apesar das críticas ao presidente, Kajuru afirmou que “ainda não houve motivo cabal” para o pedido de impeachment. “Na investigação, temos que procurar um motivo cabal. Até agora, o impeachment seria ruim para o país e seria injusto.”

“A CPI da Covid-19, sendo séria e independente, isso [o impeachment] pode acontecer. Erro, ele cometeu vários. Desrespeito à imprensa… Eu falei que não se trata a imprensa assim, se trata com atitudes, fazendo trabalho correto. Imprensa não vai bater por bater. Mas dessa forma é difícil. Todo dia xingar a Folha, Globo ou toda a imprensa, foram erros que, normalmente, pela liturgia do cargo você não tem como cometer.”

“Você tem de fazer do limão uma limonada. Tem de peticionar o Supremo para colocar em pauta o impeachment [de ministros] também”, disse Bolsonaro ao senador. “Sabe o que eu acho que vai acontecer, eles vão recuperar tudo. Não tem CPI… não tem investigação de ninguém do Supremo”, disse Bolsonaro, durante a conversa. Kajuru respondeu que já tinha entrado com pedido de afastamento do ministro do STF Alexandre de Moraes, ao que Bolsonaro respondeu: “Você é dez”.

Kajuru afirmou ainda que não teve o intuito de prejudicar o presidente com a gravação, mas, sim, de amenizar a relação entre ele e os senadores.

“O sujeito que falar que eu quis prejudicar é sem cérebro. Minha intenção exclusiva foi para amenizar relação do Senado com ele. Até sábado passado, ele estava chamando todos os senadores de canalhas, [dizendo] que queriam fazer CPI para prejudicar o governo. Eu falei que os senadores querem uma CPI independente e não revanchista”, completou.

*Com informações do Uol

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Bolsonaro quer levar a balbúrdia de seu governo para dentro da CPI, mas nem pra isso tem competência

São 30 anos de estrada no quesito barafunda, já que Bolsonaro em sua longa passagem pelo legislativo não tem um único projeto aprovado, e não tem porque nunca teve competência sequer para impor seus propósitos nefastos.

A única coisa que Bolsonaro fez na vida é o que está fazendo agora, e sem sucesso, no Senado para impedir a CPI da covid, criar tumulto, barulheira e desordem para que o Senado se pareça com o seu próprio governo incompetente.

Isso não tira de Bolsonaro o seu prazer genocida. Aliás, isso deu a ele, mesmo sem ter produzido nada, chancela por uma parcela da sociedade formada por gente complexada intelectualmente, racista, homofóbica, misógina, frustrada e outros espertos que entenderam cedo que Bolsonaro tinha preço e nem era tão caro assim, já que trabalha com a lógica da milícia, a de ganhar na quantidade.

E é essa mesma lógica miliciana que cresce na desordem, no tumulto e na ausência de qualquer regra civilizatória que Bolsonaro é rei. Ele tem uma capacidade latente em que a estupidez passa a ser seu grande refúgio.

É exatamente isso que Bolsonaro tenta quando quer enfiar no mesmo saco todas as violas que lhe interessam, e não quer incluir nisso nada além de prefeitos e governadores.

Poderia perfeitamente ampliar a CPI para saber por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle, assim como a fantástica loja de chocolate de Flávio lhe rendeu uma dezena de imóveis, incluindo a mansão hollywoodiana em Brasília. Sem falar nessa legião de fantasmas e laranjas que daria umas dez CPIs só com os parentes do vigarista.

E aqui nem vai ser cobrada uma CPI da farsa da facada, do seu desconhecimento sobre a vida de um vizinho de rua no condomínio Vivendas da Barra que morava a 50 metros de sua casa e assassinou Marielle. É um espanto, por que Ronnie Lessa, além de assassino, era o maior traficante internacional de armas do Rio de Janeiro, além de fornecedor de armas para as milícias cariocas.

Aliás, poderia abrir uma CPI só para tentar entender por que Bolsonaro nunca falou mal de Adélio, Ronnie Lessa e, agora, de Kajuru, a quem ele acusa de vazar a ligação com o presidente da República.

É estranho porque agora ele xinga Barroso, diz que quer dar porrada em Randolfe Rodrigues, pede o impeachment de Alexandre de Moraes, mas não dá um pio sobre esses três personagens que, de alguma forma, fazem parte de sua biografia sombria.

Seja como for, Bolsonaro não tem êxito em administrar sequer a bagunça para transformá-la em algo quer possa descredenciar a CPI do genocídio, mostrando com isso, que ele caminha a passos largos para o cadafalso sem conseguir impedir sua culpa pelas 360 mil mortes por covid até então, o que, consequentemente lhe custará o mandato e a liberdade, assim como a dos filhos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Telefonema provoca bate-boca e amplia desgaste de Bolsonaro em Poderes

Kajuru rebateu ministros do STF e disse que não faz teatro; Flávio Bolsonaro acionou Conselho de Ética.

A publicação da conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) sobre a CPI da Covid provocou nesta segunda-feira (12) um bate-boca que atingiu outras autoridades e ampliou o desgaste do governo com o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).

O conteúdo da ligação telefônica, que veio a público no domingo (11) e teve uma segunda parte divulgada no dia seguinte, expôs a pressão de Bolsonaro para que o Senado amplie o escopo da CPI que investigará responsabilidades na pandemia, de forma a atingir também prefeitos e governadores.

A instalação da comissão parlamentar de inquérito sobre a atuação do governo federal na crise sanitária foi determinada na quinta-feira (8) pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, em decisão monocrática que deverá ser julgada no plenário físico da corte nesta quarta-feira (14).

A exposição da conversa, feita por Kajuru em redes sociais, mostrava o presidente dizendo que, se os senadores não alargarem o foco de investigação da CPI, incluindo apurações sobre as ações de governos estaduais e prefeituras, serão escrutinados apenas o governo federal e seus aliados.

No diálogo, o chefe do Executivo também estimulou o senador a atuar pelo impeachment de ministros do STF, sugerindo que dá para fazer “do limão uma limonada”.

Na manhã desta segunda-feira, ao conversar com simpatizantes em Brasília, Bolsonaro condenou o registro e a divulgação do diálogo, indicando que não sabia que estava sendo gravado.

“O que está em voga hoje em dia é que eu fui gravado numa conversa telefônica. A que ponto chegamos no Brasil aqui. Gravado”, disse Bolsonaro, segundo imagens divulgadas na internet por um apoiador.

“Não é vazar. É te gravar. A gravação é só com autorização judicial. Agora, gravar o presidente e divulgar. E outra, só para controle, falei mais coisas naquela conversa lá. Pode divulgar tudo da minha parte, tá?”, complementou o presidente na porta do Palácio da Alvorada.

Kajuru, durante entrevista à Rádio Bandeirantes ainda pela manhã, decidiu então divulgar um trecho ainda inédito. Nele, Bolsonaro chamou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de “bosta” e afirmou que teria que “sair na porrada” com o autor do requerimento de criação da CPI da Covid.

“Se você [Kajuru] não participa [da CPI], vem a canalhada lá do Randolfe Rodrigues para participar e vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desses”, afirmou o presidente.

À rádio Kajuru disse ter avisado a Bolsonaro às 12h40 de domingo que, em 20 minutos, divulgaria o áudio da conversa. De acordo com o parlamentar, todos sabem que ele grava seus contatos telefônicos e que já divulgou outros diálogos que teve com Bolsonaro.

O senador relatou que em nenhum momento o presidente pediu que ele não publicasse o áudio. Afirmou ainda que omitiu o ataque a Randolfe para proteger o chefe do Executivo, que a ofensa foi desnecessária e que, ao ouvi-la, pediu calma a Bolsonaro e disse não ser “hora disso”.

Randolfe disse à Bandeirantes que “o presidente devia ter coisas mais importantes para se preocupar do que chamar senador para briga de rua”. “Eu não sei o presidente, mas eu não tenho idade para participar de briga de rua”, respondeu o parlamentar de oposição.

À Folha Kajuru disse que sua ligação não foi nenhuma armadilha para Bolsonaro e que não estava fazendo nenhum “teatro” durante a conversa, diferentemente do que interpretaram ministros do STF.

Segundo magistrados ouvidos pela coluna Mônica Bergamo, o diálogo poderia ter sido armado pelos dois para constranger ministros da corte. Ministros disseram acreditar que a conversa não teria sido espontânea, mas, sim, combinada previamente.

No plenário do tribunal, a tendência é que a decisão de Barroso pela instalação da CPI seja mantida, mas os ministros articulam um meio-termo: a comissão só começaria a funcionar depois que o Senado voltasse a se reunir presencialmente, com um risco menor de contaminação pela Covid-19.

Os ataques de Bolsonaro aos ministros causaram turbulência justamente no momento em que o tribunal discutia um entendimento que, em tese, pode beneficiá-lo, protelando a instalação da CPI. As conversas no STF se intensificaram no fim de semana, mas ainda não há conclusão definitiva sobre o assunto.

O ministro Marco Aurélio Mello disse ao Painel que as afirmações do presidente causam perplexidade. “Em tempos estranhos nada surpreende, deixa a todos perplexos”, afirmou.

“Se alguém fez teatro foi o presidente Bolsonaro. Eu não fiz teatro nenhum, não. Eu fui reivindicar o meu direito de cobrar dele para ele ser justo e não colocar todo o mundo [todos os senadores] na mesma vala”, afirmou Kajuru à Folha.

“Eu não faço parte de teatro. Que esses ministros me respeitem. Eu respeito alguns só, tanto que estou pedindo impeachment de Alexandre de Moraes e no ano passado pedi do Gilmar Mendes. […] Não tenho nada que comentar uma barbaridade dessa, dita dessa forma”, continuou.

O senador insistiu que não participa “de teatro nenhum” e afirmou que esse papel é feito, na verdade, pelo Supremo. “Basta ver os julgamentos, com esses placares de 6 a 5. Ali que é teatro. Me respeitem.”

Kajuru disse também que o presidente teve chances de se opor à divulgação, mas que não o fez e apenas nesta segunda “mudou de ideia”, muito provavelmente após ter sido alertado de que cometeu erros.

O senador afirmou que telefonou para Bolsonaro “exclusivamente para reclamar dele”. “Ele não foi correto com outros senadores e nem comigo, ao generalizar todos os senadores que queriam fazer só uma CPI contra ele, que ele chamou de ‘CPI Sacana’. […] Chegou a chamar de canalhada todo o mundo.”

Ele disse que divulgou o material porque o considerava importante. “Eu decidi colocar no ar porque é público, eu disse no Senado, na tribuna do Senado, que toda conversa minha com político eu gravo. […] Não vi crime nenhum, porque toda vez que conversei com ele, sobre diabetes, sobre outros assuntos, eu botei no ar a nossa conversa. E ele nunca reclamou. Por quê? Porque quando era bom não reclamava.”

Kajuru afirmou ainda que a divulgação da gravação ajudava a esclarecer outros senadores sobre o posicionamento do presidente.

“Eu pensei que isso aí esclarece de vez aos outros senadores que o Bolsonaro, pela primeira vez, disse que não é contra a CPI, porque eu fiz ele falar isso. Ele falou assim: ‘Não, Kajuru, se ouvir governadores e prefeitos, tem mais é que ter CPI mesmo, pronto, acabou, não estou nem aí. Coloca tudo pra frente, impeachment, CPI, mas tem que ouvir governadores e prefeitos’.”

*Com informações da Folha

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Pacheco fará consulta para saber se Senado pode investigar governadores na CPI da covid

Dúvida é se apenas assembleias legislativas poderiam apurar irregularidades em gestões estaduais; governistas querem incluir mais políticos para tirar Bolsonaro do foco.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RJ), informou ao GLOBO que vai discutir com a Secretaria-Geral da Mesa Diretora se a criação de uma CPI para investigar a gestão de governadores no combate à pandemia viola o regimento do Senado. Isso porque, segundo o regimento interno, a Casa não pode criar CPI sobre questões inerentes aos estados.

Após o Supremo Tribunal Federal determinar que o Senado instale CPI pleiteada por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para apurar supostas irregularidades cometidas pela União, o senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) colheu assinaturas nesta segunda-feira para pleitear uma nova CPI, que incluiria prefeitos e governadores no hall de escrutinados e poderia tirar o presidente Jair Bolsonaro do foco. E é por conta desse segundo pedido de CPI que Pacheco consultará a Secretaria-Geral da Mesa.

O artigo 146 do regimento do Senado diz:

‘Não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes:

1- à Câmara dos Deputados

2- às atribuições do Poder Judiciário

3- aos Estados’

A dúvida, portanto, é se competiria apenas às assembleias legislativas a criação de CPI para apurar irregularidades cometidas por governadores e secretários estaduais de Saúde.

Líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) disse ao GLOBO que a estratégia do governo com a manobra não é ampliar a investigação, mas inviabilizá-la.

*Com informações de O Globo

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Política

O que todos querem saber é se a CPI desembocará na destituição de Bolsonaro

Não causou qualquer surpresa Moro escrever um artigo numa revista de quinta categoria dizendo apoiar uma possível candidatura de Danilo Gentili.

Muita gente levou isso na brincadeira, mas não é, porque dentro dessa mesma ideia de votar numa figura como essa, Moro se disse fã assíduo do programa Manhattan Connection. Ou seja, por osmose, uma coisa puxa a outra.

Por isso, todos, Moro, Gentili e o Manhattan Connection apoiaram a candidatura de Bolsonaro. No caso de Moro, sua atitude foi escandalosa, tanto que mereceu do Supremo a classificação de juiz parcial no julgamento de Lula pelo simples fato de prendê-lo, sendo o primeiro colocado nas pesquisas para dar a vitória a Bolsonaro e ter a recompensa que teve.

Ao falar do bolsonarismo, ele tem que estar num contexto amplo, todos os atores envolvidos, direta ou indiretamente, produziram essa catarse chamada Bolsonaro.

Não importa se inúmeras pessoas que o apoiaram, agora, fazem oposição a ele. Isso não lhes tira a pecha de bolsonaristas que, de forma interessada ou leviana, por mera ignorância ou preconceito com o PT, apoiaram num momento determinante uma candidatura bolsonarista no contexto amplo da palavra.

Não só os setores de esquerda, mas quem de alguma forma hoje faz oposição a Bolsonaro, o interesse real na CPI vem de uma pergunta que ganha cada vez mais força tsunâmica no Brasil, sobretudo depois da decisão de Barroso obedecendo ao chamado da minoria do Senado, obrigar o presidente da casa de instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a covid.

Todos sabem, até porque Bolsonaro nunca fez questão de esconder, ao contrário, propagou o máximo que pôde seus conceitos criminosos para combater quem combate a pandemia e, assim, produzindo assim um número sem fim de provas de seus crimes, que seriam crimes para um cidadão comum, mas que ganham dimensão infinitamente maior por essa prática vir do presidente da República que, em tese, deveria ser, pelo cargo que ocupa e a responsabilidade que deve ter de proteger a população.

E se Bolsonaro fez o oposto disso, como um ativista da morte ou do vírus, todos perguntam sobre as consequências dessa CPI, mas já sabendo qual é a resposta. Sim, essa CPI aberta promoverá a queda de Bolsonaro, não tem como ele escapar disso.

Sabendo disso, talvez alertado pelos seus generais de sempre, Bolsonaro resolveu dar um faniquito contra Barroso ao mesmo tempo em que correu como um tolo para, em menos de 24 horas da decisão do STF, fazer o que deveria ter feito há um ano. Na verdade, opôs-se em mais de um ano dessa tragédia sanitária que já provocou a morte de 350 mil brasileiros e o sofrimento de milhares de famílias e amigos das vítimas.

A pergunta que todos fazem é meramente protocolar, porque sabem que a abertura da CPI da covid é a caminhada objetiva e direta para o cadafalso que espera Bolsonaro.

Com um detalhe, será o impeachment mais comemorado em toda a história da humanidade, em todo o planeta pela imensa maioria dos chefes de Estados, dos grandes organismos internacionais e pela grande imprensa mundial.

A pergunta sobre a possibilidade da CPI destituir Bolsonaro já vem com a resposta pronta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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É preciso instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar cada mensagem trocada entre procuradores, Dallagnol e Moro

É urgente que se instale uma CPI da Lava Jato e que se tome o depoimento de cada um que fez parte do chamado grupo “Filhos de Januário”, uma alusão ao decano da Lava Jato, Januário Paludo.

Se uma CPI é feita para dar segurança aos cidadãos brasileiros, a CPI da Lava Jato talvez explique por que o Brasil piorou tanto desde a criação da operação policial há sete anos.

A quantidade abundante de provas de que o Brasil foi sabotado pelos procuradores da Força-tarefa obriga o parlamento brasileiro a escaramuçar, ponto a ponto, vírgula a vírgula, cada ato revelado nas conversas vazadas entre os próprios procuradores que criaram uma espécie de bíblia própria como os únicos filhos de Deus que podiam criar uma legislação que operava, em rede, para proteger criminosos aliados e atacar inocentes considerados inimigos.

Essa já famosa rede, que promoveu uma verdadeira rebelião contra a constituição, dando ao país um prejuízo incalculável, seja político, econômico, seja social e sanitário que já custou a vida de 230 mil brasileiros com a eleição de Bolsonaro, combinada com Moro que, em troca da prisão de Lula, recebeu a super pasta do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Aqueles mesmos que foram vendidos como heróis nacionais pela Globo no suposto combate à corrupção, as próprias mensagens entre eles revelam um número sem fim de crimes cometidos pelos mesmos hipócritas.

Por isso, já passou da hora dessa compaixão jurídica cair, compaixão que, na surdina, protege os criminosos da Lava Jato. Portanto, é urgente a criação de uma CPI que deve se aprofundar no esquema criminoso e nas fraudes processuais que proporcionaram o golpe contra Dilma, a prisão política de Lula e a entrega do pré-sal.

O teor das mensagens, por si só, é um verdadeiro confessionário, basta que a CPI puxe a relação política e econômica que os procuradores amarraram com o objetivo de beneficiar seus verdadeiros patrocinadores na mídia e, sobretudo, dentro do próprio sistema brasileiro de justiça.

CPI da Lava Jato já!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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José de Abreu: ‘bolsonarista arrependido virou meio de vida’

Esmael Morais: O ator José de Abreu interpretou o arrependimento dos procuradores da Lava Jato, que votaram no presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como um “meio de vida” para evitar a morte.

De acordo com a revista Época, da Globo, os procuradores da Lava Jato em Curitiba se dizem arrependidos do voto em Bolsonaro na eleição de 2018.

“Gente, menos! Acreditem em fadas e duendes, são inofensivos…”, ironizou o ator. “Até os procuradores da Lava Jato já se arrependeram! Ser contra o Bozo virou meio de vida (para evitar a morte)”, completou Abreu.

Os procuradores que integram a força-tarefa afirmar que votaram em Jair Bolsonaro, em 2018, porque acreditavam que o PT desmontaria a engrenagem de combate à corrupção. No entanto, segundo eles, é Bolsonaro quem desmonta a engrenagem anticorrupção.

A Lava Jato diz que se arrepende de voto. Aliás, não foi só voto, eles fizeram campanha aberta pela eleição de Jair Bolsonaro. Um dos integrantes até virou ministro da Justiça, como recompensa.

“Será que os ‘crentes’ também vão acreditar no ‘arrependimento’ de Dallagnol et caterva? Só falta”, questionou o ator.

Para José de Abreu, o “arrependimento” sempre vira farsa. Ou uma ignorância ilimitada. “Escolham antes de se ajoelhar no milho”, aconselhou, ao concordar que a Lava Jato nunca combateu a corrupção.

‘Foi um movimento anti-PT, fascistoide, de desprezo às instituições democráticas.’

Blog do Esmael debate hoje fake news x pesquisas eleitorais

O debate acerca das fake news encetou a discussão sobre as fraudes eleitorais, com a disseminação de notícias falsas, como esse fenômeno afeta a volição do eleitor, isto é, o processo cognitivo pelo qual o indivíduo se decide na hora do voto.

O Blog do Esmael vai receber neste domingo, 2 de agosto, às 19 horas, o presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo. Trata-se de um dos principais institutos de pesquisas do País.

A outra parte no debate, representando as fake news, não comparecerá por motivo óbvio.

Não raros os momentos, os institutos de opinião dão a tendência de voto do eleitor, mas, após a apuração das urnas, o resultado é outro bastante diferente.

Os institutos de pesquisas fraudaram os números? Provavelmente, não. Talvez as fake news é que interferiram na vontade do eleitor momentos antes do pleito.

Como ‘cases’ de fraude eleitoral em 2018, a partir de fake news, a literatura política, jurídica e midiática aponta quatro, um sobre vitória e três sobre derrotas.

Os derrotados pela disseminação de notícias falsas foram os seguintes candidatos ao Senado:

  • Eduardo Suplicy (PT-SP)
  • Lindbergh Farias (PT-RJ)
  • Dilma Rousseff (PT-MG)
  • Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
  • Roberto Requião (MDB-PR)

Evidentemente que há outros injustiçados pelas fake news no Senado e na Câmara, mas utilizaremos esses ‘cases’ para facilitar a análise concreto.

O grande beneficiário das fake news, no caso o vitorioso, foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele está sob investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal Eleitoral (TSE) e na CPMI das Fake News do Congresso Nacional.

“As fake news interferem na formação do consenso social, forjam um eleito ou, pior, derrota candidaturas legitimas”, afirmou o procurador-geral da República durante o seminário “Repercussões Jurídicas e Sociais da Pandemia” na última quinta-feira (30). O evento foi realizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Ministro Alexandre de Moraes escreveu certo por linhas tortas sobre Facebook

Em uma brincadeira de criança, cujo objetivo é encontrar a coisa escondida, falar-se-ia que “está quente” para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito das fake news na corte máxima.

Para fazer valer sua decisão jurisdicional no Território Nacional, Moraes determinou que a rede social Facebook bloqueasse contas de bolsonaristas investigados pelo Supremo. Após titubear, insurgindo-se, a aplicação de internet tirou a visualização em todo o mundo.

O ministro Alexandre de Moraes, um quadro jurídico e político importante, escreveu certo por linhas tortas nessa questão do Facebook. Vamos aos fatos, sem chorumelas.

O Blog do Esmael tem palestrado acerca da necessidade de as aplicações de internet –Facebook, Twitter, Instagram, Telegram, WhatsApp, YouTube, etc.—serem as responsáveis civil e penalmente pelo bloqueio de ‘atividades não humanas’ em suas redes sociais.

O volume de robôs atuando em período eleitoral representa uma fraude na vontade do eleitor brasileiro e isso, sem dúvida alguma, altera o resultado dos eleitos e fere o equilíbrio da República. Já ficou comprovado isso.

A atividade ilícita do indivíduo pode ser tipificada nos códigos Civil e Penal, sem a necessidade de inovação, dispensando-se inclusive a Lei de Segurança Nacional (LSN), que faz “hora extra” no Estado Democrático de Direito. Tal dispositivo [LSN] não foi recepcionado pela Constituição de 1988.

Dito isso, “está quente”, ministro Alexandre de Moraes. Porém, ao invés de correr atrás dos perfis, do varejo, Sua Excelência teria de focar nas aplicações de internet. Fulanizar o problema das fake news seria diminuir o papel das notícias falsas no enfraquecimento da democracia brasileira.

Volto a citar o procurador-geral da República, Augusto Aras, acerca das fake news.

“As fake news interferem na formação do consenso social, forjam um eleito ou, pior, derrota candidaturas legitimas”, discursou o procurador-geral da República durante o seminário “Repercussões Jurídicas e Sociais da Pandemia” na última quinta-feira (30).

Portanto, ministro Alexandre de Moraes, “está quente”. Está muito quente.

Lei das Fake News corre o risco de virar mais uma “Lei Carolina Dieckmann”

O Blog do Esmael já manifestou mais de uma vez solidariedade ao youtuber Felipe Neto. Concorda que o moço é alvo de covarde ataque da extrema direita. Defende punição aos responsáveis pelas ameaças à integridade física dele e de seus familiares. Acredita que o sofrimento de Felipe Neto merece atenção, porém, esta página alerta para o perigo de a Lei das Fake News se transformar em mais uma “Lei Carolina Dieckmann”.

A Lei Carolina Dieckmann, como ficou conhecida a Lei 12.737/2012, sancionada em 30 de novembro de 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alterou o Código Penal Brasileiro, tipificando os chamados delitos ou crimes informáticos, após comoção com a atriz da Globo Carolina Dieckmann, que teve arquivos de fotos copiados de um computador pessoal. Imagens em situação íntima e conversas da atriz global foram distribuídas na internet, sem sua autorização.

O ponto de partida para a discussão das fake news deve ser a fraude eleitoral havida nas eleições presidenciais de 2018, que violou a vontade de escolha do eleitor brasileiro. Jamais deve partir de dissabor conjuntural de personalidade pública, por mais sensacional que parece, mas do interesse coletivo. O Estado Brasileiro deve produzir uma discussão estratégica, portanto de longo alcance.

Fulanizar a praga da fake news é ruim para o Brasil e péssimo para a democracia.

Em 15 de novembro próximo teremos eleições em 5.570 municípios, por isso urge o poder público legislar para combater a ‘ação não humana’ que interfere no processo volitivo dos 150 milhões de eleitores brasileiros.

A robotização das redes sociais, que simulam humanos, em milhares de milhares de repetições, induzem o usuário ao erro de escolha.

Para usar as palavras do procurador-geral da República, Augusto Aras, “as fake news” –toleradas pelas aplicações de internet– “interferem na formação do consenso social, forjam um eleito” e “derrotam candidaturas legitimas”. Nada mais correto. Eis o ponto de partida.

De nada adianta punir eventuais produtores de conteúdos falsos se as milhões de fake news são geradas por máquinas alimentadas pela inteligência artificial, os algoritmos, engendrados pela linguagem computacional Pythol. Somente as aplicações de internet –Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, WhatsApp, Telegram, Tik Tok, etc.– podem parar a indústria do ódio. Desprezar isso é chancelar as fraudes eleitorais.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pelo Twitter, deu neste sábado, 1º de agosto, um passo importante para transformar a Lei das Fake Kews –em debate no Congresso Nacional– em mais uma Lei Carolina Dieckmann. Pelo Twitter, o parlamentar convidou Felipe Neto para debater o tema na semana que vem. O youtuber disse “sim”, óbvio.

Repetimos aqui que o youtuber Felipe Neto conta com a nossa solidariedade e admiração, mas o ponto de partida para a Lei das Fake News são as fraudes eleitorais e a violação da vontade do eleitor antes do encontro com as urnas. O resto é fake news.

STF é cobrado por direitos políticos de Lula

A militância digital petista sacudiu as redes sociais neste sábado 1º de agosto cobrar do Supremo Tribunal Federal (STF), na volta do recesso, a anulação dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e devolver seus direitos políticos.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que anular a sentença injusta do ex-juiz Sérgio Moro, contra Lula, é imprescindível para o Estado Democrático de Direito e palavra de ordem para quem luta pela democracia.

“Será o marco para a Justiça brasileira: a preservação do ordenamento legal ou a liberação da judicializaçao política”, manifestou-se a dirigente petista.

Além de pedir a anulação da sentença que condenou Lula, com o julgamento da suspeição de Moro, parlamentares petista também querem o desarquivamento da representação encaminhada à PGR (Procuradoria-Geral da República) com base em denúncias do advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuou como operador da Odebrecht e denunciou, em 2017, a atuação suspeita do advogado Carlos Zucolotto –amigo e padrinho de casamento do ex-juiz Sérgio Moro.

Durante a tarde deste sábado, os ativistas do PT impulsionar a hashtag #AnulaSTF. O recado, por óbvio, tem endereço certo: a Segunda Turma do STF, presidida pelo ministro Gilmar Mendes.

O colegiado comandado por Gilmar congelou em abril passado o julgamento da suspeição de Moro no caso do tríplex do Guarujá (SP). Ele se sentou em cima do processo. Antes disse que o colocaria em pauta neste mês de agosto, depois sugeriu setembro, e agora anuncia para depois da pandemia do coronavírus. Segundo o magistrado, a matéria exige exame presencial da corte máxima.

“Brasília de volta às ruas em defesa da anulação do processo contra o presidente Lula. A suspeição de Moro fica cada vez mais clara e comprovada. Está na hora de o STF fazer justiça! Lula sempre foi inocente!”, escreveu em seu Twitter o deputado José Guimarães (PT-CE), líder da minoria na Câmara.

Para os manifestantes nas redes sociais e nas ruas, em Brasília, o dia de hoje foi dedicado contra a farsa de Moro –motivo de anulação da sentença de Lula e devolução de seus direitos políticos.

Como ato complementar à hashtag #AnulaSTF, o Grupo Prerrogativas reuniu em livro 34 juristas que acusam Moro e os procuradores da força-tarefa Lava Jato de parcialidade.

O ‘Mutirão Digital Lula Livre’ ocorrido neste primeiro dia de agosto sinaliza que teremos um mês bastante agitado. Como diria o “Chatão Bueno”, da Globo, será teste para cardíaco nenhum botar defeito…

Saiba como Bolsonaro vai escolher seu adversário na eleição de 2022

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá de fazer no fim deste ano a “Escolha de Sofia”, ou seja, precisará optar em disputar a eleição de 2022 entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-juiz Sérgio Moro (sem partido). Explica-se abaixo.

O ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que colocará o julgamento da suspeição de Moro na condenação de Lula no processo do triplex em Guarujá (SP) apenas em sessões presenciais, logo após a pandemia do novo coronavírus.

Ocorre, caro leitor, que o fim da pandemia somente será possível em novembro ou dezembro –se terminar. Até lá, muito provavelmente, o decano Celso de Mello já terá deixado o STF em virtude da aposentadoria obrigatória. Com isso, o indicado de Bolsonaro irá fazer a escolha: ou Moro, ou Lula.

Se a Segunda Turma julgar pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, nos processo da Lava Jato, o ex-presidente Lula volta para o jogo eleitoral. Mas se o Supremo confirmar a “imparcialidade”, aí quem ganha força eleitoral é o ex-juiz da Lava Jato.

É claro que Bolsonaro ainda tem mais uma possibilidade, com a anuência do STF: rejeita a suspeição de Moro, tira Lula de 2022, e amplia a inelegibilidade para 8 anos para as funções da magistratura. Esse cenário é mais crível e mais perverso porque envolveria, além do Palácio do Planalto e a corte máxima, o Congresso Nacional.

Alterando a Lei Complementar 64/90, a Lei das Inelegibilidades, o ex-juiz Sérgio Moro só poderia concorrer a cargo eletivo no ano de 2026 –considerando que ele deixou a função na magistratura em 2018 para virar ministro da Justiça.

Gilmar Mendes é quem pauta as votações na Segunda Turma. Hoje, se o pregão fosse realizado virtualmente, por causa da pandemia, especula-se, o resultado seria pela suspeição de Moro.

Há um empate de 2 a 2 no colegiado e o voto de desempate seria justamente o do ministro Celso de Mello. O decano penderia pela suspeição.

Atualmente, a Segunda Turma do STF tem a seguinte composição:

  • Ministro Gilmar Mendes (presidente)
  • Ministra Cármen Lúcia
  • Ministro Celso de Mello (o substituto herdará a vaga na turma)
  • Ministro Ricardo Lewandowski
  • Ministro Edson Fachin

Sobre o caso tríplex
O ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS em contrapartida de contratos da Petrobrás com a empreiteira. Lula nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento.

Na apresentação da denúncia em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia “provas cabais” de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel.

De acordo com uma reportagem da Vaza Jato, sobre irregularidades na operação do Judiciário de Curitiba (PR), o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula.

Uma publicação revelou que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista do ex-presidente antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido de entrevista do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo as reportagens conhecidas como Vaza Jato, publicadas pelo site Intercept Brasil, algumas em parceria com outros veículos, Moro agia como uma espécie de assistenta de acusação junto a procuradores.

Moro também questionou a capacidade de a procuradora Laura Tessler interrogar o ex-presidente.

O ex-juiz também pediu acréscimo de informação na denúncia de um réu – Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás para a construção de plataformas de petróleo.

Outra matéria apontou que o ex-juiz “sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos”.

Em um diálogo de 1º de novembro de 2018, momentos antes da confirmação da ida de Moro ao governo Bolsonaro, a procuradora Monique Cheker criticou o então juiz em um grupo intitulado BD (todas as mensagens foram transcritas como estão no “The Intercept”). “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”, disse ela.

O ex-ministro também emitiu a ordem de prisão contra Lula antes do esgotamento de todos os recursos judiciais.

Augusto Aras afirma que fake news derrotam candidaturas legítimas e forjam eleitos

O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o Blog do Esmael tem algo em comum: acreditam no poder corrosivo das fake news para a democracia brasileira e essa prática de disseminação de conteúdo falso constitui uma fraude em relação à vontade do eleitor.

Aras participou nesta quinta-feira (30) de um congresso digital organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quando declarou que que as fake news “interferem na formação do consenso social, forjam um eleito” e “derrotam candidaturas legitimas”. Bingo!

No português claro, o PGR Augusto Aras explicou que as fake news fraudam o vontade do eleitor e o resultado das eleições no País.

“As fake news interferem na formação do consenso social, forjam um eleito ou, pior, derrota candidaturas legitimas”, afirmou o procurador-geral da República durante o seminário “Repercussões Jurídicas e Sociais da Pandemia”.

A maior gravidade das fake news, segundo Agusuto Aras, são os métodos usados para a disseminação de informações falsas: “fradulentos” e que se valem “de polarizações que tornam artificiais os graves problemas sociais, políticos e econômicos”. Segundo ele, as fake news são uma ameaça à democracia.

Nesta sexta-feira (31), numa videoconferência do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF), Aras voltou ao tema das fakes news. Na oportunidade, além de notícias falsas, o PGR respondeu subprocuradores que o criticam por combater as falsidades da força-tarefa Lava Jato.

“Não me venha Santanás pregando quaresma, vamos manter o respeito e a dignidade que a carreira exige de cada um de nós”, disse a seus críticos, haja vista a Lava Jato ser maior fake news já criada até hoje pela velha mídia.

Em junho, a PGR defendeu a validade do inquérito das fake news que investiga ameaças a ministros no Supremo e a disseminação de conteúdo falso na internet e que já teve como alvos aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro está de saco cheio dos bolsonaristas ‘pidonchos’ no cercadinho do Palácio da Alvorada

O sujeito pidoncho é aquele que pede muito, com frequência, de modo inoportuno. Os bolsonaristas que ficam no cercadinho do Palácio da Alvorada, residência do presidente da República, sem enquadram nesta definição. Eles são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, todos os dias, não param de pedir coisas. E isso encheu o saco do mandatário.

O famoso cercadinho, além de ser um espaço para Bolsonaro xingar a imprensa e desafetos políticos, também reúne uma quantidade enorme de chatos –inclusive os pidonchos, que pedem emprego a audiência.

Alguns dias atrás tinha um cidadão falou ter a fórmula para acabar o desemprego no País.

“Eu sei que você acaba o desemprego do Brasil, mas não… Explica pra alguém isso daí. Você tá todo dia aqui falando que acaba com o desemprego. Não dá para conversar. Me desculpe. Dá para conversar com um assessor meu?”, irritou-se Bolsonaro com o apoiador.

Há ainda os enfadonhos cultos religiosos em frente ao Alvorada com rezas misturadas com fundamentalismo político. Um horror.

Mas o desprezo de Bolsonaro pelas angústias e sofrimentos de seus apoiadores, os bolsonaristas, não passaram impunes. No dia 13 de junho, uma ema do gramado do Palácio do Alvorada bicou o presidente Bolsonaro e vingou os desassistidos.

Bolsonaro foi hostil com a velha mídia, que o apoia incontinenti na economia, e é indiferente com os bolsonaristas militantes, então por que manter a rotina de parar no cercadinho? A longo prazo isso pode ser ruim para seu projeto de reeleição.

Em maio deste ano, no mesmo local, um haitiano disse diretamente ao presidente em bom “brasileiro” o que já está ficando cada vez mais óbvio: “Bolsonaro acabou, você não é presidente mais”.

“Você está entendendo bem! Você está entendendo! Eu estou falando Brasileiro! Bolsonaro, ACABOU! Você não é presidente mais!!!”

A tendência é o presidente Jair Bolsonaro fechar de vez o cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada.

Assista ao vídeo:

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Vídeo: Capanga da Milícia acordou enfezado, atacou o PSOL no twitter e é esmagado por Freixo

Moro está com Glauber Braga atravessado na goela.

É a segunda vez que o parlamentar do PSOL desanca o sabujo.

Pior, Moro não tem reação, fica zonzo, apoplético, vermelho e com o rosto completamente desfigurado.

Glauber deita e rola nas costas do capanga da milícia

Isso incomoda tanto Moro que, depois ruminar calado a note toda o passa moleque que tomou de Glauber, acordou disposto a dar o troco e escreveu essa pérola:

“Não gosto deste jogo político. Mas verdades precisam ser ditas. No projeto de lei anticrime, propusemos que milícias fossem qualificadas expressamente como organizações criminosas. Propusemos várias outras medidas contra crime organizado. O PSOL, de Freixo/Glauber, foi contra todas elas”

Segue a baixo a resposta de Freixo

1. As milícias só foram citadas uma única vez no pacote pelo Moro, E PARA REDUZIR A PENA MÍNIMA DOS MILICIANOS. Quem corrigiu essa aberração, impedindo esse benefício ao crime, fomos eu e os demais deputados que não têm rabo preso. Cabe a ministro se explicar…

2. Moro serve a uma família ligada a milicianos e matadores de aluguel: a relação do clã Bolsonaro com Adriano é reveladora. Os patrões do ministro sempre elogiaram e pediram a legalização das milícias. E enquanto eles as defendiam, eu fiz uma CPI para combatê-las.

3. A CPI resultou no indiciamento de mais de 200 pessoas, todos os chefes de quadrilha foram presos e 58 propostas concretas para enfrentar o crime organizado foram apresentadas. Nós tipificamos o crime de milícia.

4. Eu até hoje sofro ameaças de morte por causa das investigações que coordenei. Por isso Moro, servindo a quem serve, não tem moral para falar de milícias comigo…

5. Mas então por que ele insiste nesse assunto???

6. O objetivo do ministro, como bom serviçal que é, é muito claro: desviar o foco das relações da família Bolsonaro com as milícias, matadores profissionais e crime organizado. Moro não rebaixa apenas a si mesmo ao se prestar a esse papel. Ele rebaixa o Ministério da Justiça.

7. Eu e minha família até hoje pagamos muito caro por ter enfrentado milicianos. Já Moro espera que tipo de pagamento por defendê-los?

No vídeo abaixo, Freixo faz uma fala ainda mais dura em resposta ao capanga de milícia Sergio Moro.

 

*Da redação

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General Santos Cruz diz que vai à CPI das fake news e critica a “gangue digital” bolsonarista

Em rara entrevista concedida após sua saída do governo, o general e ex-ministro da Secretaria de Governo Santos Cruz criticou uma ala de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que tem presença ativa nas redes sociais. Santos Cruz virou alvo da militância bolsonarista desde que defendeu a adoção de critérios técnicos para distribuição de recursos públicos entre veículos de comunicação. Atacado nas redes, acabou demitido do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro em junho.

“Uma milícia digital, uma gangue de rua que se transfere para dentro da internet. Não me impressiono com isso, aquilo ali não me afeta em nada, já tive muito tiroteio real na vida, não vai ser tiroteio de internet que vai me fazer ficar preocupado”, disse o general da reserva em entrevista ao Congresso em Foco.

O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) apresentou requerimento na CPI mista que investiga a divulgação de notícias falsas para convidar Santos Cruz. O general afirmou que, assim que for notificado, aceitará o convite para prestar depoimento.

“Sempre fui de boa vontade porque acho que o Legislativo tem que ser esclarecido das coisas e é até uma honra a pessoa ser chamada para falar. Eu fui duas ou três vezes quando era ministro, é excelente o trabalho ali, tem uns que são mais radicais que outros nas questões, mas normalmente esse tipo de trabalho é de bom nível”, disse.

Reportagem publicada pela revista digital Crusoé no dia 11 de outubro mostra que existe um grupo consolidado com a participação de alguns assessores ligados ao governo federal que age na internet para fabricar notícias falsas.

De acordo com reportagem, o ex-ministro foi alvo dessas pessoas com a fabricação de um diálogo falso no qual Santos Cruz falava mal de Bolsonaro e dos filhos.

Em maio deste ano, quando ainda era ministro, o militar foi alvo desse grupo, que compartilhou uma entrevista de Santos Cruz à rádio Jovem Pan na qual ele afirma que as redes sociais precisam de um controle.

O fim de semana dos dias 4 e 5 de maio foi o auge dos ataques sofridos pelo então ministro da Secretaria de Governo. No fim da tarde do dia 5 daquele mês, Santos Cruz foi ao Palácio da Alvorada falar com o presidente da República.

“Eu fui conversar com o presidente, não era exatamente sobre isso, outros assuntos também. É normal, você pode ver que vários ministros vão no fim de semana falar com o presidente. A função de presidente você não tem o fim de semana livre como um funcionário qualquer, está sempre ocupado. Devo ter falado várias coisas com ele”, relatou o general.

Pouco mais de um mês depois, no dia 13 de junho, o general foi demitido por Jair Bolsonaro. Os dois não se falam desde essa data.

De acordo com Santos Cruz, o modo de agir do grupo que ele classifica como “milícia digital” é algo que dá para ser rastreado:

“Você percebe que é uma coisa planejada. Um lança porque tem não sei quantos mil que seguem ele e os outros seguem. Se der para um técnico, ele monta a pirâmide para você. Naquele caso foi uma coisa medíocre, pegaram um pedaço de uma entrevista, um apresentador [Danilo Gentilli] que é mais famoso, que tem muita gente que segue e deram para ele para lançar”.

Crise no PSL

Sobre a crise entre o presidente Bolsonaro e o PSL, partido pelo qual o mandatário e seu grupo político no Congresso Nacional foram eleitos, Santos Cruz minimiza o impacto para a população e diz que as discussões ficam restritas ao mundo político e empresarial.

“A população brasileira não quer saber se Joãozinho saiu do PSL e foi para o DEM, se tinha 25 de um lado e 26 de outro, a população brasileira votou para ter governo e resultados. Essa confusão é uma coisa que interessa só à parte política, mas ela também consegue às vezes gerar uma instabilidade com o empresariado, para quem está observando o mercado econômico, acaba algumas vezes dando um efeito ruim também”, afirmou.

A Secretaria de Governo, que era comandado por Santos Cruz, tinha entre algumas de suas funções fazer a interlocução do governo com o Congresso. O general falou sobre a dificuldade de fazer isso quando o partido do presidente não é estruturado.

“O partido do presidente sempre é um partido muito importante. Quando ele está bem unido, os outros olham para ele e se juntam ou não, mas quando o próprio partido do presidente está esfacelado, os outros também se julgam no direito de não votar, se nem o partido do presidente está alinhado, eu também tenho a liberdade de não votar. Isso não é bom politicamente”, declarou.

Governadores do Nordeste

Quando comandava a Secretaria de Governo, o general tinha o costume de receber governadores em seu gabinete no Palácio do Planalto.

No dia 29 de maio chegou a se reunir com dois petistas, os governadores do Piauí, Wellington Dias, e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.

Também acompanhou a reunião de Bolsonaro com todos os governadores nordestinos no Palácio do Planalto no dia 9 de maio.

Ele minimiza os atritos dos últimos meses meses entre Bolsonaro e os governadores da região e diz que isso faz parte do comportamento político entre governo e oposição que é mostrado para a sociedade, mas que há diálogo entre os dois lados.

“O Nordeste é todo de oposição, a postura pública de todos eles é de oposição, seguem linha do partido, discurso de campanha e tudo isso, mas isso não impede que se tenha diálogo produtivo, acho que tem diálogo produtivo mesmo sabendo que na parte mais externa, na superfície, a coisa vai ficar meio pelo show político, interesse político, cada um tem seu interesse, compromisso partidário, da campanha, interesse em reeleição, valorizar o partido, essa coisa toda”, disse.

E completou: “na essência dá para conversar e tirar boas conclusões. Acho que eles não se negam a isso, nem o presidente se nega, nem os governadores. Uma coisa é essa exteriorização, que é mais política, ela não é a essência do negócio”.

Macron e Amazônia

O general defendeu a reação inicial inicial de seu ex-chefe no embate com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o aumento das queimadas na floresta Amazônica.

No entanto, Santos Cruz repudia ataques pessoais que partiram do governo federal. Bolsonaro fez piada nas redes sociais com a primeira-dama da França, Brigitte Macron, insinuando que ela é feia.

A atitude foi replicada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento para empresários em Fortaleza (CE).

“O presidente da França foi infeliz ali na maneira como se expressou e eu acho que uma resposta à altura era o correto, mas tem que parar por aí, não pode ampliar, tem que saber o limite desse tipo de conflito. Não pode ampliar o conflito, muito menos para questões pessoais e até para outros setores porque a França é um parceiro, deve ter hoje em torno de 500 empresas francesas, se não for mais, empresas grandes no Brasil”, declarou o general.

Sobre o discurso de Bolsonaro na assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o militar disse que foi uma fala razoável, mas que não tinha necessidade de discorrer sobre assuntos muito específicos ao Brasil:

“Achei que tinha grandes linhas que tinham que ser tocadas, como foi tocado o caso do combate à corrupção, dos absurdos que foram feitos pelos governos de esquerda. Alguns casos eram mais internos e ele aproveitou e colocou no discurso também, tem coisas que são mais internas aqui, o caso dos Mais Médicos”.

O general de reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz tem 67 anos. É formado em engenharia química pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP) e pela Academia Militar dos Agulhas Negras (Aman).

Natural de Rio Grande (RS), ele comandou a missão de paz no Haiti de 2006 a 2009.

Em 2017, na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do ex-ministro da Justiça Torquato Jardim, Santos Cruz chefiou a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:

Congresso em Foco – O que o senhor tem feito desde quando saiu do governo há quatro meses?

Santos Cruz – Tenho cuidado da minha vida particular e dado uma série de entrevistas, palestras, tenho mantido minha vida bastante ativa. Eu viajei, depois que eu saí viajei para os Estado Unidos, estive em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, tenho tido uma intensidade boa de atividades. Palestras dos mais diversos assuntos e fora as entrevistas também, como essa aqui, que são inúmeras. Não tem uma semana que tenha realmente os cinco dias livres. Sempre procuro atender porque é bom para se manter atualizado.

Como vê o papel do Exército nessa crise sobre a Amazônia?

O Exército sempre desempenha um bom papel. Nesse caso da Amazônia, o Exército com a GLO [Garantia da Lei e Ordem] para auxiliar no combate aos incêndios da Amazônia, na realidade quem apaga fogo é o bombeiro, o Exército ajuda com seus meios. Pessoal ajuda, você tem o elemento técnico no caso do bombeiro, especialista em apagar fogo florestal, e as Forças Armadas, não só o Exército, entram com os recursos de helicóptero, logística, viatura, transporte, caminhão-tanque, embarcações… Então as Forças Armadas são muito importantes porque elas têm uma estrutura de material e pessoal muito forte. É só direcionar através do elemento técnico. Por isso que as Forças Armadas são sempre importantes, esse potencial que elas têm de atender diversas coisas orientada tecnicamente.

O que acha do discurso do presidente de querer culpar Organizações Não Governamentais, de querer falar que está exagerado o dado sobre desmatamento, mudar a metodologia do Inpe [Instituto de Pesquisas Aeroespaciais]?

Se você quer mexer na metodologia do Inpe é uma questão técnica , tem que estudar para ver se a metodologia do Inpe está certa ou não. O Inpe é um instituto que tem prestígio, prestígio internacional, mas pode ser que tenha que se discutir diferentes metodologias, não tenho conhecimento. Mas é um instituto de prestígio, então qualquer modificação passa por avaliação técnica. O problema da presença de ONGs na Amazônia, não só na Amazônia, o que a gente chama de ONGs são todas as OS, Organizações Sociais, fundações e uma série de títulos que tem que a gente chama tudo de ONG. Na verdade ONG não é um termo, é um termo brasileiro. Essas ONGs todas não adianta também você criticar sem saber o que elas estão fazendo e sem saber quem é bom e quem é ruim, tem que abrir uma CPI, mandar a Polícia Federal, ou o Ministério do Meio Ambiente fazer uma avaliação, uma investigação para ver quais os resultados que essas organizações estão tendo. Aquelas que são boas você pode até direcionar em proveito da ação governamental e as outras que são ruins você pode desviar daquela atividade. Se algumas organizações estão lá na Amazônia, ou qualquer lugar do Brasil, operando sem controle, a responsabilidade é do Estado que está ausente, a ausência do Estado faz com que você tenha organizações que trabalhem sem direcionamento.

Acha que as críticas do presidente da França, Emannuel Macron, são corretas ou exageradas?

O presidente da França foi infeliz ali na maneira como se expressou e eu acho que uma resposta a altura era o correto, mas tem que parar por aí, não pode ampliar, tem que saber o limite desse tipo de conflito. Não pode ampliar o conflito, muito menos para questões pessoais e até para outros setores porque a França é um parceiro, deve ter hoje em torno de 500 empresas francesas, se não for mais, empresas grandes no Brasil, a França tem parceria com iniciativas como construção de submarino, tudo isso. O país tem centenas de grandes empresas no Brasil, Total, Michelin e por aí vai. Aquele ali foi um caso infeliz do presidente da França, a resposta foi dada a altura, mas depois acho que passou do ponto e estragou tudo.

Quando passou do ponto? Foi quando Bolsonaro ofendeu esposa do presidente francês, Briggite Macron?

Quando você parte para assuntos pessoais, não pode levar nada nessa área para a questão pessoal.

Acompanhou o discurso do presidente da ONU? O que achou?

Achei que tinha grandes linhas que tinham que ser tocadas, como foi tocado o caso do combate à corrupção, dos absurdos que foram feitos pelos governos de esquerda. Alguns casos eram mais internos e ele aproveitou e colocou no discurso também, tem coisas que são mais internas aqui, o caso dos Mais Médicos etc, uma coisa muito interna que aquele público de embaixadores do mundo inteiro não têm participação, só aqueles do entorno da América Latina, ficou um pouco mais setorizado. No geral foi um discurso no qual foram tocados os pontos que precisam ser tocados e outros não precisavam ser, um discurso razoável.

Faltou falar mais das reformas econômicas?

Talvez, é fácil criticar assim, mas o que interessava para nós era enfatizar bastante que o Brasil está aberto para investimento externo, tem pessoal qualificado para trabalhar com as empresa que querem entrar no Brasil. Você pode até dar mais ênfase em alguns assuntos, mas quase todos eles foram tocados. Tinha alguns assuntos internos que o presidente fez a opção de falar, acabou diluindo um pouco, mas tinha três, quatro grande pontos possíveis de ser bem reforçados.

Quando o senhor era ministro costumava receber alguns governadores em seu gabinete, como vê esse atrito de Bolsonaro com os governadores do Nordeste?

O Nordeste é todo de oposição, a postura pública de todos eles é de oposição, seguem linha do partido, discurso de campanha e tudo isso, mas isso não impede que se tenha diálogo produtivo, acho que tem diálogo produtivo mesmo sabendo que na parte mais externa, na superfície, a coisa vai ficar meio pelo show político, interesse político, cada um tem seu interesse, compromisso partidário, da campanha, interesse em reeleição, valorizar o partido, essa coisa toda. Na essência dá para conversar e tirar boas conclusões. Acho que eles não se negam a isso, nem o presidente se nega, nem os governadores. Uma coisa é essa exteriorização, que é mais política, ela não é a essência do negócio.

Como foi o convite do presidente para o senhor ser ministro? Na época esperava as dificuldades que acabaram acontecendo?

Na época [em novembro de 2018] estava em Bangladesh, recebi um telefonema normal, aceitei, tranquilo, vamos trabalhar e ajudar no projeto. Você vem trabalhar de peito aberto, não vem trabalhar com um pé atrás, se não melhor não ir. Você vai trabalhar com um projeto que acredita, tem que ser alguém de bom gosto, bom grado, trabalhar para ajudar. Fiquei satisfeito durante o período que eu trabalhei, acho que fui honesto e assessorei com honestidade e lealdade. Você assessorar com honestidade e lealdade é uma obrigação e toda vez que não for honesto e leal com a autoridade, você vai deixar que autoridade fique em risco, tem que alertar a autoridade para os riscos que ela tem. Claro que nem sempre isso é uma coisa agradável, principalmente para quem está escutando, mas eu acredito nisso.

Em maio uma ala de apoiadores de Bolsonaro e Olavo de Carvalho na internet reviveu uma entrevista antiga do senhor para a Jovem Pan na qual fala sobre as desvantagens das redes sociais. Foi um fim de semana que o senhor foi muito atacado e no fim do domingo esteve com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, como foi a conversa?

Aquilo ali é um grupo que se comporta como uma gangue, uma gangue de rua, uma milícia digital, uma gangue de rua que se transfere para dentro da internet. Não me impressiono com isso, aquilo ali não me afeta em nada, já tive muito tiroteio real na vida, não vai ser tiroteio de internet que vai me fazer ficar preocupado. Eu fui conversar com o presidente, não era exatamente sobre isso, outros assuntos também. É normal, você pode ver que vários ministros vão no fim de semana falar com o presidente. A função de presidente não tem o fim de semana livre como um funcionário qualquer, está sempre ocupado. Devo ter falado várias coisas com ele. Lembro que quando eu saí, uma hora depois depois saiu na imprensa que foi uma conversa tensa, não foi nada disso, não sei de onde a imprensa pegou aquilo. Você para o carro, diz uma coisa, se você passa direto, é no domingo você tem que ir para casa, “ah passou reto porque está tenso”. Não é nada disso, foi uma conversa normal. Isso que acontecia, esse trabalho de gangues digitais, aquilo é bem perceptível, você percebe que é uma coisa planejada. Um lança porque tem não sei quantos mil que seguem ele e os outros seguem. Se der para um técnico ele monta a pirâmide para você. Naquele caso foi uma coisa medíocre, pegaram um pedaço de uma entrevista, um apresentador [Danilo Gentili] que é mais famoso, que tem muita gente que segue e deram para ele para lançar. Uma bobajada, a gente está vivendo uma época que essa tecnologia pode ser explorada por qualquer um e aí você tem coisas sem qualidade também, tem uma ferramenta fantástica para divulgação, para discussão de ideias e tem para esse tipo de trabalho de gente de baixo nível.

Tem uma CPMI hoje no Congresso para investigar Fake News e o deputado Marcello Ramos disse que ia convidar o senhor. Prestaria depoimento lá?

Se ele me convidar eu vou. Sempre fui, quando era ministro fui convidado. A CPI pode convidar ou convocar, você é obrigado a ir. Sempre fui de boa vontade porque acho que o Legislativo tem que ser esclarecido das coisas e é até uma honra a pessoa ser chamada para falar. Eu fui duas ou três vezes quando era ministro, é excelente o trabalho ali, tem uns que são mais radicais que outros nas questões, mas normalmente esse tipo de trabalho é de bom nível. Se eu for chamado, convidado, eu vou.

Tem uma reportagem da Crusoé sobre esse grupo bolsonarista na internet. O deputado quer te convidar porque o senhor foi alvo deles.

Houve aquele caso de uma fabricação de um diálogo falso [falando mal do presidente e dos filhos] e provavelmente é por isso que eles têm essa ideia de me convidar. Isso está na imprensa, foi uma coisa medíocre, um crime de falsidade medíocre fabricado inclusive em uma hora que eu estava voando no avião da Força Aérea sem internet, naquele dia fiz um voo de quatro horas. Tão medíocre que não tiveram a ideia de verificar minha agenda, eu estava no ar, nesse dia voei das 22h às 6h para São Miguel da Cachoeira [cidade do Amazonas].

Também teve um embate com a então funcionária da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) Leticia Catelani, que foi demitida após o almirante Sergio Segovia assumir o órgão. Segovia foi sua indicação?

O Segovia não e é indicação minha, é escolha do presidente. Nem conhecia o Segovia, nunca tinha ouvido falar dele, foi o presidente que escolheu.

O que acha da crise entre o presidente o partido?

Isso está uma confusão bastante grande, o partido saiu de dois deputados para 54, 55, então é um partido que falta estrutura, não é sólido porque foi um estouro de repente de dois para cinquenta e pouco. Falta ainda assim filosofia de trabalho firmada, lideranças bem estruturadas. Tem no Brasil dois ou três partidos só. Partidos mesmo, com histórico, liderança, filosofia, você tem aí três, quatro e o PSL não é isso. Agora deu essa confusão, esse estouro da boiada e eu vejo que isso aí para a imprensa é uma grande coisa, isso aí é matéria, imprensa trabalha com os fatos. Agora para a população brasileira ela quer só resultado, a população brasileira não quer saber se Joãozinho saiu do PSL e foi para o DEM, se tinha 25 de um lado e 26 de outro, a população brasileira votou para ter governo e resultados. Essa confusão é uma coisa que interessa só à parte política, mas ela também consegue às vezes gerar uma instabilidade com o empresariado, para quem está observando o mercado econômico, acaba algumas vezes dando um efeito ruim também. O foco nosso tem quer ser a população, que precisa de governo, para essa população isso não interessa nada.

Mas a liderança do governo no Congresso mudou por causa disso.

Tudo bem, mas estou dizendo que o pai de família que está desempregado há dois anos, três, para ele não interessa nada disso, interessa o resultado. A gente tem que olhar, o que disso daí afeta àquelas pessoas que estão precisando. Outra coisa é o contexto político do caso da deputada da Joice que está saindo [da liderança do governo no Congresso], o outro que continua líder [do PSL, delegado Waldir], outro que não conseguiu ser líder [Eduardo Bolsonaro], é um contexto político que pode gerar um pouquinho, uma ondulação no mar de tranquilidade que o empresário precisa, mas para o cidadão que está em necessidade mesmo, não.

Falta disciplina militar no PSL? Os conflitos estão todos expostos e abertos.

Não, você não pode imaginar que uma disciplina militar é interessante em um partido. O partido se orienta basicamente por liderança e filosofia. Quando tem esse tumulto todo é problema de liderança, filosofia, problema de interesse, de briga interna por poder.

Todo partido tem, PT, PSDB, MDB, mas não é exposto igual ao PSL.

Mas eles são mais estáveis, as convenções partidárias são mais sólidas, mais discretas porque são partidos mais antigos. Esse aí, não, foi um estouro da boiada, então parece que se dividiu quase ao meio. Isso pode tumultuar para as votações que tem pela frente, formação de uma base bem definida do governo.

Já era difícil construir uma base no começo do ano antes disso?

É por causa disso, partido muito novo. O partido do presidente sempre é um partido muito importante. Quando ele está bem unido, os outros olham para ele e se juntam ou não, mas quando o próprio partido do presidente está esfacelado, os outros também se julgam no direito de não votar, se nem o partido do presidente está alinhado, eu também tenho a liberdade de não votar. Isso não é bom politicamente.

Quando foi o último contato com o presidente Bolsonaro?

No dia que eu saí.

E com os seus colegas generais Heleno, Mourão e Villas Bôas?

Visitei Villas Bôas há umas duas semanas antes dele fazer a traqueostomia. O pessoal é tudo gente conhecida, o Mourão, vice-presidente, é tudo gente que a gente se conhece desde os 18 anos de idade, são 50 anos de amizade, não tem nada a ver com andamento de governo.

O senhor conhece os filhos do presidente desde quando eram crianças.

Mas aí eles eram crianças. Hoje são parlamentares, níveis diferentes, um é senador, outro deputado federal e outro vereador no Rio. Cada um tem sua vida própria, suas ideias próprias.

Acha que Carlos agiu para atrapalhar o senhor?

Nunca gastei fosfato, nunca gastei tempo de me preocupar esse filho do presidente. Ele tem as características dele, a população tem mais condição de fazer essa avaliação, não sou eu que vou fazer. Nunca me interessei e acho que em termos de Brasil ele é irrelevante e acho até que atrapalha um pouco o pai.

Qual foi o momento mais gratificante e o momento em que pensou que poderia sair do governo?

Gratificante foi o tempo todo, em primeiro lugar porque você tem um quadro de servidores muito bom, excelente. Segundo você entra em contato todo dia com políticos, outras organizações, você aprende muito. Sempre foi muito gratificante, não teve o momento mais gratificante, sempre foi até a hora de sair muito bom. As pessoas com quem eu trabalhava, servidores, tanto os de carreira como os nomeados, pessoas excelentes, foi muito bom. A gente trabalhava todo dia até 20h, 21h e no outro dia estava todo mundo de manhã, alegre, bom ambiente, foi ótimo. O momento que eu vi que, quando começou essa influência de grupo ideológico de baixo nível, aí comecei a pensar em não prosseguir. Você vê que a qualidade daquele grupo ideológico, tem algumas pessoas ali, elas não discutem ideologia, filosofia, não discordam da sua maneira de ser, o nível baixa para ataque pessoal, comportamento de gangue. Isso aí foi a parte que comecei a já vislumbrar que não era minha área ali.

Como foi o processo de reestruturação da EBC [Empresa Brasileira de Comunicações]?

Estava sendo reestruturada e bem reestruturada. Tive uma reunião com todos os funcionários da EBC, fui ao Rio de Janeiro, São Paulo, aqui e mais São Luís. Tem várias opções, ela é uma empresa estatal, para encerrar as atividades tem que passar pelo Congresso, ou você faz algumas adaptações nela e utiliza de boa forma para não ser um uso ideológico como era antes, para não ser um instrumento de projeto de poder, realmente um órgão informativo para o público brasileiro de ações de governo e complementando outras áreas que a mídia privada não tem interesse. Tem que valorizar funcionários, a gente fez um plano de valorização dos funcionários onde eu ia ocupar as funções designadas, comissionadas, com o máximo possível de elementos de carreira da EBC, para valorizar as pessoas, para que elas também tenham a chance de pegar as funções comissionadas, se não, as funções comissionadas sempre são de gente que vem de fora. Algumas você deixa para especialistas que vêm de fora, mas tinha um plano esse ano, acho que era 80%, 85% de completar com pessoal interno. Quando você valoriza, tem que valorizar, não adianta ficar falando mal, você valoriza e diz a direção que quer. Não é política partidária, não é órgão de divulgação de ideologia, é um órgão de transmissão dos valores do que o governo tem e o governo está querendo transmitir para a população e das informações que ele quer transmitir. A EBC está aberta até hoje, tem que valorizar e direcionar ela para um tipo de comunicação que a gente está querendo, a gente está querendo o que? Uma população esclarecida e não uma população manipulada.

A intenção não era privatizar?

Até aquele momento [período como ministro] não era. Mesmo que o presidente tenha prometido na campanha, você vê que ele não fez até agora, não é tão simples assim. Tem 2000 pessoas, quando cheguei tinha mais de 3000, a gente reduziu bastante. O problema não é bem assim, tem 2000 pessoas que são quase todas concursadas, tem que dar um destino para esse pessoal, não é da noite para o dia. Uma coisa é o discurso de campanha, outra coisa na prática é transformar isso em realidade. Uma das opções era diminuir o efetivo, valorizar os quadros e redirecionar, tirar aquela ideologia, aquele ranço ideológico do meio da comunicação. Não sei como está agora, esse era meu objetivo e acho que estava dando certo.

 

 

*Do Congresso em Foco