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El País: Brasil só terá paz política se deixarem Lula voltar às Urnas

“Não importa quem Lula poderia enfrentar na disputa. E se Lula vencesse a eleição? Neste caso, estaria com a razão quando insiste em que uma série de abusos o impediu de concorrer à Presidência em 2018, por medo de que ele as vencesse. E se perdesse? Então, isto significaria que sua força política, na qual continua acreditando e apostando, se desgastou depois das peripécias judiciais e o período de prisão”, diz o colunista e escritor Juan Arias.

É impossível que o Brasil retome a normalidade política sem que antes sejam devolvidos os direitos políticos ao ex-presidente Lula, que foi retirado à força de uma disputa presidencial que venceria em primeiro turno por um ex-juiz que se tornou ministro de seu oponente. A opinião é do colunista e escritor Juan Arias, um dos principais jornalistas do El Pais.

“O Brasil não terá paz política nem social enquanto não deixarem Lula testar sua força ou sua fraqueza nas urnas. A palavra está com os magistrados e será necessária uma série de malabarismos legais para que o ex-presidente popular possa disputar as eleições presidenciais de 2022. Contra Bolsonaro? Contra seu maior adversário, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro?”, escreve Arias, em seu artigo.

“Não importa quem Lula poderia enfrentar na disputa. E se Lula vencesse a eleição? Neste caso, estaria com a razão quando insiste em que uma série de abusos o impediu de concorrer à Presidência em 2018, por medo de que ele as vencesse. E se perdesse? Então, isto significaria que sua força política, na qual continua acreditando e apostando, se desgastou depois das peripécias judiciais e o período de prisão. A verdade é que tenho muito medo que este país não volte a uma normalidade política enquanto não permitirem ao velho sindicalista voltar a testar sua força como o Sansão bíblico”, aponta ainda o colunista.

 

 

*Com informações do 247

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Marcelo Odebrecht: depoimentos contra Lula são contraditórios

Durante uma oitiva com o juiz Vallisney de Souza Oliveira Marcelo disse que nunca se envolveu em “tratativa ilícita” com o ex-presidente

O empresário Marcelo Odebrecht avaliou, nesta sexta-feira (04/10/2019), que os depoimentos realizados pelo pai, Emilio Odebrecht, e o ex-ministro Antonio Palocci, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são “contraditórios”.

“É tremendamente injusto fazer uma condenação de Lula sem que se esclareça as contradições dos depoimentos de meu pai e Palocci”, disse Marcelo.

O empresário também afirmou que desconhece qualquer ato ilícito envolvendo o BNDES.

Na acusação, o Ministério Público diz que o ex-presidente teria facilitado o financiamentos do BNDES para obras da construtora em Angola. Marcelo disse que, embora o pedido tivesse ocorrido durante as negociações, não foi firmado o entendimento de que os pagamentos seriam uma contrapartida aos empréstimos do banco estatal. Segundo ele, com ou sem o apoio de Paulo Bernardo e de Palocci, o financiamento seria liberado, como vinha ocorrendo desde a década de 1990.

 

 

*Com informações do Metrópoles

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Paris reconhece prisão ilegal de Lula ao lhe conceder título de Cidadão de Honra

A homenagem, entregue apenas 17 vezes a personalidades e lideranças presas como Nelson Mandela, ressalta ameaças sofridas por Lula, sendo impedido de disputar eleições.

A Assembléia Municipal de Paris, na França, atribuiu a Luiz Inácio Lula da Silva o título de Cidadão de Honra da Cidade de Paris, reconhecendo, entre outras razões, a prisão ilegal do ex-presidente Lula e seus esforços em defesa dos direitos sociais, da justiça social e da democracia. A homenagem só foi entregue 17 vezes a personalidades presas ou lideranças ameaçadas, como Nelson Madela, Taslima Nasreen e Shirin Ebadi.

O título é concedido pela capital francesa a figuras que lutam pelos direitos humanos, proteção do meio ambiente e justiça social, por exemplo, e aqueles que foram alvos de injustiças ou ameaças de direitos. O órgão considerou que Lula, cumprindo prisão de oito anos e dez meses em Curitiba, deve receber esta honraria.

De acordo com a jurista Carol Proner, o Estatuto de Cidadão de Honra de Paris só foi atribuído outras 17 vezes, desde que foi criado em 2001, “a personalidades ou em perigo por suas opiniões políticas”. “Após Nelson Mandela, Taslima Nasreen ou Shirin Ebadi, Lula obtém a proteção da cidade de Paris e está reconhecido como um perseguido político, que não beneficiou de um processo justo”, informou Proner.

No documento, a Assembléia expõe entre razões para Lula receber este título a prisão ilegal:

“Considerando que sua prisão ocorreu em 4 de abril de 2018 enquanto ele era candidato nas eleições presidenciais e favorito nas pesquisas eleitorais; (…) que resultou em sua inelegibilidade e na necessidade de seu partido mudar de candidato; (…) que o Comitê de Direitos Humanos da ONU ordenou as autoridades brasileiras a assegurar os direitos civis políticos de Luiz Inácio Lula da Silva, notadamente como candidato; (…) que em outra ocasião, Sergio Moro interveio em julho de 2018 para revogar uma decisão de Justiça, que considerava ilegal a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedindo a sua libertação imediata.”

Frisando a ilegalidade da detenção do ex-presidente e então candidato político, a Assembléia de Paris também destacou “os inúmeros apelos de ex-chefes de Estado europeus, parlamentares franceses e juristas internacionais, denunciando a inconsistência das evidências apresentadas pela promotoria e as condições de detenção de Luiz Inácio Lula da Silva”.

O Conselho de Paris não deixou de fazer referência a um dos responsáveis pela prisão inconstitucional do líder político brasileiro, o ex-juiz Sergio Moro, referindo-se a ele como o “que depois se tornou ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro”, e que foi denunciado pelo jornal investigativo The Intercept, que “revelou que o mesmo juiz teria mantido conversas em particular com os investigadores responsáveis ​​pela Operação anticorrupção da Lava Jato para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva se apresentasse às eleições presidenciais de 2018”.

Em nome da Cidade de Paris, caracterizada pelo “empenho constante em favor dos direitos humanos”, a Assembleia concluiu destacando “o engajamento de Luiz Inácio Lula da Silva pelos direitos sociais, a justiça social, a proteção do meio ambiente e dos povos indígenas, valores compartilhados pela cidade de Paris, e o fato de Lula estar sendo ameaçado por este compromisso, (…) e que por meio da figura de Luiz Inácio Lula da Silva, todos os defensores da democracia no Brasil estão sendo atacados”.

 

 

*Do GGN

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STJ admite recurso de Lula contra PowerPoint de Dallagnol

O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, admitiu um recurso especial em que Lula recorreu da decisão que não considerou que o procurador Deltan Dallagnol abusou no uso do PowerPoint para incriminar o ex-presidente.

Na decisão, Salomão determinou a conversão do agravo em recurso especial. Entretanto, avisou que o cabimento ou não do recurso e detalhes ainda serão analisados.

Caso
Em 2017, o ex-presidente Lula perdeu em primeira instância a ação que moveu contra o procurador Deltan Dallagnol, por danos morais decorrentes da apresentação de um gráfico, PowerPoint, no qual foi apresentado como comandante máximo de um esquema criminoso que envolveu a Petrobras. O juiz da 5ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, Carlo Mazza Britto Melfi, julgou a ação improcedente.

Já em 2018, a 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou, por unanimidade o provimento ao recurso de apelação interposto pelo petista contra o procurador da República Deltan Dallagnol por danos morais.

De acordo com o relator do caso no TJ-SP, desembargador Salles Rossi, o procurador da República não agiu com excesso em sua apresentação da denúncia, como alegado pela defesa de Lula. Para o magistrado, é um dever da organização (Ministério Público) divulgar suas ações e atribuições.

Clique aqui para ver a decisão

 

*Do Conjur

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Garantias constitucionais estão sob ameaça no Supremo

Mais uma vez, Supremo mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas em questão essencial para o regime democrático’.

Apesar de o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter formado maioria no entendimento de que um réu tem o direito de apresentar sua defesa por último antes do juiz formular a sentença, essa garantia Constitucional corre o risco de ser mutilada na próxima semana, quando o colegiado se reunirá para formular um entendimento conclusivo sobre o tema.

O alerta é de Janio de Freitas, na coluna deste domingo (29), na Folha de S.Paulo. Na quinta-feira (26), por 6 a 3 votos, o STF formou maioria em favor da tese que pode anular condenações em primeira instância da Lava Jato, e isso inclui a do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia.

A decisão do STF correu no âmbito do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-gerente de empreendimentos da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado pelo ex-juiz Sergio Moro, na Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro. Seu advogado alegou que o cliente teve o direito de defesa prejudicado, isso porque no momento das alegações finais não foi escutado por último.

No início de agosto, a Segunda Turma do STF realizou um julgamento semelhante em favor de uma ação colocada pela defesa do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, que levou à primeira anulação de uma pena imposta por Sergio Moro na Lava Jato.

Essas duas decisões do STF – no Plenário e Segunda Turma – devem ser usadas pelas defesas de outros réus da Lava Jato pedindo a revisão dos julgamentos. No caso do ex-presidente Lula, o novo entendimento poderá alterar o resultado da condenação no sítio de Atibaia (SP). Em novembro do ano passado, a juíza Gabriela Hardt fixou prazo de “dez dias para as defesas” apresentarem as manifestações finais, sem distinguir entre delatores e delatados.

“Se, em casos da Lava Jato, entre a acusação por um delator e a sentença não houve tempo para a defesa, ficaram impossibilitados o contraditório e a ampla defesa. Para isso, o método de Moro consistia em dar o mesmo prazo para as “razões finais” da acusação e da defesa. Benesse, só para a ânsia condenatória de Moro”, explica Janio de Freitas.

O articulista também observa as entrelinhas dos magistrados durante a votação na quinta-feira (26). “Luís Roberto Barroso, terceiro a votar, propôs que, se confirmada para o réu a última palavra, assim seja apenas daqui por diante. Logo, caso o Supremo declarasse incorretos os métodos condenatórios, a seu ver o incorreto deveria permanecer intocado. Nem ao menos era caso de regra nova e não retroativa. Azar o de quem não teve a defesa final e está na cadeia”, destaca o articulista.

Luís Roberto Barroso foi um dos três ministros, ao lado do relator Edson Fachin e de Luiz Fux, que votaram contra o pedido de habeas corpus, ou seja, entendendo que o réu não foi prejudicado porque, no momento das alegações finais, não teve o direito de argumentar depois dos delatores que o acusaram.

Janio destaca ainda que, apesar de ter adiantado no fechamento da sessão de quinta-feira que concorda com o entendimento da maioria, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, propôs modular o entendimento para que, na próxima semana, o Plenário estabeleça os limites da decisão, ou seja, se terá validade para as sentenças já impostas no Judiciário.

Janio avalia ainda que, apesar de ter votado em favor do habeas corpus de Márcio de Almeida Ferreira, a ministra Cármen Lúcia poderá acompanhar o entendimento de aplicação em novos casos, para não haver revisão de decisões da Lava Jato.

“(…) com a adesão de Dias Toffoli, que anunciou outra ‘proposta de modulação’, os propensos a mutilar o direito constitucional à ‘ampla defesa’ têm possibilidade de fazer maioria. Situação ameaçadora, porque, como disse Gilmar Mendes, ‘a questão não é Lava Jato, é todo um sistema de Justiça penal’”, prossegue o articulista.

“Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal mostra uma combinação de temor a reações da opinião pública, inclinações políticas e argumentos artificiosos no trato de questão essencial para o regime democrático”, conclui Janio.

 

 

*Por Janio de Freitas/GGN

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Ao vivo: STF retoma julgamento importante para Lula. Entenda o que está em jogo hoje

Ontem (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de um habeas-corpus (HC) de autoria do ex-diretor de marketing da Petrobras, Márcio Almeida Farias, que pede para si os mesmos direitos garantidos a Aldemir Bendine, pela segunda turma do STF.

Foi concedido a Bendine, a anulação de sua condenação para que o processo retorne à fase de considerações finais, quando sua defesa terá o direito de apresentar seus argumentos após o Ministério Público Federal (MPF) se manifestar nas mesmas considerações finais. A lógica processual é de que a defesa sempre se manifesta após a acusação, realizando a refutação dos argumentos apresentados pela acusação, neste caso o MPF, rebatendo cada ponto na peça. Portanto, há lesão à ampla defesa, em diversos casos na Lava Jato.

O ministro do STF relator dos processos da Lava Jato, Edson Fachin, para evitar que haja uma enxurrada de HCs, decidiu encaminhar a questão ao plenário da corte, de modo a garantir ou restringir o mesmo direito consagrado a Bendine, a todos os réus que sofreram o mesmo cerceamento de defesa e o caso do Sítio de Atibaia, em que o ex-presidente Lula foi condenado, é um deles.

Caso o direito seja estendido a todos os réus, mais de 20 processos terão condenação anulada, retornando à primeira instância. Lula tem, além do caso do Sítio de Atibaia, outra condenação no caso do Triplex do Guarujá. Porém, caso Lula seja contemplado pela anulação legal da condenação, seu processo sai da segunda instância, que tramita de forma acelerada no TRF-4 e, neste caso, voltaria à primeira instância com o ex-presidente ainda inocente neste processo.

A importância desse caso impacta diretamente no julgamento de outro HC, a que o ex-presidente Lula questiona a parcialidade de Sérgio Moro. Sem a condenação no caso do Sítio de Atibaia, a anulação do processo do Triplex implicaria diretamente na total inocência de Lula, sendo liberto pela porta da frente.

Por outro lado, o julgamento de hoje, que já começa com voto contrário aos réus pelo ministro Edson Fachin (1 a 0 contra o HC), pode causar o início do velório da Lava Jato, sendo uma derrota cabal de Sérgio Moro. Hoje, então, é um dia absolutamente chave para a compreensão do futuro da operação da República de Curitiba.

https://youtu.be/bf-CGSdHbR0

 

 

*Com informações do A Postagem

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Lula chama Weintraub de ignorante e grosseiro e diz, “Não troco meu diploma de primário pelo universitário daquele cidadão”

Em entrevista exclusiva a Renato Rovai, editor da Fórum, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a política educacional do governo Jair Bolsonaro, comandada pelo olavista Abraham Weintraub, por tratar a educação como um gasto e não como investimento.

“Veja quanto de trilhões os Estados Unidos têm de financiamento de bolsa. Agora, aqui no Brasil eles tratam educação como gasto. E colocam um analfabeto para ser ministro da Educação. Não um analfabeto preparado como eu. Porque eu, sinceramente, não troco o meu diploma primário pelo diploma universitário daquele cidadão. Porque além de ser ignorante, ele é grosseiro”, disse Lula, que ressaltou as medidas tomadas quando era presidente.

“O que é que o PT fez de errado? O PT tentou consagrar aquilo [Direitos Constitucionais] em direitos concretos. Por isso que nós subsidiamos casa para as pessoas que ganham pouco, que é o cara que ganha 1 mil reais e não tem como pagar 400 de aluguel. Ou ele come, ou ele paga aluguel. Por isso que garantimos ao pobre ir para a universidade. Pobre ir para universidade com bolsa. Ora, qual é problema de investir em bolsa e financiar estudante? Da mesma forma que você financia o empresário, você financia um estudante”, disse.

Para o ex-presidente, Bolsonaro e Weintraub colocam o futuro do Brasil em risco com a falta de prioridade ao ensino.

“Um país que não trata a educação com respeito, um país que acha que investir numa universidade é gasto, investir em ensino universitário é prejuízo, que não pode investir em pesquisa, que não pode financiar bolsa. O que esse país vai ser? Veja se você conhece algum país do planeta Terra que cresceu e desenvolveu sem antes investir numa coisa chamada educação”.

 

 

*Com informações da Forum

 

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Vídeo: Na USP, ato em defesa da Vaza Jato tem ‘Lula Livre’

Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, recebeu nesta segunda-feira (9), com o auditório lotado, um ato em defesa da democracia e da liberdade de expressão no Brasil, destacando o papel de Glenn Greenwald e do The Intercept na revelação as ilegalidades da Lava Jato. Centenas de presentes também pediram liberdade ao ex-presidente Lula.

O Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, recebeu nesta segunda-feira (9), com o auditório lotado, um ato em defesa da democracia e da liberdade de expressão no Brasil destacando o papel de Glenn Greenwald e do The Intercept na busca por um novo modelo de jornalismo de qualidade no país.

O evento foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e Instituto Vladimir Herzog, além dos centros acadêmicos da USP Lupe Cotrim, Vladimir Herzog e 11 de Agosto.

A nota de divulgação do evento postulava: “diante do atual cenário brasileiro, a manifestação tem como objetivo afirmar a importância da atividade jornalística como um dos pilares da sociedade democrática e agrupar cidadãs, cidadãos, entidades sindicais e sociedade civil em defesa da democracia.”

Os participantes também pediram a liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva:

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destacou que ” manifestação ocorre em meio a ataques sofridos por jornalistas e veículos de comunicação via redes sociais e outros meios. Os ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa em atos e discursos é um dos alvos de preocupação.”

A matéria ainda sublinhou: “entre outras ações, o presidente assinou em agosto uma MP (Medida Provisória) que acaba com a obrigatoriedade da publicação de balanços por empresas na mídia impressa —a ação foi considerada uma retaliação contra coberturas que desagradam Bolsonaro.”

https://twitter.com/demori/status/1171200802704302081?s=20

 

*Com informações do 247

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Gilmar Mendes: Lava Jato criou um ‘Estado paralelo que integrava um projeto de poder’

O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que é preciso separar o hackeamento do conteúdo das mensagens divulgadas pelo The Intercept. “As pessoas que participaram das conversas não negaram que tenham participado. Então, assumindo que isso se deu, há que se prestar contas”, destacou o ministro, afirmando que a Lava Jato criou um “Estado paralelo que integrava um projeto de poder”.

Em entrevista à rádio CBN, nesta segunda-feira (2), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a falar sobre o conteúdo das mensagens vazadas pelo The Intercept. Segundo ele, as mensagens revelaram “a atuação proativa do juiz” Sergio Moro, o que “gerou suspeita”.

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, o ministro disse que o Judiciário vive a sua maior crise institucional. “O sistema todo foi contaminado por essa coisa”, enfatizou, afirmando que a Lava Jato criou um “Estado paralelo que integrava um projeto de poder”.

“Há uma frase que diz que o trapezista morre quando pensa que voa. E acho que os trapezistas aqui pensaram que voavam”, acrescentou.

Para o ministro, é preciso separar o hackeamento, crime que, segundo ele, merece repúdio e punição, do conteúdo das mensagens divulgadas. “As pessoas que participaram das conversas não negaram que tenham participado. Então, assumindo que isso se deu, há que se prestar contas”, destacou.

Gilmar Mendes também falou sobre os comentário debochado de procuradores sobre a morte de parentes do ex-presidente Lula.

“É interessante que alguém observava que a população se sensibilizou muito que os procuradores tiveram em torno dos enterros dos familiares de Lula, e da falta de sensibilidade moral”, avaliou. “Porque a população entende isto. Talvez não entenda o debate jurídico, que está por trás de todas essas coisas, mas aquilo que ela entende, ela repudia. Ela sabe o que é enterrar um parente, enterrar um neto. E fazer a brincadeira sobre isso mostra uma falta de sensibilidade moral muito grave”.

 

*Com informações do 247

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O país à espera da suprema decisão

Por Florestan Fernandes Jr.

“Todos que defendem o Estado democrático de direito estão esperançosos de que o STF faça a revisão das fragilidades técnicas do modus operandi da Lava Jato”, afirma Florestan Fernandes Jr., do Jornalistas pela Democracia. “O julgamento ainda não tem data marcada. Quando ocorrer vamos saber se desta vez o STF irá ou não se curvar às pressões da Lava Jato e do setor militar do governo Bolsonaro”, diz ele, acrescentando que “ao menos 32 sentenças poderão ser anuladas, inclusive a de Lula”

Os diálogos travados entre Sergio Moro e procuradores da força-tarefa pelo Telegram, divulgados pelo Intercept e pelos principais sites e jornais do país, demonstram que a Lava Jato se transformou numa espécie de Dops da democracia consentida pelos generais que levaram Bolsonaro ao poder. Ainda no ano passado o general Eduardo Villas Boas assumiu em entrevista a Folha de São Paulo ter pressionado o Supremo Tribunal Federal para que rejeitasse em abril de 2018 o habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. Conseguiu seu intento, nem precisou do cabo e dos dois soldados que o Eduardo Bolsonaro disse ser o suficiente para se fechar o STF. Por 6 votos a 5 o Supremo se curvou a pressão militar e abriu as portas da cela para que Lula cumprisse a pena de 12 anos e um mês imposta pelo ex-juiz e hoje ministro, Sergio Moro no caso do Triplex do Guarujá. Um imóvel que não tem escritura e nem documentos em nome do ex-presidente. Pior, nunca foi usado uma única vez sequer por Lula ou qualquer membro de sua família. Como se sabe, a prisão tirou Lula não só da disputa presidencial como o impediu de manifestar apoio público a seu candidato. Ao confessar em entrevista a rádio Bandeirantes que se comprometeu com Moro a lhe dar uma vaga no Supremo, Bolsonaro apenas ratificou aquilo que muitos já desconfiavam, o caráter político eleitoral da operação tocada pela chamada República de Curitiba.

Ao que se sabe hoje, graças as revelações feitas pelo Intercept Brasil, a operação que parou o país por mais de quatro anos, muitas vezes agiu ao arrepio da lei, vazando grampos, forjando delações, perseguindo, condenando e prendendo, sem provas materiais, os principais lideres da esquerda e seus aliados políticos e empresariais.

De todas as mensagens da Vaza Jato a mais reveladora do caráter dos procuradores da força tarefa foi o deboche feito pelo Telegram quando da morte de familiares do ex-presidente Lula. Um ódio sem limites de pessoas desprovidas de sentimento e respeito pelo próximo. Se igualam aos torturadores dos porões da ditadura desprovidos de humanidade.

Bom lembrar que outras operações utilizaram os mesmos métodos da Lava Jato, uma delas, a Operação Ouvidos Moucos, levou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Luiz Carlos Cancellier ao suicídio. Ele foi acorrentado, submetido à revista íntima e ficou por 30 horas preso em uma cela de segurança máxima. Ao ser solto, em outubro de 2017, Luiz Carlos se matou pulando no vão central de um shopping em Florianópolis. No ano passado a investigação foi encerrada por falta de provas que o incriminasse.

Ontem, o ministro Edson Fachin, enviou ao plenário do STF a ação que trata da diferença entre réus delatados e delatores na fase de alegações finais em processos judiciais. Todos que defendem o Estado democrático de direito estão esperançosos de que o STF faça a revisão das fragilidades técnicas do modus operandi da Lava Jato. Fachin fez uma sinalização clara nesse sentido ao dizer que é preciso dar ‘segurança jurídica’ ao tema, e nesse sentido nada melhor que uma decisão colegiada. O julgamento ainda não tem data marcada. Quando ocorrer vamos saber se desta vez o STF irá ou não se curvar as pressões da Lava Jato e do setor militar do governo Bolsonaro. Se o entendimento for mantido pela maioria no plenário, pelo menos 32 sentenças poderão ser anuladas, inclusive a do ex-presidente Lula. Ai sim, pelo menos desta vez, poderemos confirmar o dito popular de que a justiça tarda mas não falha.

 

 

*Do 247